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NEWTONIC BRAGA= =" FUNCIONAMENTO 1 MANUTENCAO IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO IMPRESSORAS FUNCIONAMENTO E MANUTENGAO Instituto NCB www.newtoncbraga.com.br tato@newtoncbraga.com.br NEWTON C. BRAGA Impressoras — Funcionamento e Manutengao Autor: Newton C. Braga Sao Paulo - Brasil - 2012 Palavras-chave: Eletrénica - Engenharia Eletrénica - Componentes — Reparagao ~ Service Copyright by INTITUTO NEWTON C BRAGA. 18 edicdo. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodugdo total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gréficos, microfilmicos, fotograficos, reprograficos, fonogréficos, videogréficos, atualmente existentes ou que venham a ser inventados. Vedada a memorizagéo e/ou a recuperagdo total ou parcial em qualquer parte da obra em qualquer programa juscibernético atualmente em uso ou que venha a ser desenvolvido ou implantado no futuro. Essas proibigdes aplicam-se também as caracteristicas graficas da obra e a sua editoragao. A violagao dos direitos autorais é punivel como crime (art. 184 e paragrafos, do Cédigo Penal, of. Lei n® 6.895, de 17/12/80) com pena de priséo e multa, conjuntamente com busca e apreensao e indenizagdo diversas (artigos 122, 123, 124, 126 da Lei n° 5.988, de 14/12/73, Lei dos Direitos Autorais. Diretor responsavel: Newton C. Braga Diagramacao e Coordenacao: Renato Paiotti IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO INTRODUCAO. OS COMPONENTES ELETRONICOS, FIOS.... FUSIVEIS... Como Testar. PILHAS E BATERIAS. Como testar.... RESISTOR Como testar.... RESISTORE: VARIAVEIS Especificacées. Teste e Substituicao. LAMPADAS INCANDESCENTES. Testando. 35 LDRs OU FOTO-RESISTRES..... Como Testar.... NTC/PTC...... Como Testar. VDR. COMO teStAl ee SD CAPACITORES. CODIGOS DE CAPACITORES CERAMICOS SMD.. Como Testar... CAPACITORES VARIAVEIS... Especificacée Como testar. BOBINAS OU INDUTORES... imbolos e ti_ose. Onde 880 encontrad as... eel COMO teStAl cei DL ‘TRANSFORMADORES. 52 Como tet accesses RELES. 2... Como Testar. NEWTON C. BRAGA MOTORES DE CORRENTE CONTINUA ( (DC) E MOTORES DE PASSO “Teste. TRANSDUTORES MAGNETICOS... Teste......... TRANSDUTORES PIEZOE! Testando. SEMICONDUTORES. Principio de funcionamento.... oe ee Trabalhando com Transistores. Como os transistores s4o usados. Teste e Identificag 40.0.0... FOTOTRANSISTORI ES. a ACOPLADORES E CHAVES OPTICAS Como testar. T i ARLIN' Testando. TRANSISTORES DE EFEITO DE CAMP FETs ... Testando. MOSFETs... Como Testar. MOSFETs DE POTENCIA F Power FETs (.....).... Como Testar.... IGBT. Ge oe Oe TeSte oop eee 12 INTEFERENCIA ELETROMAGNETICA (EMI). 412 DIAC. 114 Teste... es 4115 QUADRAC......... 115 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO SUS. Testando..... SBS. Teste... DISPLAYS DE CRISTAL LiQuibos~ ‘LCE Como testa Analdpicos. 126 Re _uladores de Tenséo.... oeecaa CMOS. Teste... Consumo e Embutidos... Como testar. Micpo_rocessadores e Microcontroladores. 145 DSP. 148 um DSP2. SMDs........ os COMPONENTES. "MECANICOS Parafusos, Arruelas e Porcas.... Alavancas. Engrenagens...... 21.158 Parafuso sem Fim... _ 160 Roletes e Cilindros. 160 PoliaS @ COMCIAS iit OT 1): ooo ee eosteeesseeseseeese esses: 163, EMCO CTS eee ee eee OF Sensores Eletro-Mecanicos. 166 AS FERRAMENTAS E OS INSTRUMENTOS — A PLACA DE CIRCUITO 167 174 NEWTON C. BRAGA O Multimetro. 185 Multimetros Anal 1COS...........:c.ee eee eee eee cece 1B Multimetros Di ptais. 187 Como Usar o Multimetro. 2.188 Medidas de Tenséo e Corrente...... Medidas de Resisténcia...... Qutras Fun des do Multimetro. Leituras e Interpretagdes das Medidas com o Multimetro. 193 Encontrando Cgm _onentes.. 193 E wivalentes. OUTROS AJUSTES. . QUE OSCILOSCOPIO COMPRAR. COMO FUNCIONAM AS IMPRESSORAS. Desvgnta_ens. Im pessoras Jato de Tinta. Lim _ando Cartuphos e Contactos. Recarga e Reciclagem de Cartuchos....... ircuit oni re Mec4nica das Ime ressoras Jato de Tinta. ras Ji if . A Natureza da Luz....... Funcionamento.......... Q Cartucho.... ircuilt rénii CIRCUITOS TIPICOS E DEFEITOS COMUNS. FILTRO E PROTECAODE ENTRADA... EONTES DE ALIMENTACAO. 7 319 Fontes Chaveadas....... 339 Porta Paralela. 367 Sinatiza do. 372 Mais Velocidade com a IEEE 1284... 377 Modo de Nibble... IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO Modo ECP. Modo EPP... a . oO mais | im_ortante é o cabo. Memérias... error a) Memérias ndo volateis (permanentes).. 390 ROM. PROM. EPROM.. DRAM. 396 Diaanéstico... secssssue sess = 399 Sintoma 1... 402 Sintoma 2... a Ss sss 407 Acionamento de Motores e Solendides......... ie 408 Problemas Comuns. 419 ‘Sintoma 1 420 Sintoma 2 Sintoma 3 Sensores... Micro Controlador a a os a Linhas de Endere o. 431 Linhas de Dados. 433 O Clock. 433 Linhas de Controle. 434 Paine! de Controle... 7 436 LEDs, Displays e Monitores...... 436 Diagnéstico e Reparacao. 442 Conclusao. ANALISE DE SINTOMAS E CAUSAS... 1.1m _ressdo fraca. ae a a 4, Pagina em preto. 454 5. Impresséo_com linhas pretas e brancas de falhas no sentido vertical. 455 6. Falhas no sentido horizontal.......... 455 ZL Areas er em que a impressdo ¢ falha ou falta. NEWTON C. BRAGA 9. Fora de Re istro. AST 10. Manchas escuras ou de sujeira na impressdo...........................457. Problemas de Conexdo. A58 Aimpressora opera de modo aleatorio....... ETIOTIIC.t31:] 2. Mensagem de erro indicando que a impressora n nao esta disponivel - 11458 ressor cartucho e outros problemas que podem ocorrer. Também temos nesse caso um problema de comunicacées.... as a ess A59 4, Falha Intermitepte de ‘Comunica 0... 1.459 Problemas de Driver. 460 1 impr t ds 461 2. Fontes incorretas s4o usadas na impresso. ...... aoe 460 RESET DE CARTUCHOS E IMPRESSORAS.. . Reset de Cartuchos. Prevapn do. 468 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO INTRODUGAO Um dos periféricos de maior importancia na interagéo do computador com 0 operador é a impressora. Centenas de tipos existem hoje disponiveis no mercado e milhdes delas foram vendidas nos ultimos aos usuarios de computadores de todo 0 pais. No entanto, como qualquer equipamento eletrénico, as impressas quebram exigindo a intervengdo de um profissional habilitado para fazer sua reparagdo. Até mesmo simples procedimentos de instalacdo e diagnésticos de eventuais problemas que se devem a pequenos ajustes de software exigem o conhecimento que somente um profissional competente pode ter. Podemos dizer que existe uma falta de uma literatura completa que permita ao profissional da eletrénica aprender um minimo necessdrio a manutengéo de impressoras, e 0 pouco que encontramos 6 vago e muito superficial néo chegando aos problemas eletrénicos principais e nem mesmo analisando o principio de funcionamento de seus circuitos. Na verdade, esse tipo de abordagem didética, em que se analisa o principio de funcionamento das diversas partes de uma impressora, é de extrema importancia, pois ele ajuda o técnico a deduzir a causa de muitos defeitos, mesmo que ele nao tenha um esquema ou um manual de servigo de determinada impressora O carter didatico de nossas publicagdes pode ser melhor entendido pelos leitores que conhecem livros de nossa autoria como 0 Curso de Eletrénica em seus diversos volumes, incluindo os de Eletrénica Digital (Muito importante para entender tudo que se relaciona a informatica), Como Testar Componentes (4 volumes) e muito mais. NEWTON C. BRAGA Este livro nao visa ser uma obra completa, pois ha muito mais do que cabe nas paginas desta edi¢4o no vasto mundo das impresoras. Além disso, a cada dia, novos tipos, utilizando novas tecnologias sao langados pelos fabricantes de todas as marcas. © que vamos levar ao leitor so itens dos defeitos basicos nos circuitos eletrénicos comuns, tomando como exemplo diagramas das impressoras mais encontradas em nosso mercado na época em que preparamos este trabalho Pelo seu entendimento e andlise o leitor poderé facilmente chegar as causas de defeitos semelhantes em impressoras mais modernas que possuam as mesmas configuragdes, mesmo que ndo usem os mesmos componentes sabendo, portanto, quais so os melhores procedimentos para o diagnéstico e reparacéo. Evidentemente, o conhecimento basico para que o leitor possa aproveitar totalmente os ensinamentos deste livro vem de uma boa fundamentagdo tedrica em eletrénica e conhecimento do uso de instrumentos eletrénicos, como o multimetro, além das técnicas de diagnésticos comuns. Se 0 leitor ja € um profissional da manutengdo de computadores e monitores de video, esta obra Ihe poderd ser de grande utilidade. Newton C. Braga al IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO OS COMPONENTES ELETRONICOS Atengao: se o leitor ja tem uma boa base na eletrénica, conhecendo componentes e circuitos, pode saltar este capitulo indo diretamente a segunda parte deste livro onde abordamos técnicas e circuitos especificos das impressoras. Os componentes encontrados nas impressoras nao sdo muito diferentes dos componentes encontrados na maioria dos equipamentos eletrénicos comuns. E claro que néo vamos encontrar um alto-falante ou um cinescépio numa impressora, da mesma forma que nao teremos motores de passo em equipamentos de som ou televisores. No entanto, resistores, capacitores, transistores, circuitos integrados, etc. s&éo componentes téo comuns numa impressora como em qualquer outro equipamento eletrénico. Isso significa que 0 diagnéstico de defeitos passa pelo conhecimento das fungdes destes componentes e do modo como eles devem ser testados. Evidentemente, isso também inclui saber como ler as especificagées destes componentes e como reconhecé-los pelos diversos aspectos com que se apresentam, para poder encontrar tipos exatamente iguais, caso se constate que eles esto com problemas. Assim, um primeiro passo para saber mexer com estes componentes 6 conhecer cada um, saber para que servem, os tipos e formas em que aparecem nas aplicagées e, finalmente, como fazer testes basicos que permitam saber se eles estao bons ou nao. Desta forma, depois de uma breve introdugdo aos conceitos basicos de eletrénica (que podem ser vistas mais profundamente nos nossos livros da série Curso de Eletrénica (Eletrénica Basica, Eletrénica Analogica e também da série “a NEWTON C. BRAGA Como Testar Componentes), principalmente se o leitor ndo tem uma boa base em eletrénica), vamos dar 0 essencial dos principais componentes que encontramos nas impressoras. © conhecimento que passamos a seguir é de extrema importancia para todos os leitores que desejam mexer ndo s6 com impressoras também com outros periféricos tais como scanners, som multimidia, etc FIOS Para interligar componentes e mesmo dispositivos de entrada e saida das impressoras s4o usados fios de metal. Existem varios tipos de fio que podemos encontrar nas impressoras. © tipo de fio usado numa aplicagdo depende, nao sé das intensidades das correntes que devem ser conduzidas, como também do tipo de corrente, ou seja, forma de onda, freqUéncia, etc. As correntes encontradas nas impressoras so, em geral, muito menores do que as encontradas nos circuitos elétricos comuns de alta poténcia, dai normalmente serem usados fios mais finos. Basicamente, ao trabalhar com reparacdo de impressoras e outros tipos de periféricos semelhantes o leitor vai encontrar os seguintes tipos de fios: (a) Cabos - formados por um nticleo com diversos condutores de cobre cobertos por uma capa isolante de plastico (b) Rigidos - formados por um nticleo com um Unico condutor coberto por uma capa isolante de plastico (c) Nu-formado por um condutor de cobre rigido sem capa protetora (d) Blindado ou coaxial - formado por um nucleo com um ou mais condutores encapados. Estes condutores sdo envolvidos por uma rede de fios trangados formando uma blindagem. 13 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO Ao tratarmos dos cabos de conexdo de impresoras com a unidade do sistema (PC), falaremos especificamente de suas configuragdes e das tomadas que usam. Procedimentos especiais de teste e reparagdo exigem um capitulo especial para eles Na figura 1 temos estes fios representados. Soeeee es | eanencene| || Cabinho he Rigido Biinddoto CHIN Tangado — Figura 1 Outro tipo de fio especial encontrado em muitos dispositivos eletrénicos, comuns nas impressoras, é fio esmaltado AWG ou American Wire Gauge. Este tipo de fio 6 usado para fazer enrolamentos de componentes como indutores, solendides, motores de passo, relés, ete. AWG é um padréo americano estabelecido para condutores nao ferrosos. O calibre destes condutores esta relacionado com o diametro. Este padrao também € conhecido como B&S de Brawn and Sharpe. 14 NEWTON C. BRAGA Os fios esmaltados AWG so formados por um condutor de cobre rigid isolado por uma fina camada de esmalte. O diémetro do fio determina a intensidade maxima de corrente que ele pode conduzir. O diametro pode ser expresso em milimetros ou mils (milésimos de polegadas), ou ainda por um numero AWG. Na tabela 1 mostramos os numeros AWG, milimetros de diametro, milimetros quadrados da sec¢o do fio e resisténcia em ohms por quilometro. IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO Numero | Didmetro | Secgdo ] Nimero de kg porkm | Resisténcla | Capacidade AWS: im) | mm’ _| espiras por em (ohmstkm} A) ‘3000 7186 107.2 0188 39 900 10.40 853 0,107, 240 a0 206 | ar.ad 0,252, 80 a 9.262 53.48 0.317 150 4 7343 | 42,41 375, 1,40 120. 2 6544 33.68 285 1.50) 96 3 5827 __| 26.67 237 1.63 78 4 51g | 21,15 188 0,20 80 5 4621 48.77 149 101 48 @ 411s | 13,90 118 127 38 z 3,865 40,55 a 1.70 30 S 3.284 3.38 74 2.08 2 a 2,906 8a 9 258 @ 10 2,588 5.28 46.8 3.23 15 7 2.05 a7 wt zor 2 12 2,053 331 204 5,13 8s. 18 1.828 2,68 23,3 6.49 75 4 1,628 2.08 Be 185 Br 60) 15 1,450 1.65 et 1a “0,3 48 6 1.281 131 72 116 "2.9 Ekd 7 1,150 Tor ar Bae Ta.34 32 18 1028 0.82. 92 73 20,73 28 49 ore | o¢s 10.2 5.18 28.15 20 2 oes | 0.52 11.8 4.81 32,89 18 a 072390 | 041 128 3,64 41.46 12 22 aedsa_| 0.33 144 2.80 515 0.92 2 as7as_| 028 6H 220 36a 7s 24 05108 [0,20 13.0 1,82, 85.0 0.58 25 a4sa7 [0.16 20,0 1.44 706.2 0.46, 2 40a [0.19 28 114 807 037 2 0.3606 [ 0.10 26 0.57 470.0 0.25 28 as271 0.08 m4 O72 725 0.23 a ozes9 | 0.064 m4 os? 265.8 0,18 0 0.2548 | 0.081 25.8 0.48 333.3 0.16, 34 0.2208 [0,040 39.8 0,38 425.0 Ott 2 o,2019 [0.082 5 0,28 5312 0.08 3 atvaa | 0.0284 0 0.28 e808 ware 4 0.7001 | 0.0201 6.0 De 358 0,057 35 o1428_| 0.0159 62.3, O14 1088.0 0,045 6 atz7o | 0.0127 69.0 0.10 13380 0,036 a oti31_| 00100 78.0 0,089 1700.0 0,028 38 0.1007 [0,078 22.3 0,070 252.0 0.022 a ‘a.0ae7 | 0.0088 75 0.056 2596.0 0017 40. 