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Eleição Infantil

Obbie Todd
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Traduzido do original em Inglês


Infant Election
By Obbie Todd

Via: Founders.org

Tradução por Carolina Crepaldi Hito


Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Abril de 2018

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida


permissão do Ministério Founders Ministries (Founders.org), sob a licença Creative Commons
Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

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desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
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Eleição Infantil
Por Obbie Todd

— The Founders Journal • Verão de 2017 | Nº 109 —

Embora apenas preguei do púlpito do domingo de manhã, o assunto da salvação infantil é


uma questão intensamente pessoal e pastoral que merece tratamento adequado na igreja
Batista. Não é tão explícito nas Escrituras que evita uma medida de especulação, mas não
é uma doutrina tão incidental que garante um status de “secundária”. Perante a intersecção
de grandes doutrinas teológicas, como o pecado original, a soteriologia e até a cristologia,
o destino das crianças que perecem exige atenção pastoral pelo que isso representa para
as famílias afligidas e para o que se comunica sobre o Deus que adoramos.

A Confissão de Fé Batista de 1689 e a Confissão de Fé de Westminster

Na Confissão de Fé Batista de 1689, a questão é abordada no terceiro parágrafo do


capítulo 10, intitulado “Sobre o Chamado Eficaz”. Correspondendo a Confissão de Fé de
Westminster quase literalmente, lê-se: “As crianças eleitas que morrem na infância são
regeneradas e salvas por Cristo, através do Espírito, que opera quando, onde e como Lhe
agrada. Do mesmo modo são salvas todas as pessoas eleitas incapazes de serem
chamadas exteriormente, pelo ministério da Palavra”.1 Quase tão importante como a
substância deste trecho é a sua localização. Como a Confissão de Fé de Westminster, a
Confissão de Fé Batista de 1689 aborda a salvação infantil como um corolário imediato
para o chamado eficaz (e não, por exemplo, para a eleição) devido aos conceitos de
agência e instrumentalidade pertinente a ambas as doutrinas. Embora algumas edições
modernas da Confissão omitam a palavra “eleitas”, os autores originais a mantiveram. A
ideia de “crianças eleitas” nem afirma nem nega que todos os bebês que morrem na infância
são salvos. Em vez disso, conclui tacitamente que pelo menos alguns bebês são redimidos.
Por um lado, o artigo é biblicamente consistente na medida em que a Escritura apresenta
a doutrina da eleição (Romanos 9-11). Por outro lado, a ambiguidade relativa à frase e a
dificuldade de apontar para uma afirmação direta da Bíblia sobre esse assunto levaram pelo
menos um Batista Reformado Confessional a sugerir que talvez seus autores não tenham
dito nada. “A Bíblia está em silêncio sobre esta questão”, observou Sam Waldron. “Seria
muito melhor, portanto, que a Confissão simplesmente não falasse nada sobre esse ponto”,

1
Confissão de Fé Batista de 1689, 10.3.

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continuou. “Por isso, estou convencido, é precisamente o que a Bíblia diz”. Waldron sugere
algumas ideias doutrinárias a partir das quais poderia construir uma teologia pastoral
significativa desta que pode ser uma questão delicada.2

