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ENTIDADES

DE
UMBANDA
Aula 03
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SUMÁRIO
Linha e Arquétipo
dos Caboclos 03
Assentamento 13
Oração de Assentamento 15
Oferenda 22
Ponto Riscado
dos Caboclos 20
Oferendas nas
Matas da Jurema 21
Função das Oferendas 31
O Assentamento 37
O Ponto Riscado 40
Sintetizando 44
Ditado por
Sr. Caboclo Tupinambá
Por Rodrigo Queiroz

LINHA E ARQUÉTIPO
DOS
CABOCLOS
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
4

N
um tempo distante, milenar, habitou
nas terras sagradas deste Brasil exu-
berante um povo até hoje mal com-
preendido, interpretado pela vã concepção
daqueles que aportaram nesta terra com o
único interesse de consumir e apoderar-se
da riqueza natural até então existente tão
bem tratada por milênios pelo povo anôni-
mo que era parte da fauna e da flora, que
não se dissociava do meio que vivia, pois en-
tendia que era parte do todo e sendo assim
devia reverências e preservação.
Este povo colhia somente o necessário para
o alimento, caçava para o alimento e tam-
bém era caçado na forma de alimento, um
ecossistema perfeito, natural.

Dotados de inteligência, pois esta é a condi-


ção humana, ainda que se movimentassem
mais pela intuição e instinto, sabiam pela ra-
zão que não poderiam esgotar a vida por
onde passassem, sendo assim quando uma
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clareira abrigava uma tribo e num deter-


minado momento a vida ao redor se apre-
sentava escassa, por respeito levantava-se
acampamento para habitar em nova região
permitindo que a natureza ali pudesse se re-
compor, desta forma não agrediam sua ter-
ra, sagrada.

“Gigante pela própria natureza…” esta sa-


grada terra outrora imponente nos fazia
pensar que jamais se esgotaria e veja você…

Este povo que por mérito e benção Divina


que aqui habitou são os índios, que foram
extraídos de sua natureza, até a alma per-
deu, assim ditou senhores da fé, disseram
que nós não éramos dotados de alma e fin-
cando a primeira espada a beira-mar, ali-
ás chamavam esta espada de Cruz, de fato
seu formato era uma cruz, mas saibam, era
uma espada, pois quando fincada nesta ter-
ra, dela verteu sangue e como uma fonte
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inesgotável, observe, até hoje os poros des-


ta terra expelem e absorvem sangue…
Mas isto é outra história!

Quero dizer que índio não era uma raça es-


piritual a parte, seres estranhos á natureza
humana, posso dizer que uma condição hu-
mana, ou melhor, um privilégio para aqueles
que na sua existência errou, mas também
acertou muito e alcançando um “bônus” divi-
no pôde nascer em uma tribo indígena, que
existiu por todo o planeta, pois índio é o na-
tivo, aquele que brotou da terra como qual-
quer outra árvore, sua origem no plano físico
ainda é velado, então entenda que brotavam
da terra e por isso sentiam-se parte dela.

O índio era aquele espírito que já havia sa-


ído do ciclo de vícios emocionais, como vin-
gança, ódio, sexo, vaidade, orgulho, avareza,
etc., o humano que encarnou como índio ti-
nha a oportunidade de viver a vida plena in-
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tegrando-se á natureza, percebendo numa


árvore a presença divina, numa folha parte
de uma Divindade, na água o néctar Divino,
nos animais seus irmãos e no ar sua essên-
cia, uma simbiose perfeita e necessária para
completar o ciclo da razão humana. Poucos
que como índios tiveram a oportunidade de
encarnar, voltaram à carne, era como a úl-
tima passagem, para dali continuar a evolu-
ção em outros planos.
Pequenos homens que por estarem tão dis-
tante desta plenitude exterminaram o que
não era espelho, está aí o mal do homem
moderno, o mal de narciso que estranha e
repudia tudo o que não é espelho.

Amamos a natureza, do Criador ao inseto


mais “insignificante”. Somos Um.

