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27 de Março de 2017

Choosing Wisely: decisão compartilhada entre


médico e paciente é evolução da saúde

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Em entrevista exclusiva ao Portal IBSP, a professora
Dame Sue Bailey, do Reino Unido, aborda uma
estratégia ePcaz para lidar com os exageros na
medicina: Choosing Wisely
Mais de 20 países já lançaram iniciativas de Choosing Wisely e
esse número só tende a crescer. “Isso é uma reação imediata às
preocupações sobre exames, tratamentos e procedimentos que
são realizados, muitas vezes desnecessariamente e, por vezes,
fazem mais mal do que bem”, explica a professora Dame Sue
Bailey, presidente da Academy of Medical Royal Colleges (AOMRC),
do Reino Unido. Segundo ela, o Choosing Wisely ajuda a garantir
que os pacientes não passem por exames e tratamentos
desnecessários. “A assistência estará disponível para quem
realmente precise”, aWrma.

“É preciso saber primeiro se aquele diagnóstico vai ter a


capacidade de beneWciar ou prejudicar”, aWrma Dr. Luis Claudio
Correia, doutor em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da
Bahia e Livre-Docente em Cardiologia pela mesma instituição.
“Quando se faz o overdiagnosis (diagnóstico excessivo ou excesso
de diagnósticos) é difícil parar o
processo aí. Normalmente, evolui para
o overtreatment (tratamento excessivo
ou excesso de tratamentos). É preciso
avaliar se existe eWcácia no tratamento
que será proveniente daquele
Luis Claudio Correia
diagnóstico”, completa.

Participe da criação da lista de


recomendações da Choosing Wisely Brasil para Segurança
do Paciente

Cuidado apropriado é centro da PlosoPa Slow Medicine

“O maior malefício do sobrediagnóstico é que ele detecta doenças


que podem regredir espontaneamente, progredir tão lentamente a
ponto de não causar dano ao paciente e causar uma série de
danos psicológicos e físicos sem oferecer nenhum benefício em
troca”, explica Dr. Rodrigo Olmos, diretor clínico do Hospital
Universitário da USP.

“Paciente não pode continuar perdido no sistema de saúde,


diz Cláudia Collucci da Folha de S. Paulo

A seguir, conWra entrevista exclusiva com a professora Dame Sue


Bailey, presidente da Academy of Medical Royal Colleges, do Reino
Unido.
Professora Dame Sue Bailey, presidente do AOMRC, do Reino Unido

IBSP – O sucesso de um sistema de saúde está baseado na


gestão adequada de exames e procedimentos médicos?
Dame Sue Bailey – É assim que funciona um sistema de saúde
eWciente em todos os países do mundo, incluindo os em
desenvolvimento. No meu campo de psiquiatria, tem havido um
aumento dramático nas prescrições de antidepressivos.
Particularmente por médicos de atenção primária. No entanto,
sabemos que meia hora de exercício todos os dias é tão eWcaz no
combate à depressão leve, quanto os caros Inibidores de
Recaptação de Serotonina [Prozac e Seroxat], que podem ter
efeitos colaterais desagradáveis.

IBSP – Exames de imagem (como ultrassom, raio-x, tomograPas


e ressonâncias) e exames laboratoriais (sangue, urina, fezes)
feitos anualmente podem fazer mais mal do que bem?
Dame Sue Bailey
Quem Somos – Sim, embora
Serviços aqui no
Parceiros FaleReino Unido o Serviço
Conosco
Nacional de Saúde apenas examine rotineiramente o câncer da
mama, o colo do útero e o intestino. No entanto, muitos
prestadoresCultura
de saúde
de do setorQualidade
privado oferecem
na exames
Eventos Adversos Protocolos
Opinião
Segurança
adicionais, o que&pode
Gestão
fazerAssistência & Riscos
com que os médicos de cuidados & Diretrizes
Cursos
Especiais
primários tenham mais trabalho por conta destes Biblioteca
testes menos
& Eventos
precisos. Isto é particularmente verdade quando falamos do teste
do câncer da próstata [teste PSA], que pode fornecer falsos
positivos. Isso também pode causar grande ansiedade
desnecessariamente. Uma pesquisa recente com mais de 1.100
médicos de cuidados primários descobriu que mais de metade
deles teve que realizar trabalho adicional por causa de pacientes
que chegam com preocupações sobre o resultado de seus exames
realizados no setor privado.

