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Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação

«ESTA É A NOSSA FÉ,


A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR»

* A Fé como dom de Deus*

1. Dinâmica Inicial - Comprimidos para a fé

Material: Três copos com água. Três comprimidos efervescentes. (aqueles com invólu-
cro, tipo paracetamol)

Descrição:
1. Colocar três copos com água sobre a mesa.
2. Pegar nos três comprimidos efervescentes, ainda dentro da embalagem.
3. Pedir para prestarem atenção e colocar o primeiro comprimido com a embalagem
ao lado do primeiro copo com água.
4. Colocar o segundo comprimido dentro do segundo copo, mas com a embalagem.
5. Por fim, retirar o terceiro comprimido da embalagem e colocá-lo dentro do tercei-
ro copo com água.
6. Pedir que os participantes digam o que observaram.

Conclusão: No primeiro copo podemos ver aquela pessoa que não aceita Deus e que
fica de fora de tudo.
No segundo é aquele que até aceita, participa, porém não se abre, ficando fechado às
verdades da fé.
O terceiro copo, é aquele que participa, se abre e se mistura, tendo o coração aberto
a Deus, demonstrando por isso ser uma pessoa com fé.

2. Formação

Um dos primeiros parágrafos do Catecismo da Igreja Católica, citando a constitui-


ção Gaudium et spes diz-nos que o Homem tem um desejo de Deus porque foi cria-
do por Deus e para Deus.
«A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão
com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com
Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor,
constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não
reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador»
II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et Spes, 19: AAS 58 (1966) 1038-1039.

Desde sempre que o Homem experimenta a busca de Deus em crenças e comporta-


mentos religiosos, no entanto, a íntima relação que une o Homem a Deus pode ser
esquecida, desconhecida ou rejeitada.

revolta contra o mal existente no mundo (crianças com fome, doenças incuráveis);
indiferença religiosa (não prestar qualquer tipo de importância à religião);
mau exemplo dos crentes (más acções por parte dos católicos, abusos sexuais por parte do
clero);
correntes de pensamento hostis à religião (ausência de valores que se vive actualmente, a
ideia de que a Igreja é apenas para os velhinhos);

Mas Deus nunca deixa de chamar o Homem para que O procure e assim
encontre a Felicidade e a Vida.

São Tomás de Aquino, notável doutor da Igreja que viveu no século XIII escreveu o
"Sermão sobre o Credo" que nos vai acompanhar ao longo de algumas semanas.

Segundo ele, a Fé é um bem necessário para o cristão pois sem a fé, ninguém
pode ser chamado de fiel cristão.

Primeiro bem: é a união da alma com Deus. Pela fé, realiza-se uma espécie
de "matrimónio" entre a alma e Deus.

Segundo bem: pela fé é iniciada em nós a vida eterna. Se na vida eterna


conhecemos Deus, então esse conhecimento é iniciado na vida terrena através da fé.

Terceiro bem: a vida presente é orientada pela fé. Através da fé sabemos que
há um só Deus e que Deus é misericordioso.

Quarto bem: pela fé vencemos as tentações.


De onde procedem as tentações?
- do diabo, do mundo, da carne.

O diabo tenta-nos para que não obedeçamos nem nos submetamos a Deus. É pela fé que repeli-
mos o mal, porque é também pela fé que sabemos que há um só Deus ao qual devemos obedecer.

O mundo seduz-nos na prosperidade ou aterroriza-nos nas adversidades. No entanto, é através


da fé que acreditamos numa vida melhor, desprezando as prosperidades do mundo e não tendo medi nas
adversidades.

A carne tenta-nos conduzi-nos aos prazeres momentâneos, mas a fé mostra-nos que se aderir-
mos a eles, perderemos as delícias eternas.

Temos estado a falar de fé, mas alguém nos pode perguntar "É insensato acreditar
naquilo que não se vê, não se poder crer naquilo que não se vê."
- Se o homem apenas acreditasse naquilo que vê, então não podia acreditar em
quase nada (doenças, átomos, o universo).

Diz-nos São Tomás de Aquino que «devemos acreditar mais nas coisas da fé do
que nas coisas que vemos, porque a vista do homem pode falhar, mas a ciência
de Deus é sempre infalível.»

3. Considerações finais

Tendo por base a dinâmica inicial dos copos e dos invólucros, de facto a fé é um
dom de Deus, que está em nós como estava nos três comprimidos, no entanto, é
necessário que o Homem se abra e se misture com Deus, que busque a relação com
Deus, de forma a ter um coração aberto e, tal como o comprimido, fazer efeito.

A Fé tem de ser trabalhada, moldada, tal como o barro que por si só não é uma peça,
mas necessita das mãos do oleiro, necessita de ser cozido e de ser preparado.
Não podemos esperar que a fé esteja sempre acesa em nós, mas podemos confiar
que, sendo criaturas de Deus, temos em nós o desejo profundo de procurar a Deus.

4. Oração

És grande, Senhor, e altamente louvável; grande é o teu poder e a tua sabedoria é


sem medida. E o homem, pequena parcela da tua criação, pretende louvar-Te – pre-
cisamente ele que, revestido da sua condição mortal, traz em si o testemunho do seu
pecado, o testemunho de que Tu resistes aos soberbos. Apesar de tudo, o homem,
pequena parcela da tua criação, quer louvar-Te. Tu próprio a isso o incitas, fazendo
com que ele encontre as suas delícias no teu louvor, porque nos fizeste para Ti e o
nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti.
Santo Agostinho, Confissões

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