Então fomos vilipendiados, usurpados e es-


cravizados, como disse até a alma perdemos,
pregava-se que índio não ia pro céu, que iro
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nia…Olha nós aqui, do “céu” falando a vocês.

Mas nada disso fez com que perdêssemos


o que por milênios cultivamos, o espírito não
se manchou e não fomos pegos pelos senti-
mentos trevosos que poderia fazer com que
tudo o que se tinha cultivado fosse jogado
trevas abaixo. Acaso você já viu em um tra-
balho de desobsessão um índio perturbando
um encarnado, acaso registrou um caso de
índio nas Trevas ou índio algum que se per-
deu no “mundo dos mortos”?

Fomos dizimados e nossa existência sendo


abafada, foi quando surgiu no plano astral
um movimento conhecido como Corrente
Umbanda Astral, este movimento anuncia-
va a oportunidade para aqueles índios do
planeta que já desencarnados e impossibi-
litados de prosseguirem com sua dinâmica
de desenvolvimento humano e espiritual pu-
dessem ter um campo de atuação, isso tudo
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é mais complexo e não cabe neste momento.

Importante é que fomos convocados, não


restou um e começamos a nos preparar
para trabalhar em benefício dos encarnados,
ainda sob o véu de outras religiões, pois não
tínhamos um campo religioso próprio para
nos manifestar. Mas isso pouco importava,
pois os caminhos da fé sempre convergem
ao mesmo destino.

Este movimento nos assentou num grau


evolutivo e denominou como Caboclo, que
de nada tem haver com as miscigenações
de raças. Caboclo é um grau e também uma
linha de trabalhadores espirituais que no iní-
cio da criação do grau era composto na sua
totalidade por índios não só brasileiros, mas
de todo o planeta. Séculos se passaram e
outros espíritos que não tiveram a oportu-
nidade de encarnar como índios atingiram
este grau e aqui estão.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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Noutro momento tivemos a ordem superior


de instituir no plano físico uma porta religiosa
própria e assim nasce a Umbanda, a religião
que une as raças, reporta-se aos melhores
costumes e manifesta a cultura original de
tantos povos originais que a compõe.
Aqui falei de uma linha, os Caboclos, os Ín-
dios.

Assino esta carta com meu nome de tri-


bo que de tão abrangente pôde manter-se
como linha de trabalho sem precisar recorrer
aos nomes simbólicos, ainda que em si reco-
lha todo um mistério e manifestação Divina.
Minhas reverências ao Brasil natural, ao povo
que aqui evoluiu!

SOU ÍNDIO,
SOU CABOCLO,
SOU TUPINAMBÁ!
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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Nota do Médium:
Lendo esta carta do Sr. Caboclo Tupinam-
bá, me veio ressonante as palavras do Sr.
Caboclo das Sete Encruzilhadas na ocasião
da fundação da Umbanda: “Fui padre, meu
nome era Gabriel Malagrida, acusado de bru-
xaria fui sacrificado na fogueira da inquisição
por haver previsto o terremoto que destruiu
Lisboa em 1755. Mas em minha última exis-
tência física Deus concedeu-me o privilégio
de nascer como um caboclo brasileiro.”
Nesta fala ele ressalta que ser índio foi um
privilégio.

Historicamente podemos perceber como a


sociedade indígena sempre esteve a frente
de nosso tempo no quesito moral e cidada-
nia, a ideia de respeito e amor ao próximo
era nato. Quando uma índia ficava viúva, ou-
tro índio mesmo casado a recolhia e assu-
mia o papel de marido, para que esta não
ficasse sem o amparo de um homem. E tudo
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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era normal. Não existia pecado.

O corpo não representava sensualidade, por


isso a nudez era normal. O sexo era uma fer-
ramenta de reprodução e prazer ao casal.

Pensando nisso tudo vejo que os índios ja-


mais precisaram ser catequizados, pois
eram naturalmente cristãos, pois tudo o que
Cristo tentou pregar, os índios praticavam,
só aqueles que pregavam que não haviam
entendido a lição do Cristo.

