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15/08/2016 Techoje ­ Benefícios da Gestão de Riscos em Projetos

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amigo :: Engenharia de Vendas
Diogo de Mendonça Alves Maciel :: Especial
Engenheiro Mecânico (CEFET­MG), cursando pós­graduação em Gerenciamento de
Projetos (IETEC), Engenheiro de Utilidades SNC Lavalin Minerconsult :: Gestão de Energia

Benefícios da Gestão de Riscos em :: Gestão de Negócios
Projetos
1. Introdução :: Gestão de Projetos

Para projetos em geral, independentemente do ramo, os riscos (ameaças e :: Gestão e Tecn. da Informação
oportunidades) podem afetar seus objetivos podendo levá­lo a uma direção
:: Gestão e Tecnologia Industrial
totalmente diferente da planejada inicialmente. Esses riscos podem alterar
escopo, prazo e custo, levando o projeto, às vezes, ao fracasso total. Os :: Inovação e Criatividade
riscos podem sem internos ou externos ao projeto e para cada um deles o
Projetos de pesquisa e inovação :: Meio Ambiente
gerente de projeto deverá, juntamente com sua equipe, elaborar um plano de ganham destaque
respostas eficiente e claro o suficiente para que, caso o risco ocorra, ele
:: Mineração
impacte o mínimo possível no projeto. MIP Engenharia investe em
capacitação na área de projetos :: Responsabilidade Social
Os conceitos, técnicas e metodologias da gestão podem ser usados em todos
os níveis da organização, não se limitando ao projeto, inclusive na vida Riscos em Projetos de Automação :: RH
pessoal. Dessa forma a análise sistemática de riscos auxiliará o gerente do Industrial
projeto a tomar decisões baseados em critérios que demonstrem a confiança
de cada decisão, não deixando para a sorte o sucesso do projeto. As principais práticas no
gerenciamento de aquisições em
Considerando a resistência de algumas empresas em se implementar a gestão
projetos
de riscos, como parte do planejamento de seus projetos, faz­se necessário a
divulgação de alguns conceitos e benefícios proporcionados por essa Gestão de Pessoas em Projetos
disciplina.

2. Revisão da Literatura

A palavra risco é comumente usada com uma conotação negativa, sendo
associada sempre a algum imprevisto ruim que possa ocorrer, se tornando um
evento indesejável. Tecnicamente risco é alguma coisa no futuro que pode ou
não ocorrer, herdando portanto, a incerteza. Segundo o PMBOK 4ª edição,
risco é um evento ou uma condição incerta que, se ocorrer, tem um efeito em
pelo menos um objetivo do projeto, ou seja, tem impacto em pelo menos um
objetivos. Os impactos podem ser negativos ou positivos, podendo ser os
riscos, na verdade, ameaças ou oportunidades. Não é possível ter um risco
inconseqüente, por definição, e, onde quer que em algum campo do esforço
humano esteja tentando alcançar alguma coisa, é possível identificar
incertezas que podem afetar as chances do sucesso. (VIEIRA, 2009). O risco
tem três componentes: o evento, a probabilidade de ocorrência do evento e o
impacto do evento nos objetivos do projeto (PONTE, 2005). Objetivos podem
incluir escopo, cronograma, custo e qualidade e os riscos podem ter uma, ou
diversas causas, podendo ser um requisito, uma premissa, uma restrição ou
qualquer outra condição que crie a possibilidade de resultados negativos ou
positivos.

Mas ainda existe uma dificuldade muito grande em se aceitar que riscos
possam ser positivos. Na própria bibliografia de gerenciamento de projetos
encontram­se livros nos quais na primeira página do capítulo de
gerenciamento de riscos define­se riscos como ameaças ou oportunidades,
mas que, da segunda página em diante, passa novamente a usar o termo
“risco” somente com o sentido negativo. Outro exemplo que pode ser citado é
na compra de ações. Há pouco tempo o governo brasileiro fez uma oferta de
venda de um lote de ações da Petrobrás. Tal oferta foi anunciada em vários
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meios de comunicação, e, ao final sempre apareciam os dizeres: “Antes de
fazer o investimento leia a sessão de riscos”. E quais informações o
interessado podia ver naquela sessão? Somente os aspectos, os fatores, as
justificativas que poderiam fazê­lo perder dinheiro. Mas, em nenhum
momento mostrava as chances do investimento ser bem sucedido, sem
apresentar dados que aumentassem a confiança do investidor na empresa
tampouco um histórico de valorização das ações da Petrobrás nos últimos

Já no âmbito do gerenciamento de projetos, o gerenciamento de riscos é o
meio pelo qual as incertezas são sistematicamente gerenciadas para garantir
que os objetivos (prazo, custo, qualidade, etc) do projeto sejam alcançados
(FREITAS, 2009). Indo um pouco além, os princípios do gerenciamento de
riscos podem ser aplicados a todos os aspectos do negócio. Sua aplicação
influencia e auxilia o processo de tomada de decisão pois mostrará qual o
de confiança de cada alternativa. Portanto, o gerenciamento de riscos
tem um papel que vai muito além do que somente estabelecer margens de
riscos para o projeto.

