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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA (EST)


COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL (CEC)

VISITA TÉCNICA À ETE PERTENCENTE AO CONJUNTO TOCANTINS

Manaus/Am
Dez/2016

0
FERNANDO CARDOSO
JÉSSICA CAROLINE DUARTE BESSA
LINTON SÁ BOTELHO

VISITA TÉCNICA À ETE PERTENCENTE AO CONJUNTO TOCANTINS

Manaus/Am
Dez/2016

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RESUMO

O presente relatório possui o intuito de apresentar todas as informações obtidas


durante a visita técnica realizada a estação de tratamento de esgoto (ETE) que
atende ao condomínio Tocantins. A visita ocorreu no dia 9 de dezembro deste ano,
com o intuito de proporcionar aos estudantes a visualização na prática do assunto
que vem sendo abordado em sala de aula desde o mês de agosto, como por
exemplo todas as etapas do tratamento de esgoto, desde o tratamento preliminar até
o secundário, exceto o tratamento terciário, pois não existia este no local, visto que
não era necessário. Por fim, a Estação de tratamento de Esgoto atende ao
condomínio de forma....... (adicionar uma conclusão)

Palavras-chave: ETE; Tratamento; Esgoto; Preliminar; Secundário;

2
ABSTRACT

This report has the intention to present all information obtained during the technical
visit to the sewage treatment plant (STP) that treats the sewage of Harmony
Condominium. The visit took place on 17 October this year, in order to provide
students with the view in the practice of the subject that is being discussed in the
classroom since the month of August, such as all stages of sewage treatment, from
the primary treatment to secondary except tertiary treatment because there was not
as it was not necessary. Finally, the visit was designed so that all students could get
the most technical and practical knowledge, solving all the possible doubts.

Keywords: STP; Treatment; Sewer; Preliminary; Secondary;

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Estação de Tratamento de Esgoto do conjunto Tocantins

Figura 2 – Bomba Elevatória

Figura 3 – Tanques Aeróbios e Anaeróbios

Figura 4– Sistema de tratamento em Chicanas (Forma mais econômica)

Figura 5 – Efluente na saída da Estação de Tratamento

Figura 6 – Ponto de saída do efluente já tratado

Figura 7 – Bombas do Sistema de Tratamento

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LISTA DE SIGLAS

UEA – Universidade do Estado do Amazonas


EST- Escola Superior de Tecnologia
Am – Estado do Amazonas
Prof.ª. - Professora
Dr.ª. – Doutora
ETE- Estação de Tratamento de Esgoto
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH - Índices de Desenvolvimento Humano
EPI- Equipamento de Proteção Individual
IPAAM- Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7

2. OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 8

3. MATERIAIS ............................................................................................................. 8

4. METODOLOGIA ...................................................... Error! Bookmark not defined.

5. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 10

6. RESULTADOS ...................................................................................................... 18

CONCLUSÃO............................................................................................................ 21

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22

APÊNDICE A – FOTOGRAFIAS DA VISITA TÉCNICA ............................................ 23

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INTRODUÇÃO

O presente relatório abordará, entre outros pontos: o objetivo da visita


técnica à estação de tratamento de Esgoto do condomínio Tocantins, cuja obra
foi revitalizada e é operada pela Manaus Ambiental, os materiais e métodos
utilizados para a realização da mesma, e principalmente os conhecimentos
técnicos obtidos nesta visita.

A Manaus Ambiental é uma parceria entre o Grupos Águas do Brasil e


Solví – Soluções para a Vida. Desde o dia 17 de maio de 2012, a concessionária
atua nos serviços de tratamento e distribuição de água, coleta e tratamento de
esgoto, em Manaus, capital do Amazonas (AMBIENTAL, 2016).

Na área de esgotamento sanitário, a Manaus Ambiental possui uma


extensão de 479 km de redes coletoras associadas a 62 estações de tratamento
de esgoto e 56 elevatórias, subdividindo-se em dois sistemas: um que abrange o
centro da cidade e partes dos bairros Educandos, Morro da Liberdade, Santa
Luzia e adjacências, que é chamado de sistema integrado, e outro formado por
vários sistemas isolados dispostos ao longo de toda a cidade, como é o caso de
vários conjuntos habitacionais, residenciais que possuem o serviço operado pela
concessionária.

