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EMC 5717

MATERIAIS CERÂMICOS:
CER. TRADICIONAL 1
Prof. Dr.-Ing. Márcio C. Fredel
Núcleo de Pesquisa em Materiais
Cerâmicos & Compósitos
CERMAT/UFSC
www.cermat.ufsc.br

USO INDIVIDUAL – NÃO PERMITIDA DIVULGAÇÃO


CERÂMICA TRADICIONAL
Material Cerâmico: qualquer produto com forma, composto de matérias-primas
inorgânicas não metálicas, que obtidos a partir de pós através de operações
unitárias e queima se torna um objeto sólido, com estrutura parcialmente
cristalina e parcialmente vítrea.

Matérias–primas inorgânicas: elementos mais comuns na crosta terrestre: óxido


de Si, e Al com diferentes conteúdos de Fe, Ca, Mg, Na, e K, elementos sempre
presentes em massas cerâmicas.

Produtos normalmente compostos de óxidos naturais:


• Revestimentos Cerâmicos
• Sanitários
• Tijolos
• Louças
• Refratários

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CERÂMICA TRADICIONAL

23% 25% Cerâmica Técnica


Sanitários

6% Louça

20% Refratários
10% Tijolos
16% Revestimentos

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CERÂMICA DE
REVESTIMENTO
Cerâmica de Revestimento

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Cerâmica de Revestimento

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Cerâmica de Revestimento

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Cerâmica de Revestimento

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Setor de Revestimento Cerâmico
Distribuição da Produção por Região - 2005

Sul
24%
Indústrias Brasileiras

Sudeste
64% Nordeste
8%

Centro-Oeste
4%

Fonte: ANFACER

93 empresas concentradas no Sudeste e Sul, com expansão no nordeste

Capital nacional

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Indústrias Brasileiras

Grande gerador de empregos: 25.000 postos diretos


200.000 indiretos
Processo distintos: Via Seca – Via Úmida
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Microestrutura - Porosidade

Figura 1. Representação dos diferentes tipos de poro: (a) fechados, (b) gargalo de garrafa, (c)
cilíndricos, (d) afunilados, (e) interconectados, (f) irregulares. A letra (g) representa a rugosidade
da superfície.

Porosidade Aberta
Porosidade Fechada

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Microestrutura - Parede

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Microestrutura - Porcelanato

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Absorção de água

Classificação Tradicional:

- Porcelanato < 0,5 %


- Grés 0,5 a 3 %
- Semi-grés 3a6 %
- Semi-poroso 6 a 10 %
- Poroso 10 a 20 %

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MATÉRIAS-PRIMAS
Refratárias: quartzo, silicato de zircônio

Plásticas: argilas (caulinita, ilita, montmorilonita)


silicatos de alumínio hidratados

Fundentes: Feldspatos (aluminossilicatos de sódio


(Na), potássio (K), lítio (Li) e cálcio (Ca));
Calcita (CaCO3);
Dolomita CaMg(CO3)2;
Talco (filossilicato Mg3Si4O10(OH)2);
Wollastonita (silicato de Ca).

Aditivos: caulim, bentonita, defloculantes

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MATÉRIAS-PRIMAS

Refratárias: quartzo, silicato de zircônio

1. Argila plástica, agranel, umidade 15 a30%: Entre 70 e 90 R$/Ton.


2. Argila plástica, beneficiada (big-bag), seca: Entre 300 e 500 R$/Ton.
3. cotação de alumina calcinada (Alcoa APC-G) de setembro 2014: R$
4,01.
Eletrofundida???
Para porcelana elétrica, nafaixa de 25% para uma massa IEC 60672 C-
120, e 40% para C-130.

Aditivos: caulim, bentonita, defloculantes

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MATÉRIAS-PRIMAS

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P GRES PORCELÂNICO
O Tipo de revestimento que registrou o maior crescimento na produção mundial nos últimos anos.

R Itália é o principal produtor mundial (73% da produção total é de porcelanato,15% monocottura


(2010).
C Brasil: produção de porcelanato 8% (2011)
E Produto cerâmico de produção em larga escala, de maior valor agregado, por suas características
L técnicas e estéticas

A Propriedades: alta resistência mecânica, alta resistência ao desgaste e elevado brilho quando
submetido ao processo de polimento.
N
A Constituído basicamente por: 50-60% de fase vítrea;
10-25% de quartzo;
T <10% de mulita;
0-10% de feldspatos não fundidos;
O 3-7% de porosidade fechada.

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P
O
R
C
E
L
A
N
A
T
O
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Processo Produtivo

18.06.18
20
Processo Produtivo

Matérias- Preparação da Conformação


Primas Massa

Tipos: Etapas: Processo seco:


5-10% H2O
• Plásticos: - Caulinita
- Montmorilonita Prensagem
- Dosagem
PROCESSO

- Ilita, etc • Duplo Efeito


• a seco
• Pouco Plásticos: Talco • Isostática
- Moagem • a úmido
• Não-Plásticos: - Feldspatos
- Quartzo (a) - Granulação Processo úmido:
- Carbonatos 10-20% H2O

- Atomização Extrusão

Laminação
- Homogeneização

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Processo Produtivo

Secagem Esmaltação Queima CQ

- Convencional - Bi-queima (túnel)


Engobe
• Vertical - Bi-queima rápida
- Cortina
- resistência mecânica - Bi-queima bi-rápida
- Aspersão
(2,5- 4,0 MPa)
- Pincel - Monoqueima (contínuo/rolos)
- T adequada: Esmaltação
- Umidade adequada: Forno

• Túnel

- Micro-Ondas
- Infra-vermelho

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Processo Produtivo

Formulação
da massa:
- composição química Exemplo: MOAGEM
- composição mineralógica
- contaminantes - velocidade crítica
- plasticidade - teor de sólidos
- gresificação - resíduos
- cor de queima