Solus Christus

No entanto, o terceiro parágrafo ainda contém importantes afirmações teológicas


sobre a natureza da salvação infantil. Por exemplo, as crianças que morrem na infância são
“salvas por Cristo”. A salvação infantil ainda é salvação, e isso exclusivamente por Jesus
Cristo, o Filho de Deus. Há um Mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus
(1 Timóteo 2:5). Sugerir que qualquer criança seja adentre à vida eterna por qualquer outro
meio que pela obra acabada de Cristo é negar a culpa original e impugnar o próprio
Evangelho. Independentemente de como os Batistas optarem por interpretar este terceiro
artigo, a questão delicada da salvação infantil deve começar com a verdade inescapável de
que todos os bebês são concebidos em pecado, condenados sob a justa lei de Deus e
necessitando de redenção (Salmo 51:1; Romanos 3:23, 5:12-18). De acordo com Andrew
Fuller, secretário e fundador da Baptist Missionary Society (Sociedade Missionária Batista),
“não há diferença entre nós no que diz respeito ao número ou caráter daqueles que devem
ser finalmente salvos. Nós concordamos que quem se converter a Deus por Jesus Cristo
certamente será salvo”.3 Por meio da desobediência de Adão, sua cabeça federal, os bebês
são feitos pecadores (Romanos 5:19). Como James P. Boyce explica, sua falta de
transgressão não implica inocência:

As Escrituras claramente assumem e declaram que Deus castiga justamente todos os


homens, não só pelo que fazem, mas pelo que são. Uma natureza corrupta torna uma
condição verdadeiramente pecaminosa e culpada e passível de punição, como
transgressões reais. Consequentemente, no próprio momento do nascimento, a
presença e a posse de tal natureza mostram que até os filhos de Adão nasceram sob
todas as penas que sobrevieram ao seu antepassado no dia em que pecou. A
transgressão real subsequentemente acrescenta nova culpa à culpa já existente, mas
não substitui um estado de inocência por um estado de culpa.4

2
Samuel E. Waldron, A Modern Exposition of 1689 Baptist Confession of Faith [Uma Exposição
Moderna da Confissão de Fé Batista de 1689] (Durham, England: Evangelical Press, 1989 [3rd
edition 1999]), 150.
3
As Obras Completas de Andrew Fuller, Vol. 1, 506.
4
James P. Boyce, Abstract of Systematic Theology [Suma de Teologia Sistemática], 249-50.

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A idade jovem não revoga o justo juízo de Deus sobre a depravação humana e nem
imuniza os bebês dos efeitos mortais do pecado. Independentemente do estágio de
desenvolvimento físico, os pecadores estão mortos em seus pecados, e isso inclui a morte
espiritual e física (Gênesis 2:17; 1 Coríntios 15:22; Efésios 2:1-3; 2 Timóteo 1:9-10). A
realidade trágica que tantos infantes morrem em um mundo caído é evidência do poder
penetrante e pervasivo do pecado, bem como da necessidade de justiça e vida imputada
encontradas apenas no último Adão e não no primeiro (1 Coríntios 15:45; 1 João 5:12).
Argumentos contra a depravação infantil enfrentam talvez a sua mais dura e mais sóbria
refutação no túmulo. O pecado é uma potente força assassina endêmica da humanidade
pós-lapsariana e, através da transgressão de Adão, a morte reina em todos os homens
(Romanos 5:17). Daí o sexto capítulo da Confissão de 1689 afirma claramente que todos
os pecadores estão “agora concebidos em pecado, e por natureza filhos da ira, escravos
do pecado, sujeitos à morte e a todas as outras misérias espirituais, temporais e eternas, a
menos que o Senhor Jesus os liberte”.5 Sem a graça libertadora de Deus em Cristo, somos
todos filhos da ira — incluindo as próprias crianças (Efésios 2:3).

A Necessidade do Novo Nascimento

Uma discussão fundamentada sobre o destino dos bebês que morrem também deve
explicar os meios de salvação conforme estabelecidos nas Escrituras. Por exemplo, o
terceiro parágrafo declara que os bebês que morrem na infância são “regenerados...
através do Espírito”. Isso contrasta com o primeiro parágrafo do capítulo que afirma:
“Aqueles a quem Deus predestinou para a vida, a Ele apraz, em Seu tempo determinado e
aceitável, chamar eficazmente, por Sua Palavra e Espírito, do estado natural de pecado e
morte no qual eles estão por natureza, para a graça e a salvação por Jesus Cristo. Isto Ele
faz, iluminando suas mentes de maneira espiritual e salvífica, para que entendam as coisas
de Deus”.6 Considerando que o primeiro artigo inclui “Palavra e Espírito” como o meio pelo
qual o Pai efetivamente chama Seus filhos para Cristo, o parágrafo detalhando a salvação
infantil inclui apenas o último. A ausência do chamado “externo” do Evangelho aos bebês
pode parecer algo óbvio no início; no entanto, a ênfase da Confissão no papel indispensável
do Espírito em chamar o pecador é muito significativa.

