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PROJETO 04:005.09-008/1
JUNHO/2010
2) Este Projeto é previsto para cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR 14105:1998),
quando aprovado, sendo que nesse ínterim a referida norma continua em vigor;
3) Este Projeto é previsto para receber a seguinte numeração após sua publicação como
Norma Brasileira: ABNT NBR 14105-1.
5) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;
Participante Representante
Pressure Indicating — Part 1: Analogic pressure gauges with elastic sensor element —
Requirements for manufacture, classification, test and use
Sumário
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.
As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos
Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores
envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e
outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para
Consulta Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados.
Este Projeto de Norma, sob o título geral “Indicadores de pressão” tem previsão de conter as seguintes
partes:
Introdução
Esta parte do Projeto 04:005.09-008 foi produzida com o resultado de ampla experiência dos
participantes na fabricação, classificação, ensaio e utilização de indicadores analógicos: manômetros,
vacuômetros e manovacuômetros.
O uso desta parte do Projeto 04:005.09-008 facilitará a cooperação entre fabricantes, usuários e
laboratórios de calibração, auxiliando na troca de informação, experiência e na harmonização de
normas e procedimentos.
Scope
1.1 This part of the Project 04:005.09-008 establishes the manufacturing criteria, classification, tests
and utilization of the pressure gauges, vacuum gauges and compound gauges manufactured with elastic
element for pressure and/or vacuum industrial application, regarding the following aspects:
1.2 This part of the Standard also standardizes the preferential dimensions.
1.3 This part of the Standard applies to analog indicators (pressure gauges, vacuum gauges and
compound gauges), dial-type gauges, which use elastic sensor as measuring element and indicate it by
means of a pointer moving over a concentric graduated scale.
Note In this part of the Project 04:005.09-008, for simplicity, the term pressure gauge is used on the text
considering that the characteristics and concepts are the same for the vacuum gauges and compound gauges.
1 Escopo
1.1 Esta parte do Projeto 04:005.09-008 estabelece os critérios para a fabricação, classificação,
ensaios e utilização dos manômetros, vacuômetros e manovacuômetros com sensor de elemento
elástico para indicação de pressão e/ou vácuo para uso industrial, no que concerne aos aspectos de:
classificação em classes de exatidão e faixas de pressão;
requisitos das condições a serem aplicadas na fabricação dos instrumentos;
padronização de diâmetros nominais e das marcações das escalas;
calibração para verificação das características metrológicas;
ensaios;
condições mínimas para a utilização dos manômetros, visando garantir durabilidade e
segurança.
1.3 Esta parte da Norma se aplica aos indicadores analógicos (manômetros, vacuômetros e
manovacuômetros) providos de mostradores com escala graduada concêntrica, com ponteiro indicador,
que usam sensor elástico como elemento de medição.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste Documento Técnico ABNT.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
3 Termos e definições
3.1
manômetro
instrumento para medir e indicar pressão, tendo a pressão atmosférica como referência (Figura 1)
Pressão A
Pressão diferencial
Pressão positiva
Pressão B
Zero absoluto
3.2
manômetro de pressão absoluta
instrumento para medir e indicar pressão, tendo a pressão zero absoluto como referência (Figura 1)
3.3
manômetro simples
instrumento dotado de um elemento elástico, uma conexão e meios para medir e indicar uma única
pressão.
3.4
manômetro duplo
instrumento dotado de dois elementos elásticos independentes, duas conexões independentes e meios
para medir e indicar duas pressões
3.5
manômetro diferencial
instrumento dotado de duas conexões e meios para medir e indicar a diferença entre essas duas
pressões (Figura 1)
3.6
manômetro de referência (Padrão)
instrumento de exatidão mais elevada, adequado para medir o erro de indicação, por comparação, de
outro manômetro
3.7
manômetro para fluido refrigerante
instrumento destinado a medir e indicar a pressão de fluidos refrigerantes (Figura 2a)
3.8
manômetro para prensa hidráulica
instrumento destinado a indicar a força resultante da pressão no cilindro de prensas hidráulicas
3.9
manômetro de indicação de nível
instrumento apropriado para medir coluna hidrostática da pressão de um líquido
3.10
manômetro receptor
instrumento destinado a medir e indicar o sinal de saída de transmissores pneumáticos
3.11
manômetro para fluidos específicos
Instrumento destinado ao uso com fluidos específicos tais como oxigênio, acetileno e outros
3.12
manômetro com retardo
instrumento com a graduação da escala comprimida em uma ou ambas as extremidades (Figura 2b)
3.13
manômetro com supressão
instrumento que tem a pressão inicial da escala diferente de zero (Figura 3)
3.14
vacuômetro
instrumento para medir e indicar pressão negativa, tendo a pressão atmosférica como referência (Figura
1)
3.15
manovacuômetro
instrumento para medir e indicar pressão positiva e negativa, tendo a pressão atmosférica como
referência
3.16
condições ambientais
condições externas que envolvem o instrumento, incluindo intempéries como temperatura, umidade,
névoa salina, atmosfera corrosiva etc., as quais podem afetar a vida ou a exatidão do instrumento
3.17
condições de serviço
condições internas inerentes ao processo. Incluem pulsações da pressão, vibrações, fluido corrosivo
etc., que podem afetar a vida ou exatidão do instrumento
3.18
pressão estável
pressão com uma variação total de até 6% por minuto do limite superior da faixa nominal do instrumento
3.19
pressão pulsante
pressão considerada não estável, porém de regularidade cíclica
3.20
pressão flutuante
pressão considerada não estável, porém sem regularidade cíclica
3.21
pressão de operação
pressão de trabalho do instrumento
3.22
pressão inicial da escala
