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CÂNCER DE PULMÃO

DEFINIÇÃO: Neoplasias malignas com origem no epitélio do trato respiratório inferior. Linfomas, sarcomas, mesoteliomas e
carcinoides não se enquadram nesse termo!

- Cerca de 90% das neoplasias malignas pulmonares são classificadas como câncer de pulmão e podem ser subdivididas em 2 grandes
grupos: pequenas células e não pequenas células (carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células
anaplásicos)

1. Epidemiologia
- É a principal causa de morte oncológica em homens, e a segunda maior em mulheres
- O pico de incidência ocorre entre 55 e 65 anos de idade

2. Etiologia
- A principal causa de câncer de pulmão é o tabagismo, particularmente o hábito de fumar cigarros
- A carga-tabágica é um importante parâmetro diretamente relacionado ao risco, e deve ser sempre quantificada. Considera-se ALTO
RISCO um valor > 20 maços-ano
- O tabagismo passivo também eleva o risco de câncer de pulmão (em cerca de 1,3x)
- A cessação do tabagismo reduz o risco com o tempo (efeito só se torna significativo passados 15-20 anos)
- Outras etiologias: DPOC, pneumopatias fibrosantes e exposição a outros agentes ambientais (radônio e asbesto)
- Um elevado consumo de frutas e vegetais parece ser um fator protetor.

3. Tipos histológicos
CARCINOMA NÃO PEQUENAS CÉLULAS
3.1. Carcinoma epidermóide (escamoso ou espinocelular)
- É o tipo histológico mais comum, responsável por até 2/3 dos casos, principalmente em homens
- É o tipo com maior chance de ser diagnosticado pela citologia do escarro e é facilmente visualizado à broncoscopia
(tumoração brônquica exofítica)
3.2. Adenocarcinoma
- É o tipo mais comum em países desenvolvidos, assumindo a segunda posição em nosso meio
- Predominante no sexo feminino, nos jovens (< 45 anos) e nos não fumantes
- Geralmente de localização periférica, tem maior chance de ser encontrado na citologia do líquido pleural e no aspirado
nodular transtorácico
- Possui prognóstico pior do que o escamoso
3.3. Carcinoma de grandes células anaplásicos
- Subtipo menos frequente e de pior prognóstico
- Localização mais periférica, comumente cavita

CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS


- Responsável por 15-20% dos casos
- Pior prognóstico e maior agressividade
- Geralmente de localização central, possui 70% de chance de metástase à distancia no momento do diagnóstico
- Na maioria das vezes, cursa com invasão do mediastino

4. Apresentação clínica
- Na maioria dos casos, não causa qualquer sintoma até a doença já estar avançada
- A tosse é o sintoma mais comum. Dispneia ocorre em quase metade dos casos, sendo resultado da obstrução de grandes vias aéreas.
Hemoptise é observada em 35% dos casos. Dor torácica é causa pela invasão da pleura parietal, parede torácica ou mediastino.
- Síndrome de Pancoast-Tobias: tumor localizado no sulco superior do pulmão leva a essa famosa síndrome, caracterizada por dor no
ombro e/ou escapula ipsilateral e dor na distribuição do nervo ulnar. O subtipo histológico mais envolvido é o carcinoma epidermóide
- Síndrome de Claude-Bernard-Horner (miose, ptose, enoftalmia e anidrose facial ipsilateral) geralmente coexiste com a síndrome de
Pancoast
- Síndrome da veia cava superior é mais encontrada no subtipo carcinoma de pequenas células. Suas manifestações incluem edema
e congestão da face e extremidades superiores, circulação colateral proeminente e turgência jugular.
- Complicações locais: derrame pleural, cavitação, atelectasia e pneumonia pós-obstrutiva
- Metástase: adrenais, fígado, ossos e cérebro, respectivamente.

5. Diagnóstico
- Screening → indicados em indivíduos assintomáticos que apresentem todas as características a seguir:

Idade entre 55 – 80 anos


Carga tabágica ≥ 30 maços-ano
Tabagismo atual ou interrupção nos últimos 15 anos
Boa saúde geral

- O método preconizado para o screening é a TC helicoidal com baixa dose de radiação, que deve ser feito anualmente
- O próximo passo após suspeita de CA de pulmão pelos métodos de imagem é a confirmação histopatológica: a citologia do escarro
possui sensibilidade de 60-70% para tumores de localização central, com menor acurácia para tumores periféricos. Os métodos mais
utilizados para se obter tecido de uma lesão pulmonar são biópsia brônquica ou transbrônquica através de broncofibroscopia e
biópsia transtorácica por agulha guiada por TC.
- O dx também pode ser confirmado pela identificação de células neoplásicas na citologia do líquido pleural. Se mesmo com duas
toracocenteses o dx não for estabelecido, o ideal é partir para a biópsia pleural

6. Estadiamento
- Anatômico: determina a ressecabilidade do tumor
- Fisiológico: determina a operabilidade do paciente
- Exames de imagem utilizados: TC de tórax, PET-scan
- Métodos invasivos para estadiamento: mediastinoscopia, biópsia transbrônquica de linfonodos com agulha e biópsia transesofágica
de linfonodos guiados por USG endoscópico. No caso de lesões à distância, recomenda-se a confirmação histopatológica (ex: biópsia
percutânea guiada por TC)
- RNM de crânio, cintilografia óssea e PET-scan de corpo inteiro só devem ser realizados de acordo com sintomas específicos dos
doentes.
- Estadiamento fisiológico: a cirurgia de ressecção estará contraindicada se: IAM nos últimos 3 meses, nos últimos 6 meses (relativo),
VEF1 < 1L, retenção de CO2 (pCO2 em repouso > 45 mmHg), HAP grave
7. Tratamento

Carcinoma não pequenas células


- Não há metástase linfonodal nem à distância
- Escolha: Lobectomia ou pneumectomia + ressecção linfonodal do mediastino
Estágio I
- Pacientes inoperáveis: segmentectomia ou ressecção em cunha da lesão
- Outros casos: ablação por radiofrequência, RTX curativa
- Já existe acometimento linfonodal
- Escolha: Lobectomia ou pneumectomia + ressecção linfonodal do mediastino + QTX adjuvante
Estágio II
- No caso de invasão da parede brônquica (T3N0M0 = tumor de Pancoast) emprega-se QTX
neoadjuvante + ressecção em bloco da lesão
T3N1M0 Cirurgia + QTX adjuvante
Estágio IIIA Doença N2 Quimiorradioterapia isolada
Estágio III
T4N0-1M0 Quimiorradioterapia neoadjuvante + cirurgia
Estágio IIIB Quimiorradioterapia isolada
- QTX
Estágio IV
- RTX pode ser empregada no tratamento paliativo

- O carcinoma de pequenas células só possui 2 estágios: doença limitada e doença avançada. A terapia da doença limitada é a
quimiorradioterapia. Já a doença no estágio avançado é manejada somente com QTX

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