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Formas e Termos musicais file:///D:/Meus Trabalhos/Musicologia/Definição de termos/Formas e ...

U i O li

Isto não é e não pretende ser, nem de longe, um grande dicionário de música.
Trata-se unicamente de algumas definições e conceitos necessários para a
compreensão básica de uma obra musical, sabendo identificá-la e classificá-la
conforme as características. Obviamente esses conceitos estão expostos de forma
abreviada, uma vez que seria possível, para cada um deles, identificar sua origem
histórica, desenvolvimento e principais exemplos. Por questão de clareza,
restringimo-nos à última variável, de modo a manter a proposta original do site.
Divirtam-se. Qualquer dúvida, escrevam-nos.

Abertura - Peça musical destinada a anteceder uma ópera, uma suíte


ou sinfonia. A partir do século XIX ganhou vida própria, passando a
representar uma peça puramente orquestral, de caráter evocativo,
próximo, em essência, ao Poema Sinfônico.

a. No caso de óperas, a abertura tende a caracterizar


determinadas personagens ou situações. As aberturas de
Mozart ou Wagner são um bom exemplo disso. No período
anterior à Mozart, as aberturas de óperas, balés ou oratórios
obedeciam à dois estilos fundamentais: a abertura "italiana"
(rápido-lento-rápido) e a "francesa" (Lento-rápido-Lento).
Note-se que a partir do esquema da abertura "italiana",
agregada a outros elementos, como a forma-sonata, teve
origem a sinfonia como a conhecemos hoje.

b. Como peça isolada de concerto, encontramos o gênero


florescendo já em Beethoven, com as aberturas "Coriolano",
op. 62 e "Egmont", op. 84, inspiradas, respectivamente, por
Shaekespeare e Goethe. A abertura "As Hébridas", de
Mendelssohn, representando uma caverna escocesa, são um
exemplo acabado da abertura, já mais próxima do poema
sinfônico que de sua finalidade habitual.

Acorde - execução simultânea de sons diferentes. Por exemplo, no

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piano, quando tocamos várias teclas ao mesmo tempo.

Ária - Trecho de uma ópera ou oratório executada por um solista.


Eventualmente é composta como peça independente. Não é difícil
encontrar coletâneas oferecendo "as melhores árias de Verdi" ou
Puccini. Grandes cantores também costumam lançar coletâneas com "as
melhores árias" de alguém ou um grupo de compositores. É difícil,
porém, que uma única coletânea traga todas as principais peças do
repertório.

Além do mais, há um problema sério: uma ária, extraída de seu


contexto, perde muito do sentido. É como destacar um belo trecho de
livro, mas ignorar o resto da história. Ajuda, mas está longe de ser o
ideal.

Ato - uma das seções de uma ópera ou balé.

Câmara, Música de - Música composta para poucos instrumentos ou


vozes. As composições nesse estilo são habilmente trabalhadas em sua
estrutura interna. A formação dos conjuntos de câmara variam bastante
- chegando à extremos no século XX. Existem, porém, formações
clássicas, a partir da qual derivam todas as outras:

a. trio: piano, violino e violoncelo

b. Quarteto de cordas: dois violinos, uma viola, um


violoncelo

c. Quinteto de sopros: clarinete, oboé, flauta, trompa e


fagote.

Note-se que essas são as formações principais, variando conforme o


gosto do compositor. Assim, é fácil encontrar "Quintetos para piano"
(ou seja, um quarteto de cordas + piano ou qualquer outro instrumento,
conforme o caso), etc.

Cantata - peça musical para ser "cantada", como o nome aponta.


Originalmente era escrita para cantor e acompanhamento, mas, com o
tempo, passou a ser uma obra para solistas, coro e orquestra.