0.0789 | 0.0050 11.0 3.044 3400.0 0.01 ci ‘OOrTT [0.0040 TEE TOS F500 TOT a2 a0633_| 0.0032 138.9 0.028) 5312.0 2,008 a3 0.0564 | 0.0025 156.4 0,022 ‘8800.0 0,007 44 00503 | 0.0020 169.7 0.018 8500.0 9,005 16 NEWTON C. BRAGA FUSIVEIS Os fusiveis so elementos de protegéo de um circuito. A finalidade do fusivel 6 comparada ao elo mais fraco de uma corrente. Se acontecer alguma coisa no circuito que eleve a corrente para além de certo valor que seja perigoso para a integridade do circuito, ele se rompe interrompendo o circuito. Os fusiveis so especificados pela intensidade da corrente com que abrem. Eventualmente podem também ter uma tensdo maxima recomendada. Na figura 2 mostramos alguns tipos de fusiveis encontrados nos aparelhos eletrénicos comuns, incluindo as impressoras, assim como seus simbolos. Fusiveis com outros formatos também podem ser encontrados. Estes fusiveis sao basicamente formados por um pedago de fio fino que é calculado para se fundir com uma determinada intensidade de corrente. Os fusiveis s4o ligados em série com os dispositivos ou circuitos que devem proteger, conforme mostrado na figura 3 Cireuito Veo Elerrénico Vac Figura 3 ac IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO Normalmente sdo intercalados entre a entrada de energia e o dispositive alimentado ou ainda num setor em que correntes intensas posam causar a queima de componentes delicados. Em muitos equipamentos encontramos diversos fusiveis protegendo diversos setores de tal forma que, se uma etapa de um equipamento tem problemas, apenas 0 fusivel que a protege abre. A especificagdo mais importante de um fusivel é a corrente em que ele abre (queima). Esta é a corrente nominal podendo ser especificada tanto em miliampéres como em ampéres. Quando substituir um fusivel 0 profissional deve estar atento para usar sempre um com a mesma corrente que 0 original. Se um fusivel de maior corrente for usado, em caso de falha ele pode nao abrir, e com isso podem ocorrer danos irreversiveis no circuito que deveria estar sendo protegido. Outra especificagdo importante de alguns fusiveis é a sua velocidade de ago, ou seja, quanto de rapidez que esperamos para sua abertura. Assim, existem aplicagdes em que se exige o emprego de fusiveis de agdo rapida. Como Testar um Fusivel Um fusivel em bom estado deve ter uma resisténcia elétrica muito baixa Para saber se ele esta em bom estado o teste que se faz ¢ de continuidade, ou seja, como ele conduz a corrente. Este teste pode ser feito com um multimetro ou mesmo um provador de continuidade. CHAVES Nas impressoras assim como outros equipamentos eletrénicos o profissional vai encontrar diversos tipos de chaves. Como em qualquer outro 18 NEWTON C. BRAGA equipamento, as chaves s4o usadas para se controlar a corrente nos circuitos ou em suas partes. ‘As chaves encontradas nas impressoras podem ter as mais diversas fungSes como ligar e desligar a impressora até mudar ou selecionar suas fungées. Na figura 4 mostramos os simbolos adotados para representar as chaves a 0s principais tipos. O simbolo indica o que a chave faz. OPDT (c) Fi 4 } igura ) (b) — Por exemplo, em (a) temos uma chave SPST (Um polo uma posicao ou Single-Pole Single Throw) que é um interruptor simples que controla uma unica corrente num unico circuito. Uma chave de dois pélos x 2 posigées (DPDT - Double-Pole Double- Throw) controla a corrente em dois circuitos ao mesmo tempo, passando-a de um para outro condutor (b). Nas impressoras podemos encontrar muitas chaves de teclas com contacto momentaneo, como as mostradas em (c), as quais selecionam fungées produzindo um breve pulso de corrente. As chaves também séo classificadas de acordo com 0 modo como sao operadas, podendo ser deslizantes ou rotativas, IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO Algumas chaves especiais também podem ser encontradas diretamente montadas nas placas de circuito impresso para configuragao, sendo chamadas de "dip switches". As chaves so encontradas em todas as aplicagSes onde a corrente precisa ser controlada. Todo equipamento precisa de pelo menos uma chave para seu funcionamento, a que liga e desliga sua alimentagao As chaves s&o especificadas pelo nlimero de pdlos, pelo numero de posigées, além da corrente e tensdo maxima de operacdo Os pélos podem ser indicados por simbolos como os que vimos: SPST - Um pélo x Uma posigao (Single-Pole Single-Throw) SPDT - Um pélo x Duas posigdes (Single-Pole Double-Throw) DPDT - Dois pélos x Duas posicées (Double-Pole Double-Throw) A corrente maxima de operagéo de uma chave é indicada em ampéres (A). Nunca use numa aplicagéo uma chave com menor capacidade do que a recomendada. Os contactos podem aquecer danificando-a. A tenséo maxima de operagdo é indicada em volts (V). Como Testar Uma chave aberta tem de apresentar uma resisténcia infinita e quando fechada, muito baixa (proxima de zero). Para testar uma chave basta fazer um teste de continuidade com ela aberta e depois fechada. Para isso pode ser usado um multimetro na escala mais baixa de resisténcias. Um teste visual também ajuda, pois uma chave que tenha sofrido sobrecargas tem sinais de queimado e deformagées. 20 NEWTON C. BRAGA PILHAS E BATERIAS As pilhas e baterias s&o fontes primarias de energia de muitos equipamentos eletrénicos. A pilha é formada basicamente por dois metais diferentes que s&o imersos em algum tipo de substancia quimica. Nas impressoras nao encontramos esse tipo de dispositivo, a ndo ser em alguns casos em que reldgios, ou outros recursos que devam ser mantidos ativos com ela desligada existam. No entanto, 6 bom que o leitor tenha uma nog&o sobre este tipo de dispositivo. Os formatos e tamanhos de pilhas comuns recebem designagdes como AA, AAA, C , D e botdo. As pilhas comuns nao sdo recarregaveis, o que quer dizer que, uma vez esgotadas, devem ser jogadas fora, dai serem denominadas células primarias. No entanto, encontramos pilhas que sao denominadas células secundarias, pois precisam ser carregadas como as de Ni-Cad (Niquel-Cadmio). Estas pilhas podem ser carregadas fazendo circular uma corrente através delas, utilizando-se para isso um circuito especial, como o mostrado na figura 5. N . } Retificador Pihos ou Slee Bateria'em = recarga nN — ‘ Figura 5 P As tensées das pilhas comuns variam entre 1,2 e 1,5 V. Quando ligamos diversas pilhas ou células em série, suas tensdes se somam e, com isso, obtemos o que se denominada uma bateria. As chamadas ea IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO baterias de 9 V recebem este nome porque sdo formadas por 6 pilhas de 1,5 V ligadas em série. Na figura 6 temos o simbolo adotado para representar pilhas e baterias assim como os aspectos dos tipos mais comuns. ra Pilha Figura 6 Como testar Existem diversos tipos de testes de pilhas e baterias disponiveis, mas o mais usual é empregar o multimetro. Muitos multimetros possuem a fungdo de teste de pilhas, o que facilita bastante esta tarefa. Para os outros, o que se faz é verificar a tensdo entre os seus terminais. Esse € um dos componentes mais comuns em todos os circuitos eletrénicos, incluindo as impressoras. A presenga de uma resisténcia elétrica num Circuito nem sempre é desejavel, pois significa uma perda de energia que se 22 NEWTON C. BRAGA converte em calor. No entanto, existem casos em que é preciso agregar uma resisténcia ao circuito justamente com a finalidade de se reduzir a intensidade de uma corrente ou diminuir a tensdo. Por este motivo, encontramos nos circuitos eletrénicos componentes denominados resistores que tém justamente por fungdo oferecer certa resisténcia a passagem da corrente. © tipo de resistor mais comum é resistor fixo que é feito de algum tipo de material que seja mal condutor, ou ainda que seja moldado de modo a apresentar certa resisténcia. Conforme vimos, a resisténcia ¢ medida em ohms e os resistores encontrados nos equipamentos eletrénicos podem ter diversos tamanhos, apresentando resisténcias que podem estar entre fragdo de ohm e milhdes de ohms. Na figura 7 mostramos os simbolos usados para representar os resistores fixos. Observe que temos os simbolos encontrados em diagramas de origem americana (a) e simbolos adotados na Europa (b). pecaai eee ee aaereeae aay —!it— (a) ——_+-—— (b) Simbolos \ Figura 7 a a a Os tipos mais comuns de resistores que encontramos nos equipamentos eletrénicos so os de carbono ou pelicula metélica que tém baixa dissipacéo, Nas impressoras, 08 tipos SMD (Surface Mounting Device) so muito comuns, pelas suas reduzidas dimensées. 23 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO Para dissipag6es elevadas temos os resistores de fio que s4o formados por fios de nicromo enrolados numa base de porcelana. Os resistores de baixa poténcia podem dissipar calor numa faixa de poténcia de 1/8 a 2 W, enquanto que os de fio podem ter dissipagdes na faixa de 5 a 200 W. Quando usando, trocando ou testando resistores também precisamos conhecer suas especificagées. As principais so * Valor © valor de um resistor é dado pela sua resisténcia em ohms. Para os tipos maiores de fio, por exemplo, 0 seu tamanho permite que seu valor seja gravado diretamente no seu corpo. No entanto, para os tipos de baixa dissipagdo, dadas suas reduzidas dimensées é adotado um cédigo universal de marcac&o de valores através de faixas coloridas. Este cédigo é mostrado na tabela 2. (cor 1° anel 2° anel x3? anel 4° anel ) preto : 0 x1 : marrom 1 1 x10 1% vermelho 2 2 100 2% Taranja 3 3 x 1000 3% amarelo 4 4 x 10000 % verde 3 5 x 100000 5 azul 6 6 x1000000 | _- violeta 7 T - - cinza 3 3 = : branco 9 9 : : prata = = x 0,01 10% dourado = 5 xO.1 3% Observacées: - Seo resistor tiver trés faixas, a tolerancia sera assumida como 20% 24 NEWTON C. BRAGA - Se o resistor tiver 3 ou 4 faixas o coeficiente de temperatura nao sera indicado. Exemplo de leitura: um resistor tem as faixas indicadoras de valor da extremidade para o centro na seguinte sequéncia: vermelho, violeta, laranja e prateado. As duas primeiras faixas formam o valor 27. A terceira faixa o fator de multiplicagao ou ntimero de zeros que € 3 (000). Assim, o valor do resistor é 27 000 ohms ou 27 k ohms. A quarta faixa indica a tolerancia que é de 10%. Resistores SMD: Para os resistores SMD, que s40 muito pequenos 6 empregado o codigo EIA-90, que todo reparador de equipamentos eletrénicos, incluindo de impressoras, deve conhecer. Cédigo EIA-90: Essa codificagao consiste num cédigo de trés caracteres Os dois primeiros digitos dao os trés digitos significativos da resisténcia, conforme uma tabela que deve ser consultada e que é dada a seguir. O terceiro simbolo é uma letra que indica o fator de multiplicagao. Veja na tabela o cédigo EIA-90 25 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO codigo valor codigo valor codigo valor codigo valor Codigo valor codigo valor 100 17 147 33° «215 49 316 65 464 81 681 102 18 150 34° «(221 50 324 66 475 82 698 105 19 154 35 226 «4951 332 67 487 83 715 107 20 158 36 «232 52 340 68 499 84 732 110 21° 162 37° (237 53 348 «669 511 85 750 113 22 165 38 «243 54 357 70 523 86 768 115 23 169 39 «249 $8 35 71538 «3B Ter 118 24 174 40 255 56 374 72 549 88 806 121 25 178 41 261 57 383 73 562 89 825 124 26 182 42 237 58 392 74 576 90 845 127 27 «187 43° 274 59 402 75 590 91 866 130 28 191 44 280 60 412 76 604 92 887 133 29 196 45 287 61 422 77 619 93 909 137 30 200 46 294 62 432 78 634 94 931 140 31° 205 47 301 63 442 79 649 95 953 143 32_ 210 48 309 64 453 80 665 96 976 As letras para o fator de multiplicag&o so dadas pela seguinte tabela: letra multiplicador letra multiplicador F 100000 B 10 c 10000 A 4 D 1000 Xors 0.1 c 100 YorR 0.01 Exemplo: 22 A = 165 ohms. 58C =49 900 ohms (49,9 k) 43E =2740000 (2,74 M). 26 NEWTON C. BRAGA 2% 5% gs ei]. g| - g| - D2 5 > 5 2 8 > 5 3 5 3 3 Ss 8| 7 ee S| = Sle 01 100 13 330 25 100 37 330 02 110 14 360 26 110 38 360 03 120 15 390 27 120 39 390 04 130 16 430 28 © 130 40 430 05 150 17 470 29° 150 41 470 06 160 18 510 30 160 42 510 07 180 19 560 31 180 43 560 08 200 20 620 32 200 44 620 09 220 21 680 33 220 45 680 10 240 22 750 34 240 46 750 41 270 23 820 35 270 47 820 12 300 24 910 36 300 48 910 * Dissipagao © tamanho e 0 material de que ¢ feito o resistor determinam a quantidade de calor que ele pode transferir para o meio ambiente sem se queimar. Com base na aplicagao a que se destinam, podemos encontrar resistores com diferentes capacidades de dissipag4o ou poténcia (medidas em watts). Assim, os pequenos resistores de filme metalico e carbono s4o encontrados tipicamente em dissipagdes de 1/8 (0,125) a 2 W, enquanto que os resistores de fio de maior dissipagéo sao encontrados tipicamente em dissipagdes entre 5 W e mais de 200 W. A figura 8 mostra resistores de carbono comparados em fungéo da dissipago. O menor 6 de 1/8 W enquanto que o maior de 1/2 W. ao IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO & Figura 8 ) * — Tolerancia E impossivel fabricar um resistor com um valor exato de resisténcia. Também devemos considerar que isso nao é necessario na maioria das aplicagdes praticas, ja que os circuitos so projetados para operar numa certa faixa de correntes e tenses. Isso significa que é tolerada certa variagao nos valores dos componentes, ‘© que justamente € chamado de tolerancia. Os resistores comuns podem ser encontrados numa faixa de tolerancias que vai de 1% a 20%. Assim, um resistor de 1000 ohms x 10% pode, na realidade, ter valores entre 900 e 1100 ohms. \sso significa que nao precisamos fabricar resistores de 950 ohms, pois um de 1000 ohms com 10% de tolerancia vai abranger provavelmente este valor (veja a tabela para os resistores SMD dada anteriormente) Os resistores, por este motivo, s&0 fabricados em poucos valores, formando séries que so determinadas pela tolerancia Na tabela a seguir temos as duas séries mais comuns com tolerancias de 10% e 10%. 28 NEWTON C. BRAGA Série E-6 de 20% | Série E-12 de 10% 10, 10 12 6 5 18 22 22 27 33 33 39 a7. 47 56 68 68 82 700 100 Isso significa que podemos encontrar resistores de 10, 150, 330, 33000, 4700, 68 000 ou 1 000 000 ohms com 20% ou 10% de tolerancia. Um resistor de 56 ohms, certamente sera de 10% de tolerancia assim como um de 8200 ohms. Como testar Quando percorridos por corrente excessiva, os resistores aquecem e acabam por queimar. Podemos perceber que um resistor esté queimado porque fica escurecido, e até mesmo deformado. No entanto, os resistores também podem ter sua resisténcia alterada sem que se note isso por uma simples observacao visual. Para testar um resistor, o melhor é usar um multimetro que é um instrumento que, entre outras coisas, mede resisténcias. Assim, podemos medir a resisténcia de um resistor suspeito e verificar se ela confere com o valor que o componente deve apresentar. Na figura 9 mostramos como usar o multimetro no teste de um resistor Lembre-se, ao medir 0 valor de um resistor, em considerar a sua tolerancia. 29 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO Também é importante sempre testar os resistores fora dos circuitos em que eles esto, para que o préprio circuito nao tenha sua resisténcia medida. Esse procedimento j4 6 um pouco mais complicado no caso dos resistores SMD, pois sua retirada do circuito exige ferramentas e recursos especiais Figura 9 RESISTORES VARIAVEIS Existem circuitos em que nao se pode ter uma resisténcia fixa em determinadas fungdes. Um exemplo disso é um amplificador de som em que precisamos variar a resisténcia que deixa passar 0 sinal de uma etapa para outra de modo a controlar seu volume. Assim, 0 controle de volume de um amplificador & feito por um tipo de resistor variavel, assim como € 0 controle de brilho numa lampada ou de contraste num televisor analogico. Também precisamos ter resistores varidveis, que so ajustados para o ponto correto de funcionamento de um aparelho depois que ele é montado. Nas impressoras, a presenga de resistores varidveis 6 rara Os resistores varidveis podem ser divididos em duas categorias: 30 NEWTON C. BRAGA Os potenciémetros que normalmente sdéo montados nos painéis dos equipamentos e usados como controles de fungdes dos equipamentos como, por ‘exemplo, os controles de um amplificador ou televisor. Os trimpots que s4o montados dentro dos equipamentos para se fazer 0 ajuste do ponto de funcionamento. Qs tipos comuns sao formados por um elemento resistivo sobre 0 qual corre um cursor. Assim, com o movimento do cursor seleciona-se o ponto do material resistivo em que é feita a ligagdo e desta forma a resisténcia apresentada pelo componente. Os elementos resistivos podem ser o carbono ou um fio metdlico, dando origem a potenciémetros de carbono ou fio. Resistores comuns encontrados em equipamentos eletrénicos podem ter tesisténcias entre 1 e 10 000 000 ohms (10 M ohms). Na figura 10 temos os simbolos adotados para representar potenciémetros e trimpots assim como os aspectos dos tipos mais comuns. era “ ae Figura 10 Mi ) IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. Especificagées a) Valor ou resisténcia nominal A especificagao mais importante de um resistor varidvel (potenciémetro ou trimpot) € a sua resisténcia nominal. Esta resisténcia é indicada em ohms, tepresentando o valor maximo de resisténcia que o componente pode assumir. Por exemplo, um potenciémetro de 10 000 ohms pode ser ajustado para apresentar qualquer resisténcia entre 0 e 10 000 ohms. b) Variagdo da resisténcia Em alguns tipos de potenciémetros a resisténcia varia linearmente (numa propor¢ao direta) com o movimento do cursor enquanto que em outras a variagao segue uma curva logaritmica. Assim, existem dois tipos de potenciémetros quanto & variagdo: lineares (lin) e logaritmicos (log). Os logaritmicos normalmente sao usados no controle de volume de equipamentos que operem com som. Teste e Substituigao Os potenciémetros e trimpots podem queimar, ou ter seu elemento resistivo interrompido, além de apresentar problemas de contactos. Para testar um potenciédmetro, medimos sua resisténcia entre as extremidades e entre as extremidades e o cursor, movimentando o cursor. Neste movimento, o multimetro deve indicar uma variagdo suave da resisténcia. Saltos da agulha indicam falhas de contacto. 