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Fitoplasma e Espiroplasma

Olá Pessoal,

Na aula do Prof. Ivan Bedendo vimos a importância de um grupo peculiar


de bactérias como agente causal de doenças em plantas - perenes ou
anuais. Porém, a descoberta destas bactérias peculiares se deu primeiro
em animais e não em plantas. Desde 1700 é conhecida a pleuropneumonia
bovina, uma doença grave mas que só em 1887 foi relacionada a uma
bactéria sem parede celular, denominada Micoplasma. Em seguida, foram
descobertas diversas outras doenças em animais causadas por este tipo de
bactéria, incluindo a descoberta, em humanos, na cavidade bucal, no
aparelho urinário, no aparelho respiratório (alguns responsáveis por uma
Pneumonia atípica) e também em tecidos portadores de leucemia (atenção,
estes micoplasmas são apenas oportunistas, não estão relacionados com a
leucemia). A descoberta dos fitoplasma se iniciou com a pesquisa sobre
uma doença chamada amarelo; seus sintomas são clorose, nanismo e
superbrotamento e sua tramissão acontece por enxertia ou por
cigarrinhas. Por estas características, esta doença chegou a ser relacionada
com virus, porém tinha uma caracteristica que era distinta: havia remissão
dos sintomas com o uso do antibiótico tetraciclina, que funciona contra
bactérias. Além disso, não conseguiam encontrar partículas virais nos
tecidos doentes. Foi então que encontraram micoplasmas na forma de
organismos corpusculares pleomórficos no floema das plantas doentes,
que foram então, em 1967, batizados de MLO (mycoplasma like
organism). Foi só em 1994 que estas bactérias de plantas foram batizadas
de fitoplasmas.

Agora vamos falar um pouco dos fitoplasmas:

- são procariotos

- não possuem parede celular

- São pleomórficos (não possuem forma definida)


- possuem de 0,1 a 1um de diâmetro
- reprodução por gemulação ou fissão binária
- não são cultivados em meio de cultura

Em plantas, o ataque destas bactérias normalemente leva a um


desequilíbrio hormonal. A detecção de fitoplasma é realizada através de
métodos diretos (microscopia eletrônica) ou de métodos indiretos (PCR -
amplificação do 16S rDNA).

Em 1972 foi descoberto um outro tipo de fitoplasma em plantas de milho


com sintomas de enfezamento (subdesenvolvidas) mas com a diferença
que possuiam forma helicoidal. Foram denominados, portanto, de
espiroplasmas, e sua diferença em relação ao fitoplasma, além da
morfologia, é que podem ser cultivados em meio de cultura complexos,
formando colônias que se assemelham a um ovo frito, isto é, com bordas
irregulares e maior densidade no centro.

Isto nos mostra que em microbiologia nunca podemos afirmar algo


categórico sobre um grupo, pois na aula vimos que bactérias tem parede
celular... e agora sabemos que esta não é uma verdade 100%. Uma análise
evolutiva deste grupo, baseada nas sequências do genes ribossomais (o
cronômetro evolutivo de Woese), indica que elas são bem próximas de
bactérias Gram-positivas. Então, a interpretação é que elas possuíam
parede, mas que durante seu processo evolutivo elas a perderam.

Deixamos algumas idéias para vocês pensarem:

- veja se vc consegue pensar em alguma pressão evolutiva que favoreceria a


perda da parede celular neste grupo de bactérias. Pense na biologia do
bicho...

-apenas para fazer uma ligação com a área de patologia vegetal (próximo
semestre): considerando que sintomas refletem processos metabólicos
alterados em função da doença, eu pergunto: com base nos sintomas de
fitoplasmas e espiroplasmas (vistos em aula!!! faça uma revisão dos
sintomas!) e juntando seus conhecimentos em fisiologia vegetal (eu sei que
a maioria está cursando esta disciplina este semestre, mas já deve ser capaz
de ter algumas idéias), quais seriam estes processos? Explique!

até

Raphael/Aranha

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