Entre os conjuntos habitacionais atendidos pela Manaus Ambiental,


destaca-se o conjunto Tocantins, ao qual foi realizada a visita técnica relatada no
presente trabalho. O conjunto Tocantins possui uma Estação de tratamento de
Esgoto que atende 2800 economias, divididas entre Dom Pedro e Tocantins,
sendo o atendimento de forma completa ao conjunto Tocantins e de forma parcial
ao bairro Dom Pedro. A vazão nominal foi projetada para 26 l/s, sendo que está
sendo operada com 20l/s, pois nem todas as economias previstas estão sendo
atendidas pela ETE Tocantins.
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Atualmente, o serviço de coleta e tratamento de esgoto está disponível para
atendimento em quase 20% da população, o que equivale a aproximadamente
400.000 habitantes, porém, uma média de 200.000 pessoas ainda não aderiram ao
sistema, mesmo tendo a rede de coleta disponível em frente às residências, grande
desafio da concessionária nos próximos anos.

Após passar por todo o processo de tratamento, o efluente atende a 100%


dos padrões estabelecidos nas legislações ambientais, sendo descartado em um
corpo receptor mais próximo, que pode ser um rio ou igarapé.

2. OBJETIVO GERAL

O objetivo geral desta visita foi proporcionar aos estudantes um


conhecimento prático sobre os procedimentos de construção, operação,
manutenção e limpeza da Estação de tratamento de Esgoto que atende aos
conjuntos Tocantins e Dom Pedro.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização da visita técnica à Estação de Tratamento de Efluentes


do Condomínio Harmonia, foi necessário que os alunos utilizassem os seguintes
materiais (EPI’s):

● Capacete de proteção- fornecido pelo próprio estudante;


● Protetor auricular- fornecido pelo próprio estudante;
● Bota adequada- fornecido pelo próprio estudante;
● Câmera fotográfica;

A visita técnica a ETE Tocantins (localizada na Rua Perimetral, bairro


Chapada) foi realizada na sexta-feira, 09 de dezembro de 2016, pelos alunos da
Universidade do Estado do Amazonas que cursam a disciplina Saneamento Básico

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II. Devido à falta de disponibilidade dos mesmos por questões de Estágio
Supervisionado, apenas os representantes de cada grupo compareceram.

A visita teve uma duração aproximada de 1 hora e 30 mins, inicando às


09h30mins e finalizando às 11h, e foi liderada pelo A visita técnica à Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE) do condomínio Harmonia realizada pelos alunos de
engenharia civil da Universidade do Estado do Amazonas foi liderada pelo aluno de
Engenharia Civil, Humberto, funcionário da Manaus Ambiental, concessionária
responsável pela ETE que disponibilizou seu tempo para explanar sobre os níveis de
tratamento de esgoto realizados no local.

Primeiro foi explicado quais eram os níveis de tratamento de esgosto que


eram realizados no local, no caso se faz o uso do tratamento preliminar, primário e
secundário, não é feito o terciário visto que não há necessidade. O engenheiro
explicou também que várias estações de tratamento não realizam o tratamento
preliminar e falou sobre os possíveis problemas que podem ocorrer caso não seja
feito. Em um local onde não é realizado o tratamento preliminar, vários dejetos tais
como cabelos, roupos e outros objetos não são filtrados e acabam adentrando na
tubulação e danificando as mesmas. Geralmente, as ETE’s precisam ter o que eles
denominam de “ladrão”, que é um extravasor, que serve para fazer o controle do
nível de água em reservatórios.

Paralelamente, a Prof.ª Valdete complementava as informações que


recebíamos de cada detalhe, também utilizando-se de uma metodologia de
exposição oral, a respeito dos materiais e outras informações técnicas.