limite inferior da faixa nominal do instrumento
3.23
fundo de escala
limite superior da faixa nominal do instrumento
3.24
sobrepressão
aplicação de uma pressão que ultrapassa o limite superior da faixa nominal do instrumento
3.25
diâmetro nominal
número de referência associado ao diâmetro externo da caixa
3.26
invólucro
conjunto composto de caixa, visor e capa ou anel (quando necessário)
3.27
invólucro estanque
invólucro que impede vazamento do líquido de enchimento
3.28
caixa
componente que suporta, protege e envolve o mecanismo
3.29
caixa frente sólida com alívio traseiro de pressão
caixa dotada de um anteparo sólido entre o mecanismo e o visor, tendo um dispositivo de alívio de
pressão na parte traseira
3.30
caixa frente aberta com alívio de pressão
caixa sem anteparo entre o mecanismo e o visor, provida na parte lateral ou traseira, de abertura
apropriadamente fechada, mas, planejada para aliviar a pressão interna sem romper o visor ou caixa
3.31
caixa frente aberta sem alívio de pressão
caixa sem anteparo entre o mecanismo e o visor e sem qualquer dispositivo de proteção contra
ocorrência de pressões no interior do invólucro
3.32
montagem
maneira pela qual o instrumento o instrumento é fixado
3.33
montagem local
manômetro fixado pelo próprio soquete (Figuras 4a e 4b)
a) Montagem local por conexão inferior b) Montagem local por conexão traseira
3.34
montagem em superfície
manômetro fixado diretamente em uma superfície plana, pela caixa
3.35
montagem embutida
manômetro fixado em painel, ficando o mostrador aproximadamente no plano da superfície do painel
3.36
visor
componente transparente do invólucro que protege o mostrador e o ponteiro
3.37
capa ou anel
componente que fixa o visor à caixa
3.38
anel roscado
anel que é fixado à caixa por meio de uma rosca
3.39
anel tipo baioneta
anel que é fixado à caixa por engate rotativo
3.40
anel de retenção
anel que se deforma elasticamente adaptando-se a uma ranhura ou alojamento na parede interna da
caixa
3.41
capa de sobrepor
capa fixada à caixa por meio de parafusos
3.42
capa tipo fricção
capa fixada à caixa por fricção entre a caixa e a capa
3.43
capa tipo dobradiça
capa montada à caixa por meio de dobradiça e dotada de um fecho
3.44
afastador
Aro que, quando existente, fica entre o mostrador e o visor
3.45
mecanismo (Movimento)
conjunto mecânico composto por braço de articulação e engrenagens
3.46
sistema sensor
conjunto que converte as mudanças da pressão em deslocamento. Consiste de elemento elástico,
soquete e mecanismo
3.47
elemento elástico
componente com características mecânicas próprias, que se deforma ante as variações de pressão
aplicadas no mesmo, ocasionando um deslocamento proporcional de sua parte livre (Figura 5)
a b c d e f
Legenda
a - Tubo Bourdon tipo C;
b - Tubo Bourdon tipo Helicoidal;
c - Tubo Bourdon tipo Espiral;
d - Diafragma;
e - Cápsula;
f - Fole.
3.48
soquete
elemento do manômetro onde está localizada a conexão de pressão
3.49
braço de articulação
componente do mecanismo que liga a extremidade móvel do elemento elástico às engrenagens
3.50
mostrador
componente que contém a escala, suas unidades e outras indicações específicas
3.51
escala
conjunto ordenado de marcas, associado a qualquer numeração, que faz parte do mostrador
3.52
faixa morta
porção da escala com indicação zero, dentro da qual o ponteiro deve permanecer, quando em repouso
3.53
batente interno
componente que limita o deslocamento do elemento elástico
3.54
batente do ponteiro
componente colocado no mostrador que limita o movimento do ponteiro em sua posição de repouso
3.55
restritor
dispositivo que restringe a passagem do fluido entre a fonte de pressão e o elemento elástico, visando
reduzir o efeito das flutuações da pressão da linha. Pode ou não fazer parte integrante do instrumento
3.56
classe de exatidão
classe de instrumentos de medição que satisfazem a certas exigências metrológicas destinadas a
conservar os erros dentro de limites especificados. Considera-se o erro máximo admissível, expresso
em porcentagem da amplitude da faixa nominal do instrumento. Os erros de exatidão incluem histerese
e repetitividade
3.57
erro de histerese
diferença máxima entre as indicações crescentes e decrescentes, em qualquer ponto da escala, em
uma calibração (Figura 6)
(% da faixa nominal)
100
Indicação do instrumento
Ascendente
Descendente Reta teórica do
Indicação do instrumento
instrumento
Histerese
(% faixa nominal)
0 Pressão de entrada 100
3.58
erro de repetitividade
diferença máxima entre um número consecutivo de indicações para uma mesma pressão, em iguais
condições de operação, em um mesmo sentido de aplicação de pressão
3.59
erro devido à temperatura
erro de indicação causado pela diferença entre a temperatura ambiente e/ou a temperatura do fluido e
aquela na qual o manômetro foi calibrado
3.60
erro de linearidade
diferença máxima entre a curva obtida pela média das indicações crescentes e decrescentes, em uma
calibração, e a reta teórica do instrumento
3.61
ajuste
operação destinada a fazer com que um instrumento de medição tenha desempenho compatível com o
seu uso
3.62
regulagem
ajuste empregando somente os recursos disponíveis no instrumento para o usuário
3.63
calibração
conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores
indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores representados por uma
medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas
estabelecidos por padrões
3.64
paralaxe
erro de leitura causado pelo desvio da projeção do ponteiro sobre a marca da escala, segundo uma
linha de visão não perpendicular ao plano do mostrador
4 Classificação
Com o propósito de considerar um nível de classificação das pressões nos processos de trabalho e
para atender aos requisitos de segurança, os manômetros são classificados em duas faixas de pressão:
baixa e alta. (Tabela 1)
As classes de exatidão e seus respectivos erros máximos admissíveis (em porcentagem da amplitude
da faixa nominal) encontram-se definidos na Tabela 2.
4.3.1
Manômetros de classe A4 deve se manter dentro das tolerâncias especificadas antes e depois de
serem levemente batidos.
4.3.2
Em manômetros com escala suprimida, a classe de exatidão deve cobrir de 10 à 100% da amplitude da
faixa nominal.
