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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL GOIANO Campus URUTAÍ
CURSO DE AGRONOMIA
DISCIPLINA DE AGROECOLOGIA

Assunto: Introdução, conceitos e definição de agroecologia e agricultura orgânica.

Perguntas:

1) O que seria agroecologia? O que não seria agroecologia?

A agroecologia consiste em uma proposta alternativa de agricultura socialmente


justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável. Pode também ser
entendida como estilos de agricultura menos agressivos ao meio ambiente, que
promovem a inclusão social e proporcionam melhores condições econômicas aos
agricultores. A agroecologia pode ser vista como uma abordagem da agricultura que
se baseia nas dinâmicas da natureza. Dentro delas se destaca a sucessão natural, a
qual permite que se restaure a fertilidade do solo sem o uso de fertilizantes minerais
e que se cultive sem uso de agrotóxicos e a preocupação pela preservação dos
recursos naturais.
O que se pode entender como não sendo agroecologia, é trabalhar sem o manejo
ecológico dos recursos naturais, ignorando o respeito que se deve ter com a teia da
vida. Sempre que os manejos agrícolas não são realizados conforme as
características locais do ambiente, alterando-as excessivaemente suas características
e o potencial natural dos solos, não estamos praticando a agroecologia.

2) Quais os principais objetivos de agroecologia e da agricultura orgânica?

Os principais objetivos da agroecologia são: stabelecer estilos de agricultura


menos agressivos ao meio ambiente e capazes proteger os recursos naturais,
conservar o meio ambiente, além de serem mais duráveis no tempo, tentando fugir
do estilo convencional de agricultura, englobando agriculturas alternativas, com
diferentes denominações: orgânica, biológica, biodinâmica, permacultura, etc., cada
uma delas seguindo determinados princípios, tecnologias, normas, regras e
filosofias, segundo as correntes a que estão aderidas, contribuindo para o
estabelecimento de processos de desenvolvimento rural sustentável.

3) Quais os princípios da agroecologia?

Solo - é a base da agroecologia:


• recuperar o solo e a biovida.correção do solo com calcário (máximo 2 ton/ha), com
recomendação técnica.
• capinas: limpar as faixas junto ao caules das plantas e mantendo-se a vegetação
nativa nas entrelinhas de plantio, roçada ou capinas das entrelinhas de forma
alternada
• incorporação dos restos culturais.
• manter o solo protegido, com cobertura morta ou plantas pioneiras.
• vistoriar a cultura para evitar excesso de humidade.

Nutrição - deve ser equilibrada e natural:


• adubação orgânica ou adubos minerais de lenta liberação e compostagens, com
recomendação técnica.
• não utilizar adubos solúveis ou concentrados, preferindo aqueles de liberação mais
lenta.
• manter a planta suprida com os micronutrientes essenciais.
• plantio de adubos verdes e plantas para produção de bíomassa.
• pulverização semanal ou quinzenal com biofertilizante orgânico ou ferti-
protectores.

Condução da planta - feita de forma holística (considerando o todo da


propriedade):
• utilizar mudas e sementes sadias, adquiridas de fornecedores biológicos.
• escolher variedades resistentes.
• promover uma boa aeração da planta (retirar folhas em excesso).
• rotação de culturas e biodiversidade de cultivos.
• instalação de cercas altas ou abrigos, para evitar os ventos fortes.
• plantio em faixas.

Proteção das plantas - visa fortalecer as plantas, repelir e não erradicar os


organismos prejudiciais:
• combate alternativo a insetos vetores de doenças, principalmente na fase de mudas
(pulgão e tripes )
• não empregar os defensivos agressivos adubos orgânicos solúveis (esterco de
galinha) que favorecem o desequilíbrio da planta e do ecossistema.
• verificar a qualidade da água empregada na irrigação e pulverização, evitando
contaminantes químicos e biológicos.
• evitar plantas hospedeiras de pragas e moléstias.
• pulverizar com caldas que fortaleçam as plantas (minerais e vegetais).
• cuidados no manuseio e colheita dos frutos em condições de humidade alta
• tratamento de sementes, inclusive com biofertilizantes e mícronutrientes.