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4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 TRATAMENTO DE EFLUENTES

O homem, ao longo de sua existência, produz uma série de resíduos e lixos


devido às suas atividades diárias. Esses resíduos podem ser chamados de
efluentes, sendo que atualmente existem dois tipos deles: os domésticos e os
industriais. Entende-se por efluentes todas as substâncias líquidas ou gasosas
geradas em processos industriais ou originárias de esgotos domésticos.

Os efluentes domésticos são os dejetos provenientes das diversas


modalidades do uso da água em qualquer edificação que tenha banheiro, cozinha,
lavanderia e outros, são também a parcela mais significativa do esgoto sanitário.
Compostos em grande parte de água e junto a ela mistura-se materiais sólidos
suspensos ou sólidos dissolvidos, matéria orgânica e organismos patogênicos como
bactérias, helmintos e protozoários, como também nutrientes como o nitrogênio e o
fósforo (JORDAO, 1995).

O destino final dos efluentes domésticos são os rios, lagoas e mares, porém,
se não tratados provocam poluição e mortandade dos peixes. O nitrogênio e o
fósforo presentes nesses dejetos, quando em alta concentração, causam a
proliferação de algas, prejudicando a respiração dos peixes, que morrem por asfixia,
provocando sérios desequilíbrios ambientais.

Nas cidades, os efluentes domésticos são um dos grandes responsáveis


pela destruição do ecossistema natural. O volume de água que é utilizado para
vários fins, diariamente, por uma grande metrópole ou mesmo pelas cidades médias
e pequenas espalhadas por todo o planeta é retirado da natureza e depois devolvido
ao meio ambiente parcial ou totalmente poluído, carregado de substâncias químicas
e orgânicas acima da capacidade de absorção dos rios, lagoas e mares.

Já os Efluentes industriais são os resíduos líquidos e gasosos provenientes


das atividades industriais, que liberados no meio ambiente sem o devido tratamento
têm gerado efeitos danosos para toda a biodiversidade do planeta.

Os efluentes industriais gasosos são um dos principais responsáveis pela


poluição do ar nas grandes cidades, com o lançamento na atmosfera de gases
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tóxicos, liberados principalmente pelas chaminés das fábricas. O lançamento na
atmosfera, em grande quantidade, de efluentes industriais, junto com o
escapamento dos veículos e também com a queima de resíduos domésticos e
industriais em depósitos de lixo têm gerado fenômenos como a chuva ácida, o
buraco na camada de ozônio, o efeito estufa e a inversão térmica (FONSECA,
2013).

A poluição do ar por partículas suspensas e substâncias venosas para o


homem, como o dióxido de enxofre, dióxido de carbono, dióxido de nitrogênio,
monóxido de carbono, aumenta e agrava o número de doenças e infecções
respiratórias, como rinite, sinusite, asma e bronquite.

Os Efluentes industriais líquidos são os resíduos provenientes das atividades


industriais, que são lançados de volta à natureza. Esses resíduos líquidos possuem
características químicas, físicas e biológicas que variam conforme o ramo da
atividade industrial. são resultado dos diversos processos de fabricação e da higiene
da própria indústria. São líquidos impregnados de substâncias poluentes, que devem
ser tratados para depois retornar à natureza. A emissão de efluentes líquidos na
natureza foi regulamentada pelo “Protocolo de Annapolis”, publicado em 1999, que
diz respeito ao lançamento de esgoto sanitário no mar, através de emissários
submarinos.

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Boa parte desses efluentes, tanto domésticos quanto industriais, é lançada
novamente ao meio ambiente e, portanto, precisa ser tratado para não contaminar o
solo e os mares. Duas das principais características dos efluentes são o odor e a
cor, que são desagradáveis para os seres humanos, além do caráter perigoso das
substâncias.

Existem várias estações de tratamento de efluentes (ETE) espalhadas pelo


Brasil com o objetivo de diminuir a quantidade de poluentes do efluente antes de
despejá-lo na natureza. E todos os efluentes que voltam à natureza precisam se
enquadrar nos parâmetros estabelecidos pela Resolução 357 do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama), ligado ao Ministério do Meio Ambiente. A norma, em
vigor desde março de 2005, reclassificou os corpos de água e definiu novos padrões
para o lançamento de efluentes. Ela prevê pena de prisão a administradores de
empresas ou responsáveis técnicos que não cumpram os parâmetros (MMA, 2009).

