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INTRODUÇÃO
Preâmbulo
Desde 1986, tem vindo a ser atribuída especial importância às medições, tendo em consideração as dispo-
sições legais relativas a empreitadas de obras públicas, estabelecidas actualmente no Decreto-Lei nº 59/99
de 2 de Março, art. 202°, no qual se faz referência a que os métodos e critérios a adoptar para realização
das medições serão obrigatoriamente estabelecidos no caderno de encargos e, em caso de alterações, os
novos critérios de medição que porventura se tornem necessários, deverão ser desde logo definidos.
A Portaria 428/95 de 10 de Maio, do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que
regulamenta os concursos para empreitadas e fornecimentos de obras públicas, estabelece também a
seguinte ordem de prioridade a observar na medição de trabalhos quando não são estabelecidos outros
critérios no caderno de encargos:
- Normas oficiais de medição que se encontrem em vigor;
- Normas definidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC);
- Critérios geralmente utilizados ou os que forem acordados entre o dono da obra e o empreiteiro;
Salienta-se que, embora não existam normas oficiais de medição nem normas definidas pelo LNEC, tem
vindo a ser prática corrente considerar como “normas do LNEC”, os critérios definidos na publicação
“Regras de Medição na Construção”.
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
Princípios de base
As medições podem ser elaboradas a partir do projecto ou da obra, sendo as regras de medição aplicá-
veis a ambos os casos; porém, na medição sobre projecto, os medidores deverão ter conhecimento e
experiência suficientes para poderem equacionar e procurar esclarecer, junto dos autores dos projectos, as
faltas de informação que são indispensáveis à determinação das medições e ao cálculo dos custos dos
trabalhos.
Apesar de cada obra possuir, em regra, particularidades que a diferenciam das restantes, podem ser defi-
nidos alguns princípios de base a ter em consideração na elaboração das medições, nomeadamente os
seguintes:
a) O estudo da documentação do projecto - peças desenhadas, caderno de encargos e cálculos - deve
constituir a primeira actividade do medidor.
b) As medições devem satisfazer as peças desenhadas do projecto e as condições técnicas gerais e espe-
ciais do caderno de encargos, pois podem existir erros e omissões que o medidor deve esclarecer com o
autor do projecto.
c) As medições devem ser realizadas de acordo com as regras de medição adoptadas e, na falta, o medi-
dor deve adoptar critérios que conduzam a quantidades correctas. Estes critérios devem ser discrimina-
dos, de forma clara, nas medições do projecto.
d) As medições devem ter em consideração as normas aplicáveis à construção, nomeadamente aos
materiais, produtos e técnicas de execução.
e) Dentro dos limites razoáveis das tolerâncias admissíveis para a execução das obras, as medições
devem ser elaboradas de modo a que não sejam desprezados nenhum dos elementos constituintes
dos edifícios.
f) Durante o cálculo das medições devem ser realizadas as verificações das operações efectuadas e as
confrontações entre somas de quantidades parcelares com quantidades globais. O grau de rigor a
obter com estas verificações e confrontações depende, como é evidente, do custo unitário de cada traba-
lho.
g) A lista de trabalhos deve ser individualizada e ordenada segundo os critérios seguintes:
- Os trabalhos medidos devem corresponder às actividades que são exercidas por cada categoria profissional de operário;
- As medições devem discriminar todos os trabalhos, principais e auxiliares, com uma definição clara de cada trabalho e indica-
rem as características mais importantes necessárias à sua execução. Sempre que possível, esta definição deve ser esclare-
cida com a referência às peças desenhadas e às condições técnicas ou de outras informações existentes noutras peças do
projecto.
- As medições devem ser decompostas por partes da obra que facilitem a determinação das quantidades de trabalho realizadas
durante a progressão da construção bem como a comparação de custos com projectos similares.
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0. REGRAS GERAIS
0.1 Definições
a) As medições de um projecto ou de uma obra são a determinação analítica e ordenada das quantidades
dos diferentes trabalhos que são a base da determinação dos encargos definidos no projecto ou que
integram a obra.
b) A lista ou mapa de medições é a descrição resumida das quantidades dos trabalhos e dos encargos
calculados nas medições.
c) O orçamento é o resultado da aplicação dos preços unitários às descrições das quantidades dos traba-
lhos indicados na lista de medições.
e) As dimensões que não puderem ser determinadas com rigor deverão ser indicadas com a designação
de “quantidades aproximadas”.
f) As medições devem ser apresentadas com as indicações necessárias à sua perfeita compreensão, de
modo a permitir uma fácil verificação ou rectificação, e a determinação correcta do custo. Em regra, as
dimensões utilizadas na medição deverão ser sempre passíveis de verificação fácil e clara.
g) Recomenda-se que as medições sejam organizadas por forma a facilitar a determinação dos dados
necessários à preparação da execução da obra e ao controle de produção, tendo em vista a repartição
dos trabalhos por diferentes locais de construção e o cálculo das situações mensais de pagamento e
controle de custos.
h) Os capítulos das medições e a lista de medições poderão ser organizados de acordo com a natureza
dos trabalhos ou por elementos de construção. Quando o critério de organização for o da natureza dos
trabalhos, estes deverão ser integrados nos capítulos indicados nestas regras e apresentados pela
mesma ordem.
i) As medições dos trabalhos exteriores ao edifício (acessos, jardins, vedações, instalações exteriores ao
perímetro do edifício, etc.) deverão ser, no seu conjunto, apresentadas separadamente dos trabalhos
relativos ao edifício.
j) Deverá indicar-se sempre o nome do técnico ou dos técnicos responsáveis pela elaboração das medi-
ções e lista de medições.
k) Sempre que as medições de certas partes do projecto, nomeadamente as relativas às instalações, forem
elaboradas por outros técnicos, o nome destes técnicos deve vir referido no início dos respectivos capítu-
los.
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b) Os resultados parciais dos cálculos das medições obedecerão, em regra, aos arredondamentos seguin-
tes:
As quantidades globais a incluir nas listas de medições obedecerão, em geral, aos arredondamentos
seguintes:
c) Quando a aplicação destas regras tiver como resultado a eliminação da indicação da quantidade de
qualquer rubrica, deverá ser indicada a quantidade exacta.
d) Quando o preço dos trabalhos o justifique, estes arredondamentos podem ser modificados para mais ou
para menos. Neste caso, o documento relativo às medições deve mencionar o critério adoptado na defi-
nição dos arredondamentos.
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1. ESTALEIRO
b) As medições das instalações provisórias destinadas ao pessoal - casa do guarda, dormitório, instala-
ções sanitárias, refeitório, habitações e outras - serão realizadas de acordo com os elementos seguintes:
- legislação em vigor
- área do terreno disponível para implantação do estaleiro;
- quantidade de pessoal a empregar para a execução da obra.
c) As medições das instalações provisórias para funcionamento dos serviços do estaleiro - escritório,
armazéns, oficinas e outras - das vias de acesso e de circulação, das redes de alimentação e distribui-
ção, dos equipamentos e do pessoal de estaleiro só serão elaboradas nos casos seguintes:
- Nas obras executadas por percentagem;
- Quando o projecto estabelecer as condições necessárias à sua utilização;
- Quando o orçamento for calculado com base na subdivisão do preço da obra em custos directos, custos de estaleiro e custos indi-
rectos
e) As medições indicarão a natureza dos materiais a aplicar na execução das instalações provisórias.
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2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS
2.3 Protecções
2.4 Drenagens
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a) A medição da drenagem de qualquer lençol de água superficial será realizada em m de superfície do
terreno a drenar, medida em planta.
b) A medição engloba todas as operações necessárias à execução das drenagens.
c) A drenagem de águas freáticas a executar, aquando da realização de movimento de terras, será incluída
na medição destes trabalhos.
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2.5 Desmatação
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a) A medição será realizada em m ;
b) A medição refere-se à desmatação de arbustos, sebes ou árvores com menos de 0,10 m de diâmetro,
determinado à altura de 1,20 m do solo (diâmetro à altura do peito DAP)
c) A medição será efectuada segundo as áreas determinadas em projecção horizontal.
d) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de desmatação, nomeada-
mente: abate, empilhamento, carga, transporte, remoção e descarga
e) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.
f) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito ou vazadouro dos produtos da desma-
tação
2.7 Desenraizamentos
a) A medição será realizada à unidade (un).
b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de desenraizamento nomea-
damente: arranque de raízes empilhamento, carga, transporte, remoção, descarga, e os trabalhos a rea-
lizar com a sua eliminação, quando necessária.
c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.
d) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito ou vazadouro dos produtos de desen-
raizamentos.