4.3.3
Em manômetros com retardo, a classe de exatidão deve cobrir a faixa nominal, excluindo-se, portanto a
porção comprimida da mesma.
4.3.4
4.3.5
5 Dimensões
As tolerâncias gerais deverão estar em conformidade com a norma ABNT NBR ISO 2768-1.
O usuário deverá determinar as dimensões para o corte do painel conforme os dados disponibilizados
pelos fabricantes dos instrumentos. (Figura 7)
Legenda
Ød = Diâmetro externo da caixa
Ød1 = Diâmetro da linha de centro dos furos de fixação
Ød2 = Diâmetro externo do flange
Ød3 = Diâmetro dos furos de fixação
Os diâmetros Ød1, Ød2 e Ød3, devem ser definidos pelo fabricante e os diâmetros Ød estão definidos
conforme Tabela 4.
Diâmetro Nominal
(mm) Ød
(mm)
40 40 ±2
50 50 ±3
63 63 ±3
80 80 ±3
100 100 ±5
114 114 ±5
160 160 ±8
250 250 ±15
300 300 ±15
No soquete devem ser utilizadas roscas padronizadas conforme ABNT NBR 12912 e ABNT NBR 8133.
As dimensões para as roscas das conexões em função dos diâmetros nominais dos instrumentos estão
indicadas nas Tabelas 5 e 6.
NOTA 2 Outros tipos específicos de roscas, para certas indústrias, são aceitáveis.
6 Tipos de montagem
Conexão inferior
14
Montagem não
preferível
20 21 22 23
Conexão traseira
concêntrica
Montagem não
preferível
30 31 32 33
Conexão traseira
excêntrica
Montagem não
preferível
7 Requisitos
O erro de indicação dos manômetros, calibrados à temperatura de referência de 20 °C, não pode
exceder os valores indicados na Tabela 2.
7.2 Histerese
O erro de histerese nos manômetros não pode exceder o erro máximo admissível da classe de
exatidão, na temperatura de referência de 20°C.
Para exemplificar a definição acima, o erro máximo admissível para um manômetro com amplitude de
faixa nominal de 10 MPa e classe de exatidão A1 é 1% (Tabela 2), ou seja, a diferença entre as
indicações crescente e decrescente não deverá exceder 0,1 MPa (1% de 10 MPa).
A variação da indicação causada pelo efeito da temperatura não pode exceder o valor percentual
conforme a seguinte equação:
• Para manômetros com tubo Bourdon: ± 0,04 x (t2 – t1), em % da faixa nominal;
• Para manômetros com cápsula: ± 0,06 x (t2 – t1), em % da faixa nominal;
• Para manômetros com diafragma: ± 0,08 x (t2 – t1), em % da faixa nominal.
Onde:
t1 é a temperatura de referência em graus Celsius;
t2 é a temperatura ambiente em graus Celsius.
7.4 Resistência
Manômetros devem suportar pressões estáveis, sobrepressões e pressões pulsantes conforme descrito
abaixo, sem exceder os limites especificados de exatidão (ver 8.4.3). Para manovacuômetros, os
requisitos de resistência podem ser os mesmos dos manômetros com a mesma amplitude de faixa
nominal.
EXEMPLO Um manovacuômetro com faixa nominal de (- 100 a + 500 a) kPa poderá ser substituído
por um manômetro de (0 a 600) kPa.
O manômetro deve suportar uma pressão estável igual ao limite superior da faixa nominal por um
período estendido (ver 8.4.1.1).
7.4.1.2 Sobressão
O manômetro deve suportar uma sobrepressão, conforme Tabela 7, por um período curto de tempo (ver
8.4.1.2).
O manômetro deve suportar uma pressão pulsante de 30 % a 60 % do limite superior da faixa nominal
durante o número de ciclos descritos na Tabela 8.
7.4.2 Manômetros com pressão de trabalho igual ao limite superior da faixa nominal
O manômetro deve suportar uma pressão estável de 1,3 vezes o limite superior da faixa nominal por um
período estendido (ver 8.4.2.1).
O manômetro deve suportar uma pressão pulsante de 30 % a 95 % do limite superior da faixa nominal
por 200 000 ciclos para os de elemento elástico tipo Bourdon e 100 000 ciclos para os de elemento
elásticos tipo cápsulas e diafragmas. Para manômetros classe A4, A3 e A2 são suficientes
15 000 ciclos.
O instrumento deve suportar, sem perdas de suas características construtivas, temperaturas ambiente e
do fluido do processo de – 20 °C a + 60 °C.
As temperaturas mínima e máxima, para instrumentos com enchimento de líquido devem estar em
conformidade com as propriedades físicas do líquido de enchimento.
O ensaio de choques mecânicos é um requisito para instrumentos das classes A1 à D (ver 8.8).
O erro de indicação após o ensaio de vibração não pode exceder 0,5 vezes a classe de exatidão. O
ensaio de vibração é um requerimento para instrumentos das classes A1 à D.
7.5.6 Estanqueidade
A mudança da indicação devida à variação de ± 5 ° da posição nominal de montagem não pode exceder
0,5 vezes o erro da classe de exatidão do instrumento.
A escala normalmente possui um arco de 270 °, mas pode ser maior para os manômetros com classe
de exatidão A4, A3 e A2.
As marcas da escala devem possuir valores que representem 1 x 10n, 2 x 10n ou 5 x 10n da unidade,
onde n é um número inteiro que poderá ser positivo, negativo ou zero.
As quantidades mínimas de marcas em função da classe de exatidão e dos diâmetros nominais estão
na Tabela 9 (ver exemplos ilustrativos no Anexo A).
Os limites superiores da faixa de indicação seguem os valores dos números preferenciais, conforme
ABNT NBR ISO 03:2006.
A espessura das marcas da escala não pode exceder 1/5 da distância entre as marcas (ver exemplos
ilustrativos no Anexo A).
A distância entre as marcas não pode ser inferior a 1 mm e ser tão constante quanto possível.
A diferença entre a maior e a menor distância não pode exceder 1/5 da menor distância.
