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FICHA TÉCNICA
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Índice
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................. 6
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 8
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APRESENTAÇÃO
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As imbricações entre feminismos, gênero e política apontam para novos
paradigmas no que se refere a elaboração, desenvolvimento e monitoramento de
políticas públicas, por isso o lançamento público desta síntese das propostas
feitas por mulheres para mulheres em processos participativos do Estado
configuram-se como marco histórico, estratégico e relevante para toda a
sociedade.
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INTRODUÇÃO
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Nacionais de Políticas para Mulheres, a publicação da Lei Maria da Penha (Lei Nº
11.340/2006), o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as
Mulheres (2007), a Política Nacional de Atenção às Mulheres em Situação de
Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional (PNAMPE - 2014), a Lei do
Feminicídio (Lei Nº 13.104/2015), entre outros.
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A norma teve origem no Projeto de Lei (PL) 2.223/15, do deputado Cristiano Silveira (PT), e dispõe
sobre a política de atendimento à mulher vítima de violência no Estado
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considerando ainda a diversidade e as especificidades do público feminino, quando
se leva em consideração as questões de classe, raça, geração, orientação sexual,
formação escolar, entre outras dimensões.
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respeitar, visibilizar e valorizar as especificidades e as diferenças entre todas as
mulheres mineiras.
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O CONSELHO ESTADUAL DA MULHER (CEM-MG) E A CONSTRUÇÃO DO PLANO
DECENAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES
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ANTECEDENTES E PROCESSO DE CONSTRUÇÃO
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demandas das mulheres negras foram identificadas a partir do
documento da IV Conferência Estadual de Promoção da Igualdade
Racial (COEPIR), e incluídas após o evento em resposta à demanda
deste grupo frente a sua pequena presença na sistematização
realizada anteriormente. As propostas das mulheres LBT, resultam
de analise do relatório da 3ª Conferência Estadual de Políticas
Públicas e Direitos Humanos de LGBT, realizadas nas reuniões com o
movimento de mulheres LBT, durante o mês de junho, também como
resposta à lacuna observada neste tema.
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A institucionalização do principio da transversalidade e do compromisso com
a visibilidade dos projetos que atendem as demandas das mulheres;
A partir desses princípios ficou definido que a temática educação não seria
contemplada em um só eixo, mas sim seria objeto de discussão em todos os grupos.
Além disso, observou-se a necessidade de todos os grupos avaliarem as
especificidades das mulheres negras, das prostitutas e profissionais do sexo, das
mulheres do campo, das florestas e das águas e de comunidades tradicionais, das
migrantes e refugiadas, dos grupos geracionais (mulheres idosas, juventude), das
mulheres com deficiência, e das lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. Os
eixos sob os quais foram organizados os GTs estão identificados no quadro a
seguir. É importante elucidar que o Eixo 3 foi divido em dois eixos (3a e 3b)
seguindo a percepção dos participantes presentes no debate do mesmo o 3o
Encontro.
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As listas preliminares de demandas construídas nos GTs foram
apresentadas e debatidas com participantes do 3o Encontro, realizado em
08/05/2018. Nessa ocasião, os participantes do encontro reviram as demandas
sistematizadas complementando-as e ajustando-as, quando necessário. As
atividades aqui descritas estão discriminadas no cronograma a seguir.
Cronograma de Atividades
Data Atividade Responsável
02/04 a Elaboração dos textos Introdução, metodologia Pesquisadores
16/04 e contextualização de cada eixo.
06/04 Entrega do calendário de reuniões dos grupos Líder GT
de trabalho
11/04 Reunião com representantes dos órgãos de Todos
Estado
10/04 a Reuniões dos grupos de trabalho (Estado, GT
27/04 sociedade civil)
Primeira reunião: orientações para análise da
documentação (até 13/04)
Segunda reunião: avaliação da reescrita das
demandas da 4ª Conferência (até 20/04)
Terceira reunião: avaliação da incorporação das
contribuições de outros fóruns ao material da 4ª
Conferência (até 27/04)
16/04 Data de entrega das demandas reescritas Pesquisadores
(primeira versão)
16/04 Data de entrega dos textos de contextualização Pesquisadores
de cada eixo
16/04 Data de entrega do texto de introdução SPM
16/04 Data de entrega do texto sobre metodologia Coordenação FJP
18/04 Data de entrega do quadro de análise preliminar Assistentes de
dos documentos complementares pesquisa
03/05 Data de entrega das demandas reescritas Pesquisadores
(versão final)
08/05 Evento com participação ampla de Todos
representantes do Estado e sociedade
08/05 a Produção do documento SPM
05/07
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DEMANDAS SISTEMATIZADAS DO EIXO 1: Autonomia
Econômica das Mulheres
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14. Ampliação do acesso das mulheres à educação formal, principalmente das
mulheres dos grupos mais marcados por exclusão educacional, em todos os
territórios do Estado de Minas Gerais.
