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CURA PELA PALAVRA

Depois disso, voltou José para o Egito, ele seus irmãos e todos os que com ele subiram a sepultar o
seu pai. Vendo os irmãos de José que seu pai era morto, disseram: É o caso de José nos perseguir e
nos retribuir certamente todo o mal todo que lhe fizemos. Portanto, mandaram dizer a José: Teu pai
ordenou, antes da sua morte, dizendo: Assim direis a José: Perdoa, pois a transgressão de teus irmãos
e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, te rogamos que perdoes a transgressão dos servos
do Deus de teu pai. José chorou enquanto lhe falavam. Depois vieram também seus irmãos,
prostraram-se diante dele e disseram: Eis-nos aqui por teus servos. Respondeu-lhes José; Não temais;
acaso estou eu em lugar de Deus. Vós, na verdade, internastes o mal contra mim, porém Deus o tornou
em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. Não temais pois, eu vos
sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração. Gn 50: 14 – 21.
Todas as pessoas, ao longo de sua existência, sofrem traumas emocionais. Isso acontece quando
somos “machucados” pela vida ou por indivíduos, próximos a nós ou não.
Os traumas emocionais podem deixar feridas profundas na alma. Sua dor é dupla, pois somado ao
sofrimento do episódio em si, vem o senso de impotência. Entendemos que fomos incapazes de
impedir a violência contra nós. Então fechamo-nos em nós mesmos, atrás de uma muralha construída
de amargura, desejo de vingança, autopiedade, medo e desconfiança.
Essa barreira, que erguemos com o objetivo de proteger-nos de novos dissabores, pode até ser
eficiente nesse sentido. Contudo simplesmente impede-nos de viver. Armamo-nos contra a vida na
tentativa de mantermo-nos afastados do que ela tem de ruim. Só que, assim, deixamos do lado de fora
também o que ela tem de melhor.
“Os muros que nos protegem contra flechas e lanças. Barram também rosas e beijos”. John
Stevens.
A DOR DOS TRAUMAS EMOCIONAIS
Acontecimentos ruins podem acometer qualquer cristão e deixa-lo triste, amargo e até revoltado. E
se alguém tinha motivos para tornar-se uma pessoa dura vingativa, era José do Egito. Poucas pessoas
enfrentaram grandes e profundos golpes da vida ainda nos tenros anos da juventude como aconteceu
com ele. Apesar de ter sido um servo fiel a Deus, José passou por muito sofrimento. Ainda garotinho,
perdeu a mãe, Raquel, que morreu ao dar à luz a Benjamim, nas proximidades de Belém. Em casa era
perseguido e odiado pelos irmãos mais velhos – dez ao todo – filhos das outras mulheres de seu pai.
Se sua infância não fora das melhores, a adolescência lhe reserva novas desgraças. Aos dezessete
anos foi raptado pelos irmãos e vendido como escravo a mercadores midianitas que viajavam para o
Egito. Parecia que as coisas não poderiam ficar piores. Mas ficara. Na casa de Potífar, oficial egípcio
para o qual os midianitas o venderam, ele sofreu assédio sexual de sua patroa sendo depois caluniado
por ela. Em virtude dessa mentira, foi preso injustamente e amargou pelo menos três anos na prisão,
cercado de criminosos e abandonado pelas pessoas às ajudara.
Você pode imaginar como aquele jovem se sentia? Tudo concorria para torna-lo um homem
condenado à enfermidade e a tristeza. Mesmo que conseguisse recuperar a liberdade e recomeçar a
vida, José, vítima de tantas injustiças, carregando uma coleção tão grande de lembranças dolorosas,
tantas feridas abertas no coração, nunca mais seria feliz.
Coisas ruins acontecem a todo mundo. O fato de sermos servos de Deus e crentes em Cristo não nos
torna imunes ao sofrimento. Não nos isenta de dores, doenças, acidentes, contrariedades, traições,
perdas, separações, injustiças, decepções e tantos outros reveses que povoam as possibilidades da
existência humana. Jesus queria deixar seus seguidores cientes disso, quando lhes disse: “Estas
cousas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições, mas tende
bom ânimo; eu venci o mundo”. João 16: 33. E os discípulos aprenderam a lição; constataram na
prática a veracidade das palavras do Mestre. Escrevendo ao jovem Timóteo, Paulo afirma: “Tu
porém, tens seguido, de perto o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor,
perseverança, as minhas perseguições e os meus sofrimentos, os quais me aconteceram em
Antioquia, Icônio e Listra, - que variadas perseguições tenho suportado! De todas, entretanto, me
livrou o Senhor. Ora, todos quantos, querem viver piedosamente em Cristo jesus serão
perseguidos”. II Tm 3: 10 – 12.
“Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido palácio adormeceu/ Quem não sentiu o
frio da desgraça/ Que passou pela vida e não sofreu/ Foi espectro de homem – não foi homem/ Só
passou pela vida – não viveu”.

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