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i

J if
1 Capítulo 3
1
I

Método dos Resíduos Ponderados e Método


; de Energia para Problemas Unidimensionais
JL
1

VTo capítulo anterior, desenvolvemos as equações de elementos finitos para o elemento de treliça usando o
1 IN método direto da rigidez. Entretanto, esse método se toma impraticável quando as formulações dos ele ¬

mentos são complicadas ou quando são analisados problemas multidimensionais. Desta forma, precisamos
desenvolver um modo mais sistemático de construir as equações de elementos finitos para problemas de en-
1 genharia em geral. Na realidade, o método dos elementos finitos pode ser aplicado a qualquer problema de
s engenharia que seja gerado por uma equação diferencial. Há outros dois mé todos para obter as equações dos
elementos finitos: o mé todo dos resíduos ponderados e o método de energia. Na primeira parte deste capítulo,
1 examinaremos as equações diferenciais ordin árias que aparecem normalmente em problemas de engenharia
. e desenvolveremos as equações de elementos finitos correspondentes por meio do método dos resíduos pon ¬

derados, em particular usando o mé todo de Galerkin. Os métodos de energia são mé todos alternativos muito
L poderosos e adequados para soluções aproximadas quando aplicados a estruturas reais. Na segunda parte deste
I capítulo, usaremos o princípio da energia potencial para encontrar as equações de elementos finitos de siste¬
mas discretos e da barra uniaxial.
L
L
3.1 SOLUÇÃO EXATA VERSUS SOLUÇÃO APROXIMADA
L
3.1 .1 Solução Exata
L
Muitos problemas de engenharia, como a deformação de uma viga e a condução de calor em um sólido, podem ser
L descritos por meio de uma equação diferencial. A equação diferencial juntamente com as condições de contorno é
k chamada problema de valor de contorno. Um exemplo simples e unidimensional de um problema de valor de con ¬
torno é
L

L
I
^-

+ p(x) = 0, 0 < X < 1
u( 0 ) = 0 i

1
Condições de contorno
(3.1)

A equação diferencial anterior descreve os deslocamentos em uma barra uniaxial sujeita à força distribuída p( x ) ao
longo de seu eixo. A primeira condição de contomo prescreve o valor da solução em um determinado ponto e é cha-
, mada condição de contomo essencial. O termo condição de contomo em deslocamento ou condição de contomo
cinemática também é usado no contexto de mecânica dos sólidos. Por outro lado, a segunda condição de contomo
=
prescreve oyalor da derivada, du/dx, em x 1 e é chamada condição de contomo natural. Na mecânica dos sólidos,
o termo condição de contomo em força ou condição de contomo em tensão também é usado. A solução u( x ) da Eq .
(3.1) satisfaz a equação de equilíbrio em qualquer ponto no domínio e precisa ser, no mínimo, duas vezes diferen-
ciá vei porque a equação diferencial inclui á segunda derivada de u( x ) . Neste livro, a solução u( x ) da Eq . (3.1) será
denominada solução exata.
Quando a geometria for complicada, não é simples encontrar o valor de w(x) analiticamente. Como a solução que
satisfaz a equação diferencial e as condições de contomo pode ter uma expressão complicada, frequentemente em-
prega-se uma solução em séries infinitas.

3.1 .2 Solução Aproximada


Ao usar o método dos resíduos ponderados, procuramos uma solução aproximada u( x ) «= u( x ) para a Eq. (3.1). Esco¬
lhemos ú( x ) de tal forma que satisfaça as condições de contomo essenciais do problema, mas não necessariamente
as condições de contomo naturais. Neste exemplo, u( x ) deve satisfazer a condição w ( 0) = 0. Como ã( x ) é uma
89
90 Capítulo 3 Método dos Resíduos Ponderados e Método de Energia para Problemas Unidimensionais

aproximação da solução exata u( x), ela não satisfará a equação diferencial na Eq. (3.1) e, em consequência, não será
_
identicamente igual a zero. Denominaremos resíduo a função resultante e a indicaremos por R{ x ):

^ + p{ x ) = R( x )

Nosso objetivo agora é fazer com que o erro ou o resíduo se tome o menor possível. Em vez de tentar fazer com que
R( x ) se anule para todos os valores de x, faremos com que R( x ) seja igual a zero num sentido médio. Seja a seguinte
integral:
(3.2)

—_
^

Jf°‘ i? (x) W(x)áx =0 (3.3) ~


onde W( x ) é uma função arbitrária chamada função peso ou função de ponderação. A equação anterior exige que a _
integral do resíduo ponderado seja igual a zero. Se a Eq. (3.3) for satisfeita para várias funções peso diferentes e li
nearmente independentes, então R( x ) se aproximará de zero e a solução aproximada u( x ) convergirá para a solução
exata u( x ). A escolha das funções peso leva a diferentes métodos de resíduos ponderados como o método dos mí
nimos quadrados, método da colocação, método Petrov-Galerkin e método de Galerkin.1 Neste livro, analisaremos
¬

-
_ ~

o método de Galerkin, que- é popular para a obtenção das equações dos elementos finitos para muitos problemas de ~

engenharia.
— .

3.2 MÉTODO DE GALERKIN


A solução aproximada u{ x ) é expressa como uma soma de várias funções chamadas funções de aproximação ou
funções de base:
N
« w = y]c,-0,-( ) g
(3.4) ~
i =i
onde JV é o n úmero de termos usados, <f >,(jt) são funções de aproximação conhecidas, e c são os coeficientes a serem ,
determinados usando o método dos resíduos ponderados. Como a solução aproximada é uma combinação linear das "

funções de aproximação, a precisão da aproximação depende delas. As funções de aproximação e os coeficientes são
escolhidos tais que «(*) deva satisfazer as condições de contorno essenciais do problema. No exemplo apresentado
na Eq. (3.1), ã( x ) deve satisfazer ã(0) = 0.

O método de Galerkin difere dos outros métodos de resíduos ponderados pelo fato de que as N funções peso,
<£,(*), são as mesmas que as N funções de aproximação. Assim sendo, obtemos o seguinte n úmero N de equações de
resíduos ponderados:
_
_-s
|R( x ) j ( x )dx = 0,
( )i i = l , . .. , N (3.5)


Substituindo R( x ) da Eq. (3.2), obtemos

|o =
° < i= h - - - ,N (3.6)

Por ser conhecida a função p( x ), levaremos o termo que a conté m para o lado direito da equação e obtemos

[ píxM Í*)
*, i = l , . . . , Aí (3 . 7) -
Tendo em vista a aproximação na Eq. (3.4), as N equações anteriores podem ser usadas para que sejam encontrados
os N coeficientes desconhecidos cf . Entretanto, usaremos a integração por partes, conforme será ilustrado a seguir,
para reduzir a ordem da diferenciação de K :

5* 0 | l
'
»
^ 'fa = "
lo '’W*W' ' Í
’ <3 8)
'

-
' R. D. Cook, Concepts and Applications of Finite Element Analysis, 4? ed., John Wiley & Sons, Nova Iorque, 2007.

1
_
m m
'

mm? .

.
I-
3.2 Método de Galerkin 91

I- Observe que o termo do contorno no lado esquerdo (LE) da equação anterior tem o termo dã/ dx. Por isso, não usa¬
remos a aproximação, mas usaremos a condição de contorno real dada na Eq. (3.1), Depois da reorganização, a Eq.
í (3.8) assume a seguinte forma:
I
I
= +
^
- (0) </>í ( ) > i = l , ... , N

Observe que as ordens de diferenciação tanto para a solução aproximada como para as funções de aproximação são
°
idênticas. Para reescrever explicitamente a equação anterior em termos dos coeficientes desconhecidos cf , é substituí¬
da a aproximação da Eq. (3.4) e obtém-se
(3.9)

f ‘ dó, ^ dó i f^ du du
\ teJ
^ tedx =
Cj ~ í = I , ... ,N (3. io)
L 0

Observe que a aproximação é aplicada apenas ao lado esquerdo da equação e não aos termos do contorno no lado
direito da equação. As N equações anteriores podem ser escritas na forma compacta como
i-

N

L YK JCJ í Fj ) (3.11)
J =I
L
ou na forma matricial
l
{c} = {F} /
( 3 j 2J)
l ( N x N ) ( N x 1) (N x l )

L
onde as matrizes [K] e { F } são definidas como
L
L dói dói (3.13)
dx
L dx
L e
L

j‘ p{ x )ó ( x )dx +
X

L
L
I
Ft = i

^ (1M (1) -
£ (0)6(0)
Na Eq. (3.12), os n úmeros entre parênteses abaixo das matrizes se referem ao tamanho das respectivas matrizes.
Observe que [K] é simétrica, já que Ku - Kjt. As equações na Eq. (3.11) são resolvidas para que sejam encontrados
os valores dos N coeficientes desconhecidos c, na solução aproximada. Demonstraremos o mé todo para o problema
(3.14)

X definido pela Eq. (3.1) no exemplo a seguir.

X
f EXEMPLO 3.1 Solução de Galerkin para uma Equação Diferencial de Segunda Ordem, Caso 1
1
1
,
Resolva a equação diferencial da Eq. (3.1) para p( x ) = 1. Use duas funções de aproximação, rf>i ( x ) — X e Ói( x ) — X3.

SOLU ÇÃ O Como N = 2, a solução aproximada assume a seguinte forma:


X 2

X ú( x ) = yCiM* ) ~ ° ix + c2 ^ (3.15)

X
Analisaremos o método de escolher as funções de aproximação mais tarde. Observe que a aproximação anterior satis ¬

X faz a condição de contorno essencial n(0) = 0. As derivadas da função de aproximação são tf ')( x ) = 1 e <£',(*) = 2x.
X Substituindo ó\ e suas derivadas na Eq. (3.13), os componentes da matriz [K] podem ser obtidos com os seguintes
valores:
1
X ^ii jV ) 2
<k =l
i { 4>'i 4>i )dx 1
K\2 = Kz\ =
i *
J
^
2
K22 = ÍÓi ) dx =
1
í
K
92 Capítulo 3 Mé todo dos Resíduos Ponderados e Método de Energia para Problemas Unidimensionais

De maneira semelhante, os componentes do vetor {F} podem ser calculados substituindo d>, e a condiçã
o de contorno
_
du( l )/ dx = 1 na .
Eq (3.14) como

F\ =

Fi =
\oMx
Jo
)dx + <l>iW -

<h [ x )dx + 02 (1) -^£ ^ :


( 0 )&{ {0 ) = l

(0) (0) = j

Observe que o valor de du( Q )/ dx não é necessário porque as funções de aproximação são iguais a zero em x = 0. As-
sim sendo, podem-se obter a seguinte matriz [K] e o seguinte vetor [F], respectivamente:
1 T3 3

[K] 3 3 4

Resolvendo a equação {c } = [K]-1{ F}, obtemos c, = 2 e c2 = — 1/2. Assim, a solução aproximada se toma
ú( x ) = 2x - j (3.16) „

A solução exata para esse caso pode ser obtida integrando a Eq. (3.1) duas vezes e usando as condições de con ¬
torno para encontrar o valor das constantes de integração arbitrárias. Pode-se observar que a solução na Eq. (3.16)
também é a solução exata do problema. Isso aconteceu porque a solução aproximada contém os dois termos, ref , _
que também estão presentes na solução exata.