MATÉRIAS-PRIMAS PREPARAÇÃO DE PÓ ATOMIZADO


MASSA
PROPRIEDADES

- Escoabilidade
- Distribuição de
grânulos
- Teor de umidade (~6%)
..\1_Glossario_ceramico ANSELMO.pdf - Densidade aparente do
pó solto
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MATÉRIAS-PRIMAS
Alumina
ALUMINA s.f. Óxido de alumínio, sólido branco, de
elevado ponto de fusão (2.030°C), insolúvel em
água, que se apresenta formando minerais, como Alumina
coríndon, rubi, zafira, etc. Obtém-se por Óxido de alumínio (Al2O3), material
calcinação do hidróxido de alumínio. Existe sob
refratário que mantém suas propriedades
várias formas cristalinas, sendo as principais a
mesmo sobre altas temperaturas. Queima
alumina alfa e a alumina gama. Constituinte
básico das argilas e caulins. Na massa cerâmica, branco e aumenta a opacidade, tem um
baixo coeficiente de expansão térmico,
Matérias-Primas

eleva sua refratariedade, ou seja, a massa que


inclui uma argila com alto conteúdo de alumina adicionado em excesso deixa a textura do
vitrificará a uma temperatura muito superior que esmalte muito seco além de torná-lo mais
outra massa que contenha uma argila com baixo poroso, tornando o engobe ou esmalte mais
conteúdo de alumina. Quando adicionada em altas suscetível à mancha d’água.
porcentagens, aumenta a resistência da massa
cerâmica e do esmalte, eleva a viscosidade e
amplia o intervalo de fusão dos esmaltes,
impedindo escorrimentos e gotejamentos. A
alumina também é capaz de estabilizar os
esmaltes, evitando a formação de bolhas quando
há essa tendência, e atua de modo eficaz no
impedimento da devitrificação, já que inibe a
formação de cristais. Também referido como óxido
de alumínio.

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Corindon

Mineral essencialmente constituído por óxido de alumínio, transparente, de cor


variável, apresentando as seguintes variações gemológicas: vermelho (rubi),
amarelo (topázio), azul (safira), verde (esmeralda) ou violeta (ametista). É uma
variedade da alumina somente estável em temperaturas superiores a 1.000°C.
Além da utilização como gema e como matéria-prima de refratários, é
Matérias-Primas

empregado como abrasivo, devido à sua elevada dureza (grau 9 na escala


Mohs). (ALMEIDA) Por ter esta dureza o coríndon é utilizado como o abrasivo no
teste de PEI, teste utilizado para medir a resistência à abrasão de esmaltes
cerâmicos.
Também referido como alumina alfa

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Argilas

▪ Material natural;
▪ Textura terrosa;
▪ Granulação fina;
▪ Constituída essencialmente de argilominerais,
podendo conter outros minerais que não são
Matérias-Primas

argilominerais (quartzo, mica, pirita, hematita,


etc.), matéria orgânica e outras impurezas.

Os argilominerais são os minerais característicos das argilas; quimicamente são


silicatos de alumínio ou magnésio hidratados, contendo em certos tipos outros
elementos como ferro, potássio, lítio e outros (RENAU, 1994).

Uma propriedade comum às argilas é a coesão, atributo que lhes confere


plasticidade, ou seja, capacidade de conformação e moldabilidade quando misturada
com água (LUZ; LINS, 2005), além de manter a suspensão nos esmaltes e engobes.

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Minerais Argilosos
18 agosto 2014 Argilas
Pércio de Moraes Branco

Quando se fala em minerais, normalmente vem-nos à mente a imagem de substâncias


sólidas, duras, algumas de brilho metálico como os minérios de chumbo, prata, ferro,
manganês etc. Ou então podemos nos lembrar das pedras preciosas, de exuberante
beleza por suas cores, brilho e transparência.

Há, porém, um importante grupo de minerais que não são nada disso e dos quais quase
ninguém se lembra. São os minerais argilosos, importante e complexo grupo de pelo
Matérias-Primas

menos 41 silicatos, principalmente de alumínio, às vezes com magnésio e ferro. Como


veremos, eles não são formados por processos vulcânicos, nem pelas altas pressões e
temperaturas comuns na formação das rochas metamórficas, mas sim pelo
intemperismo, conforme se verá adiante.

Argila e Minerais Argilosos


Argila é o nome dado a um sedimento formado por partículas de dimensões muito
pequenas, abaixo de 1/256 milímetros (4 micrômetros) de diâmetro. Esse sedimento
pode ser formado por apenas um mineral argiloso, mas o mais comum é ser formado por
uma mistura deles, com predomínio de um. Todos, porém, são filossilicatos - ou seja,
silicatos que formam lâminas -, de baixa dureza, densidade também relativamente baixa e
boa clivagem em uma direção. Rochas argilosas como folhelho e siltito são também
incluídas nesse conceito no comércio desses materiais.
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http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Minerais-Argilosos-1255.html
Características Principais das Argilas
Argilas
Uma das características importantes dos minerais argilosos são as dimensões
extremamente pequenas de seus cristais.

Isso exige, para identificá-los, métodos especiais:


a) análise química quantitativa por fluorescência de raios X ou absorção atômica e
b) análise mineralógica por difração de raios X ou microscopia eletrônica de varredura. O
método mais usado é a difração de raios X, que fornece um gráfico chamado
difratograma, como o da figura ao lado.
A cor das rochas argilosas pode ser bastante variada, como branco, preto, vermelho, roxo,
amarelo, verde, cinza e marrom. Ela depende principalmente da composição química,
Matérias-Primas

mas é influenciada também pelas condições físico-químicas do ambiente de deposição


dos sedimentos. Entretanto, ao se analisar a cor de uma rocha sedimentar é preciso
antes de tudo verificar se essa cor é primária ou se decorre de transformações sofridas
pela rocha nos milhões de anos após sua formação.
Segundo Jaime Pedrassani, de um modo geral pode-se assim traduzir as diferentes cores:
a) branca – ausência de compostos de ferro, manganês e titânio bem como de matéria
orgânica.
b) cinza e preto – presença de matéria orgânica, às vezes de óxidos de manganês ou de
magnetita.
c) vermelho, laranja e amarelo – presença de óxidos e hidróxidos de ferro.
d) roxa – origem não muito bem esclarecida, parecendo estar ligada a óxidos de ferro e
manganês.
e) verde – compostos de ferro na forma reduzida, presentes em minerais como clorita,
montmorillonita e glauconita. Em alguns casos, a cor pode ocorrer devido a minerais de
cobre ou olivinas.
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http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal-Escola/Minerais-Argilosos-1255.html
Propriedades das Argilas
Argilas
A aplicação industrial das argilas baseia-se fundamentalmente nas suas propriedades físico-
químicas, as quais, por sua vez, derivam de três fatores: o reduzido tamanho das partículas
(inferior a 2 micrometros); a morfologia dos cristais (em lâminas) e as substituições isomórficas
que ocorrem nesses minerais.