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3. DEMOLIÇÕES
f) A pertença dos produtos da demolição e o seu destino serão referidos nos artigos de medição.
g) Quando das demolições provenham materiais recuperáveis, as medições serão agrupadas em artigos
próprios e devem ter em consideração os encargos da limpeza, armazenamento e conservação.
h) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de demolição, nomeadamen-
te:
- carga, transporte e descarga dos materiais demolidos;
- andaimes;
- estabelecimento de meios de protecção e de segurança necessários à execução dos trabalhos;
- limpezas.
i) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias
j) As medições indicarão a distância média de transporte e, sempre que possível, o local de depósito ou
vazadouro dos produtos de demolição.
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4. MOVIMENTO DE TERRAS
c) A classificação dos terrenos será realizada de acordo com a Especificação LNEC - E 217 - “Fundações
Directas Correntes. Recomendações”.
d) As medições serão agrupadas em rubricas próprias de acordo com as condições de execução ou com
os meios a utilizar na realização dos trabalhos. Segundo este critério, na medição destes trabalhos
podem assim ser consideradas diferentes classes de terrenos
e) Os trabalhos realizados em condições especiais devem ser medidos em rubricas próprias, nomeada-
mente nos casos seguintes:
- trabalhos realizados abaixo do nível freático. Os trabalhos relativos a bombagens poderão ser medidos durante a execução das
escavações;
- trabalhos realizados em locais infectados ou infestados;
- trabalhos realizados em terrenos com relevo muito acidentado ou de grande inclinação;
- escavações junto de construções que obrigam à adopção de medidas especiais de segurança.
f) As medidas para a determinação das medições serão obtidas a partir das formas geométricas indica-
das no projecto sem consideração de empolamentos
g) O aluguer de locais para depósito, as taxas de vazadouro ou o custo de terras de empréstimos serão
referidos nos artigos de medição respectivos.
4.2 Terraplenagens
4.2.2 Escavação
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a) A medição será realizada em m
b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de escavação, nomeada-
mente: escavação, baldeação, carga, transporte e descarga.
c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.
d) As medições indicarão a distância média provável de transporte e, sempre que possível, o local de ater-
ro, de depósito ou vazadouro dos produtos da escavação.
e) As alvenarias, betões ou outras obras enterradas serão deduzidas da medição e consideradas no capí-
tulo de Demolições.
f) A escavação de terras de depósito ou de empréstimo será também incluída nesta rubrica.
2
a) A medição será realizada em m
b) As medições serão efectuadas segundo as áreas determinadas em projecção horizontal. A medição da
regularização e compactação superficial de taludes de diferentes inclinações deverá fazer-se em rubricas
separadas
c) A medição engloba todas as operações necessárias à execução dos trabalhos de regularização e com-
pactação.
d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.
e) As medições indicarão a espessura da camada de aterro ou de terreno, interessada na compactação,
que for mencionada no projecto.
f) A compactação superficial de terras só será considerada isoladamente quando não for acompanhada de
reposição de terras.
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b) Na medição da escavação livre ainda há que considerar a escavação em profundidade e escavação à
superfície.
c) Os volumes de escavação devem ser considerados divididos em diferentes camadas com 1,50 m de
espessura em profundidade;
d) A escavação de valas e de trincheiras com desenvolvimento em curva devem ser medidas em rubricas
próprias.
e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de escavação, nomeada-
mente: escavação, baldeação, carga, transporte e descarga.
f) Sempre que necessário as operações da alínea anterior poderão ser medidas separadamente em rubri-
cas próprias.
g) As medições indicarão a distância média provável de transporte e, sempre que possível, o local de ater-
ro, de depósito ou vazadouro dos produtos da escavação.
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a) As operações de abertura de valas ou trincheiras, seu escoramento e entivação, reposição de terras e
compactação, necessárias ao movimento de terras destinado à execução de canalizações e cabos enter-
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rados, poderão ser medidas em conjunto, sendo neste caso, a medição realizada em m de terreno a
movimentar.
b) Quando se adoptar a regra da alínea anterior, os volumes de movimento de terras correspondentes às
diferentes camadas indicadas na alínea b) do sub-capítulo Abertura de valas, trincheiras e poços, serão
medidos separadamente em rubricas próprias.
c) Quando não se adoptar a regra da alínea a) e forem medidas separadamente a escavação, a reposição
de terras e a compactação, só são deduzíeis os volumes ocupados pelas canalizações e cabos enterra-
3
dos iguais ou superiores a 0,1 m por metro de tubagem.
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5. PAVIMENTOS E DRENAGENS EXTERIORES
d) Neste capítulo não deverão incluir-se os trabalhos de protecção contra infiltrações no interior dos edifí-
cios salvo quando o sistema previsto constitua um todo, isto é, quando as infiltrações que ali se acaute-
lam possam vir a resultar de condições particulares dos pavimentos envolventes, e que não possam ser
corrigidos completamente no tratamento destes
e) Quando existam muros de suporte ou de espera na formação de socalcos ou na moderação de aciden-
tes, e que para além da forma, de agulheiros ou outras defesas, a incluir na medição do betão ou alvena-
rias de que forem constituídos, existam tubos de esgoto, drenos, impermeabilizações ou valas de reco-
lha, deverão ser medidos neste capítulo e, para tanto, bem caracterizados no projecto
2
f) Os tratamentos superficiais de remate, protecção ou embelezamento devem ser medidos em m e perfei-
tamente caracterizados quanto à obra aparente e quanto aos trabalhos de preparação ou suporte Nestes
casos, cada um destes trabalhos deve ser objecto de medição particular, na qual se indicará a posição e
função no conjunto.
g) A medição destes trabalhos será realizada nas seguintes condições:
1) movimento de terras de acordo com o que foi indicado no capítulo Movimento de terras, com a indicação de even-
tuais embaraços ao livre desenvolvimento dos trabalhos e característicos deste tipo de obras.
2
2) os trabalhos de impermeabilização serão medidos em m de superfície a tratar, devendo indicar-se a natureza do
suporte, a espessura das camadas e a sua especificação técnica.
3) a medição da impermeabilização em caleiras e relevos, e a protecção desta contra choques ou atritos, quando
com desenvolvimento inferior a 1,00 m, será feita em m e bem caracterizada.
4) a medição dos tubos de esgoto ou de drenagem, será feita em m, mas ficando bem individualizados os artigos
relativos a:
- tubos de drenagem nomeadamente de betão ou material cerâmico
- tubos porosos ou perfurados
- meios-tubos (caleiras) por exemplo de betão ou material cerâmico
- os trabalhos de drenagem por blocagem, quer em contacto com muros, quer em valas livres, serão decompostos nas opera-
ções específicas que exigem medidas em separado, de acordo com as recomendações aplicáveis das respectivas especiali-
dades.
- as obras de alvenaria e betão em caixas de passagem, filtros, sarjetas e sumidouros, serão igualmente medidas de acordo com
o que se recomenda nos capítulos das especialidades aplicáveis.
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6. FUNDAÇÕES
b) As medições dos trabalhos serão realizadas de modo a ficarem individualizados os trabalhos de betão,
cofragens, e armaduras e ordenadas em rubrica de trabalhos relativos a infra-estruturas (abaixo do nível
superior do tosco do primeiro pavimento)
c) As medições deverão indicar as referências de identificação mencionadas no projecto, de forma a asse-
gurar a coordenação das peças escritas e desenhadas e a permitir a sua verificação.
d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias
e) Serão indicados em rubricas próprias os trabalhos de instalação do estaleiro, tais como:
- transporte de equipamento;
- montagem e organização do estaleiro;
- fornecimento de água e energia eléctrica nos locais de trabalho, respectivamente com caudal e potência necessárias.
f) Todos os trabalhos, cuja realização é necessária devido a condições especiais, devem ser medidos em
rubricas próprias, tendo-se por exemplo:
- bombagens, quando necessárias a trabalhos realizados abaixo do nível freático
- movimento de terras, quando os terrenos se apresentarem com relevo muito acidentado ou com grande inclinação;
- demolições e trepanagens, se existirem obstáculos aparentes ou enterrados não correntes, devendo-se neste caso particular
apresentar sempre o seu custo unitário.