O tratamento de efluentes se divide, basicamente, em duas grandes fases: a


físico-química e a biológica.

No tratamento físico-químico, há a remoção dos contaminantes através de


reações químicas que fazem a separação das fases sólidas e líquidas do efluente.
Já o tratamento biológico dos efluentes, é realizado por meio de bactérias e outros
microrganismos que consomem a matéria orgânica poluente através do processo
respiratório.

4.1.1 Níveis do Tratamento de Efluentes


O tratamento dos esgotos é usualmente classificado em níveis de eficiência:
preliminar, primário, secundário ou terciário. Estes podem ser complementares em
uma ETE, facilitando sua execução em etapas de eficiência, caso os recursos
financeiros disponíveis para sua construção não sejam suficientes e o
enquadramento do corpo receptor permita a utilização de metas intermediárias. Por
exemplo: pode-se construir e operar, primeiramente, a ETE com nível de tratamento
primário e, depois, de acordo com o planejamento, complementar a construção e
operação com o nível secundário ou terciário. É preciso salientar que essa

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possibilidade deve estar de acordo com a legislação vigente e ser negociada
previamente com o órgão de recursos hídricos e órgão ambiental, quando da
outorga de uso de recursos hídricos e do licenciamento ambiental do
empreendimento (CHERNICHARO, 2007).

Em uma ETE convencional, o efluente passa por cinco etapas: tratamento


preliminar, tratamento primário; tratamento secundário; tratamento do lodo;
tratamento terciário antes de ser devolvido ao meio ambiente ou reutilizado.

4.1.1.1 Tratamento Preliminar

O tratamento preliminar é constituído unicamente por processos físicos. Nesta


etapa, é feita a remoção dos materiais em suspensão, através da utilização de
grelhas e de crivos grossos (gradeamento), e a separação da água residual das
areias a partir da utilização de canais de areia (desarenação).

● Gradeamento: etapa na qual ocorre a remoção de sólidos grosseiros, onde o


material de dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é
retido. Há grades grosseiras (espaços de 5,0 a 10,0 cm), grades médias
(espaços entre 2,0 a 4,0 cm) e grades finas (entre 1,0 e 2,0 cm) que têm por
objetivo reter o material sólido grosseiro em suspensão no efluente. As
principais finalidades do gradeamento são: proteção dos dispositivos de
transporte dos efluentes (bombas e tubulações); proteção das unidades de
tratamento subseqüentes e proteção dos corpos receptores.
● Desarenação: etapa na qual ocorre a remoção da areia por sedimentação.
Este mecanismo ocorre da seguinte maneira: os grãos de areia, devido às
suas maiores dimensões e densidade, vão para o fundo do tanque, enquanto
a matéria orgânica, de sedimentação bem mais lenta, permanece em
suspensão, seguindo para as unidades seguintes. As finalidades básicas da
remoção de areia são: evitar abrasão nos equipamentos e tubulações;
eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em tubulações, tanques,
orifícios, sifões, e facilitar o transporte do líquido, principalmente a
transferência de lodo, em suas diversas fases.

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4.1.1.2 Tratamento primário

O tratamento primário é constituído unicamente por processos físico-


químicos. Nesta etapa procede-se a equalização e neutralização da carga do
efluente a partir de um tanque de equalização e adição de produtos químicos.
Seguidamente, ocorre a separação de partículas líquidas ou sólidas através de
processos de floculação e sedimentação, utilizando floculadores e decantador
(sedimentador) primário (HELLER, 2005).