Bem, o Sr. Tupinambá ainda deixou uma


orientação de como fazer uma assentamen-
to simples da linha de caboclos que pode ser
feito por qualquer um, não precisa ser mé-
dium e a fundamentação disto é para que
se tenha uma porta aberta para a presença
e a proteção da força dos Caboclos. Pode
ser feito em casa, no terreiro ou onde achar
melhor.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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ASSENTAMENTO
- 07 pedras quartzo verde;

- 07 charutos,

- 01 alguidar médio;

- 07 folhas de samambaia;
- 01 quartinha branca macho pequena;

- Suco de caju (concentrado);

- 01 vela 7 dias bicolor branco/verde.


ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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PREPARO

D
espeje dentro da quartinha o suco
de caju (concentrado). Coloque a
quartinha no meio do alguidar. Envol-
ta dela faça um ninho com as folhas de sa-
mambaia, acenda a vela na frente do algui-
dar. Intercale um charuto com uma pedra
dentro do alguidar, por cima das folhas em
círculo. Acenda todos charutos dando três
baforadas na quartinha.
Toda semana acenda ao menos uma vela
palito verde. Na ocasião troque o líquido,
pode permanecer no máximo 15 dias.
Sempre que fizer esta firmeza semanal,
pegue um dos charutos e dê três bafora-
das, concentrado nos pedidos e orações. Vá
rotacionando os charutos. Estes charutos
devem ser trocados de três em três meses
bem como a samambaia.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
15

ORAÇÃO DE
ASSENTAMENTO
“Divino Criador, Divinas Forças Naturais, Di-

vinos Orixás, neste momento vos evoco e

peço que imante este assentamento, con-

sagre e o torne um portal por onde os ca-

boclos do astral possam se manifestar, ser-

vindo de minha proteção e chave de acesso

aos caboclos de acordo com o meu mereci-

mento.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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Peço que a força dos caboclos esteja pre-

sente e receba minhas vibrações.”

Ps.: Este é um assentamento universal para

a linha de caboclos, que pode ser consagra-

do a um caboclo específico ou deixar aber-

ta de forma universal.

Faça isto com fé e amor, terá óti-


mos resultados.

Okê Caboclos!
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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OFERENDA
- 07 laranjas, 01 abacaxi, 07 pedaços de
mandioca, 01 cacho de uva, 01 manga, 01
mamão, 07 bananas, 07 espigas de milho;
- Suco de caju, 03 cervejas branca;
- 07 charutos; incenso de cânfora
ou sete ervas;
- Ervas variadas e flores variadas;
- 07 pedaços de fita de cetim fina
nas cores branco, rosa, verde,
marrom, vermelho, violeta e azul claro;
- 07 velas brancas, 07 verdes;
- Fubá.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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Vá até uma mata, escolha o pé de


um árvore de seu gosto, limpe o chão,
afaste as folhas secas, forre com fo-
lhagens da mata. Deposite as frutas
como queira, lembrando de partir to-
das, não deixe nada fechado. Circu-
le com os líquidos, se estiver ventan-
do junte as velas brancas e amarre
como uma tora com 3 fitas e o mesmo
com as vertes usando as quatro fitas.
Acenda os incensos. Por fim circunde a
oferenda com o fubá.

Faça suas orações, cante pontos e


mantenha-se concentrado por cerca
de 30 minutos. Recolha tudo que não é
perecível e jogue num lixo. Caso as ve-
las já tenham acabado, recolha a pa-
rafina.
Lembre-se sempre: Consciência ecoló-
gica é a melhor oferenda aos Orixás.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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Dia da Semana: Terça-feira
Defumação / Banho: - Calêndula;
- Alfazema;
- Samambaia;
- Sálvia;
- Guiné;
- Alecrim;
- Eucalipto.

MATERIAL
01. 04 Velas Verdes
02. 01 Vela Dourada ou Amarela
03. 01 Vela Branca
04. 01 Vela Prata ou Azul Claro
05. 01 Vela Azul Escuro
06. 01 Vela Bicolor Verde/Branco ou Verde
07. Água
08. Cerveja Branca
09. VinhoTinto
PS1. Circular com ervas secas ou fubá
PS2. Colocar os Charutos sobre
os copos
Obs: Incenso à vontade
PONTO RISCADO
DOS CABOCLOS
Ditado por
Sr. Pajé Arranca Toco
Por Rodrigo Queiroz

OFERENDAS
NAS MATAS DA JUREMA
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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- Venha filho, vamos caminhar.