7.6.4 Numeração da escala
A numeração da escala pode ser conforme escolha do fabricante (Ver exemplos ilustrativos no Anexo
A).
7.6.5 Dimensões do ponteiro
A ponta do ponteiro não pode ter largura maior que a marca de menor espessura da escala.
O ponteiro deve cobrir de 1/10 a 9/10 do comprimento da menor marca da escala.
O comprimento mínimo do ponteiro entre o eixo e a ponta do mesmo está descrito na Tabela 10.
Manômetros com classe de exatidão A4 devem possuir um mostrador com uma banda espelhada.
Manômetros com classe de exatidão A3 e A2 devem incorporar acessórios para minimizar erros de
paralaxe, tais como ponteiro tipo faca. Podem também possuir uma banda espelhada.
7.6.7 Informações no mostrador
f) se o usuário solicitar um manômetro padrão, para ser calibrado em uma temperatura diferente da de
referência, esta deve estar gravada. Aplica-se a manômetros com classe de exatidão A4, A3 e A2;
g) se o manômetro obtiver os requisitos de exatidão somente para utilização em um dos fluidos, gás ou
líquido, então isto deve estar gravado. Aplica-se a manômetros com classe de exatidão A4, A3, A2;
h) o número dessa parte da Norma pode ser gravado;
i) o nome ou logotipo do fabricante e/ou cliente deve estar gravado;
j) o número de série deve estar gravado nos manômetros com classe de exatidão A4 e A3 e pode ser
gravado nos de classe de exatidão A2 a D;
k) se o manômetro tiver partes molhadas diferentes de latão, bronze, chumbo ou solda prata, então o
material das partes molhadas pode ser gravado.
l) manômetros com requisitos específicos de segurança devem estar gravados conforme especificado
em 7.7;
m) manômetros para uso em oxigênio, amônia ou acetileno devem estar gravados conforme
especificado em 7.8;
Tipo do Elemento
Símbolo
sensor
Bourdon circular
Bourdon espiral
Bourdon helicoidal
Cápsula
Diafragma
Manômetros com pressão estável de trabalho igual ao limite superior da faixa nominal não podem
possuir batente do ponteiro no ponto zero. Manômetros com máxima pressão estável de trabalho de
75 % do limite superior da faixa nominal podem possuir batente do ponteiro no ponto zero.
7.7 Segurança
Manômetros seguros devem proteger o operador contra a ruptura do elemento sensor e da descarga da
alta pressão de fluidos dentro do invólucro do instrumento, refletindo a explosão e os destroços da parte
frontal do manômetro, projetando-os para a parte traseira.
7.7.1 Manômetros com caixa com disco de ruptura
Quando o disco de ruptura é incorporado ao manômetro (designação de segurança S1) este deve
operar a uma pressão não maior do que a metade da pressão de ruptura do visor. Quando o
instrumento for selado para enchimento da caixa, o disco de ruptura deve ser incorporado à caixa.
Esses manômetros não necessitam marcação especial.
7.7.2 Manômetros com requisitos específicos de segurança
Esta parte da Norma define dois tipos de manômetros com requisitos específicos de segurança:
Diâmetros nominais de (40 a 80) mm sem frente sólida (designação de segurança S2);
Diâmetros nominais de (40 a 300) mm com frente sólida (designação de segurança S3);
Todos os manômetros com requisitos específicos de segurança devem cumprir os requisitos definidos
em 7.7.2.1, 7.7.2.2, 7.7.2.3 e 7.7.3.5. Os manômetros com frente sólida devem ainda atender aos
requisitos definidos em 7.7.3.4.
7.7.2.1 Liberação de energia
7.7.2.2 Visor
O visor deve ser construído de material que não gere estilhaços ao se romper, tais como vidro de
segurança laminado, conforme ABNT NBR 9491 ou plástico especial.
NOTA Para manômetros com requisitos específicos de segurança sem frente sólida, as características do disco
de ruptura, conforme 7.7.1 são suficientes.
A frente sólida deve ser parte da caixa como uma estrutura fixa permanente entre o elemento sensor e
o mostrador. A quantidade e o diâmetro dos furos na frente sólida deve ser a menor possível, limitando-
se a furos para parafusos de fixação, eixo do ponteiro (pinhão), suportes do mostrador e passagem do
fluido de enchimento. Esses furos não podem exceder 5 % da área total da frente sólida.
7.7.2.5 Marcações
Manômetros com requisitos específicos de segurança e diâmetros nominais de (40 a 80) mm sem frente
sólida (designação de segurança S2) podem possuir a marcação S impressa no mostrador e o número
desta parte do Projeto 04:005.09-008.
Manômetros com requisitos específicos de segurança e diâmetros nominais de (40 a 300) mm com
frente sólida (designação de segurança S3) podem possuir a marcação S impressa no mostrador e o
número desta parte do Projeto 04:005.09-008.
Os manômetros para essas aplicações devem possuir requisitos específicos de segurança. Ver também
ABNT NBR 13196.
Todos os materiais que entram em contato com o oxigênio ou acetileno devem estar em conformidade
com a ISO 9539.
7.8.1 Manômetros para uso em oxigênio
As partes molhadas dos manômetros devem estar livres de óleo e graxa. Apenas lubrificantes
adequados ao uso com oxigênio na máxima pressão de trabalho podem ser utilizados. O mostrador
deve ser marcado com o texto “NÃO USE ÓLEO” em vermelho ou o símbolo internacional para esse
tipo de aplicação, conforme Figura 11.
8 Ensaios
A Tabela 12, em função das faixas de pressão, define o grupo para os ensaios descritos na Tabela 13.