● Floculação: O processo de coagulação, ou floculação, consiste na adição de


produtos químicos que promovem a aglutinação e o agrupamento das
partículas a serem removidas, tornando o peso específico das mesmas maior
que o da água, facilitando a decantação.
● Decantação Primária: esta etapa consiste na separação sólido (lodo) –
líquido (efluente bruto) por meio da sedimentação das partículas sólidas. Os
tanques de decantação podem ser circulares ou retangulares. Os efluentes
fluem vagarosamente através dos decantadores, permitindo que os sólidos
em suspensão, que apresentam densidade maior do que a do líquido
circundante, sedimentam gradualmente no fundo. Essa massa de sólidos,
denominada lodo primário bruto, pode ser adensada no poço de lodo do
decantador e enviada diretamente para a digestão ou ser enviada para os
adensadores.
● Peneira Rotativa: Dependendo da natureza e da granulometria do sólido, as
peneiras podem substituir o sistema de gradeamento ou serem colocadas em
substituição aos decantadores primários. A finalidade é separar sólidos com
granulometria superior à dimensão dos furos da tela. O fluxo atravessa o
cilindro de gradeamento em movimento, de dentro para fora. Os sólidos são
retidos em função da perda de carga na tela, removidos continuamente e
recolhidos em caçambas.

4.1.1.3 Tratamento Secundário

Etapa na qual ocorre a remoção da matéria orgânica, por meio de reações


bioquímicas. Os processos podem ser Aeróbicos ou Anaeróbicos. Os processos
Aeróbios simulam o processo natural de decomposição, com eficiência no
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tratamento de partículas finas em suspensão. O oxigênio é obtido por aeração
mecânica (agitação) ou por insuflação de ar. Já os Anaeróbios consistem na
estabilização de resíduos feita pela ação de microorganismos, na ausência de ar ou
oxigênio elementar. O tratamento pode ser referido como fermentação mecânica e
pode ser constituído das seguintes etapas:

● Tanque de Aeração: Tanque no qual a remoção da matéria orgânica é


efetuada por reações bioquímicas, realizadas por microrganismos aeróbios
(bactérias, protozoários, fungos etc). A base de todo o processo biológico é o
contato efetivo entre esses organismos e o material orgânico contido nos
efluentes, de tal forma que esse possa ser utilizado como alimento pelos
microrganismos. Os microrganismos convertem a matéria orgânica em gás
carbônico, água e material celular (crescimento e reprodução dos
microrganismos).
● Decantação Secundária e Retorno do Lodo: Etapa em que ocorre a
clarificação do efluente e o retorno do lodo. Os decantadores secundários
exercem um papel fundamental no processo de lodos ativados. São os
responsáveis pela separação dos sólidos em suspensão presentes no tanque
de aeração, permitindo a saída de um efluente clarificado, e pela
sedimentação dos sólidos em suspensão no fundo do decantador, permitindo
o retorno do lodo em concentração mais elevada. O efluente do tanque de
aeração é submetido à decantação, onde o lodo ativado é separado, voltando
para o tanque de aeração. O retorno do lodo é necessário para suprir o
tanque de aeração com uma quantidade suficiente de microrganismos e
manter uma relação alimento/ microrganismo capaz de decompor com maior
eficiência o material orgânico. O efluente líquido oriundo do decantador
secundário pode ser descartado diretamente para o corpo receptor, pode ser
oferecido ao mercado para usos menos nobres, como lavagem de ruas e rega
de jardins, ou passar por tratamento para que possa ser reutilizado
internamente.
● Elevatória do Lodo Excedente (Descarte do Lodo): Etapa em que acontece
o descarte do lodo excedente. Os sólidos suspensos, lodo produzido
diariamente correspondente à reprodução das células que se alimentam do
substrato, devem ser descartados do sistema para que este permaneça em
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equilíbrio (produção de sólidos = descarte de sólidos). O lodo excedente
extraído do sistema é dirigido para a seção de tratamento de lodo.

4.1.1.4 Tratamento do lodo

O tratamento de efluentes domésticos e industriais gera como subprodutos: o


lodo, o efluente tratado e o biogás. O lodo é o resultado da remoção da matéria
orgânica contida no esgoto, e a quantidade e a natureza do lodo dependem das
características do efluente inicial e do processo de tratamento escolhido. De acordo
com a NBR 12209 é definido como: suspensão aquosa de substâncias minerais e
orgânicas separadas no processo de tratamento, e pode ser classificado em:

● Lodo biológico: Lodo produzido em um processo de tratamento biológico;


● Lodo estabilizado: Lodo não sujeito à putrefação;
● Lodo misto: Mistura de lodo primário e lodo biológico;
● Lodo primário: Lodo resultante da remoção de sólidos em suspensão do
esgoto afluente à ETE.;
● Lodo seco: lodo resultante de uma operação de desidratação.

