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As mentes por trás

da Fenomenologia
Edmund Husserl, considerado o
fundador da Fenomenologia, nasceu
em 1859 e veio a falecer em 1938. É
tido como o mais importante e
original discípulo de Brentano. Ele
foi professor em Friburgo, mas
quando era estudante a base de seus
estudos em Berlim foi a matemática,
matéria para a qual ele dedicou boa
parte de seus estudos, passando a estudar filosofia tardiamente.

Dentre suas obras encontramos: as Investigações lógicas (1900), obra


responsável pela renovação da filosofia e considerada a fundadora do
movimento fenomenológico; Filosofia como ciência rigorosa (1911);
Lógica formal e transcendental (1929); dentre outras.

Após sua morte também foram publicadas outras obras suas, mas uma
grande parte de seus escritos ainda continua inédita e esta preciosa
documentação está depositada no “Arquivo Husserl”, na Universidade de
Louvain.

Husserl detecta no início do século XX uma anarquia filosófica, onde


predominava a psicologia associacionista. Esta, por sua vez, exercia
influência sobre as doutrinas filosóficas contaminando-as de psicologismo,
que seria uma atitude pela qual uma disciplina filosófica se reduz à
psicologia. Husserl se coloca contra este psicologismo e propõe sua
superação.

O pensamento de Husserl se baseia em certos temas centrais, são eles: os


objetos ideais; as significações; o analítico e o sintético; a consciência; a
fenomenologia como método e como tese idealista; e a filosofia
fenomenológica.

Max Scheler nasceu no ano de 1874 e faleceu em 1928. Foi professor da


Universidade de Colônia e é considerado um dos pensadores
contemporâneos mais importantes.

Dois foram os fatores principais que ligaram Scheler ao movimento


fenomenológico e sua filosofia: o primeiro é a sua aversão pelas
construções abstratas e o segundo é a sua capacidade de captar
intuitivamente a verdade da essência. Neste sentido, seu pensamento tem
raízes em Eucken, Bergson e Husserl.

Sua filosofia se orienta especialmente nos estudos da antropologia


filosófica. Scheler é adepto da fenomenologia e neste sentido se lança no
conhecimento intuitivo das essências, sobretudo nas esferas do homem e
de sua vida, e também na esfera do valor.

Scheler aplicou o chamado método intuitivo e descritivo dos


fenomenologistas à ética e tornou-se o fundador da denominada ética
material dos valores, que então se opõe ao formalismo e à ética kantiana da
lei e do dever. Scheller afirma o primado do valor sobre o dever, indo,
portanto, contra a teoria de Kant.

Sua principal obra tem o nome de Ética, mas o título completo é O


formalismo na ética e a ética material dos valores, onde ele critica a moral
formalista de Kant e estabelece e desenvolvem as bases de uma ética do
valor. Além desta obra ele escreveu outras muitas.
Em suas reflexões Scheler levantou três questões que delineiam de
maneira muito clara a proposição das tarefas da axiologia, a teoria
universal dos valores.

Estas três questões principais são:


1. O que são valores?;
2. O problema do relativismo e absolutismo dos valores;
3. A doutrina da objetiva hierarquização dos valores.

Nicolai Hartmann nasceu em 1882 e morreu em 1950. Foi professor em


Berlim e também representa, até certo ponto, um adepto da orientação
fenomenológica, especialmente na questão relacionada ao pensamento de
Scheler. Neste sentido, demonstra certa atenção aos problemas do valor.

Diz-se que Hartmann tinha certa indisponibilidade a qualquer


problemática da moda. Ele sempre preferiu concentrar sua atenção nos
temas que julgava fundamentais em si mesmos, ao invés de se abrir às
exigências e discussões que dominaram sua época.

Isto talvez contribua para explicar o fato de que ele tenha exercido uma
influência menor na filosofia contemporânea. Mas ao mesmo tempo isto
não significa que seu pensamento seja inferior ou menos importante,
muito pelo contrário.

Cultivou intensamente os problemas do conhecimento e da ontologia.


Assim, percebe-se em sua filosofia o propósito de sistematização e de
transformação em metafísica.
Em sua metafísica do conhecimento Hartmann salienta que o
conhecimento não consiste em criar ou produzir o objeto, mas é uma
captação de algo preexistente a qualquer conhecimento e independente
deste. Sua doutrina do conhecimento orientou-se, no sentido da tradição
da escola de Marburgo, para as ciências positivas; e nela aprendem que se
no reino do ser conhecemos muitas coisas, ignoramos ainda mais outras.