-100 / 500
II 0 / 600
0 / 4 000 4
Caso o fabricante produza manômetros de faixas diferentes, porém dentro de um mesmo grupo, a
escolha da faixa ensaiada deve ser:
a menor faixa produzida para manômetros do grupo I;
ao critério do fabricante para manômetros dos grupos II e III;
Aceitação da
Classificação do modelo (Produto novo)
produção em série
Número de amostras a serem
Descrição do ensaio
ensaiadas
Ensaios Requisitos Ensaios Requisitos
Grupo Grupo Grupo Grupo
I II III IV
Inspeção visual – – – –
Conformidade com as
– – – –
dimensões de desenho
4
Ensaio de
8.10 7.5.6 8.10 7.5.6
estanqueidade
Classe de exatidão e
8.2 7.1; 7.2 8.2 7.1; 7.2
histerese
Influência da posição
8.11 7.5.7
de montagem
Efeito da temperatura 8.3 7.3
Temperatura de
8.5 7.5.1
operação
Temperatura de
8.6 7.5.2
armazenamento
Grau de proteção 8.7 7.5.3 2
Resistência à pressão
estável
8.4 7.4
Resistência à pressão
pulsante
Efeitos de vibração
8.9 7.5.5
mecânica
Efeitos de choques
8.8 7.5.4
mecânicos
Manômetros para ensaios de
disco de ruptura e liberação de
energia devem ser preparados
Segurança: disco de conforme descrito em 8.12.1.2 e
8.12.1.2 7.7.1
ruptura 8.12.2.2.
São necessárias no mínimo 5
amostras para esses ensaios.
O ensaio para uma construção
específica do invólucro é
considerado suficiente quando o
Ensaio de liberação de ensaio de liberação de energia do
8.12.2.2 7.7.2.1 elemento sensor for realizado para
energia
o valor máximo de pressão a qual
o invólucro foi projetado.
O fabricante pode definir o critério de seleção das amostras para cada grupo e também a seqüência dos
ensaios.
O ensaio de aceitação de amostras de produção seriada deve ser efetuado para todos os manômetros
com classe de exatidão A4, A3 e A2. Todos os outros a serem ensaiados devem estar de acordo com
NQA = 1,5 conforme ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427, exceto para o ensaio de estanqueidade que
deve ser feito em todos os manômetros.
O ensaio de histerese, para a aceitação de amostras de produção seriada, deve ser efetuado somente
para manômetros com classe de exatidão A4, A3 e A2.
O manômetro a ser ensaiado deve ser submetido à temperatura máxima e mínima, descritas em 7.5.1
em espaçamentos de 20 °C a partir da temperatura de referência até a temperatura máxima e a
temperatura de referência até a temperatura mínima, atingindo o equilíbrio térmico em cada ponto. Após
o equilíbrio térmico na temperatura ambiente, refazer o ensaio descrito em 8.2.
O instrumento deve ser submetido à máxima pressão e mantido nesta por 12 horas.
8.4.1.2 Sobrepressão
O instrumento deve ser pressurizado conforme 7.4.1.2 e mantido nesta por 15 minutos.
O manômetro deve ser submetido a uma pressão pulsante de forma aproximadamente senoidal com
valor mínimo de (30 ± 5) % a (60 ± 5) % do limite superior da faixa nominal, com uma freqüência de 20
a 60 ciclos por minuto e por uma quantidade de ciclos definida em 7.4.1.3.
Se o equipamento de ensaio não conseguir operar a uma freqüência de 20 ciclos por minuto, ao ensaiar
manômetros com faixa nominal maior do que 100 MPa, a freqüência pode ser reduzida até um ciclo por
minuto.
8.4.2 Manômetros com pressão de trabalho igual ao limite superior da faixa nominal
O manômetro deve ser submetido a uma pressão de 1,3 vezes o limite superior da faixa nominal e
mantido nesta por 12 horas.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 27/41
ABNT/CB-04
PROJETO 04:005.09-008/1
JUNHO/2010
O manômetro deve ser submetido a uma pressão pulsante de forma aproximadamente senoidal com
valor mínimo de (30 ± 5) % a (95 ± 5) % do limite superior da faixa nominal, com uma freqüência de 20
a 60 ciclos por minuto e por uma quantidade de ciclos definida em 7.4.2.2.
Se o equipamento de ensaio não conseguir operar a uma freqüência de 20 ciclos por minuto, ao ensaiar
manômetros com faixa maior do que 100 MPa, a freqüência pode ser reduzida até um ciclo por minuto.
Após a finalização dos ensaios de resistência, o manômetro deve permanecer em repouso por 1 hora.
Após esse período, o ensaio descrito em 8.2 deve ser conduzido e o erro de indicação não pode
exceder 1,2 vezes a classe de exatidão.
Para manômetros com faixa de 0 a 100 MPa e 0 a 160 MPa o erro de indicação não pode exceder 1,5
vezes a classe de exatidão.
O sistema sensor deve ser colocado em uma câmara climática por 24 horas na máxima temperatura de
operação e com uma pressão 2,5 vezes o limite superior da faixa nominal até 100 MPa ou 1,5 vezes o
limite superior da faixa nominal acima de 100 MPa.
Após, deve ser conduzido o ensaio de estanqueidade conforme 8.10 à temperatura ambiente. Não é
necessário verificar a classe de exatidão.
O manômetro completo, sem pressão, deve ser colocado em uma câmara climática por um período
mínimo de 24 horas nas temperaturas máxima e mínima.
Imediatamente após, observar qualquer mudança na aparência do manômetro e, depois de 1 hora na
temperatura de referência, efetuar o ensaio de exatidão, histerese e estanqueidade conforme 8.2 a
8.10.
Após o ensaio, o manômetro deve satisfazer os requisitos descritos em 7.1, 7.2 e 7.5.2 quanto à
exatidão e histerese e não apresentar alterações na aparência.
8.7 Ensaio para determinação do grau de proteção do invólucro contra água e partículas
externas
Os equipamentos para o ensaio de choque mecânico devem estar conforme EN 60 068-2-27. O ensaio
deve ser feito com 150 m/s² e meia onda senoidal nos dois sentidos dos três eixos ortogonais. Executar
três ensaios de choques em cada eixo, totalizando 18 choques. O manômetro deve estar pressurizado
com 50 % do limite superior da faixa nominal e montado na posição de uso. Após o ensaio, o
manômetro deve satisfazer os requisitos de exatidão e histerese conforme descrito em 7.1 e 7.2.
