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Bebês e crianças como

leitores e autores
3º Encontro
Cronograma - 3º Encontro
05 de abril
Manhã

- Acolhida.
- Caderno 4 – Bebês como leitores e autores.
- Caderno 5 – Crianças como leitoras e autoras.
- Oficina: possibilidades de leitura e escrita.
- Livros na Educação Infantil.

Tarde

- Finalização dos jogos.


- Resolução de problemas na Educação Infantil.
- Problemas: possibilidades e intervenções do professor.
- Tarefa e Avaliação do Encontro.
Devolutiva das avaliações

Formação Presencial
Bebês como leitores e autores
• Os bebês, as professoras e a literatura.
• Bebês, interações e linguagem.
• Brincar, narrar e cantar: os bebês como autores.
Os bebês, as professoras e a literatura:
um triângulo amoroso

O que é Ler?
Os bebês, as professoras e a literatura:
um triângulo amoroso

O que é Ler?

Construir sentidos aos estímulos que nos rodeiam.

A criança lê: vozes, sons, gestos, espaços...

“Lemos o mundo desde o nascimento”.


• Narrativas precoces: - Agora vou dar banho!

• Balbucio: Linguagem na leitura de livros

• Canção de ninar/cantigas: Músicas, melodias, poesia...

• Banho sonoro: estímulos, envoltura sonora. Relato I (p.31)

• Livros: a princípio é um brinquedo, mas traz histórias, cenas,


dramaturgias, lança narrativas... Estímulos para a vivência
afetiva. Relato II (p.35)
O bebê aprende a discriminar sons, palavras e a
intencionalidade dessas palavras através da tonalidade
impressa pelo adulto. Essa capacidade de diferenciar é
uma das ferramentas básicas para a construção do
pensamento. Poderíamos dizer que aí está o início do
pensamento abstrato, das operações lógicas, da
matemática, da leitura e da escrita. (caderno 4, p.21)
Bebês, interações e linguagens

• Bebês são vistos como “aqueles que ainda não” .Mesmo sem
a fala (linguagem verbal), envolvem-se em diálogos ricos.

• Imitar, apontar, ofertar ou trocar objetos e rituais corporais


são ações entre os bebês.

Podemos entender que o olho no olho e


a disponibilidade corporal do adulto para
o contato promovem segurança e,
consequentemente, a possibilidade de
expansão de si por parte do bebê.
(caderno 4, p. 52)

Pablo Picasso, Mãe e bebê.


Ao ler um livro ou contar uma
história olho no olho com os bebês,
você poderá notar que eles repetem
sons, observam atentos, mimetizam
movimentos faciais e gestuais que
você realiza. Trata-se de uma
oportunidade importante de
incremento das interações, de
sensibilização para o outro, de
experiência afetiva e de linguagem.
(caderno 4, p. 61)
Brincar, cantar e narrar:
os bebês como autores.
As crianças, ao brincar, pintar, cantar ou inventar histórias,
especializam-se no uso criador da linguagem, do movimento e
das formas. (caderno 4, p. 91)

• Brincadeiras e narração: constituem-se como verdadeiros


contos literários.

• De acordo com Marina Colassanti, “Cadê o queijo que estava


aqui” é um miniconto policial.

• Poesia
Não é preciso chegar ao Ensino Fundamental para aprender a
pensar, para desenvolver a capacidade de abstração; é nas
primeiras etapas da vida que se constroem essas capacidades
mediadas pelos estímulos lúdicos, estéticos e afetivos.
(caderno 4, p. 94)

Livros para brincar ou livros que são brinquedos?

Mais do que uma mera proposta, os livros oferecem uma


oportunidade de experiências de encontros e de construção
de significados compartilhados. Portanto, que os livros saiam
dos armários, das caixas, e que se encontrem com os bebês!
(caderno 4, p. 98)
“Se existisse uma única verdade,
seria impossível fazer cem quadros
com um mesmo tema.”
Pablo Picasso
Crianças como Leitoras e autoras

• Leitura e escrita na Educação Infantil: concepções e


implicações pedagógicas.

• As crianças e as práticas de leitura e de escrita.