32 NEWTON C. BRAGA LAMPADAS INCANDESCENTES Na maioria dos equipamentos eletrénicos modernos a iluminago de fungdes ¢ feita por LEDs, alguns de alto brilho que substituem as antigas lampadas incandescentes. No entanto, pode ocorrer ainda que em equipamentos mais antigos as ampadas sejam usadas. Lampadas incandescentes de diversos tipos s&o encontradas nos equipamentos eletrénicos, exercendo fungées de indicadores de painel, efeitos de luz, sinalizag&o, etc. As caracteristicas n&o lineares do filamento (tenséo x corrente) também possibilitam a utilizagéo da lampada como elemento regulador de corrente em certos circuitos eletrénicos Os equipamentos eletrénicos comuns normalmente usam pequenas lampadas incandescentes de 1,5 a 12 V com correntes na faixa de miliampéres (10 a 500 mA). A figura 11 mostra os simbolos usados para representar lampadas incandescentes e os tipos mais comuns encontrados em aplicagées eletrénicas. ( \ (a) (b) Simbolos \ Figura 11 } Especificagées a) Tens&o nominal 33 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. E a tenstio de operagao da lampada. Os tipos comuns tém tensdes de operagao na faixa de 1,5 12V b) Corrente nominal E a corrente que flui pelo filamento da lampada quando a tensdo nominal 6 aplicada. Os tipos usados em aplicagées eletrénicas variam entre 10 mA e 500 mA, tipicamente. c) Numero ou Tipo Em alguns catélogos de lampadas para aplicagées eletrénicas, seu tipo pode ser indicado por um numero. Este numero de identificagao. Assim, a lampada #47 & bem conhecida e tem por caracteristicas 6,3 V x 150 mA. Teste e Substituigao Os filamentos das lampadas devem ter uma resisténcia muito baixa (da ordem de dezenas ou centenas de ohms no maximo). Assim, o teste de sua integridade pode ser feito com o multimetro. Alta resisténcia no teste significa um filamento interrompido e, portanto, uma lampada queimada. A substituigao de uma lampada, num equipamento eletrénico, deve ser feita por outra que tenha mesma tensdo e corrente que a original. LAMPADAS NEON As lampadas neon sao usadas em alguns circuitos como indicadores de painel e também como elementos ativos ja que possuem caracteristicas que possibilitam seu aproveitamento como oscilador. NEWTON C. BRAGA Nas impressoras é raro encontrarmos este tipo de componente. As lampadas neon consistem em pequenos bulbos vidro cheios de gas neon, com dois eletrodos que nao se tocam. Quando aplicamos uma tensdo suficientemente alta aos eletrodos o gas se ioniza e emite uma luz alaranjada. Uma lampada neon comum precisa de uma tensdo de aproximadamente 80 V para acender. Com a ionizagdo a resisténcia do gas cai e a lampada pode conduzir uma corrente mais intensa Na figura 12 temos o simbolo da lampada neon e o aspecto dos tipos mais comuns ( > ir 2a” Simbolo Aspecto Figura 12 AN a Testando Basta ligar em série um resistor de 220 k ohms e alimentar a lampada com 110 V ou 220 V. Ela deve acender se estiver boa. ‘Atengdo: Nunca ligue uma lémpada neon diretamente na rede de energia Sem o resistor limitador ela pode explodir! LDRs OU FOTO-RESISTRES Foto resistores, células de sulfeto de cadmio (CdS) ou LDRs (LightDependent Resistor) s4o componentes sensiveis a luz. Eles possuem uma 35 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO superficie sensivel (sulfeto de cddmio) que apresenta uma resisténcia muito alta no escuro, mas que cai quando iluminada. No escuro a resisténcia 6 da ordem de milhdes de ohms, caindo para centenas ou dezenas de ohms sob luz forte. O LDR € usado como sensor de luz em certos tipos de impressoras e em inumeros equipamentos eletrénicos. Nas impressoras, 6 mais comum o sensor equivalente do tipo semicondutor, como 0 foto-diodo e o foto-transistor, mas é bom conhecer o principio de funcionamento dos LDRs. Na figura 13 temos os simbolos adotados para representar o LDR assim como 0 formato dos tipos mais comuns. if by \ © —_@}— Simbolo Figura 13 Nocecar care seis Apesar dos LDRs serem dispositivos muito sensiveis, eles ndo so rpidos o suficiente para certas aplicagdes como, por exemplo, leitura éptica de cédigo de barras e detecgdo de posi¢ao de pegas mecanicas Para estas aplicagées 0 leitor vai encontrar outros componentes de que falaremos futuramente. Como Testar Para testar um LDR, basta medir sua resisténcia no claro e depois no escuro. Podemos fazer isso usando um multimetro comum numa escala intermediaria de resisténcia. Cobrindo-o com a mao de modo que n4o receba luz deve apresentar uma resisténcia alta (acima de 10 000 ohms, tipicamente) e NEWTON C. BRAGA quando descoberto, de modo a receber a luz ambiente, deve apresentar uma baixa resisténcia (menor que 10 000 ohms, tipicamente) NTC/PTC Resistores com Coeficiente negativo de temperatura ou Negative Temperature Coefficiente resistores com coeficiente positive de temperatura (Positive Temperature Coefficient) sé0 componentes cuja resisténcia varia com a temperatura. No NTC (negativo) a resisténcia diminui quando a temperatura aumenta, ¢ no PTC (positive) a resisténcia aumenta quando a temperatura se eleva. Estes componentes s&o fabricados com materiais (ligas e misturas) que tem propriedades térmicas especiais. Na figura 14 mostramos os simbolos usados para representar estes componentes, os aspectos dos tipos mais comuns e suas curvas caracteristicas ZF Resisténcia ( 0) Figura 14 Os NTCs e os PTCs so especificados pela resisténcia que apresentam a uma determinada temperatura, normalmente a temperatura ambiente de 20 oC. As demais resisténcias apresentadas pelo componente podem ser obtidas pela sua curva caracteristicas que normalmente é fornecida pelo fabricante. 7 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. NTCs e PTCs s4o usados nos equipamentos eletrénicos como sensores de temperatura. Eles podem ser montados fora dos equipamentos para sensoriar a temperatura ambiente, ou dentro dos equipamentos para sensoriar a temperatura das suas partes mais criticas sujeitas a aquecimento. Podemos usar os NTCs tanto para acionar dispositivos de refrigeragao ou aquecimento quando a temperatura atinge certo valor, como para compensar os circuitos que alimentam circuitos que se aquecem Como Testar NTCs e PTCs podem queimar ou sofrer alteragdes de caracteristicas. Neste caso, sua resisténcia nominal se altera ou ele ndo mais responde as variagées da temperatura. O teste mais simples consiste na medida da resisténcia usando o multimetro. VDR Os Voltage Dependent Resistores ou Resistores que Dependem da Tensdo s&o também denominados Varistores de éxido de zinco, ou metal éxido. Outra denominacdo encontrada para estes componentes ¢ como TSA (Transient Surge Absorbes) ou componentes que absorvem transientes. Estes componentes possuem uma resisténcia que muda com a tensdo aplicada. Esta resisténcia cai abruptamente possibilitando a circulag4o de correntes intensas quando a tensdo ultrapassa certo valor Esta caracteristica possibilita a sua utilizac&o como protetor de linha de alimentagao de aparelhos sensiveis, como as impressoras e também computadores e outros periféricos, para absorver transientes e picos de alta tensdo que possam estar presentes na energia 38 NEWTON C. BRAGA Na figura 15 mostramos os aspectos e os simbolos adotados para representar os VDRs. tamanho vai depender da quantidade de energia que eles podem absorver quando se tornam condutores. 7 i —Z}+—_ Wf —— Simbolos \ Figura 15 ‘ = 2 A especificagdo principal de um VDR é a sua tensdo de operago, ou a tensdo em que ele se torna condutor. Para os componentes mais comuns, esta tens&o varia entre 18 e 1800 volts. Encontramos os VDRs principalmente nos circuitos de entrada de alimentagéo das impressoras e também de aparelhos elétricos e eletrénicos comuns, como um protetor contra transientes. Estes dispositivos ficam em paralelo com a linha de energia, absorvendo qualquer pulso ou transiente que venha pela alimentagéo e que possa causar danos ao equipamento alimentado. Quando isso ocorrer 0 componente pde em curto a alimentagéo por um instante e absorve a energia do pulso de ata tensdo numa aco muito rapida. Como testar Os efeitos dos picos de tensdo que sao absorvidos pelo VDR fazem com que ele tenha uma vida limitada. Cada pico provoca um leve aquecimento do componente que se reflete numa mudanga gradual de suas caracteristicas. Assim, chega o momento em que ele entra em curto ou ndo age mais devendo ser substituido. 39 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. Ao fazer a troca de um VDR, deve ser usado sempre um de mesma tensdo e mesma capacidade de absorcdo de energia que é dada em Joules. Para testar, podemos apenas descobrir se ele esta em curto medindo sua resisténcia CAPACITORES Capacitores séo componentes que tém por fung&o armazenar energia elétrica. Os capacitores comuns so formados por duas pecas de material condutor separadas por um material isolante. Quando uma tensao DC é aplicada entre estas placas condutoras, chamadas armaduras, ele fica carregado: uma armadura armazena cargas positivas e a outra armazena cargas negativas. O material isolante, denominado dielétrico normalmente da nome ao capacitor (mica, poliéster, ceramica, etc.) A forma como os capacitores s4o construidos pode variar, assim como 0 tamanho, dependendo de quanto de carga se deseja que eles armazenem, Na figura 16 mostramos os principais simbolos adotados para representar 0s capacitores assim como os aspectos dos tipos mais comuns ‘ee 8 TT T Simbolos \ Figura 16 As diferengas entre os tipos so importantes, pois conforme o material usado como dielétrico podem se manifestar propriedades especificas que tornam 40 NEWTON C. BRAGA os capacitores ideais para determinadas aplicagdes. Assim, enquanto os capacitores ceramicos e de mica sdo indicados para circuitos de altas frequéncias, os de poliéster e eletroliticos s&o indicados para aplicagbes em circuitos de corrente continua e baixas frequéncias. © profissional também precisa estar atento que determinados tipos de capacitores, como os eletroliticos, que so polarizados. Isso significa que eles possuem uma armadura que sempre deve ser positiva e uma que sempre deve ser negativa Se eles forem ligados invertidos podem sofrer danos e até mesmo explodir em alguns casos. Também temos 0 caso dos capacitores em invdlucros SMD que s&o exatamente iguais aos resistores e até usam cédigos semelhantes. Diferenciar um capacitor de um resistor SMD num circuito exige sua medida ou ainda um diagrama. Ao trabalhar com capacitores nos circuitos eletrénicos, 0 profissional deve estar atento as seguintes especificagdes destes componentes: a) Capacitancia A capacitancia é medida em farads. No entanto, os capacitores usados na maioria dos equipamentos eletrénicos possui capacitancias muito pequenas, muito menores que 1 farad, sendo normal o uso dos seus submiittiplos. Na tabela dada a seguir temos os submultiplos mais usados Unidade Simbolo Valor em Farads (F) Microfarad. pF 0,000 001 F Nanofarad (ils 0,000 000 001 F Picofarad pF 0,000 000 000 001 F 41 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO A tabela seguinte mostra como fazer a conversdo de um submiltiplo para outro: Para converter em Multiplique por Microfarads Nanofarads 4000 Microfarads Picofarads 1.000 000 Nanofarads Picofarads 14000 Nanofarads Microfarads 0,001 Picofarads Microfarads 0,000 001 Picofarads Nanofarads 0,001 ‘Assim como no caso dos resistores, alguns capacitores séo pequenos demais para que seus valores sejam gravados de forma normal nos seus invélucros. Encontramos entdo as especificagdes destes componentes sob a forma de cédigos que o leitor deve conhecer. Um desses codigos é 0 de 3 digitos. Este codigo é formado por 3 numeros ou dois numeros e uma letra. Para o caso de trés nuimeros, os dois primeiros formam o valor que deve ser seguido do numero de zeros, dado pelo terceiro algarismo ou multiplicado pelo prefixo indicado pela letra. Exemplos: 10 n= 10 nF 47p = 47 pF 103 = 10 000 pF = 10 nF 474 = 470 000 pF = 470 nF Abaixo de 100 pF, apenas dois digitos so usados. Exemplo: 27 = 27 pF Também neste caso temos cédigos especiais para os valores dos capacitores SMD. Na verdade, 0 cédigo tem semelhanga com o dos resistores ficando dificil diferenciar os dois tipos de componentes sem a medida ou ainda sem termos o diagrama, Damos a seguir esse cédigo: 42 NEWTON C. BRAGA CODIGOS DE CAPACITORES CERAMICOS SMD Os cédigos basicos dos capacitores SMD (para montagem em superficie) s&0 formados normalmente por duas letras em um digito. A primeira letra representa o fabricante, enquanto a segunda letra representa a mantissa do valor da capacitancia. O terceiro simbolo, que é 0 digito representa o multiplicador ou expoente em picofarads (pF). Por exemplo, KJ2 6 um capacitor de um fabricante desconhecido "Kk" que tem 2,2 (J) x 100 = 220 pF. A tabela abaixo fornece a relagéo de mantissas para os valores mais comuns: Letra Mantissa Letra Mantissa Letra Mantissa Letra Mantissa A 1.0 J 22 s 47 a 25 B 141 kK 24 T 541 b 35 ¢c 12 L 27 U 56 d 40 D 13 M 3.0 Vv 62 e 45 E 15 N 33 w 68 t 5.0 F 16 P 36 x 75 m 6.0 G 18 Q 3.9 Y 8.2 n 7.0 H 2.0 R 43 Zz 94 t 8.0 y 9.0 CODIGO DE CAPACITORES ELETROLITICOS SMD Os capacitores eletroliticos SMD, apesar de suas reduzidas dimensées, tém marcadas, tanto a capacitancia, como a tensdo de trabalho. Assim, 22 6V consiste num capacitor de 22 uF x 6 V. No entanto, também pode ser usado um 43 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. cédigo especial formado de uma letra e 3 digitos. A letra indica a tensdo de trabalho e os trés digitos consistem no valor, sendo os dois primeiros digitos 0 valor e 0 terceito o multiplicador. © valor obtido é dado em pF. A faixa indica o terminal positivo. A tabela abaixo da os valores de tensao para a letra: Letra Tensao 25 4 6.3 10 16 20 25 35 50 rmIcam Exemplo: C228 significa um capacitor de 2,2 uF x 166 b) Tens&o de trabalho A capacitancia de um capacitor depende da distancia entre as placas e da natureza do material usado como dielétrico. Quanto mais fino for o dielétrico, maior a capacitancia, mas existe um problema que limita a espessura. Se 0 isolador for muito fino ele ndo consegue isolar tensdes elevadas Uma tensao acima de certo valor “fura" 0 dielétrico, provocando a queima do capacitor, j4 que ele perde sua capacidade de isolar no local em que isso ocorre Assim, além da capacitancia, os capacitores também tém indicada a tens%io maxima de trabalho normalmente especificada em valores continuos como NEWTON C. BRAGA \W0C (Working Voltage DC). Os tipos comuns usados em eletrénica encontrados nas impressoras podem ter tensdes de trabalho de 1 V a mais de 1000 V. Os principais tipos de capacitors encontrados nas impressoras s4o * Capacitores