Na fase primária do tratamento de efluentes, o lodo é constituído pelos


sólidos em suspensão removidos do efluente bruto. Já na fase secundária o lodo é
composto pelos microorganismos que se reproduziram graças a matéria orgânica do
próprio efluente. Basicamente, o tratamento do lodo tem por finalidade reduzir o
volume e o teor de matéria orgânica (cujo processo é chamado de
“estabilização”).Portanto, a primeira fase para se tratar o lodo é o adensamento, que
se refere à retirada de água que o material possui. Como o lodo possui grande
quantidade de água, após o adensamento seu volume diminui. Esse processo
ocorre nos adensadores e nos flotadores.

Em seguida, acontece a digestão anaeróbica, caracterizada pela


estabilização de substâncias instáveis e da matéria orgânica presente no lodo. Os
principais objetivos da digestão são: destruir ou reduzir os microorganismos
patogênicos; reduzir o volume do lodo através de liquefação; dotar o lodo de

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características favoráveis à redução de umidade; permitir a utilização do lodo (um
exemplo é sua aplicação como fonte de húmus e fins agrícolas).

Posteriormente, o lodo é submetido a processos químicos envolvendo cloreto


férrico, cal, sulfato de alumínio e polímeros orgânicos em sistemas de desidratação
como filtração e centrifugação. Isso permite a coagulação dos sólidos e a liberação
da água absorvida. O lodo é ainda desitradado, para a remoção de toda a sua
umidade, através de filtros prensa, belt press ou centrífuga.

A disposição final do lodo pode ser feita em aterros sanitários, junto com o
lixo urbano, em incineradores e na restauração de terras. É importante lembrar que
o lodo é rico em matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e nutrientes, o que possibilita o
seu uso na agricultura ou em reflorestamento.

4.1.1.5 Tratamento Terciário


O tratamento terciário pode ser empregado com a finalidade de se conseguir
remoções adicionais de poluentes em águas residuárias, antes de sua descarga no
corpo receptor e/ ou para recirculação em sistema fechado. Essa operação é
também chamada de “polimento”.

Em função das necessidades de cada indústria, os processos de tratamento


terciário são muito diversificados; no entanto pode-se citar as seguintes etapas:
filtração, cloração ou ozonização para a remoção de bactérias, absorção por carvão
ativado, e outros processos de absorção química para a remoção de cor, redução de
espuma e de sólidos inorgânicos tais como: eletrodiálise, osmose reversa e troca
iônica.

4.1.2 Tecnologias no tratamento de efluentes

Atualmente, o tratamento biológico é o mais eficiente para a remoção da


matéria orgânica dos esgotos, pois o próprio efluente possui uma grande variedade
de bactérias e protozoários necessários para compor as culturas microbiais mistas
que processam os poluentes orgânicos.

17
Mas o uso dessa técnica de tratamento requer o controle da vazão, a
recirculação dos microorganismos decantados, o fornecimento de oxigênio, entre
outras coisas. Além disso, os fatores que mais podem afetar essa técnica são as
temperaturas, a disponibilidade de nutrientes, o pH, a presença de elementos
tóxicos, a insolação e o fornecimento de oxigênio.

4.1.2.1 O avanço das ETE´s compactas

Com o avanço da tecnologia, tem crescido, nos últimos anos, a procura por
ETE´s compactas, recomendadas especialmente para tratamento de esgoto
sanitário em residências, condomínios, pousadas, hotéis, restaurantes, centros
comerciais e diversos outros tipos de estabelecimentos.

As ETE´s compactas seguem as mesmas etapas de tratamento de uma ETE


convencional, porém, com dimensões menores para atender baixas vazões. O maior
diferencial deste tipo de solução é a simplicidade, além da economia de espaço e
alta eficiência.

