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Ano 22 î Edição 256 î

CONTEÚDO Janeiro de 2018

Fotos de capa:
Claudio Gatti,
Correio
Dúvidas e comentários dos leitores 6 Jefferson Allan,
Zé Paiva e Divulgação

Grande Angular
Notícias e novidades 8
Foto do Mês
Um clique especial do fotojornalismo 14 Fotografia de arquitetura
Dicas sobre o setor de dois especialistas 50
Revele-se
Fotos dos leitores em destaque 16 MACROFOTOGRAFIA
As incríveis imagens
Portfólio do Leitor
O trabalho de Meysa Medeiros 22 de Jefferson Allan

56
Jefferson Allan
Foto para decoração de ambientes
Como é esse mercado e como entrar nele 26
Claudio Gatti

30 novas lentes
para seu kit
Confira lançamentos

36 de Canon, Nikon, Sony,


Fuji, Panasonic....
Divulgação

Retratos inesperados
O estilo atrevido de Claudio Gatti 62
Sergio Ranalli

Teste da nova Outex


Avaliamos na prática a capa à prova d’água 70
Lição de Casa
Dicas para usar lentes mais luminosas 74
Raio X
80

DRONE & FOTOJORNALISMO


44 As fotos dos leitores comentadas

FilmMaker
Os segredos para fazer timelapse 86
Dois fotógrafos que o usam com criatividade
Fique por Dentro
Exposições, concursos e cursos 92
2IVMQZW v 3
CARTA AO LEITOR

E
Diretores:
Aydano Roriz [XMZWY]M^WKÉKIZWTMQ\WZ\MVPI\QLW]UIÒ\QUIXI[[IOMULMIVW
Luiz Siqueira
Tânia Roriz +PMOIUW[MU MXZMXIZM[M"M[\MXZWUM\M[MZ]UIVWLMU]Q
Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz
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Diretor Executivo: Luiz Siqueira KIMW[MO]VLWLMLMâVQÆÔM[Y]MXWLMUVW[TM^IZIKWUMÆIZI[IQZLW
Diretor Editorial e Jornalista Responsável:
Roberto Araújo – MTb.10.766 – araujo@europanet.com.br \ÙVMTWVLMIY]MTIT]bQVPI\ÉV]MTÀVWâUVW[LÀ]UIVM[OILMM[XM
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REDAÇÃO UMV\M-[XMZWMVKWV\ZIZIT]bUI\ÈZQIXZQUIXIZIVÒ[LINW\WOZIâIM[QVITLM
Diretor de Redação: Sérgio Branco (branco@europanet.com.br) ]UN]\]ZWUIQ[XZÒ[XMZWXIZIM[[MXW^W\WLWY]MVÂWUMZMKM\IV\IXMV]UJZI
Editor-contribuinte: Mário Fittipaldi
Repórteres: Livia Capeli e Juliana Melguiso (estagiária) +WVNM[[WY]M[MUXZMILUQZMQY]MU[IJMNIbMZ]UZM\ZI\WKZQI\Q^W5Q
Editora de arte: Izabel Donaire
Revisão de texto: Denise Camargo VPIILUQZIÆÂW[MIUXTQIU]Q\WY]IVLWM[[M\QXWLMZM\ZI\WÈXZWL]bQLW
Colaborador especial: Diego Meneghetti XWZ]UNW\WRWZVITQ[\IY]I[M[MUXZMVIKWZZMZQI[MUW\MUXWVMKM[[ÀZQW
Colaboraram nesta edição: Carla Durante, Guilherme Mota e
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4 v.W\WOZINM5MTPWZVo 256
CORREIO
dúvidas e comentários dos leitores

FotograFia De beleza
Sempre fiquei em dúvida so-
bre o que era exatamente fotografia
de beleza. Com a reportagem feita
por vocês na edição 255, tudo ficou
bem mais claro. Entendi o conceito
e a finalidade. Como tenho vontade
de me especializar em moda (ainda
estou estudando fotografia), a foto-
grafia de beleza também passou a
me interessar.
Francisco gomes Júnior,
rio de Janeiro (rJ)

Desafio Fotografe NikoN Fora


Quero parabenizar a loja Angel
Fotos pelos 20 anos e lamentar a
E ntre os dias 27 de novembro e 8
de dezembro de 2017 foi reali-
zado o Desafio Fotografe com o te-
cipalmente por ter pais fotógrafos e
viver entre as lentes das câmeras.
“Meu filho é apaixonado pelos equi-
decisão da Nikon de encerrar suas
operações no Brasil, conforme rela-
tado na edição 255. Durante muitos
ma “Garotada Sapeca”. A foto es- pamentos e fica doido para segurar
anos tivemos de aguentar os preços
colhida pela redação foi a de Ale- as câmeras, olhar pelos visores e
abusivos da T.Tanaka e, quando veio
xandre Londe, de Uberlândia (MG), ver as imagens. Então, para incenti-
oficialmente para o Brasil, isso mu-
que teve um total de 103 interações, var isso, demos a ele uma pequena
dou radicalmente. Mas durou pou-
entre curtidas, comentários e com- câmera de brinquedo”, diz Londe.
co. Espero que a representação não
partilhamentos. O autor da foto con- Ele usou uma Canon EOS 6D com
volte para as mãos da T.Tanaka ou-
ta que a ideia surgiu quando seu fi- lente 24-70 mm para fazer a foto,
tra vez, se é que vai haver represen-
lho, Samuel, de dois anos, começou além de disparar o flash Canon 580
tante da marca no País. Torço para
a se interessar por fotografia, prin- EXII para preencher as sombras.
que a Nikon se recupere. Gosto mui-
o pequeno to dos produtos dela.
Alexandre Londe

Samuel faz Henrique oliveira,


uma “foto” São Paulo (SP)
de seu carro
com uma
câmera de CatariNeNSe
brinquedo Adorei a matéria sobre meu tra-
balho, publicada na edição 255. Mas
peço que na próxima edição seja fei-
ta uma errata corrigindo minha cida-
de para Joinville, em Santa Catarina,
e não Curitiba, no Paraná.
renato Machado, via e-mail

Correção No gráFiCo
Na edição 253, no teste da Ca-
non EOS Rebel T6, na página 63, o
SENSIBILIDADE ISO 100 200 400 800 1.600 3.200 6.400
gráfico que se refere ao ruído digi-
Canon Rebel T6i Canon Rebel T6 tal veio com a palavra “Errado!” im-
ruíDo Digital A partir daqui, as pressa sobre uma das curvas. Creio
fotos precisam de que era um aviso para mudar o grá-
ACEITáVEL ATé redução de ruído
fico e isso não foi feito.
iSo 3.200 Felipe Murro Capeli, via e-mail

Quanto mais alta a curva,


mais ruído há na imagem
O leitor tem razão. O gráfico saiu
com erro. Veja ao lado o correto.

6 • Fotografe Melhor no 256


GRANDE ANGULAR
notícias e novidades

Uma família de
+DUROGR3DOR-U

mico-leão-dourado
registrada por
Haroldo Palo Jr.

Fotografia de natureza perde expoente com


morte de Haroldo Palo Jr.
A
O mestre Haroldo o lado do carioca Luiz Claudio Marigo, lho realizado pelo pesquisador francês Jacques
dedicava-se que morreu em 2014, o fotógrafo pau- Cousteau, na década de 1980. Também esteve
à fotografia lista Haroldo Palo Jr., 64 anos, era vis- em duas expedições à Antártica, em 1984 e 1995.
de natureza to como um dos pioneiros da fotografia de na- Entre seus trabalhos mais conhecidos co-
desde 1979 tureza e vida selvagem no Brasil. Mas um infar- mo documentarista está a produção da par-
to fulminante, no dia 25 de novembro de 2017, te brasileira de Plane-
também encerrou a carreira desse mestre, que ta Terra, série realiza-
era formado em Engenharia pela USP e ini- da pela BBC que mos-
ciou a carreira em fotoclubes no interior de São tra um olhar sobre a
Paulo. Ao contrário de Marigo, que também te- natureza ao redor do
ve um infarto, mas não chegou a ser socorrido mundo. Haroldo parti-
mesmo estando diante de um hospital no Rio cipou também da pro-
de Janeiro (RJ), Haroldo foi resgatado por uma dução de cerca de 60 li-
unidade do Serviço Móvel de Atendimento (Sa- vros, tanto no Brasil co-
mu) de São Carlos, mas não resistiu. mo no exterior, além de
Foi a partir de 1979 que Haroldo passou a lançar uma coleção de
se dedicar inteiramente ao segmento que es-
colheu e que o levaria a ser um dos mais re-
Fotos:$UTXLYR

nomados fotógrafos e documentaristas bra- Em campo, ele filmava


sileiros. E um dos momentos marcantes de e fotografava; chegou a
sua carreira foi quando ele liderou uma equipe fazer documentário de
de expedição à Amazônia, parte de um traba- televisão para a BBC

8 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
cinco livros sobre paisagens e retra-
tos, com cerca de 600 de seus me-
lhores registros.
Em parceria com o ornitólogo Rolf
Grantsau, lançou O Guia das Aves do
Brasil, considerado o mais completo
do País. Em 2017, lançou o guia Bor-
boletas do Brasil, em três volumes,
que apresenta 4.586 espécies e sub-
espécies em cerca de 4 mil imagens.

'LYXOJD©¥R
Tinha ainda o livro Besouros do Brasil
em fase de finalização.

UM MESTRE Sebastião Salgado está ao lado de outros três fotógrafos na Academia francesa
“Mais do que um fotógrafo era um
professor de todos nós aqui em São
Carlos. Ele dedicou sua vida não só ao SALGADO ENTRA PARA A
registro da natureza mas denunciou
os abusos cometidos contra ela. Tor-
nou-se uma espécie de guru da foto-
Academia de Belas-Artes da França
PGRVPDLVUHQRPDGRVIRWµJUD- H[LVWHQWHVãDO«PGH6DOJDGRIRUDP
grafia, fazendo palestras, dando cur-
sos e respondendo às perguntas mais U IRV GR PXQGR 6HEDVWL¥R 6DO-
JDGR VH WRUQRX R SULPHLUR EUDVLOHL-
QRPHDGRVRVIUDQFHVHV-HDQ*DXP\
H<DQQ$UWKXV%HUWUDQGHRPDUUR-
básicas sobre enquadramento, iden-
tificação de espécies e tratamento de URDLQWHJUDUD$FDGHPLDGH%HODV TXLQR%UXQR%DUEH\2EUDVLOHLURIRL
imagens”, conta Ricardo Japur, fotó- $UWHV GD )UDQ©D FULDGD HP  DSUHVHQWDGRSRU%HUWUDQGTXHIH]D
grafo e leitor de Fotografe. (OHWRPRXSRVVHGHXPDGDVFDGHL- DEHUWXUDGDSRVVHUHVXPLQGRDWUD-
Como um verdadeiro discípulo, Ri- UDVGHVWLQDGDV¢IRWRJUDILDGD$FDGH- MHWµULD GHOH $WXDOPHQWH 6HEDVWL¥R
cardo conta que, certa vez, atendendo PLDVXEVWLWXLQGRRIRWµJUDIRHWDP- 6DOJDGRVHGHGLFDWRWDOPHQWHDRWUD-
a um pedido dele, Haroldo surpreen- E«PVHXDPLJR/XFLHQ&OHUJXHTXH EDOKRFRPWULERVLQG¯JHQDVQD$PD-
deu a todos visitando uma exposição PRUUHXHP$£UHDGHIRWRJUD- ]¶QLD(OHGLVVHTXHSUHWHQGHVHGH-
fotográfica de novatos numa sorvete- ILDGD$FDGHPLD«XPDGDVPHQRUHV GLFDUDHVVHWHPDSRUPDLVGRLVDQRV
ria de São Carlos. Comentou cada foto FRPDSHQDVTXDWURGDVFDGHLUDV SDUDFRQFOXLURSURMHWR
com respeito, delicadeza e a paciência
de um monge. “Tive a honra de acom-
panhá-lo a uma expedição fotográfi-
ca ao Pantanal Matogrossense e vê-lo
LIVRO PARA MARCAR 60 ANOS DE
em campo. Incansável em seu objeti-
vo, ficava dias na mata atrás de um re-
FOTOJORNALISMO DE SÉRGIO JORGE
gistro. Era uma daquelas raras pesso-
as para quem o dinheiro e o prestígio
ocupam o último lugar na lista de prio-
O mestre Sérgio Jorge está che-
gando aos 64 anos de profis-
são. Para marcar a carreira des-
ridades”, atesta Ricardo. Haroldo Palo se grande fotojornalista, a Mogia-
Jr. deixou três filhos e a mulher, Isado- na Produções Culturais quer edi-
ra, grávida de seis meses. tar um livro, que será financiado
pela plataforma Catarse. O proje-
to visa reunir parte do imenso acer-
vo do fotógrafo, concentrando cer-
ca de 150 imagens, todas em P&B.
A campanha no Catarse ficará no
ar até dia 3 de fevereiro de 2018. As
colaborações começam em R$ 15 e
com R$ 110 o colaborador assegu-
ra um exemplar do livro autogra-
fado por Sérgio Jorge e frete grá-
tis. Para mais informações, acesse
www.catarse.me/sergiojorge.

Menino luta contra o homem


6«UJLR-RUJH

da carrocinha na Freguesia
do Ó, periferia de São Paulo: foto
levou o Prêmio Esso de 1961

-DQHLURí 9
GRANDE ANGULAR

Fotos:7LP:DONHU
Calendário Pirelli 2018
foca na quebra de preconceitos
RQKHFLGRPXQGLDOPHQWHHFRP Uma releitura de
C ODUJDWUDGL©¥RR&DOHQG£ULR3L- Alice no País das
UHOOLYHPWHQWDQGRDFDGDDQRTXH- Maravilhas
EUDU DV EDUUHLUDV GR SUHFRQFHLWR com modelos
TXHHQYROYHPRPXQGRGDDUWH(P negros foi a ideia
DDSRVWD«HPFRQYLGDGRVQH- de Tim Walker
JURVSDUDDUHSUHVHQWD©¥RGHAlice
no País das MaravilhasFO£VVLFRGREULW¤QLFR/HZLV
&DUUROO3DUDID]HUDVIRWRVIRLHVFROKLGRXPFRQ-
WHUU¤QHRGH&DUUROORUHQRPDGR7LP:DONHUUHV-
SRQV£YHO SRU HQVDLRV SDUD UHYLVWDV FRPR Vogue
HW$LGHLD«PHVFODURJODPRXUHDLPDJLQD©¥R
HPLPDJHQVEHPFRORULGDV(QWUHRVPRGHORVHV-
W¥R 5X3DXO GUDJ TXHHQ H DWLYLVWD /*%7 1DRPL
&DPSEHOOPRGHOR/XSLWD1\RQJæRH:KRRSL*RO-
GEHUJDWUL]HVYHQFHGRUDVGR2VFDUHQWUHRXWURV

Morre fotógrafo JUSTIÇA NEGA NOVAMENTE


Shahrokh Hatami INDENIZAÇÃO A SÉRGIO SILVA
do. Silva pede R$1,2 milhão de indeni-
O fotógrafo iraniano Shahrokh
Hatami, conhecido mundialmen-
A Justiça negou, pela segunda vez,
o pedido de indenização do fotó-
grafo Sérgio Silva, que ficou cego de
zação por danos físicos, morais e ma-
teriais, e uma pensão vitalícia de R$
te por coberturas políticas e de cele- um olho durante a cobertura de um 2,3 mil, pois não consegue mais exer-
bridades, morreu em 23 de novembro protesto contra o aumento na tarifa cer a profissão da mesma forma. Em
de 2017 em decorrência de uma in- dos transportes em junho de 2013, no 2016, o mesmo pedido já havia sido
suficiência pulmonar. centro da capital paulista. Os três de- negado em primeira instância – o juiz
Hatami atuou como corresponden- sembargadores do Tribunal de Justi- Olavo Zampol Junior alegou que o fo-
te da agência americana Black Star no ça de São Paulo foram unânimes em tógrafo assumia os riscos de seu tra-
Teerã, durante a queda de Mohamed alegar que a defesa foi incapaz de balho ao se colocar no meio do con-
Mossadegh em 1953, cujas fotos fo- provar que o ferimento foi de fato cau- fronto entre os manifestantes e a polí-
ram publicadas pela revista Life. Traba- sado por um tiro de bala de borracha cia. Mais uma vez, o advogado de Sér-
disparado pela Polícia Militar do Esta- gio Silva vai recorrer.
lhou também para revistas como Elle e
Paris Match, tendo fotografado estrelas
de Hollywood como Elizabeth Taylor e
Sophia Loren, a estilista Coco Chanel,
0(5&$'2%5$6,/(,52-ƒ&+(*$$
entre outras celebri-
dades mundiais. Tam-
9(1'(50,/'521(63250Œ6
'LYXOJD©¥R

bém foi o responsável


por fazer still das pro- A pesar da crise, a dronemania pa-
rece ter tomado conta do Brasil.
Em um evento no início de dezem-
mento de vendas em 2018, pois alega
ter preços competitivos com os prati-
cados no Paraguai e nos EUA, com a
duções de grandes di-
bro de 2017, a Golden Distribuidora vantagem de ter os aparelhos certifi-
retores, como François
– anunciada oficialmente como a re- cados, oferecer assistência técnica e
Truffaut, Roman Po- presentante da chinesa DJI no País parcelamento na venda.
lanski, Jean-Luc Go- – divulgou que o mercado
dard e Woody Allen. O nacional já está vendendo
fotógrafo também é au- 10 mil drones por mês. A
tor das fotos raras dos
¥R

empresa sediada em São


Beatles no início de car-


XOJ

Paulo (SP) trabalha com


'LY

reira na casa de shows uma expectativa de au-


Cavern Club, em Liver-
pool, Inglaterra. Modelo DJI Mavic Pro,
um dos mais vendidos

10 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
GRANDE ANGULAR

O Jalapão pelo olhar de Lester Scalon

/HVWHU6FDORQ
O Parque Estadual do Jalapão, no Tocantins
(TO), sempre desempenhou um grande pa-
pel no cenário da natureza brasileira, principal-
competem com espécies nativas, além da polui-
ção da água nas proximidades do parque.
O livro, em formato 27 x 35 cm (panorâmi-
As paisagens, a
flora e a fauna
do Jalapão estão
mente por sua biodiversidade. O livro que leva o co), 288 páginas e capa dura, contempla parte da muito bem
nome do parque é a prova de que o ambiente e o fauna e da flora da região, contendo cerca de 300 representadas
ecossistema do lugar ainda são um dos mais be- imagens feitas por Scalon e 600 ilustrações rea- no livro que
los patrimônios naturais do País. Idealizado pe- lizadas por Sigrist. Além disso, foram registrados leva o nome
lo fotógrafo Lester Scalon e pelo artista plástico cantos de 100 aves da região que podem ser re- do parque no
Tomas Sigrist, Jalapão marca o momento que a produzidos por meio de um CD que faz parte do Tocantins
região vem enfrentando problemas graves, co- projeto e está anexado ao livro. Publicado pela Avis
mo a degradação ecológica induzida por desma- Brasilis, recebeu benefícios da Lei Rouanet e tem
tamentos, conversão de florestas em plantações preço sugerido de R$ 98. Pode ser adquirido pelo
agrícolas, introdução de espécies exóticas que site da editora, www.avisbrasilies.com.br.