eletroliticos Este tipo de capacitor usa folhas de aluminio como armaduras, e como dielétrico, uma finissima camada de 6xido que se forma sobre as folhas por um processo eletrolitico. Como esta camada é muito fina, podemos obter grandes capacitancias em pequenos espagos. Assim, os capacitores eletroliticos se caracterizam por sua capacitancia elevada sendo encontrados em valores tipicamente de 0,5 a 100 000 uF ou mais. Os capacitores eletroliticos so polarizados, o que significa que existe uma armadura que deve ficar sempre positiva em relagdo a outra A marcagéo de polaridade é feita no proprio involucro destes componentes conforme mostra a figura 17. Os capacitores eletroliticos sao indicados para circuitos de corrente continua e de baixas frequéncias. © Capacitores de tantalo Os capacitores de tantalo sao semelhantes aos eletroliticos no principio de fabricagao, exceto pelo fato do éxido que se forma ser de outro elemento: o tantalo. Como 0 6xido de tantalo tem uma constante dielétrica muito maior do que o éxido IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO de aluminio é possivel obter grandes capacitancias em componentes de tamanho extremamente reduzido. Os capacitores de tantalo também s&o polarizados. * Capacitores ceramicos Ceramicas especiais como as de titanio, bario e outras, s4o usadas como dielétricos destes capacitores que encontram aplicagées em circuitos que v4o de corrente continua a altas frequéncias. © tipo mais comum é o disco ceramico que pode ser encontrado com capacitancias de 1 pF a 470 nF tipicamente Também s&o muito usados nas impressoras os capacitores ceramicos SMD cuja aparéncia 6 a mesma de um resistor, e com o cédigo de leitura que demos anteriormente. * Capacitores de poliestireno Este capacitor esta incluldo na familia dos tipos plasticos em que temos um filme fino de poliestireno como dielétrico. Normalmente, este tipo de capacitor € fabricado com as folhas formando um tubo, o que Ihes dota de certa indutancia que limita suas aplicagées em circuitos de altas frequéncias * Capacitores de poliéster (filme) Outro tipo de plastico, que ¢ muito usado na fabricagdo de capacitores, é 0 poliéster que tanto pode dar origem aos tipos tubulares como planos. Este tipo de capacitor também n&o é recomendado para aplicagdes em frequéncias muito altas, podendo ser encontrado numa faixa de valores de 1000 pF a mais de 10 uF. * Outros tipos Muitos outros materiais que apresentam propriedades dielétricas importantes podem ser usados para fabricagdo de capacitores 46 NEWTON C. BRAGA Por exemplo, podemos usat a mica para fazer capacitores de alta preciséo para instrumentos. Capacitores que usam dielétrico de papel embebido em dleo ainda s&o encontrados em equipamentos antigos. Como Testar Um capacitor em bom estado deve se comportar como um isolante. Assim, quando medimos sua resisténcia com um multimetro, um capacitor em bom estado apresenta uma resisténcia infinita. Alguns capacitores de valores altos (acima de 10 uF) podem apresentar uma pequena resisténcia, denominada "de fuga”, que 6 tolerada se for acima de 1 M ohms. No entanto, se qualquer resisténcia abaixo deste valor for medida o capacitor estaré comprometido. Uma resisténcia nula indica um capacitor em curto ou uma resisténcia baixa indica um capacitor com fugas. O teste com o multimetro n&o revela se 0 capacitor esta bom (com capacitancia), a nao ser quando ele tenha valores acima de uns 470 nF. Quando testamos estes capacitores a agulha do multimetro vai até perto de zero, ao tocarmos as pontas de prova, para depois voltar até marcar uma resisténcia proxima de infinito. Se este movimento nao ocorrer, dizemos que o capacitor esta "aberto” ou "sem capacitancia”. CAPACITORES VARIAVEIS Da mesma forma que no caso dos resistores, existem certas aplicacdes em que precisamos mudar a capacitancia apresentada por um componente num circuito, durante o seu funcionamento, ou para efeitos de ajuste, Nas impressoras sera extremamente rato encontrar um capacitor varidvel, j4 que eles estardo presentes apenas em circuitos de altas frequéncias. 47 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO Eventualmente, num link sem fio de uma impressora que use um médulo, pode ser que exista um ajuste fino feito por esse tipo de componente. Na figura 18 mostramos o simbolo usado para representar os capacitores variaveis e os aspectos dos principais tipos encontrados nos equipamentos eletrénicos. Figura 18 Em (a) temos um capacitor variavel de tipo antigo, encontrado em radios sintonizadores. Em (b) temos um capacitor varidvel de radios modernos e em (c) alguns tipos de trimmers comuns. Especificagées a) Capacitdncia Capacitores varidveis e trimmers podem ser tanto especificados pela capacitancia maxima que apresentam, como pela faixa de capacitancias que podem assumir. Assim, um trimmer de 3-30 pF é um trimmer que pode ser ajustado para ter capacitancias entre 3 pF e 30 pF. A capacitancia maior é obtida 48 NEWTON C. BRAGA quando o componente esta totalmente "fechado", ou seja, a maior area das armaduras se defronta b) Tipo © tipo do capacitor variével ou trimmer 6 especificado pelo numero de segdes € pelo material usado como dielétrico. Assim, os capacitores antigos usam como dielétrico o préprio ar (nao 4 nenhum material separando as armaduras) enquanto que tipos mais modernos usam plasticos. c) Tensao Em muitas aplicagdes, 6 importante saber qual 6 a tensdo maxima que podemos aplicar entre as armaduras do capacitor, sem que ocorra o faiscamento ou 0 rompimento do material do dielétrico. Em especial, esta especificacéo é importante em transmissores onde tensdes de até milhares de volts podem aparecer entre as armaduras de um capacitor. Como testar O teste mais simples consiste em se verificar se as armaduras estao isoladas umas das outras, que é a condicao principal para que eles funcionem. Podemos entéo testar um capacitor variavel com o multimetro medindo sua resisténcia a qual deve ser infinita. Um capacitor com resisténcia nula esta com as placas em curto, ou encostando uma nas outras. BOBINAS OU INDUTORES Bobinas, choques ou indutores s4o componentes formados por espiras de fios esmaltados em formas que podem ou no ter um nucleo de material ferroso. Os nucleos de materiais ferrosos podem ser ferrite, ferro doce, po de ferro ou 49 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO outros. A fungdo de um indutor num circuito eletrénico 6 apresentar uma oposigéo a variagées répidas da corrente. A indutancia de um indutor 6 medida em Henry (H), sendo comum o uso de seus submultiplos, o miliehenry (mH) e o microhenry (uH). O numero de voltas de fio e a espessura do fio, além das dimensées da bobina, determinam a sua indutancia. Existem trés tipos basicos de indutores encontrados nas impressoras e nos aparelhos eletrénicos: os choques de filtro que operam, com baixas frequéncias e so enrolados em formas com chapas de ferro doce como nucleo, os choques de uso geral para RF. com indutancias intermediarias e nticleos de ferrite, @ os choques de alta frequéncia sem nucleo, usados em circuitos de sintonia. Simbolos e tipos Na figura 19 mostramos os principais tipos de bobinas que encontramos nas impresoras juntamente com os simbolos. / \ ( nama \ Sem nGcleo Nucleo de ferrite —2oo Nocleo de ferro Figura 19 ) Veja que a linha que pode ser continua ou interrompida, no simbolo, indica a presenga ou ndo do nucleo e o seu tipo. Bobinas ajustaveis, com nticleos que podem ser movidos no seu interior, também so encontradas em algumas aplicagées. 50 NEWTON C. BRAGA Especificagées As bobinas podem ser especificadas somente pela sua indutancia (H) ou entéo também pelo tipo de nticleo que usam. Valores tipicos nas aplicacées eletrénicas tém indutancias de poucos microhenry a mais de 1 henry. Onde sao encontradas Encontramos bobinas numa ampla variedade de fungdes nos circuitos eletrénicos. Assim, as bobinas pesadas de nucleos de materiais laminados sao encontradas como filtros em fontes de alimentacao. Bobinas com nucleos de ferrite retos ou toroidais podem ser encontradas em filtros de linhas e em fontes chaveadas. Bobinas de baixa indutancia, com nucleos ajustaveis, podem ser encontradas nos circuitos de sintonia ou ajuste de equipamentos transmissores, receptores, televisores e muitos outros. O uso de bobinas de grandes indutancias nos circuitos é em geral evitado, pois sao componentes caros, pesados e volumosos. Como testar Para testar um indutor, 0 procedimento mais comum 6 verificar se a bobina apresenta continuidade. Mede-se sua resisténcia que deve ser baixa, entre fragéo de ohm e no maximo uns 5000 ohms para os tipos de indutancias muito altas. Uma resisténcia infinita indica que a bobina esta interrompida (aberta). No entanto, este teste nao indica quando a bobina tem as espiras em curto. Uma bobina que tenha sofrido uma sobrecarga apresenta sinais de queimado, ou seja, os fios perdem o isolamento pela queima do esmalte. 31 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO TRANSFORMADORES Os transformadores s&o componentes formados por dois ou mais enrolamentos que tém um nticleo em comum, de modo que, a corrente que circula por um deles possa induzir uma corrente no outro, Nesta indugdo a corrente tem suas caracteristicas alteradas. Assim, se tivermos um transformador com um enrolamento denominado primario com 1000 espiras de fio e nele aplicarmos 100 Volts, se o secundario tiver 100 espiras, obteremos nele 10 V e se tiver 10 000 espiras, obteremos 1 000 V. Os transformadores so usados, portanto, para alterar as correntes e tensdes num circuito Os transformadores sé podem operar com sinais alternados, que tanto podem ser de baixa freqdéncia, como a tensdo da rede de energia, como de altas frequéncias como, por exemplo, em fontes especiais chaveadas que operam entre 50 kHz e 500 kHz, ou ainda sinais de RF acima de 100 kHz, em circuitos de diversos tipos Na figura 20 mostramos a principio de funcionamento do transformador. = Spo oneS Voltas 400 Voltas 110 Vac we if 220 Vac Primério ‘Secundario Figura 20 Me a os As bobinas que formam um transformador podem ser enroladas em diversos tipos de nticleos, dependendo da aplicagdo. Os nticleos de laminas de ferro servem apenas para transformadores de baixas frequéncias, os tipos de ferrite e po de ferro servem para altas frequéncias e, em alguns casos, podemos até ter transformadores sem nticleo (nticleo de ar). 52 NEWTON C. BRAGA Nas impresoras encontramos os transformadores no setor de alimentagao, ou seja, na fonte. Na figura 21 mostramos os simbolos adotados para representar os transformadores. Da mesma forma que nas bobinas, os tragos entre elas indicam 0 tipo de niicleo usado. 3 3p Nacleo de ferro Nicleo de ferrite ‘Sem niicleo (ar) Figura 21 My - As especificagdes dos transformadores dependem da sua aplicag&o, ou seja, do tipo de sinal com que trabalham. Podemos fazer a seguinte divisao: a) Transformadores usados em fontes - transformadores de alimentagao Sdo os transformadores que recebem a energia da rede e a alteram para alimentar os circuitos eletrénicos. As especificagées principais so: * Tens&o do primario - é a tensao que deve ser aplicado na entrada ou enrolamento primario para se ter o funcionamento normal do transformador. * Tens&o do secundario - € a tenséo que obtemos no enrolamento ‘secundario quando aplicamos no primario a tensdo de primario. © Corrente maxima de secundario - 6 a maxima corrente que podemos obter no secundario do transformador. Multiplicando-se a corrente de secundario pela tenséo de secundario obtemos a poténcia do transformador. 53 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO * Tipo de niicleo que pode ser de ferro laminado ou toroidal b) Transformadores de RF S40 transformadores usados em circuitos de altas frequéncias. As especificagées principais sao: * Ndmero de voltas dos enrolamentos e tipo de fio usado © Diametro da forma * Tipo de nucleo a ser usado e suas dimensées Como testar O teste mais simples de um transformador consiste em se verificar em primeiro lugar se suas bobinas apresentam continuidade. Elas devem apresentar uma resisténcia baixa que pode variar entre poucos ohms a no maximo algumas centenas de ohms. Se tiverem resisténcias muito altas, isso pode significar que estao interrompidas. Como no caso dos indutores, este teste nado revela se elas tém espiras em curto. O outro teste consiste em se saber se os dois enrolamentos de um transformador estao isolados. Entre eles deve haver uma resisténcia muito alta, acima de 100 000 ohms, exceto para os tipos denominados "auto-transformadores” que possuem uma ligagdo em comum entre o primario e o secundario. RELES Os relés s&o chaves eletromagnéticas. Eles séo formados por uma bobina e um conjunto de contactos que podem ser acionados pela acéo do campo magnético criado por esta bobina. Aplicando uma tensdo na bobina, ela atrai a armadura que é uma pega ferrosa presa aos contactos, de modo que eles se NEWTON C. BRAGA movimentam comutando assim a corrente de um circuito externo. Na figura 22 temos a estrutura basica de forma simplificada de um relé comum. atracgéo === simbolo +o—J corrente—> -0 corrante Figura 22 Os relés so usados para se controlar circuitos a partir de correntes fracas ou de forma isolada. Podemos aplicar uma baixa tens4o a uma bobina de relé para controlar um circuito de alta corrente, o qual esteja ligado aos seus contactos. A principal vantagem do uso de relés esta no fato de que o circuito controlado fica completamente isolado do circuito que o controla Os relés podem ser encontrados numa infinidade de tipos e tamanhos, conforme as caracteristicas de suas bobinas, a quantidade de contactos que possuem e a intensidade da corrente que podem controlar. Nos tipos comuns, para se obter grande sensibilidade, as bobinas s4o formadas por milhares de espiras de fios muito finos. Na figura 23 mostramos os simbolos adotados para representar diversos tipos de relés, assim como os aspectos mais comuns destes componentes. ba SRE = SPST SPDT DPDT Figura 23 55 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO Observe pela figura que os contactos podem ter as mesmas fungées das chaves. Podemos ter relés com contactos simples, reversiveis e reversiveis duplos Existem relés que apresentam até 4 ou 6 conjuntos de contacto, dependendo da aplicagdo. Um ponto importante que deve ser observado quanto ao uso dos relés & que nos tipos de contactos reversiveis temos as fungbes NA (Normalmente Aberto) e NF (Normalmente Fechado). Quando ligamos alguma coisa entre os contactos NA e C (comum), 0 dispositivo controlado é alimentado quando a bobina do relé é energizada Por outro lado, quando ligamos alguma coisa (carga) entre os contactos NF eC, a carga externa é desligada quando o relé ¢ energizado. Na figura 24 mostramos 0 uso do relé de acordo com os contactos que s&o ligados NF a) Liga ao energizar _ eS. b) Desliga ao energizar Figura 24 Na figura 25 temos outro tipo muito importante do relé que é o reed-relé. NEWTON C. BRAGA Figura 25 Este componente 6 formado por um interruptor de laminas (reed switch) ‘em torno do qual é enrolada uma bobina. Quando a bobina é energizada, o campo magnético criado atua sobre o interruptor fazendo-o fechar seus contactos. Esse tipo de relé pode ser encontrado no controle de algumas fungées das impressoras. Ao trabalhar com relés devemos estar atentos a trés especificagdes principais: a) Especificagdes da bobina A bobina pode ser especificada pela tensdo e corrente de operacdo ou ainda pela tenséo e pela resisténcia. Veja que, conhecendo duas dessas grandezas, a terceira poderd ser calculada facilmente pela lei de ohm. Por exemplo, um relé de 12 V x 50 mA tem uma resisténcia de bobina de 240 ohms. b) Especificagées dos contactos Precisamos saber qual é