4) Defina agricultura orgânica, natural, biológica, biodinâmica e orgânica


certificada.

Agricultura orgânica: é o termo frequentemente usado para designar a produção de


alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos químicos
sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas, nem de organismos geneticamente
modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável. Os seus
proponentes acreditam que num solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e
pesticidas feitos pelo homem, os alimentos tenham qualidade superior a de
alimentos convencionais. Este sistema de produção, que exclui o uso de fertilizantes,
agrotóxicos e produtos reguladores de crescimento, tem como base o uso de estercos
animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de
pragas e doenças. Pressupõe ainda a manutenção da estrutura e da profundidade do
solo, sem alterar suas propriedades por meio do uso de produtos químicos e
sintéticos.

Agricultura natural: sistema de exploração agrícola que se baseia no emprego de


tecnologias alternativas, as quais buscam tirar o máximo proveito da natureza, das
ações do solo, dos seres vivos, da energia solar, de recursos hídricos. As técnicas da
Agricultura Natural fundamentam-se no método natural de formação do solo, com
interferência humana em concordância às leis da natureza. Na Agricultura Natural
são feitas recomendações como o uso de composto, cobertura morta, adubação
verde, e outros recursos naturais, microorganismos do solo, controle biológico de
pragas, controle biomecânico de plantas daninhas.

Agricultura biológica: Iniciada pelo político Hans Piter Muller, na Suíça em 1930.
Os aspectos econômicos e sócio-políticos eram a base da proposta, se preocupando
com a autonomia dos produtores e com o sistema de comercialização direta aos
consumidores. Foi na França em 1960 que a agricultura biológica mais se difundiu,
tendo como difusor Claude Aubert, que propunha a saúde das plantas, e, portanto
dos alimentos, se dá por meio da manutenção da “saúde” dos solos. Este princípio
apóia-se em um tripé “cujas bases, de igual importância, são: o manejo dos solos, a
fertilização com fosfatos naturais, basalto e rochas calcáreas e a rotação de culturas.
É um sistema agrícola que procura fornecer-lhe a si, consumidor, alimentos frescos,
saborosos e autênticos e ao mesmo tempo respeitar os ciclos de vida naturais.
Baseia-se numa série de objetivos e princípios, assim como em práticas comuns
desenvolvidas para minimizar o impacto humano sobre o ambiente e assegurar que o
sistema agrícola funciona da forma mais natural possível. As práticas tipicamente
usadas em agricultura biológica incluem a rotação de culturas, como um pré-
requisito para o uso eficiente dos recursos locais; limites muito restritos ao uso de
pesticidas e fertilizantes sintéticos, de antibióticos, aditivos alimentares e auxiliares
tecnológicos, e outro tipo de produtos; proibição absoluta do uso de organismos
geneticamente modificados; aproveitamento dos recursos locais, tais como o uso do
estrume animal como fertilizante ou alimentar os animais com produtos da própria
exploração; escolha de espécies vegetais e animais resistentes a doenças e adaptadas
às condições locais; criação de animais em liberdade e ao ar livre, fornecendo-lhes
alimentos produzidos segundo o modo de produção biológico; utilização de práticas
de produção animal apropriadas a cada espécie
Agricultura biodinâmica - Começa na Alemanha – em 1924, iniciada pelo filosofo
Rodolf Steiner, esse método preconizava a moderna abordagem sistêmica,
entendendo a propriedade como um organismo sadio, onde solo, plantas, animais e o
homem convivem em harmonia e a fertilidade seja a base de sua auto-suficiência.
Steiner ressaltou a importância das relações entre o solo e as forças de origem
cósmica da natureza, recomenda o uso de preparado biodinâmico preparado por ele.
Movimento difundido através dos praticantes da antroposofia. A Agricultura
Biodinâmica quer ajudar aqueles que lidam no campo a vencer a unilateralidade
materialista na concepção da Natureza, para que eles possam, cada um por si
mesmo, achar uma relação espiritual–ética com o solo, com as plantas e os animais e
com os coirmãos humanos. A partida e a continuidade desse desenvolvimento
ascendente da totalidade do organismo-empresa é assegurado pelo manejo
biodinâmico dos tratos culturais agrícolas e do uso de preparados apresentados pela
primeira vez por Rudolf Steiner durante o Congresso de Pentecostes. Trata-se de
preparados que incrementam e dinamizam a capacidade intrínseca da planta a ser
produtora de nutrientes, seja por mobilização química, transmutação ou
transubstanciação do mineral morto ou por harmonização e adequação na
reciclagem das sobras da biomassa produzida. Preparados que simultaneamente
apóiam a planta a ser transmissor, receptor e acumulador do intercâmbio da Terra
com o Cosmo. Adubar na biodinâmica significa, portanto, aviventar ou vivificar o
solo e não apenas fornecer nutrientes para as plantas.