EXEMPLO 3.2 Solução de Galerkin para uma Equação Diferencial de Segunda Ordem, Caso 2
Resolva a equação diferencial da Eq. (3.1) para p( x ) = x. Use as mesmas funções de aproximação do Exemplo 3.1.

SOLU ÇÃ O Usaremos a mesma forma de resolução dada na Eq. (3.15). Isso modificará apenas o vetor { F}, e a matriz [K] per¬
manecerá idêntica. O vetor { F} é calculado da maneira a seguir:

{F}
i r i6
12 i 15
Encontrando o valor de { c} obtemos c = — e c2 —1
, 19 — Então, a solução aproximada se toma

uW = nx ~ 4
A solução exata para esse caso pode ser obtida integrando a Eq. (3.1) duas vezes e usando as condições de con¬
torno para encontrar o valor das constantes de integração arbitrárias. A solução exata é
3 x3
(*) = * ~
“ 2 6
A solução exata e a solução aproximada e suas derivadas são comparadas na Figura 3.1. Da Figura 3.1, pode-se obser ¬

var que os resultados para as funções u( x) e u( x ) concordam muito bem em todo o domínio do problema. Contudo,
há alguma diferença nos resultados para as derivadas de u( x ) e u( x ), sendo o erro máximo na ordem de 8%.

EXEMPLO 3.3 Solução de Galerkin para uma Equação Diferencial de Segunda Ordem, Caso 3
Resolva a equação diferencial dada a seguir para p( x ) = x2.
d2 u
TT
dx2
+ PW = °, o < x < i
« (0) - 0
Condições de contorno
«( 1 ) =0

' wmi
t
3.2 Mé todo de Galerkin 93
l
t
L
L
1 ,4 -
L
1,2
L
L x 1.0
L
1 0.8
l 3
0,6 -
L
0, 4 -
L
0 ,2 -
L
L '
0, 2 0,8
Figura 3.1 Comparação entre a solução exata
L e a solução aproximada e entre suas derivadas
du/dx (aprox.)
,

u -aprox . - du/dx (exato) para o Exemplo 3.2


i

es de contorno essenciais e a solução assumida deve satis


¬
1
SOLUÇÃO Observe que ambas as condições de contorno são condiçõ
fazer ambas as condições de contorno. Seja a solução aproxim
ada
í
2 (3.17)
= C\ x { x - 1) + C 2 X ( X - 1 )
2
i u( x ) =
i —
i 1

Da Eq . (3.4), pode-se reconhecer que as funções de aproximação


são
.1
<pi ( x ) = x(x - i ) , <h { x ) = x (x - 1 )
2
t
L As derivadas das funções de aproximação s ão
I t\
<> ( x ) — 2x — 1, t
< >'2 ( x ) = 3JC2 — 2x

i Substituindo ( p [ na Eq . (3.13), encontramos os componentes da matriz [K] com os seguintes valores:


i
Ku = j
i

1 Kl 2 = K2\ = í ( <p\<p )dx = - 2

1
Kzz = { 4>2 ) 2 ^ X
j5
i

i
J

0, 10
J
J 0,00
_í o
3
a
I 3 -o. io -

1
J
-0,20 -
1
-0,30
! 0 0, 4 0,6 0,8
x
J Figura 3.2 Comparação de u( x ) e sua derivada obti-
• u (exato) * u (aprox.) u ’ (exato) u' (aprox.)
da pelo método de Galerkin para o Exemplo 3.3
í
1
a.
X
94 Capítulo 3 Método dos Resíduos Ponderados e Método de Energia para Problemas Unidimensionais

Substituindop( x ) = x1 na Eq. (3.14), encontramos o vetor { F} como

Jo
I F1 = **& (*)<& +

J^ ^ ^^ ^ ^ (1W(1) -
^
(0) (0) =

,
F2 = ( (x)dx +

^ (1) (1) -
^
(0) (0) =

Observe que não sabemos os valores de contorno de duldx. Ainda assim somos capazes de encontrar os valores de
Fx e F2 porque os valores de < j> e <j>2 nos contornos são iguais a zero.
Resolvendo [K] ( c }
= {F}, obtemos
para a solução aproximada como
cx = -
^ ^
“ w,
e c2 = - . Substituindo c, na Eq. (3.17), obtemos as expressões

=
x x x?
õ + IÕ -7
1

A solução exata é a seguinte: A


uW =
^ d
Pode-se ver que a solução exata é um polinómio de quarto grau, ao passo que a solução aproximada é um polinómio
cúbico em x.As duas soluções e suas derivadas respectivas são comparadas na Figura 3.2.
A comparação entre u( x ) e u( x ) é excelente. Entretanto, as derivadas se desviam uma da outra. Isso é típico de mé- ~
todos aproximados como o método de Galerkin e, em geral, o método dos elementos finitos. Se admitirmos uma solução
com três termos que inclua o termo x4 na aproximação, então a solução aproximada será idêntica à solução exata.
_
3.3 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE ORDEM SUPERIOR
Na equação diferencial de segunda ordem da Eq. (3.1), realizamos a integração por partes uma vez, de modo que as
_
_
ordens de diferenciação tanto para a solução aproximada como para as funções de aproximação são idênticas. Agora .
ilustraremos o método de Galerkin para uma equação diferencial ordinária de quarta ordem. Seja a equação
dAw
— - p(jc) = 0, 0 < x < L (3.18)

que é a equação de governo do deslocamento transversal w( x ) de uma viga de comprimento L sujeita a um carrega- ”
mento transversal p( x ). As condições de contorno essenciais para esse problema consistem em especificar w ou dwJdx
_
em x = 0 ou em x = L. As condições de contorno naturais são valores conhecidos de cPw/ dx* e cPw/ dx2. Como essa é
uma equação de quarta ordem, precisamos de quatro condições de contorno, duas em cada extremidade do domínio. "~
Com a finalidade de ilustração, admita que as condições de contorno sejam as seguintes: A
w ( 0 ) = 0 'j 1

d 2w
>
( L) = M
0
Condições de contorno essenciais

(3.19)

dx2
Condições de contorno naturais
A
Na Eq. (3.19) as duas primeiras são condições de contorno essenciais e as duas últimas são condições de contorno natu ¬

rais. Fisicamente, a viga está engastada emx = 0 e o momento fletor Me a força cortante estão atuando emx = L.
Como antes, admitimos uma solução aproximada w( x ) = w(x ). Substituindo na equação de governo, obtemos o
resíduo como

- PÍX ) = R( x ) (3.20)
^

4 .

Admitimos a solução aproximada na forma de uma série como


N

WM =
^1
2Ci<Pi ( x )
=1
(3.21)

Hf -
I- i

96 Capítulo 3 Método dos Resíduos Ponderados e Método de Energia para Problemas Unidimensionais
í

Similarmente, substituindo é, e as condições de contorno naturais na Eq. (3.28), obtemos os seguintes componentes
de vetor { F }:

Jo dx2 3

p- — p &tfl =
^
29

^
d
f2
= 0
x3 dx + Vfail ) + <fo $) + M <p'2 ( l ) -- ) ~

Assim, o vetor { F } se toma


16
3
< 29
.4
Encontrando os valores para c, usando a Eq. (3.26) e substituindo na Eq. (3.21), obtemos a solução aproximada como
sendo ú gual a

(3.29)

Tabela 3.1 Comparação entre a Solução Aproximada e a Solução Exata


w(x) w '(x) W\x )
X Exato Aprox. % Erro Exato Aprox. % Erro Exato Aprox. % Erro Exato Aprox. % Erro

0,0 0,000 0,000 0,00 0,000 0,000 0,00 3,500 3,42 -2,38 -2,0 - 1,5 -25,0
0,1 0,017 0,017 -1 97 , 0,340 0,334 -1,76 3,305 3,27 -1,16 -1,9 -1,5 -21,1
0,2 0,067 0,066 -1,58 0,661 0,653 -1,21 3,120 3,12 -0,11 -1,8 - 1,5 -16,7
0,3 0,149 0,147 -1,23 0,965 0,958 -0,73 2,945 2,97 0,74 -1,7 - 1,5 -11,8
0,4 0, 260 0,257 -0,92 1,251 1,247 -0,32 2,780 2,82 1,32 -1,6 -1,5 -6,3

0,3 0,398 0,396 -0,65 1,521 1,521 0,00 2,625 2,67 1,59 -1,5 - 1,5 0,0

0,6 0,563 0,561 -0,43 1,776 1,780 0,23 2,480 2,52 1 ,48 -1,4 - 1,5 7,1

0,7 0,753 0,751 -0,24 2,017 2,024 0,35 2,345 2,37 0,92 -1,3 -1,5 15,4

0,8 0,966 0,965 -0,11 2,245 2,253 0,36 2,220 2,22 -0,15 '
-1,2 -1,5 25,0

0,9 1,202 1,202 -0,03 2,462 2,468 0,24 2,105 2,07 . -1,82 -1,1 -1,5 36,4

1,0 1 ,458 1,458 0,00 2,667 2,667 0,00 2,000 1,92 -4,17 -1,0 -1,5 50,0

1
>
*
_—
0

-1
-2

-3
* '

0,4 X 0.6 0,8
w" (exato) w" ( aprox.)
—— w" (exato) w" (aprox .) Figura 3.3 Comparação de w" e w"" para o problema de viga
do Exemplo 3.4
I .

3.4 Aproximação de Elementos. Finitos 97

A solução exata é obtida integrando a Eq. (3.18) quatro vezes e aplicando as condições de contorno para determi ¬
nar os valores das constantes de integração arbitrárias:

è
^
3
W ( jc) = x4 ~
5 +
jt
(3.30)

A solução aproximada e a solução exata são comparadas na Tabela 3.1 calculando as funções e suas derivadas. Pode-
se observar que a solução obtida por meio do método de Galerkin é bem próxima da solução exata até a segunda
derivada. O erro na terceira derivada é, significativo, e chega a ter um valor alto que atinge até 50%. Na realidade, a
terceira derivada é uma constante para a solução aproximada, ao passo que a solução exata é uma função linear em
x. A segunda derivada e a terceira derivada são comparadas na Figura 3.3.