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- entivações e/ou escoramento, devido à existência de construções na vizinhança dos trabalhos ou à sua necessidade quando da
escavação para execução dos pegões;
- imobilizações de equipamento e pessoal, quando existirem paragens excepcionais não imputáveis ao empreiteiro;
g) As furações ou escavações não betonadas de estacas ou poços serão medidas em metros (m), em
rubricas próprias.
h) As medidas indicadas no projecto para a profundidade das fundações serão sempre consideradas como
“quantidades aproximadas”, a rectificar de acordo com as profundidades reais atingidas durante a exe-
cução das obras.
i) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das formas geométricas indicadas no
projecto.
j) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as condições de execução ou
com os meios a utilizar na realização dos trabalhos.
k) Deve ser elaborada uma descrição sumária dos trabalhos, contendo o processo de execução das funda-
ções, cota de execução dos trabalhos e os materiais a adoptar, nomeadamente as referidas nas Regras
Gerais descritas no sub-capítulo Betão, do capítulo Betão, Armadura e Cofragem em Elementos primá-
rios e no sub-capítulo Armaduras do mesmo capítulo.
l) Outros tipos ou condições de fundações especiais, não previstas no presente capítulo, serão tratados
dentro do mesmo espírito, isto é, as medições deverão discriminar as regras que forem adaptadas, de
forma a evitar ambiguidades na determinação das medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua
verificação.
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As estacas prefabricadas e estacas moldadas são fundações indirectas cujos modos de execução são
diferentes, isto é, as primeiras são, como o nome indica, prefabricadas em estaleiro e posteriormente cra-
vadas no terreno, e as segundas, estacas moldadas, podem ser:
- cravadas e moldadas no terreno
- moldadas com entubamento e extracção do terreno
- moldadas sem entubamento e com extracção do terreno
6.2.3 Pegões
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d) A medição do pegão compreende a escavação, baldeação de terras, colocação das armaduras, betona-
gem, carga e transporte a vazadouro e descarga das terras sobrantes.
e) Sempre que for conveniente, as operações indicadas na alínea anterior poderão ser medidas em rubri-
cas próprias.
f) O escoramento e/ou entivação será sempre medido em rubricas próprias, pelas regras indicadas no sub-
subcapítulo Escoramento e entivação do sub-capítulo Movimento de terras para infra-estruturas
g) As bombagens serão sempre medidas em rubricas próprias, de acordo com regras que deverão ser
devidamente descriminadas.
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b) As características a especificar ao betão são as referidas nas Regras Gerais descritas no sub-capítulo
Betão, do capítulo Betão, Cofragem e Armaduras em Elementos primários.
c) As características a especificar para as Cofragens e Armaduras, são as referidas nos respectivos sub-
capítulos do capítulo Betão, Cofragem e Armaduras em Elementos primários.
6.4 Cofragens de protecção de fundações, massame, sapatas, vigas de fundação, muros de suporte
e paredes.
2
a) A medição será realizada em m
b) As medidas para a determinação das medições são obtidas das superfícies moldadas, considerando
como limites dos elementos os indicados nos sub-capítulos anteriores.
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7. BETÃO, COFRAGEM E ARMADURAS EM ELEMENTOS PRIMÁRIOS
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7.2 Betão
c) Cada rubrica das medições será decomposta, de preferência, de acordo com as diferentes característi-
cas do betão indicadas no projecto designadamente:
- classes de resistência e qualidade
- classes de exposição
- outras características exigidas pelo projecto, tais como máxima dimensão dos inertes, consistência, relação água ligante e outras
particularidades de com posição
- condições de colocação
d) As medidas para cálculo das medições serão obtidas a partir das formas geométricas indicadas no pro-
jecto. No entanto não serão deduzidos:
- os volumes das armaduras, ordinárias ou de pré-esforço (incluindo as bainhas);
- os volumes correspondentes a reentrâncias até 0,15 m de comprimento do perfil de cada reentrância e os volumes corresponden-
tes a chanfros até 0,10 m de comprimento do respectivo perfil sem chanfro
- os volumes relativos a aberturas, cavidades ou furações existentes nos elementos de construção iguais ou inferiores a 0.10 m.
e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de betão, nomeadamente:
fornecimento e transporte de materiais, preparação, carga, transporte, colocação em obra, compactação
(vibração) e cura.
f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.
7.2.2 Paredes
3
a) A medição será realizada em m
b) A determinação das medidas para cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:
- Os comprimentos serão determinados segundo figuras geométricas simples.
- As alturas serão determinadas entre as faces superiores das lajes ou das vigas de betão
- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média.
7.2.4 Escadas
3
a) A medição será realizada em m
b) Nesta rubrica, será incluída a medição de todos os elementos que constituem as escadas, nomeada-
mente patins, patamares, lanços de degraus e cortinas das guardas
c) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser separados em rubricas próprias.
d) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições obedecerá às mesmas regras
dos elementos de construção equivalentes aos das escadas.
c) A medição dos volumes incorporados na espessura das lajes será incluída na medição do betão das
vigas, lintéis e cintas.
7.2.7 Esclarecimentos
1 - Os elementos de construção para os quais se definem as regras de medição constituem os mais repre-
sentativos na construção de edifícios.
2 - Para outros elementos, as regras de medição aplicáveis são, em geral, idênticas às que foram mencio-
nadas.
3 - Sempre que não seja exequível esta aplicação, poderão ser definidas regras específicas para outros
elementos de construção.
4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as regras que forem adoptadas, de forma
a evitar ambiguidades na determinação das medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verifi-
cação.
7.3 Cofragens
c) Cada rubrica de medição será decomposta, de preferência, de acordo com as características das cofra-
gens, nomeadamente:
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
- natureza dos materiais (madeira, metálicos ou outros);
- condições particulares de execução
g) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de cofragens nomeadamente
fornecimento e transporte de materiais, fabrico, montagem, desmontagem, carga, transporte, descarga,
reparações e limpezas
h) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.
i) Os elementos de construção a considerar, serão os mesmos que forem indicados nas medições de
betão. As medições correspondentes a cada tipo de elemento serão feitas separadamente, em rubricas
próprias.
j) A medição dos escoramentos e cofragens para a execução das lajes aligeiradas será incluída na medi-
ção destes elementos como será descrito nessa rubrica (alíneas e) e f) de elementos prefabricados de
betão).
7.3.2 Cofragens de paredes, cortinas e palas, lajes maciças, escadas, pilares e montantes, vigas, lintéis e
cintas
2
a) A medição será realizada em m
b) As medidas para a determinação das medições são obtidas das superfícies moldadas, considerando
como limites dos elementos os indicados na rubrica betão.
c) Em escadas as cofragens destinadas à moldagem dos degraus serão medidas em separado.
7.4 Armaduras
c) Cada rubrica das medições será decomposta, de preferência, de acordo com as características gerais
das armaduras indicadas no projecto, nomeadamente as de natureza regulamentar e das condições de
aplicação.
d) As medidas para determinação das medições serão obtidas a partir das formas geométricas indicadas
no projecto. Refira-se que esta regra destina-se a facilitar o cálculo das medições e está de acordo com
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
o critério adoptado já em casos semelhantes.
e) As percentagens para quebras, para desperdícios ou para sobreposições, quando estas não estiverem
assinaladas no projecto, serão previstas nas composições dos custos, como foi justificado na nota da alí-
nea anterior.
f) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de armaduras, nomeadamen-
te fornecimento e transporte de aços, dobragens, armações, ligações, emendas, carga, transporte, des-
carga e colocação em obra.
g) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias
h) Os elementos de construção a considerar em cada projecto, nas medições de armaduras, serão os
mesmos que foram indicados nas medições de betão.
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
7.4.4 Perfis metálicos
a) A medição será realizada em kg.
b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras seguintes:
- Os comprimentos serão determinados em m e convertidos em kg, de acordo com a massa nominal dos perfis.
- As ligações entre perfis, por soldadura eléctrica, parafusos ou por rebites, poderão, sempre que necessário, ser medidas à unida-
de (un).
7.4.6 Esclarecimento
1 - Os tipos de aço indicados - varões, redes electrossoldadas e perfilados - são as mais representativas
na construção de edifícios.
2 - Para outros tipos de aços, as regras de medição aplicáveis serão, em geral, idênticas às que foram
mencionadas.
3 - Sempre que não seja exequível esta aplicação, poderão ser definidas regras específicas para outros
tipos de aços.
4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as regras que forem adoptadas, de forma
a evitar ambiguidades na determinação das medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verifi-
cação.
5 - Os elementos de construção a considerar no ordenamento das medições das armaduras serão os
mesmos que, para cada projecto, foram discriminados nas medições de betão.