As argilas possuem uma elevada área superficial com ligações químicas não saturadas, o que
lhes permite interagir com diversas substâncias. Por isso, possuem um comportamento plástico
quando misturadas com água e, em alguns casos, são capazes de inchar, aumentando muito
Matérias-Primas

de volume.
Para se ter uma ideia da incrível área superficial de uma argila, 1 grama de sepiolita possui de
100 a 240 metros quadrados de superfície. A caulinita bem cristalizada, uma das argilas com
menor superfície, tem, mesmo assim, 15 metros quadrados por grama de material.
Outra característica importante é a capacidade de troca de cátions. Íons positivos existentes em
soluções aquosas que entram em contato com a argila podem facilmente infiltrar-se entre as
lâminas dos minerais argilosos e dali saírem também facilmente, pois suas ligações químicas
são fracas. Eles não penetram na estrutura do mineral, apenas prendem-se às superfícies das
partículas de argila. Ocasionalmente essa troca iônica pode acontecer também em meio não
aquoso.
Essa propriedade tem grande influência na plasticidade das argilas, pois se o cátion trocável é o
cálcio as propriedades plásticas serão diferentes das presentes quando o cátion é o sódio.
Destacam-se também as argilas por sua enorme capacidade de absorção. As mais absorventes
chegam a reter água numa proporção de mais de 100% do seu próprio peso.
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Argilomineral

ARGILOMINERAL s.m. Grupo de minerais


constituintes característicos das argilas,
composto basicamente de silicato de
alumínio ou magnésio hidratados, podendo
conter outros elementos como ferro, cálcio,
Matérias-Primas

sódio, potássio, lítio, etc. Graças aos


argilominerais, as argilas, na presença de
água, desenvolvem uma série de
propriedades, tais como: plasticidade,
resistência mecânica a úmido, retração
linear de secagem, compactação, tixotropia
e viscosidade de suspensões aquosas, o que
explica sua grande variedade de aplicações
tecnológicas. IE: os principais grupos de
argilominerais são caulinita, ilita,
montmorilonita e clorita.

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Argila branca

ARGILA BRANCA s.f. Argila com baixa proporção


de óxidos de ferro e com grande quantidade de
caulinita. Contém, também, na sua composição,
feldspato, caulim, quartzo e mica. Algumas
dessas argilas podem conter ainda elevadas
Matérias-Primas

quantidades de ilita ou montmorilonita. Apresenta


cor branca, rosa ou creme claro após a queima.
Em geral, são utilizadas na indústria cerâmica
para a fabricação de cerâmica decorativa,
cerâmica técnica e sanitária, e na produção de
revestimentos cerâmicos.

IE: de acordo com as características químicas,


físicas, mineralógicas ou genéticas que
apresentam, podem-se dividir nos seguintes
tipos: ball clays, fire clays, flint clays.

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Argila vermelha

ARGILA VERMELHA s.f. Argila ilítico-caulinítica


com média ou alta proporção de óxido de ferro, o
que confere à peça uma cor vermelho-alaranjada
após a queima. É utilizada para a fabricação de
Matérias-Primas

ladrilhos, telhas e revestimentos cerâmicos. De


acordo com seu comportamento durante a
queima, as argilas utilizadas para a fabricação de
revestimentos cerâmicos podem-se dividir em
refratárias e fundentes. IE: o tamanho pequeno
das partículas da argila favorece a plasticidade,
entretanto, diminui a temperatura de fundição.
Além de ser matéria-prima constitutiva de corpos
cerâmicos, a argila vermelha também pode ser
utilizada em vernizes.

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Argila refratária

ARGILA REFRATÁRIA s.f. Argila resistente a altas


temperaturas, constituída essencialmente pelo
argilomineral caulinita, contendo também óxidos
Matérias-Primas

de ferro e titânio, o que lhe confere uma coloração


vermelho-alaranjada após a queima. São
argilas que possuem propriedades variáveis,
entretanto, apresentam como característica
comum o comportamento refratário durante a
queima. IE: é uma argila muito dura e difícil de
moer, prejudicando a plasticidade manual, já que
dificilmente absorve água. Porém, uma vez moída
finamente, passa a absorver mais água,
adquirindo certa plasticidade manual.

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Bentonita
BENTONITA s.f. Argila cujo constituinte
principal é a montmorilonita (silicato de
alumínio hidratado). Formada a partir da
decomposição das cinzas vulcânicas,
É um mineral argiloso, do grupo das encontra-se na natureza em forma de pó,
montmorilonitas, possuindo alta plasticidade. de granulação muito fina, e forma
Matérias-Primas

Quantidades mínimas de bentonita, quando suspensões coloidais em água com


adicionadas ao composto, resultam em altas propriedades fortemente tixotrópicas, daí a
plasticidades, por isso são usadas em razão de sua alta plasticidade. Possui
quantidades ínfimas, quando usadas elevado índice de retração (10 a 15% do seu
(VICENTIZ). volume) e é caracterizada pela grande
A bentonita é utilizada como ligante em capacidade de absorção de água (chega a
esmaltes e engobes aumentando a sua absorver água em quantidade 20 vezes
viscosidade além de garantir a suspensão do superior a seu peso). É utilizada para
material. Como as quantidades utilizadas são aumentar a plasticidade da massa
mínimas, ela é classificada como aditivo. cerâmica ou para facilitar a suspensão do
esmalte.
Termo relacionado: montmorilonita.

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Caulim

Caulim
Variedade de material argiloso, composto
essencialmente por caulinita, cuja principal
característica é propiciar à peça a cor branca
após a queima. Essa característica deve-se à
ausência de óxido de ferro ou à sua baixa
Matérias-Primas

porcentagem (menos de 0,5%). Diferencia-se das


argilas em geral pela sua maior refratariedade, já
que contém porcentagens de alumina superiores
a 30%, o que o torna útil para fabricar porcelana e
para utilizá-lo em massas que exigirão elevadas
temperaturas (mais de 1.250°C). Devido ao
tamanho maior de sua partícula, apresenta
plasticidade inferior às demais argilas, menor
contração de secagem, menor resistência
mecânica a seco e mais rápida decantação.
(ALMEIDA)

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Corantes
Carbonatos e óxidos comumente usados:
Corante
Composto geralmente calcinado, de
- Cobalto – cores azuis em geral;
um ou mais óxidos metálicos que
-Carbonato de Cobalto (CoCO3);
constituem os pigmentos que dão
-Óxido de Cobalto (Co3O4).
cor ao esmalte e à massa cerâmica.
- Cromo – tons verdes, bastante versátil
Quando adicionado ao esmalte,
Matérias-Primas

-Óxido de cromo (Cr2O3)


confere à peça cerâmica uma
- Ferro – vermelhos e marrons terrosos
coloração uniforme, atribuindo-lhe
-Óxido de ferro (Fe2O3)
propriedades decorativas e
- Cobre – verde, turquesa, vermelho-cobre
estéticas (ALMEIDA).
-Carbonato de cobre (CuCO3)

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Dolomita

Dolomita
Mineral cuja composição química básica é
carbonato de cálcio e de magnésio, de cor branca,
Matérias-Primas

refratário, pois se funde aos 2.300°C. Constituinte


essencial das rochas dolomíticas, é muito
utilizado na composição de esmaltes, pois
aumenta a viscosidade, o intervalo de fusão e a
resistência. Na massa, atua como fundente
energético e aumenta o coeficiente de dilatação
térmica, permitindo corrigir o defeito da
rachadura no esmalte (ALMEIDA).