Este chamado “interno” não é nada menos do que a voz de Deus que chama um
coração corrupto e obstinado, e o liberta do cativeiro do pecado, a fim de que possa amar
livremente a Cristo ou, como afirma a Confissão, de modo que “eles vêm a Cristo mui

5
Confissão de Fé Batista de 1689, 6.3.
6
Confissão de Fé Batista de 1689, 10.1.

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livremente, sendo para isso dispostos pela Sua graça”. O Batistas Particular inglês John
Gill, o primeiro Batista a escrever um comentário verso por verso sobre a Bíblia inteira,
concebeu o chamado eficaz de Deus como um “chamado interno” e “um ato da eficaz e
irresistível [sic] graça”.7 Em bebês, como em todos os pecadores, esta é uma obra
completamente soberana de Deus. Ao contrário do parágrafo correspondente na CFW
[Confissão de Fé de Westminster] que cita Lucas 18:15-16; Atos 2:38-39; João 3:3-5, 3:8;
Romanos 8:9; 1 João 5:12 e Atos 4:12, a Confissão de Fé Batista de 1689 cita a João
3:3,5,6,8 como único texto de prova para a salvação infantil, sublinhando a obra
monergística de Deus na salvação, bem como a necessidade absoluta do novo nascimento.
Imediatamente depois de estabelecer o papel decisivo do Espírito, a Confissão de 1689
declara que o Espírito “opera quando, onde e como Lhe agrada”.8 Com essa forte ênfase
na obra soberana e misteriosa de salvação de Deus através do Espírito, os Batistas dentro
a tradição de 1689 afirmam universalmente a necessidade de eleição e de regeneração na
salvação dos bebês. Tão inseparáveis são a regeneração e o chamado eficaz que John
Dagg, o primeiro teólogo sistemático Batista do Sul, considerou-os praticamente sinônimos.9
A Confissão de 1689 faz isso de forma implícita, ao não conter nenhum capítulo “sobre a
regeneração”. Em vez disso, os dois primeiros parágrafos “sobre o chamado eficaz”
fornecem uma exposição clara da doutrina do novo nascimento, afirmando que o chamado
eficaz a Cristo é “o coração de pedra e dando-lhes um coração de carne;4 renovando as
suas vontades, e por Sua onipotência, predispondo-os para o bem”10 (Ezequiel 36:26). O
chamado eficaz e, portanto, a salvação infantil, brotam do poder da Nova Aliança.

Salvação Infantil e Eclesiologia Batista

Como um documento Batista, a CFB1689 não faz distinção entre os filhos dos crentes
e aqueles dos incrédulos. Embora Deus muitas vezes opere Sua graça especial e redentora
em e através de famílias particulares, Cristo é o mediador de uma nova aliança forjada pelo
Seu sangue e aplicada individualmente pela fé (Hebreus 9:15; Gálatas 2:16-21). O capítulo
sete da CFB1689 é exclusivamente dedicado à natureza desta aliança de graça, e enfatiza
que o Senhor “oferece livremente aos pecadores a vida e a salvação por meio de Jesus
Cristo, exigindo deles a fé nEle, para que eles sejam salvos”. 11 Quaisquer noções

7
John Gill, A Body of Doctrinal Divinity [Um Compêndio de Teologia Doutrinária], livro 6, cap. 12,
541-42.
8
Confissão de Fé Batista de 1689, 10.3.
9
John L. Dagg, Manual of Theology [Manual de Teologia], 333.
10
Confissão de Fé Batista de 1689, 10.1.
11
Confissão de Fé Batista de 1689, 7.2.