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d) As medições deverão indicar as referências de identificação mencionadas no projecto para cada ele-
mento de construção prefabricado, de forma a assegurar a coordenação das peças desenhadas e escri-
tas e a permitir a sua verificação.
e) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de elementos de construção
prefabricados em betão, nomeadamente fabrico, carga, transporte, descarga, montagem e colocação em
obra.
f) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.
7.5.2 Guias de lancis, degraus, madres, fileiras, frechais e elementos semelhantes, peitoris, soleiras,
ombreiras, vergas e lâminas
a) A medição será realizada em m.
b) As medidas serão determinadas de acordo com a maior dimensão das superfícies indicadas no projecto.
No caso de não haver pormenorização das soleiras e peitoris, deverão ser consideradas as dimensões
entre as faces dos vãos.
c) As medições indicarão a secção dos elementos.
d) A medição dos elementos com a mesma secção será individualizada em rubrica própria.
7.5.5 Grelhagens
2
a) A medição será realizada em m
b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá à regra seguinte:
- O comprimento e a largura serão determinados entre as faces das lajes, vigas e lintéis, pilares e paredes entre as quais estes
elementos se inserem.
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2
a) A medição será realizada em m
b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá à regra seguinte:
- Os comprimentos e as larguras serão determinados entre as faces das vigas, lintéis, pilares e paredes entre os quais as lajes se
inserem.
7.5.7 Esclarecimentos
1 - A grande diversidade de elementos de construção prefabricados em betão e a sua constante evolução,
tornam impraticável o estabelecimento de regras de medição que sejam aplicáveis, de forma explicita e
unívoca, em todas as circunstâncias.
2 - Por isso, as regras definidas destinam-se apenas a constituir exemplos de aplicação a alguns elemen-
tos de construção utilizados com maior frequência.
3 - Para outros elementos de construção prefabricados, é necessário, para cada caso, estabelecer as
regras de medição correspondentes, tanto quanto possível, de acordo com as regras prescritas para o
betão e para os outros elementos pré-fabricados em betão.
4 - No caso da alínea anterior, as medições deverão discriminar as regras que forem adoptadas, de forma
a evitar ambiguidades na determinação das medidas e no cálculo das medições e a permitir a sua verifi-
cação.
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8. ESTRUTURAS METÁLICAS
b) As medições serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as características dos traba-
lhos, principalmente as seguintes:
- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais
- secções nominais e forma dos elementos constituintes
- tipo de ligação das peças
- tipo de protecção e acabamento;
- condições de execução.
d) Sempre que necessário, a medição das operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubri-
cas próprias.
e) As medições serão discriminadas por elementos de construção.
f) As medições dos perfis que constituem as estruturas metálicas serão agrupadas nas rubricas correspon-
dentes seguintes classes, estabelecidas de acordo com a massa por metro dos perfis:
Classe A - massa igual ou inferior a 10 kg/m;
Classe B - massa superior a 10 kg/m mas igual ou inferior a 20 kg/m;
Classe C - massa superior a 20 kg/m mas igual ou inferior a 50 kg/m;
Classe D - massa superior a 50 kg/m mas igual ou inferior a 100 kg/m;
Classe E - massa superior a 100 kg/m
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
4- A avaliação da massa de rebites e parafusos poderá ser feita por contagem ou em percentagem;
5- Não serão feitas deduções para entalhes e furos. Nos perfis cortados obliquamente, a medida será a do maior comprimento do
perfil.
6- As medidas para a determinação da medição de chapas de superfície irregular serão obtidas a partir do menor rectângulo cir-
cunscrito a essas superfícies.
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9. ALVENARIAS
c) As medições de alvenarias serão, em regra, ordenadas em rubricas próprias relativas partes globais da
obra, nomeadamente as seguintes:
- trabalhos de infra-estrutura
- trabalhos de super-estrutura.
9.2 Fundações
3
a) A medição será realizada em m
b) No caso de sapatas contínuas, o volume será obtido multiplicando a área da secção transversal de cada
troço pelo respectivo comprimento. Os comprimentos dos troços das sapatas serão determinados
segundo figuras geométricas simples
c) No caso da secção transversal das sapatas contínuas ser variável, a medição poderá ser realizada a
partir da secção transversal média
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c) Em cada rubrica, serão indicadas as características dos panos que constituem a parede.
d) A medição de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais de execução será separada em
rubricas próprias
e) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá, em geral, regras seguintes:
1- Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas simples.
2- As alturas das paredes de fundação serão a distância entre o plano superior das sapatas e a camada de impermeabilização ou o
nível superior do tosco do primeiro pavimento
3- As alturas, imediatamente acima das paredes de fundação, serão definidas a partir da camada de impermeabilização ou do nível
superior do tosco do primeiro pavimento.
4- Em construções com estrutura resistente de outro material, as medidas serão determinadas entre as faces dos elementos resis-
tentes.
f) A medição de molduras e outros elementos (cornijas, pilastras, etc.) de alvenarias, salientes das pare-
des, será realizada em m. No entanto, na medição dos muros ou paredes não deve ser deduzido qual-
quer volume resultante da medição, em separado, das saliências relativas àqueles guarnecimentos.
9.4 Pilares
3
a) A medição será realizada em m
b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá regras seguintes:
1- As alturas imediatamente acima das fundações serão as distâncias entre as faces superiores das sapatas ou vigas de fundação
e o nível do tosco do primeiro pavimento.
2- No caso da secção transversal ser variável, a medição poderá ser realizada a partir da secção transversal média.
9.5 Abóbadas
2
a) A medição será realizada em m
b) A determinação das medidas para o cálculo das medições será realizada em projecção horizontal.
c) A medição indicará a espessura constante da abóbada, ou os valores limite se a espessura não for
constante.
2 3
d) As medições dos maciços de enchimento serão realizadas em rubricas próprias e ao m ou m conforme
a espessura é respectivamente igual ou inferior a 0.35 m ou superior a esta espessura.
9.6 Arcos
3
a) A medição será realizada em m
b) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá a regras específicas
c) As paredes dos tímpanos apoiados nos arcos serão medidas de acordo com as regras indicadas para as
paredes
9.7 Escadas
a) Nesta rubrica, será incluída a medição de todos os elementos que constituem as escadas nomeadamen-
te: patins, patamares, lanços de degraus e cortinas de guardas
b) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser separados em rubricas próprias.
c) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições obedecerá mesmas regras
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dos elementos de construção equivalentes aos das escadas
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10. CANTARIAS
b) As medições serão realizadas de modo que os elementos com as mesmas funções construtivas sejam
individualizados e descritos, em rubricas próprias, de acordo com as suas principais características,
nomeadamente:
- natureza e qualidade da pedra ou material artificial;
- formas geométricas e dimensões;
- acabamento dos paramentos vistos;
- modos de assentamento e ligação, composição e dosagem dos ligantes.
c) Em regra, as medições englobarão todas as operações relativas à execução dos trabalhos, nomeada-
mente: fabrico, fornecimento, carga, transporte, descarga, assentamento e montagem e desmontagem
de andaimes e cimbres.
d) Sempre que conveniente, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em rubricas próprias.
e) Regra geral, a medição dos perfis (elementos prismáticos) de cantaria será realizada de acordo com os
seguintes critérios:
1- Para espessuras inferiores a 0,15 m e para qualquer largura, a unidade de medição será o m;
2- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e largura inferiores a 0,40 m, a medição será em m;
3- Para espessuras iguais ou superiores a 0,15 m e larguras iguais ou superiores a 0,40 m, a medição será em m3
2
f) A medição de placas de espessura inferior a 0,15 m será realizada em m . No caso da espessura ser
3
igual ou superior a esta dimensão, a unidade de medição será o m
3
g) Regra geral, a medição dos elementos não considerados nas alíneas e) e f) será realizada em m
excepto se estes elementos tiverem formas geométricas complexas, caso em que a medição será reali-
zada à unidade (un).
h) As medições de cantarias especiais, nomeadamente as obras de arte (estátuas, motivos ornamentais,
etc.) serão realizadas segundo regras próprias que deverão ser convenientemente explicitadas.
i) Os elementos de desenvolvimento curvo ou paramentos curvos serão medidos em rubricas próprias, ou,
pelo menos, as suas partes não rectilíneas ou não planas.
j) As medidas para o cálculo das medições serão obtidas do menor paralelepípedo rectangular em que for
2
possível inscrever cada uma das peças. Excluem-se desta regra as medições feitas em m
No enunciado das medições deverão indicar-se sempre as dimensões obtidas pela utilização deste critério.
