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29/06/2018

Paulo Igor

Direito Penal – Parte Geral

Noções Introdutórias

Conceito

É o conjunto de princípios e leis destinados a combater a infração penal, mediante a


imposição de sanção penal.

Infração Penal engloba Crimes e Contravenções.


Sanção Penal engloba Pena e medida de segurança (para o inimputável).

Fontes

Representam a origem do direito penal (de onde emana) e a maneira como ele se revela (a
forma pela qual se apresenta)

Material - Aquela que traz a origem do direito penal

União – Ente público responsável por legislar sobre Direito Penal.

Obs: a União poderá delegar aos Estados o poder de Legislar sobre Direito Penal em questões
específicas.

Formal - Aquele que traz a maneira como ele se revela para a sociedade.

Mediata:

Princípios Gerais do Direito


Ex: Princípio da Insignificância: Condão de afastar a tipicidade penal do delito.

Atos Administrativos
Ex: Portaria da Anvisa que diz o que é droga

Costumes
Ex: Repouso Noturno -

Imediata: Lei

Atenção: Existe doutrina, mais morderna, que trabalha com outra estrutura das fontes do
direito penal: Ex: Rogério Sanches Cunha

Formais

Mediatas

Lei

TIDH – Tratados Internacionais

Princípios

CF/88

Jurisprudência
Atos administrativos

Mediata

Doutrina

Costumes: Fonte Informal

O CESPE em 2014, adotou a teoria Tradicional.

Princípios

São os valores fundamentais de todas as disciplinas, pois norteiam o seu estudo. Atualmente
possuem o status de norma (“norma princípio”), podendo ser aplicados na ausência das
“normas-regras” e inclusive em detrimento delas.

Exemplo: O princípio da insignificância é um exemplo em que uma norma princípio se


sobrepõe à uma norma-regra.

Objetivos dos Princípios

1 - Esses princípios limitam o poder-dever de punir do Estado (jus puniende)

2 – Criar garantias aos cidadão contra a ingerência indevida do Estado.

Aula 2

Convenção Americana DH – Art. 9

CEDH – Art. 7

Estatuto de Roma – Art. 22

DUDH (Declaração Universal DH) – 11.2

Princípio da legalidade (art. 5º, XXXIX, da CF/88; art. 1º do CP): Não há crime sem lei anterior
que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

A - Conceito: É uma reali limitação á interferência estatal na esfera de liberdades individuais.

É a Soma do principio da Reserva Legal (Lei em sentido estrito LO/LC) + Anterioridade (a lei
deve ser anterior à prática da conduta incriminada.

B – Abrangência:

Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

Por ser uma garantia do cidadão contra o Estado, o princípio da legalidade deve ser
interpretado da maneira mais ampla possível. Ou seja: Aplica-se o referido princípio às
contravenções e medidas de segurança.

C – Legalidade Estrita x Medidas Provisórias:

- Medida provisória pode criar crimes e/ou cominar penas?

NÃO. Somente a Lei pode criar crimes e cominar penas.

- Medida provisória pode versar sobre direito Penal?


Norma Penal pode ser incriminadora (NÃO PODE) e não incriminadora (ex: causa de exclusão
de ilicitude – no cria crime e não comina pena, causa de atipicidade, extinção da punibilidade.

MP versando sobre direito penal não incriminador:

1ª Corrente: Não é possível, pois existe vedação expressa da CF/88 (art. 62, parag. 1, I, b)
(Cleber Masson, Rogério Greco)

2ª Corrente: MP pode versar sobre Direito Penal desde que seja norma não incriminadora e
que beneficie o Réu (Rogério Sanches, Paulo Queiroz)

1997 surgiu MP 1.571/97 (versava sobre causa extintiva da punibilidade nos crimes tributários)
STF: é possível desde que se trate de norma penal não incriminadora.

EC 32/01 inseriu na CF a vedação de MP versar sobre direito Penal.

2008 – MP 417/2008 – Causa de atipicidade temporária no delito de Posse irregular de arma


de fogo.

STF: Analisando os HCs nunca mencionou a invalidade da MP.

O STF JÁ ADMITIU, POR DUAS VEZES, MEDIDA PROVISÓRIA TRATANDO SOBRE DIREITO PENAL
NÃO INCRIMINADOR, DESDE QUE A NORMA FOSSE BENÉFICA AO RÉU.

