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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
LABORATÓRIO DE SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Posicionadores Eletropneumáticos
VERSÃO PRELIMINAR
Índice
1 Introdução ............................................................................................................................................. 1
2 Posicionadores servopneumáticos.................................................................................................... 1
2.1 Introdução..................................................................................................................................... 1
2.2 Características do sistema servopneumático .......................................................................... 1
3 Escoamento Compressível em Válvulas Pneumáticas .................................................................... 3
3.1 Conceitos Fundamentais ............................................................................................................ 3
3.1.1 Propagação de uma Onda Acústica ....................................................................................... 3
3.1.2 Propriedades de Estagnação ................................................................................................. 7
3.2 Escoamento em Regime Permanente de Gases Ideais ........................................................... 9
3.2.1 Equação geral da vazão mássica........................................................................................... 9
3.2.2 Aproximação para a equação geral da vazão mássica ....................................................... 13
3.2.3 Vazão em Bocais, Orifícios e Válvulas ................................................................................. 15
3.3 Embasamento para o Dimensionamento de Válvulas ........................................................... 19
3.3.1 Normas para determinação da vazão em válvulas pneumáticas......................................... 21
3.4 Método de Seleção do Conjunto Válvula Direcional e Cilindro Empregando a ISO 6358 .. 27
4 Modelagem Matemática de Posicionadores Pneumáticos ............................................................ 30
4.1 Introdução................................................................................................................................... 30
4.2 Modelo matemático não linear ................................................................................................. 31
4.2.1 Equação de vazão mássica em válvulas pneumáticas ........................................................ 31
4.2.2 Abertura parcial da servoválvula .......................................................................................... 31
4.2.3 Modelo da compensação da zona morta (ZM) da válvula ................................................... 35
4.2.4 Equação da continuidade para um escoamento compressível em um volume de controle 36
4.2.5 Equação do movimento – Dinâmica do cilindro ................................................................... 39
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 44
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 1
1 Introdução
2 Posicionadores servopneumáticos
2.1 Introdução
Os atuadores pneumáticos têm um amplo uso em múltiplas aplicações na vida cotidiana, sempre
que se tenha disponível ar comprimido. Isso permite sua presença na indústria, assim como numa
variada gama de máquinas.
A maioria das aplicações de posicionamento com sistemas pneumáticos é realizada com sistemas
de malha aberta onde existem duas posições extremas da haste do cilindro. O controle de posição
contínuo da haste do cilindro, com elevada precisão, demanda um controle em malha fechada que tem
como principais inconvenientes: o comportamento não- linear do sistema, influenciado fortemente pela
compressibilidade do ar e pelo comportamento da válvula; elevadas forças de atrito estáticas e
dinâmicas e outros efeitos não-lineares como zona morta.
Busca-se superar os problemas inerentes aos sistemas pneumáticos empregando técnicas de
controle adequadas. A maioria de controladores antigos para estes sistemas era baseada em um
modelo linear cuja função de transferência era obtida pela linearização da dinâmica da vazão da massa
do ar na posição central do cilindro atuador. Os controladores baseados neste modelo eram
relativamente limitados, com o ganho fixo e faixa restrita de aplicação. Pesquisadores nos últimos anos,
no que se refere aos controladores convencionais, têm apresentado estratégias práticas para o controle
de servoatuadores pneumáticos baseado em um controlador PID combinado com a compensação de
não-linearidades.
Cámara A Cámara B
Cilindro
Kc
Ma Mc Bc
Us1
pA pB
Transdutor de
posição
Uz1 Controlador
Válvula
pt pp pt
xv1
utilizadas para equilibrar as forças em sistemas com cilindros de haste simples (não passante).
Válvulas mais simples podem apresentar carretel com apenas um único ressalto de bloqueio.
Normalmente, o número de ressaltos de bloqueio de uma válvula é 3 ou 4. Se a largura do ressalto de
bloqueio é menor que a da abertura radial de passagem do fluido, a válvula é denominada de centro
aberto (underlapped). Uma válvula de centro crítico (zero lapped) possui ressalto de bloqueio maior com
largura próxima à largura de passagem. As válvulas de centro fechado ou sobrepassamento
(overlapped) possuem carretel com ressalto de bloqueio maior que a largura de abertura radial quando
a válvula esta em posição neutra. A Figura 2 apresenta, para cada tipo de centro (aberto, critico ou
fechado), as variações típicas da vazão volumétrica através de uma válvula direcional em função do
deslocamento do carretel de controle na região próxima à sua posição neutra (central).
Figura 2 - Curvas típicas de vazão versus deslocamento para os diferentes tipos de centro
dp
v
x
dp
v
x
dp
v
v dv
x x
Figura 3 – Deslocamento de um fluido compressível
Havendo um aumento infinitesimal de pressão dp e que é mantido constante, a camada de fluido
imediatamente à direita deve se acelerar (segundo a lei de Newton), ocorrendo a compressão desta
camada de fluido.
Por sua vez esta camada de fluido age sobre a camada adjacente, transmitindo este aumento de
pressão. Conseqüentemente a 2ª camada também acelerará e atingirá a mesma velocidade que a 1ª
camada.
Sucessivamente ocorrerá esta interação entre camadas sendo que, nas camadas em que for
estabelecido um aumento total de pressão dp , não poderá haver ulterior aceleração do fluido e,
dv
c . dt x
dp
dp ⎛ ∂p ⎞
c2 = =⎜ ⎟ (1)
dρ ⎜⎝ ∂ρ ⎟⎠ s
Para gases perfeitos, obtém-se:
γ .p
c= ou c = γRT (2)
ρ
Sendo a razão de calor específicos expressa por:
cp
γ = (3)
cV
Considerando que em um ponto ´p` de um fluido estacionário seja emitida uma perturbação
instantânea pequena. A frente propagar-se-á esfericamente para fora, com a velocidade do som. (Figura
5)
c.3 t
c.2 t
c. t
v0. t
v0.2 t
Escoamento
v0.3 t
sônico
3.1.2.1 Entropia
(SHAMES (1973), pg. 351)
Seja o ciclo de Carnot apresentado pelo diagrama p − V na
Figura 9.
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 8
Mostra-se que:
Q1 Q2
+ =0 (5)
T1 T2
e
T2
η = 1− (6)
T1
Para uma máquina irreversível:
⎛ Q1 Q2 ⎞
⎜⎜ + ⎟⎟ < 0 (7)
⎝ T1 T2 ⎠ irr
Logo:
⎛ Q1 Q2 ⎞
⎜⎜ + ⎟⎟ ≤ 0 (8)
⎝ T1 T2 ⎠
Se considerar-se um ciclo qualquer como sendo decomposto em infinitos ciclos de Carnot, pode-se
dQ
escrever: ∫ T
≤0
Se, ao invés de considerar um ciclo completo, considerar-se o processo entre dois estados, ter-se-
á:
⎛ 2 dQ ⎞
S 2 − S 1 = ΔS = ⎜ ∫ ⎟ (9)
⎝ 1 T ⎠ rev
onde S é a entropia da substância.