Não é mais aceitável que o gerente do projeto tome decisões de maneira
emocional ou irracional. O risco sempre existe e, portanto, é preciso estudar a
probabilidade de sua ocorrência, buscando maximizar as chances de
ocorrências das oportunidades e minimizar as chances de ocorrência das
ameaças. O estudo da probabilidade de ocorrência deve ser feito com base
em dados históricos, opinião especializada ou em algum método estatístico
confiável. Para os riscos internos o gerente do projeto deve atuar de forma
pró­ativa, influenciando a ocorrência ou não dos eventos e, para os riscos
externos, contingenciar. A habilidade de se tomar boas decisões certamente
está no topo da lista das necessidades básicas de um gerente de projeto. A
análise de decisão é a disciplina que ajuda os gerentes de projetos
escolherem, “sabiamente”, alternativas sob condições de incerteza. Certeza
absoluta nunca existirá. (PEDROSO, 2006). 3. Gerência de Riscos

Gerência de Riscos é definida como o conjunto de ações a serem executadas
pelo gerente do projeto de forma a maximizar os efeitos dos riscos positivos
(oportunidades) e minimizar os efeitos dos riscos negativos (ameaças)
(ALENCAR, 2006), trabalhando de maneira metódica e científica em busca das
melhores decisões. Nesse ambiente de tomada de decisão avaliar todas as
alternativas para a melhor opção não garante um bom resultado. As técnicas
auxiliam a tomada de decisão, mas não garantem bons resultados (PEDROSO,

É interessante, para as organizações, que a gerência de riscos seja de
responsabilidade do PMO (Project Management Office), pois as lições
aprendidas de um projeto poderão ser de grande valia para outros. Além
disso, projetos semelhantes podem conter um grande número de riscos em
comum, o que facilita o trabalho do gerente do projeto no sentido de ajudar a
deixar nenhum risco sem ser analisado. Essa é uma das
responsabilidades mais importantes do PMO, mas ela não elimina a
necessidade do gerente do projeto dominar as técnicas e conceitos para tratar
situações de certeza e incerteza, como por exemplo, o das probabilidades e
de outros instrumentos de administração do risco. Sem esse domínio as
decisões serão tomadas com base na intuição e o sucesso do projeto
dependerá somente de sorte. Dentre os modelos mais consagrados todos
apresentam o processo de gestão de riscos dividido em quatro etapas:
Identificação de riscos, análise de riscos, planejamento de respostas aos
riscos e monitoramento e controle dos riscos.

Na etapa de identificação é onde se determina o que pode acontecer, porque
e como. Detectar riscos potenciais é o primeiro passo para se ter um processo
de gestão de riscos de sucesso. Como esse é um processo criativo,
dificilmente será sistematizado, por isso é importante a documentação e a
experiência para obter sucesso nesta etapa. Podem­se utilizar técnicas como
brainstorming, checklist e a técnica Delphi nesta etapa (ALENCAR, 2006).

A análise dos riscos qualifica e quantifica qual a probabilidade do risco ocorrer
e quais os impactos no projeto. Como resultado tem­se um levantamento de
quais riscos mais impactam o projeto e quais têm mais chances de ocorrerem.
Portanto o gerente de projeto poderá priorizar os riscos ao final dessa etapa.

Define­se ações que visem ampliar as oportunidades e reduzir as ameaças
aos objetivos do projeto na fase de planejamento de respostas aos riscos. As
opções de resposta são: mitigar, eliminar, transferir ou aceitar os riscos. No
caso da aceitação estabelece­se uma verba e um prazo e uma contingência

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para que, caso ele ocorra, não impacte no projeto ou suas conseqüências
sejam bastante reduzidas. Observando­se as respostas aos riscos deve­se
reavaliar o prazo e o custo do projeto.

Na etapa de monitoramento e controle trata­se o risco quando ele ocorre
efetivamente. É nessa etapa também que se avalia a eficácia das respostas
escolhidas para os riscos e onde se registra os acontecimentos do projeto
para serem utilizados em projetos futuros.

4. Benefícios do gerenciamento de riscos

Os riscos, em geral, afetam três importantes objetivos ao projeto: Escopo,
prazo e custo. No caso de prazo e custos, os riscos negativos provocam a
extrapolação dos valores planejados. Já o escopo varia, podendo diminuir ou
aumentar em relação ao planejado.