HENRY CARROLL DÁ DICAS Cynthia Barros lança


SOBRE O INSTAGRAM Desnuda Alma
iniciantes (veja mais em Foto-
U ma das redes sociais
com maior impacto na
vida das pessoas atualmen-
grafe 248), reuniu diversas di-
cas para lidar com o aplicati-
O nu sempre foi um tema recorrente tanto na
fotografia como na arte em geral. Por meio
da nudez humana, diversos artistas puderam se
te é o Instagram. Para fazer e vo e também novas formas expressar das mais variadas formas. É o caso de
postar imagens adequadas à de criação de conteúdo para Desnuda Alma, livro de 100 páginas da fotógrafa
finalidade do aplicativo, o fo- a rede, como combinar a fo-
Cynthia Barros e que conta com curadoria de Ju-
tógrafo britânico Henry Car- tografia e o prazer em reali-
roll lançou o livro Leia Isto Se zá-las com os negócios, focar
an Esteves, fotógrafo, professor
p e articulista de Fo-
Quer Ter Muito Sucesso no em um tema fotográfico, en- tografe. A obra apresenta
presenta a busca pela verdadei-
Instagram. Carroll, autor de tre outras. ra essência da humanidade,
manidade, que, segundo a artis-
best-sellers para fotógrafos O livro apresenta mais de ta, transborda das pessoas quan-
50 exemplos de instagram- do elas se libertam das vestimen-
mers (pessoas que usam o tas, que servem apenas para
aplicativo para obter sucesso) aquecer e guardar significados
ao redor do mundo e suas dicas aprisionantes. Cynthia
hia não faz
para se arriscar nesse mundo distinção de sexo, gênero ou
alternativo da fotografia, des- idade, focando apenasnas no la-
de a criatividade até a compo- do humanista. O projeto
ojeto faz
sição e dicas de como realizar parte da ação Incubadora
ubadora
uma boa fotografia. Editado pe- de Artistas e o preçoo suge-
la Gustavo Gilli, o livro tem 130 rido do livro é de R$$ 100.
páginas, formato 17 x 17 cm e Ele pode ser encontrado
ntrado
preço sugerido de R$ 59. Pode pelo site www.inclusi-
lusi-
ser encontrado nas principais va.com.br.
livrarias do Brasil.

12 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
FOTO DO MÊS
o melhor do fotojornalismo

dois Instantes
de São Paulo
RLV IRWµJUDIRV UHJLVWUDUDP DFRQWHFL-

D PHQWRV GLIHUHQWHV HP SRQWRV GLVWLQ-


WRVGR(VWDGRGH6¥R3DXORFRLQFLGHQ-
WHPHQWHQRGLDGHQRYHPEURGH(V-
VDIRLXPDGDVUD]·HVDO«PGDTXDOLGDGHGDV
LPDJHQV SDUD D HVFROKD GH GXDV )RWRV GR
0¬V QHVWD HGL©¥R (QTXDQWR DFRQWHFLD XP
HQFRQWURGHWURSHLURVHP6¥R)UDQFLVFR;D-
YLHUQD6HUUDGD0DQWLTXHLUDDTXLO¶PH-
WURVGDFLGDGHGH6¥R3DXORQD]RQD/HVWHGD
PHWUµSROHDSDUWLGDHQWUH&RULQWKLDQV[3DO-
PHLUDVSHOR&DPSHRQDWR%UDVLOHLURHPRFLR-
QDYDRVWRUFHGRUHVQD$UHQD&RULQWKLDQV
1R9DOHGR3DUD¯EDDOJXQVWURSHLURVVH
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IRWµJUDIR5«JLV)LOKRREVHUYDYDWXGRGROD-
GRGHIRUD&RPFHUWDGLVFUL©¥RHWHQGRXP
smartphoneFRPRHTXLSDPHQWRHOHFRQVH-
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IRWµJUDIRTXHXVRXXP6DPVXQJ6SDUD
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UHDOL]DURUHJLVWUR
(P,WDTXHUDXPSRXFRDQWHVGHFRPH-
©DUDSDUWLGDGR&DPSHRQDWR3DXOLVWDDWRU-
Acima, flagrante durante festa de tropeiros em São Francisco Xavier (SP); FLGDGR&RULQWKLDQVDFHQGHXY£ULRVVLQDOL]D-
abaixo, registro na Arena Corinthians, em Itaquera, São Paulo (SP) GRUHVSURYRFDQGRXPDFRORVVDOQ«YRDQRHV-
W£GLR2IRWµJUDIR5LFDUGR1RJXHLUDDSURYHL-
5LFDUGR1RJXHLUD

WDQGRRPRPHQWRFRORFRXXPD&DQRQ(26
'0DUN,9DWU£VGRJROHIH]RVGLVSDURVUH-
PRWDPHQWHFRPXPFRQWUROHUHPRWR3RFNHW
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OHQWHQDGLVW¤QFLDIRFDOGHPPGHL[DQGR
DF¤PHUDHPIRFRPDQXDO&RQVHJXLXXPD
LPDJHPHPTXHRVMRJDGRUHVDSDUHFHPPL-
Q¼VFXORVHQWUHRVJRPRVGDUHGH

A seção Foto do Mês é uma parceria entre


Fotografe e a Arfoc-SP e ocorre por meio
do Instagram da Arfoc-SP (#arfocsp). A ideia é
escolher uma foto de destaque a cada mês para
publicação na revista, contando a sua história,
ou seja, o autor é entrevistado para relatar como
captou a imagem. A participação é aberta a
fotojornalistas de todo o Brasil e as fotos devem
ser atuais, e não de acervos. A única restrição é
que o participante seja um repórter fotográfico
profissional, contratado ou freelancer. As
imagens devem ser enviadas para #arfocsp e
#fotografemelhor. Para saber mais sobre a
Arfoc-SP, acesse http://bit.ly/2fvPSAo.

14 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
REVELE-SE
fotos dos leitores em destaque

:: Autor: Misael Godoy


:: Cidade: Olinda (PE)
:: Câmera: Nikon D5500
:: Objetiva: Nikkor 18-55 mm
:: Exposição: f/8, 1/1.600s e ISO 100

REFLEXO SINCRONIZADO
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ERDIRWRVHDSUHVHQWDSDUDTXHPVDEHHQ- YDQDDUHLDFULDYDXPHIHLWRLQWHUHVVDQWH&¤PH-
[HUJ£OD )RL R TXH DFRQWHFHX FRP R IRWµJUD- UDQDP¥RIRLVµHVSHUDURPRPHQWRFHUWRSDUD
IR0LVDHO*RGR\GH2OLQGD 3( (OHHVWDYDSDV FOLFDU$LPDJHPIHLWDHP3 %HQDFRQWUDOX]
VHDQGRSHODRUODGDVXDFLGDGHTXDQGRXPDSH- DFHQWXRXDVLOKXHWDGRVSHUVRQDJHQVHJDUDQWLX
ODGDQDSUDLDFKDPRXOKHDDWHQ©¥RRUHIOH[R PRYLPHQWR¢FHQD

16 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
:: Autor: José Orlando de Souza e Silva
:: Cidade: São Paulo (SP)
:: Câmera: Nikon D610
:: Objetiva: Nikkor 24-120 mm
:: Exposição: f/13, 1/400s e ISO 400

PARA NÃO PERDER A VIAGEM


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GRGH6RX]DH6LOYDWHYHXPDV«- WDGR&ODURQ¥RGHVSHUGL©RXDFKDQFHH
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WR)HVWLYDOHP&DPERUL¼ 6& HFRPR XPSDVVHLRSHORFDO©DG¥RGDSUDLD&OL-
VXDVIRWRVIRUDPH[SRVWDVQDFLGDGHHP FDGDUHQWHDRFK¥RHQDFRQWUDOX]H[DOWD
WDPDQKRJUDQGHQ¥RUHVLVWLXHIRLDW«R DVVLOKXHWDVQRSULPHLURSODQR

-DQHLURí 17
REVELE-SE

:: Autor: Delmiro Junior


:: Cidade: Rio de Janeiro (RJ)
:: Câmera: Nikon D7000
:: Objetiva: Nikkor 70-200 2.8 ED VRII
:: Exposição: f/2.8, 1/1.600s e ISO 4.000

O GRITO DE MARCOS JÚNIOR


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WDIRJR[)OXPLQHQVHUHDOL]DGRQRGLDGH O GritoGRSLQWRUH[SUHVVLRQLVWDQRUXHJX¬V(G-
QRYHPEURGHQRHVW£GLR1LOWRQ6DQWRVR YDUG0XQFK2IRWµJUDIR'HOPLUR-XQLRUUHJLV-
(QJHQK¥R2MRJDGRU0DUFRV-¼QLRUGR)OXPL- WURXRPRPHQWR¼QLFR&RPRPDUFRXXPGRV
QHQVHQ¥RFRQFRUGRXFRPXPDPDUFD©¥RGR JROVGDYLUDGDWULFRORUSRU[RMRJDGRUFHUWD-
£UELWUR H HQWURX HP GHVHVSHUR FRPR GHQRWD PHQWHDOLYLRXDH[SUHVV¥RDRILPGDSDUWLGD

18 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
:: Autor: Henrique de Souza Carvalho
:: Cidade: Vila Velha (ES)
:: Câmera: Nikon D610
:: Objetiva: Nikkor 24-70 mm 2.8
:: Exposição: f/7.1, 1/50s e ISO 2.000

ILHA DA FANTASIA
2 IRWµJUDIR FDSL[DED +HQULTXH GH DWUDLQGRXPS¼EOLFRMRYHPHGHVFRODGR'H
6RX]D&DUYDOKRGH9LOD9HOKDSURGX- DFRUGRFRP+HQULTXHRORFDO«µWLPRSDUD
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YL]LQKD9LWµULDDFDSLWDOGR(VWDGR,QVWDOD- FRUDRPXURGRMDUGLPSDUDèYHVWLUé,VDEHOOH
GRHPXPGRVVRODUHVPDLVDQWLJRVGDLOKD FRPDVDVGHSHQDVPXOWLFRORULGDVFULDQGR
DFRQVWUX©¥RGDWDGH Rhostel SUR- XPDDWPRVIHUDIDQW£VWLFDHGHL[DQGRDPR-
FXUDYDORUL]DURWUDEDOKRGHDUWLVWDVORFDLV GHORSDUHFLGDFRPDIDGD6LQLQKR

-DQHLURí 19
REVELE-SE

:: Autor: Sérgio Nascimento


:: Cidade: Campinas (SP)
:: Câmera: Nikon D610
:: Objetiva: Pentax 645 80-160 mm com adaptador
:: Exposição: f/22, 30s e ISO 100

O PECADO DA GULA
2 HVWXGDQWH GH IRWRJUDILD 6«UJLR 1DVFL- YLGDVHVFROKHXDJXODHSURGX]LXXPDV«ULHGH
PHQWR GH &DPSLQDV 63  « I¥ GH IRWRV LPDJHQVSDUDHVWXGDUDOX]3DUDHVWDLPDJHP
GHJDVWURQRPLD4XDQGRVHGHSDURXFRPRWH- 6«UJLRXVRXXPDODQWHUQDSDUDLOXPLQDURVWR-
PDGHVHXWUDEDOKRGHILQDOGHVHPHVWUHTXH PDWHVHDYHUGXUDHGHSRLVDFREULXFRPFHORID-
HUDUHSUHVHQWDUXPGRVVHWHSHFDGRVFDSLWDLV QHYHUPHOKRREWHQGRXPHIHLWRGUDP£WLFRHHV-
SRUPHLRGDW«FQLDGHlight paintingQ¥RWHYHG¼- TXHQWDQGRDLPDJHP

20 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
ESCULTURA ORGÂNICA
'HWDOKHV TXH PXLWDV YH]HV SDV- %UXQR&DYDVRWWL$OPHLGDQRHQWDQWRD :: Autor: Bruno Cavasotti Almeida
VDP GHVSHUFHELGRV SRGHP UHQ- IROKD DGTXLULX WRQV DFREUHDGRV DVVH- :: Cidade: Ponta Grossa (PR)
GHUERQVFOLTXHV$LPDJHPDFLPDSRU PHOKDQGRVHDXPDHVFXOWXUDRUJ¤QLFD :: Câmera: Canon EOS T5 Rebel
H[HPSOR«GHXPDVLPSOHVIROKDTXHR *UD©DV¢JUDQGHDEHUWXUDGRGLDIUDJPD :: Objetiva: Yongnuo EF 50 mm
RXWRQRGHVSHMRXVREUHXPDSR©DGæ£JXD HOHFRQVHJXLX£UHDVGHGHVIRTXHTXHYD- :: Exposição: f/1.8, 1/320s
IRUPDGD SHOD FKXYD GD QRLWH DQWHULRU ORUL]DUDP D WH[WXUD GD IROKD $ YLQKHWD e ISO 100
3HODV OHQWHV GR IRWµJUDIR SDUDQDHQVH JDUDQWLXRWRTXHvintage6LPSOHVDVVLP

Mande fotos e ganhe um kit de limpeza de lentes


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SDUDSXEOLFD©¥RQDUHYLVWDUHFHEHU¥R WHOHIRQHILFKDGDIRWR HTXLSDPHQWR
SHORFRUUHLRXPNLWGHOLPSH]DGH GDGRVW«FQLFRV HXPEUHYHUHODWR
OHQWHVGD*UHLND3DUDSDUWLFLSDUGD ORFDOGDWD VREUHDVLPDJHQVTXH
VH©¥RèRevele-seéHQYLHaté três YRF¬HQYLDU2VDUTXLYRVGHYHPWHUQR
fotos, no máximoHPDUTXLYRGLJLWDO P¯QLPRWDPDQKRGH[FP
IRUPDWR-3(* SDUDRHPDLO RXDSUR[LPDGR FRPUHVROX©¥RGH
fotografe@europanet.com.br DSSL(YLWHDUTXLYRVPXLWRSHVDGRV

1¥RHQFRQWURXDUHYLVWDFotografe Melhor QDVEDQFDV")DOHGLUHWR


FRPD(GLWRUD(XURSD2IUHWHGRH[HPSODU«JU£WLVSDUDWRGRR%UDVLO
PORTFÓLIO DO LEITOR
mostre seu trabalho
Os pintas natalenses
têm um modo
próprio de se vestir
e se comportar

Pintas, um retrato
sem preconceito
t
POR JULIANA MELGUISO

UD]HU RV PDLV GLYHUVRV WHPDV WU¬V MRYHQV TXH IL]HVVHP SDUWH GHVVD
SDUDRVROKRVGRS¼EOLFR«XP WULERXUEDQDWHQWDQGRPRVWUDUDVGL-
GRV SDS«LV PDLV LPSRUWDQWHV IHUHQWHVKLVWµULDVGHYLGDSRUWU£VGRV
A jovem fotógrafa GDIRWRJUDILD)RLRTXHIH]DMR- èSLQWDVéTXHGHFHUWDIRUPDTXHEUDV-
YHP IRWRMRUQDOLVWD 0H\VD 0H- VHP R HVWHUHµWLSR QHJDWLYR DVVRFLD-
Meysa Medeiros GHLURVDRDSUHVHQWDUXPWHPD GR D HOHV $ PRWLYD©¥R SDUD R HQVDLR
faz ensaio RULJLQDOHWRWDOPHQWHUHOHYDQWHSDUDDFL- VXUJLXDSµVDRILFLQD )RWRJUDILDSHUL-
humanista GDGHGH1DWDO 51 XPHQVDLRIRWRJU£- IHULDHPHPµULDPLQLVWUDGDSRU'DQWH
ILFRFRPXPJUXSRWRWDOPHQWHPDUJLQD- *DVWDOGRQLIRWµJUDIRSURIHVVRUGHIR-
sobre jovens OL]DGRQDVRFLHGDGHPDLVFRQKHFLGRFR- WRJUDILDGD8QLYHUVLGDGH)HGHUDO)OX-
marginalizados PRèRVSLQWDVQDWDOHQVHVé PLQHQVH 8)) H GH8QLYHUVLGDGH)H-
'XUDQWHXPP¬V0H\VDVHGHGLFRX GHUDO GR 5LR GH -DQHLUR 8)5-  DO«P
da periferia de DSHQDV¢FRPSRVL©¥RGDV«ULH&RPD GH FRRUGHQDGRU DFDG¬PLFR GD (VFROD
Natal (RN) F¤PHUD QD P¥R D IRWµJUDID EXVFRX GH )RWµJUDIRV 3RSXODUHV GD 0DU« DR

22 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Fotos: Meysa Medeiros
este grupo de
jovens vive na
periferia de natal e
sofre preconceito

lado de José Roberto Ripper, um zoom 18-35 mm e a fixa 24 mm. “As tes na saturação, realce, contraste e
dos mais respeitados fotógrafos fotos passaram por leves tratamen- brilho”, conta a fotógrafa.
documentaristas brasileiros. tos no Lightroom, como pequenos Inspirada por Gastaldoni e
“Achei de extrema importância recortes no enquadramento e ajus- Ripper, e também pelos fotógra-
combater preconceitos culturais e
sociais na sociedade potiguar, e en-
tender o papel crucial da fotografia
na democratização da comunica-
ção e da cultura. Com isso, procu-
rei mostrar o outro lado de maneira
que dignificasse esses jovens”, conta
Meysa. Ela lembra que Ripper disse
em uma entrevista que “as histórias
das populações menos favorecidas
são contadas, mas a beleza delas é
editada”. Foi com esse mote que ela
quis seguir com o seu propósito.
Meysa conta que queria que suas
fotos transparecessem a maior natu-
ralidade possível, tanto na hora de fo-
tografar como na hora de editar. Para
fazer o trabalho, ela usou uma Canon
EOS 7D com duas objetivas Canon, a

Detalhes como muitos


anéis e tatuagens fazem
parte do figurino do pinta

Janeiro 2018 • 23
PORTFÓLIO DO LEITOR

Ao lado, uma das fotos do ensaio e,


acima, a fotógrafa na garupa de um
ciclomotor com um dos pintas

IRV-R¥R0DFKDGR&HOVRGH2OLYHL-
UD-XFD0DUWLQVH(YDQGUR7HL[HLUD
0H\VDGL]TXHDLQGDVHWUDWDXPHV-
WHUHµWLSRFRPRDOJRSHMRUDWLYR&D-
EH¢IRWRJUDILDGHVPLVWLILFDUHVVHV
SUHFRQFHLWRVHPRVWUDUDUHDOLGDGH
è$FUHGLWR HP VHPSUH EXVFDU XPD
IRUPDGHWUD]HUEHOH]DHGLJQLGDGH
DRVIRWRJUDIDGRVPXLWDVYH]HVHV-
FRQGLGDVSRUSDGU·HVSUHHVWDEHOH-
FLGRV $ IRWRJUDILD SRGH VHU XVDGD
FRPRIRUPDGHLQFOXV¥RéDFUHGLWD
2HQVDLRIRLUHDOL]DGRFRPRSDU-
WH GR 7UDEDOKR GH &RQFOXV¥R GH
&XUVR 77& GRFXUVRGH)RWRJUDILD
QD8QLYHUVLGDGH3RWLJXDU$HGL©¥R
ILQDOIRLUHVXPLGDDFLQFRLPDJHQV
Fotos: 0H\VD0HGHLURV

LPSUHVVDVHPWDPDQKR[FP
TXHIRUDPH[SRVWDVHPXPDGDVGL-
YHUVDVVDODVGD3LQDFRWHFDGR(VWD-
GRFRPRXWUDVREUDVGDH[SRVL©¥R
FROHWLYDGHVXDWXUPDGHIDFXOGDGH
Acima, um pinta e seu bigode fininho, outra característica da tribo; abaixo, 1DWXUDOGH1DWDO0H\VDM£WLQKD
Meysa na abertura da exposição na Pinacoteca do Estado em Natal DIRWRJUDILDFRPRSDUWHGHVXDYLGD
K£FHUFDGHVHLVDQRVPDVVHPSUH
SDUDOHODDRXWUDVDWLYLGDGHV1RLQ¯-
FLRGHHODUHVROYHXGHL[DUWX-
GRGHODGRSDUDVHGHGLFDUH[FOXVL-
YDPHQWH¢QRYDFDUUHLUDDJRUDFR-
PR IRUPDQGD GD SULPHLUD WXUPD
GRFXUVRVXSHULRUHP)RWRJUDILDGR
5LR*UDQGHGR1RUWH

Para participar desta seção, envie no


máximo dez fotos do seu portfólio, em
baixa resolução, para o e-mail: fotografe@
europanet.com.br. Serão publicados
somente os que forem selecionados pela
redação, um portfólio a cada edição.