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10.2 Muros de suporte, de vedação, paredes exteriores e paredes interiores
a) A medição dos muros e paredes, constituídos por blocos de pedra aparelhada será realizada em:
- m2 para espessuras inferiores ou iguais a 0,35 m;
- m3 para espessuras superiores a 0,35 m.
2
b) Só serão feitas deduções para vãos ou aberturas com mais de 0,50 m por cada vão ou abertura.
c) A medição de muros e paredes que apresentem dificuldades especiais de execução será separada em
rubricas próprias.
d) Em cada rubrica, serão considerados apenas os elementos com a mesma espessura.
e) A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá, em geral, regras seguintes:
1- Os comprimentos serão determinados segundo formas geométricas simples
2- As alturas das paredes de fundação serão a distância entre o plano superior das sapatas e a camada de impermeabilização ou o
nível superior do tosco do primeiro pavimento
3- Em construções com estrutura resistente de outro material, as medidas serão determinadas entre as faces dos elementos resis-
tentes.
10.3 Pilares
3
a) A medição dos pilares e colunas será realizada em m ou em un.
b) Em qualquer dos casos, deverão indicar-se as suas características geométricas.
c) Os capitéis, bases de pilares e outras obras similares, sempre que não constituam um conjunto monolíti-
co com o fuste, serão medidos em separado, segundo as regras indicadas na alínea h) das Regras
Gerais deste capítulo.
10.4 Arcos
3
a) A medição será realizada em m ou em m.
b) As medidas serão determinadas de acordo com a maior dimensão das superfícies que ficam aparentes
na construção.
10.5 Abóbadas
2
a) A medição será realizada em m
b) A determinação das medidas para o cálculo das medições será realizada em projecção horizontal.
c) A medição indicará a espessura da abóbada.
d) As medições dos maciços de enchimento serão realizadas em rubricas próprias.
10.6 Escadas
a) Nesta rubrica, será incluída a medição dos elementos que constituem as escadas, nomeadamente:
degraus, patins, patamares e estruturas de suporte
b) Sempre que necessário, os elementos da alínea anterior poderão ser separados em rubricas próprias.
c) A determinação das medidas e das unidades para o cálculo das medições obedecerá mesmas regras
dos elementos de construção equivalentes aos das escadas de alvenaria
d) A medição de degraus isolados será realizada de acordo com as Regras Gerais deste capítulo.
e) Os revestimentos de escadas, tais como cobertores, espelhos, guarda-chapins, rodapés e lambris serão
medidos em rubricas próprias, pelas regras indicadas no sub-capítulos Revestimentos do presente capí-
tulo.
b) Cada rubrica será decomposta, de preferência, de com o tipo de vão, nomeadamente portões, portas,
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
janelas, etc.
c) As medições dos guarnecimentos de vãos, nomeadamente ombreiras, vergas, peitoris e soleiras, serão
realizadas segundo as Regras Gerais, deste capítulo, especialmente as indicadas nas alíneas e), f) e g).
d) As medidas para a determinação das medições são as maiores das superfícies vistas.
b) Regra geral, a medição será realizada em m para o conjunto dos elementos, sendo as medidas determi-
nadas pelo desenvolvimento do corrimão.
c) Sempre que necessário, a medição dos vários elementos componentes (corrimãos, balaústres, etc.)
pode ser feita separadamente pelas regras indicadas nas Regras Gerais deste capítulo.
d) Os troços curvos dos corrimãos poderão ser medidos à unidade (un).
10.9 Revestimentos
a) Sempre que a estereotomia das peças que constituem os revestimentos estiver perfeitamente definida,
a respectiva medição será realizada de acordo com as Regras Gerais deste capítulo.
b) No caso de revestimentos com placas de menos de 0,15 m de espessura, a medição deverá ser realiza-
da em m para o conjunto das peças de idêntica espessura, devendo indicar-se sempre as dimensões
das placas.
c) Quando a estereotomia das peças não estiver definida, a medição deverá ser indicada com a designa-
ção de “quantidades aproximadas”.
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11. CARPINTARIAS
f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes (envernizamento, enceramento, etc.) serão
considerados no capítulo relativo a Pinturas, principalmente quando estes trabalhos forem executados no
estaleiro da obra
a) As medições de estruturas de madeira serão, em regra, agrupadas nas seguintes rubricas principais:
- estruturas de paredes ou divisórias;
- estruturas de pavimentos;
- estruturas de coberturas;
- estruturas diversas.
b) As escadas serão medidas pelas regras enunciadas no sub-capítulo relativo a Escadas, e as estruturas
de apoio ou fixação de revestimento serão consideradas no sub-capítulo Revestimentos e guarnecimen-
tos de madeira.
c) Regra geral, a medição das diversas peças constituintes dos elementos da estrutura deverá ser realiza-
da em rubricas próprias, obedecendo regras seguintes:
1- Os perfis serão medidos em m, com indicação da dimensão das respectivas secções.
2- Os perfis com diferentes secções serão medidos em rubricas separadas.
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
3- Sempre que necessário, os perfis com comprimentos diferentes poderão ser medidos em rubricas separadas
4- As peças com outro formato poderão ser medidas à unidade (un) ou em m2
11.3 Escadas
a) As escadas de madeira, regra geral, serão medidas à unidade (un), incluindo todos os seus elementos
principais e acessórios com do número de degraus e das suas dimensões principais.
b) Sempre que for conveniente, os diversos elementos das escadas podem ser medidos separadamente
em rubricas próprias. As unidades e critérios de medição a aplicar neste caso serão os indicados noutros
sub-capítulos relativos a elementos semelhantes Assim, as guardas seriam consideradas no sub-capítulo
Guardas, balaustradas e corrimãos, e os cobertores, espelhos e rodapés, no sub-capítulo Revestimentos
e guarnecimentos de madeira.
c) Os patamares, para efeito de medição, serão sempre considerados como fazendo parte dos pavimentos.
b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto dos elementos principais e aces-
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
sórios, com indicação das seguintes características, além das indicadas nas Regras Gerais deste capítu-
lo:
- constituição
- tipo de movimento ou modo de abrir;
- número de folhas móveis e fixas
- dimensões;
- tipo de ferragens.
c) Os guarnecimentos de vãos de portas serão medidos separadamente em rubrica própria A medição dos
guarnecimentos será feita em m, com indicação das respectivas secções.
d) A medição de grades e caixilhos fixos, ainda que de dimensões diferentes, compostos por elementos
2
semelhantes, poderá ser realizada conjuntamente em m
e) No enunciado da medição, deverá indicar-se sempre as medidas dos elementos e as dimensões totais
entre faces do enquadramento do vão ou entre faces do guarnecimento do vão no caso deste não ser de
madeira.
f) Os estores serão considerados no capítulo Elementos de Equipamento Fixo e Móvel de Mercado. As
caixas de estore serão medidas à unidade (un).
g) A medição dos vidros será incluída no capítulo relativo a Vidros.
h) Sempre que for conveniente, as ferragens e outros elementos secundários poderão ser medidos sepa-
radamente em rubricas próprias sendo, neste caso, a medição de cada peça realizada à unidade (un),
excepto os elementos com forma de perfil ou de fita que serão medidos em m.
11.8 Equipamentos
a) As medições dos elementos de equipamento serão agrupadas nas seguintes rubricas:
- Equipamento fixo
- Equipamento móvel
b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), incluindo todos os elementos principais e acessó-
rios.
2
c) Os armários fixos integrados em paredes poderão ser medidos em m desde que as gavetas e pratelei-
ras sejam medidas separadamente à unidade (un), ou constem apenas de aros e portas. Neste caso, as
medidas para a determinação das medições serão as da superfície vista do exterior.