IBSP – O princípio do Choosing Wisely é conhecido como a


melhor opção para cada paciente em suas circunstâncias
individuais?
Dame Sue Bailey – Sim, este princípio chega ao cerne do que
Choosing Wisely trata: tomada de decisão compartilhada. Shared
Decision Making [SDM] – é um processo colaborativo no qual
médicos e paciente trabalham juntos para selecionar exames,
tratamentos, pacotes de gerenciamento ou suporte, com base em
evidências clínicas e preferências informadas pelo paciente. Ele
reconhece explicitamente que há mais de uma maneira de tratar
um problema e que os pacientes podem precisar de ajuda para
pesar os benefícios e os danos das opções disponíveis,
determinando, assim, a melhor escolha. A decisão compartilhada é
uma estratégia eWcaz para lidar com o overdiagnosis e
overtreatment. Por exemplo: as intervenções com decisão
compartilhada têm reduzido o uso inapropriado de antibióticos na
infecção respiratória aguda e promovido um melhor entendimento
dos riscos excessivos de rastreamento de câncer de mama.

IBSP – Alguns tratamentos podem ser bastante invasivos,


demorados. Se houver opções mais simples e seguras, é melhor
usá-las?
Dame Sue Bailey – Não há uma resposta certa. Cada paciente
tem seu próprio vive um momento e, por isso, precisa ser tratado
de acordo com suas necessidades. Claramente, se um paciente
está tendo um ataque cardíaco com risco de vida, então não há
opção mais simples e segura do que executar uma angioplastia
coronária de emergência. Mas se o paciente tem angina estável
crônica, há muitas alternativas à angioplastia coronariana –
repouso, conservador, perda de peso, exercício, dieta, médico,
medicamento, além de outras opções de cirurgia. Isso porque os
riscos da angioplastia coronária são o mesmo, considerando ainda
que um em cada cem corre o risco de sofrer um acidente vascular
cerebral, ataque cardíaco ou morte durante ou logo após o
procedimento.

Os benefícios são diferentes. Durante um ataque cardíaco, o


procedimento é salvar a vida. Quanto mais cedo a angioplastia for
realizada, maiores as chances de o músculo cardíaco ser salvo. E,
assim, o paciente terá melhores resultados em longo prazo. Já no
segundo caso, estamos falando de fazer um procedimento
invasivo para tratar apenas os sintomas – e nem mesmo para
evitar um ataque cardíaco [embora isso nem sempre seja claro
para o paciente].

IBSP – Antes de prescrever um medicamento ou decidir sobre


um procedimento invasivo, todo médico deve se perguntar o
seguinte: “O que acontecerá se eu não Pzer nada?”
Dame Sue Bailey – No coração da WlosoWa Choosing Wisely, é
necessário sempre fazer a pergunta: “O que acontecerá se eu não
Wzer nada?”.
Existem poucos exames, tratamentos e procedimentos que não
possuem risco ou efeito colateral. Portanto, encontrar um
equilíbrio é crucial para entender o que é certo para aquele
paciente naquele momento. E esta é uma decisão que só pode ser
tomada por um médico e um paciente que estão trabalhando
juntos.

IBSP – Quais são as recomendações para os médicos sobre o


Choosing Wisely?
Dame Sue Bailey – Nós viemos com uma lista de mais de 40
exames, tratamentos e procedimentos que podem ser vistos aqui.
Para a próxima revisão, que lançaremos em julho de 2017,
assumiremos uma abordagem ligeiramente diferente, seguindo o
feedback recebido de pacientes e médicos. Estamos, atualmente,
estudando uma abordagem baseada na doença, que fala sobre as
decisões que os doentes e os médicos têm que fazer sobre os
seus cuidados, por exemplo: “devo tomar antidepressivos?” Essa
nova abordagem precisa gerenciar a dicotomia entre ser ampla
para que os pacientes compreendam e levem em conta em suas
decisões, mas também especíWca o suWciente para que os
médicos apliquem e avaliem.

Veja mais

Check ups ou exames de rotina: seriam essas prática…


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