24 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Dicas proFissionais

a fotografia autoral
agora ganhou mais
espaço em projetos
de decoração

cris Hapen
o uso Da FotograFia na
decoração de ambientes
Cada vez mais projetos de arquitetos e decoradores incluem a fotografia em vez
de quadros e gravuras. Esse é um nicho de mercado para vender projetos autorais

E
por Livia CapeLi

squeça pinturas e gravuras. mediada por galerias de arte e po- radores e procurar informações so-
Nas paredes de residências, de ser negociada por meio de si- bre o mercado de decoração.
espaços comerciais e empre- tes especializados no assunto. De- Para entender um pouco como
sariais agora é a vez da foto- pendendo do trabalho e do fotógra- funciona esse segmento e passar di-
grafia brilhar como obra de fo envolvido, uma foto para deco- cas importantes, Fotografe conver-
arte. Os registros de memó- ração pode chegar a até R$ 30 mil. sou sobre o assunto com três fotógra-
rias vão dando aos poucos lugar ao Em um segmento ainda pouco ex- fos que atuam na área: Fernanda Na-
conceito de fotografia com grafismo plorado no Brasil, esse nicho é uma man, de São Paulo; Zé Paiva, de San-
e natureza, assinados por fotógrafos boa oportunidade para o fotógrafo ta Catarina; e Cris Hapen, do Paraná.
renomados e novos talentos. se destacar no mercado voltado à Também não podia faltar a opinião de
A fotografia para decoração ga- arquitetura de interiores. Por outro um arquiteto especialista no tema, no
rante espaço dentro de projetos de lado, é necessário ter um bom rela- caso, Ricardo Caminada, da Díptico
arquitetos e decoradores, é inter- cionamento com arquitetos e deco- Design de Interiores. Acompanhe.

26 • Fotografe Melhor no 256


)HUQDQGD1DPDQ

Imagem da fotógrafa e artista plástica Fernanda Naman, que tem reconhecimento internacional no segmento

O VALOR DA IMAGEM da obra que ele fez”, é o que acre- pressão, costuma negociar uma obra
“No Brasil, ainda estamos crian- dita o fotógrafo de natureza Zé Pai- por algo entre R$ 400 e R$ 1.500.
do a cultura desse tipo de fotografia. va, que usa o mercado de decoração Outra fotógrafa que vem crescen-
O público está aprendendo que foto- para vender imagens autorais. Paiva do nesse nicho de mercado é a para-
grafias autorais têm valor intrínse- entrou no nicho por acaso. Depois de naense Cris Hapen. Conhecida por
co e extrínseco, ou seja, tanto pela ter uma foto vendida em um leilão no fotografar crianças, famílias e ges-
impressão e pelo papel quanto pelo Festival de Fotografia Paraty em Foco tantes e ser autora do livro Fotogra-
currículo do fotógrafo, tal qual a pes- de 2012, não parou mais. Ele revela fia de Crianças, publicado pela Edito-
quisa, estudo e trabalho de obtenção que, dependendo do tamanho da im- ra Europa, Cris deixou de lado esse

-DQHLURî 27
',&$6352),66,21$,6

$UTXLYR3HVVRDO
Ao lado, imagem da série Paisagens
Silenciosas, de Fernanda Naman;
acima, a renomada fotógrafa

cializada trouxe facilidade na ques-


tão espacial na hora de mediar uma
obra. Muitas vezes ela ajuda o cliente
sugerindo tipos de impressão, tama-
nhos e combinações, desenvolvendo
um atendimento diferenciado.
)HUQDQGD1DPDQ

CANAL DE VENDA
A parceria com arquitetos e deco-
radores é um fator importante nes-
se meio, pois eles ajudam a interme-
segmento e decidiu se dedicar à fo- Bem mais experiente no merca- diar a venda. O arquiteto Ricardo Ca-
tografia para decoração. Em busca do de fotografia de decoração, a fo- minada diz que para se inserir nesse
de aperfeiçoamentro no tema, a fo- tógrafa e artista plástica paulista- mercado o fotógrafo deve colocar seu
tógrafa resolveu voltar à sala de aula na Fernanda Naman trilha esse ca- trabalho em evidência em todos os
e cursar Design de Interiores, o que minho há 8 anos. A célebre e talen- meios possíveis e tornar-se conhe-
tem contribuído para entender me- tosa profissional cresceu em meio às cido pelo maior número de pessoas.
lhor o mercado. Cris conta que chega tintas e telas do ateliê da avó. Quan- Uma boa maneira de criar uma
a negociar atualmente uma imagem do adulta, manteve a atividade, e foi rede de relacionamentos é expor
em valores de R$ 1.500 a R$ 6 mil – cursar Arquitetura para ter uma for- em grandes eventos ligados à deco-
o preço depende muito do tamanho e mação mais abrangente. ração, como faz Fernanda Naman,
do tipo de material de impressão. Para Fernanda, a formação espe- que, além de ser representada pe-
=«3DLYD
-R¥R3DXOR/XFHQD

Ao lado, uma das imagens da série


Poética do Mar, de Zé Paiva; acima, o
fotógrafo, especialista em natureza

28 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
&ULV+DSHQ
lo espaço Gabriel Wickbold, em São Acima, fotografia da série Orvalho,
Paulo (SP), expõe peças na Casa Cor produzida por Cris Hapen,
ao lado, a fotógrafa paranaense
Miami, nos Estados Unidos.
Outro canal de negociação são as
galerias e os escritórios de arte tan- atinge um público maior. Outra dica
to físicos quanto virtuais, que podem importante é frequentar o mercado
comprar ou até trabalhar a obra no de arte. Ir a leilões, exposições, parti-
sistema de consignação. A fotógrafa cipar de mostras coletivas e conviver
Cris Hapen tem investido nessa re- com outros profissionais do mercado
ceita e diz que esses espaços funcio- de arte ajuda a compartilhar experi-
nam como ótimas vitrines. O custo ências e se incluir no meio.
não é alto e no caso das galerias onli- $UTXLYR3HVVRDO
ne, praticamente zero. UMA BOA IMPRESSÃO
Uma boa dica é não restringir o A fotografia dirigida à decoração
negócio apenas às galerias na região precisa ser cuidadosamente pensa-
que o fotógrafo atua. Um bom contato da no resultado da impressão, pois fi-
com um marchand (profissional que cará exposta durante anos na pare- te utilizados por especialistas na área.
negocia obras de arte e representa o de sofrendo com as condições de ilu- O fotógrafo Zé Paiva utiliza em
artista comercialmente nas relações minação. Portanto, contar com uma Florianópolis (SC) os serviços do
com galerista, colecionadores e mu- boa empresa especializada em im- printer Guilherme Ternes, creden-
seus) e escritórios de arte em vários pressão com papéis nobres é essen- ciado pela Canson, e costuma im-
estados pode alavancar a divulgação cial nesse segmento. primir em papel Canson 100% algo-
do nome do fotógrafo. Uma dessas empresas especiali- dão, desde formatos 26 x 39 cm a 100
Mas o fotógrafo não pode depen- zadas é a do fotógrafo Clicio Barroso x150 cm. Ele normalmente entrega
der apenas desses meios para apre- (www.clicio.com.br), que atua em São as imagens sem moldura, apenas a
sentar trabalhos ao mundo da deco- Paulo, envia para todo o Brasil e ofe- print ou no máximo com paspatur.
ração. Ter um bom site com as obras rece impressão em papel 100% algo- “Todo o material, inclusive o pas-
e expor em redes sociais sobre sua dão, canvas e acetinado, além de me- patur, segue padrões museológicos
atividade denota profissionalismo e tacrilato – tipos atualmente bastan- com PH neutro para uma maior dura-

-DQHLURî 29
',&$6352),66,21$,6

$UTXLYR3HVVRDO
O arquiteto Ricardo Caminada, da
Díptico Design de Interiores: ele usa o
trabalho de fotógrafos nos projetos

)HUQDQGD1DPDQ
gens, porém as mais exclusivas não
passam de três impressões. Fer-
nanda também costuma trabalhar
Acima, obras de Fernanda Naman inseridas em um projeto de decoração; abaixo, com dípticos.
foto da série Poética do Mar, de Zé Paiva, que trabalha com edições limitadas
PEDRAS NO CAMINHO
Não é tão fácil ingressar no merca-
do de fotografia para decoração de am-
bientes quanto parece. É necessário
ter bom relacionamento com quem é
da área. Ocasionalmente, pode ocorrer
de o fotógrafo precisar pagar comissão
aos parceiros.
Além da rede de contatos, é cru-
cial pesquisar muito sobre o assun-
to. “A ideia de simplesmente fazer
uma foto autoral e querer vender a R$
5 mil não vai funcionar. É preciso sa-
ber se aquela imagem fica harmôni-
ca dentro de um ambiente e com qual
tipo de lugar ela combina. Além disso,
=«3DLYD

é obrigatório entender se o papel em


que ela será impressa é durável e se a
imagem também não se tornará can-
bilidade. Entrego a fotografia assinada Fernanda Naman conta que quan- sativa com o passar do tempo”, expli-
e acompanhada de um certificado de do precisa enviar suas obras para ou- ca a fotógrafa Cris Hapen.
autenticidade, que diz quando ela foi tros Estados despacha por transpor- As imagens para decoração envol-
feita e por quem foi impressa, assim tadora e em grande parte das vezes vem geralmente paisagens naturais,
como o tipo de papel e a tiragem. Te- a impressão vai enrolada dentro de grafismos e arquitetura. Os fotógrafos
nho trabalhado com tiragens peque- um canudo ou emoldurada e acon- podem seguir linhas diferentes, po-
nas para garantir exclusividade para o dicionada de maneira segura. Ela li- rém, o que define mesmo a escolha é
cliente”, informa Zé Paiva. mita suas obras em até nove ima- a preferência de cada cliente.

30 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Simples, funcional e durável.
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EF-S 10-18mm
f/4.5-5.6 IS STM
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zoom grande-angular para imagem. O custo-benefício desta sem folgas nos anéis de foco e
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A Serra do Rio do Rastro,


em Santa Catarina,
fotografada com a
lente em posição 13mm,
abertura f/5.6, velocidade
1/1.000s e ISO 400

bem manuseada, a EF-S 10-18mm por 14 elementos divididos em 11 principal expande-se durante o
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para fazer parte do seu kit fotográ- gem é comparável ao das melho- STM garante focagem precisa e si-
fico por muitos anos, mesmo em res grande-angulares da Canon, lenciosa, mantendo a função full
uso profissional. com excepcional nitidez do cen- time manual, ou seja, permitindo
O projeto ótico da lente é ino- tro às bordas das fotos. A distor-
vador graças ao uso de um cristal ção geométrica (efeito barril) foi
asférico PMo de grande diâmetro, muito bem controlada, mesmo Ficha Técnica
que permitiu a construção de um em posição angular máxima de
projeto compacto e superleve. A 10 mm. O uso de um elemento Distância Focal: 10-18 mm (equivalente a
16-29mm em formato 35mm)
lente tem apenas 240g, 31% mais UD (Ultra Low Dispersion) reduziu Abertura máxima: f/4-5.6
leve do que a EF-S 10-22mm f/3.5- a incidência de aberrações cro- Construção ótica: 14 elementos em 11 grupos
4.5 USM. Isso faz dela muito cômo- máticas e aumentou o contraste Diâmetro de filtro: 67mm
Distância mínima de foco: 0,22m
da no manuseio e no transporte. das imagens. Peso: 240g
Sua construção ótica é composta O zoom não é interno e o tubo
INFORME PUBLICITÁRIO

A cena noturna foi captada com câmera Canon EOS 7D Mark II, abertura f/8, um segundo de velocidade e ISO 6.400

ao fotógrafo fazer ajustes mesmo do tripé e ainda permite ajustes de paisagens (com primeiro plano
com a chave da lente em modo ISO mais baixos. mais destacado), retratos (com a
AF. O elemento frontal, com diâ- A distância focal equivalente pessoa inserida no cenário), cenas
metro 67 mm, não rotaciona du- à de uma 16-29mm (no formato de casamentos, arquitetura e am-
rante o foco, o que viabiliza o uso 35 mm) é de grande versatilidade bientes internos em geral.
da lente com filtro polarizador. nas mãos de um fotógrafo criativo Com a distância focal em 10 mm
O estabilizador de imagem de e pode ser usada em uma enor- é possível fotografar uma sala inteira
última geração garante o registro me variedade de cenas, como ou fazer belas panorâmicas de na-
de cenas com menor risco de ima-
Flávio Demarchi
gens tremidas. A estabilização é de
até 4 f/stops. O recurso compensa a
menor luminosidade da lente e faz
dela bastante eficaz em ambientes
de pouca luz. Em muitas situações,
o sistema IS pode dispensar o uso

Pontos Fortes
A versatilidade do zoom ultra grande
angular, equivalente ao de uma 16-29 mm
O corpo compacto e alta qualidade de imagem
O Estabilizador de imagem com
performance de até 4 f-stops
O Elevado Costa e Silva, em São Paulo-SP: cãmera EOS 7D Mark II, f/14, 1/200s e ISO 200
INFORME PUBLICITÁRIO
Robson Acir Kawiski

A lente ultra grande angular é ideal para fotografar paisagens naturais e urbanas, arquiteturas e ambientes internos

tureza ou cidades. Fotojornalistas


Raio-X da EF-S 10-18mm f/4.5-5.6 IS STM
a utilizam com muita frequência
para fazer retratos, tendo objetos A EF-S 10-18mm f/4.5-5.6 IS STM é construída com 14 elementos óticos divididos em 11 grupos.
em primeiro plano ou fundos que Inclui um elemento UD (Ultra Low Dispersion) e dois elementos asféricos especiais (PMo e GMo).
possam indicar a profissão da pes-
soa. Quando usada a curta distân-
cia, acentua o tamanho do primei- Lente UD
ro plano criando um interessante
efeito de perspectiva. Com o IS ati-
vado será possível fotografar, com
a câmera na mão, e ainda obter
imagens nítidas usando velocida-
des de até 1/8s.
A EF-S 10-18mm f/4.5-5.6 IS STM
é, sem dúvida, a melhor opção de
zoom grande-angular entre fotó-
Elemento Elemento
grafos iniciantes e mesmo entre Asférico PMo Asférico GMo
profissionais que desejam montar
um kit de alta qualidade com o me-
nor investimento possível.
Para mais informações sobre Loja Oficial da Canon
essa e outras lentes consulte:
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Fotos: &ODXGLR*DWWL
Cleodorvino Bellini, então presidente da Fiat do Brasil, convencido pelo fotógrafo a lavar as rodas de um carro da marca

Retratos inesperados
3(/22/+$5$75(9,'2'(&/$8',2*$77,

O
325SÉRGIO BRANCO

Presidentes de “boneco” do executivo, com os de, isso não dá” acabam se destacan-
multinacionais, braços cruzados atrás de uma do na área. É o caso de Claudio Gatti,
mesa ou em pé, com a mão no um mestre na arte de driblar assesso-
CEOs e alto queixo, é o retrato clássico e in- res e convencer presidentes de multi-
executivos topam sosso feito por muitos fotojorna- nacionais, CEOs e alto executivos a fa-
posar das formas listas que cobrem a área corpo- zer exatamente o que ele planejou, qua-
rativa, habitada por homens de negócios se sempre algo criativo e inusitado.
mais inusitadas sempre sem tempo a perder e assesso- Há três retratos feitos por Gatti que
para um fotógrafo res ávidos por apressar quem for esca- chamam muito a atenção: de Ivan Zurita,
lado para fotografá-los. Os que conse- na época o badalado presidente da Nes-
criativo e cheio de guem romper com a mesmice e passar tlé, derramando leite de caixinha no pró-
lábia. Confira pela barreira da turma do “isso não po- prio rosto; de Cleodorvino Bellini, ex-pre-

36 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Ivan Zurita, então
presidente da
Nestlé, joga leite
sobre o próprio
rosto a pedido de
Claudio Gatti

-DQHLURî 37
9,'$'()27•*5$)2

Pedro Furlan, então CEO


da Nativ, posa com peixe
no ombro: foto arruinou o
paletó por causa do cheiro

sidente da Fiat Chrysler para a Amé-


rica Latina, descalço, com as pernas
da calça dobradas na altura do joe-
lho, agachado, lavando as rodas de
um carro; e do jovem executivo Pe-
dro Furlan, da Nativ, vestido de terno,
carregando um peixe nas costas.
Em todas há um respingo do im-
provável, que gera uma questão co-
mum: como ele conseguiu isso? Ca-
da foto tem uma história, e quando
trata de contá-las Gatti lembra dos
pormenores com satisfação. Se in-
centivado, pode passar horas falan-
do das imagens que produz. Mas não
é apenas o ímpeto que acende a lu-
zinha da criatividade. Ele estuda os
personagens, procura informações
sobre eles, o tipo de negócio que ad-
ministram ou os produtos que fa-
bricam... Muitas vezes uma ideia fi-
ca apenas na sugestão, pois na hora
“H” vem outra, melhor, e o fotógrafo
Fotos: &ODXGLR*DWWL

improvisa com o que tem.


Para convencer o executivo reti-
cente, Gatti usa lábia e experiência,
coisa de quem trata o todo-podero-
so do momento como um igual, sem
frescuras, olho no olho, disparando
os argumentos certos para cada si-
tuação, sempre com calma, educa-
ção e um sorriso. Ele está convenci-
do de que aquela é a foto que vai pa-
ra a capa da revista ou para a abertu-
ra da reportagem. Busca convencer o
outro dessa certeza. Na maior parte
das vezes, o executivo cede e, em al-
guns casos, até supera a expectativa.
As fotos com Zurita, Bellini e Fur-
lan podem entrar nessa categoria,
mas há muitas outras. Com Zurita, o
clássico seria ele fotografá-lo orde-

Como fazer algo diferente ao


retratar o diretor do grupo
paranaense Ouro Fino, fabricante
de água mineral: Guto Mocellin
foi convencido a se trajar
elegantemente, tomar um banho de
terno e entrar no reservatório de
água em frente à sede da empresa

38 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Uma bandeira da Inglaterra foi
pintada no rosto do bilionário
Carlos Wizard Martins,
fundador das escolas de inglês
Wizard e hoje multiempresário,
dono de vários negócios, entre
eles a rede Mundo Verde, a
maior de produtos naturais
da América Latina

nhando um vaca. Mas a novidade era


um leite de caixinha. Papo rápido e o
então alto executivo da multinacio-
nal suíça Nestlé se prestou a derra-
mar o leite no rosto (e quase se afo-
gou com ele, conta Gatti). O fotógra-
fo subiu numa escada (acessório que
ele usa bastante) para fugir de uma
ingrata contraluz ao fundo.
Com Bellini o lugar-comum se-
ria o então presidente da Fiat esco-
rado em um carro dentro de uma
concessionária da marca. Gatti não
tinha nada planejado. Seria no im-
proviso. Tudo marcado, chegaram
lá e o carro estava sendo lavado. O
executivo comentou: “No meu tem-
po, a gente só lavava as rodas pa-
ra passear de carro”. Deixa dada, o
fotógrafo emendou: “Que tal a gen-
te fazer a foto do senhor lavando a
roda do carro como no seu tempo?”.
Ideia aceita, o fotógrafo notou o des-
conforto do executivo fazendo isso
de terno. Convenceu-o a tirar os sa-
patos e arregaçar as calças. Sob os
olhos incrédulos dos funcionários da
concessionária, Bellini se divertiu,
fez com prazer, e a foto ficou muito
melhor do que o esperado.
O jovem executivo Pedro Fur-
lan ia dar uma entrevista sobre a li-
nha de peixes de água doce que se-
riam vendidos enlatados pela Nativ –
negócio que não prosperou e a em-
presa faliu cerca de dois anos depois.
Mas aquela novidade merecia algo a
mais, matutou Gatti. Passou no mer-
cado, comprou um dourado, colocou
no porta-malas do carro e subiu com
o peixe embrulhado até o escritório
de Furlan, CEO da empresa.
Os assessores do executivo acha-
ram aquilo um horror, mas o fotógra- Empresária Luciana Fasano posa na sala de estar da Fazenda Floresta, de
fo vendeu seu peixe como ninguém. propriedade dela, com um cavalo de raça; para convencê-la, Gatti disse que o
Foto feita, capa garantida, Gatti agra- cavalo era uma obra de arte que merecia estar na sala e ele foi levado para lá

-DQHLURî 39
9,'$'()27•*5$)2

Fotos: &ODXGLR*DWWL
Acima, o chef Sergio Arno, dono de
uma rede de restaurantes de comida
italiana, posa sobre a mesa cercado
de massas (Gatti afirma que foi ele
quem pediu para sujar o rosto com
massa de tomate); ao lado, Mark
Pitt, então presidente da fabricante
de tintas Sherwin Williams no Brasil
– o fotógrafo o convenceu a pintar a
cara para mostrar as propriedades
da tinta, que fora lançada como não
prejudicial à saúde humana quando
em contato com a pele

deceu o senso de colaboração de Fur-


lan e o deixou para trás com um ter-
no caro e imprestável graças ao chei-
ro forte do dourado, que impregnou a
lã fria importada usada pelo alfaiate.

