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FISCALIDADE EMPRESARIAL

A Fiscalidade
Questões
Ambientais

Política Questões
Económica Sociais

O cidadão

O Mercado Questões
Legais
Fiscalidade, Direito Fiscal e Ciência fiscal

• O termo Fiscalidade deriva do latim “fiscu”


que significava o poder do Estado em
tributar os cidadão e recolher para os seus
cofres as respectivas receitas “tributos”
• A fiscalidade é uma expressão de maior
amplitude e que engloba os conceitos de
Direito Fiscal, Técnica Fiscal e Política
Fiscal.

3
Fiscalidade, Direito Fiscal e Ciência fiscal

• O termo Fiscalidade distingue-se de Ciência


Fiscal, na medida em que esta tem uma
visão mais abstracta e científica daquelas
matérias, ao passo que o termo fiscalidade
indica um tratamento predominantemente
concreto e técnico e de efeito objectivo e
imediato.

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Fiscalidade, Direito Fiscal e Ciência fiscal

• Direito Fiscal: É o conjunto de normas que regulam as


relações que se estabelecem entre o Estado e os
outros entes públicos, por um lado e os cidadãos por
outro, por via do imposto. Essas normas regulam as
várias fases do imposto: Incidência, lançamento,
liquidação e cobrança.
• Técnica fiscal: É o modo (métodos e técnicas) como
as normas estabelecidas pelo Direito Fiscal são
aplicadas.
• Politica Fiscal: Visa o estudo dos mecanismos fiscais
a utilizar pelo governo para atingir determinados
objectivos 5
FISCALIDADE EMPRESARIAL

É uma estrutura económico – social com


diversas funções ao serviço do cidadão :
– Soberania, Defesa e Segurança
– Educação
– Saúde
– Organização social

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

• As exigências de satisfação das necessidades


económicas de carácter público
– Despesas Públicas

• A obtenção de meios indispensáveis à respetiva


cobertura impõem ao Estado
– Receitas Públicas

• Necessidade de regras de organização e


administração
– Organização Administrativa 7
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• Evoluem com os tempos e interagem com as políticas


do Estado. Por isso se fala em:

– Necessidades Passivas - aquelas que não dependem da


procura e por isso não pode ser exigido um preço explícito. São
por inerência um custo social, por exemplo a Defesa Nacional.

– Necessidades Ativas - aquelas que são procuradas pelo


cidadão, por exemplo saúde e educação.

• Qual o papel do Estado Providência ?

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

São os recursos financeiros para fazer face às despesas.


Como tipos temos:

– Receitas Patrimoniais
• Venda de património (ações, edifícios, etc)

– Receitas Coativas
• Impostos e taxas

– Empréstimos

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• Estado Patrimonial
– As receitas baseiam-se no seu património e muitas
vezes os próprios meios de produção

• Estado Fiscal
– As receitas baseiam-se nos impostos cobrados ao
cidadão

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

– Toda a atividade social e económica é regida por normas


jurídicas (leis).

-O DIREITO é um conjunto de normas assistidas de proteção


coativa.

-O Direito abrange assim todas as vertentes da sociedade, regras


de convivência social, como direito civil, de regras económicas
como o direito comercial, direito administrativo na organização
do Estado, etc.

Conclusão, cada área de intervenção do homem existem regras


especificas dessa vertente.

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• Atividade Financeira do Estado

– O conjunto de normas que disciplinam a atividade


financeira do Estado denomina-se Direito financeiro
e abrange o direito das receitas, despesas e
administração.

• Tipos de Direito das Receitas


– Patrimonial
– Tributário (inclui o Direito fiscal)
– Crédito Público

• Tipos de Direito das Despesas


– Direito Orçamental 12
!

• Noção
– Ramo do Direito que regula os impostos tendo por
objeto as normas que regulam o “Nascimento, o
desenvolvimento e extinção das relações jurídicas
relacionadas com os impostos.

• Âmbito
– O Direito Fiscal abrange
• Normas jurídicas de soberania fiscal
• Normas Nascimento, o desenvolvimento e extinção
(incidência, lançamento, liquidação e cobrança)
• Normas de obrigações Acessórias (declarativas, etc)
• Normas de sanção fiscal
• Normas de processo (impugnação e execução)
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FISCALIDADE EMPRESARIAL

" #
• Natureza
– Com ou sem autonomia legislativa, didáctica e
científica ?
– Direito Público ou Privado ?

– Ramo de Direito Autónomo e Público tendo em conta


por um lado sua finalidade que é o bem comum e por
outro a posição do Estado como entidade acima do
cidadão o chamado “ius imperium”.

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Direito Fiscal e Direito Constitucional

• Direito Fiscal e Direito Administrativo

• Direito Fiscal e Direito Privado


(civil, comercial, contabilístico)

• Direito Fiscal e Direito Penal

• Direito Fiscal e Direito Processual

• Direito Fiscal e Direito Comunitário

• Direito Fiscal e Direito Internacional


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FISCALIDADE EMPRESARIAL

!
• Diversas aceções
- Histórica, instrumental, orgânica, sociológica,
técnico-jurídica etc.

• Na aceção técnico-jurídica pode definir-se fonte de


direito sendo “o modo de formação e revelação das
regras jurídicas”.

• As fontes tradicionais do Direito são: a lei, o costume, a


jurisprudência e a doutrina.