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fantasiosas de uma “aliança a meio caminho” [“half-way covenant”] ou Pedobatismo não


possui, nas palavras do signatário da CFB1689, William Kiffin, “nenhuma parte no conselho
revelado de Deus”.12 As visões Credobatistas no final do século XVII na Inglaterra não só
exigiam uma fidelidade extraordinária às Sagradas Escrituras; eles também reuniam uma
enorme quantidade de coragem tanto legal quanto socialmente. Com a restauração do Rei
Carlos II em 1660 e a Igreja Estabelecida em 1662, os Batistas eram frequentemente objeto
de ridículo e de acusações de serem odiadores de crianças por sua alegada negligência de
um pacto de igreja que quase assegurava a salvação dos bebês dos crentes. Advogando
os pontos de vista dos Batistas sobre o batismo, o signatário da nda CFB1689, Benjamin
Keach, escreveu uma cartilha intitulada The Child’s Instructor [O Instrutor de Crianças]
(1664). O Instrutor de Crianças foi uma publicação incrivelmente perigosa que
eventualmente resultou na perseguição de sua congregação em Londres, uma grande
multa e sua prisão. Portanto, a insistência da Confissão de 1689 sobre a obra soberana,
misteriosa e regeneradora do Espírito Santo em bebês, embora não seja diferente
teologicamente da CFW, teria parecido muito mais radical quando combinada com uma
eclesiologia Credobatista que enfatiza a necessidade da fé sem a noção comumente
chamada de “idade da responsabilidade”. Textos como 2 Samuel 12:23 (“Eu irei a ela,
porém ela não voltará para mim”), muitas vezes usado para apoiar a ideia de salvação
infantil universal, não são citados.13 Outros, como Lucas 1:44 e Jeremias 1:5 também são
excluídos, provavelmente devido ao fato de que nem João Batista nem Jeremias morreram
como bebês. Em vez disso, essas são tratados como instâncias especiais em que Deus
chamou exclusivamente certos indivíduos no curso da história da salvação. Na CFB1689,
o parágrafo abordando a salvação infantil é enquadrado principalmente em termos
articulados nos dois primeiros parágrafos: Cristo, Espírito, eleição. Estes fornecem o
fundamento doutrinário para as crenças pedo-soteriológicas em uma igreja Batista
Calvinista.

Uma Diversidade de Visões Batistas

12
Benjamin Coxe, Hanserd Knollys, William Kiffin, et al., A Declaration concerning the Public Dispute
Which Should Have Been…Concerning Infants-Baptism… [Benjamin Coxe, Hanserd Knollys,
William Kiffin, et al., Uma declaração sobre a disputa pública que deveria ter sido... Concernente ao
Batismo de Infantes...] (Londres, 1645).
13
O ponto de apoio da interpretação para este texto em particular é se Davi está se referindo ao
Seol, que se acredita ter sido o lugar em que se encontravam tanto crentes como incrédulos (Lucas
16:19-31), ou ao Paraíso no Céu. Se estiver se referindo ao primeiro, a declaração de Davi não
parece oferecer apoio para aqueles que defendem a salvação infantil universal.