TUDO MUITO RÁPIDO


Tempo é dinheiro. Para um al-
to executivo, essa máxima pode ser
multiplicada por cem. Assim, Claudio

40 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Gatti geralmente tem pouco tempo para mais a zoom 70-200 mm f/2.8. Como ilu- Como retratar um
montar sua luz (quando é necessário), falar minação, tem à disposição dois flashes a executivo de uma
da sua ideia, convencer o retratado e clicar. bateria Broncolor com hazies de tamanho empresa de sementes:
ao descobrir que as
“Dá uma média de 20 minutos, no máximo, médio. Quase nunca usa rebatedor, pois amostras para estudos
para cada produção dessas”, calcula. Tem não tem assistente. eram coloridas, Gatti
trabalho que não passa de três ou quatro Nas pautas que faz para a revista Di- montou o cenário com
cliques. Foto garantida, pronto, acabou. nheiro Rural, ele geralmente viaja para o peneiras e cestos e fez
Na bolsa de equipamentos, leva uma interior, e isso lhe dá mais tempo nas pro- Nelson Tagili, diretor
Canon EOS 5D Mark II com um jogo de len- duções. Então, pode conversar mais com da Sakata Sementes,
tes fixas profissionais da Canon (50 mm o personagem, tentar uma relação mais brincar alegremente
com elas
f/1.4, 85 mm f/1.2 e 100 mm macro f/2.8), próxima e partir para a realização da ideia.

Laboratório e casamento
Caçula de uma família de 12 centro da capital paulista, então a meca casamento, ele resolveu fazer a troca
irmãos, em que o pai era pedreiro da venda de equipamentos fotográficos no para ajudá-la. Resultado: na pressa, o
na extinta Rede Ferroviária Federal, Brasil. Saiu de lá com um kit para começar filme não ficou bem encaixado e apesar
Claudio Gatti teve uma infância humilde a vida profissional. dos cliques ele não rodou. A fotógrafa
em Mogi das Cruzes (SP). Foi lá que Em busca de trabalho, acabou virando percebeu a mancada, recolocou o filme
ele descobriu a mágica da fotografia assistente da fotógrafa Nellie Solitrenick, rapidamente, mas perdeu algumas
aos 16 anos, quando conseguiu um uma das primeiras fotojornalistas a cenas. “Cometi um erro que quase
emprego na Universidade Braz Cubas, deixar o ambiente de redação (passou me custou o emprego. Mas isso me
no setor de audiovisual. Chegou a ser pelas revistas Veja e Caras e pelo jornal O levou a ser muito mais atento com meu
instrutor de laboratório no curso de Globo) para se dedicar à fotografia social, trabalho”, afirma o fotógrafo.
Comunicação Social. levando para a área de casamentos uma Tempos depois, Gatti fez o
Como funcionário, tinha bolsa de linguagem de reportagem de revista. Foi caminho inverso de Nellie e foi para o
estudos integral. Mas o único curso um ótimo período de aprendizado para fotojornalismo. Foi frila das revistas
disponível no período da manhã era o de Gatti, quando ainda se fotografava com Caras, Quem e IstoÉ Gente. Uma vez
Engenharia Mecânica. Começou, mas cromo, ou seja, a margem para erro na com um pé na Editora Três, acabou
não terminou. Migrou para o curso de exposição era muito pequena. contratado como editor de fotografia da
Matemática, pois era bom em cálculo, Uma bronca de 40 minutos da chefe revista IstoÉ Dinheiro. Deixou a empresa
e abandonou no último ano – ouviu o foi outra lição: fazer tudo com a máxima depois de dois anos, se tornou frila fixo
chamado da fotografia. Pediu demissão atenção. Explica-se: Nellie pedia para na Veja. Passados três anos acabou
depois de 10 anos na universidade, que Gatti jamais trocasse o filme da retornando como repórter fotográfico
pegou o dinheiro da rescisão e correu câmera dela. Ela faria isso, sempre. Mas, da IstoÉ Dinheiro e da Dinheiro Rural (do
para a Rua Conselheiro Crispiniano, no um dia, na correria de uma cobertura de segmento de agronegócios).

-DQHLURî 41
9,'$'()27•*5$)2

Foi assim na fazenda da Sucorrico


Citrus, em Araras (SP). Ele quis re-
tratar o dono da empresa, Carlos Al-
berto Pasetti, com jarra de suco na
mão em cima de grandes sacas de
laranja. Para isso, precisou mobili-
zar os tratores que recolhem essas
sacas. Fez um cenário com 18 de-
las, lado a lado. Detalhista, foi de sa-
ca em saca separando só as melho-
res laranjas para ficar por cima. Fo-
ram três horas de preparação.
Produção terminada, o executi-
vo foi chamado para posar sobre as
sacas, já com jarra e roupa de ho-
mem do campo. Como não tinha le-
vado escada, Gatti emprestou uma
da fazenda e fez a composição em
mergulho (de cima para baixo), eli-
minando o fundo e destacando a sa-
cas de laranja em volta do executivo.
Com Pasetti ficou uma relação
de amizade que fez o empresário ir
a Paris, França, visitar a abertura da
exposição de Claudio Gatti feita em
outubro de 2017, reunindo sete des-
ses retratos de executivos no espa-
ço Le Corrousel du Louvre, como
parte do Salão Internacional de Ar-
te Contemporânea.
&ODXGLR*DWWL

Depois de 15 anos nas revistas


da Editora Três, Gatti já fez 98 ca-
pas e teve seu trabalho reconheci-
Acima, Carlos Alberto Pasetti, dono da Sucorrico Citrus, sobre sacas de laranja; do fora do âmbito editorial ao parti-
abaixo, Claudio Gatti (ao centro) com Pasetti e o executivo João Nagy, do grupo cipar dessa exposição internacional,
WTC, na abertura de sua exposição de retratos de homens de negócio em Paris convidado pela curadora brasileira
Heloísa Azevedo, da galeria Hecle-
tik Art. No catálogo do salão, distri-
buído para vários museus da Euro-
pa, constavam 16 imagens feitas por
ele. “Além do Pasetti, outros dois re-
tratados estiveram na exposição,
João Nagy, do grupo WTC, e Carlos
Wizard, multiempresário”, diz Gatti.
Criatividade, lábia, paciência e
agilidade são virtudes desse profis-
sional de 45 anos que não se con-
tenta com o clássico “boneco” que
ainda impera nas imagens corpora-
tivas. Mas ele também conhece os
limites de até onde pode ir. “Tenho
-R¥R/XL]%XOF¥R

consciência que trabalho em cima


de uma linha tênue entre o ridículo
e o inusitado. Então, procuro jamais
romper essa linha”, explica.

42 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
)272-251$/,602

'DQLHO&DVWHOODQR
Homem ajeita o topo da lona do circo: típica imagem de cotidiano em que o drone oferece um ponto de vista privilegiado

2(148$'5$0(172&2080$
visão de pássaro
Aos poucos, fotojornalistas vão adotando o drone como mais um equipamento capaz
de oferecer um ângulo privilegiado para fazer reportagens e trabalhos pessoais

F
325JOSÉ DE ALMEIDA

otografar com câmera de destacando nesse tipo de foto aé- tagram tem percebido que as fotos
drone é uma realidade, e rea, caso dos paranaenses Sérgio feitas por eles com drones são de
muitos segmentos da fo- Ranalli, editor de fotografia da Fo- altíssimo nível.
tografia já incorporaram o lha de Londrina, e Daniel Castella- Ranalli já praticava fotogra-
aparelho ao equipamento do no, ex-repórter fotográfico da Gaze- fia aérea tradicional. Como é es-
cotidiano. No fotojornalis- ta do Povo, de Curitiba, que hoje se pecializado em imagens do cam-
mo, essa aceitação tem sido mais dedica a frilas e trabalhos pesso- po e de agronegócios, esse pon-
lenta, mas já há profissionais se ais. Quem os acompanha pelo Ins- to de vista é muito usado para en-

44 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Fotos:6«UJLR5DQDOOL

quadrar plantações e outras cenas ru- ção e segurança de voo, principalmen- No alto, o colorido e
rais. Por isso, para ele, a busca por um te. Porém, não chegou a fazer um cur- a geometria do barco
drone foi um caminho natural. so formal de pilotagem de drone. “Co- de pesca e da canoa:
acima, criança no
O primeiro contato prático foi quan- mo boa parte da fotografia que faço é caminhão de uvas, foto
do comprou o aparelho, um DJI Phan- no campo, foi uma ótima oportunidade ganhadora do Prêmio
tom 4 Pro, há pouco mais de um ano. de aprender e treinar sem colocar em Massey Ferguson de
Antes de fechar negócio, ele pesquisou risco pessoas, edificações, e por aí vai”, Jornalismo de 2017
bastante e leu muito sobre a utiliza- explica Ranalli.

-DQHLURî 45
)272-251$/,602

Cotidiano na cidade: recorte no teto do prédio lembra o videogame Pac-Man; homem na limpeza de um lago em Curitiba (PR)

PRECONCEITO ção de aeronaves, além das possibi- acima de 400 pés (limite dos drones) e
Ele confessa que antes de adqui- lidades de ângulo e altitude que só o em percursos longos”, adverte Ranalli.
rir o drone tinha um certo preconceito. drone proporciona”, avalia o fotógrafo. Atualmente ele usa o drone tanto
Achava um pouco estranha a ideia de Mas também há desvantagens: a para reportagens quanto para traba-
fotografar por meio de um radiocon- principal é a autonomia de voo, já que lhos pessoais – nestes, com mais in-
trole e uma tela de smartphone. Mas as baterias não têm carga para mais tensidade. Quanto à questão técnica de
diz que foi uma boa surpresa quando que meia hora de operação. Ele acredi- fotografar, ele compara o uso do drone
passou a usar o aparelho. “Hoje você ta que esse é um ponto a ser melhora- com a fotografia aérea convencional:
tem uma ótima relação de custo-be- do no futuro e que já há pesquisas pa- “Na convencional, gosto mais da agili-
nefício, com câmeras de boa qualida- ra que isso ocorra. “Vale ressaltar tam- dade e da rapidez de ação. Gosto muito
de óptica e de sensor. A maior vanta- bém que a fotografia com drone não de fotografar com tele, o que não con-
gem é poder fazer fotografia aérea substitui a aérea convencional em to- sigo fazer com meu drone. Outra dife-
sem os gastos exorbitantes de loca- das as situações, como em altitudes rença é que na convencional sua pre-
ocupação é exclusi-
Fotos:'DQLHO&DVWHOODQR

vamente com a foto.


Já com o drone você é
responsável pelo voo,
pela segurança e pelos
limites técnicos do apa-
relho. Então, não dá pa-
ra esquecer do mundo
enquanto produz uma
foto, é preciso estar
atento o tempo todo”.

Na pelada no
campinho de terra, as
sombras é que fazem
o movimento do jogo

46 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
6«UJLR5DQDOOL

Sergio Ranalli,
fotógrafo
especializado
em agricultura
e agronegócios,
tem usado o drone
para mostrar o
cotidiano no campo
de uma forma
diferente, como
o trator arando
a terra (acima)
e o agricultor
colhendo pés de
alface (ao lado)
6«UJLR5DQDOOL

CÂMERA NA MÃO respeitar os parâmetros, os limites do Ele observa que, quando um fotó-
Para ele, o aprendizado de opera- drone e a legislação. grafo sem experiência em fotografia
ção foi muito tranquilo. “Depois que vo- Ranalli diz que, quando já exis- aérea começa a trabalhar com drone,
cê tem o domínio do aparelho, é como te uma experiência anterior com fo- existe a tendência de querer utiliza--lo
estar com a câmera nas mãos. As pos- tografia aérea, isso facilita na hora de para a produção de quase todas as ima-
sibilidades de movimento do conjunto identificar o que realmente vale ser gens. “O ineditismo de alguns ângulos é
drone-gimball faz você conseguir en- fotografado de cima, pois é possível encantador. Ele faz imagens que até en-
quadrar da maneira como enquadra- imaginar como é a cena do alto. “Nem tão não existiam. Depois, com o tempo,
ria se estivesse com a câmera naquela tudo fica legal com drone. Outro fator aprende-se que nem tudo é para ser re-
altura”, explica o fotógrafo. Mas Ranalli a ser levado em conta para usar ou gistrado do alto”, comenta.
adverte que é preciso buscar o máximo não o drone é a mensagem que você Em relação aos colegas fotojor-
de informações antes de sair voando e quer passar com a foto”, explica. nalistas, assegura que não ouviu crí-

-DQHLURî 47
)272-251$/,602

5RGULJR)HOL[/HDO
Castellano com seu drone (acima)
e um grupo folclórico em uma
apresentação de dança (ao lado)

por um modelo mais compacto, que


ocupa pouco espaço na mochila, um
DJI Mavic Pro, que tem há sete me-
ticas pelo uso do drone, mas des- POR INTERNET E VÍDEO ses. Disse que leu o manual de ca-
pertou muita curiosidade. Para ele, Daniel Castellano também não bo a rabo e foi aprendendo aos pou-
a maior parte dos fotógrafos sabe a fez um curso de pilotagem. Antes de cos graças aos vídeos do fabricante.
importância de ter conhecimento so- comprar o drone, viu diversos cur- “São excelentes, mas em inglês. Por
bre o tema. “Penso que daqui um sos pela internet e comparativos pa- isso, dominar a língua é fundamen-
tempo ter um drone será quase um ra escolher qual modelo se adaptava tal”, afirma.
item obrigatório”, afirma. melhor a suas necessidades. Optou Castellano já tinha um projeto
chamado Periscópio Urbano, em que
mostra Curitiba e seus espaços ur-
banos por uma visão superior. En-
tão, o drone veio para facilitar sua vi-
da. “A maior vantagem é que ago-
ra não dependo mais de ter que pe-
dir para porteiros e síndicos de pré-
dios para subir e fotografar”, diverte-
se. Ele não viu ainda nenhuma des-
vantagem para o trabalho que faz. “O
único cuidado é estar atento para não
provocar nenhum acidente ou trans-
torno com o drone. É preciso usá-lo
com inteligência”, comenta.

COMO JOGAR VIDEOGAME


Como resolveu dar um tem-
po com o fotojornalismo diário, Cas-
Fotos:'DQLHO&DVWHOODQR

tellano tem usado mais o apare-


lho para projetos fotográficos pesso-
ais. Para ele, tecnicamente o drone é
muito mais complexo de usar do que
uma câmera convencional. “Os con-
troles para manobrar exigem uma
É um terminal de ônibus em Curitiba, mas poderia ser uma imagem abstrata coordenação motora muito grande.

48 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Fotos: sérgio ranalli

suellen Machado

Ranalli com seu drone e duas fotos


feitas no campo (acima e ao lado) que
podem ser vistas como artísticas

É como voltar a jogar videogame, só


que no mundo real. Não há espaço
para erros”, afirma.
Fora isso, ele segue os princípios muito bom para o olhar”, diz. Indagado se tinha algum fotógra-
fotográficos que seguia com a câme- Ele concorda com Sérgio Ranalli fo como referência na área, citou o
ra na mão: ajuste de abertura, veloci- que nem todas as cenas merecem colega Sergio Ranalli. “Além de man-
dade de disparo, ISO, white balance... uma foto aérea. Para Castellano, o ter o olhar focado em fotos do cotidia-
Segundo Castellano, quem não tem drone é como uma lente que leva a no, ele ainda usa o drone como aliado
conhecimento técnico em fotogra- mais e usa apenas quando o assun- nas composições”, comenta. Mas, ao
fia não vai usar tudo que o drone po- to pede. “É o caso de acessar luga- contrário de Ranalli, Castellano ou-
de oferecer. “A liberdade de composi- res em que eu não poderia subir, co- viu críticas por parte de alguns fotó-
ção, por exemplo, é muito grande. O mo sobre a lona de um circo ou o alto grafos. “É gente que não tem muito
fotógrafo pode subir a poucos metros de uma torre. Já cheguei a subir em a visão do futuro da fotografia, que se
e já tem um ângulo completamente torre de iluminação de 30 metros pa- prende muito ao passado”, comen-
diferente, limpo, sem fios de energia. ra fotografar um estádio abandona- ta. Porém, a maior parte dos colegas
Ver tudo de cima e ficar procurando do. Hoje posso fazer a mesma foto gostou da ideia de ter essa liberdade
formas geométricas é um exercício sem nenhum risco”, afirma. de fotografar de um ângulo único.

janeiro 2018 • 49
)272*5$),$'($548,7(785$
$QGU«1D]DUHWK3URMHWR/LD6LTXHLUD

2(66(1&,$/3$5$)272*5$)$5
exteriores e interiores
A
325MÁRIO FITTIPALDI

Fotógrafos André produção de imagens da fachada conforto e beleza dos ambientes, ilumina-
de um imponente arranha-céu ou ção, texturas dos materiais usados, entre
Nazareth e Edson o aconchego de uma sala de estar muitos outros detalhes. E isso exige, além
Ferreira dão dicas são apenas alguns dos aspectos do domínio da técnica fotográfica e mui-
para quem quer da fotografia de arquitetura. Para to planejamento, conhecimentos na área.
atuar nesse mercado, o fotógrafo “Sem dúvida, o olhar de arquiteto aju-
atuar nesse nicho deve ter em mente que, além da beleza e da a encontrar as melhores abordagens
com criatividade criatividade da foto, o que precisa apare- em um trabalho”, atesta o carioca André
cer são justamente as características ar- Nazareth, de 46 anos. Fotógrafo profissio-
e sem errar na quitetônicas de cada projeto, ou seja, har- nal desde 2000 e com formação em Arqui-
técnica. Veja monia entre as linhas, funcionalidade, tetura, ele explica que a principal função

50 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
(GVRQ)HUUHLUD

de quem faz esse tipo de fotografia é sa- sar uma faculdade, mas acabou mesmo O alinhamento perfeito
ber contar a história do projeto que vai fo- aprendendo com a prática nos seus mais de das linhas de um projeto,
tografar. “É preciso interpretar a intenção 15 anos de experiência. “A convivência com seja de ambientes
internos (acima) ou de
de quem projetou o espaço e produzir um profissionais e a diversidade dos trabalhos fachadas (na página
conjunto de imagens que sintetizam essa acaba dando, com o tempo, o respaldo ne- oposta), é inerente à
intenção”, explica André. cessário para atuar”, ele assegura. fotografia de arquitetura
Embora seja um diferencial, a formação André e Edson são categóricos ao afir-
superior em Arquitetura não é condição bá- mar que uma das características inerentes
sica. “Muitos fotógrafos da área, como eu, à fotografia de arquitetura – e também seu
não são arquitetos”, lembra o fotógrafo ca- principal diferencial – é a necessidade de
rioca radicado em São Paulo Edson Ferrei- respeitar alinhamento e perspectiva, o que
ra, de 45 anos. Ele conta que até cogitou cur- torna o trabalho bastante técnico. Assim,

-DQHLURî 51
)272*5$),$'($548,7(785$

O lusco-fusco é o melhor
momento para fotografar
fachadas e destacar o
projeto de iluminação

tanto para fotos do exterior como do


interior, o enquadramento tem de ser
muito bem definido, motivo pelo qual
o uso de tripé é essencial. “As retas
têm de ser retas, as paralelas têm de
ser paralelas e a proporção entre os
elementos precisa estar correta, co-
erente com a realidade”, avalia An-
dré. “Não existe foto torta em arqui-
tetura. No entanto, isso não quer di-
zer que a fotografia seja amarrada.
Há muito espaço para a criatividade”,
assegura o fotógrafo.
Edson acrescenta que é preci-
so fazer o enquadramento de modo a
deixar tudo o mais alinhado possível,
para que não sejam necessárias cor-
reções dramáticas na pós-produção
– o que poderia inviabilizar o trabalho.
$QGU«1D]DUHWK3URMHWR7LVKPDQ6SH\HU
“Para fotos de interiores, é importante
que a câmera esteja paralela ao chão
e posicionada pouco acima do ponto
horizontal mais alto do ambiente, co-
mo uma mesa, o espaldar de uma ca-
deira ou um aparador”, ensina.