Neste sentido a ontologia constitui o fundamento de todo saber, a filosofia


primeira, sendo preliminar não só a toda ciência particular, mas também à
distinção fundamental entre idealismo e realismo.

Já a metafísica é o âmbito do incognoscível, isto é, do irracional, no qual se


inserem todos os problemas mais radicais de cada setor do saber humano,
enquanto escapam ao alcance de uma ontologia fundamentada
fenomenologicamente.

Rudolf Otto nasceu em 1869 e morreu em 1937. Ele representa de certa


forma uma outra tendência dentro da fenomenologia. Os seus estudos,
especialmente a obra intitulada O sagrado (1917), são clássicos da chamada
fenomenologia da experiência religiosa.

Em suas análises sobre a religião ele chega a ressaltar que o fato de uma
religião como o cristianismo possuir conceitos claros, lúcidos, ponderados
e completos para falar do divino é um indício essencial de sua
superioridade sobre outros estágios e formas de experiência religiosa.

Otto trabalha com a hipótese de que a experiência religiosa se manifesta no


sentimento de dependência, ou segundo ele, o “sentimento de ser
criatura”. Ou seja, o homem religioso afunda em sua própria nulidade e
desaparece diante do que sobrepuja toda criatura. Este homem religioso é
cheio de “maravilhamento estupefato” diante do mistério religioso.

É basicamente por este mesmo caminho que segue o holandês Gerardus


van der Leeuw (1890-1950). Ele afirma que a essência da religião está na
potencialização máxima da vida. Mas para ele o “homem religioso” não
aceita o mundo em que vive, preocupa-se com ele, procura-lhe um sentido:
o sentido último que encontra na fé. Ter fé é aceitar uma verdade de outro.

Martin Heidegger nasceu em 1889 e faleceu em 1976. Ele foi professor em


Marburgo e também na Universidade de Friburgo, onde sucedeu Husserl.
Heidegger é considerado um dos mais importantes filósofos alemães da
atualidade. Seu pensamento liga-se diretamente à fenomenologia de
Husserl e Scheler, mas também à rigorosa tradição metafísica e a
Aristóteles.

Embora ele trabalhe com o método fenomenológico, sendo até mesmo


discípulo e assistente de Husserl na universidade, Heidegger é considerado
também um dos expoentes principais da filosofia da existência.

Suas investigações se baseiam especialmente na análise de temas como,


por exemplo: o problema do ser, onde a história do ser rege e determina
toda condição e situação humana; a questão do tempo, o passado, o
presente e o futuro, sendo o futuro fundamental; também a análise do
existir, a existência é possibilidade e projeto e é transcendência para com o
mundo.
O sentido do ser é o problema fundamental. O ser era entendido desde
Aristóteles como transcendental. No entanto, Heidegger critica esta
definição e sugere que “toda ontologia é cega se não explicar primeiro
suficientemente o sentido do ser e compreender esta explicação como seu
tema fundamental”.

Heidegger elaborou em sua análise duas temáticas principais, que são o


sentido da sua filosofia, filosofia esta que em última instância é a ampla
pergunta sobre o ser.
Estas duas temáticas principais são:
1) a interpretação do existir pela temporalidade e a explicação do tempo
como horizonte transcendental da questão do ser; e
2) os fundamentos de uma destruição fenomenológica da história da
ontologia, seguindo o fio da problemática da temporalidade.

Bibliografia

FLEISCHER, M. (Org.). Filósofos do século XX: uma introdução. São


Leopoldo: Editora Unisinos, 2000.
HEIDEGGER, M. A essência do fundamento. Lisboa: 70, 1988.. Sobre o
problema do ser: o caminho do campo. São Paulo: Duas Cidades, 1969..
Introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
HIRS CHBERGER, J. História da filosofia contemporânea. São Paulo:
Editora Herder, 1963.
LYOTARD OTARD OTARD OTARD OTARD , J.-F. A fenomenologia. São
Paulo: Difel, 1979.
MARÍAS ARÍAS ARÍAS ARÍAS , J. História da filosofia. São Paulo: Ed.
Martins Fontes, 2004.
MOND OND OND IN, B. Curso de filosofia: os filósofos do ocidente. São
Paulo: Edições Paulinas, 1983.
REALE, G.; ANT ANT ANT ISERI, D. História da filosofia: do Romantismo
até nossos dias. v. 3. São Paulo: Paulus, 1991.

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