03/07/2018

D – Legalidade Estrita x TIDH

Segundo STF e STJ, TIDH não são instrumentos hábeis à criação de crimes e cominação de
penas.

STJ não admite conceito de organização criminosa (convenção de Palermo) por ferir princípio
da Legalidade

E – Funções do Princípio da Legalidade:

E.1 – Proibir a Retroatividade da Lei Penal (A lei deve ser Anterior)

Atenção: a Retroatividade benéfica não só é permitida, como se constitui em uma garantia do


cidadão (art. 5, XL, CF)

E.2 – Proibir a Criação de crimes e penas pelos costumes (A lei deve ser escrita):

Costume é o comportamento que a sociedade pratica reiteradamente por ser convicção de


que é obrigatório ou permitido.

O uso do costume pode abolir uma infração penal? Não! Sendo criada por Lei, somente por lei
será revogada.

Conclusão: o Costume no Direito Penal Brasileiro serve apenas para a interpretação da Lei
Penal, não podendo criar crimes e nem cominar penas.

E.3 – Proibir o emprego de analogia para criar crimes (A lei deve ser ESRITA)
Analogia é uma forma de integração da lei penal (diferente de interpretação). É a utilização de
situações similares a fim de suprir lacunas existentes na lei.

Atenção: Analogia in bonam partem é permitida.

Ex: Art. 181, I do CP: Causa de isenção de pena ao cônjuge que subtrai patrimônio do outro
cônjuge durante a constância da sociedade conjugal. Apesar de não haver previsão expressa,
essa causa de isenção de pena pode alcançar o companheiro. Analogia benéfica.

E.$ - Proibir incriminações vagas e imprecisas (A lei deve ser certa) Princípio da Taxatividade

O texto da lei deve ser claro quanto a conduta que se pretende coibir, para que o cidadão
entenda perfeitamente a proibição tipificada penalmente.

Exemplo de incriminação vaga: Art. 288-A CP

Concluindo: A Lei penal deve ser:

Anterior

Escrita

Estrita

Certa

3.2 – Princípio da Exclusiva Proteção de Bens Jurídicos:

Se relaciona com a missão do Direito Penal

Missão Imediata ----- Claus Rokis – Proteger os bens jurídicos. Brasil adotou

------- Guntter Jakobes – Proteger o ordenamento jurídico

Missão Mediata: Limitar poder dever de punir o Estado.

Limitar a atuação desviada da sociedade.

Quais são os bens jurídicos que devem receber a proteção do Direito Penal?

Somente aqueles imprescindíveis para o convívio social pacífico (determinados de acordo com
os princípios constitucionais e do Estado democrático de Direito)

3.3 – Princípio da Intervenção Mínima

O direito penal só deve ser aplicado quando os demais ramos do direito não forem suficientes
para garantir proteção ao bem jurídico e somente se a lesão sofrida for relevante e intolerável.

Subsidiariedade – Demais ramos do Direito / Fragmentariedade – Extensão e relevância


da lesão sofrida.

Princípio da insignificância nasce do caráter fragmentário do direito Penal.

3.4 – Princípio da Exteriorização / Materialização dos Fatos:


O direito penal só pode incriminar condutas humanas voluntárias, ou seja, FATOS. Consagra-
se, assim, o direito penal dos fatos, vedando-se o direito penal do autor, em que a punição do
indivíduo pode ser baseada em que ele é não pelo que ele fez. Ex: Vadiagem (Art. 59 –
Contravenções Penais)

3.5 – Princípio da Lesividade/Ofensividade

O Direito penal só punirá as condutas quando gerarem lesões ou perigo de lesões aos bens
jurídicos tutelados.

A proteção contra mero risco de lesão de um bem jurídico fere o princípio da intervenção
mínima?

NÃO! O princípio da lesividade existe para garantir a proteção eficiente dos bens jurídicos mais
importantes para a sociedade.

Art. 155 – Intervenção Mínima – Só receberá a proteção do direito penal em caso de efetiva
lesão.

Art. 132 – Periclitação à vida ou saúde de outrem – Princípio da lesividade – proteger o mero
risco de lesão à vida ou à integridade física da vítima.

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