ANTES DO CLIQUE
O mantra da necessidade de pla-
nejamento é fundamental para uma
boa produção, e em fotografia de ar-
quitetura não é diferente. Quando ini-
cia um trabalho, André não dispensa
um briefing com o responsável pelo
projeto antes mesmo de pegar na câ-
mera: “É nessa conversa que enten-
do as funcionalidades de cada am-
biente, suas características e a posi-
ção do sol em relação à construção”,
explica. Edson também opta por es-
se tipo de abordagem: “Sempre que
possível, converso com o arquiteto
antes para conhecer os pontos-cha-
ve do projeto e peço para ver a planta.
Assim, posso planejar melhor a ses-
são de fotos. Além disso, tenho ideia
do tamanho, da quantidade de fotos
necessária e do tempo de tratamento
das imagens”, avalia.
(GVRQ)HUUHLUD

Uma vez na locação, André consi-


dera fundamental pensar no que po-
de ser extraído do ambiente, seja ele

52 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
$QGU«1D]DUHWK3URMHWR/'6WXGLR

Há uma tendência de fotografar ângulos mais retos, como na foto acima; abaixo, detalhes destacam as nuances do projeto

residencial ou corporativo, identifi- do com André: “Tem de ter a fachada


cando os pontos certos para cada cli- mais aberta, inserida no paisagismo
que. “É pensar naquela história que ou no urbanismo, depois mais fecha-
precisa ser contada”, lembra, acres- da, a entrada… dentro da casa, nor-
centando que, para isso, deve-se malmente priorizo os ambientes co-
também levar em conta a finalidade muns, como o living, uma sala de jan-
do trabalho: se o cliente for um ar- tar, para depois incluir os ambientes
quiteto ou escritório de arquitetura, mais privados, como o quarto princi-
a ênfase deve ser nos diferenciais do pal, o banheiro e a cozinha”, relata. “O
projeto que ele deseja destacar. mais importante é mostrar a lingua-
Já para um editorial de revista, gem arquitetônica. O arquiteto proje-
vale pensar em espaços que se en- tou todos aqueles espaços com algu-
caixam melhor em enquadramen- ma finalidade, que deve transparecer
tos horizontais e verticais e também no resultado final do trabalho”, diz.
encontrar ambientes ou fachadas Para fotografar os ambientes
que tenham potencial para ilustrar principais, Edson recomenda cobrir
a abertura da matéria. “Só depois é todos os ângulos possíveis. “Primeiro
que me considero pronto para come- clico de cada um dos cantos, fazen-
çar a fotografar”, completa. do um xis, para depois fotografar do
meio para cada um dos lados”, conta.
EM AÇÃO “Hoje há uma tendência de se foto-
Um trabalho típico de fotogra- grafar com ângulos mais retos”, ana-
fia de arquitetura envolve fotos ex- lisa. Depois, o fotógrafo identifica de-
ternas e também internas, dos am- talhes que possam destacar as nu-
(GVRQ)HUUHLUD

bientes e da decoração. Ao fotogra- ances de cada projeto. “Pode ser um


far uma casa, por exemplo, há um livro sobre uma mesa, uma fração de
roteiro básico a ser seguido, de acor- sofá em contraste com a cor da pa-

-DQHLURî 53
)272*5$),$'($548,7(785$

Incluir pessoas na
$QGU«1D]DUHWK

composição dá a
escala do tamanho
do ambiente

rede do fundo, um quadro… São es- O fotógrafo gosta de incluir pes- das, André diz que os melhores horá-
ses detalhes que identificam a inten- soas interagindo com os ambientes, rios são logo pela manhã ou no final
ção do arquiteto”, comenta. algo que, segundo ele, vem se tor- da tarde, quando a luz é menos dura.
André ressalta que um elemen- nando tendência especialmente nos “Gosto do lusco-fusco”, revela. “Den-
to importante na fotografia de inte- editoriais. “Isso deixa o projeto mais tro da casa, você vai seguindo o cur-
riores é mostrar como os ambientes humanizado, a foto fica mais quen- so do sol, fotografando os ambientes
se conectam. “Eu trabalho muito as te”, destaca. “Mas tem outro aspec- que estão mais iluminados primeiro”,
transições, ainda mais na arquitetu- to que, no caso da arquitetura, é mui- ensina o fotógrafo. “Os momentos de
ra de hoje, que é menos fragmenta- to importante, que é ter sempre algo luz ideal duram muito pouco, é preci-
da, os espaços conversam mais en- que dê escala, sejam pessoas, mobi- so ser rápido”, recomenda.
tre si”, explica. “É preciso prestar bas- liários ou objetos. Ajuda a compreen- Edson acrescenta que, depen-
tante atenção neles, pois nem sem- der a dimensão do projeto”, avalia. dendo do objetivo do trabalho, é
pre o melhor ângulo para fotografar a Tanto André quanto Edson foto- preciso destacar o projeto lumino-
passagem de um lugar para outro é o grafam com luz natural. Assim, sa- técnico, fotografando com a luz am-
sentido natural da passagem”, ressal- ber o caminho do sol em relação à biente e as luminárias acesas. ‘Va-
va. “Corre-se o risco de ficar com uma construção é fundamental, pois de- le o mesmo para as fotos externas,
foto que não mostra nem um ponto termina a ordem em que os am- como fachadas, piscinas e jardins,
nem outro”, alerta. bientes serão clicados. Para facha- nesse caso, fotografadas ao anoi-
$QGU«1D]DUHWK3URMHWR(ULFN)LJXHLUDGH0HOOR

$UTXLYR3HVVRDO

André Nazareth (acima) gosta de


mostrar a conexão entre ambientes
em arquiteturas menos fragmentadas

54 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
tecer, quando as fontes de luz ga-
nham destaque”, pontua.

EQUIPAMENTO
André, que começou a trabalhar
com fotos de arquitetura usando câ-
meras de médio formato, hoje traba-
lha com equipamentos mais simples.
“Com a evolução das DSLRs e o tra-
balho de pós-produção, não é neces-
sário usar uma parafernália de equi-
pamentos, e é possível chegar bem
perto do resultado de antes”, com-
para. A maioria dos trabalhos é fei-
ta com uma Canon EOS 5D Mark III
e duas lentes, uma 24-105 mm e ou-
tra 16-35 mm, além do indispensá-
vel tripé. “Também tenho uma Canon
17 mm TSE, uma tilt-shift que corri-
ge perspectiva, que só uso nos casos
mais radicais”, informa.
O equipamento de Edson também
vai na linha da simplicidade, sendo
composto por uma Nikon D810, uma
grande angular 16-35 mm e uma fi-
xa 50 mm. “Minha distância focal pre-
ferida é a 24 mm, perfeita para quase
todos os trabalhos”, avalia.

(GVRQ)HUUHLUD
PÓS-PRODUÇÃO
Um dos diferenciais da fotogra-
fia de arquitetura moderna são os re-
cursos de tratamento que o trabalho Edson Ferreira (ao lado) ensina que

$UTXLYR3HVVRDO
de pós-produção em softwares como a câmera deve estar paralela ao chão
o Lightroom e o Photoshop permite e posicionada pouco acima do objeto
– um dos principais é a correção au- horizontal mais alto (acima)
tomática das distorções de lente via
presets. Mas é possível limpar inter- no momento da foto”, desabafa.
ferências indesejadas e até fazer edi- Outro ponto destacado pelos dois
ções mais sofisticadas, como corre- profissionais é que o tratamento per-
ções de perspectiva e tratamento da mite obter uma condição de luz ide-
luz. André, por exemplo, lembra que al em todo o ambiente, seja por meio
hoje há uma busca até exagerada pe- de bracketing, com múltiplas exposi-
la fotografia perfeita: “Não pode ter ções que são combinadas depois no
aparelho de ar-condicionado apare- software, ou mesmo recuperando-se
cendo, não pode ter reflexo de car- as luzes altas e baixas em uma única fotógrafo: “O uso de tons mais frios
ro na fachada… Essa busca obsessi- imagem. “É possível ter boa luz no in- ou mais quentes e a saturação das
va por uma falsa realidade só se re- terior sem que a luz na janela estou- cores é o que diferencia um traba-
solve no Photoshop”, conforma-se. re, tornando visível a paisagem do la- lho dos demais”, diz. Já Edson prefe-
Edson, ao contrário, não gosta de do de fora. Isso ocorre por causa do re não carregar nos tons, imprimindo
interferir muito nas imagens: “Cla- grande alcance dinâmico dos senso- às imagens finais tons mais neutros.
ro que, no caso extremo de uma ra- res das DSLRs de hoje, que produ- “Gosto de deixar luz do modo que o
chadura na parede, é preciso limpar. zem imagens ótimas”, avalia André. olho humano a percebe”, indica, res-
Mas que casa não tem um interrup- Quanto à iluminação, ele acre- salvando que, antes de tudo, é preci-
tor de luz?”, questiona. “Se é para ti- dita que dar tratamento adequado à so respeitar a paleta de cores que o
rar depois, prefiro nem enquadrar luz é uma espécie de assinatura do arquiteto determinou.

-DQHLURî 55
',&$67‹&1,&$6

Cabeça de mosca
retratada com ajuda
do focus stacking
de 84 exposições

Fotos:-HIIHUVRQ$OODQ
O micromundo
de Jefferson Allan
A
325JULIANA MELGUISO

Conheça o fotografia de natureza, especial- principalmente porque usa a técnica de


mente a feita por ícones como Ara- empilhamento de foco (focus stacking). Es-
fotógrafo paulista quém Alcântara e Haroldo Palo Jr., sa é a arma contra a maior dificuldade de
que usa a técnica que infelizmente morreu no fim de quem faz macro: a profundidade de cam-
de empilhamento novembro (veja mais na pág. 8), foi po extremamente reduzida e crítica, o que
o primeiro incentivo para o paulis- tornava impossível conseguir foco perfei-
de foco para ta Jefferson Allan, de 44 anos, de Campi- to em todos os pontos do enquadramento.
fazer macros nas (SP). Autodidata, Allan tem se dedica- Essa técnica permite realizar ima-
do à macrofotografia em busca dos míni- gens muito realistas e repletas de deta-
impressionantes mos detalhes de plantas e insetos. Os re- lhes. O segredo do focus stacking é a jun-
de insetos sultados que obtém são impressionantes, ção de várias fotos do tema em todos os

56 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Acima, os detalhes coloridos de uma mosca mutuca e, abaixo, a cabeça de uma formiga: imagens impressionantes e nítidas

-DQHLURî 57
',&$67‹&1,&$6

Fotos:-HIIHUVRQ$OODQ
Detalhes como textura da pele e pelos de insetos podem ser mais bem observados com a técnica do empilhamento de foco

pontos possíveis de foco. Dependen- ção de cor, equilíbrio de branco e ou- primeiros cliques do inseto ou obje-
do do assunto, o empilhamento exi- tros detalhes. to até a edição final.
ge de cinco até centenas de cliques, Uma dessas fotos finalizadas “Para conseguir imagens des-
sempre ajustando o foco para que a é a da cabeça de uma mosca, que se tipo, utilizo um trilho de foco
nitidez esteja perfeita. Allan fez para ser inscrita em con- manual, que me ajuda a contro-
O programa Helicon Focus, com cursos internacionais de macrofo- lar a focalização. Assim, vou avan-
preços que variam de US$ 24 a US$ tografia. A imagem multicolorida só çando milímetro a milímetro para
52 por um ano de licença, é o que ele se tornou possível depois de 84 ex- fazer cada foto”, explica Allan. Ele
usa na edição, pois é voltada justa- posições sequenciais, com amplia- informa que o ajuste de abertu-
mente para focus stacking. Além de ção de 3.5x (3:1). Um fator que tam- ra depende do tamanho do inseto
fazer o empilhamento das imagens, bém contribui para que essas ima- e também da ampliação a ser re-
o programa ajuda nas correções gens se tornem incríveis é a exi- alizada, ou seja, se um inseto tiver
de possíveis erros de deslocamen- gência em relação à qualidade do um tamanho total de 2 mm (com
to que podem ocorrer nesse tipo de resultado. Isso faz com que o tem- ampliação 4:1), a abertura poderá
prática. Depois, acessa o Photoshop po de criação varie de alguns minu- variar de f/2.8 a f/5.6, sempre com
para finalizar a imagem com corre- tos até oito horas ou mais, desde os o menor valor de ISO.

Um recém-nascido filhote de lagartixa, com milímetros de tamanho, pode parecer um réptil assustador com a macrofotografia

58 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
O fotógrafo Jefferson Allan, que mora
e trabalha em Campinas (SP)

OS EQUIPAMENTOS
Retratar com perfeição esse
mundo que os olhos não conse-
guem enxergar exige equipamen-
tos variados, diz Allan, desde tri-
pés e trilhos de foco manual até di-
ferentes tipos de flash (sejam ma-
cro ou não) e, claro, lentes macro,
que variam de 100 mm a 180 mm. A
grande vedete desse show é a Ca-
non MP-E 65 mm f/2.8, que oferece Retrato de um gafanhoto e, abaixo, o perfil de um pequeno besouro: detalhes
a incrível ampliação de 5:1. possíveis de se ver depois de 106 exposições sobrepostas via software
O fotógrafo usa nesse trabalho
câmeras variadas, como as Canon
EOS 5D Mark IV e 5D Mark III, 7D
Mark II e a top 1DX Mark I, e ainda a
Nikon D750, entre as DSLRs. Traba-
lha também com as mirrorless Sony
A7S II e A7R II. Como acessórios,
recorre a adaptadores Metabones
para poder usar lentes Canon em
câmeras Sony.
Para quem tem interesse por
macrofotografia, Jefferson Allan ex-
plica que em primeiro lugar é preci-
so de estudar bastante o segmento,
pois é fundamental entender a téc-
nica. “Mas, acima de tudo, é neces-
sário ter muita determinação para
chegar a um bom resultado. Paciên-
cia e dedicação são as palavras-cha-
ve da macrofotografia”, afirma ele.
Na hora de escolher o que foto-
grafar, Allan acredita que o impor-

-DQHLURî 59
',&$67‹&1,&$6

Ao lado, a aparência de uma


simples mosca doméstica pode
assustar quando a ampliação
em macro chega a esse nível

tante é ter contato com a natureza.


“Como moro em uma chácara, es-
tou sempre observando a natureza
e buscando insetos, vivos ou mortos,
assim como outros animais. Quan-
to menor, mais me sinto instigado”,
diz. Ele ensina que também é neces-
sário uma preparação do ambiente
antes de fotografar, principalmente
de acordo com o tema, seja um in-
seto vivo, morto, ou uma flor. “Geral-
mente, utilizo pequenas garras para
segurar o assunto da forma mais fi-
xa possível. Se for no estúdio, utili-
zo pinças, difusores e outros mate-
riais que desenvolvi, analisando bem
o objeto para deixá-lo o mais limpo
possível para fotografar”, explica.
Uma paquinha Para ele, o grande diferencial da
ou grilo da terra macrofotografia é justamente a pos-
de 3 centímetros sibilidade de registrar uma riqueza
de detalhes que os olhos não são ca-
pazes de enxergar. Fotógrafo há cerca
de sete anos, Jefferson Allan diz que
o hobby foi muito além do que pensa-
va. Hoje ele dá cursos sobre empilha-
mento de foco e também de outras
especialidades a que vem se dedican-
Fotos:-HIIHUVRQ$OODQ

do, como técnicas para fotos em in-


fravermelho e captação de imagens
em 360 graus, além de usar drone
para fotos e vídeos aéreos. Para saber
mais, acesse: http://bit.ly/2AHnOAw.

O aspecto metalizado da vespa joia e os pelinhos no corpo de um percevejo pelas lentes do fotógrafo Jefferson Allan

60 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
EQUIPAMENTO

30 PARA INVESTIR E APRIMORAR SEU KIT


novas
lentes
S
POR DIEGO MENEGHETTI

e você está em dúvida em com- ferentes opções de lentes pode aprimo-


Na recente leva prar uma nova câmera ou inves- rar seus resultados na fotografia, adicio-
de objetivas tir o dinheiro para adquirir ou- nando diferentes ângulos de visão, novas
tras lentes, vá seguro na segun- perspectivas e profundidades de campo
que chegou ao da opção. Três razões explicam mais curtas. Por fim, o mercado de objeti-
mercado, há essa certeza de maneira bem vas costuma receber menos novidades do
opções para vários simples: primeiro que uma objetiva de boa que a linha de câmeras, as quais são atua-
qualidade óptica pode aproveitar o máxi- lizadas praticamente a cada ano, com no-
perfis de fotógrafos mo de uma câmera mais antiga – o con- vos recursos e melhor desempenho.
e diferentes trário não ocorre, pois uma lente de me- Para lhe ajudar na escolha da sua
nor qualidade pode limitar bastante o po- próxima lente, Fotografe selecionou as
marcas de tencial da melhor câmera que o dinheiro 30 objetivas mais recentes disponíveis no
câmeras. Confira pode comprar. Além disso, ter à mão di- exterior – no Brasil, você sabe, é provável

62 î)RWRJUDIH0HOKRUQR 256
que demorem a chegar. Há modelos
das marcas mais importantes, ori-
ginais e genéricas, que foram lan-
çadas pelos fabricantes no segundo
semestre de 2017.
A Canon foi o fabricante que mais
modelos apresentou ao mercado,
com três novos modelos tilt-shift,
uma fixa de 85 mm e uma macro de
60 mm e encaixe EF-S com um ino-
vador sistema de led no anel frontal:
a lâmpada utiliza a energia da bate- Todas as lentes já estão disponíveis no
ria da câmera e o fotógrafo define seu mercado externo – no Brasil, a maioria
deve demorar para chegar, trazidas
funcionamento (luz total ou unilateral, apenas por importadores não-oficiais
com diferentes níveis de brilho).
Do lado da Nikon (que encerrou
suas operações de vendas oficiais no
Brasil em dezembro de 2017), há qua-
tro novidades, sendo que o destaque
são a AF-S 8-15 mm (a primeira olho-
de-peixe da marca nesse padrão) e a
zoom grande angular 10-20 mm, pro-
jetada para câmeras de sensor DX
(APS-C). Para câmeras Canon e Ni-
kon ainda há novas opções fabricadas
pela Zeiss e pela Tamron – esta última
apresentou a segunda versão de sua
lente zoom 24-70 mm f/2.8.
A Sony também apresentou coreana Samyang (conhecida como
quatro novas lentes com encaixe FE, Rokinon em alguns mercados), evi-
para câmeras mirrorless de sensor denciando que o sistema sem espe-
full frame. Além dessas originais, lho é o foco desses fabricantes. Ain-
o padrão também recebeu adições da há opções para câmeras da Fuji-
genéricas da Sigma, da Zeiss e da film, Leica e Panasonic.

Fotos: 'LYXOJD©¥R

-DQHLURî 63
EQUIPAMENTO

CANON EF-S 35 mm f/2.8 MACRO IS STM


Fotos: 'LYXOJD©¥R

Modelo dedicado à macrofotografia reali- Distância mínima de foco: 30 cm


zada com câmeras de sensor APS-C (distân- Diâmetro do filtro: 49 mm
cia focal equivalente a 56 mm). A objetiva tem Elementos: 10 em 6 grupos
sistema de estabilização de imagem (IS) híbri- Lâminas: 7
Peso: 190 g
do, que suporta até 4 pontos, possibilita repro- Preço: US$ 349
dução de 1:1 e traz um inovador sistema de
led circular na frente para iluminar a cena.