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
12. SERRALHARIAS
b) As medições serão individualizadas em rubricas próprias de acordo com as suas principais característi-
cas, nomeadamente as seguintes:
- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;
- secções nominais e forma dos elementos constituintes;
- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;
- tipo de protecção e acabamento
- condições de execução.
f) Regra geral, a pintura e outros acabamentos semelhantes serão considerados na rubrica Pinturas, prin-
cipalmente quando estes trabalhos forem executados no estaleiro. No entanto, a medição compreenderá
a decapagem e a aplicação sobre os elementos duma protecção, sempre que as especificações do pro-
jecto exigirem a execução destes trabalhos antes do fornecimento daqueles elementos.
b) Regra geral a medição será realizada à unidade (un) para o conjunto das partes principais (guarneci-
mentos ou aros, caixilhos fixos ou folhas móveis) e acessórios, e individualizadas em rubricas próprias
de acordo com indicação das seguintes características:
- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;
- secções nominais e forma dos elementos constituintes;
- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;
- tipos de revestimento e de acabamento;
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- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade à água e resistência acções do vento (AEV)
- tipo de movimento ou modo de abrir;
- número de folhas móveis e fixas;
- dimensões;
- tipo de ferragens.
c) Nos casos em que o único elemento metálico do vão seja o aro ou o guarnecimento a medição será em
m.
d) A medição de caixilhos fixos e grades ainda que de dimensões diferentes mas de composição seme-
2
lhante, poderá ser realizada conjuntamente em m . A medição dos respectivos aros considera-se incluí-
da naquela área.
e) No enunciado da medição deverá indicar-se sempre as medidas dos componentes e as dimensões
totais entre faces do enquadramento do vão o medidor deverá considerar as dimensões entre faces inte-
riores do guarnecimento do vão no caso deste não ser metálico
f) Os estores serão considerados no capítulo relativo a Elementos de Equipamento Fixo e Móvel de Mer-
cado. As caixas de estore serão medidas à unidade (un).
g) A medição dos vidros será incluída no capítulo Vidros.
h) Sempre que necessário, as ferragens poderão ser medidas separadamente em rubricas próprias sendo,
neste caso, a medição realizada à unidade (un).
12.3 Fachadas-Cortina
a) As medições serão efectuadas separadamente, conforme os elementos constituam:
- Fachada-Cortina Contínua
- Fachada-Cortina Verticalmente lnserida
b) Regra geral, a medição será realizada ao m para o conjunto dos elementos que constituem a fachada-
cortina (montantes e travessas, bites, vedantes e elementos de fixação)
c) No enunciado da medição deverá indicar-se sempre a designação da fachada-cortina bem como da
indicação das características seguintes:
- natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais;
- meios de fixação e ligação entre peças e de assentamento dos elementos;
- tipos de revestimento e de acabamento
- classe de permeabilidade ao ar, de estanquidade à água e resistência acções do vento (AEV)
- tipo de movimento ou modo de abrir das partes móveis;
- dimensões;
- tipo de ferragens.
b) Regra geral, a medição será realizada em m para o conjunto dos elementos, sendo as medidas deter-
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
minadas pelo desenvolvimento do corrimão.
c) Sempre que necessário, a medição de cada um dos componentes das guardas pode ser feita separa-
damente sendo, neste caso, os balaústres medidos à unidade (un) e os outros componentes em m.
12.5 Revestimentos
a) Regra geral, as medições serão realizadas de acordo com as regras indicadas no capítulo Revestimen-
tos.
b) As estruturas leves ou grades de suporte, para apoio ou fixação de revestimentos, serão medidas em m
12.7 Equipamento
a) As medições de equipamento ou de componentes de equipamento serão agrupadas nas seguintes
rubricas:
- Equipamento fixo;
- Equipamento móvel.
b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), incluindo todos os elementos principais e acessó-
rios. No entanto, sempre que necessário, a medição de cada componente do elemento a medir pode ser
feita separadamente utilizando-se a mesma unidade de medição.
c) As portas de elementos de equipamento cujas outras partes são executadas com material não metálico,
serão medidas segundo as regras indicadas na rubrica Portas, janelas e outros elementos em vãos,
nomeadamente na alínea c)
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
13. PORTAS E JANELAS DE PLÁSTICO
b) Regra geral, a medição será realizada à unidade (un), para o conjunto de elementos principais e aces-
sórios comuns, com indicação das suas características, nomeadamente:
- caracterização e especificação dos perfis adoptados, do plástico utilizado e da cor escolhida.
- tipo, descrição e localização dos reforços incorporados
- meios de ligação entre as peças das folhas e da fixação destas aos aros ou guarnições
- constituição, número de folhas de cada unidade e tipo ou modo de abrir
- dimensões.
- tipo e material de constituição das ferragens de movimento e manobra e respectivo acabamento.
- quando com zonas envidraçadas, caracterizar o modo e/ou material de fixação dos vidros.
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14. ISOLAMENTOS E IMPERMEABILIZAÇÕES
b) No enunciado da medição devem ser explicitadas as características dos materiais, bem como o seu
modo de colocação em obra, nomeadamente:
- natureza dos materiais constituintes;
- condições de execução.
14.2 Isolamentos
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
c) Em cada um destes parágrafos, as medições devem ainda separar-se em rubricas, consoante as carac-
terísticas do tipo de isolamento preconizado nomeadamente:
- isolamento com placas ou mantas;
- isolamento com material a granel ou moldado “in situ”;
- sistemas de isolamento composto.
a) A medição de isolamentos aplicados com desenvolvimento em superfície e executados quer por placas
2
ou por mantas, será realizada em m
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
b) A medição de isolamentos com desenvolvimento linear, de largura constante e limitada, executados com
placas ou bandas, será realizada em m (definindo-se a respectiva largura).
14.3 Impermeabilizações
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Técnicas de Medições e Orçamentos de Obras
a) As camadas de forma de espessura variável para a realização de pendentes em coberturas em terraço
2
serão medidas em m de superfície coberta, devendo ser indicada a sua espessura média. No caso de
não ser atribuída ao empreiteiro de impermeabilizações a realização daquela camada de forma, a sua
medição deverá ser incluída em geral no capítulo Revestimentos, ou particularmente no capítulo Isola-
mentos, se se tratar de camadas com função simultânea de isolamento térmico
b) A medição do sistema de impermeabilização - betume asfáltico vazado a quente, emulsões betumino-
2
sas, feltros ou telas betuminosos, membranas betuminosas ou sintéticas, etc. - será efectuada em m de
superfície coberta. Esta superfície é calculada a partir das faces das platibandas ou dos bordos interiores
das caleiras perimetrais, quando estas existam.
c) A medição de caleiras, relevos e protecções da impermeabilização, na sua ligação a platibandas e cons-
truções emergentes da cobertura (muretes de juntas de dilatação aberturas de iluminação ou ventilação
etc.), será realizada em m. No caso de elementos de pequena dimensão - com desenvolvimento inferior
a 1,00 m a medição deverá ser realizada por unidade (un). No caso de aberturas de ventilação ou ilumi-
nação de pequena dimensão justifica-se a sua medição à unidade (un).
2
d) A medição de camadas de protecção da impermeabilização será efectuada em m de superfície coberta,
com indicação da sua espessura e constituição. Consideram-se camadas de protecção, somente as rea-
lizadas pelo empreiteiro de impermeabilização. Assim, revestimentos de ladrilhos ou lajetas de som-
breamento devem ser medidos no capítulo Revestimentos.
e) As superfícies das aberturas de esgotos pluviais, de chaminés ou de outros elementos só serão deduzi-
das, nas camadas de forma, impermeabilização e camadas de protecção, quando as suas áreas forem
iguais ou superiores a 1,00 m
f) Todos os trabalhos complementares de drenagem de águas pluviais - rufos, funis, grelhas de protecção,
tubos de queda - serão medidos pelas regras indicadas no capítulo relativo a Coberturas.
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14.3.5 Impermeabilização de juntas
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15. REVESTIMENTOS DE PAREDES, PISOS, TECTOS E ESCADAS
c) Em regra, as diferentes camadas que constituem os revestimentos serão medidas em rubricas separa-
das, sobretudo se forem de materiais diferentes.
d) Sempre que conveniente, as camadas referidas na alínea anterior poderão ser agrupadas na mesma
rubrica
e) As medidas dos revestimentos serão obtidas a partir das cotas indicadas no projecto, ou directamente
na obra, de modo a traduzirem, regra geral, a totalidade da superfície a revestir, não sendo deduzíeis as
juntas de assentamento desses revestimentos.
f) As medições das superfícies a revestir incluem as respectivas arestas
g) As medições englobam o fornecimento de materiais e todas as operações (carga, transporte, descarga,
preparação e aplicação dos materiais, montagem e desmontagem de andaimes. limpezas etc.) necessá-
rias à execução dos revestimentos.
h) Sempre que necessário, as operações referidas na alínea anterior poderão ser separadas em rubricas
próprias.