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De modo algum, no entanto, essas crenças são monolíticas. Ironicamente, a cláusula


particular relativa à soberania e à liberdade do Espírito (João 3:8) é o que, simultaneamente,
une e divide os teólogos Batistas Calvinistas sobre a questão da salvação infantil. Algumas
veem o texto como a liberdade de Deus para eleger alguns bebês e não outros, outros
veem o mesmo como a liberdade para eleger todos os bebês. Esta diversidade é
demonstrada, por exemplo, nas diferentes interpretações de Lucas 18 e o exemplo piedoso
dado a partir das crianças. John Dagg, que acreditava tanto na eleição quanto na não
eleição de bebês, escreve: “Uma objeção à doutrina da depravação natural se baseia no
fato de que Jesus se referiu a crianças pequenas, como exemplos para seus discípulos.
Este fato, no entanto, não autorizará a inferência, que os filhos pequenos não são
depravados”.14 Por este motivo, a regeneração é imperativa na salvação de qualquer
pecador. Você deve nascer de novo, como Cristo exortou Nicodemos (João 3:7). No
entanto, enquanto quase todos os teólogos na tradição de 1689 concordaram em geral com
a conclusão de Dagg sobre a depravação infantil, nem todos estão convencidos de que
Lucas 18 está fora dos limites no debate sobre a salvação infantil. Charles Spurgeon, por
exemplo, que não teve medo de abordar esse assunto do púlpito, também defendeu
vigorosamente a ideia de depravação infantil e a necessidade de regeneração pela graça.
Ele explica: “Alguns fundamentam a ideia de bem-aventurança eterna da criança sobre a
sua inocência. Não fazemos tal coisa; acreditamos que a criança caiu no primeiro Adão”.
No entanto, admitindo os limites da revelação divina sobre o assunto, ele continua: “Sem
dúvida, de forma misteriosa, o Espírito de Deus regenera a alma infantil e ela entra na glória
e é feita um participante da herança dos santos na luz”.15 Citando o Anglicano John Newton,
Spurgeon apela a Lucas 18 para defender o “caráter conhecido de nosso Senhor Jesus
Cristo” e a “grande parte do reino do céu” composta de crianças. Em última análise,
fundamentando a redenção de bebês na pura bondade de Deus, a exegese de Spurgeon
é, em muitos aspectos, característica da maioria dos argumentos para a salvação de todos
os bebês.

Enquanto isso, a misteriosa soberania de Deus articulada no parágrafo 3 forneceu


uma pluralidade de pontos de vistas de Batistas sobre a salvação infantil. Benjamin Keach,
que sustentou a eleição e a não eleição de infantes, apelou para o mesmo mistério e o
mesmo texto para defender a eleição de alguns bebês, mas não de todos:

14
Dagg, Manual of Theology, 156.
15
Spurgeon, “Infant Salvation” [“Salvação infantil”], Sermão 411.

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Temos motivos para esperar que nossos filhos que morrem sejam tão felizes quanto
os seus, que nunca foram batizados; e isso pela Palavra de Deus. Cristo ao dizer, “dos
tais é o reino dos céus”, sem dúvida, quis dizer que Deus incluiu os bebês em sua
eleição eterna, pelos quais Ele também deu o seu Filho, e de alguma forma secreta
os santifica ou os faz encontrar para a glória; e temos tanto terreno para esperar, que
Deus dê graça aos nossos filhos que vivem, como você deve esperar que Ele dê graça
aos seus.16

Considerando que teólogos Batistas como Keach, Dagg e Boyce sustentaram que, de
fato, a crença que exisitam crianças não eleitas, outros teólogos Batistas como Spurgeon,
Gill e John Broadus acreditavam que todos os bebês foram salvos. 17 O último não
concordou com a crença de que todos os bebês de alguma maneira escaparam de
julgamento, mas que todos os bebês, que morreram na infância, foram eleitos pelo Pai.
Esta distinção é importante para a forma como os Batistas da tradição de 1689 entenderam
o chamado eficaz e a salvação infantil. Contra os Landmarkistas e os Arminianos de seu
tempo, John Dagg insistiu: “Todos os que finalmente serão salvos, foram escolhidos para
salvação por Deus Pai, antes da fundação do mundo, e dados a Jesus Cristo no Pacto da
Graça”.18 Antes do final do século XIX e o surgimento do pensamento Dispensacionalista,
os Batistas Calvinistas eram incapazes de discutir a salvação de qualquer pecador à parte
do contexto de aliança, principalmente focados no Pacto da Redenção. Neste pacto eterno,
intra-trinitário ratificado antes da fundação do mundo, o Pai prometeu procurar um povo
escolhido para Seu Filho. A CFB1689 o chama de “transação da eterna Aliança que houve
entre o Pai e o Filho para a redenção dos eleitos”19 (Salmos 110:4; Efésios 1:3-11; 2
Timóteo 1:9). A salvação de qualquer pecador — incluindo infantes — é impensável além
dessa economia trinitária da redenção: a obra de Cristo na cruz, a regeneração pelo Espírito
no coração pecaminoso e a eleição incondicional do Pai. Submeter-se a qualquer outro