• Possibilidades de leitura e escrita.

• As crianças e os livros.
Leitura e escrita na Educação Infantil:
concepções e implicações pedagógicas.

Linguagem escrita e crianças

Interações desde o Processo de apropriação


primeiros anos de vida desta linguagem

Deve-se trabalhar a linguagem escrita na Educação Infantil?


As práticas com a linguagem oral e com a linguagem escrita a
serem efetivadas na Educação Infantil, pensadas a partir dessa
perspectiva, consideram as interações verbais, tanto na
modalidade oral quanto na escrita, como um fenômeno social
que ocorre a partir das condições concretas de vida das
crianças. (caderno 5, p. 19)

O que definimos como


leitura e escrita?
Qual o papel da
Educação Infantil?
Leitura e escrita são processos complementares, porém
distintos, pois exigem diferentes habilidades. É possível saber
ler e não saber escrever. Ser um leitor competente não
significa, necessariamente, ser um bom produtor de textos.
Mas quem escreve deve ser capaz de ler o que escreveu, caso
contrário, teria feito uma cópia ou um traçado de letras, e não
uma produção de autoria.

A palavra “leitura” tem muitos significados e é usada para


designar várias ações, algumas muito diferentes entre si. [...] A
ampliação do conceito se explica pelo que perpassa as
leituras: a produção de sentido, a interpretação dada pelo
sujeito frente ao que é dado a ler.
(caderno 5, p. 21)
Na perspectiva da leitura de mundo, a Educação Infantil tem
importantes funções:

• ampliar as experiências das crianças;


• dar oportunidade para elas narrarem o vivido, o observado,
o sentido, o imaginado;
• criar um coletivo de ouvintes capazes de continuar a
história uns dos outros;
• buscar diferentes formas de registrar as experiências
individuais e coletivas do grupo/turma;
• tratar ciência, arte e vida de forma unificada, ou seja, não
fragmentar esses campos da cultura humana e não
estabelecer uma relação mecânica entre eles.
• Uso de celulares e tablets: imagens, ícones, letras, sons...
• Logomarcas, placas, sinais de trânsito, cartazes, outdoors,
letreiros...

Cabe ao professor organizar um contexto educativo em que as


crianças possam falar sobre os jogos, desenhos, filmes que
acessam e como acessam, criando um ambiente em que seja
possível pensar sobre o que fazem de forma espontânea ao
usarem os diferentes suportes.
• A materialidade de cada texto e seus gêneros discursivos
impõem formas de ler, possibilitam interações, selecionam
leitores.

• O leitor vai sendo formado na diversidade de formas de ler,


intenções e usos dos textos e seus suportes, observando e
participando de situações diversas de leitura.

• As crianças vão descobrindo as diferenças entre:


– uma história e uma notícia,
– um poema e um documento,
– uma lista e um calendário,
– uma revista e um livro,
– desenhos e letras e a maneira como se distribuem no papel.
• A participação ativa das crianças em práticas de leitura é
um importante objetivo da Educação Infantil.
• O que seria uma participação ativa das crianças que ainda
não “dominam” a leitura no sentido estrito?

As crianças vão acompanhando a


leitura pela voz, geralmente, de um
adulto. Vão seguindo o texto guiadas
pelos olhares, gestos, entonações e
pausas do leitor intérprete. E é essa
leitura de ouvido, a partir da
performance do outro que empresta
sua voz ao texto, que possibilita às
crianças pequenas entrarem no texto
escrito. (caderno 5, p. 24)
Como as crianças leem? Patrícia Corsino e Cláudia Pimentel
(2014)

I. leitura mimética.
II. leitura com empatia simpática com o personagem leitura
com argumentação e defesa do seu ponto de vista.
III. leitura e inter-relações com histórias vividas.
IV. leitura e interlocução entre o texto verbal e visual.
V. leitura e narrativas provocadas a partir da continuidade
das histórias.
VI. leitura e compreensão do ficcional e o entendimento das
possibilidades do livro.
A criança e a escrita

A criança pode ser convidada a ler e a escrever sem ainda ter


o domínio da leitura, pode interpretar os sinais gráficos,
observar as inúmeras possibilidades de combinações das
letras, antecipar sentidos, refletir sobre a língua escrita,
levantar hipóteses sobre ela, observar os textos que estão à
sua volta e descobrir possibilidades de relações.

