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Toda rede FTTx necessita de cabos ópticos troncais para funcionar, chamados de backbone,
considerada a “espinha dorsal” da rede e por onde passam os dados de todos os usuários. Porém, para
entregar o serviço ao usuário final são necessários os cabos de acesso ao assinante, comumente
chamados de cabo drop.
Neste post iremos explicar os códigos e siglas dos cabos drop, além de abordar alguns pontos que
auxiliam na escolha do melhor cabo para se trabalhar.
O modo de construção do cabo abrange desde o tipo de material utilizado até o modo de montagem.
Para se trabalhar mais facilmente e não ter alta incidência de quebra, a fibra não pode ficar solta dentro
do cabo drop, isto é, não pode deslizar internamente ao ser puxada ou empurrada. Caso o cabo tenha
essa característica, isso fará que, no momento da decapagem do acrilato, a fibra possa correr
internamente no cabo e a quebre. Por isso aconselha-se somente o uso de cabo drop que não
possibilite que a fibra trabalhe internamente, minimizando assim possíveis problemas na sua rede.
Outro ponto a ser analisado é o elemento de tração do cabo, que pode ser metálico ou de FRP (Fiber
Reinforced Plastic). Quando o elemento for metálico, normalmente será de aço; já quando for de FRP,
será um polímero reforçado de fibra, podendo variar entre vidro, carbono, aramida e basalto. Ao utilizar o
elemento metálico, a estrutura do cabo drop deixa de ser dielétrica, e, portanto, caso na instalação do
assinante a capa do cabo seja afetada e este elemento seja exposto, o cabo poderá conduzir
eletricidade, já que o metal é condutor. Isso poderá, em casos extremos, fazer com que ocorram
descargas elétricas em ambas as extremidades do cabo. Utilizando um cabo drop com elemento de
FRP isto não ocorre, pois mesmo que a capa seja danificada e este elemento seja exposto em uma rede
energizada, não haverá condução de eletricidade, não gerando assim risco de choque elétrico.
No momento da escolha do cabo drop é normal se deparar com alguns códigos e cada um deles possui
um significado que faz toda a diferença. Vamos entendê-los melhor:
AS (Auto Sustentado): consiste em um cabo que suporta seu próprio peso sem alterar suas
características mecânicas sob interferências naturais e climáticas.
BLI-A/B (Bending Loss Insensitive): especificação da norma G.657 que se refere a fibras insensíveis a
curvaturas. Ou seja, mesmo que haja uma curvatura acentuada na fibra, a mesma se comportará
igualmente à fibra sem curvatura.
AR: cabo com Atrito Reduzido, ou seja, seu revestimento exterior facilita com que este seja lançado
através de conduítes e tubulações.
COG: Cabo Óptico de uso Geral que deve respeitar a norma NBR 6812 ou UL 1581. Estas normas
verificam a retardância das chamas quando incidem no cabo.
LSZH (Low Smoke Zero Halogen): deve respeitar a norma NBR 14705 que classifica os cabos internos
para telecomunicações quanto ao comportamento frente à chama. Caso ocorra a queima deste cabo, o
mesmo apresenta baixa emissão de fumaça e não gera gases tóxicos.
Agora você já sabe as características do cabo drop e quais são os mais seguros e eficientes para a sua
rede. Se restou alguma dúvida, escreva nos comentários abaixo que responderemos em breve.
https://www.cianet.com.br/como-escolher-o-cabo-drop-ideal-para-sua-rede-optica-passiva/ 2/2