O ensaio de estanqueidade deve ser realizado no limite superior da faixa nominal. Manômetros com
limite superior da faixa nominal até 2 500 kPa devem ser ensaiados com gás. Acima dessa pressão, o
ensaio pode ser realizado com líquido.
O manômetro deve ser montado com uma inclinação frontal de 5° em relação à posição normal de
montagem. Efetuar o ensaio de exatidão e histerese conforme 8.2. A alteração na indicação do
manômetro não deve exceder 0,5 vezes a sua exatidão. Este ensaio deve ser efetuado nas inclinações
frontal, posterior, lateral esquerda e lateral direita.
Conectar o manômetro a uma fonte de gás com pressão crescente (se necessário com fluxo controlado)
e aplicar pressão pela conexão do manômetro (com o tubo Bourdon removido do sistema de medição)
até a atuação do disco de ruptura. A pressão de atuação deve ser registrada. Outros pontos de
vazamento do invólucro, exceto o disco de ruptura, devem estar vedados com selantes de baixa
resistência.
O disco de ruptura deve atuar sem haver quebra do visor, expulsão do visor ou de qualquer outro
componente.
Repetir o ensaio com o disco de ruptura bloqueado até a ruptura do visor. Essa pressão deve ser
registrada.
Invólucros com possibilidade de enchimento de líquidos devem ser ensaiados com e sem líquido de
enchimento. Para o ensaio com enchimento de líquido, a posição de montagem pode ser invertida.
Os requisitos construtivos descritos em 7.7.2.2, 7.7.2.3 e.7.7.2.4 devem ser verificados por inspeção.
Todos os diâmetros nominais dos manômetros com requisitos específicos de segurança devem ser
submetidos ao ensaio de liberação de alta pressão de gás conforme abaixo:
a) Manômetros com requisitos específicos de segurança sem frente sólida (designação de segurança
S2)
- O gás deve ser injetado dentro do invólucro do manômetro com energia (pressão x volume) de
1,5 vezes a energia contida dentro do elemento sensor, quando o mesmo atinge o limite superior da
faixa nominal.
b) Manômetros com requisitos específicos de segurança com frente sólida (designação de segurança
S3)
- O gás deve ser injetado dentro do invólucro do manômetro com energia (pressão x volume) de
2,5 vezes a energia contida dentro do elemento sensor quando o mesmo atinge o limite superior da
faixa nominal até 100 MPa ou 1,5 vezes a energia contida dentro do elemento sensor quando o mesmo
atinge o limite superior da faixa nominal acima de 100 MPa;
- O gás em alta pressão deve ser injetado no invólucro pelo soquete com furo de comunicação com
diâmetro de no mínimo 5 mm para manômetros com diâmetro nominal de (40 até 63) mm e furo de
comunicação com diâmetro de no mínimo 10mm para manômetros com diâmetros nominais maiores.
O gás utilizado para o ensaio de liberação de energia deve ser armazenado pressurizado no
equipamento de ensaio para proporcionar o nível adequado de energia. O volume de gás deve ser
conectado ao invólucro através de válvula de acionamento rápido. Válvulas ou quaisquer outras
conexões da tubulação devem possuir uma secção transversal não inferior a 28 mm². O comprimento
de qualquer conexão da tubulação ou furo não deve exceder 65 mm. O tempo de abertura da válvula
não deve exceder 50 ms ou, alternativamente, a pressão no soquete do instrumento deve atingir o valor
máximo em até 30 ms.
Invólucros com possibilidade de enchimento de líquidos devem ser ensaiados com e sem líquido de
enchimento. Ao ensaiar com enchimento, as entradas do invólucro podem ser vedadas com um selante
temporário (o qual será totalmente expelido durante o teste) ou, alternativamente o manômetro pode ser
montado na posição invertida. No caso de formação de bolha de ar dentro do invólucro, esta deve ser
eliminada pelo preenchimento total do invólucro com o líquido de enchimento. O percurso do gás pode
ser aumentado em até 50 mm, mas a secção transversal não pode ser reduzida abaixo de 28 mm².
O projeto dos equipamentos de ensaio de liberação de energia deve incluir proteções para prevenir
lesões ao operador(es).
O desempenho dos manômetros com requisitos específicos de segurança é considerado satisfatório se,
durante o ensaio de liberação de energia, nenhuma partícula ou fluido forem projetados na direção
frontal do manômetro.
9 Calibração
9.1 Padrões
Os padrões utilizados nas calibrações são selecionados de acordo com a classe de exatidão do
instrumento a ser calibrado. Podem ser utilizados manômetro de coluna líquida
(aproximadamente na faixa nominal de – 100 kPa até + 100 kPa), balança de pressão ou
manômetro de referência (Padrão).
a) deve ter classe de exatidão no mínimo quatro vezes superior à classe do manômetro em
calibração;
b) o diâmetro nominal deve estar conforme a Tabela 3;
c) no mostrador deve constar a classe de exatidão, e é desejável constar a inscrição “Manômetro
Padrão”;
d) a faixa nominal deve ser de 1,3 a 1,6 vezes a faixa nominal do manômetro em calibração;
e) não pode possuir batente de ponteiro;
f) deve possuir recursos que minimizem os erros de paralaxe;
g) a largura da extremidade do ponteiro não pode ser maior que a largura das marcas da escala.
No caso de outros manômetros de referência, tais como manômetros digital, transdutores de pressão, o
erro máximo admissível deve ser quatro vezes menor do que a classe de exatidão do manômetro em
calibração.
9.2.3 A quantidade mínima de pontos para a calibração está descrita na Tabela 14. Esses pontos
devem ser distribuídos sobre toda a faixa nominal do manômetro a ser calibrado. O número de ciclos
de calibração deve ser no mínimo dois.
Quantidade mínima
Classe
de pontos
A4, A3 e A2 10
A1, A, B, C e D 5
NOTA No caso de manovacuômetro a solicitação será nos dois limites da faixa de indicação do instrumento.
9.3.3 Iniciar a calibração com aplicação crescente (carregamento) de pressão ou vácuo, nos pontos
previamente determinados, até que o instrumento sob calibração atinja esses valores. Registrar as
indicações correspondentes do padrão.