Assim anunciou o velho Pajé, balançando um


maracá, quando me dei por conta estava em
meio a uma clareira em plena mata virgem,
árvores frondosas e maravilhosas, raramen-
te vistas no plano físico da vida. Ele me con-
duziu para uma estreita trilha.

- Filho vamos para uma experiência impor-


tante, é necessário que não dê tanta impor-
tância a beleza do lugar, mas sim apure seus
sentidos, visão, olfato, tato, paladar e sereni-
dade. Perceba a textura do chão no seu pé,
a leveza das folhas em suas mãos, o cheiro
de ervas no ar e a brisa fresca a carinhar
sua face.

- Posso sentir o gosto de selva na boca Pajé.

- Sinal que já está próximo do que quero fi-


lho. Respire fundo e feche os olhos.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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- Pajé, posso enxergar com olhos fechados!


- exclamei emocionado.

- O que vê filho?

- Vejo troncos de luz, silfos, salamandras, fo-


lhas irradiantes…

- Lentamente abra os olhos.

- Sim…

- Continua vendo?

- Nitidamente Pajé…

- O que vê filho é a vida neste reino natu-


ral, tão mal percebida pelos encarnados e
infelizmente entre os próprios fiéis do culto à
natureza.

- Quanta beleza Pajé!


ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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- Quanta vida filho, quanta vida!

- Sim, pulsante…

- Agora me acompanhe.

Nos dirigimos a outra clareira, lá tinha mui-


tas pessoas, vestidas de branco, colares,
atabaque e muitas frutas, logo notei que se
tratava de um terreiro pronto a iniciar uma
atividade, curioso fiquei a observar atenta-
mente, encantado com o toque harmônico
da curimba e os raios de luz que espargiam
no ambiente em direção dos presentes a
cada batida das mãos no couro. Alguns ou-
tros se organizavam para no meio da roda
depositar as oferendas, muitas frutas, velas,
incensos, bebidas. Conseguia visualizar a lu-
minosidade áurica de cada um, em cores e
tons das mais variadas.

- Filho, este grupo de cultuadores da nature-


ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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za divina, está realizando um culto de exalta-


ção ao senhor das matas…

- Pai Oxossi!

- Sim, e para tanto é comum postar oferen-


das em seu louvor, na Umbanda recorremos
ao uso da natureza, como frutas, pedras,
bebidas, incenso, etc. Dispensando qualquer
uso de imolação de animais.

- Sei Pajé, compreendo e tenho pra mim que


é o correto, somente que muitos que cruzam
o cultos de umbanda com o africano recor-
rem á práticas da imolação…

- Sim filho, porém não vamos acessar este


assunto no momento, vamos nos ater a esta
liturgia de hoje e colher as impressões perti-
nentes.

- Sim Senhor.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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Ele calado sacudia seu maracá e eu obser-


vando tudo, vi que as frutas emitiam luzes e
quando cortadas era como que se abrisse
uma caixa de luz, que de dentro um clarão
escapava e por alguns minutos ficavam ali a
iluminar e criando um campo de luz e ener-
gia indescritível. Quando a curimba acelerou
o toque vi um portal se abrir na frente da
oferenda e dele dezenas de caboclos, cabo-
clas e encantados saíram, abraçaram todos
os presentes, dançavam e cantavam. Real-
mente era uma festa, uma exaltação e final-
mente entoam o ponto.

…As matas estavam escuras… e um anjo a


iluminou… e no centro da mata virgem… foi
seu Oxósse quem chegou…mas ele é o rei ele
é o rei ele é o rei…

As folhas no chão começaram a voar e as


entidades presentes em reverência batiam
cabeça ao chão, quando como que uma ex-
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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plosão e uma luz cegante se fizeram presen-


te um emissário do Sr. Oxossi, sua luz verde
era intensa que não pude me manter com
a cabeça levantada, os caboclos ajoelhados
bradavam em reverência e louvor, do lado
físico alguns médiuns entravam em transe
energético e a curimba acelerava o toque,
poucos segundos passados novamente a
explosão de Oxossi se recolheu.