Concerto - 1) Apresentação de um trabalho musical por um conjunto


de executantes. Sendo uma só pessoa, chama-se "recital". Toda família
tem um primo músico, que no fim do ano apresenta as mediocridades
que aprendeu em um "recital". 2) No sentido estritamente musical,
significa uma peça para algum instrumento solista e orquestra. Essa
definição, porém, só passa a valer a partir da segunda metade do século
XVIII. Até então o que se entendia por "concerto" era a reunião de
vários solistas e uma orquestra. Sistematizando:

a. Sentido comum: apresentação musical de um conjunto.

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b. Até 1750-60: Obra para um pequeno conjunto de solistas


acompanhados de uma orquestra. O equivalente de hoje em
dia seria o "Concerto para grupo e orquestra", do Deep
Purple.

c. De 1760 até hoje: obra para um instrumento solista e


orquestra.

Contraponto - do latim, "punctus contra punctus". Combinação de


duas ou mais melodias que se desenvolvem ao mesmo tempo.

Coro - Conjunto de cantores. Pode ser de vozes iguais (apenas tenores,


sopranos, etc.) ou misto, com todos os tipos de voz.

Fantasia -não, não é o ridículo programa do SBT. Trata-se de um


gênero musical de forma livre, com seu desenvolvimento deixado à
critério dos compositores.

Fuga - composição musical cujas diferentes partes se sucedem, como se


uma estivesse perseguindo a outra. A fuga está relacionada ao
contraponto: cada uma de suas partes parece correr atrás da outra,
combinando as linhas melódicas umas com as outras.

Intermezzo - Trecho instrumental, de menor importância, tocado entre


os atos de uma ópera ou entre as partes de um drama.

Leitmotif - Do alemão, "Motivo condutor". Técnica desenvolvida por


Wagner de associar à cada personagem de uma ópera um tema musical
específico, que, ainda que com variações, permanece reconhecível por
toda a obra. Os "leitmotives" também costumam ser usados nos
poemas sinfônicos, com resultados diferentes mas igualmente
satisfatórios.

Minueto - pequena dança de origem francesa, de compasso 3/4, muito


usado por Mozart. Aliás, até a Primeira Sinfonia de Beethoven, o
minueto era obrigatório como terceiro movimento.

Missa - A música sempre foi um elemento indispensável para "religar" -


no sentido primitivo da palavra "religião" - o homem à Deus.

Nas pirâmedes do Egito foram encontrados trompetes, o que


indica o acompanhamento musical das cerimônicas
fúnebres. Na Bíblia, sei lá aonde, fala-se de um tal Jubal,
"pai dos que tocam cítara e órgão". Na Grécia antiga vários
deuses estavam relacionados à elementos musicais.

Muitos compositores dedicaram-se à escrever música


religiosa, associando ao fervor místico dos cultos religiosos o
poder arrebatador da música. Em alguns casos, eles pouco
ligaram para a religião, criando obras musicais que

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transcendem em muito qualquer significado estritamente


religioso.

A época renacentista ainda foi marcada pelo Canto


Gregoriano ou cantochão, uma linha melódica simples e sem
acompanhamento, no qual a entonação das palavras fornecia
a entonação e ritmo da música. Há pouco tempo ouve uma
espécie de "renascimento" do canto gregoriano, que
tornou-se moda no mesmo filão "eu-me-amo-eu-me-auto-
ajudo" de Lair Ribeiro ou Paulo Coelho. Graças a Deus,
como toda moda estúpida, caiu já no esquecimento do
público.

Nos séculos XVI e XVII, muitos compositores criaram


música para os ofícios religiosos, fossem católicos ou
protestantes. A princípio essas músicas eram cantadas pela
congregação, com um sentido devocional superior ao
artístico. (Algo comparável - não em qualidade, mas na
forma - aos rituais evangélicos de hoje em dia. Vide o
popstar Padre Marcelo.) Todavia, essas composições
cresceram em tamanho e complexidade, passando a exigir
que um grupo especializado se responsabilizasse por sua
execução, enquanto a maior parte da assembléia se limitaria
a acompanhar.