Considerando-se os processos reversível e irreversível, pode-se escrever:
2 dQ
∫
1 T
≤ S 2 − S1 (10)
Denomina-se, usualmente:
Pressão Não-Perturbada = Pressão Estática ( p 2 )
v 2 : Velocidade do fluido
p 2 : Pressão estática:
p1 : Pressão total
v2
A12
1
ρ 2 ⎛ p2 ⎞ γ
=⎜ ⎟ (16)
ρ1 ⎜⎝ p1 ⎟⎠
γ −1
T2 ⎛ p 2 ⎞ γ
=⎜ ⎟ (17)
T1 ⎜⎝ p1 ⎟⎠
Para ser considerado um processo isoentrópico, o ponto de estagnação isoentrópica é obtido por
um processo adiabático reversível onde o estado anterior era definido pela pressão estática e pressão
dinâmica e que dá lugar agora à pressão total.
A equação de estado para gases ideais, através da constante dos gases ( R ), relaciona a pressão
estática (não perturbada), a massa específica (não perturbada) e a temperatura (não perturbada), ou
seja:
p = ρ .RT (18)
Derivando-se a Equação (20) em relação à razão das pressões e igualando a zero (Equação (21)),
é possível determinar a razão de pressões em que ocorre a vazão mássica máxima (Equação (22)).
dq m
=0
⎛ p2 ⎞ (21)
d ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ p1 ⎠
γ
p2 ⎛ 2 ⎞ (γ −1)
= ⎜⎜ ⎟⎟ (22)
p1 cr ⎝ (γ + 1) ⎠
sendo:
p2
= Razão de pressões crítica
p1 cr
p2
Para γ = 1.4 ,tem-se que = 0.528 .
p1 cr
Assim sendo, a máxima vazão mássica que pode passar através de qualquer área ocorre à
velocidade do som local.
Observando-se a curva apresentada anteriormente (Figura 13), tem-se:
p2 ⎛ p2 ⎞
Faixa subsônica: >⎜ ⎟⎟
p1 ⎜⎝ p1 ⎠ cr
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 13
p2 ⎛ p2 ⎞
Escoamento sônico: =⎜ ⎟
p1 ⎜⎝ p1 ⎟⎠ cr
p2 ⎛ p2 ⎞
Faixa supersônica: <⎜ ⎟
p1 ⎜⎝ p1 ⎟⎠ cr
Na faixa supersônica a vazão mássica decai porque, apesar da velocidade crescer com a queda de
p2 p
(Equação (15), a massa específica cai com queda de 2 (Equação (19), sendo que esta decai
p1 p1
com uma taxa superior à da velocidade.
A vazão crítica é obtida substituindo-se a Equação (22) na Equação (20), ou seja:
1
(γ +1) 2
⎡ ⎤
A12 P1 ⎢ γ ⎛ 2 ⎞ (γ −1) ⎥
qmcr = ⎜⎜ ⎟⎟ (27)
T1 ⎢ R ⎝ γ + 1 ⎠ ⎥
⎢⎣ ⎥⎦
Além disso, definindo-se
1
⎧ ⎡ 2 γ +1
⎤⎫ 2
⎪ γ ⎢⎛ P2 ⎞ γ ⎛ P2 ⎞ γ
⎥⎪
Ψ=⎨ ⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟ (28)
⎢⎜ ⎥⎬
⎪ (γ − 1) ⎢⎝ P1 ⎠ ⎝ P1 ⎠ ⎥⎦ ⎪⎭
⎩ ⎣
pode-se escrever a Equação (20) como:
2
qm12 = A12 P1 .Ψ (29)
RT1
Quando a diferença entre p1 e p 2 é pequena, pode-se obter uma relação simplificada para a
vazão em substituição à Equação (20) ou o conjunto de Equações (28) e (29) desenvolvendo-se
γ +1
( p2 p1 )γ e ( p 2 p1 )
2
γ em séries de potências de Δp p1 .
2⎛2 ⎞
2
⎜ − 1⎟⎟
2 Δp γ ⎜⎝ γ
2
⎛ p2 ⎞ γ
⎠ ⎛ Δp ⎞ (32)
⎜⎜ ⎟⎟ = 1 − .1. + .1.⎜⎜ ⎟⎟ − K
⎝ p1 ⎠ γ p1 2! ⎝ p1 ⎠
De modo que:
2
2 Δp (2 − γ ) ⎛ Δp ⎞
2
⎛ p2 ⎞ γ
⎜⎜ ⎟⎟ = 1 − . + .⎜ ⎟ − K (33)
⎝ p1 ⎠ γ p1 γ 2 ⎜⎝ p1 ⎟⎠
Da mesma forma:
γ +1
2
⎛ p2 ⎞ γ γ + 1 Δp γ + 1 ⎛ Δp ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ =1− . + ⎜ ⎟ −K (34)
⎝ p1 ⎠ γ p1 2γ 2 ⎜⎝ p1 ⎟⎠
Desprezando-se termos de potência superior a dois:
2 (γ +1)
⎛ p2 ⎞ γ ⎛ p2 ⎞ γ γ − 1 Δp ⎛ 3 Δp ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟ = . ⎜⎜1 − . ⎟⎟ (35)
⎝ p1 ⎠ ⎝ p1 ⎠ γ p1 ⎝ 2γ p1 ⎠
Substituindo-se a Equação (35) na Equação (20):
1
⎡ 2 . p1 ⎛ 3 Δp ⎞ Δp ⎤ 2
qm 12 = A12 .⎢ ⎜⎜ 1 − . ⎟⎟ ⎥ (36)
⎣ RT1 ⎝ 2 γ p1 ⎠ p1 ⎦
Observando-se a Equação (19) pode-se expressar:
p1 ρ2 ρ2 ρ2
= = ≅
RT1 1 1
1 Δp
⎛ p2 ⎞ γ ⎛ Δp ⎞ γ 1− . (37)
⎜⎜ ⎟⎟ ⎜⎜1 − ⎟⎟ γ p1
⎝ p1 ⎠ ⎝ p1 ⎠
Definindo-se
1
⎛ 3 Δp ⎞ 2
⎜1− . ⎟
⎜ 2γ p1 ⎟
ε= (39)
⎜ 1 Δp ⎟
⎜ 1− . ⎟
⎝ γ p1 ⎠
Pode-se escrever:
Para aplicações usuais de pneumática, com p1 da ordem de 6 a 8 bar (≈7 a 9 bar abs), os valores
Para o emprego da equação da vazão mássica (Equação (20) ou Equações (28) e (29)) é
necessário conhecer os valores de pressão total (p1), pressão estática (p2) e temperatura total (T1). Para
tal, são necessárias algumas considerações conforme segue:
p1 saida = p1 reserv.