3.4 APROXIMAÇÃO DE ELEMENTOS FINITOS


3.4.1 Discretização do Dom í nio
Nas seções anteriores, a solução da equação diferencial foi aproximada por uma série de funções em todo o
domínio do problema. Em tal caso, é dif ícil obter as funções de aproximação que satisfaçam as condições de
contorno essenciais. Uma ideia importante do método de elementos finitos é dividir o domínio inteiro em um
conjunto de subdomínios simples ou elementos finitos. Os elementos finitos estão conectados aos elementos
adjacentes compartilhando seus n ós. Então, dentro de cada elemento finito, a solu ção é aproximada na forma de
um polin ómio simples. Por exemplo, vamos admitir que o domínio seja unidimensional e que a solu ção exata
u( x ) é dada como uma curva tracejada na Figura 3.4. Quando todo o domínio é dividido em subdomínios (ele ¬

mentos finitos), é possível aproximar a solução usando segmentos de polinómios lineares contínuos, conforme
mostra a Figura 3.4. Dentro de cada elemento, a solução aproximada é linear. Dois elementos adjacentes possuem o
mesmo valor de solução no nó compartilhado. Como pode ser visto na figura, quando forem usados mais elementos
a solução aproximada em segmentos lineares convergirá para a solução exata. Além disso, a aproximação pode ser
mais precisa se forem utilizados polinómios de grau (ordem) maior em cada elemento.
Podem ser usados vários tipos de elementos, dependendo do domínio que necessita ser discretizado e do grau (or¬
dem) dos polinómios usados para aproximar a solução. A Tabela 3.2 ilustra vários tipos de elementos finitos que são
usados com frequência em problemas de uma, duas ou três dimensões.

' Solução aproximada


X . / . x
V
Elementos finitos
_- Solução exata
Figura 3.4 Aproximação linear por partes da solução do problema unidimensional

Tabela 3.2 Diferentes Tipos de Elementos


Elemento Nome
C 0 Elemento linear 1D

A Elemento triangular 2D --

Elemento retangular 2D

A
A> /
Elemento tetraédrico 3D

Elemento hexaédrico 3D

X
M
M 98 Capítulo 3 Método dos Resíduos
Ponderados e M étodo de Energia para Problemas Unidimensionais

N , são realizadas as integrações para calcular [K


] e { F }, e .g ., Eqs.
Depois de dividir o domínio em elementos finitos
M (3.27) e ( 3.28) , ao longo de cada elemento.
' Por exemplo, vamos admitir que o domínio unidime nsional
como a
(0, 1) é di¬
soma das
! . Então, a integral da Eq. (3.27) pode ser escrita
iu vidido em 10 elementos finitos de tamanhos iguais
integrais ao longo de cada elemento:

[ <& = [ <£<: + [ &+ •• • [ ,9 Ddx


+ Jo (3.31)
Jo Jo hi
onde é o integrando .

3.4.2 Solução Admissível


de formato simples , a solução dentro de cada ele¬
Depois de o domínio ser dividido em um conjunto de elementos da Eq. (3.1)
. Vamos examinar um problema unidimensional
mento é aproximada na forma de polinómios simples' 3.5 . Para esse exemplo
s conform e mostra a Figura
no qual o domínio é discretizado em um número n de elemento
,
ade A solu ção admiss ível é constru ída no elemento
específico, cada elemento é composto de dois nós de extremid
.

usando os valores de solução nesses nós . x, , . Se desejarmos interpolar a solução usan¬


Por exemplo, o i-ésimo elemento conecta dois nós em x = x, e x = +
, então o polinómio linear é a escolha apropria
da porque tem duas incógnitas. Assim, a solução
do dois valores nodais
é aproximada por
(3.32)
fi (x) = oo + aix , xt < x < xi+ i
Observe que a solução admissível na equação anterior é definida apenas
no i-ésimo elemento. Embora possamos de¬
Na realidade, os coeficientes desconhecidos
terminar dois coeficientes a„ e a , , eles não possuem significado físico. valores
Oo e a , na Eq. ( 3.32) podem ser represen
tados pela solução nodal 5(x( ) e u(xí + l ). Substituindo esses dois
nodais, temos
f «(*/ ) = «i —
a0 + a\Xi (3.33)
\ n(x,+ i ) = ui+1 = OQ + aiXi+ i
o a Eq. (3.33), os dois coe¬
onde n, e u, * , são os valores da solução nos dois nós de extremidade. Então, resolvend
de substituir os dois
ficientes desconhecidos, a0 e a „ podem ser representados pela solução nodal «, e , +
u Depois
da solução nodal como
coeficientes na Eq. ( 3.32), a solução aproximada pode ser expressa em termos
«(*) -= «i + -Jjf - “ i+ i ( 3.34)
L( i ) í
MW Ni+ i (x)

onde L<0 = x, + , - x„ é o comprimento do i-ésimo elemento. Agora a solução aproximada para w(x) na Eq. (3.32)
pode ser escrita como
u{ x ) = Ní { X )U í + Ni+1(X)Kí+ I , x, < x < x,+ I (3.35)

)
onde as funções N,( x ) eNi + ,(x) são chamadas funções de interpolação por motivos óbvios. A expressão na Eq . (3.35
mostra que a solução u(x ) é interpolada usando seus valores nodais «, e «, + N,(x) = 1 em x = x
, e iV,(x) = 0 em
x = xi + 1 , ao passo que /V, + ,(x) = 1 em x = xule í/it , (x) = 0 em x — x,. As funções de interpolação A((x) e N , + , (x
)
também são chamadas funções deforma , um termo usado em mecânica dos sólidos , já que as funçõ es descrevem a
configuração deformada de um sólido ou de uma estrutura.
Observe que a solução aproximada na Eq. ( 3.35) é similar àquela do método dos res íduos ponderados na Eq. ( 3.5 ).
Neste caso, a função de interpolação corresponde à função de aproximação. A diferença é que a aproximação na
Eq. (3.5 ) está escrita em termos dos valores da solução nos nós, ao passo que os coeficientes c, na aproximação da
Eq . ( 3.4) não possuem significado físico algum. A relação detalhada entre as funções de interpolação e as funções de
aproximação será analisada na próxima seção .

0
1 Q
7
o
(( -
n 1 . n :elementos
1 2 3 vUÕ- li n / j+ 1 :nós

-I Xi
\ *
• (+ 1


j!
Fiaura 3.5 DiscretÍ Ta ção do domínio do problema unidimensional
3.4 Aproximação de Elementos Finitos 99

u U í+2 du
Ui
«i+ t ST
K *1+1 Xf +2

-ti xM ,
X +i Figura 3.6 Solução interpolada c seu gradiente

s para dois elementos contínuos


Para explicar a precisão da aproximação, a solução interpolada e seus gradiente
o em particula r, a solu çã o é aproximada por uma função
são ilustrados na Figura 3.6. Observe que nessa interpolaçã
ao longo do elemento . Consequ entement e, os gradientes não são contí¬
linear por partes e seu gradiente é constante
a frequentemente o deslocamento
nuos na interface do elemento. Em problemas estruturais, a solução u x represent
( )
, a aproximação leva a um deslocamento contínuo,
da estrutura, e seu gradiente é tensão ou deformação. Desta forma
as comerciais de elementos finitos for¬
mas a tensões e deformações descontínuas entre os elementos. Muitos program
o da tensão ao longo do elemento. Entretanto,
necem valores das tensões nos nós e apresentam uma leve modificaçã
nodal são a média dos valores de diferentes
os usu ários devem ser muito cuidadosos porque esses valores de tensão
elementos conectados á um nó.

3.4. 3 Método de Galerkin


Antes de aplicarmos o método de Galerkin, no esquema de elementos
finitos precisamos identificar a relação entre
x ) Lembremo-nos de que expressamos a solução
as funções de interpolação N /00 e as funções de aproximação <f>£ .
tes desconhecidos c;. A aproximação de ele¬
aproximada em termos das funções de aproximação </>,(*) com coeficien
mentos finitos na Eq. (3.35) também pode ser escrita como
No
(3.36)
SM
=1
1

de nós no modelo de elementos finitos. No caso de


onde M,. são os valores nodais das funções e ND é o nú mero total
entre os n ós, N0 = NB + 1, onde NE é o n úmero de elementos.
problemas unidimensionais com interpolação linear
ser escrita como
Comparando a Eq. (3.35) e a Eq. (3.36), a expressão para <£,(* pode
)
0, 0 < x < Xi- t
x X
ri\x )
N{ ‘ l i l <X < X i ~

fiM) ’ * - (3.37)
4>i ( x ) * +i -*
°
*Í M = Z.W * < * < Xi+1
i
.
lo. .
* + i < * < *vD

Nas equações anteriores, os sobrescritos (i 1) e (/) indicam os n
úmeros dos elementos. Em consequência, a princi
na seção anterior e o método dos elementos finitos é
¬

pal diferença entre o método dos resíduos ponderados descrito


conectados ao Nó i.
que a função </>,(+) n ão existe em todo o domínio; existe apenas nos elementos
A derivada de 4>,( x ) também é obtida da seguinte forma:
0, 0 < * < */ _ i
1
LV -O’ * - * *
í I < < /
d <Pi { x ) (3.38)
dx - Jjfí , *, < * < *,+1
0,
áfico na Figura 3.7.
*i+ l ^ * XflD ^
A função 4>i{ x ) e suas derivadas estão representadas em um gr

I
1 /t < H >
, +jW
í 1/ ‘
-
7 2 *- I*
/ 1 í ^
l /+ l

-1/1«
\ mm i
dfr ( x )
dx Figura 3.7 Função <£,{•*) « sua derivada
1
'

100 Capítulo 3 Método dos Resíduos Ponderados e Método de Energia para Problemas Unidimensionais

EXEMPLO 3.5 Solução de Elementos Finitos de uma Equação Diferencial


Resolva a equação diferencial dada na Eq. (3.1) para p( x ) = 1 usando o mé todo de Galerkin de elementos finitos.
Admita que o domínio 0 < x < 1 é dividido em dois elementos com comprimentos iguais.

SOLU ÇÃ O Como o domínio é dividido em dois elementos de igual comprimento, existem três n ós localizados emr 0, em =
x =
0,5 e em x = 1,0. Os coeficientes desconhecidos
u nos nós

análogos a c, nos exemplos anteriores são os valores de
u2 e uv Então, a solução aproximada é escrita como —
“ M = “ ^lW + « h [ x ) + «303M
1 2< (3.39)

e as funções 0, são definidas da seguinte maneira usando a Eq. (3.37):

f 1 - 2x, 0 < x < 0 ,5


0lW = <
lo, 0,5 < x <1
( 2x, 0<x < 0,5
02 (x) = l
l 2 - 2x, 0,5 < x < 1
ro, 0 < x < 0 ,5
03 (x) = <
- 1 -1 + 2 , X 0,5 < x <1

Os gráficos das três fun ções são desenhados na Figura 3.8. Pode-se notar que 0, são tais que a variação de ã( x ) é
linear entre os n ós.
As derivadas de 0, são as seguintes:

d <Pi (x) r -2, 0 < x < 0 ,5


dx
\ 0, 0,5 < x <1
d < fo ( x ) í 2, 0 < x < 0,5
dx
1 -2 , 0,5 < x < 1

d <fo { x ) í 0, 0 < x < 0,5


dx
\ 2, 0,5 < x < 1

Encontraremos os valores de [ K ] e ( F ) usando as Eqs. ( 3.13) e (3.14) para o caso p( x ) = 1. Observe que N =
3 para este caso. Mostraremos os procedimentos para Kn e K 22 . Os valores dos outros termos de [K] sã o deixa -

/
/
_1
/ _2
0 0,5 - / _3
/
/

U -f
0
— /
0,5

Figura 3.8 Função tentativa ( p&x ) para dois elementos finitos de comprimentos iguais

1 f**
’ =
****&?*

m
^4 AnmYimarSn H #» Pl ^mpntr>« T?? r» itr>c 4 OH

dos como exercício para o leitor. Como há dois elementos em questão, todas as integrações são divididas em
duas partes.

