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APELAÇÃO
1- CONCEITO
2- NATUREZA JURÍDICA
3- PRAZO
4- LEGITIMIDADE
5- HIPÓTESES DE CABIMENTO (artigo 593, I, II, III)
1- Conceito de Apelação
- é o próprio exercício do amplo grau de jurisdição.
É o meio de impugnação por excelência, capaz de levar AP 2º grau de Jurisdição toda a
matéria apreciada em 1º grau para que um órgão colegiado decida sobre o mérito da
questão.
2- Natureza Jurídica
3- Prazo da Apelação
Artigo 593 , CPP o prazo da Apelação é de 5 dias , havendo exceção legal em que o
prazo será de 15 dias , na forma do artigo 598, § Único.
4- Legitimidade
PERGUNTA:
Resposta da A e B:
Segundo o STF o assistente de acusação ainda que seja parte acessória no processo penal
poderá extraordinariamente.
1º Orientação: (majoritária)
-Prevalece o entendimento atualmente de que o MP tem interesse na promoção da justiça e,
dessa forma, atuando como “custus legis”, não só pode, mas como deve fazê-lo.
2ª Orientação: (minoritária)
OBS:
INCISO II – são as decisões onde há julgamento do mérito, entretanto, sem condenar
ou absolver o acusado.
A doutrina cita como principal exemplo a decisão sob a restituição de coisa apreendida
prevista no artigo 120, §1º do CPP.
Para Paulo Rangel é a hipótese da chamada APELAÇÃO SUBSIDIÁRIA.
OBS:
INCISO III - essa 3ª hipótese de cabimento permite que se recorra das decisões do
tribunal do júri, no entanto, não é permitido ao tribunal (2ª instância) reformar a
sentença / a decisão do tribunal do júri.
No tribunal do júri vigora o princípio da Soberania dos Veredictos, e o efeito dessas
decisões assumem caráter restritos, limitando-se para apreciação da 2ª instância ao
que ditado na lei.
OBS:
ARTIGO 593 – inciso III - Alínea “a”
estabelece a possibilidade de Apelação quando a nulidade se der após a pronúncia.
Para a doutrina essas nulidades seriam as das alíneas F, K do artigo 564 do CPP bem
com outras que não estejam ali previstas.
Exemplo: artigo 479 do CPP
Efeito: novo julgamento.
OBS:
ARTIGO 593 – inciso III- Alínea “b”
erro do juiz-
OBS:
ARTIGO 593 – inciso III- Alínea “c ”
- erro do juiz-
Esta falando da dosimetria da pena.
AULA 21/05/18 (não ouvi áudio- mas essa aula talvez não seja necessário)
OBS:
ARTIGO 593 – inciso III- Alínea “d ”
O júri tem que julgar o fato e não o autor – não se julga o crime pela cara do autor.
(etiquetamento penal)
A Labeling Approach Theory, ou Teoria do Etiquetamento Social, é uma teoria
criminológica marcada pela ideia de que as noções de crime e criminoso são
construídas socialmente a partir da definição legal e das ações de instâncias oficiais de
controle social a respeito do comportamento de determinados indivíduos.
Para o STJ e para o STF se trata de uma manifestação esdrúxula
Para Auri Lopes Junior, manifestamente contrária a prova dos autos é a decisão
contrária até mesmo os indícios que levaram a propositura da ação penal.
EXEMPLO:
o jurado decide pela negativa de autoria quando até mesmo o réu assume que foi
autor do fato, no entanto, que o fato não constituiu crime.
Os artigos 607 e 608 estão revogados desde 2008 – tratava o PROTESTO POR
NOVO JURI.
CONCEITO:
Era um recurso exclusivo da defesa, que garantia a réu condenado a uma pena
igual ou superior a 20 anos ir ao novo julgamento.
Para a doutrina é o chamado Recurso de 5 palavras (excelência /protesto/ por
/novo/ júri).
Sendo assim, não havia em que se falar em protesto por novo júri para mais
ninguém.