A criança acostumada a narrar, a dramatizar, a desenhar, a


ilustrar a vida usando diferentes recursos e materiais pode se
arriscar a escrever espontaneamente, descobrindo que se
desenha também a fala.
(caderno 5, p.28-29)
[...] o melhor método é aquele em que as crianças não
aprendam a ler e a escrever mas, sim, descubram essa
habilidade durante a situação de brinquedo. Para isso é
necessário que as letras se tornem elementos da vida das
crianças, da mesma maneira como, por exemplo, a fala.
Da mesma forma que as crianças aprendem a falar, elas
podem muito bem aprender a ler e a escrever (VYGOTSKY,
1993, p. 134).
Reflexões sobre a escrita da criança

No brincar a criança realiza um elo entre a linguagem e o


mundo.

Lúria (1999) - Fase pré-instrumental.


Dá significados em prazos curtos.
- Diferenciação de signos.
escrita pictográfica.
- Escrita simbólica
Atenção: o fato de aprender aspectos
externos da escrita, como a forma das letras, não
significa que a criança imediatamente passe a
compreender internamente a escrita.
Reflexões sobre a escrita da criança

Psicogênese da escrita: Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1979)


Assimilação/ acomodação/ equilibração

▪ Garatuja – reproduz traços da escrita adulta

▪ Pré-silábica – formas gráficas próximas as convencionais

▪ Silábica – sem valor e com valor sonoro

▪ Silábica-alfabética – conflito

▪ Alfabética – compreensão do sistema de escrita


Smolka (1993) afirma que não se aprende e não se ensina a ler
e a escrever, mas se aprende a usar uma forma de linguagem,
uma forma de interação verbal, uma atividade simbólica.

Neste sentido, cabe à Educação Infantil criar situações


significativas de leitura e produção de texto, nas quais as
crianças possam escrever de forma espontânea, revelar seus
pensamentos e hipóteses e confrontá-los com informações e
convenções, em processos interlocutivos.

A professora exerce um papel fundamental nesses processos,


não apenas por ter domínio da escrita, mas também por
poder elaborar perguntas que favoreçam o confronto, que
questionem as hipóteses, que façam as crianças pensar.
(caderno 5, p. 42)
Exemplos:

• Relato da múmia.
• Bilhete do Saci.

Assim as crianças vão aprendendo os sentidos da


leitura e da escrita, vão brincando de ler e de escrever
e vão se colocando no lugar de leitores e produtores
de textos escritos.
As crianças e as práticas de leitura e de escrita

• A linguagem dirigida às crianças.


Aprendem pelo uso
Qualidade oferecida.
Quantidade e variedade.

• Oportunizar o diálogo – variação na linguagem.

• Professores da E.I. são modelo de linguagem.

• Evitar expressões curtas de ordens, fechadas.

• Livros enriquecem o vocabulário


Oficina
Possibilidades de leitura e escrita na perspectiva do letramento
A leitura de livros de literatura infantil e o
desenvolvimento da linguagem.

Razões apontadas por (DICKINSON et al., 2012):


1. Linguagem variada e contextualizada.
2. Adultos e crianças compartilham o mesmo foco.
3. Aprender a linguagem dando significado.
Práticas para a leitura de livros de literatura infantil

• Leitura em voz alta.


– Complementações, exploração, entonação.

• Conto oral.
– Criança resume, repete, reformula, comenta.

• Elaboração de listas a partir de textos.


– Possibilidade explícitas e semânticas.

• Ditado para a professora.


– Produzir uma linguagem que será escrita.

• Reescrita de textos.
– Não são cópias! Possuem identidade do autor.
Exemplos:

• Jogos de linguagem.

• Livro salada, saladinha.

• Laboratório de Educação, sob a direção técnica da


pesquisadora Ana Teberosky. http://labedu.org.br/
As crianças e os livros

• Experiência que enriquece a linguagem.