T1 saída = T1 reserv.
p2 reserv . = p1 reserv.
Logo, p1 na Equação (20) pode ser considerado como a pressão estática à montante do bocal.
Por outro lado, como existe atrito do fluido com as paredes do bocal, a velocidade média real na
seção de saída do bocal é menor que a ideal (isoentrópica) de forma que se assume que:
v 2 real = cv ⋅ v 2 isoentrópico (41)
Se o local descarrega para atmosfera, a pressão estática na saída será igual à pressão
atmosférica, desde que esta não seja inferior à pressão crítica, considerando a pressão total no
reservatório, isto é:
γ
⎛ 2 ⎞ (γ −1)
p atm ≥ p1 .⎜⎜ ⎟⎟ (42)
⎝ γ +1⎠
Se a pressão atmosférica for inferior à crítica, a pressão na saída (na mínima seção do local) será
exatamente igual a pressão crítica e o gás continuará a se expandir após deixar o local. Este fato ocorre
fluido nesta região move-se para jusante (com v 2 cr ) tão rápido quanto uma propagação de pressão o
continua a permanecer no valor crítico. O bocal é dito estar operando na condição de bloqueio.
Devido a diferença que irá ocorrer entre a pressão estática ( p 2 ) na garganta do bocal e a pressão
atmosférica, ocorrerá uma série de ondas de expansão para que haja uma ajustagem da pressão do gás
para a pressão atmosférica. A Figura 15 ilustra as condições de Escoamento subsônico (1), Escoamento
sônico (2) e Escoamento supersônico (3).
toma a forma da linha reta (comportamento real) na faixa supersônica (Figura 13).
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 17
A12
A0
A Figura 17 mostra uma seção transversal de uma válvula com a indicação das seções de entrada
e saída, sendo o orifício de controle formado pela passagem anular entre o ressalto e o corpo da válvula.
sendo:
cc = coeficiente de contração
Considerando o coeficiente de velocidade apresentado na Equação (41), a equação da vazão
mássica em orifícios será dada por:
1
⎧ ⎡ 2 γ +1
⎤⎫ 2
2 ⎪ γ ⎢⎛ p 2 ⎞ γ ⎛ p 2 ⎞ γ
⎥⎪
qm0 = cd ⋅ A0 ⋅ p1 ⎨ ⎜ ⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟ (44)
RT1 ⎪ (γ − 1) ⎢⎜⎝ p1 ⎟⎠ ⎝ p1 ⎠ ⎥⎬
⎪
⎩ ⎣⎢ ⎦⎥ ⎭
sendo
cd = cc ⋅ cv = coeficiente de descarga
Esta equação representa a vazão mássica do escoamento compressível através de orifícios,
levando em consideração as pressões a que o fluido está submetido, a temperatura local, as
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 18
qm0 = ε ⋅ cd ⋅ A0 ⋅ 2 ρ 2 Δp (45)
ou
2 p 2 Δp
qm0 = ε ⋅ cd ⋅ A0 (46)
RT2
Sendo ε como definido na Equação (39), ou seja:
1
⎛ 3 Δp ⎞ 2
⎜1− . ⎟
2γ p1 ⎟
ε =⎜ (47)
⎜ 1 Δp ⎟
⎜ 1− γ . p ⎟
⎝ 1 ⎠
Se T2 não for conhecida (é necessária no cálculo aproximado da vazão), pode-se estimá-la por
⎛ γ − 1 Δp ⎞
T2 = T1 ⎜⎜1 − . ⎟⎟ (49)
⎝ γ p1 ⎠
Como exemplo, para: p1 = 9 barabs; Δp = 0,5 bar e γ = 1,4, implica em T2 = 0,984 ⋅ T1 , ou seja,
T2 ≈ T1
Observa-se também que o coeficiente de descarga, quando avaliado experimentalmente para
diferentes orifícios e válvulas, incorpora também outros efeitos como, por exemplo, a recuperação da
pressão estática ( p 2 ) após deixar o orifício (vena contracta) de modo que a pressão estática
efetivamente medida pode ser um pouco superior à pressão estática logo após o orifício. Por sua vez, o
efeito de perda de carga nos dutos internos ao corpo da válvula pode produzir o efeito inverso, ou seja, a
pressão estática medida na porta de saída da válvula poderá ser menor que a pressão logo após o
orifício. Com relação a pressão estática a montante ( p1 ), é possível que a perda de carga faça com que
o valor medido na porta de entrada da válvula seja maior que o valor efetivo logo antes do orifício.
Assim, um coeficiente de descarga de uma válvula específica é tal que a estimativa da vazão esteja
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 19
umidade relativa. Considerando R CNPT Técnicas = 286,8 J / kgK , tem-se ρ 0 = 1,205 kg/m3.
Assim, a equação (45) fornecerá:
ε .cd . Ao
qv oi = . 2 ρ 2 Δp (51)
ρi
ou
RTi
qv oi = ε .cd . Ao . 2 ρ 2 Δp (52)
pi
qv A( p A ) = AA .v p (54)
( p A + p0 )
qm A = qv A( p A ) ⋅ (55)
R TA
onde:
A Fc
B
qvA(pA) qvB(pB)
pA pB
pS pT
Após a determinação da vazão, o projetista terá que identificar, entre as diversas opções de
válvulas disponíveis, aquela que melhor lhe satisfaz. A Figura 19 ilustra as curvas que descrevem o
comportamento de válvulas de tamanhos nominais diferentes. Como pode ser visto, cada válvula possui
uma curva específica, sendo que as diferenças são devidas aos parâmetros de caráter construtivo que
são encontrados na Equação (44), como o coeficiente de descarga e a área do orifício de controle.
q
m
q
m proj
(p2/p1)cr = 0,528
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
(p2/p1)
(p2/p1)proj
1-(p2/p1)cr = 0,472
1.0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0.0
1-(p2/p1) = ( Δ p /p1) 1-(p2/p1)
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 21
Para a escolha da válvula pela vazão requerida de projeto nota-se que para uma série de válvulas
com tamanhos nominais diferentes, a relação Δp p1 decresce à medida que se escolhe uma válvula
maior (Figura 19), ou seja, válvulas de maior tamanho nominal possuem uma menor queda de pressão
para atingir determinada vazão.