Com a reforma protestante, Lutero quis quebrar o


monopólio da Igreja sobre os hinos religiosos. Que fez?
Adaptou uma série de melodias profanas para servirem como
canções religiosas, utilizando-se de ritmos e temas
populares. Depois, há quem considere a música gospel
original...

O resultado pretendido por Lutero teve resultado efêmero:


logo os compositores passaram a criar introduções e floreios
para esses hinos, dispensando novamente a participação da
comunidade e requerendo um grupo de cantores
especializados.

Nos séculos XIX e XX a música religiosa já estava bastante


distante de seu sentido original, convertendo-se em mais
uma peça de concerto. Algumas missas ou réquiens chegam
a durar mais de duas horas, retirando-lhes qualquer
possibilidade de uso como música litúrgica. A religião
perdeu uma forma, mas a música ganhou.

Movimento - Cada uma das partes que compõe uma sonata, suíte ou
sinfonia. Geralmente os movimentos de uma mesma obra diferem pelo
andamento, ritmo e mesmo pela tonalidade escolhida.

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Noturno - obra para piano, de caráter tranqüilo e meditativo. Levado


ao auge de seu desenvolvimento com Chopin, foi criado pelo inglês
John Field (1782-1837)

Ópera - grosso modo, representação teatral na qual os atores cantam.

Essa definição é a mais simples possível, uma vez que a


ópera, unindo os elementos expressivos do teatro à força da
representação musical, torna-se um gênero musical único,
impossível de ser comparado à qualquer outro. Geralmente a
ópera é dividida em árias, duetos e coros.

A ópera nasceu de um erro: por volta de 1600, na Itália, um


grupo de músicos - onde se incluía Vincenzo Galilei, pai do
astrônomo - tomou conhecimento do estilo das tragédias
gregas, na qual a música e o texto estavam intimamente
relacionados.

Resolveram criar um equivalente moderno. Havia só um


problema: os gregos não deixaram indicações musicais de
nenhum tipo. Não exisitia nenhum meio de copiar o que
havia sido feito. ERa preciso, guardando as intenções
primitivas, criar um novo tipo de representação musical na
qual texto e sons estivessem ligados. Dessa cópia a partir do
nada surgiu a ópera, tal qual a conhecemos hoje.

Uma questão sempre presente: o texto determina ou deve


submeter-se à música? As óperas italianas foram pelo
primeiro caminho; as alemãs, pelo segundo - com resultados
igualmente bons.

Oratório - É, por assim dizer, uma ópera religiosa, mas sem a


representação em um palco e baseado em algum tema bíblico.

Orquestra - do grego, pasmem, "lugar para dançar". Atualmente,


grupo de instrumentistas dirigidos por um regente.

A orquestra, no sentido que lhe damos atualmente, surgiu


no final do século XVII. Até então haviam conjuntos de
instrumentistas reunidos unicamente pelo acaso. Os
soberanos que podiam manter uma orquestra contratavam
dezenas de músicos. Outros, menos ricos - ou interessados -
contavam apenas com alguns poucos executantes. Assim,
não era de se estranhar a falta de padronização dos
conjuntos orquestrais.

Foi apenas no século XVIII, ou, para ser mais exato, no


começo do século XIX, que passaram a existir orquestras
sinfônicas com um número determinado de instrumentos.
Mesmo as sinfonias de Mozart e Haydn variavam conforme

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os executantes disponíveis.

Foi Beethoven, em sua última sinfonia, que fixou o aparato


sinfônico tradicional - modelo que se mantém firme, com
algumas alterações, até os dias atuais.

Poema Sinfônico - composição orquestral, de um só movimento,


geralmente baseado em algum poema, romance ou mesmo um quadro.

Ao contrário da maioria das formas musicais, esta


tem paternidade reconhecida: Franz Liszt. O
músico húngaro, aproveitando-se da "idéia fixa"
de Berlioz e das descrições musicais de
Beethoven, criou uma nova forma, bastante livre,
na qual a inspiração pode ser um poema, uma
obra literária, um quadro, um lugar, sentimentos,
ou mesmo uma pessoa. A música passa a ser
quase pictórica, descrevendo, com sons, o que se
leu ou viu.