-
K, , f‘ ^
lÈL lctc
Jo ax ax

JQ
-
t0 5
( -m ax +
^
f1 . . . .
( * )ux
jojW -
-2

KT2
r1 d<tnd<t>2 jx
lo dx dx

I ddx + I 4dx
JO JOJ
4

O primeiro componente de { F} pode ser calculado a partir da Eq. (3.14):

|*i ,x ^ du du / n\ . fr\\
1 * C1 - 2x )dx T ~
jos 1 (O)civ 4- (1 1(1)
^^
* j
= Jo v"y

-
= U Z3 -
du .

Deve-se observar que F, não poderia ser calculada, uma vez que não conhecemos as condições de contorno du( 0 )/ dx.
,
Usaremos F como um termo desconhecido. O cálculo de F2 ef 3 é simples, conforme apresentado a seguir:

d u ,„s
12 =
f 04
J
fl
z - zx;ax + —
d u,
w- ,

^j ^ U J

+g
F3 = Odx +
£ 5
(-l 4- 2x )dx ( l )#' (1) - ~(0)tf (0) = 1,25
Observe que usamos a condição de contorno du(\ )/ dx = 1 para calcular F3.
Depois de calcular todos os componentes necessários, as equações matriciais finais para a análise de elementos
finitos se tomam

-2
:Wi )
2 0
-2 4 -2 (3.40)
0 -2 2

onde as soluções nodais u2 e u3 são exigidas. Ignoraremos a primeira das três equações, já que n âo conhecemos
-
c lado direito d ?.t"’“ ° «"’« nsn Te«r> é rnnhpr iHo rnmn eliminar a linha. Consulte a explicação da Eq. (2.11) no Ca¬
'
pítulo 2.

1 ,6
^4
1.2

* 0.8
0 ,4

0, 2 0.4 0,6 0,8

FiSere 3.9 Soluçio exits ;t(.r ) e He elementos finitos u( x )

v 4
1*
If Í 102 Capítulo 3 Método dos Resíduos Ponderados e Método de Energia para Problemas Unidimensionais

o
•4.
-

1,5 -

i 1

du/dx (exato)
0,5
-x- du/dx (aprox.)
C) 0,2 0,4 0,6 0,8 1
X

Figura 3.10 Derivadas da solução obtida por elementos finitos e da solu ção exata

Aiém áisso, como é dada a condição de contorno essencial «, = 0, podemos ignorar a primeira coluna (eliminar
a coluna). Então, as duas últimas equações assumem a seguinte forma:

4 -2 ] 0,5 | (3.41 )
-2 2 1,25 /
Observe que a matriz na Eq. (3.40) n ão é positiva definida, mas a da Eq. (3.41) é. Resolvendo a Eq. (3.41), obtemos
as soluções nodais iguais a u2 = 0,875 e u3 = 1,5. Observe que a solução nodal no Nó 1 é dada como a condição de
contorno essencial, i.e., u, = 0,0. Depois de as soluções nodais estarem disponíveis, a solução aproximada pode ser
obtida por meio da Eq. (3.39) como

l ,75x, 0 < x < 0,5


ú( x )
0,25 + l ,25x, 0,5 < x (3.42)
<1

Em consequência de as funções de aproximação serem lineares, a solução aproximada de elementos finitos u( x ) é


composta de segmentos de polinómios lineares. É por coincidência que a solução exata e a solução de elementos fi ¬
nitos se Harmonizam nos nós (x = 0,5 e x = 1). A solução aproximada da Eq. (3.42) e a solução exata da Eq. (3.16)
são comparadas na Figura 3.9. O erro máximo é de cerca de 8%.
-
A derivada du/dx é plotada na Figura 3.10, e pode se notar a grande diferença nas derivadas das duas soluções.
Uma vez que a solução aproximada é composta de segmentos de polinómios lineares, sua derivada é constante em
cada elemento. Em consequência, a derivada não é contínua no contorno do elemento.

3.5 PROCEDIMENTO FORMAL


Embora o Exemplo 3.5 tenha ilustrado a implementação do método de Galerkin no esquema de elementos finitos,
ele ainda não é suficientemente geral para ser implementado em códigos computacionais. Portanto, apresentaremos
uma forma ngeiramente modificada da formulação de elementos finitos.
Nesse método, aplicaremos o método de Galerkin a um elemento por vez. Vamos considerar um elemento geral ,
.
por exemplo o Elemento e na Figura 3.11. Ele tem dois nós, ou seja, i cj A escolha dos Nós i e j é tal que Xj > X,.-
Também introduzimos uma coordenada local f tal que f = 0 no Nó i e f = 1 no Nó j. A relação entre xe ( para o
Elemento e é dada por

x = xii 1 - Ç ) +* jÇ
°u $ = J7Z7. = ^ZW (3 43)
'

onde LM indica o comprimento do elemento. Como será visto mais adiante, o uso da coordenada local| é uma ques¬

tão de conveniência, uma vez que isso ajuda a exprimir as funções de interpolação e suas integrações de uma maneira
elegante. A solução aproximada dentro do Elemento e é dada por
«(*) = utN\ (x) + UJN2 ( X ) (3.44)


"" ’ .
' trÈmm

3.5 Procedimento Formal 103

onde as funções de interpolação W, e N 2 podem ser expressas convenientementc como uma função da variá vel £
Nm ( 1 - Ç) =
(145)
m ) =i
1 Em termos da variável x, as funções de interpolação assumem a forma
f
(3.46)
; JC - X;
A /a (*)

Usaremos as funções de interpolação na Eq. (3.45). Usando a regra da cadeia da diferenciação, as derivadas de Nt são
I dNi dN i d ç 1 ’

dx d Ç dx z> )
(? d7 )
í dN 2
~
dN 2 di;
~ +
1 _
dx dÇ dx Lto
i
'
!
Pode-se verificar facilmente que as funções de interpolação satisfazem a seguinte relação:

N I { Xí ) = Í , N i (x j ) — 0 (3.48)
M (x/ ) = 0 , iVa (x , ) = l

Além disso, N x ) decresce linearmente de xt para xp ao passo que N2( x ) aumenta. Pode-se verificar també m que as
^
tunçoes acima levam a

(3.49 )
, ú( xj ) = Uj
onde «, e uj s ão a solução nodal nos Nós i e j , respectivamente. A Eq. ( 3.49) é uma propriedade importante de inter¬
polação.
Fio Fn <"t AA'1 o derivada de u ( rl p. nhfida como

-,

dx
ui ——
dNi
dx
- n ;-
t
dN
dx
n sr\\

A equação auLeiiui pode scr escrita na forma matricial, usando a regra' da cadeia da diferenciação n? Fq (4 47)
como
r
j. I TXT
1
JA 7
^*4 » ^ II
I í* Mi
* ^t
<£t tfx ± J\ /
1 j átV ,
< C

d7V2
U2

| í «1 1
w — - 1 /

ZW |_ dT
~
í I l«
í d 2 J
,
Aplicamos o mé todo de Galerkin descrito na Seção 3.2 no nível do elemento. Então, N e N 2 serão as duas funções
fle aproximaçau.
nuuc set caomo um uiujuiuy uv uuao wjuayuvo
Pi / IN : Hf , pi
PW* A* )*X +
^ v ' v para c Elemento c‘

du
iw;; 7 WiViFi)
juimuiw

~
du . .
— , .
-
Li

^

^
i í 11

Elemento e

i X; Xj
LW | Figura 3.11 Elemento finito unidimensional com
funções de interpolação

'
"4
- ;
para Problemas Unidimensionais

E 1 Q4 Capítulo 3 Método dos Resíduos


Ponderados e Método de Energia

Agora a variável x pode ser modificada para substituindo


| duldx da Eq. (3.51) e dNJdx da Eq. (3.47). O domínio
ém pode ser modificado usando a relação: dx = L^dÇ. Depois da mudanç
a de variável, obtemos
de integração tamb
1
Lr* jo
f
1
dNi
aç I
dN\ dN2
dÈ - If U l 1J = JOf o( x Ni( è )dè +^r- (
U2
)
ux
xi )Ni ( 1 )
(3.53)

i = 1, 2

específica de p( x ) , ela será conver¬


Observe aue a variável x ainda permanece em p( x ) . Quando for dada uma forma
ter du{ x )ldx e du{ x,)ldx porque as
tida em uma função de £ usando a relação da Eq. ( 3.43). Não precisamos conver
es da Eq. (3.53) podem ser escritas na
condições de contorno não usam o esquema de aproximação. As duas equaçõ
forma matricial como

í -*wlI
du . . ,

onde
/ dNt \2 dNi dN ->
VW ) d è dí
dÇ (3.55)
Ç3 dN2 dN\ fdN2\ 2

J
l 1 -11
i 1 J

( 3.56)

e
í u« > = /L \“ -J )
(3.57)

contorno das funções de interpolação da


Ao chegar na Eq. ( 3.54) partindo da Eq. (3.53), usamos as condições de
¬

ente à equação global desenvolvida na Eq.


das na Eq. (3.48). A Eq. (3.54) é a equação no nível do elemento equival
(3.12). Pode-se obter uma equação similar à Eq. (3.54) para cada elemento e 1 , 2, ..., NF , onde NF é o número de —
elementos .

G lado direito dessas equações contem termos que são as derivadas nos nó
s du{ x>Jdx e du( x )/dx , as quais geral ¬
mente não são conhecidas . Entretanto, a segunda equação para o
Elemento e pode ser adicionada à primeira equação
, examine as equações para os Ele
¬

do Elemento e + 1 para eliminar o termo da derivada . Para ilustrar esse aspecto


mentos 1 e 2. As equações matriciais dos dois element os são
( du , , )
*11 *12
*21 *22 J ( «2
I «i A
pi{ du ,
+ d x { X2 )
.

\
( 3.58 )

. . . . . í d u, , )
| *n *,2 dx \ (3.59)
[* . * J
2 22 \ / \ «3 /3 j |
I si-r '

é denominada processo de montagem . Após a mon¬


Desejamos combinar essas duas equações matriciais em uma, que
tagem, a matriz resultante (combinada) terá três incógnitas: u
„ e uv A Eq. (3.58) será adicionada às duas primeiras
. Quando a segunda equação da Eq. ( 3.58 ) e a
linhas, enquanto a Eq. (3.59) será adicionada às duas últimas linhas

r-\ _ > ;

Prrw'fliilimoriiA
^ ^v« n1
rtt 4 AC
<

o » primeira equaçao na Eq. (3.5y) torem somadas entre si, o termo do contorno, duix ldx, será cancelado. Desta forma,
a equação da matriz obtida após a montagem se toma ^
i
*£>
' '
'
k $ 0 ’ «1 '
)
,m , m . . / 2)
*22 "r "-ll
,m
*12 "•t
rtn
J2
. J2
A2 ) (2 .SC)
V
*21 1

% L v
o .,.m .,. 1
»2i
(2)
»22 J
Iri
K
AQ
Ji i i% . )

Esse processo pode ser repetido para os elementos sucessivos, e as 2 X NE equações para os NE elementos se reduzirão a
Ne + 1 números de equações. De fato, NE + 1 = ND , que é igual ao número de nós. As ND equações assumirão a forma
.

j *, n 0 . .. 0 | 1 I 1 1 ~3Xi ) 1
|1
1 *21tn 1 1 1 -. I
i j
0
, 111
*22 f
,

fcg>
, (21
*11
, (21
*12
kg + k® •••
r,
V

0
1
. «3
| |
rdt
/2

JP + JP
T
r(2)
/2 |1 1 0
0
i. (3.61)

du
£c) . .