Agricultura biodinâmica: não se usam adubos nitrogenados minerais, pesticidas


sintéticos, herbicidas e hormônios de crescimento etc. A concepção do
melhoramento biodinâmico dos cultivares ou das raças está em irrestrita oposição à
tecnologia transgênica. A ração para os animais é produzida no próprio sítio ou
fazenda e a quantidade dos animais mantidos está em relação com a capacidade
natural da área ocupada. O agricultor biodinâmico está empenhado em fazer
somente aquilo pelo qual ele mesmo pode responsabilizar-se, a saber, o que serve ao
desenvolvimento duradouro da "individualidade agrícola". Isso inclui o cultivo e a
seleção das suas próprias sementes como também a adaptação e a seleção própria de
raças de animais. Além disso, significa uma orientação renovada na pesquisa,
consultoria e formação profissional.
Agricultura orgânica certificada - O produto orgânico é cultivado de forma
diferenciada e deve ser certificado. Na agricultura orgânica, vários resíduos são
reintegrados ao solo para que sejam decompostos e transformados em nutrientes
para as plantas. Esterco, restos de verduras, folhas de aparas e minerais provenientes
de rochas, entre outros, fertilizam a lavoura e dão origem a microorganismos que
transformam a matéria orgânica em alimentos para as plantas. O selo de certificação
de um alimento orgânico é a garantia de que o consumidor está levando para casa
um produto isento de contaminação química e com qualidade nutricional e biológica
comprovada. Daí a importância estratégica da certificação para o mercado de
orgânicos, pois além de permitir ao agricultor orgânico diferenciar e obter uma
melhor remuneração dos seus produtos, protege os consumidores de possíveis
fraudes. A certificação é um processo de fiscalização e inspeção das propriedades
agrícolas e processos de produção que verifica se o alimento está sendo cultivado
e/ou processado de acordo com as normas de produção orgânicas. O processo
envolve uma série de cuidados que vão da desintoxicação do solo à preservação do
meio ambiente, passando por análises de qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade
e verificação rotineira do nível de contaminação dos alimentos.

5) Você concorda com os princípios e objetivos da agroecologia? Por quê?

Sim, porque a agricultura moderna não é sustentável, e o grande desafio é


repensar o modelo agrícola a ser implementado, pois a repetição do modelo
extremamente dependente de insumos externos torna o agricultor dependente de
crédito bancário e acarreta danos ambientais. No trabalho agroecológico adaptado,
está implícita a idéia de que, pela compreensão das relações e processos ecológicos,
os agroecossistemas podem ser manipulados de forma a melhorar a produção e a
produzir de modo mais sustentável, com menos impactos ambientais e sociais
negativos e com menor utilização de insumos externos. Os agroecologistas
reconhecem, hoje, que o consorciamento, a agrossilvicultura e outros métodos
tradicionais de agricultura imitam os processos ecológicos naturais e que a
sustentabilidade de muitas práticas locais deriva dos modelos ecológicos que elas
seguem. Ao se planejarem sistemas agrícolas que imitam a natureza torna-se
possível otimizar o uso da luz do sol, dos nutrientes do solo e da chuva.

Urutaí-GO
15 de Fevereiro de 2011

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