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Após apresentação de minuta de provimento (Id.

82554) e decisão homologatória para publicação


do provimento (Id. 86474), sobreveio decisão do CNJ determinando a expedição de recomendação para
todas as Corregedorias-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal adotem as providências
necessárias para o fiel cumprimento do art. 20 da Lei n. 13.447/17.

Desta feita, houve despacho para o retorno dos autos a esta Gerência, para que preste informações
quanto à necessidade de adequação da minuta de provimento disposta no Id 82554 ao teor do dispositivo
legal supracitado (Id. 89365).

Analisando-se os atos normativos editados pelas demais Corregedorias, os quais foram


referenciados na decisão do CNJ, percebe-se que todos seguiram similar redação contida na minuta de
provimento contida no Id. 82554, a exemplo de: Mato Grosso do Sul
(http://corregedoria.tjrn.jus.br/index.php/normas/atos-normativos/provimentos/provimentos-2017/12662-
provimento-1692017-cgjrn/file), Rio Grande do Norte (https://www.tjms.jus.br/legislacao/visualizar.php?
lei=32179), Pará (http://www.tjpa.jus.br//CMSPortal/VisualizarArquivo?idArquivo=556003).

Ademais, com a entrada em vigor do art. 20 da Lei n. 13445/17, fixou-se como base a flexibilização
dos documentos a serem apresentados pelas pessoas em situação de refúgio, asilo, apátrida e de
acolhimento humanitário:

Art. 20. A identificação civil de solicitante de refúgio, de asilo, de reconhecimento de apátrida e de


acolhimento humanitário poderá ser realizada com a apresentação dos documentos de que o
imigrante dispuser.

Ademais, após a entrada em vigor da Lei n. 13445/17, o Comitê Nacional para os Refugiados –
CONARE editou a Resolução Normativa n° 24, de 28 de julho de 2017, a qual a dota o
Formulário de Solicitação de Reconhecimento da Condição de Refugiado, o Formulário
de Identificação de Familiares para Extensão dos efeitos da Condição de Refugiado e o
Formulário para Interposição de Recurso e altera a redação da Resolução Normativa no
22 do Conare.

O referido formulário, ao estabelecer conceitos de DOCUMENTOS, dispôs o


seguinte:

DOCUMENTOS
Juntamente com este formulário você deverá apresentar o original de seus
documentos de país de origem ou residência habitual (passaporte; identidade; e
qualquer outra documentação que você possua). Caso não possua
documentação, você deverá explicar nos campos apropriados deste documento
as razões para não possuí-los.
Você também poderá anexar outros documentos que você acredita que sejam
relevantes para o seu pedido de refúgio, incluindo a prova de filiação em
organizações políticas, relatórios médicos ou psicológicos, boletim de
ocorrência, registro de empresas, recortes de jornais, vistos ou documentos de
viagem (bilhete de avião).

Ademais, visando regulamentar a Lei n. 13445/17, houve a edição do Decreto n° 9.199, de 20 de


novembro de 2017, o qual estabeleceu o seguinte regramento:

Art. 119. O reconhecimento da condição de refugiado seguirá os critérios estabelecidos na Lei


no 9.474, de 1997.
§ 1o Durante a tramitação do processo de reconhecimento da condição de refugiado incidirão as
garantias e os mecanismos protetivos e de facilitação da inclusão social decorrentes da Convenção
relativa ao Estatuto dos Refugiados, de 1951, promulgada pelo Decreto no 50.215, de 1961, e
da Lei no 13.445, de 2017.
§ 2o O solicitante de reconhecimento da condição de refugiado fará jus à autorização provisória de
residência, demonstrada por meio de protocolo, até a obtenção de resposta ao seu pedido.
§ 3o O protocolo de que trata § 2o permitirá o gozo de direitos no País, dentre os quais:
I - a expedição de carteira de trabalho provisória;
II - a inclusão no Cadastro de Pessoa Física; e
III - a abertura de conta bancária em instituição financeira supervisionada pelo Banco Central do
Brasil.
§ 4o O reconhecimento de certificados e diplomas, os requisitos para a obtenção da condição de
residente e o ingresso em instituições acadêmicas de todos os níveis deverão ser facilitados,
considerada a situação desfavorável vivenciada pelos refugiados.
Art. 120. O ingresso irregular no território nacional não constituirá impedimento para a solicitação
de reconhecimento da condição de refugiado e para a aplicação dos mecanismos de proteção da
pessoa refugiada, hipótese em que não incidirá o disposto no art. 307, desde que, ao final do
procedimento, a condição de refugiado seja reconhecida.
Art. 121. No exercício de seus direitos e deveres, a condição atípica do refugiado será considerada
pelos órgãos da administração pública federal quando da necessidade de apresentação de
documentos emitidos por seu país de origem ou por sua representação diplomática ou consular.
Art. 122. As solicitações de refúgio terão prioridade de avaliação e decisão na hipótese de existir
contra o solicitante procedimento do qual possa resultar a aplicação de medida de retirada
compulsória.

Assim, salvo melhor juízo, entendo que a redação contida na minuta proposta se mostra adequada,
percebendo-se que o grande destinatário do art. 20 da Lei n. 13445/17 termina sendo os órgãos que
recepcionam e processam os requerimentos dos solicitantes de reconhecimento da condição de refugiado,
haja vista que, ao final, o solicitante de refúgio que tiver sua condição de refugiado reconhecida
pelo Brasil tem o direito de obter o Registro Nacional Migratório e solicitar a emissão da Cédula
de Identidade de Imigrante, documento de identidade dos imigrantes no Brasil.

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