I
0 0 0 k *

L
-
( Nn xNn )
J 1/VflXlJ (Vox 1)

XTo fr%rrr> o c' nrrtrsont


* o p* mior*3r»
-
«mtwirvr 4 f^cr rit íí rrtmo

[K]{u} = {F} (3.62)

-.
Em geral, a matriz global [K] será singular e, em consequência, as equações não podem ser resolvidas diretamente.
Er.tratantc, a matriz zãa cará singular apóa a implementação der eeediçõ^e Aa r?"*nrnn Pod <» c <» « hewvar mu» h á A/ - _
incógnitas nas Nu equações. Nos contornos (r = 0 e x = 1), tanto u (condição de contorno essencial ), como du/ dx
(condição de conionio uai.mal) ser ão especificados. Ilustraremos o método no exemplo a seguir.

EXEMPLO 3.6 Solução de Três Elementos para uma Equação Diferencial


TTcnnHn trpe plpmpntnc: rnm rnmnrimp.ntos ionais . resolva a eouacão diferencial dada a seeuir. nara D( X ) X .
d2 u
+ PW = , 0 <* < 1
^ °
u (0) = 0 l
Condições de contorno
“ (1) = 0 J
SOLU Ç A 0 Como os elementos têm comprimentos iguais, cada elemento tem um comprimento de U‘>
(3.55), as matrizes de rigidez dos elementos podem ser obtidas como
— 1 /3 . Substituindo na Eq.

T j [4 - '

} }
Observe que as matrizes de rigidez dos três elementos são idênticas. Agora a variável em p( x ) = x pode ser modifi¬
cada para í usando a Eq . /3.431 como
p(£) = *;(1 - $) + xjÇ
Substituindo essa expressão na Eq. (3.56), os vetores de torças nos tres elementos podem ser obtidos como

. . r1 r 1 -M
= LwjoWl - f ) + * |
f íí q.íi "I
j
^
\
nais
j 06 Capítulo 3 Método dos Resíduos Ponderados e Método de Energia para Problemas Unidimensio

Substituindo os comprimentos dos elementos e as coordenadas dos nós, !


( dll 'l , r, x ~
( A2 ) \ 1 ( ,1 ( AV ) -i is
i r
i J \.
. s=— i * v é
|
j

é l> I
— •;1
> = 54 3
. v. <
I' I
"v > = — <
54 I 8 I
- . i
IV. ri1‘J JI 54 'I 2 | ' ' K J *
J
1

Agora a matriz global [K] e o vetor { F} podem ser montados usando a Eq. 3.61
( ), da seguinte forma: <

^
Elemento L
TI du . .. 1
I 3 i 3| — 0 0 1 54
“ z
f-3 i 3 [+ 3 -3 0 U2 - +|p7|^ J - Elemento 2
rm ; ~ ~
o l o 9
54
~T iv rf
+ [54 j
54
0 0 -3 3 «4
8
+T
U.X
(i)
\ / q 54 j 1
Elemento 2
Elements 3

Descartamos a primeira e a terceira nnnas, ja que nao connecemos o lauo uireuo uessas equações tcuiumavao ue
são removidas e a primeira e a úl-
linhas). Além disso, notamos que « , = «4 = 0. Desta forma, essas duas variá veis

a duas equações:

í A A Í ;!:- 1 =A Íí )
L J V J K J


Resolvendo a matriz anterior, obtemos w, 4/81 e n3 = 5/81. A seguir, usando as tun oes
mo
ç de interpolação da tq .

(3.44), a solução aproximada em cada elemento pode ser expressa cõ

_
^
4
0 <x-
<
3
;
27
4 \ í 1\ \ 2 ( 3.63) {
u ( r) :
5l + 2?(
X “
j
5 ’ 3~ ~ 3

I—
( 81 27 V 3/
p “< x -
3
<1

aplicando as duas con


A solução exata pode ser obtida integrando duas vezes a equação diferencial de governo e
¬

dições de contomo essenciais para encontrar o valor das constantes:


(3.64)
i

da solu ção aproxi ¬


A solu ção exata e a solu ção aproximada são colocadas em um gráfico na Figura 3.12. O valor
mada no Nó 7 p no Nó 3 coincide com o valor da solu ção exata e. na realidade isso é uma coincidê ncia Por
. outro ,

e s ão necess á rios mais


lado, pode-se notar que a solução de três elementos é uma aproximação pobre da solu ção exata
finitos é uma fun ção linear entre
elementos para obter uma solução mais precisa. Isso é porque a solução de elementos
os nós, ao passo que a solução exata é um polinómio c ú bico em x .

0,08
|
I u -aprox.
-
u exaru
I
|

0,06 -
3 0,04 -

nm -
/ \\
4 ...
/ 0,2 0,4 0,6 0,8
\
jf-. X

K Figura 3.12 Comparação entre a solu ção exata e a solu ção aproximada para o Exemplo 3.6


3.6 Métodos de Energia 107

As Seções 3.4 e 3.5 descrevem dois métodos diferentes de implementar o método de Galerkin no esquema de
elementos finitos. Embora possam parecer levemente diferentes, eles resultam nas mesmas equações matriciais . O
primeiro método descrito na Seção 3.4 reproduz o método analítico descrito na Seção 3.2, anterior. No método de
elementos finitos global (Seção 3.2), a matriz de rigidez global [K] é calculada diretamente usando a Eq. (3.13). En¬
tretanto, no método de elementos finitos local, calculamos inicialmente a matriz de rigidez [k] para cada elemento
e elas são combinadas para formar a matriz global . Além disso, os métodos descritos na Seção 3.5 mostram-se ade¬
! quados a sarem codificados facilmente em programas computacionais. A matriz s[k] do elemento é calculada para
cada elemento usando suas propriedades, como o seu comprimento [Eq. (3.55)]. Esse procedimento pode ser auto¬
matizado facilmente, uma vez que as funções de interpolação expressas em termos da variável £ possuem a mesma

I forma para todos os elementos . A matriz [f ], que aparece no lado direito da equação, também pode ser calculada
facilmente para cada elemento. Então, a montagem das matrizes [k] e { f } dos elementos, para que sejam obtidas as
matrizes [K] e { F}, respectivamente, pode ser realizada de um modo mais mecânico, conforme descrito no Capítulo
2. Tais considerações são importantes para o uso de elementos finitos em grandes problemas que envolvam dezenas
I de milhares de elementos .

3.6 M ÉTODOS DE ENERGIA


Os m é todos de energia são mé todos alternativos muito poderosos e adequados para soluções aproximadas ao
resolver estruturas que sejam mais encontradas na prática. As equações de elementos finitos também podem
__
-

ser obtidas utilizando métodos de energia. Alguns deles são os teoremas de Castigliano, o princípio da mínima
energia potencial, o princípio da mínima energia potencial complementar, o mé todo da carga unitária e o mé ¬
-
todo de Rayleigh Ritz. O princípio dos trabalhos virtuais é o princípio fundamental do qual todos os métodos
_
mencionados se originam.

3.6.1 Princ í pio dos Trabalhos Virtuais para uma Partícula


O princípio dos trabalhos virtuais para uma partícula declara que, para uma partícula em equilíbrio, o trabalho virtual
~

é identicamente igual a zero. O deslocamento virtual é qualquer deslocamento ( real ou fictício ) arbitrário que seja ..

consistente com as restrições cinemáticas da partícula. O trabalho virtual é o trabalho feito pelas forças externas
( reais ) por meio dos deslocamentos virtuais.
Para uma partícula em equilíbrio, a soma das forças que agem em cada direção coordenada deve ser igual a
zero:

X>* = 0, 5> = 0, £>z = 0 y (3.65) „

Sejam os deslocamentos virtuais na direção x, y e z iguais a ôu , õv e ôw, respectivamente. Então, é óbvio que

uY2 Fx = 0 , 8vY2 Fy = 0 SwY


8

ou, em outras palavras, o trabalho virtual é igual a zero:


>

^ Fz = 0 (3.66)

2 Fx + ôv 22 Fy + õw 22 Fz = 0
SW = ôu
^ ( 3.67 )

Inversamente, se o trabalho -virtual de uma partícula for igual a zero para deslocamentos virtuais arbitrários, então a
I partícula estará em equilíbrio sob a ação das forças aplicadas. Na realidade, o princípio é outra declaração das equa¬
ções de equilíbrio dadas na Eq. (3.65). Esse princípio aparentemente trivial conduz a alguns resultados importantes
quando aplicado a corpos deformáveis.
{
j 3.6.2 Princí pio do Trabalho Virtual para Corpos Deformá veis
Como no exemplo, consideraremos o caso unidimensional, a barra uniaxial, conforme mostra a Figura 3.13. A
barra está fixa em x = 0 e se encontra sob a força de corpo B , na direção x , assim como sob a ação de uma for¬
ça concentrada F em x = L. Em geral, a área da seção transversal A( x ) pode variar ao longo do comprimento
da barra L.
Da Seção 1.4, as equações de equilíbrio de tensões podem ser escritas como

^dx
+ BX = 0 (3.68)

onde Bx é a força de corpo expressa em força por unidade de volume. Na barra uniaxial, a tensão é constante em toda
a seção transversal. Considere um campo de deslocamentos virtuais 8u( x ) ao longo do comprimento da barra. Como

, . -i
, r -

todas as forças externas (reais) por meio dos deslocamentos virtuais
distribuídas (forças de superf
correspondentes. Considerando tanto
ície tx, ty e í ) como as forças concentradas (
z
as forças
F„Fy e \
3.6 Métodos de Energia

F obtemos
109

SW
' — |{ xSu + tySv + tz8w )dS + y^ ( Fxiôui + FyiôVi + Fzi8
(
Wj ) ri n\
s
Na Eci. ( 3.71 ). a infP.PTarãn £ rPfll Í T íaHQ cnhr» o nmorffma Jrs
-
+ 1 A1 -
temas é definido por Huai aas torças m-
"
j
SWt = - ( <yx&ex + jySsy + ( • • • • + Xxy&Yxy ) dv (3.78)
v '
onde a integração é realizada sobre o volume do corpo, V.

