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É o grande libertador dos Hebreus, tido por eles como seu principal legislador e um dos mais
importantes lideres religiosos. A Bíblia o denomina o «mais humilde do que todos os homens
que havia sobre a face da terra» (Números 12:3). Também é considerado um grande profeta
pelos muçulmanos.
De acordo com a Bíblia e a tradição judaico-cristã, Moisés realizou diversos prodígios após uma
Teofania. Libertou o povo israelita da escravidão no Antigo Egito, tendo instituído a Páscoa
Judaica. Depois guiou o seu povo através de um êxodo pelo deserto durante quarenta anos,
que se iniciou através da famosa passagem em que Moisés abre o Mar Vermelho, para
possibilitar a travessia segura dos filhos de Israel. Ainda segundo a Bíblia, recebeu no alto do
Monte Sinai as Tábuas da Lei de Deus, contendo os Dez Mandamentos.
Moisés era filho de Anrão e Joquebede, da Tribo de Levi. O seu irmão mais velho era Aarão e a
sua irmã chamava-se Miriam.
História
Segundo o relato bíblico, a filha de faraó adotou o menino já grande, entregue pela mãe, que
era hebreia, e o chamou Moisés: «Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a
qual o adotou por filho, e lhe chamou Moisés, dizendo: Porque das águas o tirei» (Êxodo 2:10).
Para os judeus, o nome Moisés, em hebr. Móshe (ֹשה ֶׁ )מ, é associado homofonicamente ao
verbo hebr. mashah, que têm o significado de "tirar". Na etimologia judaica popular, têm o
significado de "retirado [isto é, salvo]" da água.[1]
Alguns historiadores acreditam que o período que Moisés passou entre os Egípcios serviu para
que ele aprendesse o conceito do "monoteísmo", criado pelo Faraó Aquenáton (r. 1352-1338
a.C.), o faraó revolucionário que reinou antes do tempo de Moisés, levando tal conceito ao
povo hebreu. Porém o conceito de Monoteísmo é muito mais antigo que este período, tendo
sido passado para os hebreus por Abraão.
Segundo o Livro do Êxodo, Moisés foi adotado pela filha do faraó, que o encontrou enquanto
se banhava no rio Nilo e o educou na corte como o príncipe do Egito. Aos quarenta anos (1552
a.C.), após ter matado um feitor egípcio levado pela justa cólera, é obrigado a partir para
exílio, a fim de escapar à pena de morte. Fixa-se na região montanhosa de Midiã, situada a
leste do Golfo de Acaba. Por lá acabou casando-se com Zípora e com ela teve dois filhos,
Gérson e Eliézer. Quarenta anos depois (1512 a.C.), no Monte de Horebe, ele depara-se com
uma sarça ardente que queimava mas não se consumia e assim é finalmente "comissionado
pelo Deus de Abraão" como o "Libertador de Israel".
Ele conduziu o povo de Israel até ao limiar de Canaã, a Terra Prometida a Abraão. No início da
jornada, encurralados pelo Faraó, que se arrependera de tê-los deixado partir, ocorre um dos
fatos mais conhecidos da Bíblia: A divisão das águas do Mar Vermelho, para que o povo, por
terra seca, fugisse dos egípcios, que tentando o mesmo, se afogaram. Logo no início da
jornada, no Monte de Horebe, na Península do Sinai, Moisés recebeu as Tábuas dos Dez
Mandamentos do Deus de Abraão, escritos "pelo dedo de Deus". As tábuas eram guardadas na
Arca do Concerto. Depois, o código de leis é ampliado para cerca de seiscentas leis. É
comumente chamado de Lei Mosaica. Os judeus, porém, a consideram como a Lei (em hebr.
Toráh) de Deus dada a Israel por intermédio de Moisés. Em seguida, os israelitas vaguearam
pelo deserto durante quarenta anos até chegarem a Canaã.
Durante quarenta anos (segundo a maioria dos historiadores, no período entre 1550 a.C. e
1510 a.C.), conduz o povo de Israel na peregrinação pelo deserto. Moisés morre aos 120 anos,
após contemplar a terra de Canaã no alto do Monte Nebo, na Planície de Moabe. Josué, o
ajudante, sucede-lhe como líder, chefiando a conquista de territórios na Transjordânia e de
Canaã.
No Cristianismo, Moisés prefigura o "Moisés Maior", o prometido Messias (em grego, o Cristo).
O relato do Êxodo de Israel, sob a liderança por Moisés, prefigura a libertação da escravidão do
pecado, passando os cristãos a usufruir a liberdade gloriosa pertencente aos filhos de Deus.
Na Igreja Católica e Igreja Ortodoxa, é venerado como santo, sendo a festa celebrada a 4 de
setembro.
Segundo a Edição Pastoral da Bíblia seu nome é citado 894 vezes na Bíblia.[2]
Morte
De acordo com os relatos bíblicos em Deuteronômio 32:51-52 e Números 20:12, Moisés foi
avisado por Deus de que não lhe seria permitido levar os israelitas através do rio Jordão, por
causa da sua transgressão nas águas de Meribá, e que morreria no Monte Nebo, de onde
contemplaria toda a terra de Canaã. Desta forma, ele reuniu as tribos e entregou a eles uma
mensagem de despedida, que é usada para formar o livro de Deuteronômio.
Quando Moisés terminou, entoou um cântico e pronunciou uma bênção sobre o povo. Subiu
ao monte Nebo, para o cume de Pisga, olhou para a Terra prometida de Israel espalhada
diante dele, e morreu, segundo a lenda talmúdica, em 7 de Adar, exatamente no seu
aniversário dos 120 anos. O próprio Deus o sepultou em um túmulo desconhecido em um vale
na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor (Deuteronômio 34:6).