AULA 04/06/18
Efeito Devolutivo Limitado à Matéria de Divergência – em regra somente a defesa tem essa
prerrogativa.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Conceito:
Trata-se de mecanismo processual, a serviço das partes para impugnar ato rescisório, que não
preencheu os requisitos de uma decisão, e ocorreu alguma das hipóteses do artigo 619,
CPP (omissão, contradição, ambiguidade ou obscuridade)
Toda decisão deve ser precisa e que qualquer um seja capaz de compreender.
CARTA TESTEMUNHAL
REVISÃO CRIMINAL
CONCEITO:
Trata-se de uma ação que visa desconstituir a coisa julgada (sentença condenatória) com o fim
de proteger a dignidade do indivíduo, que foi violada de maneira errada, com base em um erro
judicial.
Não há prazo para pedir a Revisão Criminal, podendo inclusive, ser requerida após a morte do
condenado ou até mesmo, após a extinção da pena- (conforme positivado no artigo 622, CPP).
A Revisão Criminal só pode ser pro reo, ou seja, somente para beneficiar o acusado.
Em sentido contrário, Magalhães Noronha afirmando que também deveria ser possível rever
as sentenças absolutórias.
No CPPM existe a possibilidade da Revisão pro societate. No entanto, o pacto de São José da
Costa Rica veda tal possibilidade.
AULA 11/06/18
3- LEGITIMIDADE-
A Legitimidade do MP não decorre do CPP, mas sim, da CRFB, ou seja, pouco importa a
previsão do CPP, aqui o MP deve atuar como verdadeiro Custos legis (guardião da lei- protetor
da lei, fiscal da lei.).
Sendo assim, não há que se falar na figura do MP no polo Ativo e Passivo ao mesmo tempo. O
que deve ser restabelecido a qualquer custo é a liberdade se o condenado estiver preso, e
também a própria dignidade.
2ª Orientação: Polastri
4- PRAZO
Não há um prazo estabelecido na lei, podendo ser requerido a qualquer tempo, antes ou após
a extinção da pena. (mesmo após a morte do condenado).
PERGUNTA:
-Resposta: - em regra não cabe, SALVO nos casos de sentença absolutória imprópria, que
venha ser a imposição de uma medida de segurança.
Para Marco Aurélio (Ministro do STF) – a Medida de Segurança é uma espécie de condenação,
portanto, a sentença que aplica a medida de segurança é chamada de absolutória.
5- HIPÓTESE DE CABIMENTO
1ª) HIPÓTESE: - Condenação contrária ao texto expresso da Lei, por exemplo, foi condenado
pelo fato atípico.
Por contrariar o texto expresso da lei penal, devemos entender, por exemplo, a condenação
por fato atípico, a condenação acima do limite em abstrato, ou até mesmo a má interpretação
das normas frente aos princípios de nível constitucional.
Contrária a evidencia dos autos é aquela sentença sem qualquer amparo legal, com base em
conjecturas e indícios.
Matéria da Prova
Apelação 593
Protesto por novo júri 607, 608(estará revogado no código)
Embargos infringentes e nulidades 609 § único
Embargos de declaração 619, 382
Revisão Criminal 621
HC 647
MATERIA DA AULA
CAPÍTULO VII
DA REVISÃO
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida:
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à
evidência dos autos;
II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos
comprovadamente falsos;
▪️A ideia do se fundar aqui é que sentença teve como PRINCIPAL fundamento tais situações
comprovadamente falsas;
▪️Documentos estão no art. 231, CPP, falamos de 2 hipóteses:
Sentido estrito: escritos ou papéis;
Sentido amplo: o que cabe no art. 621, isto pq caberá: pendrive, cd rom, etc;
▪️A expressão “se fundar”, neste sentido, deve ser compreendida na visão do STJ como o principal
fundamento da sentença condenatória, o depoimento, exame ou documento
comprovadamente falsos devem lastrear a decisão e formar o livre convencimento do
magistrado. Em sentido contrário, há doutrinadores que entendem que se uma das provas falsas
fizer parte do decreto condenatório, é cabível a revisão criminal, sendo certo que o legislador
não impôs nenhuma restrição ao inciso II. Para Guilherme Nucce, desembargador do estado de
SP, é lógico que se alguém for condenado com base em uma prova falada, fica evidente o erro
judiciário, devendo ser o processo anulado;
▪️A expressão documento art. 231 deve ser compreendida em seu sentido amplo, ou seja, estão
inseridos neste conceito pendrive, cds, emails, mensagens instantâneas;
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou
após.
Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas
provas.
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente
habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas: (Redação dada pelo
Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969)
I - pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele
proferidas; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969)
II - pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos demais
casos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969)
§ 1o No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos o processo e
julgamento obedecerão ao que for estabelecido no respectivo regimento
interno. (Incluído pelo Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969)
§ 2o Nos Tribunais de Justiça ou de Alçada, o julgamento será efetuado pelas câmaras ou
turmas criminais, reunidas em sessão conjunta, quando houver mais de uma, e, no caso
contrário, pelo tribunal pleno. (Incluído pelo Decreto-lei nº 504, de 18.3.1969)
§ 3o Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras ou turmas criminais, poderão ser
constituídos dois ou mais grupos de câmaras ou turmas para o julgamento de revisão, obedecido
o que for estabelecido no respectivo regimento interno. (Incluído pelo Decreto-lei nº
504, de 18.3.1969)
Art. 625. O requerimento será distribuído a um relator e a um revisor, devendo funcionar
como relator um desembargador que não tenha pronunciado decisão em qualquer fase do
processo.
§ 1o O requerimento será instruído com a certidão de haver passado em julgado a sentença
condenatória e com as peças necessárias à comprovação dos fatos argüidos.
§ 2o O relator poderá determinar que se apensem os autos originais, se daí não advier
dificuldade à execução normal da sentença.
§ 3o Se o relator julgar insuficientemente instruído o pedido e inconveniente ao interesse
da justiça que se apensem os autos originais, indeferi-lo-á in limine, dando recurso para as
câmaras reunidas ou para o tribunal, conforme o caso (art. 624, parágrafo único).
§ 4o Interposto o recurso por petição e independentemente de termo, o relator
apresentará o processo em mesa para o julgamento e o relatará, sem tomar parte na discussão.
§ 5o Se o requerimento não for indeferido in limine, abrir-se-á vista dos autos ao
procurador-geral, que dará parecer no prazo de dez dias. Em seguida, examinados os autos,
sucessivamente, em igual prazo, pelo relator e revisor, julgar-se-á o pedido na sessão que o
presidente designar.
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta pela
decisão revista.
Art. 627. A absolvição implicará o restabelecimento de todos os direitos perdidos em
virtude da condenação, devendo o tribunal, se for caso, impor a medida de segurança cabível.
Art. 628. Os regimentos internos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas
complementares para o processo e julgamento das revisões criminais.
Art. 629. À vista da certidão do acórdão que cassar a sentença condenatória, o juiz mandará
juntá-la imediatamente aos autos, para inteiro cumprimento da decisão.
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa
indenização pelos prejuízos sofridos.
▪️O estado se safa de pagar a indenização em dois casos:
▪️Art 630 §2º, a, b; o erro partiu do condenado, este deu causa à sua condenação (a) e na
segunda, alínea b, fala-se de acusação meramente privada, queixa crime, ainda que haja críticas
por parte da doutrina;
▪️Tais hipóteses afastam a possibilidade de indenizar o condenado.
§ 1o Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se a
condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território, ou o Estado, se
o tiver sido pela respectiva justiça.
§ 2o A indenização não será devida:
a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao próprio
impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder;
b) se a acusação houver sido meramente privada.
Art. 631. Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa, cuja condenação tiver de ser
revista, o presidente do tribunal nomeará curador para a defesa.
Paulo Rangel: a revisão criminal no júri deve ser ampla no sentido de possibilitar o tribunal a
rescisão e o “rejulgamento” do caso, uma vez que a revisão criminal é para proteger o réu e
nunca para acobertar um erro do judiciário;