CANON EF 85 mm f/1.4L IS USM


A distância focal de 85 mm é ideal para fa- Distância mínima de foco: 85 cm
zer retratos, e nesta lente é otimizada com as Diâmetro do filtro: 77 mm
9 lâminas circulares do diafragma, que pos- Elementos: 14 em 10 grupos
sibilitam um bokeh agradável ao olhar. Esta Lâminas: 9
Peso: 950 g
versão atualizada da série profissional da Ca- Preço: US$ 1,6 mil
non (série L) vem com estabilizador de ima-
gem (suporta até 4 pontos) e abertura de f1/4.

CANON TS-E 50 mm f/2.8L MACRO


A Canon ampliou sua linha de lentes com Distância mínima de foco: 27 cm
controle de perspectiva. Esta, com distância Diâmetro do filtro: 77 mm
focal de 50 mm, é indicada para paisagens, Elementos: 12 em 9 grupos
arquitetura e retratos. Sua construção utiliza Lâminas: 9
Peso: 945 g
12 elementos ópticos, com unidades asféricas Preço: US$ 2,2 mil
e de ultra baixa dispersão para minimizar dis-
torções na imagem.

CANON TS-E 90 mm f/2.8L MACRO


Objetiva fixa com controle de perspectiva Distância mínima de foco: 39 cm
e distância focal de 90 mm, boa para retra- Diâmetro do filtro: 77 mm
tos, arquitetura e fotos de produtos. A lente Elementos: 11 em 9 grupos
usa 11 elementos em 9 grupos, com revesti- Lâminas: 9
Peso: 915 g
mento no elemento frontal que reduz flare e Preço: US$ 2,2 mil
fantasmas na imagem.

CANON TS-E 135 mm f/4L MACRO


Versão com controle de perspectiva com Distância mínima de foco: 39 cm
maior distância focal da linha, indicada para Diâmetro do filtro: 82 mm
retratos e fotos de produtos. Como nas outras Elementos: 11 em 7 grupos
lentes da família, essa tilt-shift traz elementos Lâminas: 9
Peso: 1.110 g
ópticos que reduzem distorções na imagem. Preço: US$ 2,2 mil
Seu destaque é a distância mínima de foco, de
apenas 39 cm.

64 î)RWRJUDIH0HOKRUQR 256
NIKON AF-S NIKKOR FISHEYE 8-15 mm
f/3.5-4.5E ED
Primeira lente zoom olho-de-peixe da Ni- Distância mínima de foco: 16 cm
kon. Na posição mais aberta, ela oferece uma Diâmetro do filtro: não se aplica
cobertura circular de 180 graus nos dois ei- Elementos: 15 em 13 grupos
xos. Em 15 mm, a cobertura é não circular, Lâminas: 7
Peso: 485 g
com diagonal de 180 graus. O sistema de fo- Preço: US$ 1,25 mil
co é interno (a lente não altera de tamanho ao
focalizar).

NIKON AF-P DX NIKKOR 10-20 mm


f/4.5-5.6G VR
Objetiva zoom grande angular projetada Distância mínima de foco: 22 cm
para uso em câmeras de sensor DX (APS-C). Diâmetro do filtro: 72 mm
Compacta, leve (apenas 230 g) e com preço Elementos: 14 em 11 grupos
acessível, é uma das melhores opções atual- Lâminas: 7
Peso: 230 g
mente no mercado para este formato de sen- Preço: US$ 310
sor. O sistema de foco rápido e silencioso tam-
bém merece destaque.

NIKON AF-S NIKKOR 28 mm f/1.4E ED


Lente fixa profissional da Nikon, construí- Distância mínima de foco: 28 cm
da com 3 elementos asféricos e 4 ED, além de Diâmetro do filtro: 77 mm
um revestimento no elemento frontal que mi- Elementos: 14 em 11 grupos
nimiza distorções em grande angular. Proje- Lâminas: 9
Peso: 645 g
tada para câmeras full frame, oferece distân- Preço: US$ 2 mil
cia mínima de foco de 28 cm. Usa o recente
sistema de abertura eletromagnética.

NIKON AF-P NIKKOR 70-300 mm


f/4.5-5.6E ED VR
Outra lente atualizada com o sistema de Distância mínima de foco: 125 cm
abertura eletromagnética e construção com- Diâmetro do filtro: 67 mm
pacta (AF-P). Projetada para full frame, pode Elementos: 18 em 14 grupos
ser usada em câmeras APS-C, nas quais tem Lâminas: 9
Peso: 680 g
cobertura equivalente a 105-450 mm. Traz Preço: US$ 750
sistema de estabilização de imagens de até
4,5 pontos na exposição.

SONY FE 12-24 mm f/4 G


Lente profissional da Sony projetada para Distância mínima de foco: 28 cm
uso em câmeras full frame mirroless da mar- Diâmetro do filtro: não se aplica
ca. Utiliza um sistema de foco automático in- Elementos: 17 em 13 grupos
terno (Direct Drive SSM) que funciona de ma- Lâminas: 7
Peso: 565 g
neira rápida e silenciosa, tem distância míni- Preço: US$ 1,7 mil
ma de foco de 28 cm e traz um para-sol inte-
grado ao corpo.

-DQHLURî 65
EQUIPAMENTO

SONY FE 16-35 mm f/2.8 GM


Zoom grande angular projetada para câ- Distância mínima de foco: 28 cm
meras mirrorless de sensor full frame. Faz Diâmetro do filtro: 82 mm
parte da linha profissional da Sony (G Mas- Elementos: 16 em 13 grupos
ter), que tem qualidade óptica aprimorada; Lâminas: 11
Peso: 680 g
traz elementos asféricos e de baixa disper- Preço: US$ 2,2 mil
são; proteção contra umidade; e revestimen-
to frontal que evita poeira e marcas de digitais.

SONY FE 100-400 mm f/4.5-5.6 GM OSS


Teleobjetiva zoom com tamanho compac- Distância mínima de foco: 98 cm
to, considerando a abrangência de suas dis- Diâmetro do filtro: 77 mm
tâncias focais. O modelo usa um motor de fo- Elementos: 22 em 16 grupos
co com sistema Direct Drive SSM, que pos- Lâminas: 9
Peso: 1.395 g
sibilita focalização ágil e silenciosa (distância Preço: US$ 2,5 mil
mínima de foco em 98 cm). A estabilização de
imagem chega a 5 pontos de exposição.

SONY FE 24-105 mm f/4 G OSS


Zoom profissional versátil, com cobertura Distância mínima de foco: 39 cm
para a maioria das situações de foto – é o mo- Diâmetro do filtro: 77 mm
delo-padrão sugerido como kit para suas câ- Elementos: 17 em 14 grupos
meras full frame. A abertura constante de f/4 Lâminas: 9
Peso: 663 g
favorece o uso contínuo da lente. Traz revesti- Preço: US$ 1,3 mil
mento Nano AR contra flare e 3 elementos ED
para minimizar distorções ópticas.

FUJIFILM GF 110 mm f/2 R LM WR


Lente fixa profissional de 100 mm projeta- Distância mínima de foco: 90 cm
da para a família com sensor de médio forma- Diâmetro do filtro: 77 mm
to da Fuji (montagem Fujifilm G, equivalente a Elementos: 14 em 9 grupos
85 mm em full frame). A objetiva tem proteção Lâminas: 9
Peso: 1.010 g
contra umidade e poeira, sistema de foco line- Preço: US$ 2,5 mil
ar e diafragma com 9 lâminas circulares, que
formam um bokeh circular na imagem.

FUJIFILM GF 23 mm f/4 R LM WR
Com distância focal equivalente a 18 mm Distância mínima de foco: 38 cm
Fotos: 'LYXOJD©¥R

no padrão 35 mm, esta lente fixa para câme- Diâmetro do filtro: 82 mm


ras médio formato da Fujifilm é projetada com Elementos: 15 em 12 grupos
15 elementos em 12 grupos, incluindo 2 as- Lâminas: 9
Peso: 845 g
féricos e 3 de baixa dispersão (ED). O modelo Preço: US$ 2,6 mil
também é resistente a umidade e poeira, com
9 lâminas circulares.

66 î)RWRJUDIH0HOKRUQR 256
FUJIFILM XF 80 mm f/2.8 R
LM OIS WR MACRO
Objetiva fixa de 80 mm projetada para a Distância mínima de foco: 25 cm
série X, de câmeras mirrorless e sensor APS- Diâmetro do filtro: 62 mm
-C da Fuji (campo de visão equivalente a 120 Elementos: 16 em 12 grupos
mm). Seu destaque é a capacidade macro: é a Lâminas: 9
Peso: 750 g
primeira lente da série a possibilitar reprodu- Preço: US$ 1,2 mil
ção de 1:1. É resistente a água e poeira (WR)
e tem estabilização de imagem com 5 pontos.

FUJIFILM GF 45 mm f/2.8 R WR
Outro modelo projetado para a câmera Distância mínima de foco: 45 cm
médio formato da Fuji GFX 50s – grande an- Diâmetro do filtro: 62 mm
gular com distância focal equivalente a 36 Elementos: 11 em 8 grupos
mm. Assim como outras da série, esta obje- Lâminas: 9
Peso: 490 g
tiva tem proteção contra umidade e poeira, e Preço: US$ 1,7 mil
utiliza 9 lâminas no diafragma que formam
um bokeh mais circular na imagem.

LEICA THAMBAR-M 90 mm f/2.2


Anunciada em outubro de 2017, esta len- Distância mínima de foco: 100 cm
te marca o retorno de um projeto da Leica de Diâmetro do filtro: 49 mm
1935. Segundo o fabricante, esta objetiva fixa Elementos: 4 em 3 grupos
para câmeras M possibilita um “look distin- Lâminas: 20
Peso: 500 g
to, onírico e com bokeh inconfundível” na ima- Preço: US$ 6,45 mil
gem. Isso por causa da sua construção óptica
e das 20 lâminas do diafragma.

LEICA ELMARIT-TL 18 mm f/2.8 ASPH


Com distância focal equivalente a 27 mm no padrão Distância mínima de foco: 30 cm
full frame, esta lente fixa é destinada apenas para câ- Diâmetro do filtro: 39 mm
meras mirrorless com sensor APS-C da Leica – família Elementos: 8 em 6 grupos
TL. O modelo é muito leve (apenas 80 g), usa um pro- Lâminas: 9
Peso: 80 g
jeto com 8 elementos ópticos e possibilita focalização Preço: US$ 1,3 mil
mínima de 30 cm.

LEICA NOCTILUX-M 75 mm f/1.25 ASPH


Outra objetiva peculiar da Leica. Sua Distância mínima de foco: 85 cm
abertura máxima de f/1.25 e distância mí- Diâmetro do filtro: 67 mm
nima de foco de 85 cm capacitam o mode- Elementos: 9 em 6 grupos
lo para retratos profissionais, com range- Lâminas: 11
Peso: 1.050 g
finders da série M. O projeto usa diafragma Preço: US$ 12,7 mil
de 11 lâminas e tem para-sol integrado ao
corpo da lente.

-DQHLURî 67
EQUIPAMENTO

PANASONIC LEICA DG VARIO-ELMARIT


8-18 mm f/2.8-4 ASPH
Lente zoom grande angular projetada pa- Distância mínima de foco: 23 cm
ra câmeras de sensor Micro Quatro Terços. Diâmetro do filtro: 67 mm
Seu destaque é o motor de foco interno, que é Elementos: 15 em 10 grupos
ágil, silencioso e não altera o tamanho da len- Lâminas: 7
Peso: 315 g
te durante a focalização. Merece atenção tam- Preço: US$ 1,1 mil
bém as aberturas máximas de f/2.8-4 no de-
correr do zoom.

PANASONIC LEICA DG ELMARIT 200 mm


f/2.8 POWER OIS
Teleobjetiva fixa projetada para câmeras Distância mínima de foco: 115 cm
da série G da Panasonic (mirrorless com sen- Diâmetro do filtro: 77 mm
sor Micro Quatro Terços), com distância focal Elementos: 15 em 13 grupos
equivalente a 400 mm no padrão full frame – Lâminas: 9
Peso: 1.245 g
um teleconversor incluído aumenta a cober- Preço: US$ 3 mil
tura para 800 mm. Tem estabilização de ima-
gem e foco automático aprimorados.

TAMRON SP 24-70 mm f/2.8 DI VC USD G2


Com montagem para Canon EF ou Nikon Distância mínima de foco: 38 cm
Fotos: 'LYXOJD©¥R

F, a segunda versão da zoom 24-70 mm da Diâmetro do filtro: 82 mm


Tamron oferece uma construção com 17 ele- Elementos: 17 em 12 grupos
mentos ópticos aprimorados (3 deles de baixa Lâminas: 9
Peso: 905 g
dispersão). Para a Nikon, a lente possibilita o Preço: US$ 1,2 mil
sistema de abertura eletromagnética. O mo-
delo tem diafragma com 9 lâminas.

TAMRON 100-400 mm f/4.5-6.3 DI VC USD


Apresentada ao mercado em outubro de Distância mínima de foco: 150 cm
2017, esta teleobjetiva zoom é projetada pa- Diâmetro do filtro: 67 mm
ra câmeras full frame com encaixe Canon EF Elementos: 17 em 11 grupos
ou Nikon F. O sistema de estabilização de ima- Lâminas: 9
Peso: 1.135 g
gem suporta até 4 pontos. Um de seus desta- Preço: US$ 800
ques é a portabilidade: mesmo com 1.135 g, é
a lente mais leve da categoria.

TAMRON 18-400 mm f/3.5-6.3 DI II VC HLD


Com um zoom de 22x que cobre desde Distância mínima de foco: 45 cm
grande angular até teleobjetiva longa (equi- Diâmetro do filtro: 72 mm
valente a 27-600 mm), esta lente é uma op- Elementos: 16 em 11 grupos
ção faz-tudo para usar com câmeras de sen- Lâminas: 7
Peso: 700 g
sor APS-C da Canon ou da Nikon. Mesmo com Preço: US$ 650
cobertura ampla, tem construção compacta,
com apenas 700 g e 12 cm de comprimento.

68 î)RWRJUDIH0HOKRUQR 256
SIGMA 16 mm f/1.4 DC DN
Objetiva fixa grande angular projetada pa- Distância mínima de foco: 25 cm
ra câmeras mirrorless com sensor APS-C Diâmetro do filtro: 72 mm
(montagem Sony E) ou Micro Quatro Terços. Elementos: 16 em 13 grupos
Um dos destaques é a abertura do diafragma Lâminas: 9
Peso: 405 g
de até f/1.4 – é a primeira do mercado nessa Preço: US$ 450
distância focal e com essa abertura.

SAMYANG AF 35 mm f/2.8 FE
Projetada para câmeras mirrorless full Distância mínima de foco: 35 cm
frame da Sony, esta lente fixa de 35 mm é Diâmetro do filtro: 49 mm
acessível e compacta: pesa apenas 85 g e tem Elementos: 7 em 6 grupos
3,3 cm de comprimento. Usa 7 elementos óp- Lâminas: 7
Peso: 85 g
ticos em 6 grupos. A lente também é comer- Preço: US$ 350
cializada com a marca Rokinon – especifica-
ções e preços são idênticos.

ZEISS BATIS 135 mm f/2.8


Outra lente premium projetada para câ- Distância mínima de foco: 87 cm
meras com encaixe Sony FE, mirrorless de Diâmetro do filtro: 67 mm
sensor full frame. Essa fixa de 135 mm utiliza Elementos: 14 em 11 grupos
o desenho Apo Sonnar da Zeiss, com 14 ele- Lâminas: não informado
Peso: 614 g
mentos ópticos em 11 grupos. Um visor LCD Preço: US$ 2 mil
no corpo mostra informações de distância fo-
cal e profundidade de campo.

ZEISS MILVUS 35 mm f/1.4


Objetiva fixa projetada para câmeras full Distância mínima de foco: 30 cm
frame da Canon ou da Nikon. A abertura bas- Diâmetro do filtro: 72 mm
tante clara, de f/1.4, oferece versatilidade pa- Elementos: 14 em 11 grupos
ra a grande angular. A lente é vedada contra Lâminas: 9
Peso: 1.174 g
poeira e umidade e traz um grande anel pa- Preço: US$ 2 mil
ra controle do foco (apenas manual). Há tam-
bém um anel para ajuste manual da abertura.

ZEISS MILVUS 25 mm f/1.4


Da mesma família da lente acima, esta Distância mínima de foco: 25 cm
grande angular fixa é vendida em versões com Diâmetro do filtro: 82 mm
encaixe Canon EF ou Nikon F, ambas bastan- Elementos: 16 em 13 grupos
te robustas, com peso de 1.225 g. Nesta, a dis- Lâminas: 9
Peso: 1.225 g
tância focal de 25 mm oferece uma magnifica- Preço: US$ 2,4 mil
ção de 0,22x, com distância mínima de focali-
zação de 25 cm.

-DQHLURî 69
7(67('($&(66•5,2

Fotos: /LYLD&DSHOL
A câmera com a capa transparente da Outex foi usada em uma piscina aquecida: no teste, não houve penetração de água

&$3$75$163$5(17(3$5$&/,&$5
até debaixo d’água
A
325LIVIA CAPELI

nteriormente produzida em látex poníveis no mercado. O material sintéti-


de material escuro e com a limi- co usado no acessório é muito maleável
Testamos a tação de os comandos ficarem es- e permite que a capa seja ajustada sobre
nova Outex, que condidos sob a capa (veja teste na as câmeras mais robustas. Há modelos
agora é feita de edição 121 de Fotografe Melhor), que se adaptam melhor à lente grande
a antiga Outex de borracha deu lu- angular e outros próprios para proteger
material que, gar a uma versão transparente, de mate- uma teleobjetiva.
além de suportar rial sintético e que possibilita acessar os A equipe de Fotografe testou o novo
botões da câmera durante mergulho ou modelo com a colaboração da fotógrafa
mergulhos, condições climáticas extremas. Carla Durante, especialista em ensaios
permite visualizar Como já ocorria com a capa em lá- subaquáticos e que era usuária da ver-
os comandos da tex anterior, a nova versão transparen- são anterior da capa. A avaliação práti-
te também é fabricada sobre o molde ca foi feita dentro de uma piscina.
câmera debaixo de uma câmera DSLR tradicional e ser- Para testar a impermeabilidade do
d’água. Confira ve para todos os modelos de câmera dis- produto, foi usada uma Nikon D750 equi-

70 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
&DUOD'XUDQWH

pada com uma zoom 24-70 mm f/2.8, de barreira a mais contra água. O anel de veda- Acima, uma das fotos
porte grande, com distância focal confi- ção tem um acabamento em vidro que per- feitas durante ensaio
gurada em 24 mm. Ela usou a câmera mite a visualização do monitor da câmera. para avaliar a capa
debaixo d’água; abaixo,
em uma piscina aquecida de 1,40 metro Nessa espécie de janela é colocado a fotógrafa Carla
de profundidade. Acompanhe a avaliação. um adaptador ocular, específico para ca- Durante com a câmera
da modelo de câmera. A ocular, depois de na capa, a assistente
COMO COLOCAR presa à câmera, permite girar o anel da Karen Jorgensen (que
Para vestir a câmera com a Outex é ne- janela de um lado para outro, facilitando cuidou da iluminação)
cessário esticar a abertura traseira da ca- a visualização de todos os botões do equi- e a modelo contratada
pa, uma espécie de janela redonda para vi- pamento – esse sistema já existia no mo-
sualizar o monitor. Mesmo sendo transpa- delo anterior da Outex.
rente, o que permite o acesso aos botões, o
ideal é já deixar o equipamento programa-
do para as fotos debaixo d’água. Acostuma-
da com esse procedimento, Carla Durante
recomenda usar fita isolante sobre os bo-
tões pré-programados da lente e da câme-
ra para não tocar e perder a configuração
durante a colocação.
Depois de introduzir a câmera na capa,
um anel de vedação universal é rosqueado
na abertura traseira para vedá-la. E a pró-
pria borda do anel da capa serve como uma

-DQHLURî 71
7(67('($&(66•5,2

Passo a passo para vestir a câmera

1 A capa é colocada na câmera


por meio da abertura redonda 2 Após inserir a capa, é importante
verificar se durante o processo 3 Usando a própria borracha da
capa como vedação, é rosqueada
na traseira. É preciso esticar bem a as configurações da câmera não a janela de monitor. O adaptador
abertura para o processo. foram perdidas. óptico deve ser inserido nesta etapa.