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

!
• Constituição da República

• Incidência
• Taxa
• Lei
• Benefícios Fiscais
• Garantias dos contribuintes

• Regulamentos (Portarias e Decretos Regulamentares)

• Tratados Internacionais (Convenções e Acordos)


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! %
• Diretivas sobre:

– Fiscalidade Direta
– Fiscalidade Indireta
– IVA
– IEC impostos especiais sobre o consumo

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Tratados internacionais
– Visam eliminar a dupla tributação e fraude fiscal
internacional

Tipos
– Convenções
– Acordos

Hierarquicamente superiores ás normas de Direito


interno

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

&'
• Lei e Decreto-lei
– Sentido formal e material
• Decreto Legislativo Regional
– Aplicável ás regiões autónomas
• Regulamento
– Visão regulamentar a aplicação das leis
– Portarias e Decretos Regulamentares
- Outro direito circulatório (despachos, ofícios etc.)

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( )
• Príncipio da Legalidade dos Impostos
• Proeminência da lei – Fonte de legitimidade
• Príncipio da Reserva da Lei – lei formal da AR
• Principio da Tipicidade – O facto deve estar previsto

• Príncipio da Igualdade Tributária


• Príncipio da Generalidade e Uniformidade
• Principio da Capacidade Contributiva

• Princípio da Não Retroatividade da Lei Fiscal

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

( )
PRINCÍPIO LEGALIDADE

Artigo 103.º - Sistema fiscal


1. O sistema fiscal visa a satisfação das necessidades
financeiras do Estado e outras entidades públicas e
uma repartição justa dos rendimentos e da riqueza. (...)
2. Os impostos são criados por lei, que determina a
incidência, a taxa, os benefícios fiscais e as garantias
do contribuinte.

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

( )

PRINCÍPIO DA RESERVA DA LEI

Consiste na reserva de lei parlamentar para a criação dos


impostos, não podendo o Governo estabelecê-los, salvo no
caso de autorização legislativa.

Assenta na ideia de auto tributação dos cidadãos que,


através dos seus representantes, avaliam o interesse público
subjacente à criação dos impostos e, em face desse
interesse, determinam o sacrificio que cada um há-de
superar.

23
FISCALIDADE EMPRESARIAL

( )

PRINCÍPIO DA RESERVA DA LEI

Art. 165 da CRP determina que é da exclusiva


competência da Assembleia da Républica legislar sobre
impostos.

Artigo 105.º - Orçamento (CRP)


1. O Orçamento do Estado contém:
a)A discriminação das receitas e despesas do Estado,
incluindo as dos fundos e serviços autónomos;

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

( )

PRINCÍPIO DA TIPICIDADE

Só se podem cobrar impostos expressamente previstos


na Lei. A tipificação abrange a definição do facto
tributário e os elementos necessários à fixação do
quantum.

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

( )
PRINCÍPIO DA GENERALIDADE

Artigo 13.º - Princípio da igualdade (CRP)


1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são
iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado,


prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de
qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça,
língua, território de origem, religião, convicções políticas ou
ideológicas, instrução, situação económica, condição
social ou orientação sexual

26
FISCALIDADE EMPRESARIAL

( )
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

Artigo 67.º, n.º 2, al.f) da CRP


Incumbe, designadamente, ao Estado para protecção
da família, ... Regular os impostos e os benefícios
sociais, de harmonia com os encargos familiares.

Artigo 104.º, da CRP


1.O imposto sobre o rendimento pessoal visa a
diminuição das desigualdades e será único e
progressivo, tendo em conta as necessidades e os
rendimentos do agregado familiar.
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FISCALIDADE EMPRESARIAL

( )
PRINCÍPIO DA NÃO RETROATIVIDADE DA LEI FISCAL

• Determina o nº3 da CRP “Ninguém pode ser obrigado a


pagar impostos que não hajam sido criados nos termos
da Constituição, que tenham natureza retroativa ou cuja
liquidação e cobrança se não façam nos termos da lei”.

• Visa a Segurança Jurídica do cidadão

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

Aquando da aplicação consiste em determinar o exato


sentido e alcance de modo a que se revele a regra
nela contida e no caso de dúvidas entender o
verdadeiro espírito do legislador.

Diz o art. 9º do Código Civil “ A interpretação não


deve cingir-se à letra da lei mas reconstituir a partir
dos textos o pensamento legislativo tendo em conta a
unidade do sistema jurídico, as circunstâncias em que
a lei foi elaborada e as condições específicas do
tempo em que é aplicada”.
29
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Sentido Restrito – verdadeiro alcance da lei


• Sentido Lato – Restrito e espirito da lei

Deve-se aplicar às leis fiscais os principios gerais de


interpretação das normas de direito comum. Estão
ultrapassadas:
• “in dubio pro fisco”
• “in dubio contra fiscum”
• Tese da insusceptibilidade da interpretação extensiva

30
FISCALIDADE EMPRESARIAL

#
• Órgão
Autêntica: Órgão Legislativo
Doutrinal: Tribunais ou Administração Pública

• Elementos
Literal: Atenta no texto
Lógica: Espirito da lei

• Extensão
Declarativa: Letra = Mente
Restritiva: Letra > Mente
Extensiva: Letra < Mente
31
FISCALIDADE EMPRESARIAL

( ( ' &

• A Lei Geral Tributária determina no seu


art.11ºnº1 o seguinte:
“Na determinação do sentido das normas fiscais e na
qualificação dos factos a que as mesmas se aplicam
são observadas as regras e princípios gerais de
interpretação e aplicação das leis”.

