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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Rio Grande do Sul – Campus Rio Grande


Curso de Engenharia Mecânica

110521 – Tecnologia da Soldagem I


Aula 12 – Brasagem e Solda Branda

Prof. Gustavo Simões Teixeira 1

Roteiro
• Brasagem e Solda Branda:
– Introdução;
– Aplicações da brasagem;
– Solda-Brasagem;
– Solda branda;
– Metais de adição;
– Meios de proteção;
– Métodos de brasagem;

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Introdução
• Denomina-se brasagem (brazing), ao grupo de processos que
realizam a união de materiais através da fusão de um metal de
adição, cuja linha liquidus é superior a 450 °C, mas inferior à linha
solidus dos materiais base, os quais, portanto, permanecem no
estado sólido;
– Linha liquidus: linha que delimita (fronteira) entre as fases líquida e sólido +
líquido;

– Linha solidus: linha que delimita (fronteira) entre as fases sólida e sólido +
líquido.

• A brasagem somente ocorre devido aos fenômenos de molhamento


e capilaridade:
– Molhamento do material base pelo de adição, sendo assim viabilizada a união
metalúrgica;

– Capilaridade, a qual possibilita o perfeito preenchimento da junta.

Introdução
• Capilaridade:
– É o comportamento de um líquido de ordem de grandeza de um fio de cabelo;

– Consiste na capacidade que um metal em estado líquido apresenta de


preencher espaços existentes entre os grãos das peças a unir. Na brasagem, o
metal de adição fundido penetra pelos espaços existentes entre elas.

• Molhamento:
– Consiste na ação de espalhar o metal líquido sobre uma superfície sólida;

– Para que ocorra a molhagem entre uma superfície sólida e um líquido, é


importante que exista alguma afinidade entre estes dois materiais e que as faces
a serem unidas estejam perfeitamente limpas de graxa e óxidos, com a limpeza
feita por decapagem química ou mecânica.

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Introdução
• O processo de brasagem se inicia pela limpeza prévia das partes a
serem soldadas para remover contaminantes e óxidos e pela
aplicação de um fluxo capaz de dissolver óxidos metálicos sólidos
que ainda estejam presentes, de modo a prevenir nova oxidação;

• Em seguida, aquece-se a área a ser soldada até que o fluxo


responsável pela proteção do material base atinja a temperatura de
fusão e que o metal de adição também esteja na adequada
temperatura de fusão;

• Como a fluidez do metal de adição é muito maior do que a do fluxo,


ele desloca o fluxo e o substitui na junta;

• Após o resfriamento, o metal de adição preenche a junta e o fluxo


se distribui pela periferia da junta, protegendo-a ainda durante o
resfriamento. O fluxo remanescente deve ser removido com água
quente ou fria e escova, pois é quimicamente agressivo, podendo
causar corrosão na área brasada. 5

Aplicações da Brasagem
• Aplicações da brasagem:
– Confecção de ornamentos de ouro, com metal de adição das ligas ouro-prata e
ouro-prata-cobre;

– União de praticamente todos os aços e não ferrosos, diversos ferros fundidos,


cerâmicos, carbonetos, grafita, compósitos;

– União entre materiais dissimilares.

• Requisitos da operação de brasagem:


– As faces da junta devem estar perfeitamente limpas;

– Excelente alinhamento e posicionamento da junta;

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Aplicações da Brasagem
• A brasagem não é, necessariamente, o melhor processo de união
para qualquer caso;

• Entretanto, a mesma é insuperável em certas aplicações:


– Tipo dos materiais envolvidos, como cerâmicos e grafita, por exemplo;

– Interações e/ou transformações de fase indesejáveis, por exemplo, em certas


ligas de alumínio de alta resistência mecânica;

– Geometria e/ou espessura do material base, sendo que outro processo


provocaria distorção;

– Possibilidade de união de materiais dissimilares, como ouro e grafita, por


exemplo;

Solda-Brasagem
• Método de união em que o material de adição possui ponto de
fusão inferior ao metal base, o qual permanece no estado sólido;

• Entretanto, o metal na fase líquida não utiliza o fenômeno da


capilaridade para o preenchimento da junta e é depositado com
técnicas similares à soldagem oxigás convencional;

• Dessa forma, apesar da união ser realizada por molhamento da


superfície, este processo não se enquadra como brasagem;

• Requer limpeza das peças e chama pequena;

• Duas ligas e algumas variantes são empregadas na união de


grande variedade de aços, cobre e suas ligas e ferros fundidos:
– Liga de 60% Cu e 0,35% Si;
– Liga de 49% Cu, 0,32% Si e 9,5% Ni.