a corrente maxima que os contactos podem controlar. Uma corrente excessiva pode causar seu desgaste prematura ou ainda sua queima, ¢) Configuragées dos contactos 57 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO Conforme vimos os contacts dos relés podem ser simples, mas também podem ser reversiveis duplos, triplos, etc. Esta especificagdo é importante para o uso do relé, principalmente quando todos os elementos dos contactos so usados. Como Testar Para sabermos se um relé esta bom precisamos fazer dois testes: a) Teste da bobina Para testar as bobinas verificamos sua continuidade o que pode ser conseguido por um multimetro na escala apropriada de resisténcias. Relés comuns tém resisténcias que variam entre alguns ohms a mais de 5 000 ohms, conforme a tensdo, sensibilidade e tipo. O teste de continuidade no revela se a bobina tem espiras em curto. b) Teste dos contactos Basta medir as resisténcias dos contactos quando o relé esta ativado e quando néo esta ativado, levando em conta a fungao (NA e NF). Um relé em bom estado deve ter uma resisténcia nula entre os contacts, quando estao fechados, e infinita quando estao abertos. SOLENOIDES Os solendides so componentes formados por uma bobina dentro da qual pode deslizar um nticleo de material ferroso. Quando uma corrente percorre a bobina, o campo magnético criado puxa o nlicleo para dentro com forea. Esta forga pode ser usada para acionar os mais diversos dispositivos mecanicos como, por exemplo, acionar um mecanismo de admissdo de papel numa impressora, etc. 58 NEWTON C. BRAGA Os solendides podem ser encontrados nos mais diversos formatos e tamanhos, dependendo da forga que devem exercer, da tensdo de alimentagdo e da fungdo na qual so usados. Na figura 26 mostramos o simbolo adotado para representar o solendide e os aspectos mais comuns para estes componentes. Os pequenos solendides encontrados em impressoras, e outros equipamentos eletrénicos, séo formados por milhares de espiras de fios esmaltados muito finos. Um sistema de molas permite que 0 nticleo volte a posigéo original quando a bobina deixa de ser energizada. A principal especificagdo de um solendide 6 a tenséo que deve ser aplicada nos seus terminais para que ele seja acionado. Em fungéo desta tensdo temos a corrente drenada a qual depende da resisténcia que ele apresenta e da forga que deve exercer. Os solendides encontrados nas impressoras, dependendo da forga que devem exercer, podem ser tanto acionados pela tenséo AC da rede de energia, como tensées DC na faixa de 3 a 48 V tipicamente. As correntes podem variar entre alguns miliampéres até diversos ampéres. Outra especificagéo que é importante em algumas aplicagées 6 a forca que ele exerce, quando energizado. Os solendides encontrados nas impressoras e outros equipamentos eletrénicos s4o pequenos e delicados sendo alimentados por circuitos eletrénicos com transistores e circuitos integrados. 59 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO Como testar O teste elétrico basico de um solendide consiste em se verificar a continuidade de sua bobina usando o multimetro. Este teste, entretanto, como em qualquer bobina, nao revela se ela possui espiras em curto. O melhor teste 6 0 de acionamento, energizando-se o componente para verificar se ele é acionado. A tesisténcia tipica das bobinas dos solendides varia entre alguns ohms e alguns milhares de ohms, dependendo de sua tensdo e fora. MOTORES DE CORRENTE CONTINUA (DC) E MOTORES DE PASSO Uma das principais formas de se obter movimento de partes moveis em equipamentos eletrénicos é através de pequenos motores de corrente continua. Os motores DC comuns podem ser encontrados numa grande variedade de tamanhos e tipos, conforme a forga que devem exercer. Estes motores séo formados por um conjunto de bobinas que se movimentam no campo magnético criado por imas permanentes ou outras bobinas. A interagao dos campos magnéticos das bobinas cria as forgas que fazem o motor girar, Basicamente existem dois tipos de motores que podem ser encontrados nos equipamentos eletrénicos: motores DC ou CC e motores de passo. Os motores DC rodam praticamente sem controle, a nao ser de velocidade, e s4o usados apenas nas aplicagSes em que se deseja movimento. Os motores de passo s&0 motores de precisao que se movem colocando partes de um equipamento em posigées definidas com altos graus de precisao. S40 os motores principais das impressoras, responsaveis pelo movimento da cabega de impressdo e movimentacdo do papel. 60 NEWTON C. BRAGA Na figura 27 temos os simbolos adotados para representar motores e 0 aspecto dos tipos mais comuns. 61 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. 62 NEWTON C. BRAGA Passo Figura 27 Os motores DC sdo especificados tanto pela tenséo de operagao como pela corrente que exigem quando alimentados pela tenséo de operacdo sob determinada carga ou velocidade A rotagdo do motor é indicada em r.p.m. (rotagdes por minuto) e pode variar entre 500 e 30 000 para os tipos comuns. Os motores de passo, por sua vez, além da tensdo e corrente de operagdo de cada bobina, s4o especificados pelo numero de bobinas ou numero de fases que possuem. Os tipos mais comuns sdo os de 2 e 4 fases. Teste O teste elétrico de um motor consiste basicamente em se verificar a continuidade de sua bobina. Os motores comuns devem ter bobinas com resisténcias na faixa de poucos ohms até no maximo algumas centenas de ohms. Uma resisténcia infinita indica uma bobina aberta. Este teste nado revela se a bobina possui espiras em curto. 63 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. TRANSDUTORES MAGNETICOS Nas impresoras, e também em muitas outras aplicagdes eletrénicas de uso doméstico, comercial e industrial o leitor podera encontrar diversos tipos de transdutores magnéticos. Estes transdutores podem funcionar como sensores, convertendo sons, batidas, movimentos e outras grandezas em sinais elétricos para o controle ou acionamento de diversos tipos de circuitos Basicamente estes sensores so formados por uma bobina que possui algum dispositive préximo que gera um campo variavel sob a agdo da grandeza que se deseja detectar. Os sensores que detectam a passagem de um dente de engrenagem em movimento pelo campo magnético, que alteram, podem ser usados para controlar a velocidade de um motor num portéo automatico, ou em outros equipamentos. Na figura 28 temos alguns tipos de transdutores magnéticos encontrados nas aplicagées eletrénicas com seus simbolos e aspectos. Xd SSS Aspects. Figura 28 As especificagées dos transdutores magnéticos dependem de sua aplicag&o, podendo incluir desde suas caracteristicas elétricas tais como sua tensdo, corrente e impedancia até o modo como eles reagem a grandeza que deve ser detectada, ou seja, sua curva caracteristica, sensibilidade, ete. NEWTON C. BRAGA Para estes sensores, entretanto, 0 mais comum 6 que o fabricante indique um tipo ou numero de identificagao, para que o profissional possa saber qual é a pega que deve ser usada na reposigao. Teste O teste mais simples consiste em se verificar a continuidade de sua bobina com o multimetro. Suas bobinas devem apresentar resisténcias que variam entre poucos ohms a milhares de ohms. Uma resisténcia infinita indica uma bobina aberta. Este teste nao revela se a bobina tem espiras em curto. TRANSDUTORES PIEZOELETRICOS Alguns materiais apresentam propriedades piezoelétricas devido a sua estrutura cristalina. Materiais comuns que tém estas propriedades sao as ceramicas a base de titanato de bario e o cristal de quartzo. Quando estes materiais séo submetidos a um esforgo mecénico, (deformagao) eles geram uma tensdo elétrica que aparece entre suas faces. O efeito inverso também 6 notado: quando submetidos a uma tenso, eles deformam. Baseados nestas propriedades podem ser fabricados diversos tipos de componentes com aplicagdes na eletrénica. Ja vimos 0 caso dos fones de ouvido e de tweeters que podem reproduzir sons utilizando estes materiais. (ver Curso de Eletrénica, do mesmo autor) No caso das impressoras, transdutores desse tipo podem ser usados para bombear e espirrar a tinta nas impressoras tipo Jato de Tinta, conforme veremos mais adiante. No entanto, existem alguns outros componentes eletrénicos importantes que se baseiam nas propriedades piezoelétricas destes materiais. Alguns componentes desta familia merecem destaque: 65 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. b) d) Cristais de quartzo - quando excitado por um sinal elétrico, um cristal de quartzo tende a vibrar numa freqiéncia unica que depende das suas dimensées e da forma como ele cortado. Os cristais de quartzo podem manter fixas, em valores muito bem definidos, as frequéncias de circuitos como computadores, relégios, instrumentos de medida, etc. Sdo usados nos circuitos de clock. Geradores sonoros (buzzers) - pequenos dispositivos de sinalizagao usados em telefones, alarmes, e outros podem ser feitos com base em cristais piezoelétricos de titanato de bario. Tweeters piezoelétricos também podem ser fabricados usando os mesmos cristais. Nas impressoras, eles podem ser usados para dar o sinal de aviso sonoro quando alguma fungdo falha ou termina a execugdo, produzindo um “bip’. Geradores de alta tensdo - quando batemos numa ceramica de titanato de bario, usando um gatilho, por exemplo, ela pode gerar uma tensdo da ordem de milhares de volts. A faisca produzida pode ser usado para acender fogo em isqueiros, fogées, etc. Microfones piezoelétricos - quando prendemos um diafragma numa ceramica os sons que incidem nesta peca podem fazer a ceramica vibrar convertendo sons em sinais elétricos. Estes sinais podem entéo ser levados a circuitos amplificadores para registro, transmisséo ou reprodugao Na figura 29 mostramos os simbolos adotados para representar alguns transdutores e os aspectos dos tipos mais comuns NEWTON C. BRAGA —, Figura 29 Os transdutores piezoelétricos normalmente so especificados por um cédigo de fabricag&o. A partir deste cédigo podem ser obtidas caracteristicas dos sinais, poténcia, etc. conforme o tipo e aplicacao. Cristais de quartzo sao indicados pela frequéncia e tweeters piezoelétricos normalmente pela poténcia e impedancia Testando Cristais de quartzo s4o testados com circuitos préprios onde se verificam se oscilam. Outros transdutores podem ser testados de acordo com suas caracteristicas, quer seja pela continuidade, quer seja pela anélise dos sinais que produzem SEMICONDUTORES Os componentes mais importantes de todos os equipamentos eletrénicos so, em nossos dias, os baseados em materiais semicondutores, principalmente o silicio. Gragas as propriedades destes materiais é que temos componentes como diodos, transistores, LEDs, circuitos integrados SCRs, Triacs, e muitos outros que passamos a analisar a partir de agora. 67 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. Assim, antes de passarmos ao detalhamento do principio de funcionamento dos principais componentes baseados em semicondutores, sera importante vermos alguma coisa sobre o seu principio geral de funcionamento. Prin io de funcionamento De acordo com a fisica moderna, todas as substancias podem ser classificadas num dos seguintes grupos, quanto ao seu comportamento elétrico: isolante, condutor e semicondutor. O que determina em que grupo é colocada uma determinada substancia, 6 a banda de energia da sua disposigao atémica. Cada banda de energia pode conter apenas dois elétrons. Se as bandas de energia de uma substancia esto preenchidas, a substancia ndo pode receber ou doar elétrons, e com isso se comporta como um isolante. Se existe um elétron por banda, ou se as bandas nao estéo suficientemente espagadas, os elétrons podem se movimentar através do material, e com isso ele se comporta como um condutor. Agora, temos 0 caso intermediario: se pequenas aberturas existirem entre as bandas de energia preenchidas e as que tém vagas, o material age como um isolante a baixas temperaturas e se torna um condutor quando a temperatura se eleva. Este material é um semicondutor. Existem diversos materiais semicondutores, como o silicio, germanio, galio e outros, com propriedades adicionais que os tornam ideais para uso em eletrénica. Estes sao elementos que tém quatro elétrons na camada de valéncia cada um. Por causa das ligacées de valéncia, eles formam uma estrutura basica conforme a mostrada na figura 30. 68 NEWTON C. BRAGA @ Elétrons Figura 30 O cristal 6 mantido coeso pelo compartilhamento dos elétrons entre os atomos. Num material condutor, os elétrons livres podem se mover através da estrutura sob a agéo de forgas elétricas. Por outro lado, num material semicondutor, o trajeto possivel para os elétrons depende da temperatura. A medida que a temperatura se eleva, trajetos sao liberados e elétrons de alta energia podem se mover através deles. Um cristal de material semicondutor como silicio ou o germanio é& composto de bilhdes de atomos unidos numa estrutura similar a que mostramos na figura 30. Os cristais de materiais semicondutores podem crescer em condigées especiais de laboratorio. Eles sao chamados de materiais intrinsecos e néo tem uso pratico. No entanto, se adicionarmos pequenas quantidades de impurezas a estes materiais, estas impurezas tém a capacidade de penetrar na estrutura e atuar em nivel atémico, Existem dois tipos de impurezas que resultam em dois efeitos diferentes sobre as propriedades elétricas do material Se uma impureza com dtomos de 5 elétrons na camada de valéncia como © antiménio, boro ou fésforo, for adicionada ao cristal, cada um dos atomos tera um elétron de sobra na camada de valéncia, 0 qual nao encontraré um parceiro para compartilhar sua posi¢o no cristal. O resultado é que temos uma sobra de elétrons neste material. 69 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. As substancias em que acontece isso s4o denominadas "doadoras" caso em que elas possuem um excesso de cargas negativas. Estes materiais séo chamados semicondutores do tipo N (de negativo). Se a substancia adicionada ao cristal for um elemento com trés elétrons na camada de valéncia como, por exemplo, o aluminio, galio ou iridio, 0 resultado final serd a presenga de buracos ou lacunas onde faltam elétrons para preencher a camada de valéncia. Materiais deste tipo que podem aceitar elétrons s&o chamadbos “aceptores”, formando semicondutores do tipo P (de positivo). Jungées Quando os cristais estéo em crescimento, € possivel acrescentar numa parte impurezas que os tornam doadores e na outra, aceptores. Assim, num Unico cristal temos dois tipos diferentes de materiais. A superficie de separacdo entre estas duas partes é denominada jungao apresentando propriedades elétricas muito importantes para a eletrénica. E interessante observar que a eletrénica de nossos dias se baseia justamente nas propriedades das jungées destes materiais sdlidos, dai ser denominada "de estado sdlido", em contrapartida a eletrénica das valvulas, que se baseava na movimentagdo de cargas no vacuo. Combinando jungdes de diferentes materiais e de diferentes formas podemos obter uma grande quantidade de componentes eletrénicos que passamos aver a partir de agora 70 NEWTON C. BRAGA DIODOS © primeiro componente eletrénico da familia dos semicondutores é 0 diodo. Para entender 0 seu funcionamento vamos analisar 0 que ocorre numa jung&o semicondutora, como a que descrevemos previamente. Numa jung&o, 0 excesso de elétrons do material N se difunde através da jung&o, preenchendo as lacunas do material P. Este processo é denominado recombinagao e nele so formadas bandas de valéncia que néo podem se difundir através do cristal. Isso significa que apenas uma pequena area, uma regido de "deplegdo" se forma e que é livre de elétrons livres e lacunas. Se, numa jungdo semicondutora aplicarmos uma tensdo positiva no material N, ela tende a drenar elétrons do material N. Ao mesmo tempo, os elétrons do lado negative da fonte de alimentagao vdo encher as lacunas do lado P do material. O resultado é que a camada de deplegdo se expande para toda a estrutura do material. Esta situago impede que a corrente circule. Dizemos que 0 diodo esta polarizado no sentido inverso. Se invertermos a polaridade da tensdo aplicada, os elétrons serao forgados da fonte de alimentag&o para a jung&o e ao mesmo tempo as lacunas do outro lado também. A forga que aparece neste processo comprime a camada de deplegéo que desaparece. Neste momento a barreira que existe neste ponto é rompida e a corrente pode circular através do componente. Nos dispositivos de germénio, este fenémeno ocorre com aproximadamente 0,2 V e nos dispositives de silicio, com aproximadamente 0,6 V. © dispositive formado por uma jungéo P-N como a descrita é chamado diodo. A figura 31 mostra o que ocorre nas duas situagdes ra IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. (3 NEWTON C. BRAGA ing maior o> oo @Ettrons oy’ ‘OLacunas: e + Sem corrente a) Polarizegio Inverse op 4] Com totononststor Com fotogiodo ad woe iW, Acoplacor ‘Chava aptica Optica Figura 48 As especificagées mais importantes dos acopladores épticos e chaves 6pticas que normalmente sao designados por cédigos de fabrica so: a) Caracteristicas do LED emissor que incluem a tensdo de operacdo e corrente maxima além do comprimento de onda usado. b) Caracteristicas do receptor (foto-transistor) que consistem na tenséo maxima coletor-emissor, corrente maxima e poténcia de dissipacdo. c) Caracteristicas de isolamento, ou seja, a tensdo maxima que pode aparecer entre o emissor e 0 receptor, normalmente na faixa entre 3000 e 7000 volts. Como testar Os acopladores dpticos s4o testados fazendo-se uma vetificagdo independente do funcionamento do LED e do foto-transistor. Pode-se alimentar 0 LED com um circuito de prova (ver prova de LEDs) e verificar-se se a corrente no transistor varia. 