Fotos: /LYLD&DSHOL
4 Ajustada a capa no corpo da
câmera, é hora de finalizar o 5 Um anel o-ring de metal é
colocado para garantir a vedação 6 Para terminar, um strap
envolve a capa para o ajuste
processo fechando a parte frontal com e depois é colocado um segundo filtro final; o componente também serve
o anel de vedação para a lente. para finalizar o processo. para colocar a alça de neoprene.

Na parte onde vai lente tam- pa, além de usar um o-ring de me- filtros nas extremidades da capa,
bém é necessário realizar a veda- tal entre os anéis. A borda de bor- é necessário colocar um strap pa-
ção com outros dois anéis: um pa- racha que sobra na extremidade ra prender a alça de neoprene. Esse
ra dentro e outro para fora da ca- também auxilia na vedação. componente, também conhecido co-
É importante observar que as mo “cabresto” por alguns fotógrafos,
janelas da lente também são fabri- possibilita que a capa fique bem ajus-
cadas com vidro óptico, material de tada ao corpo da câmera.
qualidade superior que não interfe-
re na nitidez da foto. O único incon- TESTE PRÁTICO
veniente é que os anéis devem ser Antes de colocar a câmera com a
adquiridos conforme o diâmetro capa dentro da água, Carla Durante
de cada lente. conferiu a configuração e reavaliou
Terminada a colocação dos as vedações. Depois de tudo confe-
rido, ela deixou a câmera com a ca-
pa boiando na piscina aquecida pa-
No detalhe, a janela traseira
e o adaptador ocular
ra que o equipamento se adequas-
acoplado a ela: peça deve se à temperatura da água. Aprovei-
ser adquirida de acordo com tou para examinar se havia alguma
cada modelo de câmera infiltração, o que não ocorreu.

72 î)RWRJUDIH0HOKRUQR
Antes de mergulhar
totalmente a
câmera, Carla coloca
o equipamento
devagar na água

&DUOD'XUDQWH
Segundo ela, a Outex transparen- Acima, mais uma
te é confortável para o tato debaixo foto resultante
do ensaio usando
d’água. Além disso, o material maleá- a capa da Outex;
vel e o anel giratório da janela traseira ao lado, o modelo
permitem acessar os comandos, ve- antigo (à esq.),
rificar o monitor e pressionar os bo- feito em látex,
tões com confiança dentro da piscina. e a nova capa
“Agora é possível ter acesso visual ao transparente
display superior da câmera, o que não
ocorria antes”, explica Carla.
Apesar da revolução tecnológica
do acessório, o uso do flash da câ-
mera com a capa ainda fica inviabi-
lizado. Isso pode ser corrigido com
uma de luz de LED apropriada para bilidade, que continua a mesma da ca observação foi um embaçamento
mergulho, equipamento usado pe- antiga capa em látex. Com cerca de do lado de dentro, que ocorreu en-
la assistente da fotógrafa durante o 500 gramas e poucos acessórios, o tre a câmera e a capa – e que desa-
ensaio feito na piscina. kit da capa é fácil de ser transporta- pareceu logo depois. A capa foi se-
Roberto Miglioli, inventor da ca- do em qualquer bolso de mochila. E, cada antes de a câmera ser retirada
pa, faz uma comparação: “A Ou- por ser maleável, pode ser amassa- e suportou a pressão da água sem
tex está entre uma caixa-estanque, da, sem o perigo de estragar. deixar entrar nenhuma gota na par-
que é um produto muito bom, po- Um cuidado para uso em piscina te de dentro.
rém muito caro, e as bolsas plásti- é manter a câmera com a capa sem- O valor do kit básico (com capa,
cas para uso na piscina, que é um pre dentro de um recipiente, como anéis de vedação, adaptador ocular,
produto barato, mas mediano”. uma caixa plástica, quando ela es- alça e strap) é de R$ 785 e pode ser
Testes feitos com a Outex trans- tiver fora da água. Isso garante que adquirido no site da empresa outex.
parente mostraram que ela supor- não só a capa, mas também câmera mercadoshops.com.br. Além da ca-
ta até 10 metros de profundidade e e lente não sofram choque térmico. pa, a empresa fabrica outros pro-
temperatura entre -20 e 100 graus Depois de usada em uma pisci- dutos dirigidos à área de fotografia
Celsius. Outra vantagem é a porta- na aquecida durante os testes, a úni- subaquática.

-DQHLURî 73
LIÇÃO DE CASA
temas ilustrados pelo leitor
Objetivas luminosas
permitem desfocar
o fundo e destacar o
primeiro plano, como
no retrato desta noiva

Fotos: Shutterstock
DICAS BÁSICAS PARA FOTOS COM
objetivas luminosas
Elas são perfeitas para conseguir uma profundidade de campo pequena
ou para trabalho em baixa condição de luz. Mas é preciso aprender a
manuseá-las para conseguir explorar seu potencial. Saiba como

O
POR LAURENT GUERINAUD

bjetivas de abertura máxi- as mais caras. Em um leque de op- vel de nitidez, que vai diminuindo
ma ampla (como f/1.2, f/1.4, ções, uma das principais vantagens progressivamente à medida que se
f/2 e a partir de f/2.8) costu- de uma objetiva luminosa é a possi- afastam, para frente e para trás, da
mam despertar muito inte- bilidade de se obter uma profundida- distância de foco (ou ponto de foco).
resse nos fotógrafos, tan- de de campo (amplitude do plano ní- Quanto mais “rápida” é a diminui-
to entusiastas quanto pro- tido) bem reduzida. E isso pode fazer ção de nitidez, menor a profundida-
fissionais. Essas lentes ampliam a diferença em vários momentos. de de campo resultante. Assim, a
o campo das aplicações fotográfi- Todos os pontos à mesma dis- relação de distância entre a câme-
cas, mas não sem custos, pois são tância da câmera têm o mesmo ní- ra, o tema e os distintos planos im-

74 v.W\WOZINM5MTPWZVW
pacta a profundidade de campo: quanto manho igual, mas com menor definição. Acima, o registro de
mais afastado está um elemento do pla- E quanto maior a ampliação, menor a mico-leões, abaixo, uma
no de foco, mais desfocado ele fica. profundidade de campo. imagem de gastronomia:
a profundidade de campo
Fora isso, a profundidade de campo Ou seja, quando o fotógrafo se aproxi- reduzida é aplicada em
depende de três parâmetros, que inte- mar bastante do tema e depois imprimir diversos temas
ragem: o tamanho do sensor (ou filme), a imagem, em tamanho grande, o plano
a ampliação (relação entre o tamanho
do tema na realidade e na imagem) e a
abertura do diafragma. De fato, para de-
terminada abertura e relação de amplia-
ção, a profundidade de campo aumenta
enquanto o tamanho do sensor diminui.
Com isso, a profundidade de campo de
um sensor 24 x 36 mm (full frame) é menor
do que um sensor APS-C. E do APS-C para
o sensor de uma câmera compacta ou su-
perzoom (bridge). É em razão disso que es-
sas câmeras com sensores menores, as-
sim como smartphones, geram uma zona
nítida ampla na qual é difícil intervir, mes-
mo ampliando a abertura do diafragma.

DISTÂNCIA DO TEMA
Da mesma forma, um sensor gran-
de com mais definição, por permitir uma
maior ampliação, rende uma profundida-
de de campo menor do que outro de ta-

2IVMQZW v 75
LIÇÃO DE CASA
Ao lado, imagem enviada
pelo leitor João Bispo
Aragão, que usou uma lente
fixa 50 mm f/1.8

nítido parecerá menor, deixando maiores


zonas desfocadas. É por isso que em ma-
crofotografia, mesmo com diafragma bem
estreito, mais fechado (como f/16 ou f/22),
é difícil conseguir uma profundidade de
campo suficiente para obter um inseto to-
talmente nítido.
O que especialistas têm feito é regis-
trar muitas fotos, diversificando os pontos
de nitidez, e depois usam a técnica de em-
pilhamento de foco para que elas fiquem
extremamente nítidas, sem zonas desfo-
cadas (veja mais na pág. 58).
À medida que se abre o diafragma
(diminui o valor de f/), a profundidade de
campo diminui. Portanto, uma objeti-
va luminosa utilizada em abertura máxi-
ma rende uma zona nítida muito reduzida
que, quando bem explorada, permite des-
tacar visualmente o tema do resto da ima-
gem. Ou seja, ele aparece nítido enquan-
to os demais planos ficam desfocados. Is-
so serve para apagar elementos indesejá-
veis que não era possível eliminar do qua-
dro. E o fotógrafo facilita a leitura da ima-
gem e evidencia o tema.
Em geral, uma objetiva luminosa ofe-
rece uma qualidade superior de visuali-
João Bispo Aragão

zação no visor, facilitando a composição e


aumentando o prazer de fotografar. Qual-
quer que seja o valor de abertura determi-
nado pelo fotógrafo, ele somente é aplica-
do no momento do clique. Para visualiza-
ção da imagem e medição do foco, o ide-
Fotos: Shutterstock

al é usar sempre a abertura mais am-


pla (diafragma mais aberto) para deixar a
imagem no visor com mais luz e ajudar no
ajuste fino do foco.

MELHOR NO ESCURO
Além de permitir maior controle na pro-
fundidade de campo, uma objetiva lumino-
sa oferece muito mais versatilidade pa-
ra fotos em ambiente escuro. Em caso de
estar em lugar com pouca luz e tiver que
fotografar à mão livre, o fotógrafo enfren-

Em macrofotografia, o efeito da
profundidade de campo reduzida é
um problema e surge mesmo com
o uso de aberturas mais estreitas

76 v.W\WOZINM5MTPWZVW
Leonardo Salvato
A imagem de paisagem enviada pelo leitor Leonardo Salvato foi feita com uma lente fixa 35 mm com abertura f/1.8

ta um problema fundamental: alcan- ras ou mais escuras. Muitas vezes, de imagem), a sua versatilidade em
çar um tempo de exposição rápido o com luz fraca, o contraste de ilumi- más condições de luz é inigualável se
suficiente para se precaver contra o nação é tão forte que ultrapassa o comparada a uma lente mais básica.
risco de desfoque de movimento (de- alcance dinâmico do sensor (luz ar-
vido à trepidação da mão), sem au- tificial em ambiente interno, cidade OS LIMITES
mentar demais a sensibilidade ISO. à noite, luz de shows...). Como tudo na fotografia, a esco-
A solução é abrir o diafragma – com Embora o uso de lente luminosa lha por uma objetiva luminosa é uma
as devidas consequências na profun- não se justifique tanto hoje quanto na questão de concessões. Os contras
didade de campo – no intuito de dei- época do filme ou no início da era di- são relativos a preço, peso e até difi-
xar passar a maior quantidade de luz gital (quando se evitava sensibilidade culdade de uso. Entre duas objetivas
pela objetiva até o sensor. alta para não prejudicar a qualidade com a mesma distância focal, o custo
Hoje há no mercado câmeras que
permitem sensibilidades ISO de até
1.600 ou 3.200 com um nível de ruí-
do digital aceitável. Mas tais níveis de
sensibilidade reduzem o alcance di-
nâmico (amplitude de tonalidades
entre as mais claras e mais escuras)
que o sensor consegue registrar de-
vido ao aquecimento do componente.
Por isso, outra vantagem em
conter a sensibilidade ao usar uma
grande amplitude é a restituição Lentes com abertura
fiel dos contrastes de iluminação máxima f/1.8 são
sem precisar escolher entre a res- bastante luminosas
tituição correta das zonas mais cla-

2IVMQZW v 77
LIÇÃO DE CASA

As teleobjetivas
mais luminosas são
geralmente grandes,
pesadas e caras
Fotos: Shutterstock

é multiplicado por dois ou até quatro à profundidade de campo reduzida, de para fotografar com pouca luz.
para ganhar um ponto de abertura o foco precisa ser extremamente ri- De qualquer forma, para um profis-
(como passar, por exemplo, de f/2.8 goroso: qualquer imprecisão impac- sional, para quem deseja se profis-
para f/2 ou de f/2 para f/1.4). ta diretamente a nitidez. sionalizar ou fazer trabalhos de al-
Para distâncias focais maiores, o A própria concepção das obje- to nível, o investimento em objetivas
peso e o tamanho da objetiva cres- tivas luminosas é uma questão de top de linha é recomendável.
cem de maneira exponencial quan- compromisso. É comum que elas
do a abertura máxima aumenta. As- sofram de curvatura de campo, dis-
sim, a manipulação dessas lentes torção e vinheta em níveis supe-
não é fácil, ainda mais que, devido riores aos de lentes mais escuras, Mande sua foto para a
de abertura máxima mais estreita. seção Lição de Casa
O desfoque causado pela baixa Muitas vezes, é “outro preço” a pa- Caso você tenha uma foto
profundidade de campo deve ser gar para ter acesso a profundidades bacana sobre o tema, envie-a para a
usada de maneira criativa de campo reduzida ou mais facilida- redação da revista pelo e-mail
fotografe@europanet.com.br.
Coloque no assunto “Lição de
Casa”. Cada leitor pode mandar
apenas uma foto. As imagens
enviadas serão avaliadas e poderão
ser usadas no artigo de Laurent
Guerinaud. Apenas as fotos
selecionadas pela redação serão
publicadas. Veja os próximos temas
e a data limite de cada edição:

257 Foto inspirada em obras de


mestres; até 8 de janeiro
258 Foto noturna sem tripé;
até 7 de fevereiro
259 Uso criativo de dominante
colorida; até 8 de março

78 v.W\WOZINM5MTPWZVW
RAIO X POR LAURENT GUERINAUD
fotos de leitores comentadas

JORGE FELIPE
Como participar ALMEIDA, 1
Vitória (ES)
O objetivo desta seção é dar
ao leitor informações e dicas que
sirvam para um aprimoramento
1 $FRPSRVL©¥R«
SHUIHLWDHDIRWRILFRX
ERD2SULQFLSDOSRQWRGH
do ato de fotografar. Ela é aber- GHVWDTXH«RKRPHP¢
ta a qualquer tipo de fotógrafo: GLUHLWDHPFLPDGDSHGUD
amador, expert ou profissional. TXHFRQVWLWXLXRGLIHUHQFLDO
Antes de enviar suas fotos para QDLPDJHP3RU«PR
análise, você precisa ler e aceitar VHJXQGRHOHPHQWRTXHVH
as regras a seguir: GHVWDFDPHVPRSHTXHQR
s É importante ressaltar que um «DRXWUDSHVVRDGRODGR
comentário é necessariamente HVTXHUGR(DDWLWXGHGHOD
subjetivo. Não é um julgamento, VHDEDL[DQGRQ¥R«PXLWR
mas apenas uma apreciação pes- DJUDG£YHO8PDSHQD
soal que, portanto, pode ser con- Equipamento:1LNRQ
testada e criticada. Já que o obje- 'FRPREMHWLYD
tivo de uma foto é agradar ao ob- 1LNNRUPP
servador, qualquer crítica, mesmo Exposição:IV
que formulada por uma só pes- H,62
soa, aponta um elemento que po-
de ser melhorado ou ao menos
discutido. Assim, a crítica é sem-
pre de caráter construtivo.
s Quem envia as fotos para aná-
lise com a finalidade de comentá-
rios e dicas para melhorar a téc-
nica o faz sabendo disso.
s A publicação das fotos envia-
das não é garantida. As imagens
publicadas serão escolhidas pe-
lo mérito do comentário que per-
mitirem, não por sua qualidade.
Apenas uma foto de cada leitor
será comentada. ROBERT SIQUEIRA,
s Alguns comentários poderão São Paulo (SP)

2
até parecer duros, porque o que $FRPSRVL©¥R«ERDHDIRWR SDLVDJHP$O«PGLVVRVHULDSUHFLVR
vai ser avaliado é a qualidade téc- EDFDQD3RU«PDFUHGLWRTXHXP LQFOXLUXPSRXFRPDLVGRPDUHGD
nica da imagem (enquadramento,
composição, foco, exposição...), HQTXDGUDPHQWRPDLVDEHUWRILFDULD SDUWHGRF«XD]XOGRODGRHVTXHUGR
sem levar em conta o aspecto PHOKRU2IDUROILFRXPXLWRSHUWR Equipamento:&DQRQ(26'FRP
afetivo que pode ter para o au- GDERUGDGLUHLWDHRREVHUYDGRU REMHWLYD&DQRQPP
tor que registrou uma pessoa, um HVSHUDTXHHOHDEUDDOHLWXUDSDUDD Exposição:IVH,62
momento ou uma cena importan-
te e emocionante da sua vida.
Como enviar
2
Envie até três imagens em
formato JPEG e em arquivo de
até 3 MB cada um para o e-mail:
fotografe@europanet.com.br.
Escreva “Raio X” no assunto e in-
forme nome completo, cidade
onde mora e os dados da foto
(câmera, objetiva, abertura, ve-
locidade, ISO, filme, se for o ca-
so, e a ideia que quis transmitir).
É importante que os dados pedi-
dos sejam informados para aju-
dar na avaliação das fotos e na
elaboração dos textos que as
acompanham.

80 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
MAURICIO TAVARES, MARCOS MATHIAS, IGOR SIQUEIRA, LIDIA NICOLE,
Taguatinga (DF) São Sebastião (SP) Niterói (RJ) Belo Horizonte (MG)

3 *RVWHLGDFRPSRVL©¥R
GDDWLWXGHGRFDFKRUURH
GRIXQGRDJUDGDYHOPHQWH
4 *RVWHLGRFRQWUDVWH
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5 $TXLDLJUHMDSDUHFHèROKDUé
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Exposição:IV 6LJPDPP TXHWHULDLJXDOPHQWHOLPLWDGR Equipamento:&DQRQ(26
H,62 Exposição:IV RHIHLWRGDSHUVSHFWLYDTXH 5HEHO7LFRPREMHWLYD
H,62 SDUHFHHQWRUWDUDLJUHMD &DQRQPP
Equipamento:&DQRQ(26 Exposição:IV

3
5HEHO7LFRPREMHWLYD&DQRQ H,62
PP
Exposição:IV
H,62

-DQHLURí 81
RAIO X
LUIZ GONÇALVES MAURICIO JOÃO CARLOS ANTONIO SILVA
MARTINS, OLESZCZYSZYN, DUARTE GIL, SILVEIRA,
Rio de Janeiro (RJ) Laranjeiras do Sul (PR) Rio de Janeiro (RJ) Itapira (SP)

7 9RF¬IH]XPDHVFROKD
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8 $VFRUHVGRF«XILFDUDP
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Equipamento:1LNRQ 5HEHO7FRPREMHWLYD VHTX¬QFLDGHHOHPHQWRV DVIDL[DVSUHWDVGHFLPD
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Exposição:IV WULS« H,62 HTXLYDOHQWHDPP QRVHOHPHQWRVPDLV
H,62 Exposição:IV LQWHUHVVDQWHVGDFHQD
H,62 Equipamento:1LNRQ
'FRPREMHWLYD
1LNNRUPP
Exposição:IV
7 H,62

10

82 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
RENATA LUCIA MARIO DA SILVA, MILTON EMMEL, CADU CARVALHO,
SANTOS, Taguatinga (DF) Ibirubá (RS) São Paulo (SP)
Petrópolis (RJ)

11 2SRQWRIRUWHGD
LPDJHP«RROKDU
12 2EHORF«XFKDPRX
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13 1DVWU¬VIRWRVTXHYRF¬
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Exposição:IV DJUDGDHPIRWRGHS¶UGRVRO Equipamento:1LNRQ FRUHVTXHSRGHPVHUFULDGRV
H,62 Equipamento:1LNRQ 'FRPREMHWLYD HPQRYDVIRWRV
&RROSL[3FRPREMHWLYD 1LNNRUPP Equipamento:1LNRQ
HTXLYDOHQWHDPP Exposição:IV 'FRPREMHWLYD
Exposição:IV H,62 1LNNRUPP
H,62 Exposição:IV
H,62

11 12

14

13

-DQHLURí 83
RAIO X
RUBENS CRISTÓVÃO DANIEL KANAOKA, TIAGO LEMOS, PAULO VIANNA,
DO PRADO, São Paulo (SP) Fortaleza (CE) Guarulhos (SP)
Rio de Janeiro (RJ)

15 $FRPSRVL©¥RDJUDGD
SRU«PDLQFOLQD©¥RGD
16 )RWRGDOXDFHQWUDOL]DGD
RFXSDQGRTXDVHWRGRR
TXDGURQ¥R«PXLWRFULDWLYR
17 9RF¬FRQJHORXEHPR
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Exposição:IV FRPREMHWLYD1LNNRUPP 1LNNRUPP
H,62 Exposição:IV Exposição:IV
H,62 H,62
15
16

17 18

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R FRPD(GLWRUD(XURSD2IUHWHGRH[HPSODU«JU£WLVSDUDWRGRR%UDVLO
84 í)RWRJUDIH0HOKRUQ 
FILMMAKER
FILMMAKER / Consultoria Profissional

Fotos: *XVWDYR0DVVROD
Gustavo Massola na
Serra da Capivara, no
Piauí, ajustando seu
equipamento à noite

O BÁSICO DA TÉCNICA PARA


BRINCAR COM O TEMPO
Veja como fazer timelapse e hiperlapse com o filmmaker Gustavo Massola, que
dá dicas essenciais para quem deseja se aventurar nesse universo
POR GUILHERME MOTA

F
otografar é visto como a ma, consiste basicamente em cap- po passa rapidamente. Por causa
arte de congelar o tempo, turar o vídeo a uma taxa de qua- das imagens impactantes, é um re-
e filmar seria a forma de dros extremamente baixa – com curso bastante explorado pelo ci-
“reproduzir” a vida real. velocidades que podem chegar a nema. Exatamente por esse moti-
O timelapse, por sua vez, é a com- 1 frame por hora ou mais (tudo vai vo que filmmakers de várias partes
binação dessas duas facetas, abrin- depender da intenção). Quando re- do mundo, como o brasileiro Gus-
do as portas para outra maneira de produzido numa taxa “normal” de tavo Massola, se dedicam à criação
olhar o mundo: através do tempo. 24 ou 30 frames por segundo, o re- de vídeos com um padrão de tem-
Tão antigo quanto o próprio cine- sultado é um vídeo em que o tem- po alterado.