3.6.3 Variação de uma Função


Os deslocamentos virtuais na seção anterior podem ser considerados como uma variação dos deslocamentos reais.
Para explicar isso mais detalhadamente, considere um deslocamento
da vizinhança que são descritos nelo deslocamento virtual arbitrá rio x » <vv <* ir
como
:.
na direção x, u( x ) e aqueles deslocamentos
» _
~. ——
/A ..
/A i
~ s.. fA

Dessa forma, para um deslocamento virtual dado, esses deslocamentos vizinhos são controlados
pelo parâmetro úni ¬
co T. KT(X) é o deslocamento perturbado. De maneira análoga à primeira variação em cálculo
, a variação do desloca ¬
mento pode ser obtida por

dux ( x )
8u( x ) (3.80)
dr

Fica óbvio que o deslocamento virtual 8u( x ) é a variação do deslocamento.


Uma exigência importante do deslocamento virtual é que ele deve satisfazer as restrições
cinemáticas. Isso signi¬
fica que, quando o valor do deslocamento for prescrito em um ponto, o deslocamento perturbado
valor. Para satisfazer essa exigência, a variação do deslocamento deve < er
= ai *
suponha que a condição de contorno em deslocamento é dada por «(0) = 1. Então, a varia
» im.
deve ter o mesmo

ção do deslocamento deve


satisfazer 8u( 0) = 0.
n vanaçau uc uma í unçao comptexa poae ser obtida usando a regra da cadeia da diferencia
ção. Por exemplo, su ¬
ponha que a função J( u ) depende dos deslocamentos. A variação defiu ) pode ser obtida usando

aT
1
U “
Uma propriedade importante da variação é que ela não depende da diferenciação em relação às
coordenadas es¬
paciais. Por exemplo, considere a variação da deformação específica:

I dx
! O conceito de variação desempenha um papel importante no entendimento do equilíbrio estrutural, que será de ¬

- i senvolvido na próxima seção.


J 3.6.4 Princípio da M ínima Energia Potencial
!
Considere a energia de deformação específica (ou densidade de energia de deformação) em um corpo unidimensional
-í como o da Figura (3.13), que é dada por
J
4
4
4
i
Suponha aue o campo de deslocamentos é nertnrboHr
modificação no campo de deformações. Assim, a
variar ão
U0

da
ÔUo
^ ^
= xsx = Eel
.
densidade de energia
= EsxSsx = ax8ex
de
* u-

deformação será
x

dada por
1
— —
(3.82)

(3-83)
*r
3

110 Capítulo 3 Método dos Residues Pcuderedcs e Método de Energis. para rroblcmas Unidimensionais i
J
f A modificação da energia de deformação da barra 6 expressa como
L
fi
L L
J
i Ji\‘ J
=| ox8exdAdx
8U
0A
ÔUodAdx

Comparando a Eq. (3.75) com a Eq. (3.84), obtemos


8U
0A

-SWi
^
0
P8exdx (3.84)

(3.85)
J

A seguir, definimos a energia potencial das forças externas. Suponha a existência de uma força F em x L e
=
deslocamento correspondente u( L ). Se houvesse um deslocamento adicional de 8u( L) , então a força teria feito um ¬
do
tra
balho adicional de F8u( L ). Desta forma, podemos alegar que a força F perdeu algum potencial para realizar
trabalho,
ou seu potencial foi reduzido de F8u( L ). Se designarmos o potencial da força como V , a modificação do potencial
devida à variação 8u( L ) será dada por
SV = -Fôu{ L ) (3.86)
Como a força F não varia ao longo dessa modificação de deslocamento, podemos escrever 8V como

SV = 8( Fu( L ) )
(3.87) _
Desta forma, a energia potencial das forças extemas é igual à multiplicação, com o sinal negativo, das forças extemas
pelos deslocamentos naquele ponto. Como a força de corpo está distribu ída em 0 x L, a energia potencial deve
ser integrada ao longo do domínio. Então a energia potencial assume a seguinte forma:

V — -Fu( ) -|bxu( x )
L dx (3.88)

Algumas vezes, o sinal negativo na frente do termo do trabalho na equação anterior pode causar confusão nos
alu- "
nos. Ele pode ser entendido facilmente se for considerada a energia potencial gravitacional na superfície da Terra.
Da física elementar, sabemos que a energia potencial de um corpo de massa m a uma altura h do nível do mar é dada
_
por V = mgh. Como a gravidade age de cima para baixo e a altitude é contada como positiva de baixo para cima, a ~

energia potencial deve ser escrita como V = Fh, onde F é a força da gravidade ou o peso do corpo, e o módulo de
F 6 igual a mg . Se substituirmos a força gravitacional por uma força externa, obteremos a Eq. (3.88).
-
Comparando as Eqs. (3.74) e (3.88), pode-se observar que a modificação no potencial das forças extemas é igual

_—
ao valor negativo do trabalho virtual das forças extemas:
SV = -SWt (3.89)
Substituindo os termos do trabalho virtual das forças extemas e internas da Eq. (3.85) e Eq. (3.89) na Eq. (3.76), o
princípio dos trabalhos virtuais assume a forma
8U + 8V = 0 ou 8( U + V ) =0 (3.90)

n
Definimos a energia potencial total como a soma da energia de deformação com o potencial das forças extemas,
i.e., TL —
U + V . Então, a Eq. (3.90) assume a forma

<511 =0 (3.91)
A Eq. (3.91) é o Princípio da M ínima Energia Potencial , e esse princípio pode ser enunciado como a
seguir:
De todas as configurações de deslocamentos de um sólido consistente com suas restrições de deslocamentos
( cinemáticas), a configuração real que satisfaz as equações de equilíbrio é dada pelo valor mínimo da
energia potencial total.
A variação da energia potencial total é expressa em termos de diferenciações em relação aos deslocamentos. Usan¬
do a regra da cadeia da diferenciação,

àm
ll
— —d—U i
du
Su 0 (3.92)

Como a equação anterior deve ser satisfeita para todas as variações de deslocamentos que sejam consistentes
com as restrições cinemáticas, o equilíbrio pode ser encontrado fazendo com que a derivada da energia potencial ^

total seja igual a zero. Na prática, o deslocamento é aproximado frequentemente usando parâmetros discretos,
,
como os coeficientes c na Eq. (3.4) ou a solução nodal n, na Eq. (3.55). Nesse caso, a diferencia o
- çã nadequa¬
-
ções anteriores pode ser realizada em relação aos coeficientes desconhecidos. Esse processo será explicado na
próxima seção.

J.b Métodos de Energia 111

m
. 3 1 y tfl

J§» '
:k .
'

BP3nsh » 2
<

a '

«I
Figura 3.14 Exemplo de um sistema discreto com um
n úmero finito de graus de Uberdade
4
á

.1
3.6.5 Aplicaçã o do Princ í pio da M ínima Energia Potencial a Sistemas Discretos
A deformação de sistemas discretos pode ser definida por um nú mero finito de variáveis. Verifique o conjunto de
4 molas mostrado na Figura 3.14. No contexto do método dos elementos finitos, as molas são denominadas elementos
c as massas que estão conectadas aos elementos são chamadas nós. As forças externas são aplicadas apenas aos nós.
Pelo menos um nó precisa estar fixo para evitar o deslocamento de corpo rígido e assim ser obtida uma solução única
» -’ ~ ~ ‘
1 Z- - .- - -~ . wuwigxu Jjoioueim UUO IVtyOO OUU VApJtOd òâó tsJLU LC1 iiiUS
. w 4. w 4.4.4.4. . w w uAUbwuiu w 14

4 dos deslocamentos. Em seguida, a energia potencial total é minimizada em relação aos deslocamentos, o que leva a
tanta *; p.nnarõpç linpnrpc nnanto foro r»iim *»ro í ~\o -~
ií exemplo que vem a seguir.
3
i gEXhMPLU 3.7 M é todo de Energia para um Sistema Discreto
- I
Considere um sistema de corpos í rgidos conectados por molas, conforme mostra a Figura 3.14. Admite-se que os
4 corpos se movem apenas na dire o horizontal. Além disso, consideramos apenas o problema estático e. em conse¬
çã
quência, os eleitos reais da massa não serão considerados. Os objetivos consistem em determinar os deslocamentos de
4
í
x)
cada coipo, as forças nas molas e as reações de apoio. Use os seguintes valores: 16 = 100 N/mm, kf
2) 200 N/mm, —
tf » = 150 N/mm, F2 = 1000 N, e F3 = 500 N.
4
SOLU ÇÃ O Os rle liherdade TOT cl diceretoo no nrohlAma em nnoctõ n c õn no Horlivimontnr
Trans
(
e .. .. .. ~
t locamento no Nó 1 é conhecido e, por isso, o n ú mero de GLs neste problema é igual a dois. Deve-se observar que a
,
força F correspondente ao deslocamento conhecido » é a reação exercida pelo apoio e é, desconhecida. A energia
potenciai total ao sistema consiste em duas partes: a energia de deformação do sistema U e a energia potencial V das
forças extemãs F2 e Fy
A energia de deformação armazenada em qualquer uma das molas, como, por exemplo, a Mola 1, pode ser expressa
cm termos dos deslocamentos de seus nós, uleu2.A energia de deformação lrl ) ua mola é enião
í/« =Í - «if
^ (a2

A expressão anterior pode ser escrita na forma matricial:

t/W :
i ( 1 X 2) L -*< (> x )*< ) j \ “ 2 /
!

2 2
l
(2 x1)

Na equação anterior, os números entre parênteses indicam o tamanho da matriz. Similarmente, as energias de defor-
ruuyuvr ituo rauiud ^ o j puuoni Ooi oòoiudb tUlUU

u(2) = -1 L “ i «3 J
k® -Ipv
.9
-
^ — K
,9
~

_
KT

U = l \ u2 u2 | fc (3) jk (3)
|
«2

L ~ft - K' J L “3 )

Como a energia de deformação é um valor escalar, podemos adicionar a energia de todas as molas para obter a
energia de deformação do sistema:
3
t/ = £ /« [
M

. =
í 12 Cap'iulv 3 Método dos Resíduos Pondsrudus Mdtodc ds Eucrgiu purs Problemas UmdiniOuskmaia

I1 -
Pode se mostrar que a soma dos termos de energia de deformação pode ser escrita novamente na forma matricial que
inclui todos os graus de liberdade do sistema: -
HI , [*(> ) + Jfc(2) -kM -*<2> H “ i l
U = -z L “ í u2 «3 J ~& > W l
-k;& U u2 } (3.93) '
[ -S® k [ ,J
u

ou simbolicamente

t/ 4 íoy íKiío> (3 943

onde o vetor coluna { Q } representa os três graus de liberdade e [K] é uma matriz quadrada na Eq (
. 3.93). A energia "
potencial das forças extemas é dada por

V ~{ Fiui + F2U 2 + F3U 3 )


t F, s
- L“ 1 “2 “3 J iUF J1 2

3
(3.95) ”
~

- {Q} »
onde { F} é o vetor coluna das forças extemas. A energia potencial total é a soma da energia de deforma
ção com 0 ~
potencial das foiças exiernas:

n = 1/ + v = i ÍQ}r[K]{Q> (3.96) ^

Na equação anterior, » energia potencial total é escrita em termos dc vetor dos deslocamentos nodais {Q
Desta forma, a diferenciação da Eq. (3.92) pode ser aplicada a { Q }. De acordo com o princípio
gia potencial , ae todos os «, possí veis os deslocamentos que satisfarão as equações de equilíbrio
} - { u u u y.
^ ^ener
da mínima ^
minimizam a
~~
¬

energia potencial total. A energia potencial total é minimizada em relação aos graus de liberdade: ~

«I m an
uu\

ou ,
0,
0u2
an
ô{Q}
0,

: U
õu3
0
(3.97) -
O procedimento de minimização anterior resulta nas seguintes equações:

KlJ u l = J F , 1
Í 2 / ring )
l* J J
2 3 ,
No sistema de equações anterior, as três incógnitas são u , u e F . Substituindo os valores numé
ricos na Eq. (3.98),
obtemos

T 300 -100 -200] [ 0| ( F, ]


| -100 250 -150 | ] { 1.000 \ (3.99)
L -2U0 - 150 35U J ( u3 J l 500 J
A solução desse sistema de equações é dado por
molas são calculadas usando
= 6,538 mm, u3 = 4,231 mm e F, = -1.500 N. As forças nas _
Pw = kw {Uj - Ui ) (3.100) ,

Usando os resultados para os deslocamentos, as forças nas molas são obtidas como

/*( ) = k ( u2 U|) 654N


^\ —
P{1) = k( 2 u3 - u ) = 846N ,= (3.101) -
P<3) = if 3) ( u3 - u2 ) = -346N

Observe que as Molas 1 e 2 estão tracionadas, ao passo que a Mola 3 está comprimida.