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Solda Branda
• Na solda branda (soldering), assim como na brasagem, os materiais
base também permanecem na fase sólida;

• A diferença em relação à brasagem é que a linha do liquidus do


material de adição deve se situar abaixo de 450 °C e não exceder
aquela do solidus do material base;

• Aplica-se principalmente na união de circuitos eletrônicos, nos quais


altas propriedades não são, em geral, de fundamental importância.

Fig. 1: Solda branda de componente 9


eletrônico.

Metais de Adição
• Prata (BAg):
– Pode ser utilizada para a maioria dos metais ferrosos e não ferrosos;

– Folga da junta deve se situar entre 0,05 e 0,13 mm, com a utilização de fluxo;

– Quanto maior o teor de prata na liga, maior a resistência mecânica.

• Ouro (BAu):
– Utilizado em aplicações onde é requerida resistência à corrosão e/ou oxidação,
sobre ligas ferrosas e a base de níquel ou cobalto, além da união de
componentes que irão operar no vácuo;

– Possuindo reduzida tendência de interação com o metal base, esses metais de


adição também são próprios para unir juntas finas.

• Alumínio-Silício (BAlSi):
– Utilizado na brasagem de ligas de alumínio.

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Metais de Adição
• Cobre-Fósforo (BFCuP):
– Permite realizar a união do cobre sem utilizar fluxo;

• Cobre (BCu) e Cobre-Zinco (BCuNi):


– O cobre aplica-se a aços baixo carbono, aços ligados, ligas níquel-cobre e
alguns ferros fundidos;

– Cobre-zinco (latões) são utilizados na brasagem do cobre e ligas ferrosas.

• Níquel (BNi):
– Utilizados quando se requer alta resistência à corrosão e ao calor, ou para
operação em temperaturas tão baixas quanto a do nitrogênio líquido.

• Cobalto (BCo):

• Magnésio (BMg):

• Metais de adição para serviço no vácuo (BV--): 11

Meios de Proteção
• Serve para impedir interações entre o metal de adição fundido, ou
mesmo do metal aquecido, com a atmosfera ambiente, pois são
formados óxidos, nitretos e outros componentes indesejáveis;

• A oxidação dificulta o molhamento e não permite que a união se


realize perfeitamente, com consequente deterioração das
propriedades mecânico-metalúrgicas da junta;

• Pode ser realizada por fluxos ou atmosferas controladas, sejam elas


compostas por gases (inertes ou redutores) ou vácuo.

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Meios de Proteção
• Fluxos:
– Dilui e remove óxidos durante a brasagem, auxilia no preenchimento da junta,
devendo ser facilmente deslocado pelo metal de adição fundido;

– Quanto menor a sua temperatura de fusão, menos a junta oxidará, porém,


podem ser instáveis;

– O fluxo deve ser removido após a soldagem, além de cobrir completa e


continuamente a área da junta, e possuir viscosidade baixa para ser deslocado
pelo metal de adição, preenchendo a folga entre as peças.

• Atmosferas:
– Atmosferas gasosas quimicamente ativas (H) reagem com qualquer filme
existente nas superfícies unidas, ou com o metal de adição durante a brasagem,
removendo-os;

– Atmosferas gasosas quimicamente inertes (He e Ar) não reagem com os


materiais envolvidos nos processo;

– Brasagem no vácuo é empregada em situações que não admitem nenhum


resquício de fluxo ou os materiais envolvidos reagem com os gases redutores da
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atmosfera.