16
Benjamin Keach, The Axe [O Machado], 25.
17
Broadus concluiu: “Não há dúvida de que aqueles que morrem na infância são salvos. Eles são
salvos através da expiação de Cristo e da obra do Espírito, mas isso deve ser válido para todos,
sem referência a nenhuma cerimônia, e não importa se seus pais eram crentes, incrédulos ou
pagãos” (Commentary on the Gospel of Matthew [Comentário sobre o Evangelho de Mateus], 1888,
p. 404).
18
Dagg, Manual of Theology, 309.
19
Confissão de Fé Batista de 1689, 7.3.

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Evangelho seria alegar que as crianças de alguma forma entram no reino dos céus, à parte
da graça do Pai, da representatividade20 do Filho e do poder do Espírito.

Eleição e Epistemologia

Embora esses três axiomas soteriológicos constituam o menor tipo de denominador


comum entre os pontos de vista Batistas Calvinistas sobre a salvação infantil, há muitas
questões sem resposta, começando com questões de eleição e epistemologia. Por
exemplo, a passagem 3.5 da CFB1689 (“Sobre os Decretos de Deus”) afirma que Deus
“escolheu em Cristo, para a glória eterna, por Sua pura livre graça e amor, não por qualquer
outra coisa na criatura, como condições ou causas que O movessem a isso”.21 Os
argumentos para a eleição de todos os bebês parecem violar esse princípio, pois parece
fazer da infância, algo encontrado “na criatura”, uma condição para a salvação. A meninice
garante a libertação da ira? Além disso, a eleição incondicional é tradicionalmente
entendida como a livre escolha de Deus de indivíduos, não de grupos ou classes. Se, de
fato, todos os bebês que morrem forem eleitos para a salvação, essa decisão divina é feita
independentemente de qualquer pessoa ou qualquer coisa fora de Seu soberano
beneplácito.

A necessidade da eleição divina leva então à questão da fé: alguém pode ser salvo
sem a fé em Cristo? Se Charles Spurgeon estiver correto em sua afirmação de que “a fé é
o requisito indispensável para a salvação”, os bebês podem atender a essa exigência
celestial?22 As conexões das Escrituras levam o coração chamado e regenerado a buscar
a Cristo com fé, o que confirma a regeneração; na ausência de fé demonstrável é altamente
difícil de conceber isso (Hebreus 11:6; Tiago 2:18, 22). Os bebês, no entanto, não possuem
capacidade natural para manifestar o grau de racionalidade que lhes capacitaria a
manifestar a fé. Isso os impede de conhecer Cristo em fé? O capítulo 10, parágrafo 1 da
CFB1689 (“Sobre o Chamado Eficaz”) afirma claramente que o Espírito “ilumina suas

20
A Palavra traduzida por “representatividade” é headship; de forma simples, o que o autor quis
dizer é que ninguém poderá entrar no Céu sem ter a Cristo como seu cabeça e representante
(cabeça federal) – N.doR.
21
Confissão de Fé Batista de 1689, 3.5.
22
James Leo Garrett, Baptist Theology: A Four-Century Study [Teologia Batista: Um Estudo de
Quatro Séculos], 270.