Na oferenda a luz era mais intensa.


ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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Com os médiuns em oração e ajoelhados, as


entidades estendiam as mãos em direção a
oferenda e o inusitado acontecia. Dos ele-
mentos saiam uma substância esverdeada
parecido com uma massa elástica e se mol-
davam e iam aplicando nos fiéis presentes,
rapidamente era absorvido pelos chakras
e a luminosidade do corpo áurico deles era
modificado, sutilizava e irradiava mais. Por
alguns minutos este procedimento ocorreu
e as entidades se recolheram para o portal
mencionado.

- Viu filho, nenhuma entidade comeu as fru-


tas.

- Mas eles não precisam comer para ficar


tratado?

- Não filho, compreenda que somos um di-


mensão bem mais sutil que a de vocês e se
nos aventurássemos a ingerir o prâna dos
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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vegetais do plano físico nos traria grande


desarranjo energético, quando precisamos
nos “alimentar” encontramos o mesmo em
nossa esfera e não na de vocês.

- Entendo…

- Entenda também que fora a liturgia reli-


giosa, a necessidade de oferendas são para
vocês mesmos que quando encarnaram
perderam a capacidade de extrair o prâna
da natureza e recorrem a esta prática para
que nós os mentores os auxilie na extração e
aplicação do prâna em vocês mesmos.

- Para quê?

- A fim de sutilizar vossas energias, equili-


brar os chakras, curar doenças e muito mais.
Também guardamos para os médiuns usa-
ram nos atendimentos.

- Pajé de onde tiram tantas teorias que só


ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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ajudam a complicar a compreensão?

- Talvez das observações limitadas ao pró-


prio conhecimento, ruim é quando saem do
bom senso e fundamentam suas teorias no
absurdo.

- Podemos fazer sempre oferendas?

- Sim, quando e onde bem entender e lá um


de nós estaremos a auxiliar na extração do
prâna.

- Incrível.

- Agora vamos filho, logo em breve retoma-


mos esta prosa para aprofundamentos prá-
ticos, aproveite e vamos ensinar estas prá-
ticas…

Acordei após estas palavras, poderia ser um


sonho…quero como uma revelação…

Saravá!
FUNÇÃO DAS
OFERENDAS
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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C
omo as técnicas de extração energé-
tica da natureza estão adormecidas
em nosso mental, pois é, porque nós
enquanto viventes no plano astral nos ali-
mentamos de energia sutil e quando encar-
namos esta técnica é adormecida em nosso
inconsciente e no Ocidente estas técnicas
estão pouco difundidas. Por isso praticamos
a oferenda.

Ora, a oferenda não passa de um ato ao qual


nos submetemos em depositar diversos ele-
mentos naturais que na maioria das vezes
não sabemos para que serve e elevarmos
nossos pensamentos aos mentores e Ori-
xás. Fisicamente é assim que se entende.

Do lado espiritual, os nossos amparadores


vêm receber a oferta, extraem o prâna dos
elementos e revertem para nós mesmos de
acordo com a nossa necessidade.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
33

Não pense que os espíritos se alimentam


destas ofertas, até porque estão em planos
mais elevados de onde extraem outros ní-
veis de energia de acordo com as suas con-
dições.

Entende-se então que praticamente faze-


mos oferendas para nós mesmos. Parece
engraçado né? Mas é funcional e esta práti-
ca já ocorre há milhões de anos atrás.

Não confunda a oferenda ritual de elementos


naturais com estas oferendas feitas com fri-
turas, cozimentos, etc. Não tem fundamento
nesta prática, porque ao fritar ou cozinhar,
os alimentos perdem quase todo o prâna.
Somente espíritos zombeteiros e trevosos e
até as “almas penadas” é que sentem ne-
cessidade destas ofertas, para saciarem
seus vícios terrenos.

No caso de médiuns ativos que de tempo


ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
34

em tempo lhe é solicitado a oferenda isto


ocorre também para direcionar as energias
a um irmão necessitado que este médium
por ventura esteja ajudando.