Atualmente, existem no mercado cerca de 30 fabricantes de ETE´s


compactas, os quais oferecem os mais diversos tipos de projetos para atender a
diferentes necessidades, até mesmo nos casos cuja finalidade é de reúso (o efluente
tratado é utilizado para rega de jardins, limpeza de pátios, descarga de banheiros,
entre outros).

Um dos grandes avanços implantados nas ETE foi a adoção no processo


biológico aerado dos sistemas de aeração por ar difuso, usualmente com os
difusores de bolha fina. Essa tecnologia é altamente empregada e recomendada
para as ETE compactas devido a sua elevada eficiência de tratamento e seu baixo
custo de operação, e especialmente, pelo menor consumo de energia elétrica.

5. RESULTADOS

A visita técnica à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do condomínio


Harmonia realizada pelos alunos de engenharia civil da Universidade do Estado do
Amazonas foi liderada pelo aluno de Engenharia Civil, Humberto, funcionário da
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Manaus Ambiental, concessionária responsável pela ETE que disponibilizou seu
tempo para explanar sobre os níveis de tratamento de esgoto realizados no local. A
visita foi realizada pela parte da tarde, conforme planejado pela Profª. Valdete
Santos que leciona a disciplina que leciona a disciplina de Saneamento Básico II.

Primeiro foi explicado quais eram os níveis de tratamento de esgosto que


eram realizados no local, no caso se faz o uso do tratamento preliminar, primário e
secundário, não é feito o terciário visto que não há necessidade. O engenheiro
explicou também que várias estações de tratamento não realizam o tratamento
preliminar e falou sobre os possíveis problemas que podem ocorrer caso não seja
feito. Em um local onde não é realizado o tratamento preliminar, vários dejetos tais
como cabelos, roupos e outros objetos não são filtrados e acabam adentrando na
tubulação e danificando as mesmas. Geralmente, as ETE’s precisam ter o que eles
denominam de “ladrão”, que é um extravasor, que serve para fazer o controle do
nível de água em reservatórios.

Após finalizada a parte do tratamento preliminar é então iniciado o tratamento


primário, apesar do esgoto apresentar ligeiramente aspecto mais razoável após o
pré-tratamento, possui ainda, praticamente inalteradas, as suas características
poluidoras. Inicia-se então o tratamento propriamente dito. A primeira fase de
tratamento é designada por tratamento primário, onde a matéria poluente pode ser
separada da água por sedimentação. Após o tratamento primário, a matéria poluente
que permanece na água é de reduzida dimensão, normalmente constituída por
colóides (pequenas partículas), não sendo por isso passível de ser removida por
processos exclusivamente físico-químicos.

Foi dada uma certa importância para depois da finalização do tratamento


secundário, que resta uma grande quantidade de lodo, o qual é feita uma limpeza a
cada 6 meses. Essa limpeza é feita por um caminhão fossa. Esse lodo vai para o
aterro sanitário da ciadade. Após a retirada do lodo é feita a desinfecção com a
adição de cloro. Foi atentado para o detalhe de o dosador ser automático, ele foi
programado para 10 minutos ou 600 segundos. A ETE tem um consumo em torno
de 60 litros cúbicos de cloro por mês.

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Após a retirada do lodo e feita a desinfecção do material, é retirado o odor do
material tratado e podendo assim este ser despejado no corpo d’água, no caso da
ETE em questão, despejado no igarapé. Todos os materiais do processo são
construídos em fibras, pois além da leveza, se forem construídos em ferro ou
concreto por conta dos agentes químicos o material irá se deteriorar.