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mentes de maneira espiritual e salvífica, para que entendam as coisas de Deus”. 23 Mas o
que dizer daqueles pecadores que não têm a cognição básica para entende?24

Embora a fé seja certamente mais do que um simples consentimento intelectual, ela


implica em uma medida da razão humana. A incapacidade de transgredir uma lei de que
alguém não tem conhecimento ou de praticar adoração a um deus amplamente
desconhecido pode muito bem servir de desculpa no julgamento divino de uma criança
pecadora (Romanos 2:14-15). De acordo com o apóstolo Paulo, um pecador é “inescusável”
quando ele ou ela “entende” tanto o eterno poder como a divindade de Deus, pois ambos
“claramente veem” (Romanos 1:19-21). Isso significa, portanto, que uma criança incapaz
de “claramente” perceber a natureza de Deus é “escusável”? Se 10:2 da CFB1689 afirma
que os crentes são feitos capazes de corresponder ao chamado e a receber a graça
oferecida nele”, como exatamente os infantes correspondem e recebem? 25 Podem esses
jovens pecadores ser responsabilizados por seus pecados? Responder a essa pergunta de
forma negativa seria assumir um paradoxo teológico, pois seria afirmar que há corrupção
de coração sem pecado, ou pecado sem culpa, ou rebelião intrínseca sem condenação e
ira. O fato de que os bebês são salvos “por Cristo” certamente prova que há culpa de algum
tipo, embora uma culpa atenuada (Lucas 12:47-48; Tiago 4:17; 2 Coríntios 5:10-11).

Uma possível solução para esta questão epistemológica delicada seria simplesmente
descansar no poder de um Deus soberano capaz de operar fé consciente naqueles a quem
falta o desenvolvimento mental. Como todo ser humano tem imago Dei [a imagem de Deus],
ele ou ela também possui pelo menos alguma capacidade de conhecer e se relacionar com
o Deus vivo. Além disso, se Deus realmente pode regenerar um bebê, ele também não
pode conceder o dom da fé? A soberania de Deus deixa muito a especular devido ao fato
de que a própria Escritura é notavelmente silenciosa sobre essa questão. Nenhuma
menção explícita é feita à fé infantil ou à arrependimento infantil, o que demanda outra
pergunta: “Alguém pode ser salvo à parte da verdadeira conversão?”, ou talvez, “A
verdadeira conversão sempre leva consigo a oportunidade de evidenciar a si mesma?”.
Como um bebê começaria a “negar a si mesmo” quando ele não conhece seu próprio nome

23
Confissão de Fé Batista de 1689, 10.1.
24
A questão da “capacidade” racional em infantes toca a questão da imago Dei [Imagem de Deus].
É obviamente a crença deste autor e da Confissão de 1689 que todos os bebês possuem a imagem
de Deus e são dignos de honra, dignidade e respeito devido a todos os seres humanos portadores
de imagem.
25
Confissão de Fé Batista de 1689, 10.2.

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(Lucas 9:23)? Quando Cristo advertiu: “Se não vos arrependerdes, todos de igual modo
perecereis”, Ele não fez exceções claras (Lucas 13:5).