O feedback do cliente pode se tornar uma ferramenta poderosa na prevenção
da ocorrência dos riscos que afetam o escopo do projeto. Com base nas
entregas parciais, o cliente pode verificar se o projeto está sendo executado
conforme escopo. E também pode ajudar a identificar as alterações, que
serão necessárias ao longo do tempo, já que a clareza do escopo aumenta à
medida que o projeto vai evoluindo e pode haver algumas situações não
previstas no início do projeto. Vendo o projeto pelo ângulo do escopo pode­se
dizer que uma gestão adequada dos riscos diminui custos no projeto já que
alterações custam menos quanto antes forem identificadas e quanto menor for
o número de alterações.

Outro ganho da gestão de riscos pode ser observado na duração do projeto.
Dentre os fatores que definem o prazo estão as estimativas de recursos e a
estimativa de atividades. E toda estimativa pode fugir, na realidade, dos dados
planejados. Constitui­se então, um dos maiores riscos em projetos, a
disponibilidade de recursos no tempo planejado. Um plano de resposta
eficiente e claro seria capaz de reduzir, em muito, os impactos no prazo, caso
este tipo de risco venha a acontecer. Sem atraso no projeto, sem custos
adicionais, curva S conforme planejado, impacto zero. Outro fator de grande
relevância e um dos maiores riscos para o prazo do projeto é a mudança de
escopo. A mudança do trabalho, tanto para mais quanto para menos, gera
retrabalho que leva tempo para ser feito. O cronograma do projeto é
elaborado com base no escopo inicial, qualquer alteração no trabalho a ser
feito é um risco para o projeto e pode comprometer a data de término do

A EAP (Estrutura Analítica do Projeto) é uma das entradas para se estimar os
custos do projeto e é uma ferramenta voltada para o gerenciamento do
escopo apresentando­se na forma de organograma cujo último nível se
encontra os pacotes de trabalho. O principal fator de risco aos custos do
projeto, assim como no prazo, é o escopo. A correta elaboração de respostas
aos riscos beneficia a gestão do projeto e aumenta as chances de sucesso e
satisfaz o cliente.

De acordo com (OVERSEASBR, 2010) uma boa gestão de riscos proporciona
benefícios para a empresa, promovendo a melhoria contínua e aumentando o
grau de maturidade em gestão de projetos. Além disso:

• Aumenta a probabilidade de se atingir os objetivos e de itens demonstráveis
de valor para as partes interessadas; 
• Apoio ao planejamento estratégico e do negócio e ao uso eficaz dos
recursos; 
• Menos choques e surpresas desagradáveis e mais rapidez para agarrar
oportunidades; 
• Melhora nas comunicações e tranqüilidade das partes interessadas; 
• Auxilia o foco de um programa interno de auditoria.

Além dos benefícios citados nos objetivos do projeto e na empresa como um
todo não pode ser esquecido a melhora no processo decisório em todos os
aspectos do negócio. Tomar uma decisão conhecendo­se o nível de confiança
está se tornando uma característica essencial para os gerentes do projeto.

5. Conclusões

Esse artigo procurou apresentar alguns conceitos e, principalmente, os
benefícios que são proporcionados pela gestão de riscos. Nem todas as
técnicas existentes para se analisar riscos são viavelmente aplicadas a todos

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15/08/2016 Techoje ­ Benefícios da Gestão de Riscos em Projetos
os projetos, mas, os benefícios aqui apresentados são aproveitados por todos

O que se vê nas empresas hoje é uma crescente conscientização para a
importância da gestão de riscos e é inevitável que ela se torne parte da
cultura do gerenciamento do projeto assim como um cronograma, por
exemplo, já é.

6. Bibliografia

VIEIRA, Marconi Fabio, Leis Universais da Gestão de Riscos, disponível em

FREITAS, Uilson, disponível em

PONTE, Marcus Vinicius Vidal. Gerenciamento de Riscos. Rio de Janeiro: 2005.

PMI PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conjunto de
Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos: Guia PMBOK . 4ª edição. USA.

PEDROSO, Luis Henrique T. R. , Otimismo ou Confiança? Como Você Avalia os
nos seus Projetos? Revista Brasileira de Gerenciamento de Projetos,
Volume 04, Número 02, p. 21­31. Novembro de 2006.

ALENCAR, Antonio Juarez, Análise de Risco em gerência de projetos. 1ª Ed.
Janeiro: BRASPORT Livros e Multimidia Ltda, 2006. P.196.

OVERSEASBR, Benefícios do Gerenciamento de Riscos, disponível em
http://www.overseasbr.com/pt/riskmanagement/newtorisk/benefits.asp.
Acesso em 06 de março de 2011.

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