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APRESENTAÇÃO

Oi, turma! É com grande satisfação que dividimos com vocês, aqui, um conhecimento tão gostoso
como este: Língua Portuguesa. Muitos devem ter retorcido o nariz ao ler isso, mas temos certeza de
que muitos outros concordaram conosco, nós sempre encontramos “amiguinhos”.
Como esse é o nosso primeiro encontro, vamos bater um papo a respeito de qual é o trabalho que
devemos desenvolver – nós e vocês -, de como o curso será conduzido e, antes de qualquer coisa,
de quem somos nós, da nossa vida de Concurso Público.
Neste ano, eu, professora Luciane Sartori, completo trinta anos como professora de Português,
vinte anos com concursos em geral e dezoito anos de trabalho com concurso público em todas
as disciplinas da área – Gramática, Interpretação de Texto, Redação Discursiva e Redação Oficial.
É provável que alguns de vocês já me conheçam, porque, além de dar aulas há um certo tempo
e trabalhar em cursos presenciais, trabalho também em alguns cursos satelitários e participo de
alguns fóruns.
Nota: A partir desse momento passarei a adotar uma postura mais impessoal para dar um tom mais
amplo às minhas explanações assumindo a segunda pessoa do plural.
Dissemos no início da aula que muitos devem ter retorcido o nariz ao falarmos de Português, pois
sabemos que a matéria não costuma agradar muito. Tanto isso é verdade que a maioria não dá
atenção a ele, acha que na hora da prova “dá um jeito”, mas, gente, não é assim. Podemos ser
suspeitos para falar, somos os professores, porém ninguém pode se esquecer de que é ele que tem
feito a diferença em muitos concursos.
Veja o que ocorre bastante, por exemplo, com advogado atuante, quando vai prestar prova de
concurso na área dele. Ele entende que não precisará de muito preparo, pois ele entende do
assunto, mas é principalmente aí que ele se engana, afinal a prova não pede a prática do direito,
pede a teoria. Para o usuário da Língua Portuguesa é a mesma coisa, ele pensa que domina o
assunto, mas ele tem a prática e o que cai na prova é a teoria.
E quando se trata de Interpretação de Textos, então? Para muitos não há quem consiga ensinar
a interpretar um texto e, além disso, é muito chato! Mas... quem se empenha no assunto acaba
por se destacar, afinal as provas têm cobrado muito essa habilidade. O segredo é saber que existe
técnica de leitura, aceitá-la e colocá-la em prática sempre. Assim, o exercício trará a facilidade da
compreensão, da concentração e do acerto, e o assunto deixará de ser chato.
O curso dará a vocês suporte para a realização de provas, mas é bom lembrar que só ele e o
entendimento das aulas não resolverão. Vocês terão de assimilar os conceitos, fazer muito
exercício prático, resolver muita questão de prova e NÃO parar de treinar. Dizemos isso, porque
estudar Português, especificamente, não é decorar “um monte de regra e várias exceções que não
servem para nada”, é, de fato, apreender a lógica da linguagem e suas especialidades, aplicando-as
constantemente. Por isso, lembrar-se da teoria é necessário, mas exercitá-la é imprescindível. Além
disso, para concurso público, ainda é preciso saber lidar com o tempo, o que só é possível se vocês
conhecerem bem a banca que fará a sua prova – o que é a nossa pretensão com este curso.
Sempre dizemos: um corredor de maratona não tem fôlego para cumprir sua tarefa, se deixar para
correr somente no dia da disputa. Ele precisa de muito treino antes para chegar ao dia da corrida
totalmente preparado: cheio de disposição e pronto para superar qualquer dificuldade. Para
vocês, a realidade é a mesma, vocês têm de estar totalmente preparados, senão a meta não será
alcançada.
O curso de painel que vamos iniciar é centrado nessa perspectiva de somar a teoria com sua
aplicação no concurso público. Para isso, ao início de cada tema, daremos a vocês a visão geral
do assunto, depois trabalharemos as suas especificações. E, ainda, para ilustrar essas informações,
colocaremos questões que as evidenciem.
O conteúdo será abordado em dez (10) aulas, incluindo o conteúdo desta aula, que será Acentuação
Gráfica. Dessa forma, os assuntos serão dispostos nesta ordem:

Aula Assunto Data da Postagem


00 Acentuação Gráfica Imediata
01 Morfossintaxe do período simples e do composto 16/05/2018
02 Concordância nominal e verbal 01/06/2018
03 Sintaxe do período simples e composto – vozes verbais e funções do SE 18/06/2018
04 Regência e crase 02/07/2018
05 Pontuação 16/07/2018
06 Pronomes 30/07/2018
07 Verbos 13/08/2018
08 Interpretação de Texto 24/08/2018
09 Redação Oficial 03/09/2018

Pessoal, sabemos que a e tarefa de vocês não é fácil, mas que ela é possível. Só que exige muita
determinação e perseverança, pois somente a teoria não supre o conhecimento necessário para
se realizar uma boa prova, como dissemos, é necessário muito exercício, conhecer a linguagem da
banca examinadora, saber medir o tempo da resolução das questões... Enfim, não é simples. Por
isso estamos aqui, para aliviarmos ao máximo a sua carga e transformá-la em uma conquista.
Perguntem o que quiserem sempre, não tenham receios. Sempre escutamos alguém dizer:
“Professor(a), sei que minha pergunta é boba, mas...”. Não existe isso, todas são importantes.
Muitas vezes, o que é simples torna-se difícil, porque ficou uma parte sem ser compreendida.
Nós trabalhamos para vocês e nossa maior satisfação é receber retornos dos alunos, dizendo:
“Professor(a), passei!” A sensação é ótima. Assim, quando vocês alcançam seu objetivo, nós
também alcançamos o nosso, é uma vitória nossa!
Esperamos que a nossa participação em seus estudos ajude-os a decidir sua carreira profissional.
Bom estudo e sucesso!
SUMÁRIO

ACENTUAÇÃO................................................................................................................ 07
QUESTÕES..................................................................................................................... 20
RESOLUÇÕES................................................................................................................. 23
PORTUGUÊS

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Iniciaremos a apresentação do assunto pelas bases da acentuação gráfica.

1) ´ (agudo) → à só aparece na sílaba tônica de som aberto, exemplo: avó.


  ^ (circunflexo) → à só aparece na sílaba tônica de som fechado, exemplo: avô

Para entendermos a aplicação desses acentos, temos de fazer alguns lembretes.


•• Quanto à tonicidade, as palavras são classificadas em:
oxítona: quando sua sílaba tônica é a última → café, urubu;
paroxítona: quando sua sílaba tônica é a penúltima → cabeça, júri;
proparoxítona: quando sua sílaba tônica é a antepenúltima → sílaba, tônico.
•• Reconhecimento da sílaba tônica: basta que vocês chamem pela palavra, acrescentando
um   antes
ô dela (E por que este balão? Ele representa vocês pensando. O “ô” não está
na frase de fato, vocês apenas o imaginam, para que ele dê o ritmo correto da pronúncia da
palavra), assim a sílaba que mais se estender na pronúncia será a tônica:

Comparem: me-lan-ci-a  ≠  ca-dei-ra
      hiato      ditongo

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Muitos de vocês podem ter pensado que a sílaba tônica de melancia fosse “cia”, mesmo depois
de terem chamado pela palavra, mas observem que, quando vocês a chamam, é o som da
sílaba “ci” – especificamente do “i”, que é vogal – que se estende e não o som do “a”. Porém,
como o som do “a” também é forte, tem-se a impressão de que ele faz parte da sílaba tônica, só
que isso prova que há um hiato, porque não há sílaba com duas vogais, ou seja, com dois sons
vocálicos fortes. Quando duas vogais ficam na mesma sílaba, encontramos, em verdade, uma
vogal e uma semivogal ou vice-versa e, neste caso, há um ditongo, o que ocorre em cadeira, em
que o “e” é a vogal e o “i” é a semivogal, tanto que pronunciamos “cadera” – prova de que o “i”
é fraco.