Com o conhecimento de que Deus envolveu a salvação infantil em considerável


mistério, James P. Boyce, no entanto, manteve a necessidade de conversão, mesmo entre
os bebês que morrem. Ecoando a teologia de Romanos 1, declara: “Entre [a conversão] e
a regeneração deve existir em alguns casos algum período de tempo até que o
conhecimento da existência e da natureza de Deus seja dado, antes que o coração se
converta, ou mesmo se volte para Deus. Isso deve ser verdade para todos os bebês e para
todas as pessoas que são incapazes de responsabilidade, como por exemplo, os
deficientes mentais”.26 Em outras palavras, a salvação infantil necessariamente implica a
conversão, mesmo após “algum período de tempo”. Isso é concomitante com o
“conhecimento revelado da existência e da natureza de Deus”. Como isso acontece com
bebês não é explicado em detalhes. É importante, no entanto, a ideia de que toda alma
salva por Deus se “converta” para Jesus ou “se volte” para Ele. 27 Para Boyce, essa
conversão também inclui os deficientes mentais que parecem incapazes de responder ao
chamado geral do gospel. A CFB1689 descreve esses pecadores como “pessoas eleitas
incapazes de serem chamadas exteriormente, pelo ministério da Palavra”. 28 Como os bebês
que morrem, eles não estão fora dos limites da eleição amorosa de Deus e do “chamado
interno” a Cristo, simplesmente por causa da debilidade física.

O Poder de Deus para Chamar Pecadores

O parágrafo 3 do capítulo “Sobre o Chamado Eficaz” também inclui o parágrafo 4, que


examina aqueles que recebem o “chamado externo”, mas, ao contrário dos pecadores
incapazes e infantis acima mencionados, não têm seus corações e mentes libertados da
escravidão do pecado. Ele diz:

Outros não-eleitos, embora possam ser chamados pelo ministério da Palavra, e


tenham algumas das operações comuns do Espírito, contudo não sendo eficazmente
atraídos pelo Pai, eles nem querem e nem podem verdadeiramente vir a Cristo e,
portanto, não podem ser salvos; muito menos poderão ser salvos os que não seguem

26
Boyce, Abstract of Systematic Theology, cap. 23, “Regeneração e Conversão”.
27
Boyce parecia acreditar que essa “conversão” de alguns bebês e dos deficientes mentais ocorria
após a morte.
28
Confissão de Fé Batista de 1689, 10.3.

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a Religião Cristã, por mais diligentes que sejam em conformar suas vidas à luz da
natureza e regras da religião que professam.29

Com respeito à questão da salvação infantil, o parágrafo acima serve para ressaltar
mais profundamente o poder e a necessidade salvífica do “chamado eficaz” do Pai para
Cristo. Os pecadores adultos que ouvem o Evangelho “nem querem e nem podem” vir a
Jesus à parte da irresistível e atraente graça de Deus. Portanto, a falta de um chamado
“externo” do bebê que morre não o desqualifica como objeto da graça de Deus mais do que
a exposição de um pecador adulto à pregação da Palavra de Deus, o qualifica para a
salvação. Jesus Cristo é realmente poderoso para salvar. Quer discutamos a salvação de
bebês, crianças pequenas, adolescentes ou adultos, a glória da graça soberana de Deus
não é diminuída devido à idade ou ao contexto. A salvação infantil é, no entanto, salvação,
e a salvação é do Senhor (Salmo 3:8). Além disso, para o pai, parente ou amigo aflito, o
consolo duradouro é encontrado não apenas na obra de Cristo pelo pecador infantil, mas
na perfeição e grandeza do próprio Filho de Deus. É o objetivo do pastor, através de muitas
provações e tribulações, levantar os olhos do pecador atribulado para que eles também
possam olhar para um Pai sem sombra de variação e declarar com Abraão: “Não faria
justiça o Juiz de toda a terra?” (Gênesis 18:25). Nessa idade, o destino dos bebês que
morrem permanecerá, em grande parte, um mistério. Felizmente para a igreja, Jesus Cristo
é o mesmo ontem, hoje e sempre (Hebreus 13:8). Os cristãos devem finalmente confiar que
Deus será Deus e sempre fará o que é certo. Embora os pastores Batistas possam não ser
capazes de responder infalivelmente a muitas das questões finais relativas à salvação
infantil, as próprias perguntas inevitavelmente nos levam a muitas das preciosas verdades
trinitárias do Evangelho.

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!

29
Confissão de Fé Batista de 1689, 10.4.

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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
14
por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
15
também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
16
Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
18
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
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que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se 15
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não veem são eternas.

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