86 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Produções noturnas em
timelapse requerem muito
cuidado técnico para a
captura das imagens

No Brasil, a produção de time-


lapse ainda é pequena se compa-
rada a de outros países, constata o
paulista Massola. Formado em Co-
municação Social pela FAAP, já tra-
balhou em produtoras e chegou a
comandar a própria agência de pu-
blicidade por sete anos. Hoje, aos 40
anos, ele concilia a captação de fil-
mes corporativos com a produção
autoral, um trabalho que começou
justamente com o estudo aprofun-
dado do timelapse, no final de 2010.
Na época, conta, o intuito era
“captar os ciclos de tempo não ób-
vios”, ou seja, os movimentos que
não são percebidos naturalmen-
te. “O timelapse torna esses movi-
mentos perceptíveis, como o des-
locamento de tempestades e a in-
cidência do sol”, diz. O filmmaker
é autor de várias séries fotográficas
e audiovisuais ganhadores de prê-
mios nacionais e internacionais,
e possui dois longas-metragens
previstos para serem lançados em
2018. “A base do meu trabalho au-
toral é garimpar o que a estrada, o
que a jornada, traz. Os registros po-
dem ser por meio da fotografia, do
vídeo ou apenas escritos em diá-
rios das viagens, no fim tudo é um
movimento só”, explica.
Dentro dessa perspectiva, a téc-
nica de alterar o padrão normal de
tempo de forma criativa sempre
permeou suas obras, com desta-
que especial para o longa-metra-
gem Imersões Noturnas (previsto
para estrear no primeiro trimestre
de 2018), iniciado a partir de ou-
tro trabalho, uma série sobre pin-
turas rupestres na Serra da Capiva-
ra, em São Raimundo Nonato (PI),
em 2014. “Ali surgiu a necessida-
de de me aprofundar em fotografia
noturna para registrar as pinturas à
noite. O projeto se ampliou e nes-
ses últimos anos fui a diversos lu-
gares do Brasil em busca dessa fo-
tografia surreal”, comenta.

-DQHLURí 87
FILMMAKER / Consultoria Profissional

Sequência feita de dentro


de uma caverna: aprender a
técnica vai muito de tentativa
e erro, afirma Massola

MOVIMENTO
Massola explora também o
chamado hyperlapse. Para esse ti-
po de criação, a câmera precisa se
movimentar a cada clique, e quan-
to mais preciso for o deslocamen-
to, mais suave é a transição. Ele usa
um slider motorizado de 70 cm,
criado por um engenheiro espe-
cialmente para o projeto. Assim,
captura imagens noturnas das pai-
sagens, somando os movimentos
naturais do ambiente e das estre-
las aos da câmera, criando um efei-
to imersivo ainda mais intenso. “Os
timelapses noturnos são bastan-
te desafiadores tecnicamente”, re-
vela. Além do slider, Massola leva
a campo uma câmera Canon EOS
6D, um intervalômetro e três obje-
tivas Canon: 8-15 mm f/4 fisheye,
24-105 mm f/4 e uma 24 mm/f1.4,
além de tripés e baterias extras.
Para atingir o grau de precisão
que deseja em cada captura, Mas-
sola estudou sozinho os melhores
formatos e características de filma-
gem. “Foram literalmente centenas
de tentativas e erros, muitos mes-
mo, até ser natural ver uma situa-
ção e saber que configuração utili-
zar”, afirma. Nesse processo, o au-
tor conta que teve também uma fa-
se “urbana”, mas seu foco sempre
foi a captura da natureza, onde “as
variáveis e os desafios são maiores,
porque são mais incontroláveis e
imprevisíveis”, comenta ele.

TEMAS
De um modo geral, qualquer
assunto pode ser o foco de um ti-
melapse. Temas comuns são flo-
res desabrochando e plantas cres-
cendo, pessoas circulando, o mo-
Fotos: *XVWDYR0DVVROD

vimento das cidades e automóveis,


céus e paisagens, ou mesmo com-
binações dessas e outras temáticas.
Há, ainda, variáveis interessantes,
como os vídeos criados pelo dire-
tor americano Terence Malick ex-

88 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Aqui, o destaque da sequência é o movimento da grande nuvem de chuva: é possível fazer timelapse com uma câmera DSLR básica

clusivamente para o filme Awaken Já em BR Tempestade, o filmmaker Primeiros passos – A técni-


(estreia em 2018), que exigiram sis- explora a técnica na captura da for- ca do timelapse vem sendo apri-
temas especiais para capturar ti- mação e dinâmica das tempesta- morada constantemente, com no-
melapses a bordo de helicópteros des em território brasileiro. vas aplicações e ferramentas dedi-
e veículos em movimento. Até o cadas aparecendo a cada dia. Ain-
Google está criando uma espécie COMO FAZER TIMELAPSE da assim, o equipamento básico é
de “timelapse colaborativo online”, O timelapse nada mais é que a muito simples: basta usar uma câ-
utilizando apenas imagens posta- compilação de fotos sequenciais, mera capaz de realizar fotos se-
das na internet ao longo dos anos. feitas com um intervalo de tempo tal quenciais automaticamente – o que
Já no trabalho de Massola, o fo- que crie uma sensação de movimen- pode variar de uma DSLR de entra-
co está na exploração de temas e to e, na grande maioria das vezes, de da ou uma mirrorless a um smar-
histórias ligados à realidade na- uma passagem acelerada do tempo. tphone avançado.
cional e ao chamado “Brasil pro- À primeira vista, parece algo fácil de Os acessórios adicionais, e ain-
fundo”, ou seja, locais do País pou- criar, mas para dominar a técnica – da básicos, são um intervalômetro
co explorados – e muitas vezes des- e produzir um resultado impactan- externo (caso a câmera não pos-
conhecidos dos próprios brasilei- te – é importante conhecer como o sua) e um bom tripé – quanto mais
ros, mesclando elementos naturais processo funciona. Veja algumas di- firme, melhor. A partir daí, é pos-
e astrofotografia, tendo como pano cas que podem ajudar um iniciante sível adicionar uma série de aces-
de fundo a busca pessoal do autor. a atingir outro patamar no assunto. sórios como gimballs estabilizadas

-DQHLURí 89
FILMMAKER / Consultoria Profissional

Gustavo Massola na
montanha preparando
o equipamento: ele
faz tudo sozinho

eletronicamente e sliders motori- muito únicas e nem sempre podem veitar essas imagens para divulga-
zados, que permitem configurar o ser refeitas. Então, fotografo sem- ção do trabalho, como fotos etc.
tempo e a distância de cada “pas- pre em RAW e na resolução máxi- Matemática — Em timelapses, ter
so” da câmera. ma possível. Dessa forma, tenho ca- paciência é fundamental. Para cada
Outro fator importante é es- da frame disponível, e muitas vezes segundo de vídeo, é necessário cap-
tar atento às baterias. “Comecei consigo desmembrar uma sequên- turar pelo menos 24 imagens diferen-
com uma Rebel T3i, e um dos fa- cia de fotos em mais de um timelap- tes. Por isso, o filmmaker deve fazer as
tores que me fez trocar de câme- se, explorando enquadramentos va- contas para saber de antemão qual se-
ra foi a autonomia”, conta Masso- riados”, explica Gustavo. rá o tamanho do desafio em relação ao
la. Segundo ele, a EOS 6D captu- Realizar o processamento em tempo e ao número de imagens ne-
ra entre 700 e 800 fotos por bate- câmera assim que terminar a cap- cessários, e se preparar para isso.
ria, o que exige quatro unidades tura pode ser uma vantagem, mas, A captura de um pôr do sol, por
para um trabalho de noite intei- em alguns casos, poderá haver exemplo, e com timelapse de 10
ra. “Deixo sempre o equipamen- perda dos frames individuais com segundos de vídeo a 30 fps, exigi-
to com as configurações de me- maior resolução. O ideal é procu- rá que todo o processo tenha 300
nor consumo, como LCD desliga- rar saber se a câmera salva todas as imagens igualmente espaçadas (ou
do, sem preview de imagens, tudo imagens individuais, se estarão nu- mais, já que sempre é possível di-
para economizar bateria. Se é pre- ma resolução superior à do vídeo, minuir o número de quadros uti-
ciso capturar vídeo, o consumo é e se o filmmaker quer ou não apro- lizados). Para um timelapse de 0
ainda maior”, adverte.
Arquivos – Atualmente, os prin- Com o equipamento
cipais modelos de câmeras, filma- pronto, à espera
do anoitecer, para
doras e alguns smartphones con- começar a sequência
tam com modos de operação que
permitem a criação automática de
vídeos em timelapse. Quem tem
um equipamento capaz de criar o
arquivo direto na câmera – como
uma Nikon D850, GoPro Hero5 ou
Panasonic GH5, por exemplo – po-
Fotos: *XVWDYR0DVVROD

de se perguntar se é melhor proces-


sar o vídeo na câmera ou no com-
putador. A resposta vai depender da
intenção em relação aos frames das
imagens e ao fluxo de trabalho a ser
adotado. “Situações de natureza são

90 í)RWRJUDIH0HOKRUQR
Na captura da sequência de
fotos para o timelapse, a
estabilidade do equipamento
é fundamental para a
qualidade das imagens

minutos, será preciso capturar 10


imagens por minuto, ou seja, uma
imagem a cada 6 segundos.
Estabilidade — Um problema
comum são imagens tremidas e
desalinhadas entre um frame e ou-
tro, muitas vezes geradas por vibra-
ções no tripé e na câmera. Para evi-
tar isso, a dica é usar sempre que
possível configurações de captu-
ra que deixem o obturador sempre
aberto – como o modo live view.
Além disso, sempre utilizar um tri-
pé mais firme e robusto, e estabili-
zar o conjunto utilizando sacos de
areia nos pés ou mesmo pendu-
rando a própria mochila fotográfi-
ca nele. Por fim, ainda dá para ape-
lar para o ajuste de estabilização na
edição, utilizando ferramentas es-
pecíficas dos editores de vídeo. Es-
se recurso pode ajudar a melhorar
os resultados, mas dificilmente irá
salvar uma captura malfeita.
Longas distâncias — O hyper-
lapse permite ainda criar sequên- tante se atentar para a configura- ção variável, 15s a 20s de intervalo;
cias completamente diferentes, ção de cada imagem produzida, e movimento do sol e da lua, exposi-
nas quais é possível, por exemplo, como elas impactam o resultado ção variável, 30s intervalo.
“percorrer” uma cidade inteira em final do vídeo. O filmmaker deve Tentativa e erro — A prática é o
poucos segundos. Nesse caso, o re- planejar se vai aproveitar o quadro melhor caminho para desbravar o ti-
curso usado é a movimentação do todo ou parte dele (o que vai in- melapse, diz Massola. “Aconselho a
conjunto tripé e câmera por todo o fluenciar a resolução de captura). pessoa a explorar os extremos das si-
espaço que se deseja percorrer. Pa- Deve-se ter muito cuidado com o tuações para aprender as diferentes
ra hyperlapses longos, a dica para tempo de exposição de cada frame. configurações”, alerta. Alguns “exer-
conseguir um movimento fluido “É uma questão de feeling de ca- cícios” simples e que podem ser fei-
no vídeo é sempre percorrer uma da situação, pois um tempo acele- tos em qualquer lugar são: timelap-
distância exata, que pode ser pen- rado terá um impacto diferente de se de multidão; a sombra de uma ár-
sada a partir de marcas no chão, do uma sequência mais suave”, expli- vore se movendo; uma paisagem no-
tamanho da passada, do pé etc. O ca Massola. Cada caso exige uma turna (urbana ou rural); um cubo de
mais importante é que o desloca- solução, mas alguns valores de re- gelo derretendo, entre outros.
mento seja sempre igual, bem co- ferência para as capturas mais co- “Explore o macro e o micro,
mo a altura de captura e o enqua- muns são: nuvens no céu, 1s a 10s buscando os ciclos de tempo em
dramento. Equipamentos como o de exposição, 3s a 1min de inter- várias pistas. Explorando esse le-
DJI Osmo, que já mantém o alinha- valo; pessoas se movendo, 1/10s que, a técnica se tornará muito in-
mento com o horizonte enquanto a 1/3s de exposição, disparo con- tuitiva com o tempo”, explica. Ou-
o usuário caminha, são uma boa tínuo; estrelas e céu noturno, en- tra recomendação são os tutoriais
pedida nesses casos. tre 15s e 20s de exposição, disparo online, com dezenas de exemplos
O tempo da foto — Além do in- contínuo de 40min a 1h, no míni- de situações e os resultados que ca-
tervalo entre as capturas, é impor- mo; sombras se movendo, exposi- da uma oferece.

-DQHLURí 91
FIQUE POR DENTRO
exposições, concursos e cursos
Evandro Teixeira

RJ
Acima, a icônica imagem que mostra a tomada do forte de Copacabana no golpe militar de 1964, feita por Evandro Teixeira

IMS do Rio faz exposição que trata de


violência política no Brasil
A
imagem de terra pacífica, comumente as- ro Jansson e alguns anônimos têm parte de seus
sociada ao País, é totalmente desconstru- trabalhos exibida na mostra, que fica em cartaz no
ída com a exposição Conflitos: fotografia Rio de Janeiro (RJ) até o fim de fevereiro.
e violência política no Brasil, que apresen-
ta um panorama dos principais confron-
tos armados envolvendo o Estado brasilei-
ro, desde a Proclamação da República até
o golpe militar de 1964. A exposição abor-
da o papel do registro fotográfico nos con-
flitos, apresentando um histórico do surgi-
mento da fotografia documental por aqui.
São 338 imagens pertencentes a 30
coleções particulares e públicas, e tam-
bém integrantes do acervo do Instituto
Moreira Salles (IMS). Fotógrafos como Au-
gusto Malta, Juan Gutierrez, Flávio Barros,
Evandro Teixeira, Benjamin Abrahão, Cla-
Claro Jansson

:: Data: até 25 de fevereiro de 2018


:: Local: Instituto Moreira Salles – Rua Marquês
de São Vicente, 476 – Gávea, RJ
:: Informações: (21) 3284-7400 Rebeldes documentado por Jansson durante a Guerra do Contestado

92 v.W\WOZINM5MTPWZVW
Icons
C onhecido por produzir retra-
tos icônicos dos famosos, o
americano Michael Grecco trou-
turas fotojornalísticas de diver-
sos eventos da TV e do cinema.
A exposição conta com imagens
xe ao Brasil a exposição Icons, de atores, atrizes e diretores re-
que mostra um pouco mais so- nomados como Martin Scorse-
bre o mundo das celebridades se, Robert Duvall, Lucy Liu, Will
hollywoodianas. O fotógrafo, com Ferrell, Mel Brooks, Ben Stiller,
uma longa carreira nesse meio, Owen Wilson, Pedro Almodóvar,
tendo passado por revistas como Penélope Cruz, Jet Li, Bill Mur-
Time, Vanity Fair, Forbes e Rolling ray, Joaquin Phoenix, Rene Rus-

Michael Grecco
Stones, ainda participa de cober- so, entre outros.

:: Data: até 9 de fevereiro de 2018


:: Local: Leica Gallery – Rua Maranhão, 600 –
sp Higienópolis, São Paulo – SP
:: Informações: (11) 3512-3909

SINFONIA DE UMA METRÓPOLE ARQUIPÉLAGO


C idade prestes a se transformar
em uma metrópole logo nas pri-
meiras décadas do século 20, São
fotógrafos, brasileiros e estrangeiros.
Registrada pelas lentes do alemão
Theodor Preising, a exposição Sinfo-
Paulo sempre foi o foco de inúmeros nia de uma Metrópole traz ao público
um panorama documental da capi-
tal paulista. Ele registrou os momen-
tos de transformação social e urbana
pela qual a cidade passava feitas en-
tre 1925 e 1940 e parte disso pode ser
vista em 61 imagens em P&B (como
Zico Farina

a imagem ao lado, que documenta a


Theodor Preising

chegada de um grupo de imigrantes


japoneses ao Brasil).

:: Data: até 25 de março de 2018 SP


:: Local: Centro Cultural Fiesp – Av. Paulista,
sp 1.313 – Cerqueira César, São Paulo – SP
:: Informações: (11) 3146-7439 E m nova mostra do programa
Nova Fotografia, o Museu da
Imagem e do Som de São Pau-
lo (MIS) apresenta Arquipélago, do
ROSTOS HAITIANOS fotógrafo Zico Farina. Trata-se de
um trabalho sobre o isolamento e

N os últimos anos, o número de imi- centro de São Paulo (SP). Messer foi às utiliza o espaço da exposição pa-
grantes do Haiti cresceu conside- ruas para ouvir e retratar os haitianos ra criar um mapa imaginário des-
ravelmente no Brasil devido a desas- que vivem na capital paulista. sa solidão. A exposição remete à
tres naturais, como furacões, e à pés- ideia de diversas ilhas, algumas

SP
sima condição de vida a que a popula- dispostas mais próximas e outras
ção é submetida no país. Com o intui- mais afastadas, nas quais os frag-
to de descobrir mais sobre a vida des- mentos utilizados são o resultado
Lucca Messer

sas pessoas, o fotógrafo britânico Luc- da observação sobre o silêncio da


ca Messer voltou suas lentes para a co- solidão e da coleta de imagens du-
munidade de imigrantes haitianos que rante os últimos quatro anos.
passaram a viver no bairro do Glicério,
:: Data: até 4 de fevereiro de 2018
:: Local: Museu da Imagem e do
:: Data: até 24 de fevereiro de 2018 Som (MIS) – Av. Europa, 158 – Jardim
:: Local: Unibes Cultural – Rua Oscar Europa, São Paulo – SP
Freire, 2.500 – Sumaré, São Paulo – SP :: Informações: (11) 2117-4777
:: Informações: (11) 3065-4333

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cursos
SÃO PAULO (SP) ficas, Básico Intensivo de Fotografia, Fo-
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mento de Imagem (básico, intermediário nhamento de Projetos e Vivência em Pre-
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Data: a partir de 22 de janeiro Preço: consultar com a escola
Preço: consultar com a escola Local: Rua do Rússel, 300, ap. 401
Local: Av. Pedroso de Morais, 99 – Glória
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