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Feldspatos

Feldspatos
Feldspato é o termo empregado para denominar
um grupo de minerais constituídos de alumino
Matérias-Primas

silicatos de potássio, sódio e cálcio (LUZ; LINS,


2005).
Por apresentar baixo ponto de fusão (em torno de
1170 ºC) por apresentarem metais alcalinos, é
utilizado como fundente, baixando o ponto de
fusão do esmalte. Fornecendo características de
brancura, é também utilizado para mascarar a cor
do substrato.

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Óxido de Zn

Óxido de zinco
O óxido de zinco é obtido pela oxidação do zinco
metálico. Quando utilizado em esmaltes assume a
função de baixar a temperatura de fusão, quando
Matérias-Primas

adicionado em pequenas quantidades melhora a


resistência química e mecânica além de diminuir
o coeficiente de dilatação térmico. É geralmente
utilizado em esmaltes mates, conferindo boa
sensação tátil (seda) e uma textura acetinada.
Porém quando utilizado em excesso pode causar
a desvitrificação fazendo com que o corpo vítreo
fique menos resistente ao ataque químico, outra
desvantagem é o seu alto custo.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 40


Quartzo
Quartzo
É a forma cristalina predominante da sílica (SiO2),
é uma material refratário de baixo custo, é
utilizado para aumentar a dureza e conferir
dilatação alta em engobes e esmaltes. É uma das
matérias primas que ajustam a viscosidade da
Matérias-Primas

fase liquida durante a queima além de melhorar a


resistência mecânica e ao ataque químico devido
a pequenas vitrificações ocorridas na sua queima.
O quartzo está presente na maior parte das α
massas cerâmicas, desempenhando várias
funções. Utiliza-se fundamentalmente para
diminuir a plasticidade da massa e aumentar a
permeabilidade da peça crua e o coeficiente de
dilatação da peça queimada. Esse mineral
também evita que a massa se deforme ou se β
contraia demasiadamente tanto na secagem
quanto na queima (ALMEIDA).

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 41


Talco

Talco
Quimicamente é o silicato de magnésio
(MgSiO2), é utilizado para aumentar a
Matérias-Primas

fundência quando utilizado em pequenas


quantidades, aumenta a resistência a
mancha d’água, tem baixo coeficiente de
expansão térmico combatendo assim o
efeito craquelado da superfície. Quando
aplicado em esmaltes acaba elevando a
temperatura de fusão e produzindo
texturas mates e ásperas.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 42


Wollastonita
Metasilicato de cálcio com composição teórica de
48,3% de óxido de cálcio e 51,7% de sílica(SiO2)
(CARUS, 2012). É utilizado para introduzir óxido de
cálcio (CaO) no esmalte sem que ocorra a formação
de gases gerado na decomposição dos carbonatos.
É empregado em massas para revestimento
cerâmico, associado ou não com o talco, Exercendo
Matérias-Primas

ação fundente, com a vantagem de que quase não


dilata ao calor, não desprende gases durante a
queima, sendo ideal para obtenção de produtos por
monoqueima, pois contribui para a melhoria da
resistência mecânica do suporte, para a diminuição
da contração de queima e para a redução do
ciclo de queima.
A adição de wollastonita à massa cerâmica
promove o aumento da resistência ao choque
térmico, evita sensíveis reduções volumétricas
durante o resfriamento e impede a absorção da
umidade atmosférica na peça queimada, evitando
o gretamento dos esmaltes.

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Zirconita
Trata-se de um silicato de zircônio de fórmula ZrSiO4,
cuja apresentação pode variar nas seguintes cores:
marrom, verde, azul, vermelho, amarelo e incolor.
Possui densidade especifica de aprox. 4,7 e ampla
aplicação nas áreas cerâmicas e de fundição.
Em termos teóricos, a zirconita é um ortossilicato
tetragonal de zircônio (ZrSiO4) com composição
Matérias-Primas

aproximada de 67,2% de ZrO2 e 32,8% de SiO2. Em


variedades cristalinas o conteúdo de impurezas de
elementos é baixo enquanto que em espécimes
metamíticas (amorfas) há um substancial desvio da
composição teórica, havendo um notável decréscimo no
teor de zircônio e silício, enquanto que um aumento é
notado no conteúdo de água, e impurezas ( Hf, Fe, Ca, Sr,
lantanídeos, Y, Sc, Th, U, Al, Be, Nb, Ta e P )

Utilizado para conferir opacidade para os compostos


cerâmicos, aumentando também a resistência ao fogo e
a resistência ao ataque químico, seu único contra é o alto
custo.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 44


Aditivos

Tripolifosfato de Sódio (TPF)


É um defloculante utilizado para diminuir a
Os aditivos são componentes viscosidade de esmaltes e engobes. A adição
utilizados em pequena quantidade deste aditivo nos compostos é de extrema
importância para a melhor trabalhabilidade dos
Matérias-Primas

a fim de ajustar as propriedades


reológicas dos revestimentos mesmos, além de ajudar na fixação destes na
cerâmicos, principalmente a base cerâmica.
viscosidade.
Os dois principais grupos de Carboximetilcelulose (CMC)
aditivos utilizados na cerâmica são Outro aditivo - LIGANTE, porém ao contrário do
os ligantes e os defloculantes. primeiro, o CMC é utilizado para aumentar a
viscosidade das coberturas cerâmicas ajudando
também na aderência dos mesmos sobre a peça.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 45