• Deve ser rica e variada


– Imagens
– Livros jogos
– Ilustrados
– Canções
– Poemas
– Contos de humor, aventura...

• Efeito didático
Como escolher os livros?

• Formar um conjunto variado de obras;


• Ampliar vocabulário, imaginário, diversos formatos, estilos e gêneros.

• Formar um conjunto de livros adequados a cada idade;


• Primeiros livros até livros mais complexos.

• Analisar a qualidade das versões e traduções;


• Ver elementos essenciais: informações, texto, harmonia.

• Analisar as relações entre texto e imagem;


• Tipos de imagem: complementar, contradição, extensão.

• Analisar a qualidade do texto;


• Há a intencionalidade da escrita?

• Analisar a qualidade da imagem;


• Os elementos devem criar sentidos.

• Analisar a qualidade das histórias.


• Ambienta e prende o leitor?
Os livros na Educação Infantil.
Colomer (2010), aponta que podemos:

✓ Criar ambiente povoado de livros;


✓ Dar espaço para a voz das crianças;
✓ Dar tempo
✓ Ampliar a leitura
– Por meio de atividades plásticas e visuais
– Pintar ou fazer colagens sobre o poema ou a história
– Realizar murais coletivos
– Construir maquetes dos cenários
– Voltar a narrar o conto fotografar ou escanear textos e ilustrações

✓ Programar o tempo para que não seja uma atividade secundária.


Leitura de livros na Educação Infantil:
✓ Leitura em voz alta de textos curtos.
✓ Narração ou leitura de contos com material de apoio.
✓ Leitura de um capítulo semanal de uma narração longa.
✓ Organização de momentos destinados à exploração dos livros.
✓ Leitura individual e/ou em pares.
✓ Compartilhar livros.
✓ Empréstimo semanal de livros com participação das famílias.
✓ Visitas constantes à biblioteca da escola.
✓ Classificar e organizar os livros nas estantes.
✓ Avaliar os livros lidos.
Exemplos:

• Comentário coletivo semanal.


• Jogo de dominós de livros – características.
• Madrinhas e Padrinhos de leitura.
• Cantinho de leitura com os pais – Ponto dos livros.
Armandinho
Sugestões
Caderno 5
• Reflexão: questões p. 16 – infância e práticas docentes.

• Questões p. 48-50 – Práticas de leitura e escrita na E. I.

• Texto Complementar p. 51 - O que é ler? O que é escrever?


Antecedentes básicos para a tomada de decisões, Martha
Beatriz Soto Martínez e Gabriela Calderón Guerrero

• Analisar elementos estudados no acervo do PNBE.

• Reveja seu espaço de livros: disponibilidade, acervo...


Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Bebês como leitores e autores - Coleção Leitura
e escrita na educação infantil; v.5 - 1.ed.- Brasília, 2016.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Crianças como leitoras e autoras - Coleção
Leitura e escrita na educação infantil; v.6 - 1.ed.- Brasília, 2016.

COLASANTI, Marina. Fragatas para terras distantes. Rio de Janeiro: Record. 2004.

COLOMER, Teresa. Introducción a la literatura infantil y juvenil actual. Madrid: Síntesis, 2010.

CORSINO, P. e PIMENTEL, C. Reflexões sobre a leitura literária na escola. In: CORSINO, P ( org) Travessias da
literatura na escola. Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2014, p. 257-286.

DICKINSON, David et al. How Reading Books Fosters Language Development Around the World. Child
Development Research, v. 2012, 2012.

FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Los sistemas de escritura en el desarrollo del niño. Madrid: Sieculo XXI
,1979.

HUCK, Charlotte et al. Children’s Literature in the Elementary School. 4th Ed. Columbus: Ohio State University;
Holt, Rinehart and Winston, 1987.

LURIA, Alexander. O desenvolvimento da escrita na criança. In: VYGOTSKY, Lev; LURIA, Alexander; LEONTIEV,
Alexei. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone; Edusp, 1998. p. 143-190.
Referências
SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo.
São Paulo: Cortez; Campinas: Editora Unicamp, 1993.

VYGOTSKI, Lev. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.

______. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

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