Métodos de Brasagem
• A brasagem pode ser realizada por diversos meios de aquecimento,
com o componente imerso em várias atmosferas;

• O metal de adição é disponível em varetas, fitas, pastas ou pó;

• O fluxo, quando empregado, se apresenta como pó, pasta, líquido


ou pasta semi-fluida;

• Principais métodos existentes de brasagem:


– Brasagem por chama;
– Brasagem por indução;
– Brasagem em forno;
– Brasagem por resistência elétrica;
– Brasagem por energia radiante;
– Brasagem por imersão.

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Métodos de Brasagem
• Brasagem por chama:
– Emprega como fonte de calor um ou mais maçaricos, com o aquecimento da
junta sendo feito pelo envelope da chama (neutra ou levemente redutora), sem
que o cone toque a peça;

– Realizado de forma manual, parcialmente mecanizado, ou totalmente


mecanizado, sendo utilizado principalmente sobre aços ao carbono, baixa liga e
inoxidáveis, além de ligas de alumínio, cobre e magnésio.

Fig. 2: Brasagem por


chama. 15

Métodos de Brasagem
• Brasagem por indução:
– A fonte de calor é uma bobina de indução, onde a resistividade e o fluxo de
corrente alternada no metal sob o efeito dessa bobina provoca correntes
parasitas, ou perdas pelo efeito Joule (I².R), o que resulta num aquecimento
rápido e concentrado do mesmo;

– Praticamente todos os metais podem ser brasados por este método, com
exceção do alumínio, magnésio e suas ligas, sendo sua aplicação relativamente
simples, não requerendo habilidade do operador e permitindo processamento
automático;

– O uso de fluxo é similar ao método de brasagem por chama.

Fig. 3: Brasagem por indução. 16

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Métodos de Brasagem
• Brasagem em forno:
– Empregado na produção em série através de alimentação contínua por correias
transportadoras em um forno a gás, óleo ou elétrico;

– As peças a serem brasadas são pré-posicionadas juntamente com o material de


adição, que irá fundir e preencher a junta durante a passagem pelo forno;

– Aços ao carbono, inoxidáveis, ferros fundidos, alumínio, latão, cobre, bronze,


além de materiais cerâmicos podem ser brasados por esse método.

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Fig. 4: Peças sendo brasadas em forno. Fig. 5: Brasagem em forno.

Métodos de Brasagem
• Brasagem por resistência elétrica:
– Esse método emprega o calor gerado pela resistência elétrica à passagem de
corrente, com o metal de adição (e o metal de adição) pré-posicionado entre as
peças, num sistema ao processo de soldagem por resistência elétrica (RW);

– Entretanto, na brasagem são geralmente necessários tempos de circulação de


corrente mais longos, menor pressão entre os eletrodos, tensões mais altas e
menores intensidades de corrente.

Fig. 6: Brasagem por resistência Fig. 7: Operação de


elétrica. brasagem por
resistência.
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Métodos de Brasagem
• Brasagem por energia radiante:
– A brasagem por energia radiante ou infravermelho utiliza ondas de luz de
grande comprimento (IR) e alta potência, através de conjuntos de lâmpadas de
quartzo com até 5 kW cada, acopladas a refletores parabólicos que direcionam a
energia para as juntas a serem brasadas, atingindo temperaturas de 1900 °C em
menos de 1 s, podendo atingir até 2700 °C.

Fig. 8: Brasagem por energia radiante.


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Métodos de Brasagem
• Brasagem por imersão (Dip Brazing):
– Nesse método, a peça é imersa num banho fundido de sais, fluxo ou metal,
contido num cadinho aquecido, com o consumível previamente posicionado na
junta;

– Instantes após essa operação, o metal de adição funde e preenche a folga por
capilaridade. O conjunto é então retirado do banho, para que o metal de adição
solidifique, estando realizada a união;

– O aquecimento uniforme e em alta taxa, distorções mínimas, além do conjunto


permanecer isolado da atmosfera ambiente são algumas das vantagens desse
processo.

Fig. 9: Brasagem por


imersão.
Fig. 10: Brasagem por imersão de peça de 20
alumínio.

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