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Pesquisas feitas em diferentes pontos do litoral brasileiro apontam que a correnteza é a principal
causa de afogamentos na praia. Em mais de 80% dos casos, a corrente que provoca esses
acidentes é a que puxa para fora da praia, perpendicular à orla, chamada pelos especialistas de
"corrente de retorno".
Esse fluxo é formado pela água das ondas, depois que elas arrebentam. A água que se acumula
na beira da praia volta para o mar e, com isso, cria uma corrente nessa direção.
Os fatores que determinam essas correntes são muito localizados, por isso é impossível dizer que
uma região do Brasil tenha tendência maior ou menor a apresentá-las. Elas dependem do volume
das ondas, dos ventos e da topografia.
O perfil mais comum de quem precisa ser salvado das correntes de retorno: são homens, jovens
e não têm o hábito de frequentar a praia em que se acidentaram.
"Geralmente, o homem tende a ser mais imprudente no banho de mar. A mulher costuma ser mais
cautelosa, é como no trânsito", acredita Albuquerque, do IFRS. Ele diz ainda que quem conhece
bem o mar tende a ser mais cauteloso, mas que isso "não dá para afirmar 100%".
Essa corrente pode chegar a até 7 km/h e, nesses casos, não adianta tentar nadar contra, pois é
muito difícil atingir essa velocidade na água. César Cielo, no recorde mundial dos 50 metros livre,
prova mais rápida da natação olímpica, alcança uma velocidade média de aproximadamente 8,5
km/h.
Se o banhista fica preso em uma corrente, o mais importante é que ele mantenha a calma. Se ele
souber nadar ou boiar, a corrente não vai fazer com que ele afunde. O ideal, segundo os
especialistas, é nadar paralelamente à praia até encontrar algum banco de areia, onde ele consiga
apoiar os pés no chão. A partir daí, é possível esperar as ondas maiores e nadar junto delas até a
beira da praia.
Bancos de areia
8. Identificar peixes que representam riscos para banhistas, em mares, rios e lagos, e
reconhecer sua presença em locais de banho.
Animais Mordedores
Neste grupo encontraremos seres marinhos com características agressivas e/ou hábitos
predatórios, providos de poderosas mandíbulas com dentes afiados que podem causar graves
ferimentos lacerocontusos e/ou mutilações ao ser humano, em um encontro casual ou
provocado. Este grupo se restringe basicamente aos tubarões, barracudas, moréias e outros
peixes menores capturados por pescadores.
Tubarões
Moréias
De hábitos costeiros, em águas relativamente rasas com fundo coralino e/ou rochoso,
permanece entocada durante o dia vigiando os arredores. Muito nervosa, é capaz de
atacar e morder qualquer coisa que a perturbe. À noite, quando é mais ativa, sai de sua
toca para procurar alimento. A moreia não sai de sua toca para atacar o homem. No
entanto, quando um mergulhador se aproxima da entrada de sua toca, ela põe a cabeça
para fora, com a boca aberta ameaçadoramente. Se o "intruso" não notá-la a tempo,
poderá levar uma potente mordida. Os ferimentos causados pelas moréias são do tipo
lacerante e denteado. A hemorragia pode ser grande e a infecção secundária é
frequentemente encontrada. Além das dilacerações provocadas, a ferida normalmente
infecciona devido à enorme quantidade de bactérias existentes no material não digerido
que permanece entre seus dentes fortes e cortantes.
PEÇONHENTOS
Os animais peçonhentos estão abrangidos num grupo muito grande. Neste grupo
encontraremos animais providos de mecanismos naturais de defesa que entram em
ação apenas quando são importunados, não havendo a possibilidade de o homem ser
passivamente atacado e inoculado com a peçonha, cabendo um esclarecimento a
respeito da diferença entre peçonha e veneno. Peçonha: é uma substância qualquer de
origem animal, produzida por uma glândula, capaz de alterar o metabolismo de outro
animal quando inoculada. (Ex: peixes peçonhentos como o bagre, o mangangá e a raia.)