95 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. TRANSISTORES DARLINGTON Dois transistores ligados da forma mostrada na figura 49 formam um par Darlington ou uma etapa Darlington. Esta etapa age como se fosse um unico transistor cujo ganho sera 0 produto do ganho dos dois transistores usados. Figura 49 Por exemplo, se dois transistores com ganho 100 forem interligados desta forma o conjunto se comporta como um transistor Unico de ganho 10 000. Um par de transistores ligados desta maneira pode ser fabricado e colocado num unico invélucro como se fosse um transistor de alto ganho unico, denominado transistor Darlington. Transistores Darlington sao uteis em aplicagdes onde alto ganho é necessario e, normalmente o que se faz, é associar um transistor de baixa poténcia com um de alta de modo a termos um dispositivo amplificador de alta poténcia também. Nas impressoras 0 uso mais comum para os transistores Darlington 6 no acionamento dos enrolamentos dos motores de passo. Normalmente sao usados 4 transistores iguais para 0 acionamento de cada um dos 4 enrolamentos, conforme veremos oportunamente. Na figura 50 temos os simbolos adotados para se representar os transistores Darlington. 96 NEWTON C. BRAGA Figura 50 Pela simples observagdo de um transistor nao é possivel saber se ele ¢ um transistor comum ou Darlington ou mesmo de outro tipo. Somente através do numero de fabrica ou ainda de um teste é eu podemos saber. As especificagdes dos transistores Darlington so as mesmas dos transistores bipolares comuns. Uma série comum de transistores Darlintgons e encontrada em impressoras e muitos outros equipamentos eletrénicos é a TIP da Texas. Estes transistores so especificados para correntes de 1A a mais de 10 A com tensées de até mais de 100 V. Tipos NPN sao 0 TIP110, TIP11 TIP112 de 2 A.com complementares (PNP) TIP115, TIP116 e TIP117. Importante: nem todos os transistores comecam com "TIP" sao Darlingtons. Testando Transistores Darlington podem ser testados da mesma forma que os transistores bipolares (veja o item correspondente para mais informagées). Apenas lembre-se que a tenso interna de teste de transistores de alguns multimetros pode ser util neste caso. 97 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. TRANSISTORES DE EFEITO DE CAMPO (FETs) FET & a abreviagdo de Field Effect Transistor ou transistor de efeito de campo. O FET é um dispositivo que pode ser usado nas mesmas aplicagdes que os transistores bipolares, ou seja, como amplificador, chave ou oscilador. O FET basico é formado por uma pega de material semicondutor N no qual duas regides P sao formadas deixando entre elas um canal, conforme mostra a figura 51 dreno- (9) Figura 51 A corrente através do canal de material N pode ser controlada por uma tens4o aplicada a material N. Variagdes pequenas da tens4o aplicada ao terminal de comporta (gate ou G) provocam entdo variagdes de corrente maiores entre o dreno (drain = d) e fonte (source = s). Enquanto os transistores bipolares sdo tipicos amplificadores de corrente, os FETs sao tipicos amplificadores de tensdo. © FET pode ser encontrado em dois tipos basicos: canal N e canal P conforme o material usado. Este tipo basico de transistor de efeito de campo onde existe uma jungdo entre os materiais P e N é também chamado de FET de jungo, ou JFET. © FET pode ser usado nas mesmas configuragdes basicas em que os transistores de jung&o sao ligados Atengdo: Os FETs s&o dispositivos sensiveis. Uma descarga eletrostatica (ESD) pode danificd-los. Nunca os segure pelos terminais. 98 NEWTON C. BRAGA Na figura 52 mostramos os simbolos usados para representar os FETs assim como os aspectos mais comuns. d g s NFET d q le PFET Figura 52 Observe que nao existe nenhuma diferenga externa entre os transistores bipolares comuns e os FETs. Para saber qual é um ou qual é outro, somente conhecendd o tipo ou tendo o diagrama do aparelho onde eles sao usados. As especificacées elétricas dos FETs so importantes para se saber qual € 0 substituto numa aplicagdo ou ainda para se poder testar um que tenhamos em m&os. As principais especificagbes so: a) Maxima tensdo entre dreno e fonte (Vds) - é a maxima tensdo que o transistor pode manusear sem queimar. Para os tipos comuns esta entre 20 e 60 V. Esta especificagdo também pode ser dada como Vds(max). b) Maxima corrente de dreno (Id) - 6 a maxima corrente que pode atravessar © componente quando em operagao. c) Transcondutancia - trata-se da medida equivalente ao ganho dos transistores bipolares. A transcondutancia 6 medida em Siemens (S). Em algumas publicagées antigas e diagramas encontramos a antiga unidade mho (ohm escrita ao contrario ou o simbolo émega "de cabega para baixo") 99 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. d) Poténcia de dissipacao (Pd) - 6 a mesma especificagdo dos transistores bipolares, sendo medida em watts. Quando substituindo um FET é importante conhecer 0 tipo, e se um substituto diferente for usado, é preciso saber qual é a disposigéo de seus terminais de comporta, dreno e fonte. Testando Podemos detectar se um FET tem problemas na jungdo medindo-a com o multimetro. No entanto, o teste mais completo deve ser dinamico, feito com aparelhos especiais. Na figura 53 mostramos as resisténcias tipicas que encontramos ao testar um FET com o multimetro. Média > 5002 * Direta = baixa Direta = baixa veversa = alta reversa = alta [ee |e Figura 52 MOSFETs Transistores de Efeito de Campo MOS (Metal Oxide Semiconductor) ou MOSFETs sao dispositivos derivados dos transistores de efeito de campo comuns, mas com algumas mudangas na sua estrutura Conforme mostra a figura 54, no MOSFET temos uma fina camada de éxido de metal (que dé nome ao dispositive) que isola o substrato da regiéo de comporta, em lugar da jun¢4o encontrada no JFET. 100 NEWTON C. BRAGA 9 Filme motélico Jate a (gate) ; “ an Canal f P Isvosvato Figura 54 No entanto, 0 funcionamento do MOSFET é 0 mesmo: uma tensdo aplicada no terminal de comporta provoca variagdes ou controla a corrente que flui entre o dreno e a fonte. Isso significa que os MOSFETs podem ser usados nas. mesmas aplicagdes que o JFET, mas com algumas vantagens. Alerta: a camada de 6xido que isola a comporta do substrato é extremamente fina e pode ser rompida por descargas estatica. O simples toque dos dedos no terminal de um componente deste tipo pode provocar uma descarga eletrostatica (ESD) que fura esta camada e danifica o componente. Na figura 55 temos os simbolos adotados para representar os dois tipos de MOSFETs que existem além de seu aspecto mais comum. d d d gt 9 ‘Subs, 9 Subs. ‘Subs. E 92 Canal N Canal P Figura 55 Veja que também existem MOSFETs em que podemos integrar duas comportas, ou seja, podemos controlar a corrente entre o dreno e a fonte a partir de dois sinais diferentes. 101 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. Os MOSFETs comuns s&o dispositivos se baixa poténcia, sendo necessério que o eletricista tenha diagramas ou folhas de dados do fabricante para conhecer melhor um tipo que seja encontrado num equipamento. Um MOSFET 6 identificado por um cédigo de fabrica. Através dele pode- se chegar as folhas de especificagdes e com isso saber como ele se comporta numa aplicag4o. As principais caracteristicas que devemos observar neste tipo de componente sao: a) b) °c) d) Maxima tensdo entre dreno e fonte (Vds) - é a maxima tensdo que o transistor pode manusear sem queimar. Para os tipos comuns esta entre 20 e 60 V. Esta especificago também pode ser dada como Vds(max) Maxima corrente de dreno (Id) - é a maxima corrente que pode atravessar © componente quando em operacao. Transcondutancia - trata-se da medida equivalente ao ganho dos transistores bipolares. A transcondutancia é medida em Siemens (S). Em algumas publicagdes antigas e diagramas encontramos a antiga unidade mho (ohm escrita ao contrario ou o simbolo émega "de cabega para baixo") Poténcia de dissipagdo (Pd) - € a mesma especificagao dos transistores bipolares, sendo medida em watts Os MOSFETs s4o encontrados em circuitos de processamento de sinais e controle em alguns pontos de certas impresoras. Normalmente eles ja estdo presentes no interior de circuitos integrados de diversos tipos, sendo mais rara sua presenga como componente discreto (separado) 102 NEWTON C. BRAGA Como Testar O MOSFET pode ser testado medindo-se as resisténcias entre seus terminais com um multimetro. Na figura 56 mostramos os resultados que devem ser obtidos nestes testes. Alta baixa 8 d Alta 9 Alta alta alta Seog Figura 56 MOSFETs DE POTENCIA (Power FETs) Power FETs, Power MOSFETS ou ainda MOSFETs de Poténcia séo FETs especiais projetados para conduzir altas correntes sob regime de altas tensdes. Estes FETs s&o encontrados nas impressoras, principalmente no controle de motores de passo e solendides, em configuragéo semelhante aos Darlingtons e Bipolares de poténcias. A estrutura e 0 principio de funcionamento do MOSFET de poténcia & a mesma dos MOSFETs comuns, exceto pela sua alta capacidade de controle Assim, as principais diferengas estéo no tamanho da pastilha de material semicondutor de silicio e no processo de fabricacao. A principal vantagem encontrada no emprego dos Power MOSFETs em muitas aplicagbes esta no fato de que, quando conduzindo, eles apresentam uma resisténcia extremamente baixa entre o dreno e a fonte (chamada Rds). Como o dispositivo praticamente nao tém resisténcia, a quantidade de calor que ele dissipa 103 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. & minima. Este fato permite que ele controle correntes muito intensas praticamente sem dissipar calor. MOSFETs de poténcia comuns podem controlar correntes de dezenas e até centenas de ampéres dissipando um minimo de calor. Na figura 57 temos os simbolos adotados para representar os dois principais tipos de MOSFETs de poténcia assim como os aspectos. d d 9 9 Canal N s Canal P Figura $7 ® Como qualquer outro componente de poténcia, os MOSFETs de alguns tipos precisam ser montados em radiadores de calor. No entanto, existem alguns tipos muito pequenos para montagem em superficie que dispensam este recurso. Os MOSFETs de poténcia sao especificados por um ntimero de fabrica De posse deste ntimero, consultando manuais ou folhas de dados, podemos chegar as especificagées. As principais so: a) Maxima tensdo entre dreno e fonte (Vds) - é a maxima tens&o que o transistor pode manusear sem queimar. Para os tipos comuns esta entre 20 e 600 V. Esta especificagéo também pode ser dada como Vds(max). b) Maxima corrente de dreno (Id) - 6 a maxima corrente que pode atravessar © componente quando em operagéo. Os MOSFETs de poténcia mais comuns podem controlar correntes de 1 a mais de 100 A ©) Poténcia de dissipaco (Pd) - é a poténcia maxima que o componente pode dissipar. Existem tipos comuns que chegam a mais de 200 W. d) Resisténcia entre dreno e fonte (Rds) - trata-se da resisténcia que o componente apresenta a plena condugdo (on). Esta resisténcia é muito importante, pois determina a quantidade de calor que o componente vai 104 NEWTON C. BRAGA dissipar numa aplicagéo. Quando menor for o valor da Rds(on) de um MOSFET de poténcia mais eficiente ele € no controle de correntes elevadas. Tipos comuns podem ter uma resisténcia entre dreno e fonte menor que 0,02 ohms. Observe que, quando uma tenséo positiva ¢ aplicada a comporta de um MOSFET de canal N, ele conduz intensamente a corrente alimentado o dispositive que esta ligado no seu dreno. Outra fungdo importante em que encontramos os MOSFETs de poténcia nas fontes chaveadas ou Switched Mode Power Supplies (SMPS) que podem estar presentes principalmente nas impresoras LASER. Como Testar Um multimetro pode ser usado para testar os power MOSFETs da mesma forma que os MOSFETs comuns. Num transistor bom temos altas resisténcias entre todos os terminais. Uma baixa resisténcia em alguma medida indica um transistor danificado. IGBT Este é 0 acrénimo para Isolated-Gate Bipolar Transistor. Trata-se de um semicondutor que é metade FET e metade bipolar. Assim, a corrente principal 6 conduzida entre um coletor e um emissor, como num transistor bipolar, mas esta corrente 6 controlada por uma tensdo aplicada numa comporta, como num FET. Os IGBTs reinem as vantagens dos dois componentes e por isso podem ser usados no controle de dispositivos de poténcia, sendo encontrados principalmente em aplicagées industriais. 105 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO IGBTs s&o usados para controlar solendides, motores, em fontes chaveadas e em muitas outras aplicagdes importantes onde o controle de altas correntes a partir de tenses é necessario. O simbolo adotado para representar um IGBT é mostrado na figura 58 Cc (coletor) G (gate) E (emissor) Figura 58 © aspecto externo é 0 mesmo de qualquer transistor de poténcia comum (Bipolar ou Power MOSFET) de modo que para saber se é um IGBTs temos de nos basear no seu numero de fabrica. Como no s4o usados em impresoras, nao daremos mais informagées sobre esses componentes. DIODO CONTROLADO DE SILICIO (SCR) SCR € 0 acrénimo de Silicon Controlled Rectifier ou Diodo Controlado de Silicio € um dos mais importantes dos componentes eletrénicos encontrados em instalagdes elétricas de todos os tipos, pois ele pode controlar diretamente circuitos de corrente alternada. © SCR € um dispositive semicondutor de quatro camadas da familia dos tiristores. Os tiristores s&o dispositivos destinados ao controle de poténcia principalmente em circuitos de corrente alternada. 