Que fique bem claro que não quero mudar as


práticas litúrgicas, mas tão somente, forta-
lecê-la, pois, com a racionalização e conhe-
cimento sobre as práticas ritualísticas leva a
todos ao fortalecimento da fé e o controle
dos exageros.

Retomando o raciocínio, sabemos então,


que a natureza física na terra funciona como
verdadeiros chakras planetários que absor-
vem as forças do Universo e irradia no pla-
neta sua essência dando assim o equilíbrio
ao planeta e aos seres que aqui habitam.

Desta forma não faz lógicas nossos irmãos


se dirigem a uma mata para fazer uma ofer-
ta e “esquecerem” garrafas, panos, copos
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
35

etc., etc., etc. na natureza. Pense desta for-


ma poluíra o chakra planetário, que com o
tempo adoecerá e isto vai refletir em nós.
Também denigre a moral da religião.

Quando se oferenda flores leve em vasos e


plante no local, será mais agradável para a
natureza e para si mesmo, pois enquanto a
flor viver ela vibrará energias em sua direção
ou na direção que você ordenou a ela. Levan-
do flores amputadas você estará ofertando
um elemento “defunto”, ou seja, que já está
em processo acelerado de decomposição.

Ao invés de depositar a oferenda em cestos


de vime, panos de cetim, pratos etc., utilize
folhas de ervas do próprio ambiente que es-
tiver.

Uma boa dica é utilizar folhas de fumo, bana-


neira, chapéu de couro, negamina, eucalipto,
ou qualquer que estiver no ambiente.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
36

Saiba que cada fruta, fruto, raiz, legume,


verdura, etc., têm ligações diretas com os
chakras.

Fonte: Os textos deste capítulo OFERENDAS


compõem o material didático do curso Ma-
gia das Oferendas desenvolvido e ministra-
do por Rodrigo Queiroz.

Atenção: Tenha consciência ecológica e ja-


mais deixe na natureza elementos que não
sejam biodegradáveis. Os guias e Orixás
agradecem!
O
ASSENTAMENTO
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
38

O
assentamento é uma prática muito co-
mum e necessária na vida do fiel e pra-
ticante Umbandista.
O próprio nome já diz: ASSENTAR, mas o quê?
Assentar é o mesmo que fixar num determina-
do ponto ou espaço físico uma força ou energia
espiritual. Esta prática é pertinente a todas as
religiões, o assentamento mais comum a todas
é o próprio altar onde que fica uma série de
energias pertinentes àquela religião ou templo.

Na Umbanda é mais arrojado. Um terreiro pro-


move muitos assentamentos que se dividem
em quatro categorias: interno visível, interno
invisível, externo visível e externo invisível, por
visível entenda aqueles que estão expostos á
todos e o contrário é quando estão guardados
longe dos olhos alheios ou até mesmo enterra-
dos.

Também se divide para várias funções um as-


sentamento, variando de assentamento de
Orixá, entidade, linha de trabalho ou motivos
particulares como assentamento de prosperi-
dade, assentamento de cura etc.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
39

O fato é que por assentamento entenda um


conjunto de elementos, fixados num determi-
nado lugar que após uma série de ritualísticas
este servirá como um portal fixo e permanente
de contato com a força a qual se dedicou tal
assentamento. Fazendo um paralelo com os
contos infantis é como o “espelho mágico”, ou
seja, a qualquer momento você pode se dirigir
a ele e fazer um pedido ou agradecimento.

No espaço em que ele está assentado, com um


templo, este assentamento irradia sua energia
o tempo todos como também absorve aquele
que lhe é pertinente ou ordenado.

Os assentamentos aqui expostos poderão ser


executados pelo aluno, pois foi passado pela
espiritualidade e solicitado que se divulgasse o
máximo que pudesse. Não há nenhum pré-re-
quisito ou contra indicações, desde que seguido
rigorosamente às orientações aqui expostas e
na aula.