• E ainda o nº3 :
“Persistindo a dúvida sobre o sentido das normas de
incidência a aplicar, deve atender-se à substância
económica dos factos tributários”
32
FISCALIDADE EMPRESARIAL

*' # +

• A atividade de interpretação busca o sentido dos termos


ou conceitos utilizados na lei. Importa saber se o seu
significado na fiscalidade é o mesmo do outro ramo de
que é oriundo.
• A LGT no nº2 do art. 11º determina:
• “Sempre que, nas normas fiscais, se empreguem termos próprios
de outros ramos de direito, devem os mesmos ser interpretados no
mesmo sentido daquele que aí têm, salvo se outro decorrer
diretamente da lei”.
• Exemplos, transmissão de bens, sociedade comercial,
pessoa coletiva, exportação, sujeito passivo casado etc.

33
FISCALIDADE EMPRESARIAL

&
Aplicação da Lei Fiscal no tempo

A Obrigação Tributária nasce com a verificação do


pressuposto previsto na lei para a sujeição ao imposto.
A exigibilidade da prestação pode aparecer só mais
tarde, com a liquidação.

• Teoria da Irretroactividade – se a nova lei altera os


elementos essenciais do imposto não se aplica, desde
que, a obrigação tenha sido constituida antes.

• Aplicação da nova lei ao processo administrativo –


desde que os elementos essenciais do imposto na
sejam alterados (lugar de pagamento). 34
FISCALIDADE EMPRESARIAL

&
Artigo 12.º LGT - Aplicação da lei tributária no tempo

1 - As normas tributárias aplicam-se aos factos


posteriores à sua entrada em vigor, não podendo ser
criados quaisquer impostos retroactivos.

2 - Se o facto tributário for de formação sucessiva, a lei


nova só se aplica ao período decorrido a partir da sua
entrada em vigor.

3 - As normas sobre procedimento e processo são de


aplicação imediata, sem prejuízo das garantias, direitos
e interesses legítimos anteriormente constituídos dos
contribuintes. 35
FISCALIDADE EMPRESARIAL

' &
Preenchimento das lacunas ou casos omissos na lei.

Direito Privado – Art. 10º Código Civil – Integração


das lacunas da lei
1. Os casos que a lei não preveja são regulados segundo
a norma aplicável aos casos análogos.
2. Há analogia sempre que no caso omisso procedam as
razões justificativas da regulamentação do caso
previsto na lei.
3. Na falta de caso análogo, a situação é resolvida
segundo a norma que o próprio intérprete criaria, se
houvesse de legislar dentro do espírito do sistema.

36
FISCALIDADE EMPRESARIAL

' &
A Analogia não se pode aplicar no direito fiscal quando
estão em causa elementos essenciais possam vir a
afectar os direitos do contribuinte:
• Incidência
• Taxas
• Beneficios Fiscais
• Garantias dos Contribuintes

Elementos não esseciais – uso de analogia

37
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Início de vigência
São válidos os princípios gerais de direito. A lei entra
em vigor no dia nela fixado ou na falta de fixação, no
continente no quinto dia seguinte à publicação e na
Madeira e Açores no décimo dia seguinte.

• Termo de vigência
A cessação também segue a regra geral art. 7º do
Código Civil. Pode ser :
• Por caducidade (termina o prazo nela fixado)
• Por revogação (tácita ou expressa)
• Existe ainda o conceito de suspensão da lei
(interrupção da sua aplicação)
38
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• O problema da não retroatividade da lei fiscal


– A lei só vale para o futuro conforme nº1 do art. 12º da
LGT:
“As normas tributárias aplicam-se aos factos
posteriores à sua entrada em vigor, não podendo ser
criados quaisquer impostos retroativos”.

– Quanto aos elementos não essenciais são de


aplicação imediata art.12º nº3

39
FISCALIDADE EMPRESARIAL

&
Principio da Territorialidade
A lei fiscal de um Estado apenas abrange os factos e
situações que ocorram no território desse Estado e os
rendimentos que nele tenham sido obtidos.

CIRC – Art. 4º - Extensão da Obrigação do Imposto


1 -Relativamente às pessoas colectivas e outras
entidades com sede ou direcção efectiva em território
português, o IRC incide sobre a totalidade dos seus
rendimentos, incluindo os obtidos fora desse território.
2 -As pessoas colectivas e outras entidades que não
tenham sede nem direcção efectiva em território
português ficam sujeitas a IRC apenas quanto aos
40
rendimentos nele obtidos.
FISCALIDADE EMPRESARIAL

#
• Em sentido negativo
– As leis fiscais estrangeiras não se aplicam em
território nacional

• Em sentido positivo
– As leis tributárias internas aplicam-se a todo o
território nacional quer a entidades nacionais quer
estrangeiras.

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

( )

• Elementos de conexão
– Carácter pessoal (nacionalidade ou residência) com
grande relevância nos impostos sobre o rendimento

– Carácter real (origem ou fonte do rendimento) com


grande relevância nos impostos sobre a despesas e
património

Neste âmbito poderão ocorrer situações de dupla


tributação internacional.

42
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• A dupla tributação é a suscetibilidade de determinado


facto gerador estar sujeito a imposto em dois espaços
fiscais distintos, uma vez que está conexo com mais do
que um país.

• Existe assim o problema :


– Estado de residência e
– Estado fonte

43
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Medidas unilaterais
– Cada Estado toma as medidas que entender no
âmbito da sua soberania
– Exemplo “EBF art. 37 nº1 isenta de IRS pessoas
deslocadas no estrangeiro” ou ainda o art. 46º CIRC.

