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Desde criança gosto de caminhar pelo Centro da cidade e sentir o movimento das
pessoas. Quem me introduziu nesse prazer e me apresentou a Saara foi minha avó,
Natalina. Ela era freguesa de várias lojas como a Turuna, onde passávamos horas
escolhendo nossas fantasias para o Carnaval, e a Casas Pedro. Circulávamos também
pelas imediações da Saara. Nossos passeios aconteciam depois das consultas ao Dr.
Mariano, um sábio homeopata que atendia ali pela Rua da Carioca. Às vezes,
almoçávamos no Bar Luiz e comprávamos sapatilhas de balé na Rosa Branca, na
Ramalho Ortigão. Pensando agora no documentário, os principais temas do filme são
elementos que sempre me chamaram a atenção: a interação entre as pessoas, a rádio
Saara, os pregoeiros e a decoração das lojas que vai mudando de acordo com as datas
festivas do calendário. É um filme sobre recordação e amizade.
2) O documentário tem como fio condutor a amizade entre o judeu Henrique Nigri
e o árabe Demétrio Habib. Poderia falar um pouco sobre os dois? Como a
produção do curta chegou nesses dois personagens? O que na amizade deles
justificou a escolha de ambos como protagonistas?
Acho que o mais importantes que aprendi é que a gente pode fazer a vida ficar mais
bonita, e que a “mágica” está em manter o movimento, realizar, apesar de tudo.