2
a) A medição será realizada em m
b) As medições serão efectuadas separadamente, conforme as superfícies dos paramentos sejam:
- verticais ou inclinadas;
- planas ou curvas;
- com outras formas;
c) A determinação das medidas para a elaboração das medições, obedecerá, em geral, regras seguintes:
1- As medidas a considerar são as das cotas de limpos das superfícies vistas.
2- No caso de superfícies irregulares a medição será determinada a partir da área de projecção da superfície a revestir sobre a
superfície de base
e) Os revestimentos das cornijas serão medidos em rubricas próprias. A medição será realizada em m ou
2
m consoante for mais indicado
f) Os revestimentos dos pilares isolados, colunas, embasamentos, socos ou outras partes isoladas da obra,
2
serão medidos em m , em rubricas próprias
2
g) Os frisos, as alhetas, as molduras e outros elementos de guarnecimento serão medidos em m ou m o
respectivo comprimento será determinado sobre a superfície de base destes elementos
h) Os rodapés, as sancas e outros elementos de transição entre paredes e pavimentos ou tectos, serão
considerados respectivamente nas rubricas de revestimentos de pavimentos ou escadas e de tectos.
i) As áreas sob os rodapés serão consideradas sempre que a altura destes elementos não exceder 0,10 m.
Para alturas superiores, as áreas sob os rodapés só serão medidas quando estes forem assentes sobre
os revestimentos dos paramentos.
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2
a) A medição será realizada em m
b) As medições serão efectuadas separadamente, de acordo com as características das superfícies:
- horizontais e inclinadas;
- curvas;
- de outras formas.
c) A medição será determinada a partir das cotas de limpos das superfícies vistas incluindo as áreas cor-
respondentes aos enxalsos e aos vãos das paredes. Regra geral, devem considerar-se as áreas sob os
rodapés.
d) Quando os revestimentos dos pavimentos não forem horizontais ou planos, as medições serão realiza-
das de acordo com as dimensões efectivas
e) As áreas correspondentes a pilares, colunas, chaminés e outros elementos ou as relativas a aberturas
(para a passagem de condutas, canalizações, etc.) só serão deduzidas quando a cada elemento ou
2
abertura corresponder uma superfície de pavimento superior a 0.25 m
f) Os rodapés serão discriminados em rubricas próprias com a indicação da sua secção. A medição será
realizada em m. O comprimento será medido sobre o paramento em que o rodapé estiver colocado
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a) A medição será efectuada separadamente, para os patins, degraus, guarda chapins, rodapés e outros
elementos.
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b) A medição dos patins será realizada em m
c) O revestimento das superfícies inferiores dos lanços e patins será incluído em rubrica própria de acordo
com as regras estabelecidas para os tectos.
d) Os topos vistos dos lanços e patins nas escadas com bomba ou de leque serão medidos em rubricas
próprias. Quando de madeira, ou de pedra, serão incluídos nos capítulos respectivos.
e) A medição do revestimento dos degraus será efectuada separadamente para espelhos e pisos, de acor-
do com as unidades seguintes:
- para revestimentos contínuos, m2
- para revestimentos com peças lineares, em m.
f) Os focinhos dos degraus, quando executados de material diferente, serão medidos em m, em rubricas
próprias. Se forem metálicos ou de pedra, serão incluídos nos respectivos capítulos. As faixas anti-
derrapantes, incluídas por vezes no revestimento dos pisos dos degraus, serão medidas em rubricas
próprias, em m, com indicação das suas dimensões (largura e espessura)
g) As regras de medição e as unidades respectivas das medições de guarda-chapins (ou rodapés recorta-
dos), rodapés e outros elementos, serão os já indicados neste capítulo para elementos semelhantes. No
entanto, os rodapés dos lanços de escada serão medidos separadamente dos relativos aos patins.
c) As medições serão determinadas a partir das cotas de limpo das superfícies. Os revestimentos das
superfícies das vigas serão incluídos nos revestimentos de paredes ou dos tectos, conforme se situem
no prolongamento das paredes ou nos tectos.
d) Quando os revestimentos de tectos não forem horizontais ou planos, as medições serão realizadas de
acordo com as dimensões efectivas
e) As áreas correspondentes a pilares, colunas, chaminés e outros elementos e os relativos a aberturas
(para passagens de condutas, canalizações e armaduras de instalações de iluminação, etc.) só serão
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deduzidas quando a cada elemento ou abertura corresponder uma superfície superior a 0.25 m
f) As sancas, molduras e outros elementos de guarnecimento serão discriminados em rubricas próprias
com indicação da sua secção. A medição será realizada em m; o comprimento será determinado sobre o
paramento em que estes elementos forem executados ou colocados.
g) Os elementos de suporte dos revestimentos de tectos falsos serão, em geral, discriminados em rubricas
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próprias, com indicação da sua constituição e respectivos elementos. A medição será realizada em m
2
h) A medição dos tectos falsos por componentes será também realizada em m e separada em rubricas
próprias, de acordo com a constituição e as dimensões dos componentes.
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16. REVESTIMENTOS DE COBERTURAS INCLINADAS
c) As medições serão obtidas a partir do projecto, ou directamente na obra, de modo a traduzirem a verda-
deira grandeza das dimensões dos elementos
d) As dimensões englobam o fornecimento dos materiais e acessórios e todas as operações necessárias à
execução dos revestimentos
e) Sempre que necessário, as operações indicadas na alínea anterior poderão ser separadas em alíneas
próprias.
f) Os elementos especiais de cobertura, como telhas-passadeiras, ventiladoras, etc., poderão, se necessá-
rio, serem medidos em separado
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a) As medições das águas ou tacaniças de uma cobertura de telhado serão realizadas em m de modo a
traduzirem o desenvolvimento total da superfície a revestir.
b) As áreas correspondentes à intersecção de outros elementos (chaminés, ventilações, etc.), só serão
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deduzidas quando superiores a 1,00 m
c) Os beirados, quando constituam um trabalho distinto do restante revestimento da cobertura, serão
medidos em rubrica própria, com indicação da natureza do material de que são executados. A medição
será realizada em m. Os cantos ou tornejos, sempre que executados com peças especiais, serão medi-
dos em rubrica própria, e a medição feita à unidade (un).
d) As cumieiras, rincões e Iarós serão discriminadas em rubricas próprias, com indicação da natureza do
material de que são executadas. As medições serão realizadas em m.
e) Na medição do revestimento da cobertura das trapeiras, serão tidas em consideração as regras formu-
ladas anteriormente.
f) As medições do revestimento de superfícies verticais com material idêntico ao das coberturas, será feito
de acordo com as regras anteriores.
g) As telhas de vidro e elementos de ventilação não constituídos por caixilhos serão medidos à unidade
(un).
h) Os acrotérios, coroamentos das paredes, as balaustradas, as grades de resguardo, escadas e patins
para limpeza de chaminés e outros elementos afins, serão medidos nos respectivos capítulos de acordo
com o material de que são executados.
i) As chaminés, ventiladores e respiros, quando constituindo parte de instalações ou trabalhos medidos em
capítulos próprios (chaminés de alvenaria, ventilações de esgoto, etc.) não serão incluídos neste capítulo
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17. VIDROS E ESPELHOS
b) Os materiais semelhantes ao vidro e com as mesmas funções serão medidos pelas mesmas regras.
c) As medições deverão indicar as referências de identificação dos suportes de vidro, ou locais de aplica-
ção mencionados no projecto, de forma a permitir a sua verificação.
d) A medição compreenderá o fornecimento, corte e colocação, incluindo os materiais de fixação e de
vedação
e) Na medição de espelhos, além das características enunciadas na alínea a), devem ser consideradas
também as seguintes:
- qualidade de espelhagem;
- tipo de cobertura do tardoz;
- tipo de acabamento de arestas, de decoração, número de furos, etc.;
- tipo de fixação e acessórios.
f) As medidas para o cálculo da medição de chapas de vidro ou de espelho serão sempre obtidas do
menor rectângulo circunscrito, com arredondamento ao cm nas medidas lineares.
b) Os guarnecimentos de vãos e os aros serão medidos nos capítulos relativos à natureza dos respectivos
trabalhos.
c) As medidas para a caracterização das medições serão as das folhas.