• Medidas bilaterais
– Resultam de tratados bilaterais ou multilaterais
respetivamente de dois ou mais estados

44
FISCALIDADE EMPRESARIAL

Os tributos podem ser (art 3º LGT):

a) Fiscais e parafiscais;

b) Estaduais, regionais e locais.

Os tributos compreendem os impostos, incluindo os


aduaneiros e especiais, e outras espécies tributárias
criadas por lei, designadamente as taxas e demais
contribuições financeiras a favor de entidades públicas.

45
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• Prestação patrimonial

• Definitiva

• Sem carácter de sanção

• Estabelecida por Lei

• A favor do Estado ou de outro ente público

• Tendo em vista a realização dos fins públicos

46
FISCALIDADE EMPRESARIAL

-
& . /0

Prestação coativa, pecuniária, unilateral, estabelecida

pela lei, a favor do Estado ou de outro ente público,

sem carácter de sanção, com vista à cobertura das

despesas públicas e ainda tendo em atenção

objectivos de ordem económica e social.

47
FISCALIDADE EMPRESARIAL

1 -
& . /
20
Prestação coactiva, pecuniária, bilateral, estabelecida
pela lei, a favor do Estado ou de outro ente público,
sem carácter de sanção, com vista à realização dos
fins públicos e como retribuição dos serviços prestados
individualmente aos particulares no exercício de uma
actividade pública, ou como contrapartida da utilização
de bens de domínio público ou de remoção de um
limite jurídico à actividade dos particulares.

A TAXA (preço fixado autoritariamente) destina-se a


cobrar uma parte do custo dos respectivos serviços
públicos sendo a parte restante coberta pelo imposto.
48
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3 -
& . /
40

• Prestação patrimonial
• Definitiva
• Sem carácter de sanção
• Estabelecida por Lei (coativa)
• A favor do Estado ou de outro ente público
• Em virtude de uma vantagem particular e concreta que
o contribuinte retira do funcionamento de determinado
serviço público ou da maior despesa que a sua
actividade provoca. 49
FISCALIDADE EMPRESARIAL

5 6 #

• É uma prestação coativa

• Não é unilateral porque paga juros

• Não é a título definitivo porque é reembolsado

50
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3 $ '

• Tributo parafiscal

• Prende-se com as novas funções do Estado moderno

• São consignadas ás entidades Públicas que


prosseguem tais finalidades

• São contribuições da parte patronal e da parte do


trabalhador

• Há quem defenda que são uma taxa e outros que é um


seguro social de direito público atendendo ao elemento
aleatório da prestação a receber.
51
• Para a entidade patronal é um imposto
FISCALIDADE EMPRESARIAL

'
• Facto que uma vez previsto na lei dá origem à obrigação
fiscal art. 36 nº1 LGT

• Elemento objetivo - incidência real


– Material – Capacidade contributiva
– Espacial – Determinação do território
– Temporal – Lapso de tempo
– Quantitativo – Expressão quantitativa

• Elemento subjetivo – Incidência pessoal


– Determinação do sujeito

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Incidência
1. Real (material) – O que está sujeito a imposto (actos, ...).
2. Pessoal (subjetiva) – Quem está sujeito a imposto.

Lançamento
Conjunto das operações administrativas conducentes à
identificação do sujeito passivo de imposto e à
determinação da matéria coletável.

Liquidação
1. Sentido Restrito – Aplicação da Taxa à Matéria
Colectável, para determinação da Coleta.
2. Sentido Lato – inclui operações admnistrativas de
53
lançamento e liquidação em sentido restrito.
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Cobrança
Operação administrativa que visa a entrada do imposto
nos cofres do Estado.
É efectuada pelos Serviços dependentes da Direcção
Geral do Tesouro.

• Pagamento Voluntário – dentro dos prazos previstos;


• Pagamento Coercivo

Após o terminus do prazo de pagamento, começam a


vencer-se Juros de Mora, e é extraída pelos serviços
a Certidão de Dívida, que serve de base à instauração
do processo de execução fiscal a promover pelo
54
chefe da repartição de finanças.
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3 #
• Quanto ao sujeito activo:
• Estaduais
• Não estaduais
• Quanto ao âmbito de aplicação territorial:
• Nacionais
• Continentais
• Local
• Quanto ao índice da capacidade económica:
• Directos
• Indirectos
• Quanto ao carácter patrimonial ou pessoal do imposto:
• Reais
• Pessoais

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FISCALIDADE EMPRESARIAL

3 #
• Quanto à natureza permanente ou acidental dos factos:
• Periódicos
• Obrigação única
• Quanto à natureza das taxas:
• Prestação fixa
• Prestação variável Proporcional
• Prestação variável Progressiva
• Prestação variável Regressiva
• Quanto à autonomia:
• Principais
• Acessórios
• Quanto à periodicidade:
• Ordinários
• Extraordinários
56
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3 #
• Quanto às formas de exteriorização da riqueza:
• Sobre o rendimento
• Sobre o património
• Sobre a despesa

57
FISCALIDADE EMPRESARIAL

(
• Impostos Reais – atendem exclusivamente à matéria
colectável, alheando-se da situação económica e
familiar do contribuinte.
Exemplo: IMI

• Impostos Pessoais – a pessoa do contribuinte é


decisiva para a determinação do imposto. Considera o
somatório dos rendimentos, sujeitando a taxas mais
elevadas à medida que a matéria colectável vai
aumentando.
Exemplo: IRS

58
FISCALIDADE EMPRESARIAL

,( * * * !7 *8& 3 * ( *3 *

• Impostos Estaduais – aqueles em que a entidade


credora é o Estado. Abrangem todo o território nacional
e regiões autónomas.