Fritas

A fusão prévia de alguns constituintes


remove gases como dióxido de carbono ou
vapor d’água, que podem estar presentes em
uma forma combinada em muitas das
matérias primas. Caso estes gases não
fossem liberados na produção da frita, e
Matérias-Primas

viessem a ser liberados no processo de


queima do esmalte, as bolhas produziriam
defeitos na superfície da peça. O uso das
fritas também garante a homogeneidade dos
componentes, o que ajuda na obtenção de um
produto mais uniforme. A maioria das
indústrias que fabricam fritas, ditas
colorifícios cerâmicos, como a Torrecid do
Brasil, as fornece para as empresas
fabricantes de revestimentos cerâmicos na
forma de um vidrado moído seco.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 46


Esmalte

Cobertura de aspecto vítreo,


impermeável, branca, colorida, brilhante,
mate, transparente ou opaca que é
aplicada sobre a massa cerâmica ou
engobe com funções decorativas e
protetivas. É composto principalmente de
Matérias-Primas

fritas, caulins e argilas junto com


materiais inorgânicos como feldspatos,
quartzo, calcita, silicato de zircônio, - Esmalte Cristalino: pode ser
alumina além dos aditivos como ligantes e transparente e brilhante onde a peça
defloculantes. apresenta uma superfície lisa e
Tem como principais funções na peça a brilhante.
impermeabilização da superfície dos - Esmalte Mate: a peça apresenta uma
revestimentos cerâmicos, facilitar a superfície matizada (sem brilho), opaca
limpeza proporcionando uma superfície e com uma textura acetinada.
lisa e isenta de poros além das suas - Esmalte Branco: a peça apresenta
propriedades estéticas como desenhos e uma superfície branca brilhante.
texturas diferenciadas.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 47


Engobe

Engobe
O engobe é a camada intermediária
aplicada entre a base cerâmica e o
esmalte composta de uma mistura
de argilas e outros componentes. É
Matérias-Primas

aplicado da mesma maneira que os


esmaltes, via campana ou vela, em
peças cruas.
As principais funções do engobe
são: formar uma camada
impermeável evitando a
problemas de mancha d’água,
escondendo a cor da base
cerâmica, favorecer o ajuste dilatométrico entre a base e o esmalte evitando
problemas de gretamento, curvatura ou descolamento além de diminuir o custo, pois
diminui a camada de esmalte aplicada sobre a peça (ALMEIDA).

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 48


Granilha

Granilha
Frita moída a seco passada por rolos com o
intuito de reduzir a sua granulometria. Após a
moagem o pó passa por uma série de
Matérias-Primas

peneiras com diferentes malhas a fim de


separá-las em diferentes granulometrias.
A sua principal função é protetiva, utilizada
como cobertura aos esmaltes com o objetivo
de aumentar a resistência ao desgaste da
peça (aumentando o PEI), também são
utilizadas para a obtenção de uma superfície
antiderrapante e também se pode fazer
efeitos decorativos nas peças, combinando
diferentes tipos de granilhas.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 49


Micronizado
Matérias-Primas

Micronizado
Serigrafias ou micronizados são esmaltes com resíduo entre 0% e 0,7% que depois
de descarregados do moinho passam pelo atomizador formando um pó
micronizado. Os micronizados são utilizados para efeitos decorativos, proteções, e
também para aplicar camadas coloridas em desenhos feitos por tela por exemplo.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 50


Albita
• Faz parte da família dos feldspatos plagioclásicos, um
grupo composto por feldspatos com mesmo tipo de
fórmula química ((Na,Ca)Al2Si2O8) em que varia-se a
quantidade de sódio e cálcio.
• Encontrada em granitos pegmáticos, rochas
metamórficas e conglomerados sedimentares.
• Apresenta a estrutura cristalina triclínica e
Matérias-Primas

modificações estruturais a altas e baixas temperaturas


são reconhecidas.
• Pode conter até 10% de potássio substituindo o sódio
(analbita).
• Leva mais tempo do que os outros feldspatos para
cristalizar. Isso permite que a albita se forme em
exemplares grandes e bem cristalizados.
• Mineral bastante comum e importante formador de
rochas, industrialmente importante para a manufatura
de cerâmicas.
• Importante no estudo de ambientes minerais e formação
de cristais

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 51


Nefelina

Nefelina
A nefelina é um feldspatóide: um
aluminosilicato sub-saturado em silício,
Na3KAl4Si4O16.
Cristais de nefelina são raros e pertencem
Matérias-Primas

ao sistema hexagonal, normalmente se


apresentando em forma de prismas
curtos, de seis lados, terminados por um
plano basal. A nefelina é encontrada em
agregados granulares compactos, e pode
ser branca, amarela, cinza, verde e até
mesmo avermelhada (na variedade
eleolita).

São utilizados para efeitos decorativos, proteções, e também para aplicar camadas
coloridas em desenhos feitos por tela por exemplo.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 52


Calcita

CALCITA s.f. (CaCO3) Mineral que consiste numa


forma pura de carbonato de cálcio. Maior
constituinte dos calcários e mármores. Mineral
muito abundante de origem sedimentar que são
Matérias-Primas

formados pela evaporação de soluções muito ricas


em bicarbonato de cálcio ou pela atividade de
organismos marinhos que formam conchas a
partir de carbonato de cálcio.
A calcita é a fonte de onde são retirados o cálcio e
cal. É utilizada na fabricação de cimentos, cal para
argamassa e até mesmo como corretor de pH em
solos ácidos.

Termos relacionados:
calcário e carbonato de cálcio.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 53


Diopsídio

Diopsídio (CaMgSi2O6)
Inossilicato de cadeia simples (piroxênio), que faz
parte do subgrupo dos clinopiroxênios por conta
de sua cristalografia monoclínica.
Matérias-Primas

Ocorre em rochas metamórficas, ricas em


magnésio, em sedimentos metamorfizados ricos
em cálcio. Presente também em rochas básicas
como basaltos.
Na natureza, apresenta-se em forma prismática,
maciço, granular, lamelar ou colunar.
Usado em engobes (maior opacidade), esmaltes
(melhor estabilidade de queima) e massas
cerâmicas (menor absorção d’água).

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 54


Titânia

Dióxido de titânio
Possui caráter anfótero e é um dos óxidos de titânio mais estáveis – pode ser
natural ou preparado sinteticamente.
Estável quimicamente, não apresenta toxidade e é de custo relativamente baixo.
Os átomos de oxigênio formam um octaedro distorcido nessas estruturas.
Matérias-Primas

Somente as fases anatásio e rutilo são produzidas comercialmente.