Aqui não ensinaremos assentamentos de Ori-


xás, mas tão somente das Linhas de Trabalho
na Umbanda.
O
PONTO
RISCADO
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
41

O
utro tema delicado no meio Umban-
dista é o ponto riscado. Em algu-
mas vertentes pregam que o pon-
to riscado só pode ser traçado pelas mãos
de uma entidade incorporada, outros dizem
que para tanto o indivíduo deve ter alcan-
çado um determinado Grau iniciático e por
aí vai. Eu digo que estão todos certos, bem
como o que vou ensinar também está.

Primeiramente entendamos o que é o pon-


to riscado. Com uma função parecida com a
oferenda e o assentamento, o ponto riscado
é a fixação temporária de variadas energias
traçadas com o uso tradicionalmente da
pemba (giz com formato ovular) que pode
ser riscado no chão ou num “espaço mágico”
(tábuas, lajotas, pedras). Normalmente são
traçados símbolos e signos, firmados (ativa-
dos) com velas coloridas. Também se utiliza
pedras, incensos, bebidas, ervas, etc.
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
42

Quando ativado (firmado) um ponto riscado,


este terá muitas funções enquanto se man-
ter ativado por velas principalmente. Este
abre um portal de conexão com Orixás ou
entidade e linhas de trabalho que ali den-
tro recebem uma série de ordenações (fun-
ções), pedidos, etc. Mas atenção, não saia
por aí riscando qualquer coisa, tampouco use
um livro famoso chamado 3333 pontos can-
tados e riscados, alerto que isso é um perigo,
pois os pontos ali expostos é uma coletânea
de cópias que o autor dez visitando terrei-
ros, porém no livro não se explica a origem,
motivo e atuação dos mesmos. Já vi pon-
to de Caboclo Sete Flechas que nos traços
continham caveira e caixão. Observando isso
entendemos que não é o ponto do referido
caboclo, mas o mesmo riscou num determi-
nado momento para trabalho específico. E
nós não podemos sair riscando. Certo?
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
43

No curso para cada linha de trabalho teremos


a exposição de um ponto riscado de susten-
tação da linha de trabalho, estes sim estão
autorizados para serem usados somente
por alunos que fizeram curso. Não podem
ser multiplicados e utilizados por quem não
o fez, pois os mesmos não terão recebido a
vibração e o reconhecimento dos mentores
responsáveis e reveladores dos referidos
pontos riscados.

Enfim, quando as velas se apagam o portal


que foi aberto pelo ponto riscado é fechado
e recolhido para sua origem. Por isso tenha
em mente que ponto riscado é fechado e re-
colhido para sua origem. Por isso tenha em
mente que ponto riscado é a fixação tempo-
rária de determinadas forças espirituais.
SINTETIZANDO
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
45

OFERENDA: é a ativação de determina-


das forças energéticas através da ritualísti-
ca religiosa e ofertatória de elementos natu-
rais. Usado para pedidos e agradecimentos,
bem como preceito de ato de fé. As forças
ali ativadas são temporárias e normalmen-
te executados em pontos de forças naturais,
ex: mata, cachoeira, pedreira, beira-mar, en-
cruzilhada, etc.;

ASSENTAMENTO: é a fixação perma-


nente de força energéticas provenientes de
Orixá, entidade ou linha de trabalho. Utilizan-
do de materiais físicos variados. Devendo ser
ativado semanalmente como uma forma de
“sustentação” do assentamento.

PONTO RISCADO: é a ativação temporá-


ria de forças energéticas através de traços
simbólicos e signos magísticos. Muito utiliza-
do pelas entidades na Umbanda e podendo
ser usado por pessoas devidamente prepa-
ENTIDADES DE UMBANDA - AULA 3
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radas para tento. Pode ser ativado em qual-


quer lugar.

LINHAS DE TRABALHO: é o termo uti-


lizado para designar agrupamentos espi-
rituais separados por focos de trabalhos e
atribuições diferentes. Composto por espíri-
tos nas mais variadas hierarquias. As linhas
comumente conhecidas são: Caboclo, Preto
Velho, Baiano, Boiadeiro, Marinheiro, Cigano,
Crianças, Exu, Pomba Gira e Exu Mirim.

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