• Impostos Locais – aqueles em que a entidade


credora é uma autarquia local – Câmara Municipal ou
Junta de Freguesia. Abrangem os factos tributários
ocorridos dentro da área da respectiva jurisdição
administrativa.

• Impostos ParaFiscais – as entidades credoras são


pessoas de direito público e não órgãos do Estado ou
Autarquias. Exemplo: Seg. Social
59
FISCALIDADE EMPRESARIAL

&
• Impostos Municipais – a favor do municipio
• Impostos Paroquiais – a favor da freguesia

Derrama – Lei das Finanças Locais - Artigo 14º


1 – Os municípios podem deliberar lançar anualmente uma derrama, até ao
limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de
imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) que
corresponda à proporção do rendimento gerado na sua área geográfica
por sujeitos passivos residentes em território português que exerçam, a
título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola e não residentes com estabelecimento estável nesse território.

60
FISCALIDADE EMPRESARIAL

,( * *( 9 !3 * ,( ! : ;< = 3

• Impostos Periódicos – atingem situações que se


prolongam indefinidamente, dando lugar à renovação
das obrigações tributárias, com o decurso de um
determinado período de tempo (p.e. 1 ano) – IRS e
IRC.

• Impostos de Obrigação Única – incidem sobre actos


ou factos que não apresentam carácter de
periodicidade. Mesmo que exista repetição das
situações, estas são consideradas per si, no momento
em que se verificam.

61
FISCALIDADE EMPRESARIAL

,( * * ! > * ? ! > *

• Impostos Ordinários – o direito a imposto, por parte


do Estado, verifica-se por tempo ilimitado, isto é,
enquanto se verificarem as condições de sujeição a
imposto previstas na Lei .

• Impostos Extraordinários – são lançados para


ocorrer às despesas extraordinárias que as leis
orçamentais enumeram: Circustâncias
• Fomento económico; excepcionais
• Defesa de ordem pública;

p.e.: Derramas Municipais


62
FISCALIDADE EMPRESARIAL

,( * *( ( 3 *8( ** @ * ** @ *

• Impostos Proporcionais – os que apresentam uma


taxa fixa. O imposto está em proporcionalidade directa
com a matéria colectável.

• Impostos Progressivos – o imposto é mais do que


proporcional face à matéria colectável.

• Impostos Regressivos – são aqueles que diminuem


à medida que a matéria colectável aumenta.

63
FISCALIDADE EMPRESARIAL

,( * *( 3 & * ,( * * & : *

• Impostos Parcelares – recaem sobre rendimentos


provindos de uma única fonte de rendimentos.
Exemplo: Contribuição indústrial.

• Impostos Globais – incidem sobre o somatório dos


rendimentos, provenientes de diversas fontes.
Exemplo: IRS e IRC.

64
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

• IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÓNIO

• IMPOSTOS SOBRE O CONSUMO

• IMPOSTOS ESPECIAIS

(Classificação feita com base na fonte de rendimento)

65
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO


• Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas – IRC
• Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares - IRS

• IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÓNIO


• Impostos sobre o património possuido:
• Imposto Municipal sobre Imóveis – IMI

• Impostos sobre o património transmitido:


• Imposto Municipal sobre Transmissões – IMT
• Imposto Selo - sobre as transmissões, a título
66
gratuito, de bens móveis e imóveis
FISCALIDADE EMPRESARIAL

• IMPOSTOS SOBRE O CONSUMO


• Imposto sobre o Valor Acrescentado
• Imposto sobre os Produtos Petroliferos
• Imposto de Consumo sobre o Tabaco
• Imposto Automóvel

• IMPOSTOS ESPECIAIS
• Imposto Selo
• Imposto Municipal sobre Veículos
• Impostos Rodoviários

67
68
FISCALIDADE EMPRESARIAL

* ( 'A

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1
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69
FISCALIDADE EMPRESARIAL

1 ) %

Analise os seguintes aspetos:

– Evolução da receita fiscal

– Estrutura fiscal em Portugal em 2014

Pretende-se que elabore um pequeno relatório


de análise

70
FISCALIDADE EMPRESARIAL

*
Conceito de sistema fiscal

“Conjunto de impostos existentes num certo espaço,


referindo-se sobretudo à legislação existente, com vista
à prossecução de certos fins. “ noção clássica

“Conjunto de unidades reciprocamente relacionadas


que, tratando-se de um sistema aberto, está em
itearcção com o meio envolvente – influencia-o e é
influenciado por ele.”
71
FISCALIDADE EMPRESARIAL

*
Características de um sistema fiscal

• Coerência
• Interacção
• Complexidade
• Subordinação a objectivos
• Quatro dominios, normativo, económico, organizacional,
psicosociológico

Princípios de tributação
• Equidade
• Eficiência económica
• Simplicidade
72
• Subordinação a objectivos
FISCALIDADE EMPRESARIAL

*
Finalidades da tributação (LGT art. 5 e 7)

• Satisfação das necessidades financeiras do EOEP;


• Promove a justiça social, a igualdade de oportunidades e a
correção das desigualdades na redistribuição da riqueza e
do rendimento;
• Favorece o emprego a formação do aforro;
• Promover a competitividade e a internacionalização da
economia portuguesa.