Observando-se apenas uma válvula, verifica-se através da Figura 20 que, quanto maior o valor de
Δp p1 sobre a válvula, maior será a vazão mássica até atingir o limite de escoamento sônico. A partir
deste ponto o aumento de Δp na válvula não provoca aumento da vazão mássica, isto é, ocorre
saturação na válvula.
qm
q
cr
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
(p2/p1)cr = 0,528 (p2/p1)
Figura 20 – Pontos em uma curva característica de válvula para diferentes pressões de saída
Nos catálogos técnicos, as válvulas não são especificadas através da área de orifício de controle
( Ao ) presente nas Equações(44) e (45) ou de curvas do tipo mostrado na Figura 19, mas sim através de
parâmetros obtidos em testes realizados sob condições especificadas por normas técnicas, como VDI
3290 (VDI, 19--), ANSI/(NFPA) T3.21.3 (ANSI, 1990) e ISO 6358 (ISO, 1989).
de produtos e tem forte influência na caracterização comercial de válvulas. Esta estabelecia parâmetros
para especificação experimental da vazão volumétrica nominal,. Segundo a norma, a vazão nominal a
quantidade de ar por unidade de tempo que pode passar através de um elemento com uma pressão de
7 bar absoluto na entrada ( p1 ) e 6 bar absoluto na saída ( p 2 ) e com uma temperatura do meio
ambiente de 20 °C. A medição da vazão realiza-se quando existe uma queda de pressão Δp =1 bar, que
é conseguida através de uma válvula reguladora de vazão posicionada na saída, conforme apresentado
na Figura 21 (FESTO, 1989).
VÁLVULA
1 bar
Para se estabelecer uma relação entre vazão mássica de teste e vazão mássica de projeto, pode-
se reescrever a equação da vazão mássica (Equação (45)) para as condições do teste e do projeto,
obtendo-se as Equações (56) e (57). A Equação (56) representa a vazão calculada na condição de
projeto e a Equação (57) representa a vazão calculada na condição de teste:
igual ou menor que 1 bar), pode-se obter a expressão final na seguinte forma (FURST et al., 1999):
qv proj ( p 0 )
Qn = (58)
0,4082 ×10 −5 ( p 2 proj + p 0 ) Δp proj
onde:
Qn = vazão nominal referida as CNTP técnicas (Condições Normais de Temperatura e Pressão
( T0 = 293,15 K (20º C), p 0 = 1,0133 x 105 Pa (1 atm) e 65% de umidade relativa) especificada em [N
teste referida à CNTP técnica, com todas as suas unidades no SI. Os coeficientes de descarga da água
e do ar ( cd H 2O e cd ar ) podem ser eliminados caso possuam o mesmo valor. Isto ocorre caso o número
sendo
1
⎧ ⎡ 2 γ +1
⎤⎫ 2
⎪ γ ⎢⎛ P2 ⎞ γ ⎛ P2 ⎞ γ
⎥⎪
Ψmax =⎨ ⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟ (61)
(γ − 1) ⎢⎜⎝ P1 ⎠ cr ⎝ P1 ⎠ cr ⎥⎬
⎪ ⎢⎣ ⎥⎦ ⎪⎭
⎩
Na equação anterior, o valor de Ψmax = 0.484 pode ser obtido pela substituição dos valores da
⎧ (a − b )2 para a > b
⎪= 1 −
w(a)⎨ (1 − b )2 (62)
⎪
⎩= 1 para a ≤ b
onde
p2
a= (63)
p1
e
p2
b= (64)
p1 cr
Em função do exposto anteriormente, a equação para a vazão mássica em orifícios (Equação (44))
pode ser reescrita como:
2
qm = Ao p1 Ψmáx w(a ) (65)
RT1
Em situações praticas onde se deseja aplicar o equacionamento apresentado acima a informação
sobre a área do orifício ( Ao ) não é disponível. Faz-se necessário correlacionar esta variável com os
To
qm = Cp1 ρ o w(a ) (66)
T1
sendo o fator w(a ) determinado conforme a Equação (62).
qmcr T1
C= (67)
p1 ρ 0 T0
Nesta equação, o termo qmcr representa a vazão mássica máxima que escoa através do
componente pneumático, ou seja, é a vazão mássica quando a razão de pressões no orifício de controle
é igual ou inferior à razão de pressões critica, a qual é a condição de saturação de escoamento mássico
através do orifício de controle. Além desta condição de escoamento, o componente pneumático em teste
deve encontrar-se na condição de abertura máxima do orifício de controle.
Substituindo-se w(a ) na Equação (66) obtém-se a Equação (68) a partir da qual pode ser
⎛p ⎞
1 − ⎜⎜ 2 ⎟⎟
b = 1− ⎝ p1 ⎠
2 (68)
⎛ qm T1 ⎞
1 − 1 − ⎜⎜ ⎟
⎟
⎝ Cρ o p1 To ⎠
Na referida norma (ISO, 1989), há a recomendação de que o valor deste coeficiente seja
determinado pela média aritmética dos valores obtidos experimentalmente nas seguintes situações de
escoamento do componente: qm = 0,8 ⋅ qm cr , qm = 0,6 ⋅ qm cr , qm = 0,4 ⋅ qm cr e qm = 0,2 ⋅ qmcr .
Nos orifícios típicos de válvulas, o coeficiente b é menor do que o valor teórico de 0,528 calculado
segundo a Equação (22) já que a medição de pressão não ocorre exatamente antes e depois do orifício
de controle da válvula mas sim junto às conexões externas da válvula. Em condições reais este valor
varia de 0,2 a 0,45.
Assim, os coeficientes b e C são obtidos de forma indireta a partir dos resultados do teste e
servem para prever ou mesmo comparar as características de desempenho de diferentes componentes
submetidos ao mesmo teste.
Conforme apresentado por ESCHMANN (1994), pode-se obter a correlação da área de passagem
máxima do orifício do componente pneumático com o coeficiente C definido pela ISO 6358 (ISO, 1989).
Assim, considere-se a a Equação (69) que se refere ao estado termodinâmico do ar nas condições
ambientais normalizadas para a realização dos experimentos segundo a ISO 6358 (ISO, 1989),
condições estas descritas abaixo:
T0 = 293,15 K (20º C),
p 0 = 1,0 x 105 Pa (1 bar)
Umidade relativa = 65%
R = 288 J/kg K,
ρ 0 = 1,185 kg/m3.
po
R= (69)
ρ oTo
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 26
1 1
= RT1 (70)
RT1 RT1
e
T1 1
= (71)
T1 T1
a Equação (65) pode ser reescrita como:
ρo To
q m = Ao p1 2 RTo Ψmáx w(a ) (72)
po T1
Para que se possa correlacionar a área do orifício com o coeficiente C é necessário igualar as
área de passagem máxima ( Ao max ), com a vazão nominal ( Q n ). Para tanto, a vazão volumétrica
fornecida em catálogo deve ser convertida em vazão mássica. Esta conversão é realizada multiplicando-
se a vazão volumétrica pelo valor da massa especifica do ar nas condições em que foi realizada a
medição de esta vazão. Desta forma:
Qn ρ o
qm = sendo Qn expressa em NL/min e demais grandezas no SI (74)
60000
Substituindo nas Equações (62), (63) e (72) os valores de pressão nominais ( p1n e p 2 n ) e
ρo
q m = A0 max p1n 2 RTo Ψmax w(a n ) (75)
po
Deve-se salientar que na determinação da função w( a n ) , o valor do coeficiente b aplicado na
Equação (62) não corresponde ao valor teórico obtido pela Equação (22). Quando a representação da
capacidade de vazão do componente pneumático é realizada com base na ISO 6358 (ISO, 1989), o
valor do coeficiente b é explicitado em catálogo. Entretanto, quando esta representação é realizada com
base na VDI 3290, forma ainda muita empregada pelos fabricantes de componentes pneumáticos, não é
realizada qualquer menção sobre o mesmo. Conforme citado anteriormente, os valores reais situam-se
1
Esta norma está fora de uso, porem é ainda muito comum a caracterização de componentes em
catálogo utilizando Qn.