17.6 Espelhos
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a) Regra geral, a medição de espelhos será realizada à unidade (un), incluindo ferragens, com indicação
das respectivas dimensões.
b) Os espelhos integrados em caixilhos serão medidos pelas regras indicadas em chapa de vidro em caixi-
lhos.
c) Os espelhos com função de revestimentos (por exemplo em casas de banho, integrados em mobiliário,
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etc) serão medidos em m
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18. PINTURAS
b) As medições serão em regra ordenadas em grupos correspondentes à natureza dos trabalhos relativos
à execução dos elementos a pintar. Dentro de cada grupo, a ordenação será idêntica à adaptada no
capítulo relativo a esses trabalhos
c) A medição englobará todas as operações relativas à execução dos trabalhos de pintura, nomeadamente
os de fornecimento e preparação de materiais, os trabalhos de preparação das superfícies e preparató-
rios de pintura e a pintura propriamente dita, com seu acabamento.
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d) Regra geral, as pinturas, principalmente as de grandes superfícies, serão medidas em m com as
excepções indicadas nas alíneas das rubricas seguintes.
e) As medidas para a determinação das medições serão, em geral, as estabelecidas no capítulo relativo a
Revestimentos. No caso de superfícies irregulares ou superfícies onduladas, a medição será determina-
da a partir da área de projecção da superfície a pintar sobre a superfície de base e separada em rubricas
próprias, O acréscimo não considerado será incluído no respectivo preço unitário.
f) As medições de pintura de perfis cujo perímetro pintado não exceda 0,30 m serão feitas em m e agrupa-
das em rubricas correspondentes a 3 classes de dimensões do perímetro pintado
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g) Os perfis com perímetro pintado superior a 0,30 m serão medidos em m . A área de pintura será obtida
pelo produto do desenvolvimento do perímetro pintado pelo comprimento do perfil.
h) A medição da pintura de tubos e condutas será realizada de acordo com as regras indicadas nas alíneas
f) e g) anteriores, O perímetro pintado será determinado a partir do diâmetro exterior.
i) A pintura de pequenas peças isoladas será medida à unidade (un)
j) Os trabalhos especiais de pintura, como por exemplo os de decoração, não são objecto destas regras. O
medidor deverá indicar no enunciado da medição destes trabalhos as regras que adoptar.
l) Quando os elementos de construção são fornecidos para a obra já pintados, a medição da pintura pode-
rá ser incluída nos trabalhos de execução daqueles elementos, conforme foi referido nas alíneas f) dos
capítulos Carpintarias e Serralharias.
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19. ACABAMENTOS
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20. INSTALAÇÕES DE CANALIZAÇÃO
f) Regra geral, a medição da canalização será realizada em m, incluindo os acessórios dos tubos. As
medidas serão determinadas entre eixos dos equipamentos a ligar.
g) Regra geral, o equipamento será medido à unidade (un), segundo as características próprias de cada
componente, (torneira, esquentador) ou elemento de construção (fossa séptica, câmara de visita).
h) A medição dos roços será realizada em m, segundo as medidas indicadas para as respectivas canaliza-
ções. As furações no tosco para atravessamentos de canalizações ou fixações de cada elemento de
equipamento serão medidas à unidade (un), incluindo os acompanhamentos com argamassa ou a
chumbagem. A execução de reservas em elementos de betão, antes da realização das betonagens, não
serão medidas separadamente, devendo considerar-se incluídas nos preços de execução daqueles ele-
mentos.
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b) As regras de medição das canalizações, do equipamento e acessórios serão idênticas indicadas para as
Instalações de Esgoto Doméstico ou de Águas Residuais.
c) Os acessórios especiais, como os ralos, os funis, as abas e outros elementos especiais destas redes,
serão medidos à unidade (un), com indicação das respectivas características.
b) A medição do tubo de queda será realizada em m, incluindo todos os acessórios. As medidas serão
determinadas entre as extremidades superior e inferior do tubo de queda
c) As bocas de descarga do lixo serão medidas à unidade (un), incluindo a respectiva portinhola. Deverão
indicar-se as características da boca de descarga (se de forquilha simples ou dupla, ou outras) e da por-
tinhola
d) O sistema de ventilação será medido à unidade, incluindo toda a aparelhagem e acessórios. Deverão
indicar-se as características da ventilação, nomeadamente se estática ou dinâmica e neste caso quais os
caudais a debitar. No entanto, a conduta de ventilação poderá ser medida separadamente em m, incluin-
do todos os acessórios e ligações.
e) O sistema de limpeza será medido à unidade (un), com inclusão de todos os elementos principais
(espalhador de água, escovilhão, roldanas, etc.) e acessórios. A alimentação de água a este sistema
será incluída na medição relativa a Distribuição de Água.
f) O sistema de recepção de lixos será também medido à unidade (un), incluindo-se nesta rubrica todos os
elementos principais (fecho ou tremonha do tubo de queda, sistema de incineração, baldes ou carrinhos,
etc.) e acessórios e indicando-se as respectivas características
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21. INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS
b) As medições dos trabalhos que normalmente são da atribuição do empreiteiro geral ou de toscos, serão
considerados separadamente em grupo próprio ou nos capítulos referentes a esses trabalhos
c) De acordo com as indicações de execução das instalações, as medições serão individualizadas nas
seguintes rubricas:
- instalações enterradas
- instalações embebidas em roço;
- instalações embebidas no betão
- instalações à vista;
- instalações aéreas (suspensas em catenária)
g) As medições dos tubos de protecção serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as
suas características, nomeadamente:
- tipo e natureza do material constituinte
- diâmetro normalizado.
h) As medições das caixas serão individualizadas em rubricas próprias, de acordo com as suas caracterís-
ticas, nomeadamente:
- tipo de caixa (caixa de derivação, caixa de passagem ou funda, caixa de aparelhagem e caixa terminal);
- natureza do material constituinte;
- dimensões.
i) A medição dos roços será realizada em m, sendo as medidas a considerar as dos tubos a que se desti-
nam. As furações para travessias não serão medidas separadamente, devendo considerar-se incluídas
no preço unitário de outros trabalhos.
c) A medição do cabo de alimentação será realizada em m, sendo as medidas determinadas entre eixos de
equipamentos a ligar. No enunciado das medições, serão descritas as características referidas na alínea
f) das Regras gerais deste capítulo
d) Nos casos em que a tensão de serviço for superior a 1 kV, deverá especificar-se o tipo de ligação do
neutro da rede de distribuição que vai alimentar esse cabo (neutro à terra ou neutro isolado).
e) A medição da portinhola será realizada à unidade (un), especificando-se as características dos elemen-
tos constituintes (caixa, corta-circuitos, fusíveis, bornes, terminais, etc.).
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f) A medição do posto de transformação e quadro geral de baixa tensão engloba os seguintes elementos:
- chegada;
- saída;
- corte geral;
- contagem;
- corte e protecção;
- transformador de potência;
- quadro geral de baixa tensão;
- terras;
- estrutura para o equipamento.
g) A medição será realizada à unidade (un), para cada um dos elementos indicados na alínea anterior, ou
para o conjunto destes elementos, consoante o critério do medidor.
h) A medição terá em consideração os elementos que são fornecidos pela empresa fornecedora de energia
eléctrica
i) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderão ser medidas separadamen-
te em rubricas próprias.
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h) As lâmpadas das armaduras serão medidas em rubrica individualizada, de acordo com as suas caracte-
rísticas, isto é, o tipo, a potência e a tensão de serviço.
i) As operações de fornecimento e as de assentamento ou montagem poderão ser medidas separadamen-
te em rubricas próprias.
b) A medição das instalações indicadas na alínea anterior será efectuada segundo as regras estabelecidas
no sub-capítulo anterior (Instalações de iluminação, tomadas e força-motriz).
c) A medição da instalação de sinalização será decomposta nas rubricas seguintes:
- tubos de protecção;
- caixas;
- cabos e condutores;
- aparelhagem de manobra;
- quadro de alvos.
d) A medição da instalação de telefone de porta e porteira será decomposta nas rubricas seguintes:
- tubo de protecção
- caixas;
- cabos e condutores;
- telefones de porta;
- altifalante de porta;
- central.
e) A medição da instalação de campainhas e trinco eléctrico será decomposta nas rubricas seguintes:
- tubos de protecção;
- caixas;
- cabos e condutores;
- aparelhagem de manobra e ligação;
- campainhas;
- trinco eléctrico.
h) A medição da instalação da antena colectiva de TV e TSF será decomposta nas rubricas seguintes:
- tubos de protecção;
- caixas;
- cabos;
- aparelhagem de ligação;
- antenas.
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22. ASCENSORES E MONTA-CARGAS
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23. ELEMENTOS DE EQUIPAMENTO FIXO E MÓVEL DE MERCADO
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24. INSTALAÇÕES DE AQUECIMENTO POR ÁGUA OU VAPOR
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