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CONCLUSÃO

A intenção de proporcionar esta visita foi demonstrar aos alunos o


funcionamento de uma Estação de Tratamento de Esgoto em virtude de tudo que foi
estudado em sala de aula. Teve como base a verificação da estratégia de um
sistema bem colocado a fim de lançar as águas tratadas em um braço de igarapé
que corria pelas proximidades.
Esta visita teve uma contribuição bastante significativa do ponto de vista
acadêmico, mostrando a complexidade de uma estação de tratamento e toda sua
estrutura física já dimensionada para a região a que se encontra.
Em virtude do que foi analisado, os serviços dessa estação de tratamento
englobam desde o recebimento da água pela Calha Parshall e caixa de areia
passando pelo tratamento primário, pegando o secundário e retendo todo lodo
obtido, deixando o mesmo secar ao ar livre para que futuramente esse lodo sirva
para outros serviços.
A visita foi bastante proveitosa, visto que os alunos passaram a conhecer
o real funcionamento e ordem do sistema de tratamento de águas e a
importância de se ter um engenheiro tomando de conta do local para que todo
funcionamento do processo ocorra conforme os parâmetros exigidos.

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REFERÊNCIAS

JORDÃO, Eduardo P. e PESSÔA, Constantino A. Tratamento de Esgotos


Domésticos. 4ª Edição. Rio de Janeiro: ABES, 932p. 1995.

von SPERLING, Marcos. Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de


Esgotos (Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias; vol. 1). Belo
Horizonte: DESA-UFMG, 452p. 2005.

HELLER, L.; NASCIMENTO, N.O. Pesquisa e desenvolvimento na área de


saneamento no Brasil: necessidades e tendências. Engenharia Sanitária e
Ambiental, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 24-35, 2005.

COPASA, Companhia de Saneamento de Minas Gerais-Processos de Tratamento.


Disponível em: www.copasa.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=34. Acessado
em 08 de Agosto de 2013.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (M.M.A) Programa Nacional de Capacitação de


Gestores Ambientais. Módulo Específico Licenciamento Ambiental de estações de
Tratamento de Esgoto e Aterros Sanitários. Brasília, 2009.

CHERNICHARO, CARLOS AUGUSTO DE LEMOS (2007), Reatores Anaeróbios.


2°.ed.- Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – UFMG.

NBR 12209:2011, Elaboração de Projetos Hidráulico-Sanitários de Estações de


Tratamento de Esgotos Sanitários, 2° edição, ABNT.

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APÊNDICE A – FOTOGRAFIAS DA VISITA TÉCNICA

Figura 2 – Estação de Tratamento de Esgoto do conjunto Tocantins

Figura 3– Bomba Elevatória

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Figura 3– Tanques Aeróbios e Anaeróbios

Figura 4 – Sistema de tratamento em Chicanas (Forma mais econômica)

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Figura 5 – Efluente na saída da Estação de Tratamento

Figura 6 – Ponto de saída do efluente já tratado.

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Figura 7– Bombas do Sistema de Tratamento

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*Os tanques de aeração são metálicos devido a fatores como clima, e para atender a vazão;
Capacidade do tanque:

*Foi feita uma revitalização para instalar o processo anae´robio pois o aeróbio já existia desde antes
de a Manaus Ambiental assumir a ETE

*Há duas bombas, sendo que geralmente fica uma trabalhando e a outra como reserva em caso de
pane, o ideal é ter uma reserva e duas operando

*Estrutura aspecto de chicana: processo mais barato e simples de ser executado, apenas
intercalando paredes de concreto, não pode ser alvenaria, concreto deve ser impermeável para
evitar patologias de corrosão, 2,5 até 3, não possui odores.

*Trata 2800 economias, divididos entre Dom Pedro e Tocantins, sendo de forma completa o
conjunto Tocantins e de forma parcial o bairro Dom Pedro. A vazão nominal foi projetada para é de
26 l/s, sendo que está sendo operada com 20l/s, pois nem todas as economias previstas estão sendo
atendidas pela ETE.

*Resíduos inadequados são transportados por containers, e despejados em um ponto final, de forma
regularizada pelo IPAAM

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* O lodo gerado no decantador é retirado do fundo por uma bomba de recirculação de lodo, até que
o mesmo atinja um nível onde a única solução é a sua retirada

*Calha parshall, desarenador,

* Eficiencia de remoção de DBO de 75% (anaeróbio), com adição de reator aeróbio a eficiência atinge
cerca de 85%

Conclusao:

Futuramente serão atendidas todas as residências do D. Pedro!

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