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 27
unidades [m3/h]. A correlação entre a condutância sônica e a vazão nominal é descrita pela Equação
(78) assumindo que a razão de pressões crítica seja igual a 0,4.
CV KV Qn
direcional e de um atuador linear, de modo a garantir uma força FC com uma velocidade v p de
AA AB vc
A Fc
B
qvA(pA) qvB(pB)
pA pB
pS pT
Sabe-se que, se for escolhida uma válvula direcional muito pequena, a pressão p A também será
onde:
η m é o rendimento mecânico do cilindro ((pode-se adotar um valor em torno de 0,8))
Adota-se para p A um valor em torno de 5,5 bar efetivo, que corresponde a uma perda de pressão
Com o valor de AA , pode-se determinar o valor do diâmetro do cilindro d A . Adota-se então o valor
qv A( pA) = AA v p (80)
IV. Utilizando a expressão abaixo, obtém-se o valor para C . Arbitra-se um valor típico para b =
0,4.
⎛a−b⎞
2
T0
qm A = C ( p S + p 0 ) ρ 0 1− ⎜ ⎟ sendo a > b (82)
T1 ⎝ 1− b ⎠
sendo:
⎛ p + p0 ⎞
a = ⎜⎜ A ⎟⎟ (83)
⎝ p S + p0 ⎠
Com o valor de C , pode-se calcular a vazão nominal (VDI 3290):
Qn
C= (84)
p1n w(an )
onde:
⎛a −b⎞
2
⎛p ⎞
w(a n ) = 1 − ⎜ n ⎟ e a n = ⎜⎜ 2 n ⎟⎟ sendo p1n = 7barabs e p 2 n = 6barabs (85)
⎝ 1− b ⎠ ⎝ p1n ⎠
Escolhe-se o C comercial mais próximo ou o Qn comercial mais próximo. Recalcula-se então a
vazão mássica por meio da Equação (82) utilizando o valor de b encontrado no catálogo ( no caso do
catálogo apresentar especificação segundo a ISO 6358).
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 30
4.1 Introdução
Alguns trabalhos recentes na área de modelagem de servoposicionadores pneumáticos
apresentam contribuições importantes, principalmente no que se refere à modelagem visando a sua
utilização em simulações. MARÉ et al. (2000) apresentam o equacionamento das vazões nos orifícios da
válvula de acordo com a norma ISO 6358 (ISO, 1989) que descreve as vazões em regime subsônico
através de uma curva elíptica que depende dos parâmetros b (ponto de saturação) e C (condutância da
válvula). VIEIRA (1998) e HAN et al. (2001) exemplificam a aplicação dos procedimentos necessários à
obtenção dos parâmetros b e C. Estes parâmetros alteram-se pela abertura da válvula, sendo, portanto,
funções da tensão de controle da servoválvula.
NOURI et al. (2000), LEE et al. (2002) tratam do problema de modelagem e identificação de vários
elementos de um servoposicionador pneumático visando a construção de um modelo que possa ser
utilizado em simulação e controle preciso; NOURI et al. (2000) desenvolvem um modelo empírico para
relacionar a vazão através de orifícios com a pressão montante e jusante com a tensão de controle da
servoválvula. Baseando-se neste modelo, a função de vazão através da servoválvula é
sistematicamente identificada.
Para os cilindros, BARRETO (2003) apresenta um modelo do comportamento dinâmico dos gases
nas câmaras através de um desenvolvimento teórico das leis de conservação da energia, massa e
quantidade de movimento, o mesmo modelo que usaram LEE et al. (2001), ZORLU et al. (2003) e
KARPENKO et al. (2004). O modelo adotado neste trabalho para a representação da compensação do
atrito é o modelo do coeficiente de atrito viscoso variável, proposto por GOMEZ (1995, 2003) e
recentemente otimizado por MACHADO (2003).
No presente trabalho, as principiais simplificações envolvidas para a obtenção do modelo
matemático são:
- A energia cinética do gás é desprezada;
- As diferenças de pressão por efeitos dissipativos ocorrem apenas nos orifícios de passagem na
servoválvula;
- As temperaturas nas câmaras dos cilindros e da servoválvula assumem valores médios
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 31
As vazões mássicas através dos orifícios de controle das servoválvulas podem ser estudadas com
base na teoria da mecânica dos fluidos. Comentários quanto ao escoamento de fluidos compressíveis
através de orifícios de válvulas pneumáticas, podem ser encontrados em BOBROW e MCDONELL
(1998), PERONDI e GUENTHER (1999a), MARÉ et al. (2000) e em NOURI et al. (2000).
No presente estudo, o equacionamento da vazão mássica é baseado nos trabalhos de ANDERSEN
(1967) e FOX & MCDONALD (1995). Assume-se que o processo de compressão do volume de ar é
adiabático, reversível e ocorre a uma velocidade bastante alta, caracterizando um comportamento
isentrópico. Assumem-se ainda as hipóteses de escoamento unidirecional e velocidade uniforme.
Assim, considernado a aproximação em conccodância com a ISO 6358 (ISO, 1989), a vazão
mássica entre dois pares de vias da válvula será descrita pela Equação (66) apresentada anteriormente
e repetida a seguir
To
qm = Cp1 ρ o w(a ) (86)
T1
com:
⎧ (a − b )2 para a > b
⎪= 1 −
w(a)⎨ (1 − b )2 (87)
⎪
⎩= 1 para a ≤ b
onde:
p2
a= (88)
p1
e
p2
b= (89)
p1 cr
aplicação de uma variável denominada “abertura relativa” adotada em VIEIRA (1998), a qual, por ser
determinada experimentalmente, incorpora os dois parâmetros2 individuais utilizados por SCHOLZ
(1990) e SANTOS (1996). Esta variável é representada nas equações deste trabalho como “Are”. O
termo “abertura relativa” que pode ser chamada também de área relativa refere-se à relação entre a área
geométrica de passagem no interior da servoválvula e sua área geométrica de passagem máxima, a
qual é função da tensão de referência aplicada à mesma.
A abertura relativa da servoválvula é determinada experimentalmente através da realização de
processos de pressurização e despressurização de uma câmara de volume conhecido, nos quais é
registrada a variação da pressão no interior desta câmara. Para permitir a determinação da vazão
mássica através da servoválvula nas situações de abertura parcial, ou seja, para tensões de referência
inferiores à tensão de referência máxima, a variável abertura relativa efetiva deve ser adequadamente
introduzida na Equação (86), resultando em.