í
~:
3.6 Métodos de Eneraia 113
UP
*.

3 6,6 Método de Rayleigh Ritz— _


O princípio da mínima enereia ootencial é anliradn fflriWntP o M
entre si), onde os graus de liberdade desconhecidos sejam finitos. Nesse caso, o método

.... . /
^^ muias conectadas

3m ^•NouAmuuu. w uiciouo ue «.ayieign-Kitz e um ae tais métodos para sistemas


cont ínuos.
leva à solução exata Para
sistemas contínuos, e .g . , vigas, barra uniaxial, onde os graus de liberdade seiam infinitos é nmri ' „ '„ _
m método de Rayleigh-Ritz, um sistema cont ínuo é aproximado como um sistema discreto com um número
finito de graus de liberdade. Isso é conseguido aproximando os deslocamentos por uma função que contenha
um
número finito de coeficientes a serem determinados. A energia potencial total é então calculada em
4 coeficientes desconhecidos . A seguir, é aplicado o princíDio da mínima eneruia notenniai no
termos dos
J-- _
naao o melhor conjunto de coeficientes por meio da minimização da energia potencial total em relação aos seus
M coeficientes. A solução obtida dessa forma pode não ser exata. Ela é a melhor solução entre a família de snlnrrw
wuL a. a pcuuLi uaa lunyucB ue aesiocamento assumidas . A seguir
^ , demonstraremos o método para um
problema de barra uniaxial .
4 Os passos envolvidos na solução do problema de barra uniaxial, usando o método de Rayleigh-Ritz são os se¬
A guintes:
íi- 1 .
Admiti* r HooWomontn i
! ... uudc UJ c, oau cuenoiClUCS a Serem
determinados. Admita que u{ x) deve satisfazer as condições de contorno de deslocamentos, e .g ., u(0) = 0, ou
u{ L ) = 0, onde L é o comprimento da barra .
á3 2. Determine a energia de deformação U na barra usando a fórmula da Eq. (3.105 ) em termos de c,.
3. Encontre o potencial das forças externas V usando as fórmulas dos tipos dados na Eq. (3.106).
4 4. A energia potencial total é obtida como n(c„c2 , ... , cn ) = U + V .
y

4
5.
6. Denois de reervlver ae ennodUc = >
—*
———
Aplique o princípio da mínima energia potencial para determinar os coeficientes c„c2, ..., c„.
- 1 ; J -; ;
encontre a resultante de forças axiais usando P ( pc ) = AEdu/dx .
VVTUAJJ/ V WAV VAV01WUCUliV> ULWi3 aòò unuuu,

4
|; ÈXEMPL0 3.8 Barra Uniaxial Usando o Método de Rayleigh- Ritz
i
A barra uniaxial mostrada na Figura 3.15 tem seção transversal uniforme e comprimento L. Ela está engastada na
4 extremidade esquerda e está sujeita a uma forca concentrada F na extremidade direita ivmf o AJZ .
t disso, uma carga uniformemente distribuída bx( x ) ama ao longo do comprimento da barra. Use o método de Raylei ¬

gh-Ritz para determinar os deslocamentos «( ) , a força axial resultante P( x ) e a reação de apoio. O módulo de elas-
i *
1U
6, . , U Vmuuuiu uc iouug; uo material aa oarra e t . forneça resultados numéricos para o caso de L =
LL O 1íí

í 1 m, *4 = 100 mm2, E = 100 GPa, F = 10 kN, bx = 10 kN/m.


i
SOLU ÇÃ O Aplicando o método de Rayleigh-Ritz, aproximamos o campo de deslocamento usando uma função simples, mas
i
fidcumcmc *u. campo uc ucsiucamemos assumido deve satistazer as condições de contorno de deslocamen¬
iuMja

to, no presente caso, u( 0 ) = 0 . Na realidade , precisa-se de alguma experiência para fazer aproximações razoáveis .
Vamos admitir um polinómio quadrático em x como o campo de deslocamentos aproximado:
u( x ) = co + cix + C2 X 2 (3.102)
onde c, são os coeficientes a serem determinados . Entretanto, precisamos ter certeza de que o campo de deslocamen -

„ = O. Então-, os deslocamentos assumidos tomam a forma


o « uuiyúu uc cuuiumu uc ucMocaiucuius. 1N 0 presente caso, M(U ) = U , e isso é con-
/

eguido fazendo <?

u ( x ) = cix 4- C2X 2 (3.103 )


Na realidade, reduzimos o sistema contínuo a um sistema discreto com dois graus de liberdade. Os coeficientes c, e c
2
são os dois graus de liberdade, uma vez que determinam as configurações deformadas da barra . O nróximn nassn é ex ¬
primir a energia de deformação da barra em termos dos coeficientes desconhecidos. A energia de deformação da barra
é obtida integrando a energia de deformação por unidade de comprimento UL ao longo do comprimento da barra:

u~ taMi ~ í5"**
* - Jlí“ (I) *
1
(3.104)

b.
F Figura 3.15 Barra uniaxial sujeita a cargas distribu ¬
ídas e concentradas
r
WBP**

ir
,« Capúuio 5 í
iv ciuuu Ju» Resíduos Ponderados c Mcíodo do Energia para Problemas Unidimensionais

Na Eq . (3.104), e, é a deformação da barra como uma função de x. A deformação da barra uniaxial é dada por
.
ex = du/ dx Usando os deslocamentos assumidos na Eq. (3.103), exprimimos as deformações em termos dos c,
'
4

*%
j

íi como eT = c, + 2c pc. Substituindo na Eq. (3.104), a energia de deformação da barra é obtida como
- '

U ( c{ , c2 ) = IjAE [ n
(c! + 2c2 x )2dx
(3.105)
= AE\ (í4 + 2Ú cxc 4- -Al?<£j 2 Ji
A energia potencial das forças que atuam na barra pode ser obtida da seguinte maneira:
1
,
L
V { ci ,c2 ) = - |bx( x )u( x )dx - (-F )u( L )
o
L

— ~ bx [ cix + c
^ Jdx + F ( cxL + c2 L2 )

= c,
^( n - b,~ ) + C 2 ( FL2 - bx Ç)
(3.106)

A pnproia nof ^ nrifll total A então Hie,, cj



U M V . De acordo com c princípio da mínima energia potencial, o me¬
lhor conjunto de coeficientes c; é obtido minimizando II. Tomamos as derivadas parciais de II em relação a c,> e as ~
igualamos a zero.

= AELci + AEl?c2 + FL bx — =0
fln A
- = AEISci + -3 AEVC2 + FLí - bz - = 0
T3
(3.107)
-

j
0C2 3 ^
. .
Os ci são obtidos resolvendo as duas equações da Eq (3.107) Usando os valores numéricos para as várias proprie¬
dades da barra e as forças, obtemos
10' ci+ 10V2 = -5.000
10' c + ,
a Y m7
a = -6.667"
n
v
msi
'

Resolvendo as equações mencionadas, obtemos c, = 0 e c2 = 0,5 X IO-3. Substituindo c, na Eq. (3.103), o cam -
— _
¬

po de deslocamentos é obtido como u( x ) = 0,5 X IO-3*2. A força axial na barra é obtida usando P( x ) = AEdid ~
dx - - lO.OOOx. A reação de apoio é dada por R = -P{ 0) = 0. Deve-se observar que a solução anterior obtida usando
~ -n :*.-. ' J . .1 - piuuiuinu.
*1 * -
que a auiuyau CAtua c um poli - i
-
nômio quadrático em x ; também admitimos a mesma forma de solução no método de Rayleigh-Ritz.

3.7 EXERCÍCIOS
1 T Tçp o mAfvHn Otll^rVí n noro roer>l l íor A nrAklomo /í o - í - - rio .
« ro / »» r Ar*fA *
^iA

com um termo e (b) aproximação com dois termos. Compare seus resultados com a solução exata plotando-as
no mesmo gráfico.
Su
= 0, 0 < JC < í
„(0) = lj
Condições de contorno
«Cl) = oj
Sugestão: Use as seguintes aproximações com um termo e com dois termos:
Aproximação com um termo:
u( x ) = ( 1 - x ) + Ci <l>i ( x )
= (1 - x ) + Cix( l - x) V
Aproximação com dois termos:
«(*) = ( 1 - x ) + Cl fa ( x ) + C 2<t>2 ( x ) *
= (1 - x) 4- CiXÍ I - r) + r2 r2(\ - r)

• - - •
. -- - V
m A solução exata é u( x ) = l - x(x3 + ll )/l 2.
3.7 F.TPrrfrinc 11K

A solução aproximada é dividida em duas partes. O primeiro termo satisfaz exatamente as condições de rnntor-
no oadas; i .e ., M ( U) = i e w ( l ) = 0. O resto da solução que contém os coeficientes desconhecidos se anula nos
m contornos .
2. Resolva a equação diferencial do Problema l usando (a) dois e (b) três elementos finitos. Use o método de Ga-
lerkin local , descrito na Seção 3.4. Plote a solução exata e as soluções de dois ou três elementos finí tnc no
granco. similarmente, plote a derivada du/ dx. Nota: As condições de contorno não são homogéneas. A condição
n de contorno «(0) = l deve ser usada na solução das equações finais .
3. Usando o método de Galerkin, resolva a equação diferencial a seguir, com a solução aproximada na forma
i —
u( x ) ctJL 4- c2 x 7 . Compare a solução aproximada com a solução exata plotando-as em um gráfico. Também
comnare as derivadas duld-r e dZIdy

*dx» .
2
.2
'