73
FISCALIDADE EMPRESARIAL

*
Classificação dos sistemas fiscais:

• Critérios sócio-politicos

• Critérios sócio-economicos
• Nível de fiscalidade
• Estrutura fiscal
• Complexidade técnica do sistema
• Taxa de tributação Implicita
• Eficácia Fiscal

74
FISCALIDADE EMPRESARIAL

1
Classificação, segundo a OCDE

1000 Impostos sobre os rendimentos, os lucros e


as mais valias
2000 Contribuições para a Segurança Social
3000 Impostos sobre salários e mão de obra
4000 Impostos sobre o património
5000 Impostos sobre bens e serviços
6000 Outros impostos

75
FISCALIDADE EMPRESARIAL

& %
“regula as relações jurídico-tributárias que vigorem
directamente na ordem interna ou em legislação
especial ”
Relações jurídico-tributárias - as estabelecidas entre
a administração tributária, agindo como tal, e as
pessoas singulares e colectivas e outras entidades
legalmente equiparadas a estas.

Integram a relação Juridico Tributária (art. 30º LGT):


“a) O crédito e a dívida tributários;
b) O direito a prestações acessórias de qualquer natureza e o
correspondente dever ou sujeição;
c) O direito à dedução, reembolso ou restituição do imposto;
d) O direito a juros compensatórios;
e) O direito a juros indemnizatórios. (...) 76
FISCALIDADE EMPRESARIAL

B ) C %
Elementos da relação jurídico-tributária:
• Sujeitos (art. 18 LGT)
!" " #
$% % &
" $
' " ( ) % $
$
$ * $
&
• Objecto
• Facto Jurídico
• Garantia - conjunto de meios ao dispôr do credor para fazer o seu
direito no caso de o devedor não cumprir voluntariamente a obrigação a que
está vinculado.

77
FISCALIDADE EMPRESARIAL

* %
Substituição tributária (art. 20º LGT):

“1 – A substituição tributária verifica-se quando, por imposição da lei,


a prestação tributária for exigida a pessoa diferente do
contribuinte.
2 – A substituição tributária é efectivada através do mecanismo da
retenção na fonte do imposto devido.”

78
FISCALIDADE EMPRESARIAL

* %
Responsabilidade em caso de substituição tributária (art. 28º LGT):

“1 – Em caso de substituição tributária, a entidade obrigada à retenção é


responsável pelas importâncias retidas e não entregues nos cofres do
Estado, ficando o substituído desonerado de qualquer responsabilidade
no seu pagamento, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.

2 – Quando a retenção for efectuada meramente a título de pagamento por


conta do imposto devido a final, cabe ao substituído a responsabilidade
originária pelo imposto não retido e ao substituto a responsabilidade
subsidiária, ficando este ainda sujeito aos juros compensatórios devidos
desde o termo do prazo de entrega até ao termo do prazo para
apresentação da declaração pelo responsável originário ou até à data da
entrega do imposto retido, se anterior.

3 – Nos restantes casos, o substituído é apenas subsidiariamente


responsável pelo pagamento da diferença entre as importâncias que
deveriam ter sido deduzidas e as que efectivamente o foram. 79
FISCALIDADE EMPRESARIAL

* %
Exemplo:

Uma sociedade residente em território português


reteve de imposto relativamente a honorários pagos a
um engenheiro o montante de 1.000 euros, quando
devia ter retido 1.200 euros. Do montante que reteve
apenas entregou nos cofres do Estado o montante de
650 euros.
Como se configura a responsabilidade pelo pagamento
de imposto neste caso?

80
FISCALIDADE EMPRESARIAL

%
Responsabilidade tributária:
1 – A responsabilidade tributária abrange, nos termos fixados
na lei, a totalidade da dívida tributária, os juros e demais
encargos legais.
2 – Para além dos sujeitos passivos originários, a
responsabilidade tributária pode abranger solidária ou
subsidiariamente outras pessoas.
3 – A responsabilidade tributária por dívidas de outrem é, salvo
determinação em contrário, apenas subsidiária.
4 – As pessoas solidária ou subsidiariamente responsáveis
poderão reclamar ou impugnar a dívida cuja
responsabilidade lhes for atribuída nos mesmos termos do
devedor principal, devendo, para o efeito, a notificação ou
citação conter os elementos essenciais da sua liquidação,
81
incluindo a fundamentação nos termos legais
FISCALIDADE EMPRESARIAL

%
Solidariedade passiva

1 – Salvo disposição da lei em contrário, quando os pressupostos do


facto tributário se verifiquem em relação a mais de uma pessoa,
todas são solidariamente responsáveis pelo cumprimento da
dívida tributária.

2 – No caso de liquidação de sociedades de responsabilidade


ilimitada ou de outras entidades sujeitas ao mesmo regime de
responsabilidade, os sócios ou membros são solidariamente
responsáveis, com aquelas e entre si, pelos impostos em dívida.

