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Narciso, amor pelo próprio e o conhecimento de si

5 etapas para conduzir a sua vida


As Metamorfoses de Ovídio são uma das obras- primas da
literatura da antiguidade clássica, remontam a Roma, antes
do nascimento de Cristo. Ao longo de séculos, estes textos
vão exercer um singular fascínio, com influência nas artes,
literatura, musica e nas reflexões sobre a identidade e os
grandes dilemas da existência humana. De que é exemplo
a conhecida personagem de Narciso
O bébé adorável, o jovem perfeito
e a promessa de homem ideal

• “… Finda a gravidez, a lindíssima ninfa dera à luz uma


criança, que já na sua tenra idade era adorável. Deu-lhe o
nome de Narciso. Ora, consultado sobre o menino, se
chegaria a ver os longos anos de uma velhice avançada, o
profético vate respondeu: ´se não se conhecer a si próprio
´…”

• “…Durante anos, a profecia do vidente pareceu vã; mas o


desfecho do caso, o tipo de morte e a insólita loucura
comprovaram-nas …”
A regressão de Narciso
• “… De facto quando fez dezasseis anos, o filho de
Cefiso tanto poderia parecer um menino como um
jovem adolescente. Muitos foram os rapazes, muitas
as raparigas que o desejaram. Mas (tão insensível
era a soberba naquela beleza tão terna) jamais
rapazes alguns, raparigas algumas, o tocaram…”

• Ao procurar acalmar a sede Narciso deixou-se


arrebatar por uma imagem nas águas de uma fonte
límpida, julgou ser um corpo o que era a água e
extasiado e sem saber desejou-se a si próprio
• “… quem quer que sejas, saí cá para fora!, porque me iludes, rapaz
sem igual, aonde vais desejando-te eu tanto? Decerto não foges da
minha figura da minha idade. Até ninfas me amaram! Não sei que
esperança me prometes com o teu olhar amigo. Pois sempre que
abri os braços para ti, tu abriste-los para mim; sempre que ri, tu riste-
te; e amiúde reparei nas tuas lágrimas quando chorava. Os meus
sinais devolves com um aceno; e do movimento dos teus formosos
lábios, tenho a suspeita de que me respondes com frases que me
chegam aos ouvidos. Oh! Mas ele sou eu! Percebi ! O meu reflexo já
não me engana! É por mim que me abraço de amor! Inflijo e sofro
estas chamas! Que farei? Ser rogado, ou rogarei eu? Que hei-de
rogar afinal? O que desejo já eu tenho: é a abundância que me faz
pobre. Oh! se eu pudesse separar-me do meu próprio corpo!(desejo
estranho num amante: querer ausente o ser amado). E já a dor me
subtrai as forças. Não me resta muito tempo para viver, desapareço
em plena floração da juventude. A morte não me é coisa cruel, pois
na morte deixarei a dor: mas ele, a quem amo, prouvera que vivesse
mais tempo! ´Agora morreremos os dois num só sopro´
A importância de se
conhecer e aceitar
• Narciso não reconheceu a sua imagem refletida na água, não se
apercebeu de que estava em relação consigo próprio. Fisicamente,
robusto, jovem , belo e forte encontrava-se na mais profunda estranheza
em relação a si próprio, num vazio de emoções e afetos, sem significado e
sentido da sua identidade. E o seu desejo por se encontrar, valorizar e
reconhecer levou-o ao seu trágico final.

• O amor pelo próprio deverá ser uma tarefa cumprida com sucesso
pelo homem. O sentimento de ter valor e a segurança desse valor irá
determinar a qualidade da sua realização pessoal, social e
profissional

• A compreensão e a aceitação do próprio, do melhor e do pior em si, o


confronto com as emoções que orientam a sua ação, irá reforçar a
sua auto-estima, aumentar o seu poder e diminuir os seus medos e a
sua insegurança e ansiedade.
As pressões do Século XXI
e a Procura do Homem Perfeito
• Vivemos num século com elevadas expectativas, onde se procuram homens e
mulheres perfeitos, fisicamente harmoniosos, bem sucedidos profissionalmente
e companheiros e pais emocionalmente aptos e presentes. Os patamares de
exigência são de tal ordem que alguns acabam por nunca encontrar ninguém
que corresponda ás suas idealizações.

• No ano de 2016, Portugal registou 100 casamentos e 70 pedidos de divórcio,


segundo dados do INE. Estes números aliados á elevada percentagem de
solteiros, fazem -nos pensar que no seu percurso de vida a maioria opta por
ficar só ou por prosseguir o seu caminho sozinho. Apesar destes números
reflectirem igualmente outras problemáticas relacionadas com o desemprego ,
a crise económica e outras dificuldades. Muitos dos Portugueses parecem
estar mais focados em procurar alcançar ideais de realização e de felicidade
procurando adiar o mais possível os sinais do envelhecimento.

• Até que ponto esta tendecia não os leva a Narciso e ao desconhecimento de si


5 Etapas para o
conhecimento de si
• 1. Contactar as emoções e afetos que estão na base das
suas motivações e consequentemente dos seus
comportamentos. Conhecer as energias básicas que o fazem
entrar em ação e que poderão ser instintivas (raiva), mentais
(medo) ou emocionais (relação)

• 2. Reconhecimento das suas características de


personalidade. Através da aproximação á sua realidade
interna, forma de percepcionar o mundo, com o lugar que
deseja ter nele, e que estratégias utiliza para se relacionar,
realizar e procurar sucesso
• 3. Identificação dos seus pontos fortes e dos seus pontos
fracos . Onde os seus pontos fracos são percebidos como
consequência do exagero ou excesso do uso de estratégias

• 4. Identificação das emoções que o levam ao desequilíbrio e


ao descontrolo, através da identificação dos pontos de
compulsão que levam ao fracasso das suas defesas. E
conhecer exactamente para onde a tendência o leva nestas
alturas

• 5. Identificação dos recursos próprios que tem ao seu dispor


e dos movimentos internos que o irão levar a uma maior
realização pessoal, social e profissional.
• As pressões da sociedade, os ideais a alcançar,
será mais forte e melhor sucedido se a sua força
vier de dentro.

• Um maior conhecimento de si irá dar-lhe a


liberdade de escolher, de mudar, e a
determinação e segurança necessária para
conduzir a sua vida.

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