9.3.4 Antes do registro de cada indicação, é importante bater, levemente, como por exemplo, com a
ponta do dedo, no visor ou na caixa do instrumento para minimizar o erro devido ao atrito do ponteiro.
9.3.7 Caso seja emitido um certificado de calibração este deve estar em conformidade com os
requisitos da ABNT NBR IEC 17025.
10 Limpeza
10.1 Geral
São descritos os requisitos específicos quanto à limpeza dos manômetros para os usuários e diretrizes para os
fabricantes.
Se a limpeza do manômetro é importante para a aplicação, como em uso envolvendo processamento de
alimentos, apoio à vida ou fluidos oxidantes, o usuário deve especificar o nível de limpeza apropriado, conforme
descrito na Tabela 15.
Se os requisitos de limpeza não estiverem descritos na Tabela 15, o usuário deve informar ao fabricante quais são
os critérios para a limpeza do manômetro.
A limpeza é determinada pelo tamanho e quantidade máxima dos contaminantes sólidos nas partes
molhadas ou pela quantidade de contaminantes (hidrocarbonetos) encontrados nos fluidos utilizados
para a lavagem e/ou limpeza dessas superfícies. (Tabela 15)
10.3 Inspeção
10.4 Embalagem
Os manômetros devem ser embalados de tal maneira que os requisitos de limpeza sejam preservados.
O usuário deve tomar precauções para que o nível de limpeza seja preservado no soquete e no
elemento sensor do manômetro após o mesmo ser retirado da embalagem para a instalação.
12 Designação
Norma
Tipo de montagem
Conexão ao processo
Faixa nominal
(Sem sinais de mais e
menos)
Classe de exatidão
NOTA Exemplo de faixa nominal para manovacuômetros e vacuômetros sem sinal: 1/0,6; 0,6/0;
13 Seleção e instalação
13.1 Introdução
Fluido do Processo
Tipo do
Líquidos
elemento Faixa nominal Gás ou
sensor Baixa Alta
vapor Poluído
viscosidade viscosidade
1) 1)
Tubo Bourdon 0,06 MPa a 160 MPa X X
Diafragma 0,25 kPa a 4 000 kPa X X X X
2)
Cápsula 0,1 kPa a 60 kPa X X
13.3 Segurança
13.3.1 Faixa nominal
A faixa nominal do manômetro deve ser escolhida de tal maneira que a máxima pressão de trabalho
não exceda 75 % do limite superior da faixa nominal, para pressões estáveis e não exceda 65 % do
limite superior da faixa nominal para pressões pulsantes.
13.3.2 Segurança
Os manômetros com concepção segura devem ser selecionados em função das exigências específicas
de segurança das aplicações.
Os critérios de seleção de manômetros com tubo Bourdon estão descritos na Tabela 17.
Para os manômetros com cápsulas e diafragmas normalmente não há requisitos específicos de
segurança, mas o fabricante deve ser consultado sobre condições especiais das aplicações, por
exemplo: possibilidade de altas sobrepressões.
Manômetros com cápsulas e diafragmas não são recomendados para o uso em oxigênio e acetileno.
Entretanto, quando for absolutamente necessário, o fabricante deve ser consultado.
Fluido do 1)
Líquido Gás ou vapor
processo
Enchimento
do invólucro
Seco Cheio Seco Cheio
Diâmetro
< 100 ≥ 100 < 100 ≥ 100 < 100 ≥ 100 < 100 ≥ 100
nominal
Faixa
≤ > ≤ > ≤ > ≤ > ≤ > ≤ > ≤ > ≤ >
nominal
2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5
[ MPa ]
Classe
mínima de 0 0 0 0 S1 S1 S1 S1 0 S2 S1 S3 S1 S2 S1 S3
segurança
Classes de segurança:
0 – Manômetros sem disco de ruptura
S1 – Manômetros com disco de ruptura
S2 – Manômetros com requisitos específicos de segurança sem frente sólida
S3 – Manômetros com requisitos específicos de segurança com frente sólida (alto nível de segurança)
Todos os manômetros para aplicações em oxigênio e acetileno devem possuir requisitos específicos de
segurança. Manômetros com invólucro preenchido com glicerina não podem ser utilizados em oxigênio
ou fluido de processo fortemente oxidante. Em tais aplicações podem ser utilizados fluidos altamente
fluorados ou clorados. Esta tabela representa aplicações normais em relação à segurança. O usuário
deve ter consciência de seus requisitos especiais e pode utilizar manômetros com requisitos específicos
de segurança em pressões abaixo de 2,5 MPa.
13.3.3 Materiais
Os elementos sensores dos manômetros podem ser fabricados a partir de diversos materiais. Por isso é
necessário escolher dentre todos esses materiais o mais adequado ao tipo do fluido do processo e a
pressão do mesmo. O usuário deve informar ao fabricante todos os dados referentes aos materiais que
são compatíveis com o fluido de processo em relação às condições específicas da medição.
Se não houver material compatível, é necessário incluir um selo diafragma entre o fluido do processo e
o manômetro.
O enchimento do sistema selo diafragma / manômetro deve sempre ser efetuado pelo fabricante e estes
dois (selo diafragma / manômetro) não devem ser separados.
O fabricante deve ser consultado quando a aplicação do manômetro envolver pressões pulsantes,
vibrações, temperaturas extremas, choques mecânicos, sólidos em suspensão, fluidos do processo
viscoso ou quimicamente agressivo, ambiente agressivo ou necessitar correção da pressão de coluna
de líquido.
13.4 Transporte
Os manômetros devem ser armazenados em locais secos, limpos, com temperatura entre
– 40 °C a + 70 °C e protegidos contra choques mecânicos.
13.6 Instalação
13.6.1 Geral
O usuário deve se assegurar que o manômetro a ser utilizado foi adequadamente selecionado quanto
ao tipo construtivo e a faixa nominal.
Se necessário, poderá ser instalada uma válvula de isolação para facilitar a remoção dos manômetros
para manutenção.