82
FISCALIDADE EMPRESARIAL

%
Responsabilidade tributária subsidiária:
A responsab. subsidiária efectiva-se por reversão do processo de execução fiscal.
2 – A reversão contra o responsável subsidiário depende da fundada insuficiência
dos bens penhoráveis do devedor principal e dos responsáveis solidários, sem
prejuízo do benefício da excussão.
3 – Caso, no momento da reversão, não seja possível determinar a suficiência dos
bens penhorados por não estar definido com precisão o montante a pagar pelo
responsável subsidiário, o processo de execução fiscal fica suspenso desde o
termo do prazo de oposição até à completa excussão do património do
executado, sem prejuízo da possibilidade de adopção das medidas cautelares
adequadas nos termos da lei.
4 – A reversão, mesmo nos casos de presunção legal de culpa, é precedida de
audição do responsável subsidiário nos termos da presente lei e da declaração
fundamentada dos seus pressupostos e extensão, a incluir na citação.
5 – O responsável subsidiário fica isento de juros de mora e de custas se, citado
para cumprir a dívida tributária principal, efectuar o respectivo pagamento no
prazo de oposição.
6 – O disposto no número anterior não prejudica a manutenção da obrigação do
devedor principal ou do responsável solidário de pagarem os juros de mora e as 83
custas, no caso de lhe virem a ser encontrados bens.
FISCALIDADE EMPRESARIAL

%
Artigo 24.º - Responsabilidade dos membros de corpos sociais e
responsáveis técnicos

1 - Os administradores, directores e gerentes e outras pessoas que


exerçam, ainda que somente de facto, funções de administração
ou gestão em pessoas colectivas e entes fiscalmente equiparados
são subsidiariamente responsáveis em relação a estas e
solidariamente entre si:
a) Pelas dívidas tributárias cujo facto constitutivo se tenha verificado
no período de exercício do seu cargo ou cujo prazo legal de
pagamento ou entrega tenha terminado depois deste, quando, em
qualquer dos casos, tiver sido por culpa sua que o património da
pessoa colectiva ou ente fiscalmente equiparado se tornou
insuficiente para a sua satisfação;
b) Pelas dívidas tributárias cujo prazo legal de pagamento ou entrega
tenha terminado no período do exercício do seu cargo, quando 84
não provem que não lhes foi imputável a falta de pagamento.
FISCALIDADE EMPRESARIAL

%
Artigo 24.º - Responsabilidade dos membros de corpos sociais e
responsáveis técnicos
(...)
2 - A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos membros
dos órgãos de fiscalização e revisores oficiais de contas nas
pessoas colectivas em que os houver, desde que se demonstre
que a violação dos deveres tributários destas resultou do
incumprimento das suas funções de fiscalização.
3 - A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos técnicos
oficiais de contas desde que se demonstre a violação dos
deveres de assunção de responsabilidade pela regularização
técnica nas áreas contabilística e fiscal ou de assinatura de
declarações fiscais, demonstrações financeiras e seus anexos.

85
FISCALIDADE EMPRESARIAL

O Dr. Pedro Lopes é gerente da sociedade LIZ, Lda., desde Junho


de 2006, que se dedica à comercialização de doces tradicionais.
Esta sociedade tem 2 funcionários.

Explique a que título é que a sociedade LIZ, LDA., tem de entregar


de IRS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares) no
valor de 1.000 Euros, considerando que este valor resulta dos
salários dos trabalhadores da sociedade.

Atendendo a que parte das dividas fiscais actuais (junho 2006) da


empresa, 5.000 Euros, haviam sido constituídas em Maio de 2006,
e que o gerente até final de Maio de 2006 foi o Dr. Gonçalo, quem
pode ser responsabilizado pelo pagamento das dividas fiscais
identificadas, caso se verifique a insuficiência do património da
sociedade LIZ, Lda. Justifique a sua resposta.
86
FISCALIDADE EMPRESARIAL

' $ D

Obrigações dos sujeitos passivos (art 31 da LGT)

Obrigação Principal - efectuar o pagamento da dívida


tributária.

Obrigações Acessórias - as que visam possibilitar o


apuramento da obrigação de imposto:
• Apresentação de declarações;
• Exibição de documentos fiscalmente relevantes:
incluindo a contabilidade ou escrita, e a prestação de
informações.

Aos representantes de pessoas singulares e colectivas


incumbe o cumprimento dos deveres tributários das 87
entidades por si representadas (art.32 da LGT).
FISCALIDADE EMPRESARIAL

('
Pagamento e outras formas extinção da prestação
tributária (art 40 LGT)
As prestações tributárias são pagas:
• moeda corrente
• cheque
• débito em conta
• transferência conta a conta e vale postal
• por outros meios utilizados pelos serviços dos correios ou pelas
instituições de crédito que a lei expressamente autorize.
Os contribuintes ou terceiros que efectuem o pagamento devem
indicar os tributos e períodos de tributação a que se referem.
Se o montante a pagar ser inferior ao devido, o pagamento é
sucessivamente imputado pela seguinte ordem a:
a) Juros moratórios;
b) Outros encargos legais;
c) Dívida tributária, incluindo juros compensatórios; 88
d) Coimas.
FISCALIDADE EMPRESARIAL

('
Pagamento e outras formas extinção da prestação
tributária

• Pagamento Voluntário – até 30 dias – obedece ás


regras da proibição de moratória;Pagamento voluntário
fora do prazo (havendo lugar a juros de mora);

• Pagamento Coercivo – incumprimento total ou


parcial
+ ,
!
• Dação em Pagamento
• Compensação de Dívidas
89
FISCALIDADE EMPRESARIAL

('
Falta de pagamento da prestação tributária

São devidos juros de mora quando o sujeito passivo


não pague o imposto devido no prazo legal(art. 44 n.º 1
LGT).