Utilizado como fotocatalisador, sensores de gás, tratamento de ar ou água
poluídos, membranas bactericidas, células fotovoltaicas para produção de
hidrogênio e energia e outros. Na indústria de tintas, é usado como pigmento
branco para melhoramento do brilho, opacidade e alvura. Também é usado em
cosméticos para a pele e protetores solares, devido à sua grande capacidade de
absorver a luz UV.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 55


EMC 5717
MATERIAIS CERÂMICOS:
CER. TRADICIONAL 2
Prof. Márcio C. Fredel
Núcleo de Pesquisa em Materiais
Cerâmicos & Compósitos
CERMAT/UFSC
www.cermat.ufsc.br

USO INDIVIDUAL – NÃO PERMITIDA DIVULGAÇÃO


Processo Produtivo

Formulação
da massa: CONTROLE DO PROCESSO
- composição química Exemplo: MOAGEM
- composição mineralógica
- contaminantes - velocidade crítica
- plasticidade - teor de sólidos
- gresificação - resíduos
- cor de queima

MATÉRIAS-PRIMAS PREPARAÇÃO DE PÓ ATOMIZADO


MASSA
PROPRIEDADES

- Escoabilidade
- Distribuição de
grânulos
- Teor de umidade (~6%)
- Densidade aparente do
pó solto
18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 57
Processo Produtivo - Defloculantes
Defloculantes: são aditivos cujos objetivos são os de romper os aglomerados existentes e
inibir a aglomeração a longo prazo, reduzindo a viscosidade e o caráter
pseudoplástico/tixotrópico. Funcionam pela redução das forças de interação entre as
partículas. Uma adição excessiva de defloculante pode provocar sobre-defloculação (rápida
sedimentação).
Matérias-Primas: Aditivos

A vantagem do uso dos aditivos é a obtenção de barbotinas com conteúdos limitados de água
e, assim, altas densidades e viscosidades aceitáveis, preparadas para a aplicação pouco
tempo depois da moagem. A elevada densidade reduz o tempo de moagem, promove maior
homogeneização granulométrica em moagens mais constantes e eficazes.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 58


A tixotropia consiste na redução da viscosidade aparente
em função do tempo. É característica de suspensões
contendo aglomerados fracos de partículas, onde o
processo de formação e destruição desses aglomerados é
relativamente lento. Esse comportamento origina-se
quando tais suspensões são mantidas a baixas taxas de
Matérias-Primas: Aditivos

cisalhamento por um longo período e, em seguida, são


submetidas a taxas superiores num intervalo de tempo
curto. Essa taxa fixa de cisalhamento superior favorece a
destruição dos aglomerados [6]. Esta histerese é causada
pela diminuição da viscosidade do fluido com o aumento do
tempo de cisalhamento [7].
Comportamento Tixotrópico
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR III
Um efeito muito comum com a dispersão da argila, pela PORTOBELLO S.A.
qual a viscosidade aumenta no tempo se o fluído Alexandra P. de O. Ferreira / 2011
permanece parado. Agitando progressivamente, a [6] OLIVEIRA, I. [et al.]. Dispersão e Empacotamento de Partículas - Princípios
e Aplicações em Processamento Cerâmico, Fazendo Arte Editorial, São
viscosidade se reduz ao valor inicial. A recuperação Paulo, 2000.
subsequente da viscosidade com a interrupção do [7] SOCIETÀ CERAMICA ITALIANA. Reologia Ceramica Applicata, Faenza
Editrice, Italy.
escoamento depende, então, do tempo.
A reopexia é também chamada de "tixotropia inversa" por equivaler ao fenômeno inverso da tixotropia. Nesse
comportamento, ocorre um aumento da viscosidade aparente com o tempo, devido principalmente a um
intenso ciclo de cisalhamento por um longo período seguido de baixas taxas por um curto tempo [6].

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 59


Processo Produtivo - Defloculantes

[6] OLIVEIRA, I. [et al.]. Dispersão e Empacotamento de Partículas - Princípios e Aplicações em Processamento
Silicato de sódio (Na2SiO3 )
Tripolifosfato de sódio (Na5P3O10 ) < 1%
Poliacrilato de sódio (orgânico)

Poliacrilatos com características distintas. Age pelo


Matérias-Primas: Aditivos

mecanismo de estabilização eletrostática – troca de Estabilização Eletrostática


cátions, através do desenvolvimento de cargas elétricas
na partícula em decorrência da interação com o meio
líquido.
Composto de sais de ácidos fotônicos orgânicos
apresentando o mecanismo de estabilização
eletroestérica – ação complexante, através da adsorção

Cerâmico, Fazendo Arte Editorial, São Paulo, 2000.


específica de moléculas com grupos ionizáveis ou
polieletrólitos na superfície das partículas, no qual os
Estabilização Eletroestérica
íons provenientes da dissociação desses grupos somam
uma barreira eletrostática ao efeito estérico.

Poliacrilato que age pela estabilização estérica –


repulsão estérica, através da adsorção superficial de
polímeros de cadeias longas que dificultam a
aproximação das partículas por impedimento mecânico .

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR III


PORTOBELLO S.A. Estabilização Estérica
Alexandra P. de O. Ferreira / 2011
18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 60
18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 61
18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 62
Atomizador
18.06.18 63
Atomizador
18.06.18 64
Grânulo/Aglomerado

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 65


Grão, partícula e grânulo

grão

partícula

grânulo ou
aglomerado

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 66


Distribuição granulométrica

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 67


Processo Produtivo

- Tempo de preenchimento
- Pressão de compactação
- Retorno elástico

PÓ ATOMIZADO Peça a verde (cru)


CONFORMAÇÃO

PROPRIEDADES

- Permeabilidade
- Resistência a verde
- Densidade a verde

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 68


18.06.18 69
Teor de umidade x Densidade

Densidade aparente (g/cm3)

18.06.18 Teor de umidade (%) 70


Processo Produtivo

- Temperatura do ar
- Vazão de ar
- Umidade relativa do ar
- Relação superfície/volume
- Permeabilidade do sólido

Peça a verde
SECAGEM Peça seca

PROPRIEDADES

- Temperatura de saída
- Umidade  0,5%
- Resistência a seco

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 71


Processo Produtivo

- Propriedades reológicas
- Espessura
• engobe (50 mm)
• esmalte (200 mm)