106 NEWTON C. BRAGA Os SCRs funcionam como chaves comutadoras de estado sdlido que podem controlar correntes de até centenas de ampéres, sob tensdes que ultrapassam 1 000 volts, conforme o tipo. Na figura 59 temos a estrutura basica de um SCR e um circuito equivalente que nos permite analisar seu principio de funcionamento. A A reser P N G a—_—qp ie (gate) N C a) Estrutura catodo byCirouito (Couk) equivalente Figura 59 Na operacdo basica, quando alimentamos um circuito com um SCR, nenhuma corrente pode circular entre o anodo e o catodo, pois os dois transistores esto desligados (cortados). No entanto, se aplicarmos na comporta (gate = G) uma tensdo positiva, ela faz com que o transistor NPN conduza e com isso a corrente de seu coletor vai diretamente para a base do transistor PNP que também entra em condugao. © resultado € que agora a corrente de coletor do transistor PNP realimenta o NPN e, com isso, nao precisamos mais de uma tens4o de comporta para manter os dois transistores em condu¢g&o. O conjunto "liga", e uma forte corrente pode circular entre o anodo e o catodo (A e K) mesmo depois de desaparecer o sinal de disparo aplicado em G. Para desligar o SCR, é preciso interromper por um momento a corrente, ‘ou entdo reduzir a corrente no circuito até o ponto em que a realimentacdo cesse. 107 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO Observe que o SCR funciona como um diodo, ou que quer dizer que a corrente s6 pode circular num sentido. O simbolo, que veremos mais adiante, é justamente o de um diodo com uma comporta. Os SCRs comuns precisam de correntes muito baixas para disparar, alguns com correntes de 100 uA, podendo conduzir correntes de diversos amperes. Num circuito de corrente alternada, uma vez disparados os SCRs conduzem apenas metade dos semiciclos da tens4o, conforme mostra a figura 60. Vent. © [ew] pe Vent. ~ (¥) SCR b Figura 60 Recursos podem ser agregados aos seus circuitos para que ele controle os dois semiciclos da corrente alternada, dai ser este componente muito encontrado em muitos aparelhos de uso doméstico, alimentados pela rede de energia. Na figura 61 temos o simbolo adotado para representar os SCRs os aspectos dos tipos mais comuns. A {anodo) G (gate) eaiodo Cou ‘Simbolo ate 108 NEWTON C. BRAGA Figura 61 Veja que os tipos mais usados possuem recursos para montagem em tadiadores de calor. No entanto, existem tipos SMD com invdlucros muito pequenos, os quais ndo usam radiadores de calor. Os SCRs sAo identificados por um cédigo de fabrica. Uma série muito comum é a TIC da Texas como tipos como o TIC 106, e outros, além da série MCR como 0 MCR106 da Motorola. No entanto, o prefixo TIC também serve para designar outros componentes da familia dos tiristores. De posse das folhas de dados de um SCR devemos estar atento para as seguintes caracteristicas deste componente a) b) c) d) Tenséo maxima entre anodo e catodo - é a tenséo maxima que pode ser aplicada ao SCR quando ele esta desligado. Esta tensdo pode variar entre 50 V e 1000 V para os tipos comuns, Em alguns tipos ela abreviada como Vrrm ou Vdrm. Corrente maxima - é a maior corrente que 0 SCR pode conduzir quando disparado e tanto pode ser dada em valores continuos como rms. Tipos com correntes de até mais de 50 A podem ser encontrados em algumas aplicagées. Dissipagdo - € a poténcia maxima que o SCR pode dissipar numa determinada aplicagdo, sendo especificada em watts (W). Corrente de manutengdo - é a menor corrente que o SCR pode conduzir sem desligar. Esta corrente é indicada também como (IH). Outras especificagdes podem ser importantes em fung&o da aplicagdo, Por exemplo, os SCRs também podem ser usados em fontes chaveadas ou na geragao de pulsos em frequéncias relativamente altas. Neste caso, ao se utilizar um SCR é também preciso saber qudo rapido ele pode ligar e desligar. 109 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO TRIACs O TRIAC é outro importante dispositivo da familia dos tiristores. Conforme vimos a principal limitagao dos SCRs esta no fato de serem unidirecionais. Os TRIACs s&o bidirecionais podendo conduzir a corrente nos dois sentidos quando disparados. Um TRIAC pode ser comparado a dois SCRs ligados em oposi¢ao, Na figura 62 temos a estrutura equivalente a este componente e 0 circuito equivalente. MT} ue (terminal principal 1) S| I M T2 (terminal principal 2) (circuito equivalents) Figura 62 Os terminais MT1 e MT2 s&o chamados de "Main terminal 1 e Main terminal 2" ou terminal principal 1 e terminal principal 2. Podemos encontrar os TRIACs no controle de poténcia de motores, brilho de lampadas (dimmers), acionamento de solendides e sistema de aquecimento, da mesma forma que os SCRs. Os triacs no sao usados nas impresoras j4 que ndo ha necessidade de se controlar a poténcia de nenhum dispositivo alimentado por corrente alternada Na figura 63 temos o simbolo adotado para representar um TRIAC 110 NEWTON C. BRAGA MT2 (Terminal principal 2) (gate) MT1 (Terminal principal 1) Figura 63 O involucro € 0 mesmo usado pela maioria dos SCRs e so dotados de recursos para montagem em dissipadores de calor. A identificagdo dos terminais deve ser feita com base em informagdes fornecidas pelo fabricante. Os TRIACs sAo identificados por um cédigo de fabrica e em sua fungao devem ser obtidas as caracteristicas elétricas principais que sdo: a) b) ¢) d) e) Tensdo maxima entre MT1 e MT2 - é a tenséo maxima que pode ser aplicada ao TRIAC quando ele esta desligado. Esta tenséo pode variar entre 50 V e 1000 V para os tipos comuns, Em alguns tipos ela abreviada como Vrrm ou Vdrm. Corrente maxima - 6 a maior corrente que o TRIAC pode conduzir quando disparado e tanto pode ser dada em valores continuos como rms. Tipos com correntes de até mais de 50 A podem ser encontrados em algumas aplicagées. Dissipagéo - é a poténcia maxima que o TRIAC pode dissipar numa determinada aplicagao, sendo especificada em watts (W). Corrente de manutengdo - é a menor corrente que o TRIAC pode conduzir sem desligar. Esta corrente é indicada também como (IH). Corrente de disparo - é a corrente necessdria ao disparo do TRIAC e pode variar entre 10 mA e 500 mA para os tipos comuns conforme sua corrente maxima controlada. ae IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO Teste A melhor maneira de se testar um TRIAC é com um circuito de prova. No entanto, com o multimetro podemos apenas detectar se ele esté em curto quando alguma das medidas entre seus terminais resulta numa resisténcia muito baixa. INTEFERENCIA ELETROMAGNETICA (EMI) TRIACs e SCRs séo dispositivos comutadores de alta velocidade. Estes dispositivos ligam e desligam até milhares de vezes por segundo. Esta comutacao pode causar um sério problema: interferéncia eletromagnética ou abreviadamente EMI EMI ou RFI (Interferéncia por Radio Freqdéncia) ¢ a interferéncia causada por sinais de radio indesejéveis que sdo gerados por dispositivos de comutacao répida como tiristores, motores, e muitos outros dispositivos. Estes sinais afetam a operagao de equipamentos sensiveis como radios, televisores, equipamentos de comunicagées, ete. Quando um SCR ou TRIAC é usado num controle de poténcia ocorrem mudangas de alta velocidade da corrente e, com isso, a geragdo de sinais num amplo espectro de frequéncias. ‘A maior parte da energia irradiada se concentra no espectro das baixas frequéncias (até uns 2 MHz), diminuindo gradualmente mas atingindo frequéncias to altas como as da faixa de FM e TV. Esta interferéncia é ainda maior quando o SCR ou TRIAC controla cargas indutivas. Um circuito de prote¢éo que minimiza a interferéncia 6 mostrado na figura 64 ao NEWTON C. BRAGA 8 [coo] Ry TRIAC (va) 13300 (gate) v) 22 Ag {anodo 2) Figura 70 Os SBS sfo usados no disparo de TRIACs, e como possuem um terceiro eletrodo para programagdo do disparo, eles podem ser usados para fixar o ponto de disparo com diversas tensdes. Na figura 71 temos o simbolo adotado para representar um SBS. Ay Ag G Figura 71 Os fabricantes identificam os seus SBSs por cédigos de fabrica. A principal especificagdo para este tipo de componente é a tenséo do zener interno que indica a tensdo de disparo sem componentes externos. 118 NEWTON C. BRAGA Teste Com o multimetro podemos saber apenas se um SBS esta ou nado em curto, pois todas as resisténcias devem ser altas no teste convencional. Para um teste dinamico (de funcionamento) deve ser usado um circuito apropriado. DISPLAYS DE CRISTAL LiQUIDOS (LCDs) No painel indicador das impressoras, e de muitos outros equipamentos eletrénicos, encontramos displays do tipo que acende com segmentos (LEDs) e um outro tipo, um pouco diferente, em que os simbolos s4o opacos havendo uma superficie luminosa ou iluminada por trés. Estes displays s4o do tipo de Cristal Liquido ou Liquid Crystal Display - LCD como também so conhecidos. Os displays de cristal liquido que encontramos em muitos equipamentos aproveitam as propriedades elétricas de certas substancias que podem mudar deposigao quando submetidas a um campo elétrico, conforme mostra a figura 72 119 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO Sem campo elétrico presente as moléculas da substancia so orientadas de modo a deixar a luz passar através delas. Nestas condigées a substancia é transparente. Quando um campo elétrico é aplicado, as moléculas mudam de posicdo, “torcendo” de tal forma a bloquear a passagem da luz. A substancia se torna ent&o opaca Se eletrodos transparentes com o formato do digito, simbolo ou figura que se deseja apresentar forem colocados num recipiente cheio com este liquido, podemos fazé-los aparecer pela simples aplicagéo de um sinal. Um tipo comum é 0 mostrador de 7 segmentos mostrado na figura 73. Placa de Espagador vido A Painel de vidro Placa Terminals. Figura 73 Os segmentos que sdo ativados e, portanto, se tornam opacos aparecendo, so controlados pelo campo criado por uma tensdo nos terminais correspondentes. Displays mais complexos com figuras e simbolos podem ser elaborados com seu funcionamento controlado por microcontroladores, como, por exemplo, no caso das impressoras em que eles indicam as diversas fungdes e processos de impressdo em andamento. Os LCDs precisam de circuitos especiais para ser ativados porque o circuito, néo s6 deve reconhecer a combinagéo de eletrodos ativados, como 120 NEWTON C. BRAGA também opera com corrente alternada. Se for usada uma tensdo DC ocorre um fendmeno de eletrélise que estraga os eletrodos. Na figura 74 temos a aparéncia de alguns conjuntos de LCDs que podem ser encontrados em diversas dimensées e formatos nas impressoras e em muitos outros equipamentos eletrénicos. 69,8 mm Os displays apresentados podem ser do tipo numérico, ou seja, apresentam apenas numeros ou alfa-numéricos que podem apresentar letras e numeros. Podemos ainda ter simbolos especiais como icones e figuras. Os LCDs sao indicados por um cédigo de fabrica. No entanto, informagées importantes podem ser agregadas. Se o LCD é de uso geral ou especifico. No caso do uso geral, eles podem ser numéricos e alfanuméricos sendo importante saber o nlimero de digitos que apresentam ou 0 numero de simbolos. aa) IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. © modo que eles s4o organizados, em linhas e colunas (numero delas) também é importante Os tipos especificos ja possuem um padréo de desenhos e simbolos que n&o pode ser modificado. Eles aparecem, por exemplo, no painel de uma impressora de determinada marca e outros aplicativos onde ja existem eletrodos com formato de simbolos correspondentes as informagdes que devem ser apresentadas. Como testar Testes simples com multimetros ou outros equipamentos nao fornecem informagées segura sobre o estado deste componente. CIRCUITOS INTEGRADOS Na realidade, n&o podemos considerar o circuito integrado um componente eletrénico, mas sim um conjunto de componentes fabricados numa pastilha de silicio, ja interligados e montados num invélucro comum. A idéia basica do circuito integrado surgiu ao se tentar responder as seguintes quest6es: * Porque temos de fabricar todos os componentes de um circuito separadamente e depois interliga-los para obter o aparelho que desejamos? * Nao seria possivel fabricar todos os componentes num Unico processo jd interligados de modo a termos o aparelho ou 0 circuito que desejamos? A resposta para estas questdes veio na forma do circuito integrado ou Cl (Nao confundir com circuito impresso que é abreviado da mesma forma) (nas publicagdes em inglés IC). O circuito integrado consiste numa pequena pastilha de ao NEWTON C. BRAGA silicio que contém um determinado numero de componentes tais como transistores, resistores, diodos e capacitores, ja interligados por trilhas ou regides condutoras de modo a formar um circuito completo. Os componentes e trilhas so formados por um complexo processo de fabricacdo que envolve a difusdo de impurezas, foto-impressdo e corrosao. Na figura 75 temos uma idéia de que modo podemos integrar componentes numa pastilha de silicio. + Q) tp N Figura 75 Num substrato de material N, regides P podem ser criadas para formar um diodo. Se na regiaéo P de um diodo, for difundida outra regido N teremos um transistor. Um capacitor pode ser formado polarizando-se no sentido inversor uma regio P e um N que formam uma jungao. Um resistor pode ser formado através de uma regiao P entre duas regides N formando uma trilha cujo comprimento, largura e espessura determinam a resisténcia. Numa unica pastilha de silicio podemos integrar circuitos completos contendo desde poucos componentes como no caso dos transistores Darlington até milhées de componentes como na pastilha de um microprocessador. A pastilha de microprocessador moderno, por exemplo, contém mais de 100 000 000 de componentes integrados! 123 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO A principal vantagem no uso do circuito integrado esta no fato de que ele pode conter o circuito que desejamos quase que completo, precisando apenas de alguns componentes adicionais externos. Assim, no caso de um amplificador, precisamos apenas de poucos capacitores externos, os jaques de entrada e saida e o controle de volume e tom. Os capacitores e os indutores de valores altos séo ainda componentes que nao podem ser integrados com facilidade, 0 que significa que se necessdrios devem ser externos. Veja que, como os circuitos integrados contem um circuito completo, eles existem numa variedade muito grande de tipos e cada tipo s6 serve para uma aplicagao especifica. Nao podemos usar um Cl projetado para ser um amplificador como um controle de poténcia para um TRIAC, ou como um regulador de tens4o de uma fonte de alimentagao. Na figura 76 temos o simbolo genérico para representar o circuito integrado. Nos diagramas estes simbolos séo acompanhados da identificagao para podermos saber 0 que sao e o que fazem. 1 3 1 3 4 3 6 SI Figura 76 124 NEWTON C. BRAGA © numero de terminais varia de acordo com a complexidade do circuito integrado, podendo ir de 3 a mais de 200 como, por exemplo, no caso dos microprocessadores usados nos computadores e mesmo no controle de impressoras mais complexas. Na mesma figura temos os invélucros mais comuns. Nos tipos SIL temos recursos para montagem em radiador de calor. Estes so destinados a operagdo com sinais de alta poténcia como reguladores de tensdo, acionadores de motores de passo e amplificadores Circuitos integrados de alta poténcia so encontrados em equipamentos de uso comum no controle de motores, solendides, [ampadas, etc. Existem hoje milhdes de tipos diferentes de circuitos integrados. Cada um deles é identificado por um cédigo de seu fabricante e, somente com os manuais destes fabricantes, podemos saber o que cada um faz. Os que pretendem trabalhar com circuitos integrados precisam saber como encontrar as informagées sobre os diversos tipos que vao aparecer no seu dia a dia. A melhor maneira é consultando os "datasheets" e "databooks" dos fabricantes que tanto podem ser impressos como acessados pela Internet. Uma forma simples de se obter estas informagées é digitando 0 tipo do Circuito integrado ou equipamento nos programas de busca da Internet como o Google, ou no “localizar datasheet” do site do autor Aparecem entdo nos sites das fabricas as folhas de dados no formato PDF as quais podem ser consultadas na tela ou impressas, para maior facilidade de uso. No entanto, existem algumas fungdes que séo téo comuns que seus citcuitos integrados se tornaram populares e todos usam. Assim, para estes cireuitos integrados mais comuns é importante que o profissional que vai trabalhar com impressoras tenha algum conhecimento. 