“ ( 0) = 0
[> Condições de contorno

4. O problema de condução de calor unidimensional pode ser expresso pela seguinte equação diferencial :
2
k -dfir—T2r + Q = 0, 0< x< L

onde k é a condutividade térmica, T( x ) é a temperatura, e Q é o calor gerado pelo comprimento unitário. Admi ¬
« ? ~
ta o»
? 1 . gernde pclc ccmpiin*c.utc, L „uuouiim,. DUM u.uiuiiçCic& úc tumuiuu essenciais sao
dadas em ambas as extremidades: 7 (0) = T( L ) = 0. Calcule a temperatura aproximada T( x ) usando o método de
Galerkin. Comnare a solncãn anmximflrl » mm a cnlnr an ovara -
Sugestão: Comece com a solução admitida, da seguinte forma: f (x ) — c0 + c ,x + CjX 1 e então faça com que ela
satisfara as rlna ç cnnHjrfipg COUtOmO S£SSHCÍ£dG .
5. Resolva o Problema 4, de condução de calor, usando o método de Rayletgh-Ritz . Para o problema de condução
de calor, o potencial total pode ser definido como

n = jofTik ( ax\ -nrldr


^ \ — / j

use a solução aproximada T ( x ) = 7 (x) + T x ) + r3 «£,(x ) onde as funções de aproximação são dadas na Eq .
^ ^
(3.37) com A/D = 3 e x, = 0, Xj = L/2 e x3 = L. Compare as temperaturas aproximadas com a temperatura exata
plotando-as em um gráfico .
6. Seja a seguinte equação diferencial:


dxl
-v -tu + x = u, U<X< 1

i
"V'V
.fiW — - n
V*

|JC
=1
Admita a solução na forma:
T

ã(x) = cjx + C2X2

Calcule os coeficientes desconhecidos usando o método de Galerkin. Compare u( x ) e du( x )ldx com a solução
exata K(X) = 3 ,7 sen x - x plotando a solução.
7 . Resolva a equação diferencial do Problema 6 para as seguintes condições de contorno usando 0 método de Ga¬
lerkin:
u( 1)
“ (0) = 1> =2
f Admita a solução aproximada da forma ^
«(*) = <fo {* ) + C\ <f>l ( x )
j jy OApitulu 3 'vlCiú uO uúõ IvõSiduOô rOúuCd ôuOô C lubuÃiO uC iJliOlgiú yam t iUUlCilliU UlUUliliCUMUUâid

I! onde <pa( x ) é uma função que satisfaz as condições de contorno essenciais e « (x) é a função de ponderação
fit (função peso) que satisfaz a parte homogénea das condições de contorno essenciais; i.e., fafO ) < (1) = 0. Em
£
-
^ = ,
consequência, admita as funções da seguinte forma:

0o (x) = l + x, ( pi (x) = x(1 x)


Compare a solução aproximada com a solução exata plotando seus gráficos. A solução exata pode ser obtidí.
como
( ) = 2,9231 sen x + cos x - x
K X y

.
8 Seja o seguinte problema de valor de contorno:

2 +3u : 0, 0 < x < 2


*
d
du .
«(0) = 1 e
Ix (2) 1

Usando dois elementos finitos de igual comprimento, calcule a função u( x ) desconhecida e sua derivada. Com¬
pare a solução em elementos finitos com a solução exata.
.
9 Seja o seguinte problema de valor de contorno:
d
X \
~ ( i 2
Ãc { Ãí ) = Z 1 < < 2
x

«(1) =2

(«) Ao serem usados dois elementos finitos ds igual comprimento para fcmcccr uma aproximação do piuulema,
escreva as funções de interpolação e suas derivadas.
(b) Calcule a solução aproximada usando o método de Galcikin.
10. O problema de valor de contorno para uma viga biengastada pode ser escrito como
dAw
-p(x) = 0, 0<x < 1
^ j

^
dW
= w( l ) = ax (0) Tx(1) = 0: condições de contomo
w (0)

Quando for aplicada uma carga uniformemente distribuída, i.e., p( x ) pu, calcule c abaixamento aproximado
da viga w( x ), usando o método de Galerkin.
— '

Sugestão: Admita o abaixamento aproximado como w(x) = c<p( x ) = cx 2 (l x)2,


11. O problema de valor de contomo para uma viga engastada e livre pode ser escrito como

Tw
-dxd
(
TT - P M : 0, 0 <X < 1

w( 0 )
dx—
ctw
(0)
t2 w
í d3w
= 0, - -y( l ) = 1, -JY(1)
^ = — 1: condições de contomo

Admitap{ x ) = x. Admitindo o abaixamento aproximado na forma w(x) = (x ) + c2( p2 ( x ) c x2 + c2 x 3, resolva


.
o problema de valor de contomo usando o método de Galerkin Compare a solução aproximada com a solução "
— ,
exata plotando as soluções em um gráfico.
3
12. Repita o Problema 11 admitindo w( x ) = c,/, (x)
= ^ ; i
= eix2 +
13. Considere 0 elemento finito com três nós, conforme a figura. Quando a solução é aproximada usando u( x )
,V (X)M , + NJ { X )U2 + N2( X )U 2 , calcule as funções de interpolação N x ) , N ( x ) e N ( x ).
+ C3X4.

[
2
Sugestão: Comece com a solução admitida, da seguinte forma: K (X) = c0 + c,x + cpt2.
2
^
& 1
lm

->K-
?.
i- »
3
1m X

Ii 14. Uma barra vertical de material elástico está fixa em ambas as extremidades, com área de seção transversal cons¬
tante A. O módulo de elasticidade longitudinal (módulo de Young ) E e a altura L sob a carga distribuída por
/
3.7 Exercícios 117
:'“ r'
-
unidade de comprimento. O abaixamento vertical u( x ) da barra é determinado pela seguinte equação diferen
L cial: i
¬


S+ / = 0

Usando três elementos de igual comprimento, encontre o valor de u( x ) e compare com a solução exata. Use os
seeuintes valores num éricos: A = 1 O-4 m 2 F. 10 OPa T . = 0 3 m f = 106 N /m —
i
j;

-4 '1 L
£ I
'
á
%

4
o material linearmente elástico com módulo de elasticidade longitudinal E e área de seção transversal uniforme,
O POll QOQC» r\1 ronoi o 1 rio rrnvomo nnrlo cor ocontn or» »rw > -


o2 . .

Í? +
,"°
4 « í ^ J
_
onde M(X) é o deslocamento vertical para baixo. A barra é fixa no topo e livre na base. Usando o método de Ga-
: 1 J 3
-* *.?

(a) Começando com a equação diferencial anterior, obtenha uma equação integral usando o método de Ga-

( b) Escreva a expressão para as condições de contorno em x = 0 e x = L. Identifique se elas são condições de


contorno essenciais ou naturais.
. u. iiivniugom u
-
:!
v/ 1/ i viuiu et c/ vjuuyuvi muuiwuu uv/ oioiiiomuj iiimvo IWOUIYU U uv/ jyuio uo upuc tu cio c/ unui “

ções de contorno.

TT
i ix
E i
A 1
j
V

16. Considere uma barra de secão circular vari ável. O comorimento da barra é de 1 m e o raio varia conforme a função

r{ x ) = 0,050 0,040x, onde r e x estão em metros. Admita o módulo de elasticidade longitudinal = 100 MPa.
Ambas as extremidades da barra são lixas, e uma caxga umtormemente distribuída de 10.U0U N / m é aplicada ao

nas paredes usando


(a ) três elementos de igual comprimento;
(b) quatro elementos de igual comprimento.
Compare seus resultados com a solução exata plotando as curvas u( x ) e P( x ) para os casos (a) e (b) e para a so ¬

lução exata. Como os resultados dos elementos finitos para as reações, RE e R0, diferem da solução exata?
\
/

L=1m

!
Sugestão: Para fazer a aproximação da área da seção transversal de um elemento de barra, use a média geomé ¬

trica das áreas das extremidades do elemento, i.e ., Au = sjAiAj = 'trrrr A solu ção exata é obtida pela resolução
)

Utt dogUilllO citAycAvz unv^r CIO WUUlVV iJ Cl » -


^
viicicu J — W» ^ -J *- . » J i

- - C -Av
I-
118 Capítulo 3 Método dos Resíduos ponderados e Método de imergia para tTobiemas Unidimensionais

í ( AWE
—P( 0 ) e RD = P( l ).
^ ) = - p(x ) = - i o.m
A distribuição da força axial é encontrada com base em P( x ) = A( x )Eduldx . As reações nas paredes são RE = f
17. Uma Darra com seção circular vanâvel está tixa em x = l), e uma torça axial com o valor de U , 3 X 1 U° IN é apli-
r
^

cada na outra extremidade. O comprimento da barra ( L ) é 0,3 m e o raio varia conforme a função r(x) = 0,03 - L
0,07.x, onde r e x estão em metros. Use três elementos finitos de igual comprimento para determinar os desloca¬
mentos, as resultantes de for
ças axiais e as reações de apoio. Compare suas soluções de EF com a solução exata,
plotando um gráfico com eixos u e r e u m gráfico com eixos P (força no elemento) e x. Use E = 10 lu Pa.

L
u
0.3x106 N
L
0,3 m
L
L
18. A barra com três trechos com áreas de seções transversais constantes está sujeita a uma força no centro. Use _
o MEF para determinar e campo de deslocamentos n{ x ), a distribuição das forças axiais P ( x ) s as reações RE c
Ro- u
Admita que E = 100 GPa e que as áreas das seções transversais das três partes mostradas são, respeefivamente, L
10 4, 2 X IO-4 e 10 4 m2, e F = 10.000 N.
" '

0.3 m 0,4 m 0.3 m A-

19. Uma barra mostrada na figura é modelada usando três elementos de barra de igual comprimento . O comprimen ¬

to total da barra é Lj- = 1 ,5 m, e o raio da seção transversal circular é r = 0, 1 m. Quando o módulo de elastici ¬
dade longitudinal for E = 207 GPa e a carga distribuída q — 1.000 N/m, calcule os deslocamentos e as tensões -
usando o programa de análise de elementos finitos do Apêndice. Compare sua solução de elementos finitos com
a solução exata. Forneça os gráficos XY de deslocamentos e de tensões em relação ao comprimento da barra.
Explique por que as soluções de elementos finitos são diferentes da solução exata. U
9
12 .
I Lr 1
(

20. Considere a barra com seção transversal variável mostrada na figura do Problema .17 . Use o método de Raylei -
gh-Ritz para resolver o mesmo problema. Admita o deslocamento na forma de u( x ) = a0 + atx + a x2 . Compare
as soluções para u( x ) e P( x ) com a solução exata dada a seguir pela plotagem. ^

^
Fx
u( x ) :
nEr ( 0 )r ( x )
, Hx ) EAix ) . : F

21. Considere a viga com seção transversal variável mostrada na figura do Problema 16. Use o método de Kayleigh-Kitz
para resolver o mesmo problema. Admita o campo de deslocamentos na forma de u( x ) = (x l )(c,x + cpc2).—

wésw#JJP4.

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