A conexão da pressão deve ser estanque:
Manômetros com roscas cilíndricas: A vedação da pressão é feita por um anel de vedação sobre a
face de vedação da rosca. O anel de vedação deve ser de material compatível com o fluido do
processo;
Manômetros com roscas cônicas: A vedação é normalmente feita nos filetes da rosca, mas é
comum o uso de outros materiais de junção na rosca externa antes da montagem. Os materiais de
junção devem ser compatíveis com o fluido do processo;
Manômetros com diafragma e flange de conexão devem ser conectados conforme recomendações
das normas de flanges;
Os manômetros com montagem direta devem ser fixados ao processo por meio de chave, na parte plana do
soquete.
O manômetro não pode ser fixado ao processo aplicando-se torque no invólucro, pois isso poderá
causar danos ao instrumento;
Todos os manômetros devem ser montados na posição vertical, exceto quando marcado no mostrador
conforme Figura 10;
Quando o manômetro possuir disco de ruptura, deve ser observada uma distância mínima de 20 mm de
qualquer obstáculo.
13.6.2.2 Vibrações
Quando o suporte do manômetro estiver sujeito a vibrações, algumas soluções podem ser adotadas:
Uso de enchimento de líquido no invólucro do manômetro;
Se as vibrações forem muito altas ou aleatórias, os manômetros devem ser montados remotamente
e conectados através de tubos flexíveis.
NOTA A presença de vibrações pode ser detectada através da oscilação contínua, freqüentemente irregular, da
extremidade do ponteiro.
Pressões pulsantes geralmente são encontradas em manômetros instalados em bombas. Elas são
responsáveis por considerada redução da vida útil do elemento sensor e do movimento do manômetro.
A pressão pulsante geralmente é detectada pela grande amplitude das oscilações do ponteiro do
manômetro. Nesse caso é necessário interpor um amortecedor de pulsação entre a fonte de pressão e
o elemento sensor.
13.6.2.4 Sobrepressão
Qualquer sobrepressão cria um estresse do elemento sensor e conseqüentemente reduz sua vida útil e
a exatidão.
É preferível utilizar um instrumento com o limite superior da faixa nominal maior do que a máxima
pressão do processo e, que, conseqüentemente, absorverá as sobrepressões e supressões mais
facilmente (ver 13.3.1).
Supressões podem ser tratadas da mesma forma que a pressão pulsante. Sobrepressões de longa
duração podem ser bloqueadas instalando-se um sistema de proteção contra sobrepressões.
13.6.3 Temperatura
Quando a temperatura ambiente estiver acima dos limites especificados para o manômetro, uma
solução é distanciá-lo do ambiente, quando possível.
Deve ser aplicada uma correção da indicação quando o manômetro possuir classe de exatidão A4, A3
ou A2 e for utilizado em temperatura diferente da temperatura de referência (20 °C ± 2 °C).
Para proteger o manômetro da temperatura elevada do fluido do processo, pode-se utilizar um tubo
sifão ou um dispositivo similar para assegurar que somente o fluido condensado entre em contato com o
elemento sensor do manômetro. O tubo sifão ou dispositivo similar deve sempre ser instalado próximo
ao manômetro, ser preenchido com fluido condensado antes da instalação e pressurizado para evitar
que o fluido quente atinja o manômetro na primeira medição.
O fluido dentro do elemento sensor do manômetro não pode se congelar ou se cristalizar.
Quando a temperatura do fluido não puder ser modificada, usualmente é utilizado um selo diafragma
entre o fluido do processo e o manômetro. Esse selo diafragma deve possuir um líquido de transmissão
capaz de suportar a temperatura do fluido do processo.
13.6.4 Limpeza
Algumas aplicações requerem manômetros com um grau de limpeza especial. Nessas aplicações, o
usuário deve assegurar que o instrumento está corretamente especificado e instalado (exemplo: serviço
isento de óleo e graxa para uso em oxigênio).
O instalador deve estar ciente da pressão da coluna de líquido que pode agir sobre o manômetro. Este
deve ser ajustado levando em consideração a pressão da coluna de líquido e o ajuste deve ser marcado
no mostrador.
Uma instalação deve sempre ser posta em funcionamento cuidadosamente para evitar supressões ou
variações bruscas de temperatura. Válvulas de isolação devem ser abertas lentamente.
13.6.7 Manutenção
A segurança geral de uma instalação depende, muitas vezes, das condições de operação do
manômetro. É essencial que a pressão indicada pelo manômetro seja confiável. Deste modo, qualquer
manômetro que apresentar uma indicação duvidosa deve ser imediatamente removido, comprovada a
classe de exatidão e calibrado novamente, se necessário.
A confirmação da classe de exatidão do manômetro deve ser feita regularmente.
A comprovação da classe de exatidão e a calibração do manômetro devem ser efetuadas por pessoal
competente, utilizando padrões adequados.
Anexo A
(informativo)
Tabela A.1 — Diâmetros nominais, disposição das marcas e numeração para manômetros de classe A2
Anexo B
(informativo)
Batente interno
Tubo
Visor
Cápsula
Extremidade
Mostrador
móvel
Braço
Ponteiro articulado Movimento
Segmento
Escala
Soquete
Movimento
Soquete
Conexão processo
Conexão ao processo
Figura B.1 — Partes internas manômetro com tubo Figura B.2 — Partes internas manômetro
capsular
Ponteiro Ponteiro
Movimento Movimento
Mostrado Mostrado
Vareta de Vareta de
Escala transmissão Escala transmissão
Corpo Câmara de
Parafuso Corpo
referência
Diafragma
(Evacuada e selada)
Diafragma
Corpo inferior
Anel de
Corpo inferior
Conexão ao Fole Conexão processo
Figura B.3 — Partes internas manômetro com diafragma Figura B.4 — Partes internas manômetro com
diafragma para medição de pressão absoluta
Ponteiro
Movimento
Mostrado
Vareta de
Escala transmissão
Fole Corpo
Corpo inferior
Diafragma
Pressão P1 Pressão P2