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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes


Departamentos de Ciências Sociais

Disciplina: Sociologia da Juventude


Professora: Geovânia Toscano
Aluno: Paulliano Franco da Silva Rocha

Avaliação de Reposição

Concepções sobre juventude

Refletir sobre a condição da juventude brasileira é tarefa presente na


formação de estudantes universitários que se aventuram a percorrer uma
trajetória acadêmica nos cursos de licenciatura. Logo se percebe que não
existe uma definição única do que é ser jovem. Diante disso, se faz necessário
compreender quais significados foram construídos sobre a juventude.

As concepções sobre juventude são compreendidas à partir de uma


construção histórica e social. Cada época da sociedade identifica sentidos
sobre a juventude. Sendo assim é mais prudente afirmar que não há somente
uma definição de juventude, mas juventudes. Porém, é possível destacar
quatro concepções mais relevantes:

Juventude como etapa de preparação, ou seja, transição entre a


infância e a idade adulta. É nessa fase da vida que os indivíduos são
ensinados a como se comportar em sociedade, tendo que assumir valores e
condutas de adultos. Esses ensinamentos são realizados pela família, escola e
sociedade em geral. Pode ser definido pelo que o sociólogo francês Émile
Durkheim (1858-1917) conceituou sobre educação:

“A ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não estão
maduras para a vida social, tem por objetivo suscitar e desenvolver na
criança determinados números de estados físicos, intelectuais e morais
que dele reclamam, por um lado, a sociedade política em seu conjunto, e
por outro, o meio especifico ao qual está destinado.” (DURKHEIM,
1973:44)

Juventude como etapa problemática refere-se ao momento que passa


pela adolescência em que os jovens vivenciam as relações no meio social.
Esses jovens questionam as normas e valores estabelecidos. Para a juventude
das classes populares a realidade é mais difícil, pois estão sujeitos
desigualdade sociais, que colaboram para a participação na criminalidade,
sendo percebida pela sociedade como jovens problemáticos.

Juventude como atores estratégicos para o desenvolvimento faz


referência ao período da segunda metade do século XX. Nesse momento são
fomentados os investimentos em políticas públicas destinadas a capacitar os
jovens para o mercado de trabalho. A juventude é compreendida como força
capaz de produção. Ocorre a expansão das escolas técnicas e o incentivo a
criação de cursos profissionalizantes para geração de mão de obra para o
comércio e indústria. As classes populares são o grande alvo dessas políticas
públicas.

Juventude como sujeito de direitos na dimensão cidadã é uma


concepção que surge entre no final do século XX e início do século XXI. A
promulgação da Constituição de 1988 assegurou mais direitos civis, políticos e
sociais aos brasileiros e brasileiras. Diante disso, a juventude começa a ser
pensada como uma fase da vida que deve ter mais atenção do poder público e
os jovens passam ser compreendidos efetivamente como sujeitos de direitos,
sendo aprovada a lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013, que institui o Estatuto
da Juventude, que vai expressar de forma mais objetiva as diretrizes e direitos
voltadas para as políticas públicas para a juventude.

As concepções devem ser observadas com vistas nos processos


históricos, políticos e sociais que colaboram para as mudanças sociais, bem
como a relação entre juventude e classe sociais, fator determinante para a
compreensão das juventudes.
Referências Bibliográficas

ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. 2 Ed. LTC. 1981.

Estatuto da Juventude - Lei 12.852/2013.

Estação juventude: conceitos fundamentais – ponto de partida para


uma reflexão sobre políticas públicas de juventude / organizado por Helena
Abramo. – Brasília: SNJ, 2014.

ÉMILE, Durkheim. Educação e sociologia. 11 ed. São Paulo: Melhoramentos,


1978.

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