PRODUTO
PRODUTO SECO (ESMALTADO)
ESMALTAÇÃO
- Engobe PROPRIEDADE
- Esmalte
• Frita - Resistência à gretagem
• Quartzo
• Argila
• Defloculante
• Ligante
- Decoração: Serigrafia
Aspersão
Cortina
18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 72
CORAÇÃO NEGRO s.m. 1. Defeito no interior do revestimento cerâmico, cuja aparência é uma mancha
escura (geralmente cinza), causado pela existência de compostos de carbono (matéria orgânica) e
óxidos de ferro nas argilas. Tem como consequências inchamento da peça, deformação piroplástica e
deterioração das características técnicas e estéticas. 2. Ensaio que avalia qualitativamente a presença
de coração negro na placa cerâmica. É realizado com o corpo-de-prova queimado num ciclo rápido. Em
seguida, o corpo-de-prova é quebrado para que se possa avaliar se no seu interior há uma mancha
escura.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 73


Zirconita
Trata-se de um silicato de zircônio de fórmula ZrSiO4,
cuja apresentação pode variar nas seguintes cores:
marrom, verde, azul, vermelho, amarelo e incolor.
Possui densidade especifica de aprox. 4,7 e ampla
aplicação nas áreas cerâmicas e de fundição.
Em termos teóricos, a zirconita é um ortossilicato
tetragonal de zircônio (ZrSiO4) com composição
Matérias-Primas

aproximada de 67,2% de ZrO2 e 32,8% de SiO2. Em


variedades cristalinas o conteúdo de impurezas de
elementos é baixo enquanto que em espécimes
metamíticas (amorfas) há um substancial desvio da
composição teórica, havendo um notável decréscimo no
teor de zircônio e silício, enquanto que um aumento é
notado no conteúdo de água, e impurezas ( Hf, Fe, Ca, Sr,
lantanídeos, Y, Sc, Th, U, Al, Be, Nb, Ta e P )

Utilizado para conferir opacidade para os compostos


cerâmicos, aumentando também a resistência ao fogo e
a resistência ao ataque químico, seu único contra é o alto
custo.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 74


1) Utilizamos a zirconita moída, chamado de silicato de zircônio (ZrSiO4).
2) Pode ser utilizada em massas de porcelanato técnico (não esmaltado), engobes, esmaltes,
tintas cerâmicas e nas fritas cerâmicas.
3) Sua principal função é a de opacificante/branqueador.
4) Como possui baixo coeficiente de dilatação linear, sempre que adicionado reduz o
coeficiente da composição final.
5) No passado já utilizamos a areia de zircônio, material na moído, aplicando a seco sobre a
camada de esmalte para aumentar o coeficiente de atrito.
6) O aumento de dureza, normalmente, é obtido com a adição de alumina calcinada ou
coríndon.
7) A limitação do uso da zirconita esta em seu custo, comparado a alumina e ao corindon.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 75


1. Na produção de revestimentos cerâmicos aplica-se, normalmente, uma
camada
intermediária entre o esmalte e o substrato cerâmico, denominada engobe.

Considerando o exposto, analise as afirmações I, II, e III.

I ) O engobe tem como finalidade assegurar uma melhor textura no esmalte.


II ) O engobe deve eliminar os defeitos superficiais do substrato cerâmico.
III ) O engobe, depois de queimado, apresenta predominantemente fase vítrea.

A alternativa, contendo afirmação(ões) VERDADEIRA(S), é :

A- ( ) III
B- ( ) I e II
C- ( ) II e III
D- ( ) I e III
E- ( ) I, II e III

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 76


Processo Produtivo - MP
Alumina calcinada (Al2O3 – Óxido de Alumínio): Material não-plástico e refratário que atua como estabilizador de
rede, ou seja, evita a devitrificação inibindo a aparição de estruturas cristalinas. A alumina é um elemento
branqueador, atua como tal a partir da formação de barreiras à passagem da luz pelo efeito estérico de suas
partículas [2]. É utilizada para matificar, por não ser solúvel na fase vítrea e dissolver-se apenas durante a
queima do esmalte. Além disso, é um material muito duro, ao ficar distribuído na superfície do esmalte
incrementa notavelmente sua dureza, resistência à abrasão, resistência química,
Matérias-Primas: Aditivos

Quartzo (SiO2 - Óxido de Silício): Forma mais comum de sílica, possui elevada dureza, alto ponto de fusão e
estabilidade dimensional. Suas principais funções são como formador de vidro e regulador/modificador de
coeficiente de dilatação térmica. Possui poder opacificante em determinadas composições, fornece brilho e
dado seu caráter refratário, diminui a fundência do esmalte [3].

Zirconita (ZrSiO4 - Silicato De Zircônio): Obtido a partir de rochas, é um mineral pertencente ao grupo dos
Nesossilicatos. A estrutura cristalina do zircão é tetragonal. Suas maiores reservas mundiais encontram-se na
Austrália e na África do Sul. Formador de fase cristalina no vidrado, material muito refratário e inerte que se
dissolve no esmalte fundido com dificuldade. Por apresentar elevado índice de refração atua como um poderoso
opacificante; é usado também como impermeabilizante em engobes [2]. Os silicatos de zircônio matizam por
endurecimento. Apesar de não ser plástico, confere ao engobe e esmalte uniformidade, por ser um material
denso, facilita sua defloculação.

Argilas: São matérias-primas plásticas. Elas podem ser misturadas com um pouco de água para formar uma
massa deformável facilmente trabalhada para que adquira as formas desejadas. A origem da plasticidade está
relacionada às forças de atração entre as partículas e as moléculas de água [4]. Assim, elas são importantes
agentes suspensores e ajudam na aderência dos engobes e esmaltes sobre o suporte na fase de aplicação.
[3] SÁNCHES, E. Matérias-Primas para a Fabricação de Fritas e Esmaltes Cerâmicos.
18.06.18 77
Cerâmica Industrial, V. 2 (03/04), p. 32-40, mai./ago 1997.
Processo Produtivo - MP
Caulim (2SiO2.Al2O3.2H2O): Material plástico argiloso puro e de queima branca. Sua principal função é
como agente suspensor, o caulim evita a sedimentação das partículas suspensas na água da barbotina
em consequência do pequeno tamanho médio das suas partículas [3]. Também atua como branqueador e
agente refratário nos engobes.
Matérias-Primas: Esmaltes

Bentonita: Minerais argilosos muito plásticos e contendo partículas muito finas. Apresenta propriedades
coloidais e seu volume aumenta algumas vezes quando em contato com a água, criando um fluido
viscoso. Utilizada como agente suspensor e fundente. Deve ser utilizada em pequenas quantidades por
poder causar problemas de reologia e deformação.

