Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Paulo Igor
Noções Introdutórias
Conceito
Fontes
Representam a origem do direito penal (de onde emana) e a maneira como ele se revela (a
forma pela qual se apresenta)
Obs: a União poderá delegar aos Estados o poder de Legislar sobre Direito Penal em questões
específicas.
Formal - Aquele que traz a maneira como ele se revela para a sociedade.
Mediata:
Atos Administrativos
Ex: Portaria da Anvisa que diz o que é droga
Costumes
Ex: Repouso Noturno -
Imediata: Lei
Atenção: Existe doutrina, mais morderna, que trabalha com outra estrutura das fontes do
direito penal: Ex: Rogério Sanches Cunha
Formais
Mediatas
Lei
Princípios
CF/88
Jurisprudência
Atos administrativos
Mediata
Doutrina
Princípios
São os valores fundamentais de todas as disciplinas, pois norteiam o seu estudo. Atualmente
possuem o status de norma (“norma princípio”), podendo ser aplicados na ausência das
“normas-regras” e inclusive em detrimento delas.
Aula 2
CEDH – Art. 7
Princípio da legalidade (art. 5º, XXXIX, da CF/88; art. 1º do CP): Não há crime sem lei anterior
que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
É a Soma do principio da Reserva Legal (Lei em sentido estrito LO/LC) + Anterioridade (a lei
deve ser anterior à prática da conduta incriminada.
B – Abrangência:
Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Por ser uma garantia do cidadão contra o Estado, o princípio da legalidade deve ser
interpretado da maneira mais ampla possível. Ou seja: Aplica-se o referido princípio às
contravenções e medidas de segurança.
1ª Corrente: Não é possível, pois existe vedação expressa da CF/88 (art. 62, parag. 1, I, b)
(Cleber Masson, Rogério Greco)
2ª Corrente: MP pode versar sobre Direito Penal desde que seja norma não incriminadora e
que beneficie o Réu (Rogério Sanches, Paulo Queiroz)
1997 surgiu MP 1.571/97 (versava sobre causa extintiva da punibilidade nos crimes tributários)
STF: é possível desde que se trate de norma penal não incriminadora.
O STF JÁ ADMITIU, POR DUAS VEZES, MEDIDA PROVISÓRIA TRATANDO SOBRE DIREITO PENAL
NÃO INCRIMINADOR, DESDE QUE A NORMA FOSSE BENÉFICA AO RÉU.
03/07/2018
Segundo STF e STJ, TIDH não são instrumentos hábeis à criação de crimes e cominação de
penas.
STJ não admite conceito de organização criminosa (convenção de Palermo) por ferir princípio
da Legalidade
E.2 – Proibir a Criação de crimes e penas pelos costumes (A lei deve ser escrita):
O uso do costume pode abolir uma infração penal? Não! Sendo criada por Lei, somente por lei
será revogada.
Conclusão: o Costume no Direito Penal Brasileiro serve apenas para a interpretação da Lei
Penal, não podendo criar crimes e nem cominar penas.
E.3 – Proibir o emprego de analogia para criar crimes (A lei deve ser ESRITA)
Analogia é uma forma de integração da lei penal (diferente de interpretação). É a utilização de
situações similares a fim de suprir lacunas existentes na lei.
Ex: Art. 181, I do CP: Causa de isenção de pena ao cônjuge que subtrai patrimônio do outro
cônjuge durante a constância da sociedade conjugal. Apesar de não haver previsão expressa,
essa causa de isenção de pena pode alcançar o companheiro. Analogia benéfica.
E.$ - Proibir incriminações vagas e imprecisas (A lei deve ser certa) Princípio da Taxatividade
O texto da lei deve ser claro quanto a conduta que se pretende coibir, para que o cidadão
entenda perfeitamente a proibição tipificada penalmente.
Anterior
Escrita
Estrita
Certa
Missão Imediata ----- Claus Rokis – Proteger os bens jurídicos. Brasil adotou
Quais são os bens jurídicos que devem receber a proteção do Direito Penal?
Somente aqueles imprescindíveis para o convívio social pacífico (determinados de acordo com
os princípios constitucionais e do Estado democrático de Direito)
O direito penal só deve ser aplicado quando os demais ramos do direito não forem suficientes
para garantir proteção ao bem jurídico e somente se a lesão sofrida for relevante e intolerável.
O Direito penal só punirá as condutas quando gerarem lesões ou perigo de lesões aos bens
jurídicos tutelados.
A proteção contra mero risco de lesão de um bem jurídico fere o princípio da intervenção
mínima?
NÃO! O princípio da lesividade existe para garantir a proteção eficiente dos bens jurídicos mais
importantes para a sociedade.
Art. 155 – Intervenção Mínima – Só receberá a proteção do direito penal em caso de efetiva
lesão.
Art. 132 – Periclitação à vida ou saúde de outrem – Princípio da lesividade – proteger o mero
risco de lesão à vida ou à integridade física da vítima.