125 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. Ao circuitos de uso geral que incluem fungées analégicas e digitais tais como reguladores de tensdo, amplificadores operacionais, amplficadores de audio, timers, etc. Para maior facilidade de entendimento dividimos estas fungdes comuns em dois grandes grupos: analégicas e digitais Analégicos Circuitos integrados analdgicos trabalham com correntes continuas e também com sinais analégicos, ou seja, sinais de audio, video, RF, etc. Um sinal analégico pode assumir qualquer valor entre dois limites. Eles s&o diferentes dos sinais digitais que assumem apenas dois valores fixos que representam 0 e 1 No grupo dos circuitos integrados analégicos encontramos os reguladores de tensao, amplificadores, operacionais, amplificadores de Audio, etc. Vamos analisar cada um separadamente: Reguladores de Tensao A finalidade de um regulador de tensdo é manter constante a tensao que alimenta um circuito, independentemente de seu consumo (quando a corrente varia) ou quando a tens4o de entrada varia. Uma das séries mais populares é a de reguladores de 3 terminais 78XX, em que 0 XX do tipo indica a tensdo de saida. Assim, 0 7806 é um regulador de 6 V que pode fornecer correntes de até 1A . O 7812 fornece 12 V sob corrente de até 41 A, e assim por diante. Esses circuitos so muito comuns em uma grande quantidade de impresoras. 126 NEWTON C. BRAGA Fontes chaveadas e fontes varidveis também usam outros circuitos integrados bastante conhecidos. © LM350, por exemplo, pode ter ajustada a tensdo de saida para valores entre 1,2 e 30 V sob corrente de até 3A. Estes reguladores, por controlarem correntes elevadas, vém em invélucros que permite a montagem em radiadores de calor. Na figura 77 temos o simbolo adotado para representar estes componentes e os aspectos dos tipos mais comuns. ee Simbpotos Figura 77 ol Trou 1 Como qualquer outro tipo de circuito integrado eles sdo especificados pelos cédigos de fabrica. No entanto, quando trabalhamos com estes Cis precisamos estar atentos a trés de suas principais especificagées: a) Tenso maxima de entrada - é a maxima tensdo que podemos aplicar na entrada do Cl b) Tensdo de saida - que é a tensdo que o circuito integrado vai entregar ao Circuito de saida e que tanto pode ser fixa como estar numa faixa de valores aco IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. ©) Corrente maxima de saida - que 6 a corrente maxima que o circuito alimentado pode consumir. Teste © teste mais simples de um Cl regulador consiste em se aplicar na sua entrada uma tensdo pelo menos 2 V maior do que a se espera na saida, e verificar se na saida temos a tensdo espetara. O multimetro pode ser usado para se medir esta tens&o de saida Normalmente, basta verificar se no circuito em que ele se encontra, a tensdo no terminal de saida confere com a esperada Amplificadores Operacionais Amplificadores operacionais (AO ou AO) sao circuitos de uso geral que originalmente foram criados para fazer operagdes matematicas com sinais elétricos em antigos computadores analégicos. Um amplificador operacional tem uma entrada inversora (-), uma entrada no inversora (+) e um terminal de saida. Os sinais aplicados na entrada inversora tém sua fase invertida ao serem amplificados, conforme mostra a figura 78. Ml Entradee Figura 78 Um amplificador operacional ideal tem uma impedancia de entrada infinita e uma impedéncia de saida nula. Os tipos reais, entretanto, possuem impedancia 128 NEWTON C. BRAGA de entrada muito alta (muitos megohms) e impedancia de saida muito baixa (algumas dezenas ou centenas de ohms). © ganho (numero de vezes que ele amplifica um sinal) depende do circuito de realimentagao, normalmente um resistor ou rede ligada entre a saida ea entrada inversora, conforme mostra a figura 79. Saida Ent. Ganho =1 b) Seguidor de tenszio. Figura 79 Quanto mais alto for o resistor no circuito de realimentagao, maior sera o ganho do amplificador operacional. Valores entre 1 e 1 000 000 séo comuns nas aplicagées praticas. O circuito que tem ganho unitario, onde a saida é ligada a entrada inversora é chamado "seguidor de tens&o". Os amplificadores operacionais podem ser encontrados numa infinidade de tipos e configuragées. Existem casos em que num Unico circuito integrado podemos encontrar dois e até quatro amplificadores operacionais independentes, mas de mesmas caracteristicas. Na figura 80 mostramos o simbolo adotado para representar um amplificador operacional 129 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. Woo Entrada inversora aida Entrada nao inversora -Veo Figura 80 Os amplificadores operacionais sdo identificados por um cédigo de fabrica. Existem tipos comuns em que antes do numero (que se mantém) encontramos um grupo de letras que identifica o fabricante. Por exemplo, LM para a National Semiconductor, SN para a Texas Instruments e MC para a Motorola. Do cédigo de fabrica, consultando as folhas de dados ou manuais podemos ter acesso as caracteristicas elétricas de cada componente. As principais caracteristicas so a) Ganho sem tealimentagéo (open loop) - é 0 ganho maximo do amplificador, sem realimentagao. Este ganho varia entre 1 000 a 1 000 000 para os tipos comuns. O ganho normalmente é abreviado pela letra G. b) Faixa de tensdes de alimentagdo - é a faixa de tensdes que o amplificador pode operar podendo variar entre 1,5 e 40 V, para os tipos comuns Neste ponto devemos observar que em muitas aplicagées os amplificadores operacionais precisam de um tipo especial de fonte de alimentagao existem tensdes negativas e positivas, além do terra. Esta fonte chamada “dual” ou "simétrica" pode ser obtida a partir de circuitos especiais, conforme mostra a figura 81 130 NEWTON C. BRAGA Figura 81 Desta forma, nas impressoras em que operacionais so usados em certas fungées, © leitor ndo deve estranhar se encontrar especificagdes de tensdes positivas e negativas em relag&o a uma referéncia (terra). Em alguns documentos ou folhas de dados, 6 comum que a tenséo de alimentagdo seja referida tendo em conta esta configuragéo. Assim, falamos em 6- 0-6 V de alimentagéo quando precisamos ter uma tensdo positiva de 6 V, uma negativa de -6 e 0 V do terra Outras caracteristicas importantes dos amplificadores operacionais sao: a) Ganho x Faixa Passante - 0 ganho de um amplificador operacional cai & medida que a freqéncia do sinal que deve ser amplificado aumenta. A frequéncia em que o ganho cai a 1 (néo ha mais amplificagéo) é indicada como faixa passante do operacional e dada em MHz. Os tipos comuns tem faixas que estao em torno de 1 ou 2 MHz. 131 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. b) CMRR - 6 abreviagdo de Common Mode Rejection Ratio. Quando dois sinais da mesma amplitude, freqéncia e fase sao aplicados as entradas (inversora e nao inversora) de um operacional eles devem se cancelar e nenhuma saida deve ocorrer. A capacidade do operacional de rejeitar estes sinais iguais 6 a rejeigo em modo comum sendo medida em dB, Os tipos comuns podem ter CMRR de até 90 dB. Testando A melhor maneira de se testar um amplificador operacional é no circuito, medindo-se as tensdes nos seus terminais e comparando-as com o diagrama original Para testar amplificadores operacionais fora do circuito, é preciso montar um circuito de teste experimental, o que em geral nao 6 muito complicado. Amplificadores de Audio Amplificadores de dudio completos, com poténcias que vao de alguns miliwatts (como os usados em aparelhos portateis) até mais de 100 W (usados em som doméstico), podem ser encontrados na forma de circuits integrados. Alguns circuitos possuem também as etapas de pré-amplificagdo e outras necessdrias ao equipamento completo. Como neste tipo de circuito normalmente sao necessarios capacitores de grandes valores (eletroliticos e outros), que n&o podem ser integrados, estes componentes devem ser instalados como periféricos. Estes amplificadores também podem ter pinos onde so ligados componentes que programam o ganho e outras caracteristicas conforme a 132 NEWTON C. BRAGA aplicag&o. Muitos fabricantes colocam no mesmo invélucro de certos tipos, dois amplificadores para facilitar a montagem de uma versdo estéreo. Como as impressoras n&o so equipamentos que produzem sons (a nao ser eventuais bips de aviso) estes circuitos integrados nao s4o encontrados em suas configuragdes. Timers ou Temporizadores Outro grupo importante de circuitos integrados da familia dos lineares 6 0 formado pelos timers. Estes circuitos tém por fung&o produzir um sinal ou ainda, depois de um intervalo de tempo determinado disparar algum tipo de dispositive conforme mostra a figura 82 Figura 82 © modo mais comum de temporizacao é o monoestavel que depois de um certo tempo liga alguma coisa No modo astavel, 0 circuito produz sinais retangulares que podem ser usados com as mais diversas finalidades, conforme mostra a figura 83. 133 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCAO. Ieee Figura 83 Na figura 84 temos o simbolo usual para representar um circuito integrado deste tipo. O nome do componente geralmente € colocado no interior do simbolo. Figura 84 O 555 Talvez 0 mais popular de todos os circuitos integrados é o timer 555, do qual ja foram fabricadas mais de 1 bilhdo de unidades apenas em um ano por diversos fabricantes. O 555 pode aparecer com denominagées como LMS55, TLC7555. NESSS, e muitas outras. 134 NEWTON C. BRAGA Conforme mostra a figura 85 este circuito integrado pode operar de duas formas: astavel e monoestavel. Disparo|_° a) Astavel b) Monoestével Figura 85 Na verséo monoestavel, levando 0 pino 2 ao nivel baixo (aterrando) ele dispara e fica acionado por um tempo que depende de R e de C. Na versao astavel ele produz um sinal cuja frequéncia depende de Ra, Rb e C. As principais especificagdes dos circuitos integrados temporizadores so: a) Faixa de tensées de alimentagao - é a faixa de tensdes em ele pode funcionar. b) Como calcular a freqiiéncia de operacdo - podem ser dadas informagées através de formulas, tabelas ou graficos. c) Corrente de saida - 6 a maxima corrente que a saida pode drenar ou fornecer quando 0 circuito esta acionado. 135 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO d) Modos de operagdo - como no caso do 555 em que temos o modo astavel monoestavel, existem alguns outros timers que podem ter diversas modalidades de operago. Nas impressoras mais antigas ainda encontramos algumas fungdes exercidas por esse circuito integrado, mas so raras. Como testar Para este circuito integrado também, o melhor modo de se fazer seu teste € através da medida das tensdes em seus pinos. Verifica-se antes se o componente ligado ao pino em que a tensdo esta anormal esta em bom estado, pois ele pode ser causa do problema. Outra possibilidade consiste em se montar um circuito de teste numa matriz de contactos. PLL PLL significa Phase Locked Loop (Elo Travado por Fase) e consiste num circuito que pode reconhecer sinais de determinadas frequéncias ou ainda demodular sinais que sejam modulados em frequéncia. Trata-se de uma fung&o que pode ser encontrada na forma de circuitos integrados e que encontra utilidade em algumas aplicagdes domésticas, tais como alarmes de passagem, alarmes por ultrassons, intercomunicadores via rede de energia, controles remotos, etc. Nas impressoras seu uso é raro, podendo ser encontrado apenas em tipos antigos Um PLL, por exemplo, pode ser usado para reconhecer o sinal enviado por um controle remoto e em sua fungdo acionar um sistema de abertura de portas de garagem ou ainda desarmar um alarme. Na figura 86 damos o simbolo geral usado para representar um PLL. 136 NEWTON C. BRAGA PLL ‘Simboio Figura 86 Como qualquer outro circuito integrado, os PLLs so identificados por um numero de fabrica. A partir deste numero podemos ter acesso as suas especificagées ou caracteristicas elétricas. As principais so: * — Tensdo de alimentagdo - normalmente a faixa de tensdes que pode ser usada para sua alimentagdo. « Faixa de frequéncias - é a faixa de frequéncias que ele pode reconhecer e operar. Para os tipos comuns ela vai tipicamente até 500 kHz. * — Sensibilidade - é a intensidade minima do sinal aplicado a sua entrada que ele pode reconhecer a frequéncia. * Corrente de saida - 6 a corrente maxima que ele fornece em sua saida quando reconhece o sinal para o qual foi ajustado. Como testar © procedimento é o mesmo dos demais circuitos integrados: medindo as tenses nos seus terminais ou através de um circuito de prova. 137 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO Outras fungées lineares Além das fungSes que vimos existem outras que s4o igualmente importantes e para as quais podem existir circuitos integrados especificos. Podemos citar os circuitos de controle digital de poténcia por toque que sao usados em dimmers, referéncias de tensao, médulos de receptor e transmissor de controle remoto e muitos outros. Alguns tipos de impressora podem utilizar esses circuitos integrados se incluirem as fungdes que exercem. Digital Os circuitos integrados digitais formam outra familia de grande importancia para a eletrénica. A eletrénica digital parte da idéia de que podemos representar qualquer quantidade usando apenas os algarismos 0 e 1. Usando apenas estes digitos podemos representar as quantidades, conforme mostra a figura 87, utilizando para isso o sistema binario de numeracao. 1x29 + 1x22 + Ox2l + 4x20 8 + 4 4+ O + 14 Figura 87 A vantagem do uso desta representacdo bindria 6 que os circuitos eletrénicos podem manusear os sinais de uma forma mais simples: uma chave aberta ou transistor desligado representa o 0 e uma chave fechada ou transistor ligado representa o 1, conforme mostra a figura 88. 138 NEWTON C. BRAGA Figura 88 Um circuito que opera com apenas dois estados é menos sujeito a problemas de interferéncias e muito mais preciso, como se pode ver no caso dos microprocessadores. No caso especifico das impresoras, como elas operam com sinais vindos de um processador, temos a presenca de sinais digitais dessa forma, na maioria de seus circuitos. Podemos levar a idéia ao transistor conforme mostra a figura 89. +V +V +V Ro ov Rt + (0) (1) {ecrort Ss Figura 89 Uma chave fechada na base do transistor leva a tensdo de seu coletor a Zero e com isso podemos ter o algarismo 0 na sua saida, quando o valor na entrada for 1 e vice versa. Um circuito como este pode inverter os sinais, sendo por isso chamado inversor. Associando transistores de diversas formas podemos realizar uma série de operagdes matematicas com os valores binarios. 139 IMPRESSORAS — FUNCIONAMENTO E MANUTENCGAO E, associando os blocos que realizam estas operagdes simples podemos tealizar operagdes muito complexas com os ntimeros bindrios, como ocorre no caso dos computadores. Certo numero de fungées basicas existe na forma de circuitos integrados e com elas podemos desenvolver diversos projetos. Assim, conforme mostra a figura 90, a partir destas fungdes podemos ter uma infinidade de circuitos denominados digitais. Buffer nBo Inversor 4 > Inversor Portas E (AND) [>> 2-2 {> 2- D- Portas Nao-E Portas No-OU (NAND) OR (NOR) Porta OU - exclusive Flip-Flop (Exclustve-OR) Qy Qz Og Og Os 0 A B. — in c o : 9 Contador Decodificador BCD - decimal Figura 90 140

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