90
FISCALIDADE EMPRESARIAL

( %

Garantias dos Créditos Tributários: LGT Art.º 50


1 – O património do devedor constitui a garantia geral dos créditos tributários.
2 – Para garantia dos créditos tributários, a administração tributária dispõe ainda:
a) Dos privilégios creditórios previstos no Código Civil ou nas leis tributárias;
b) Do direito de constituição, nos termos da lei, de penhor ou hipoteca legal,
quando essas garantias se revelem necessárias à cobrança efectiva da dívida
ou quando o imposto incida sobre a propriedade dos bens;
c) Do direito de retenção de quaisquer mercadorias sujeitas à acção fiscal de que o
sujeito passivo seja proprietário, nos termos que a lei fixar.

Providências Cautelares: LGT Art.º 51


(...)
2 – As providências cautelares devem ser proporcionais ao dano a evitar e não
causar dano de impossível ou difícil reparação.
3 – As providências cautelares consistem na apreensão de bens, direitos ou
documentos ou na retenção até à satisfação dos créditos tributários, de
prestações tributárias a que o contribuinte tenha direito. 91
FISCALIDADE EMPRESARIAL

5 %
Procedimentos de avaliação:

• Avaliação Direta
• A matéria colectável é a que consta das declarações dos
contribuintes;
• Difere de tributo para tributo;
• A administração tributária tem poderes de controlo e
correcção das declarações;
• A avaliação directa é feita pela administração tributária
e, nos casos de autoliquidação, pelo sujeito passivo.
• Avaliação Indireta
• Subsidiária da avaliação directa;
• Só pode ser praticada nos casos previstos na Lei;
• A avaliação indirecta é feita pela administração tributária. 92
FISCALIDADE EMPRESARIAL

5 %
Situações de Avaliação Indirecta:
• Regime Simplificado de Tributação
• Simplificação da tributação de algumas categorias de
contribuintes;
• Quando a avaliação directa traduz-se em obrigações
acessórias pesadas;
• Determinação da Mat. Colectável com base em índices
objectivos;
• Regime optativo à avaliação directa.
• Impossibilidade de comprovação e quantificação directa
e exacta dos elementos indispensáveis à correcta
determinação da Mat. Coletável
• Inexistência ou insificiência dos elementos contabilisticos;
• Recusa na exibição da contabilidade e outros documentos;
• Existência de diversas contabilidades
93
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3
Garantias dos Contribuintes
• Direito à Informação
• Meios de Defesa Graciosos e Contenciosos

Meios de Defesa Impugnatórios - contestação dos


actos da administração, visando a sua anulação ou
revogação.

Meios de Defesa não Impugnatórios - direitos de


natureza vária.

94
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3
Direito Geral à Informação

• Direito ao esclarecimento sobre a interpretação das leis


tributárias e o modo mais seguro de lhes dar
cumprimento (art. 59 n.º 3 a), c), f);
• Direito à informação sobre a fase em que se encontram
as petições ou reclamações do contribuinte (art. 67 n.º
3 a), c);
• Direito à comunicação ao denúnciado da existência,
teor e autoria das denúncias dolosasa não confirmadas
(art. 67 n.º 1 b);
• Direirto ao acesso dos contribuintes aos processos
individuais (art. 59 n.º 3 g);
95
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3
Direito à Informação Prévia Vinculativa (art.68º da
LGT)

• Qualquer pessoa pode solicitar informação escrita


sobre as consequências juridico-fiscais de uma
situação existente ou não.
• Solicitada por via eletrónica.
• A resposta é vinculativa para a Administração Fiscal.

96
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3
Fiscalização por iniciativa do Contribuinte (art.º 47)

• Inicia-se com base no pedido do contribuite ou de um terceiro,


desde que invoque interesse legitimo.
• Incide apenas sobre contribuintes com contabilidade organizada e
visa a definição da respectiva situação tributária.
• As conclusões da inspecção vinculam a Administração Tributária;
• O efeito vinculativo da fiscalização pode ficar condicionado a
autorização prévia para levantamento do sigilo bancário;
• Pode haver deferimento da fiscalização, no caso de obstrução
ilegitima do contribuinte à acção fiscalizadora;
• Realizada no prazo de 60 dias da entrada do pedido. Paga taxa.
• Não substitui quaiquer outros direitos impugnatórios

97
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3
Direito à fundamentação (Art.º 77 LGT)
De todos os actos que afectem os direitos e deveres dos contribuintes.

Direito à redução das coimas


Sempre que estas sejam pagas a pedido do infrator, antes da instauração
do processo contraordenacional.

Audição Prévia do Contribuinte (Art.º 60 LGT)


A Administração Fiscal antes de praticar o acto que afecte os direitos dos
contribuintes, deve promover a sua audição. Notificar o contribuinte do
seu projecto de decisão e fixar-lhe um prazo para, o interessado, vir,
oralmente ou por escrito, apresentar as razões sobre os factos em
causa.

Excepções: Liquidação feita com base na declaração do contribuinte ou


aqueles em que a Administração decide da forma que lhe é mais 98
favorável.
FISCALIDADE EMPRESARIAL

3
Meios de Recurso

• Meios Graciosos
• Reclamação Graciosa – recurso dos actos da Administração
tributária junto do seu autor
• Recurso Hierárquico – o acto é contestado perante outro
órgão, colocado em posição hierárquica superior ao que
praticou o acto
• Pedido da Revisão da Matéria Colectável - (art. 91 LGT)
versa sobre a fixação da matéria colectável.

• Meios Contenciosos – Interfere uma instância independente


da administração – os tribunais
• Impugnação judicial, dos actos da administração tributária –
destina-se a anular o acto da administração. 99

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