To
qm = Are Cp1 ρ o w(a ) (90)
T1
Esta equação representa a equação final para a determinação da vazão mássica na válvula tendo
em consideração que a determinação experimental da abertura relativa efetiva da válvula deve seri
realizada para diversos níveis de pressão de suprimento bem como para diversas variações de
amplitude da tensão de referência. Em função dos resultados alcançados em VIEIRA (1998) observa-se
que esta variável, na faixa de pressões analisada, é função apenas da amplitude da tensão de
referência, não sendo influenciada pelo nível da pressão de suprimento
Na Figura 23 são apresentados os pontos referentes à abertura relativa do pórtico A (P→A e A→T)
de uma válvula proporcional, os quais foram determinados experimentalmente segundo procedimento
descrito em VIEIRA (1998).
2
A abertura geométrica do orifício, considerada como diretamente proporcional à posição do
carretel da válvula e o fator de correção “ά” que define as perdas devido a contração e as
irreversibilidades
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 33
máxima.
- Zona morta, observada pela região em que para uma grande variação da tensão de referencia,
não há uma variação significativa da abertura relativa; compreendida numa faixa de tensão de 4,2 a 5,5
V.
Para superar o prejuízo que a zona morta provoca no comportamento dinâmico do posicionador,
propõe-se uma estratégia de compensação detalhada na próxima seção.
A zona-morta ocorre quando a largura do carretel é maior que a largura do pórtico (centro
supercrítico). Válvulas direcionais com zona-morta possuem um menor vazamento interno e,
dependendo da aplicação, a presença desta não-linearidade pode ser desejável. Porém em sistemas de
controle em malha fechada a mesma causa limitações no desempenho, devendo ser identificada e
compensada.
A zona-morta é uma relação estática de entrada-saída na qual para uma faixa de valores de
entrada não há saída, conforme mostrado na Figura 25, onde u é a entrada e y é a saída. Geralmente
os limites direito (zmd ) e esquerdo (zme ) e as inclinações (md e me) não são iguais.
A compensação da não-linearidade de zona-morta é obtida através do desenvolvimento de sua
inversa. Caso a inversa fosse exata e os parâmetros conhecidos (zmd, zme, md e me) teria-se o
cancelamento perfeito do efeito da zona-morta. Porém, é necessário utilizar a inversa da zona-morta
suavizada para evitar a descontinuidade na origem da entrada e o chaveamento brusco entre zme e
zmd. Além do mais, dispõe-se apenas de uma boa estimativa dos parâmetros. Mesmo assim os efeitos
da zona-morta podem ser minimizados através da implementação da sua inversa fixa ou ainda através
de controle adaptativo (TAO e KOKOTOVIC,1996).
Neste trabalho utiliza-se um esquema de compensação baseado na inversa fixa e suavizado
linearmente próximo da origem.
é a largura de compensação e define a região de suavização linear. Tal compensação é descrita pela
Equação (98).
⎧ u d (t )
⎪ md + zmd se u d (t ) ≥ lc
⎪ u (t )
⎪ d − zme se u d (t ) ≤ − lc
⎪ me
⎪⎛ zmd + lc ⎞
⎪
u czm (t ) = ⎨⎜ md ⎟ u (t ) se 0 ≤ u d (t ) < lc (98)
⎜ ⎟⎟ d
⎪⎜⎝ lc
⎠
⎪
⎛
⎪⎜ zme + lc ⎞
⎪⎜ me ⎟⎟ u (t ) se − lc ≤ u d (t ) < 0
⎪⎜ lc ⎟
d
⎪⎩⎝ ⎠
Onde, baseando-se nos resultados de VIEIRA (1998) mostrados nas Figura 23 e Figura 24 para a
válvula utilizada e associando ao modelo de compensação de ZM têm-se md = me = 1, zmd = 0.61v,
zme = 0.69v e lc = 0.4.
Esta equação faz referência à conservação da massa através de uma câmara especifica de cada
cilindro
r r ∂
∫ ρ ν dA =
SC
∂t vc∫
ρ∂V (99)
onde: “A” é a área de passagem do fluido na superfície de controle das câmaras consideradas dos
cilindros, “ρ” é a massa especifica do fluido no volume “V” e “ν” é a velocidade do fluido em “A”.
Considerando um processo isentrópico, tem-se:
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 37
V
C p dT = dp (100)
mf
onde: “Cp” é o calor especifico a pressão constante e “T” e “mf” são, respectivamente, a temperatura
absoluta e a massa de fluido, todos medidos no volume “V”.
e, sendo um gás ideal,
γR
Cp = (101)
γ −1
onde: “γ” é a razão dos calores específicos medidos em “V”,
o que resulta em:
p dV V dp
qm1 = qm2 + + (102)
RT dt RTγ dt
onde: “qm1” é a vazão mássica que entra e “qm2” é a vazão mássica que sai do volume
considerado.
Se for considerado um processo isotérmico, obtém-se, a partir da Eq.Erro! Fonte de referência
não encontrada., a seguinte expressão para a equação da continuidade no volume de controle:
p dV V dp
qm1 = qm2 + + (103)
RT dt RT dt
Por sua vez, isolando-se a derivada da pressão na Eq. Erro! Fonte de referência não
encontrada. resulta:
dp A A γ x& Rγ ATA
=− u A pA + qm A (106)
dt Au x + V A0 Au x + V A0
onde: “Au” e “x” são respectivamente a área útil e a posição do embolo do cilindro e “VA0” é o
volume morto das câmaras dos cilindros.
Considerando o circuito pneumático mostrado na Figura 27 onde existem dois cilindros acoplados a
uma mesma válvula, o volume VA é estimado com a soma dos volumes na câmara A dos cilindros;
dV A ⎛ 2 A1 dx 2 A1 dx 2 A 2 ⎞
= ⎜⎜ AA + AB2 A 2 ⎟⎟ (108)
dt ⎝ dt dt ⎠
Logo a Equação (104) pode ser reescrita como:
p ⎛ 2 A1 dx 2 A1 2 A 2 dx
2 A2
⎞
q mA = A ⎜⎜ AA + AB ⎟
RT A ⎝ dt dt ⎟⎠
(109)
⎛ V A20A1 + AA2 A1 x 2 A1 + V A20A 2 + AB2 A 2 x 2 A 2 ⎞ dp A
+ ⎜⎜ ⎟
⎟ dt
⎝ RT A γ ⎠
Câmara A
Cilindro 2A1
x 2 A1 Câmara B
Área B Área A
Cilindro 2A2
x 2 A2
qmB qmA
dp A vγ (AA2 A1 + AB2 A 2 )
= − 2 A1 pA
dt V A0 + AA2 A1 x 2 A1 + V A20A 2 + AB2 A 2 x 2 A 2
(110)
RT Aγ
+ 2 A1
(
V A0 + AA x + V A20A 2 + AB2 A 2 x 2 A 2
2 A1 2 A1
q mA
)
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 39
p B ⎛ 2 A1 dx1 dx ⎞
q mB = − ⎜ AB + AA2 A 2 2 ⎟
RTB ⎝ dt dt ⎠
(111)
⎛ V B20A1 + AB2 A1 (L − x1 ) + V B20A 2 + AA2 A 2 (L − x 2 ) ⎞ dp B
− ⎜⎜ ⎟
⎟ dt
⎝ RT B γ ⎠
onde: “qmB” é a vazão mássica que sai de “VB”, “L” é o curso dos cilindros e “VB0” é o volume morto
das câmaras dos cilindros; “TB” e “γB” são, respectivamente a razão dos calores específicos e a
temperatura absoluta do ar, ambos medidos em “VB”.