Levado à extremos, o poema sinfônico retirou da


música seu valor enquanto "música pura". Toda
obra deveria descrever ou representar algo. Essa
tendência foi amplamente combatida por setores
do campo musical, que defendiam a volta da
"música pura", ou seja, sem caráter descritivo. No
século XIX, Brahms, secundado pelo crítico
Edouard Hanslick, foi um dos poucos músicos
que escapou à influência do poema sinfônico. No
século XX, ao contrário, poucos foram os
compositores que se deixaram influenciar por
essa forma...

Rapsódia - peça não muito longa, escrita geralmente para piano ou


orquestra, baseada em temas populares. As "Rapsódias Húngaras" de
Liszt são um exemplo acabado do tema.

Scherzo - peça de caráter ligeiro e alegre - quer dizer "brincadeira" em


italiano. Geralmente é parte de um conjunto maior, como uma sonata
ou sinfonia. À propósito, sua introdução na sinfonia, no lugar do
minueto, foi feita por Beethoven. Apesar do compasso ser o mesmo
(3/4), o scherzo difere do minueto por seu caráter mais sério e seu
maior desenvolvimento.

Sinfonia - peça musical, em vários movimentos, executada por uma


orquestra. A sinfonia pode assumir formas e desenvolvimentos
absolutamente inesperados, variando conforme o gosto do compositor.

"Sinfonia" vem do grego "soar ao mesmo tempo", e essa

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definição continua valendo. O grande elemento que


diferencia a sinfonia de outras peças orquestrais é a ausência
de solistas. Obviamente não são todos os instrumentos que
tocam durante todo o tempo. Mas, ao contrário do concerto,
na sinfonia, mesmo quando alguns instrumentos se calam,
outros continuam tocando, sempre em conjunto.

No começo do século XVIII, "sinfonia" era um trecho


pequeno, integrando geralmente uma suíte ou um oratório.
Apenas com Haydn e os músicos da chamada "Escola de
Mannhein" que essa forma tornou-se independente. De
certa maneira, foi da fusão entre a "abertura italiana" e a
"forma-sonata" que surgiu a sinfonia no sentido moderno.

Vale notar também que a sinfonia não escapou da influência


do Poema Sinfônico. Muitas sinfonias no século XIX são
puramente descritivas. Curiosamente, os defensores da
"música pura" como Brahms, encontraram justamente na
sinfonia a oportunidade de se oporem à música descritiva.

Sonata - 1) na origem do termo, música para instrumentos de sopro ou


para cordas. 2) Com o passar do tempo, "sonata" passou a designar
uma obra musical em vários movimentos cuja estrutura era definida. A
sonata clássica, tal como desenvolvida por Mozart, era constituída de
quatro movimentos:

a. Um primeiro movimento rápido, cuja forma se


baseava na "forma-sonata".

b. Um movimento lento, geralmente em forma de


variações;

c. Um movimento dançante (um minueto, por


exemplo, remanescente da suíte);

d. movimento final, de caráter enérgico e


conclusivo.

Obviamente essa estrutura era modificada de acordo com o


compositor. Todavia, permaneceu como principal meio de
composição até meados do século XX.

Suíte - Originalmente, um conjunto de danças. No século XVIII, as


suítes compreendiam as diversas danças da época: allmande, sarabande,
minuet, bourré, etc. A famosa "Música Aquática", de Haendel, é um
bom exemplo desse gênero. Nos séculos XIX e XX o termo ganhou
nova acepção, passando a significar a reunião de pedaços de uma ópera
ou balé para ser executado sem a ação no palco.

Toccata - Peça para ser "tocada" por instrumentos de teclado, em

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oposição à um dos sentidos da "sonata" e da "cantata".

Variações - como o nome diz, são as variações sobre um tema musical,


original ou do próprio compositor. É uma das mais antigas formas
musicais, existindo, em formas variadas, desde o século XVII.

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