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DDA 05

TÍTULO: Ciclo de Vida – Ciclo de Vida Familiar, Primeira Parte


DATA: Quarta-feira, 14 de março de 2018
AUTOR: Joaquim Cesário de Mello

Ao longo do tempo a família sofre inúmeras e várias transformações. Tudo que


é vivo um dia nasceu, cresceu e haverá de morrer. Considerando a família como um
sistema ativo, analogamente a um organismo vivo, ela também nasce, cresce e morre.
Talvez nos seja muito difícil vermos o ciclo de vida de uma família extensa ou
ampliada, porém o mesmo não ocorre com a família nuclear. E é sofre o ciclo de vida
da família nuclear que dedicaremos nossas próximas palavras e textos.

Um dos mais clássicos livros sobre família – daqueles que se deve ter em
qualquer biblioteca de um profissional do campo da saúde mental – é o livro AS
MUDANÇAS NO CICLO DE VIDA FAMILIAR, de Betty Carter e Monica McGoldrick,
publicado no Brasil pela editora ARTMED. Com base nele é que desenvolvermos o
assunto ora em pauta. Vide o seguinte link que reproduz o capítulo I do citado livro:
TEXTO 01

Como bem destacou Erik Erikson, no tocante ao desenvolvimento pessoal, as


etapas evolutivas são períodos adaptativos e, por isto mesmo, períodos de crise: crise
adaptativa. Há ao longo da vida de um indivíduo crises que são normativas, visto que
são crises normais, que fazem parte do desenvolvimento humano, tipo a crise da
adolescência. Já há outras crises adaptativas que não são normais como, por
exemplo, perda de emprego ou a perda dos pais na infância. Estas são chamadas de
crises acidentais: podem acontecer ou não.

Socialmente falando a família nuclear se inicia com a união conjugal.


Lembremos que família nuclear, como aqui estamos trabalhando, é aquele fundada na
conjugalidade. O casamento, ou a união conjugal, não somente forma um novo casal
no pedaço, mas também representa a união entre duas famílias. Engana-se aqueles
que achar que um casamento é uma coisa fácil. Casar pode até ser fácil, todavia
continuar casado requer inúmeras tarefas adaptativas que o casal terá pela frente na
formação e consolidação do sistema marital.

Talvez quem nunca casou ainda possa alimentar que o ajustamento entre os
cônjuges seja tarefa fácil. Um casamento requer que duas pessoas renegociem juntas
uma gama de questões, grande parte delas advindas das famílias de origem de cada
um (cultura familiar). Pode-se namorar anos a fio, cinco, sete, nove, dez... porém,
quando se casa (morar juntos, dividir cotidiano, despesas e tarefas domésticas) alguns
casais não se sustentam. Entra aquela tal de “incompatibilidade de gênios”.

E não é somente o ajustamento entre os parceiros do casal. Existem


igualmente a renegociação referente os relacionamentos com os demais da família
ampliada (pais, irmãos) e até com amigos pessoais. Como escreve Carter e
McGoldrick (obra citada acima): “às vezes, a incapacidade de formalizar, no
casamento, um relacionamento de casal, quando as duas pessoas estão morando
juntas, indica que elas ainda estão muito emaranhadas com suas próprias famílias
para definirem um novo sistema”. Sabe aquela expressão popular que diz que a sogra
deve ficar a uma média distância do casal, a ponto que não fique “nem tão perto que
venha de chinelos, nem tão longe para que traga uma mala”.

A próxima etapa adaptativa frequentemente é o surgimento de filhos. Agrega-


se à conjugalidade agora a progenitura. O sistema conjugal deve se ajustar para criar
um espaço físico e afetivo para a chegada dos filhos. Há um novo realinhamento em
questão: incluir os pais da família de origem de cada cônjuge no novo papel que é o
de avós. É necessário que estes saibam passar para um papel secundário e com isto
permita aos filhos assumirem a autoridade inerentes a seus papéis paternais. Outra
vez não nos iludamos: o nascimento de um filho, embora até desejado e programado,
desequilibra de alguma forma a homeostase do casal que agora não é mais uma
díade e sim uma tríade.

Virar pai e/ou mãe é, sem sombra de dúvida, um momento marcante no ciclo
de vida pessoal e familiar. Inúmeras alterações ocorrerão, inclusive na própria
personalidade dos sujeitos envolvidos. Uma nova realidade descortina-se e eles
devem fazer frete a tais mudanças. Sacrifícios e renúncias deverão ser feitas,
principalmente quanto ao campo de vida social, bem como haverá de ser efetivar
adequações psicológicas fundamentais. Não é raro, por exemplo, pais que se sentem
como que excluídos daquela relação tão primária que é a relação mãe-filho. Faz-se,
portanto, igualmente preciso encontrar um novo espaço para ele no âmbito desta nova
família inicialmente a três.

Para quem deseja aprofundar o tema oriento dá uma olhada no seguinte texto:
PATERNIDADE: VIVÊNCIA DO PRIMEIRO FILHO E MUDANÇAS FAMILIARES
(TETO 02)

Os filhos crescem e com eles diminuem a importância e a autoridade dos pais.


Quando bem pequenos eles são dependentes absolutos do ambiente familiar.
Crescidos vão ficando cada vez menos dependentes. E eis que chega a adolescência,
momento crítico por excelência. Talvez a principal tarefa adaptativa seja a de modificar
a relação pais e filho(a) com vistas a possibilitar ao adolescente movimentar-se
paulatinamente para fora do sistema familiar (leia-se fora como maior autonomia frente
à família de origem dos mesmos).

Paralelamente a independização dos filhos, os próprios pais geralmente


enfrentam a crise da meia-idade, bem como os avós estão se fragilizando com o
passar dos anos. Os pais, por sua vez, começam uma nova etapa de vida que é a de
começar a cuidar da geração mais velha.

Fica aqui mais uma sugestão de leitura: FAMÍLIA E ADOLESCÊNCIA: A


INFLUÊNCIA DO CONTEXTO FAMILIAR NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO
DOS SEUS MEMBROS (TEXTO 03).

E ainda quem quiser aprofundar-se mais na temática vai aí um ótimo livro


sobre o assunto:

CONTINUA

Joaquim Cesário de Mello

Link para o presente texto:


http://literalmente-literalmente.blogspot.com.br/2018/03/diario-de-aula-ciclo-de-vida.html

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