Isolando a variação de pressão na câmara B do cilindro 2A1 conjuntamente com a câmara A do
cilindro 2A2, a Equação (111) resulta em:
dp B vγ (AB2 A1 + AA2 A2 )
= 2 A1
VB 0 + AB2 A1 (L − x 2 A1 ) + VB20A1 + AA2 A2 (L − x 2 A1 )
pB
dt
(112)
RTB γ
−
(V 2 A1
B0 + AB2 A1 (
L−x 2 A2
) ( ))
+ V B20A 2 + AA2 A 2 L − x 2 A 2
q mA
O equilíbrio de forças nos êmbolos são obtidos pela aplicação da 2ª lei de Newton. Considerando
que os cilindros estão com as extremidades das hastes ligadas e desprezando a variação no angulo da
haste em relação à alavanca de interligação, resulta:
lim( FA ) = ( p A AA − p B AB ) − Ms 2 x (114)
s →0
FA = ( p A AA − p B AB ) (115)
empíricas básicas:
A força de atrito (Fa ) é proporcional a força normal (FN) e pode ser dada por
“Fa = µ.FN ”, onde “ µ” é o coeficiente de atrito;
A força de atrito é independente da área aparente de contato.
Em 1785, Coulomb acrescentou uma terceira lei:
A força de atrito é dependente da velocidade de deslizamento.
Também é conhecido que a força necessária para iniciar o deslocamento de um corpo é maior do
que a força necessária para mantê-lo em movimento. Este fenômeno é formalizado através da utilização
de um coeficiente de atrito estático (µs), e de um coeficiente de atrito dinâmico (µd), em que “µs >µd”.
Quando existe lubrificante entre as superfícies em contato ocorre o atrito viscoso, proporcional à
velocidade. Neste caso, assim que o corpo parte do repouso ocorre uma rápida redução da força de
atrito conhecida como efeito Stribeck (Figura 28).
A partir do mapa estático podem ser definidas a curva “A” e as trajetórias “B” (“slip”) e “C-D” (“stick”)
do modelo, representado na Figura 29. A curva “A” pode ser representada ajustando uma função ao
mapa estático do atrito. Neste trabalho verificou-se que polinômios de terceira ordem podem representar
o mapa estático de forma satisfatória. No apêndice D são apresentados os coeficientes dos termos dos
polinômios de terceira ordem, sendo estes representativos do comportamento do atrito nos sentidos
positivo e negativo do movimento, para valores de velocidade maiores, em modulo, que as velocidades
limites. Vale salientar que estes coeficientes coincidem respectivamente com os coeficientes variáveis
do atrito viscoso nos sentidos positivo e negativo do movimento. A lista dos demais parâmetros
envolvidos no modelo de atrito são descritos no apêndice D.
Mais informações, inclusive sobre a metodologia a ser seguida para determinação da velocidade de
“stick”, podem ser obtidas em MACHADO (2003).
No modelo apresentado, a força de atrito é descrita por:
FAi = f Vi x& i (116)
Onde “ x& i ” é a velocidade de deslocamento no ponto de operação “i” e “fVi” é o coeficiente de atrito
viscoso variável, que por sua vez, é função da velocidade “ x& i ” e da força aplicada “gi =(AA-AB).pΔi”
correspondente.
De forma genérica, a Eq. Erro! Fonte de referência não encontrada. pode ser escrita como
Nas Figura 30 e Figura 31 é observado que cada cilindro tem um comportamento diferente no que
tange a força de atrito, este fenômeno dará um comportamento assimétrico nas forças, no momento de
acoplar os cilindros conforme mostrado na Figura 27.
O controlador PID
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 43
Dessa forma tem-se três parâmetros de sintonia do controlador: o ganho proporcional Kp (ação
proporcional), o tempo integral Ti (ação integral) e o tempo derivativo Td (ação derivativa).
Considerando a Equação (118), o sinal de controle oriundo do controlador PID pode ser visto como
a soma de três sinais (p(t), i(t), d(t)) obtidos a partir do sinal de erro. A Figura 32 ilustra esse fato.
Controlador PID
p(s)
Kp
Processo
r(s) e(s) i(s) + u(s) y(s)
+ 1/Ti 1/s + G(s)
- +
d(s)
Td
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDERSEN, Blaine W. The analysis and design of pneumatic systems. USA: John Wiley &
SONS, 1967.
FOX, Robert W, MACDONALD, Alan T. Introdução à mecânica dos fluidos. 2 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Dois, 1981. 562 p.
SHAMES, Irving Herman. Mecânica dos fluidos: princípios básicos. São Paulo: Edgard Blücher,
1973. v.1, 192 p.
ASAFF, Y. E. Desenvolvimento de um sistema servopneumático para regulação de velocidade de
turbinas em pequenas centrais hidrelétricas. 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica).
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 2006.
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 45
Esta parte do trabalho tem por objetivo fazer uma análise dos coeficientes b e C utilizados pela
Norma ISO 6358, relacionando-os com conhecimentos de Mecânica dos Fluidos e Termodinâmica a fim
de possibilitar uma melhor análise de dados e informações normalmente disponíveis no mercado
Quando o componente pneumático está submetido a razões de pressão inferiores à razão crítica,
ocorre uma saturação, significando que a vazão mássica na prática não diminui, e sim permanece
constante. A saturação ocorre devido a propagação de pressão a montante ser igual a velocidade do
fluido a jusante; VIEIRA (1998), apresenta um equacionamento que introduz este efeito na modelagem
do componente.
Para que haja um correto entendimento deste equacionamento, deve-se prestar atenção ao artifício
matemático utilizado.