Na verdade, quando uma pessoa morde uma outra, sua saliva pode atuar como uma
peçonha, apesar de sua baixa agressividade. Veneno: é uma substância de origem
animal, vegetal ou mineral. Porém, não é produzida por nenhuma glândula nem é
inoculada naturalmente. Os peixes venenosos são aqueles que produzem
envenenamento, ou intoxicação, quando ingeridos ainda frescos, pois apresentam
secreções tóxicas em seus organismos. (Ex: baiacu.) As consequências ocasionadas
por uma peçonha estão diretamente correlacionadas à sua potência, quantidade
inoculada, e peso e condições físicas da vítima. Provocam desde uma simples irritação
à reações de extrema dor. Embora raros, os casos fatais advém, em grande parte, do
choque e posterior afogamento. Assim, é importante retirar a vítima da água
imediatamente após o ocorrido. De uma forma geral, não deve-se tocar, manusear ou
importunar os seres marinhos desconhecidos, evitando-se os animais com formas e,
principalmente, cores exóticas, que é a sinalização da natureza para o perigo. No grupo
dos invertebrados marinhos peçonhentos encontraremos vários animais distribuídos
em diversos ramos, como os poríferos (esponjas), os celenterados (caravelas, águas-
vivas, corais, etc), os equinodermos (ouriços), os moluscos (conus e polvos) e os
anelídeos (poliquetas). Os vertebrados marinhos peçonhentos são representados por
algumas espécies de peixes, como o mangangá e o bagre.
ESPONJAS
Essencialmente marinhas, dos mares árticos até os tropicais, vivem desde a linha de
maré baixa até profundidades de 6.000 metros. Incapazes de movimento e com o
aspecto semelhante ao de várias plantas, apresentam o corpo poroso com formato e
coloração variados e tamanhos que vão de 1 mm a 2 m de diâmetro. Fixam-se a rochas,
conchas e outros objetos sólidos. Apresentam um esqueleto de sustentação formado
de fibras irregulares de espongina, escleroproteína contendo enxôfre, daí o odor
desagradável após algum tempo fora da água, combinadas com espículas calcárias
(esponjas calcárias) ou silicosas (esponjas de vidro). A título de curiosidade, a esponja
comercial, usada no banho, é o esqueleto flexível (espongina) de uma esponja marinha
com todas as partes vivas retiradas. Em algumas espécies, mais evoluídas, as
espículas estendem-se para fora da superfície do corpo produzindo uma aparência
cerdosa. Seu epitélio externo, formado por células finas e chatas, pode secretar
substâncias químicas irritantes (peçonha) para a pele humana. O resultado de um
contato com as espécies mais perigosas, onde suas espículas penetram na pele com a
consequente inoculação da peçonha, é uma dermatite desagradável e/ou dolorosa
(reações alérgicas e/ou inflamatórias).
OURIÇOS
Peixes
AGULHAS E AGULHÕES
CIRURGIÕES (Lancetas)
PEIXES-DE-BICO
São peixes da classe Osteichthyes (no litoral brasileiro são representados pelas
famílias Xiphiidae, com uma só espécie, o espadarte, e Istiophoridae, com cinco
espécies, quatro marlins e o sailfish) cuja característica principal é o focinho
(mandíbula superior) prolongado, com o formato de uma espada (somente o espadarte)
ou de um agulhão. Essencialmente oceânicos, vivem desde a superfície até as águas
profundas nos mares tropicais e subtropicais do Atlântico e do Pacífico. São muito
valorizados e disputados pelos pescadores oceânicos, de onde vem a terminologia
"peixe-de-bico ", . E é justamente na pesca oceânica, que os acidentes com estes peixes
costumam acontecer. Vigorosos e incansáveis, lutam brava e furiosamente por várias
horas quando fisgados e dão enorme trabalho para serem embarcados. Nesses
momentos seus fortes bicos representam um grande perigo para os pescadores e
sérias lesões perfurantes ou lacerantes podem ocorrer.
OUTROS PEIXES
Venenosos
ESCOMBRÍDEOS
GEMPYLÍDEOS
É o envenenamento provocado pela ingestão da carne dos
peixes da família Gempylidae. Ainda assim, a espécie da família
mais implicada com esse tipo de intoxicação é a Enchova-preta
(Ruvettus pretiosus). Esse tipo de envenenamento, ainda pouco
estudado, costuma provocar uma diarréia moderada que pode
ser controlada com os medicamentos adequados. Acredita-se
que este descontrole intestinal seja uma resposta do organismo
humano à constituição oleosa da carne dos peixes dessa família.
TETRAODONTÍDEOS (Baiacús)