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DEMANDAS SISTEMATIZADAS DO EIXO 2: Enfrentamento à
Violência Contra as Mulheres
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meios de violências contra as mulheres esclarecendo sobre as situações de
violência de gênero, assédio moral e sexual, discriminação no ambiente de
trabalho, violência obstétrica, violência institucional e as demais formas de
violência, utilizando os meios de comunicação que atinjam todos os territórios
de desenvolvimento e domicílios urbanos e rurais.
11. Criação e disponibilização para a sociedade de um sistema de informação e
monitoramento das notificações de violências contra mulheres, inclusive em
suas atividades laborais, que possibilite tirar da invisibilidade a violência
sofrida por mulheres negras, LBTs, prostitutas e profissionais do sexo, dentre
outros.
12. Criação de projetos que avaliem e promovam a melhoria dos processos de
investigação dos casos de violência, possibilitando a redução da impunidade
dos agressores de mulheres.
13. Introdução de projeto interdisciplinar com a temática “Violência Contra as
Mulheres” nas escolas da rede estadual.
14. Criação de parcerias com universidades para a discussão da temática
"Violências Contra as Mulheres" no currículo de cursos que formem
profissionais que trabalham diretamente no atendimento às mulheres vitimas
de violência.
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DEMANDAS SISTEMATIZADAS DO EIXO 3a: Ampliação da
Participação Política das Mulheres
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DEMANDAS SISTEMATIZADAS DO EIXO 3b: Construção de
Relações Igualitárias de Gênero
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DEMANDAS SISTEMATIZADAS DO EIXO 4: Saúde Integral das
Mulheres e Direitos Sexuais e Reprodutivos
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considerando as especificidades de sua orientação sexual e identidade de gênero a
partir de: criação de programa de educação permanente em saúde pública em todos
os níveis de atenção na rede SUS; produção de material específico para profissionais
de saúde no atendimento das mulheres LBTs; e criação de protocolo de atendimento
e prevenção de violência e do óbito de LBTs.
7 Desenvolvimento de ações e estratégias para atenção à saúde das mulheres negras
em todos os ciclos de vida, principalmente em relação à vigilância de violências e
demais agravos de maior incidência entre a população negra, tais como hipertensão,
diabetes, doença falciforme e lúpus, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome de hellp,
entre outras.
8 Capacitação dos profissionais da rede de saúde, incluindo os setores
administrativos, em temas voltados a sensibilização e conhecimento das
especificidades da condição das mulheres, em suas diferentes faixas etárias,
raça/cor, condição socioeconômica, sexualidade e inserção profissional,
implementando assim as diretrizes de educação permanente.
9 Ampliação das campanhas de saúde pública e educação sexual nas escolas,
promovendo maior conscientização da saúde sexual para adolescentes em relação
ao uso de preservativos e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), sífilis e
hepatites virais, Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e violências contra as mulheres, pautando-se na
metodologia de educação popular em saúde.
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DEMANDAS SISTEMATIZADAS DAS MULHERES LBT( Lésbicas,
Bissexuais, Transexuais e Travestis)
4- Fazer escuta pública com as Mulheres LBT sobre sua situação e interesses no
mercado de trabalho.
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16 - Mobilizar os Conselhos de classe para atuarem contra a LBTfobia, respeitando
a laicidade do estado.
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29 - Promover o reconhecimento do direito ou identidade de gênero à pessoas
trans, através da inclusão do nome social e identidade de gênero em todos os
cadastros e formulários públicos do Estado; garantir o uso do banheiro de acordo
com sua identidade de gênero e implantar o processo de transição garantindo
inclusive, a hormonização e cirurgias contempladas na portaria nacional nº
2.803/2013.
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DEMANDAS SISTEMATIZADAS DAS MULHERES NEGRAS
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produção e difusão da literatura, das artes cênicas e visuais, do audiovisual, da
música e da gastronomia, de forma a possibilitar o estudo, a pesquisa, a
capacitação e o resgate da cultura tradicional e contemporânea desses povos,
incluindo ainda os saberes e fazeres.
3.2n. Cumprimento das metas do Plano Nacional de Cultura – PNC –, Lei nº 12.343,
de 2010 (Meta 6), e apoio a projetos relevantes que estejam em consonância com
as diretrizes e os critérios do Fundo Nacional de Cultura – FNC.
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6.2n. Criação de estratégia para divulgação de programas e projetos que
incentivem os adolescentes negros que cometeram atos infracionais a conhecerem
a cultura afro-brasileira; garantia de acesso ao trabalho e à geração de renda; e
construção de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas – Neabis – em
escolas públicas e privadas.
10.1n. Criação de lei que estabeleça cota mínima de 50% de participação negra na
publicidade institucional e nos veículos de comunicação da União, inclusive em
mídias sociais, a fim de desconstruir representações e discriminações
historicamente atribuídas aos negros.
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10.2n. Estímulo à eliminação da veiculação de estereótipos de gênero, raça, cor,
etnia e religiosidade nos meios de comunicação e na mídia em geral e, em casos de
ocorrência de discriminação, criação de medidas que restrinjam o acesso a
licitações e políticas públicas.
11.1n. Criação de centro de defesa dos direitos dos refugiados, para prestar
assistência aos refugiados e imigrantes do continente africano.
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ANEXO - Participantes dos GTs
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