1
⎧ ⎡ 2 γ +1
⎤⎫ 2
qm =
A 12⎪ 2γ
p1 ⎨ ⎢⎛⎜ p 2 ⎞ ⎛ p2 ⎞
γ
⎟⎟ − ⎜⎜ ⎟⎟
γ
⎥⎪ (119)
T1 ⎪ (γ − 1) R ⎢⎜⎝ p 1 ⎠ ⎝ p1 ⎠ ⎥⎬
⎩ ⎢⎣ ⎥⎦ ⎪⎭
A Equação (119) é desmembrada em duas novas equações que serão descritas abaixo:
2
q m = C d A 12 p 1 Ψ (120)
R T1
1
⎧ ⎡ 2 γ +1
⎤⎫ 2
⎪ γ ⎢⎛ p 2 ⎞γ ⎛p ⎞ γ
⎥⎪
Ψ=⎨ ⎜ ⎟⎟ − ⎜⎜ 2 ⎟⎟ (121)
γ − 1 ⎢⎜⎝ p 1 ⎠ ⎝ p1 ⎠ ⎥⎬
⎪ ⎢⎣ ⎥⎦ ⎪⎭
⎩
Até o presente momento não há nenhuma diferença entre o equacionamento teórico e o prático.
De acordo com VIEIRA (1998), a proposta é a seguinte:
Ψ = Ψmax ω (a ) (122)
⎛p ⎞
Adotando γ = 1,4 e ⎜⎜ 2 ⎟⎟ = 0,528 , na Equação (121), obtém-se o valor de Ψmax = 0,484 .
⎝ p1 ⎠ critico
Na determinação do coeficiente ω (a ) , VIEIRA (1998) adota o seguinte critério:
⎛p ⎞ ⎛p ⎞
a real = ⎜⎜ 2 ⎟⎟ b cr teorico = ⎜⎜ 2 ⎟⎟ = 0,528
⎝ p1 ⎠ ⎝ p1 ⎠
⎛ p2
Para ⎜⎜
⎞
⎟⎟ > 0,528 ⇒ ω(a ) = 1 −
(a − b )2
⎝ p1 ⎠ (1 − b )2
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 46
⎛ p2 ⎞
Para ⎜⎜ ⎟⎟ ≤ 0,528 ⇒ ω(a ) = 1 , quando b=0,528
⎝ p1 ⎠
2
q m = C d A 12 p 1 Ψmax ω(a ) (123)
R T1
Segundo LEITHOLD (1994), a equação da elipse com centro na origem e vértices h e k, (pontos de
intersecção com os eixos horizontal e vertical respectivamente), pode ser descrita da seguinte forma:
x 2 y2
+ =1 (124)
h2 k2
⎛ x2 ⎞
y = k 2 ⎜⎜1 − 2 ⎟⎟ (125)
⎝ h ⎠
Analisando o gráfico da página 11 da Norma ISO 6358 (ISO,1989), percebe-se que é possível fazer
uma analogia entre esta curva e a curva que representa a elipse, desde que sejam feitas as seguintes
considerações:
x = a−b
h = 1− b
y = ω(a ) x
k = ω(a ) = 1
Substituindo os valores acima na Equação (125), obtém-se a equação de ω (a) .
Vale ressaltar que esta é a aproximação usada na Norma ISO 6358 (ISO,1989) para situações
práticas.
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 47
q * m = 0,8 q m ,
q * m = 0,6 q m ,
q * m = 0,4 q m e
q * m = 0,2 q m .
O problema da Equação (123) passa a ser a determinação do valor de A 12 , pois o mesmo
normalmente não está disponível.
Conforme apresentado em VIEIRA (1998) pode-se obter a correlação da área de passagem
máxima do orifício do componente pneumático com o coeficiente C da Norma ISO 6358 (ISO, 1989)
através do seguinte desdobramento:
1 1
= R T1 (127)
R T1 R T1
p0
R= (128)
ρ 0 T0
T1 1
= (129)
T1 T1
e substituindo as Eq. (C.9) e (C.10) na Eq. (C.5) que é utilizada para determinação da vazão
mássica em componentes pneumáticos pode–se então escrever:
1
q m = A 12 p 1 2 R T1 Ψmáx ω(a ) (130)
R T1
p1 1
q m = A 12 2 R T1 Ψmáx ω(a )
p0 T1 (131)
ρ 0 T0
p1 T0
q m = A orificio ρ 0 2 R T0 Ψ max ω(a ) (132)
p0 T1
A norma ISO 6358 (ISO, 1989), define o coeficiente C, como sendo condutância sônica, e
apresenta o seguinte equacionamento para este coeficiente
q *m T1
C= (133)
ρ 0 p1 T0
A Eq. (C.13) também pode ser escrita da seguinte maneira:
T0
q *m = C p 1 ρ 0 (134)
T1
Para que se entenda o coeficiente C, é necessário igualar as Eq. (C.12) e (C.14) obtendo-se:
p1 T0 T0
A orificio ρ0 2 R T0 Ψ max ω (a ) = C p 1 ρ 0 (135)
p0 T1 T1
A orificio 2 R T0 Ψmax
C= (136)
p0
Observando a Eq. (C.15), pode-se ter uma noção física do significado do coeficiente C. A revista
Konstruktions Jahrbuch 1997/1998 faz referência a este coeficiente.
*
Como q m é justamente a vazão mássica na condição de escoamento sônico, pode-se combinar as
Eq. (C.13) e (C.14).
Assumindo ω (a) =1, obtém-se:
C p0
A orificio = (137)
Ψmax 2 R T0
Posicionadores Eletropneumáticos – LASHIP/EMC/UFSC 49
Apesar da Eq. (C.5) poder ser aplicada, ela por si só não resolve os problemas de quem está
projetando, pois os dados disponíveis em catálogos são na sua maioria relacionados à vazão nominal e
não à vazão mássica.
A própria norma, apesar de fazer referência no procedimento de testes a medições de vazão
mássica, não define claramente como isso é feito, dando a entender, que na realidade, o que se faz é
medição de vazão volumétrica.
*
A vazão volumétrica pode ser relacionada com a vazão mássica q m através do seguinte
equacionamento:
q *m = Q ρ 0 (138)
Quando se trabalha com pneumática, deve-se sempre ter atenção para o fato do escoamento ser
compressível. No escoamento compressível, a vazão mássica varia com a massa específica do fluido, e
está relacionada com as variáveis pressão e temperatura.
As informações normalmente disponíveis comercialmente têm por objetivo apenas apresentar de
forma bastante simplificada os produtos dos fabricantes. Estas informações não são padronizadas pois
fazem referência a diferentes Normas. Isto justifica porque não se deve apenas comparar vazões
mássicas, pois este procedimento, embora usual, pode acarretar erros. Dependendo das condições de
temperatura, pressão e unidades utilizadas, os erros podem ser bastante elevados.
Percebe-se uma tendência na padronização das Normas utilizadas pelos fabricantes, o que com
certeza, irá facilitar a comparação entre os dados disponíveis e a necessidade de quem projeta. Pode-se
dizer que as Normas ISO representam esta tendência.
Prof. Dr. Victor Juliano De Negri – M. Eng,. Yesid Ernesto Asaff Mendoza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
LABORATÓRIO DE SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS – LASHIP
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