Feldspatos (Albita: feldspato sódico – NaAlSi3O8): São minerais comuns em rochas primárias que atuam
como formadores de vidro; são fundentes e reduzem a absorção de água.

Calcita (CaCO3) - Carbonato de Cálcio): Tem função matizante e é mais econômica que as fritas, material
utilizado para deixar o esmalte sem brilho e em alguns casos como fundente.

Óxido de Titânio (TiO2): Poderosa função opacificadora, matiza por cristalização, reduz a fundência do
vidrado e eleva a viscosidade do fundido [5]. Como desvantagem, pode conferir uma tonalidade amarela
ao esmalte. [3] SÁNCHES, E. Matérias-Primas para a Fabricação de Fritas e Esmaltes
Cerâmicos. Cerâmica Industrial, V. 2 (03/04), p. 32-40, mai./ago 1997.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 78


Produtos que são importantes matérias-primas para diversos segmentos cerâmicos que
requerem determinados acabamentos:

Frita (ou vidrado fritado) é um vidro moído, fabricado por indústrias especializadas a
partir da fusão da mistura de diferentes matérias-primas.
É aplicado na superfície do corpo cerâmico e após a queima, adquire aspecto e
Matérias-Primas: Aditivos

características vítreas.
Este acabamento tem por finalidade aprimorar a estética, tornar a peça
impermeável, aumentar a resistência mecânica.

Pigmentos são constituídos de óxidos puros ou compostos inorgânicos sintéticos


com estrutura cristalina conhecida, obtidos a partir da mistura de óxidos ou de seus
compostos.
Pigmento é qualquer substância que confere cor a um meio em que é insolúvel e
com o qual não interage física nem quimicamente.
Os pigmentos são fabricados por empresas especializadas, inclusive por muitas das
que produzem fritas, e sua obtenção envolve a mistura das matérias-primas,
calcinação e moagem. Os pigmentos são adicionados aos esmaltes (vidrados) ou
aos corpos cerâmicos para conferir
colorações com diversas tonalidades e efeitos especiais.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 79


CAMPANA

DISCO ROTATIVO

CIELab
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR III
PORTOBELLO S.A.
Alexandra P. de O. Ferreira / 2011 COPO FORD
18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 80
Esquema do processo Colour Matching
Sistema Tintométrico

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 81


Processo Produtivo

- curva de queima
- curva de gresificação
- atmosfera
PEÇA
PRODUTO
(ESMALTADA) ACABADO
QUEIMA
Fenômenos PROPRIEDADES
1/2 Tf  Ts  2/3 Tf - Resistência mecânica
- Absorção
- Termólise - Controle dimensional
• H2O - Atrito
- Res. ao congelamento
• orgânicos
- Expansão por umidade
- Reações químicas - Impacto
- Desgaseificação - Dureza
- Densificação/Sinterização

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 82


18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 83
Estágios de Sinterização
(1) Formação da área de contato;
(2) Diminuição do volume de poros;
(3) Formação da porosidade fechada.

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 84


Temperatura [°C] Transformação
Até 150 Eliminação da água livre
150 - 250 Eliminação da água ligada;
decomposição de hidróxidos de ferro
350 - 650 Eliminação da água de constituição dos
argilo-minerais
400 - 600 Combustão das substâncias orgânicas
573 Transformação do quartzo alfa para beta
com aumento de volume
700 - 800 Início da fusão dos álcalis e óxidos de ferro
800 - 900 Decomposição dos carbonatos
Oxidação do carbono - fim da desgaseificação
1000 Início da fusão de massas com CaO e FeO, com
formação de silicatos
1060 - 1100 Início da fusão de feldspatos e formação de
silicatos e alumino-silicatos
Até 1200 Prossegue a formação de fase vítrea com
retração e redução de porosidade

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 85


18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 86
18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 87
Curva de queima

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 88


Absorção x Temperatura

G-1 : 03h/80% < 20mm


6

G-2: 05h/80% < 16mm


G-3: 12h/80% < 08mm
Absorção de água (%)
2 0 4

1080 1100 1120 1140 Temperatura OC

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 89


Contração linear x Temperatura
G-1 : 03h/80% < 20mm
G-2: 05h/80% < 16mm
G-3: 12h/80% < 08mm
10
9
8
Contração linear (%)
6
5
0

1080 1100 1120 1140 Temperatura OC


18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 90
Influência da densidade a verde em parâmetros
de queima

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 91


Processo Produtivo

Secagem Esmaltação Queima CQ

- Convencional - Bi-queima (túnel)


Engobe
• Vertical - Bi-queima rápida
- Cortina
- resistência mecânica - Bi-queima bi-rápida
- Aspersão
(2,5- 4,0 MPa)
- Pincel - Monoqueima (contínuo/rolos)
- T adequada: Esmaltação
- Umidade adequada: Forno

• Túnel

- Micro-Ondas
- Infra-vermelho

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 92


Impacto Ambiental da Produção

Garfagnana

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 93


Impacto Ambiental da Produção

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 94


Controle de Qualidade
Principais Propiedades Avaliadas:

• Absorção de Água

• Resistência mecãnica (Determinação do módulo de ruptura)

• Resistência à abrasão

• Dilatação térmica linear

• Resistência ao gelo

• Resistência química

• Resistência ao manchamento

• Diferenças de cor

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 95


Absorção de Água
Classificação Tradicional

- Porcelana - < 0,5 %


- Grés - 0,5 a 3 %
- Semi-grés - 3a6 %
- Semi-poroso - 6 a 10%
- Poroso - 10 a 20%

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 96


Resistência x Porosidade

s S = FL/b
R = 3FL/2bh2 = s
s = so e-bP

%P
Os requisitos de resistência mecânica que devem cumprir as placas cerâmicas, segundo
os grupos de absorção de água, encontram-se na tabela abaixo:

Resistência Mecânica BIa BIIa BIIa BIIb BIII


Carga de Ruptura [N]
Espessura  0,75 cm  1.300  1.100  1.000  800  600
Espessura < 0,75 cm  700  700  600  500  200
Módulo de Ruptura [N/mm2] 35 30 22 18 xx
Espessura  0,75 cm 15
Espessura < 0,75 cm 12

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 97


18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 98
18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 99
Resistência à Abrasão

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 100


Resistência à Abrasão

PEI – Porcelain Enamel Institute

18.06.18 Cerâmica Tradicional - EMC 5717 101

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