Dicas e lembretes:
•• o “a” sempre é vogal, nunca é fraco;
•• o “e” e o “o” são semivogais, se tiverem o som do “i” e do “u” respectivamente – como
ocorre em mãe e mão -, com o som deles próprios, ou seja, de “e” e de “o” – como em
apóia e sei, são vogais;
•• o “i” e o “u” são semivogais, só serão vogais se estiverem juntas de uma consoante, ou
estiverem sozinhas na sílaba, ou tiverem o som estendido quando chamamos pela palavra.
Comparem ainda: i-dei-a  ≠  quais (não se separa, pois há aqui um tritongo)
        ditongo    tritongo
A sequência eia apresenta vogal (e com som de e) + semivogal (i de som fraco) + vogal (a).
A sequência uai apresenta semivogal (u de som fraco) + vogal (a) + semivogal (i de som fraco).
Sempre que as formações forem as apresentadas acima, o raciocínio será o mesmo, portanto a
separação ocorrerá somente no primeiro caso e da forma como a fizemos.

3) Emprego do Agudo (´) e do Circunflexo (^)


 Roteiro de acentuação gráfica da sílaba tônica

1º) Reconhecer a sílaba tônica, verificando a estrutura que existe nela para avaliar se ela
será acentuada ou não.
Se nela aparecer hiato... (vejam os próximos passos na sequência abaixo)
2º) Hiato
recebem acento - i (s), – u (s) quando forem a segunda vogal do hiato, seguidas ou
  não de “s” – mas não receberão acento se forem
seguidos de –nh.
-eem, -oo (s) no final das palavras, desde que o primeiro “e” ou o
primeiro “o” do hiato estejam na sílaba tônica.

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Exemplos:
1º.) saúde / saudade, fluído / fluido, faísca, balaústre, restituí-lo, vêem, vôos, perdôo.
2º.) moinho, juiz, ruim, iam, Mooca, alcoólatra, álcool, meeiro.
No primeiro grupo de palavras, confirmamos o que diz a condição de acento no “i” e no “u” na
formação do hiato e apresentamos algumas comparações.
Vejamos caso a caso, seguindo a ordem do roteiro que estamos oferecendo para os seus
estudos: primeiro, procurem a sílaba tônica e, depois, analisem se nela aparece alguma das
condições de hiato ditas acima.
•• sa-ú-de / sau-da-de: em saúde, quando procuramos a sílaba tônica, encontramos o “u”
sozinho nela, por isso devemos olhar na sílaba anterior e verificar se existe outra vogal
imediatamente anterior ao “i” ou ao “u”, o que no caso ocorre, pois aparece o “a” antes do
“u”, confirmando a formação de um hiato – isso vale como dica, pois, se fizerem assim e
se acostumarem com isso, não terão de ficar decorando que “i”e “u” devem ser a segunda
vogal do hiato e não farão confusão com os demais casos. Comparando agora com saudade,
e seguindo os passos que estamos desenvolvendo, primeiro procuramos a sílaba tônica,
reconhecemos a sílaba “da”, sendo que o “u” é pronunciado junto do “a”, porque o “u”,
neste caso, é semivogal, logo existe a formação de um ditongo e não de um hiato, fugiu à
condição do hiato.
Fazendo esse raciocínio, entendemos que o acento desse primeiro caso de hiato acentuado
deve-se à diferenciação do hiato e do ditongo, ou seja, de quando o “i” ou o “u” são fracos ou
fortes, entenderam? Este é o motivo de os hiatos deste tipo serem acentuados.
•• flu-í-do/ flui-do: flu-í-do tem acento pelo mesmo motivo de sa-ú-de, um caso de hiato – o
que nesta palavra só ocorrerá se tratar-se de forma verbal, ou seja, flu-í-do é o particípio
do verbo fluir e nele ocorre hiato, como na frase O assunto havia fluído muito bem. Porém,
quando se tratar de substantivo ou adjetivo – não será verbo, claro –, sua pronúncia irá
mudar e, por isso, não será acentuado. Nessa forma, passa a haver um ditongo, o “u” é
forte, vogal, e o “i” é fraco, semivogal: flui-do, como em Temos de trocar o fluido de freio do
carro.
Essa mesma estrutura e pronúncia de fluido ocorrem em gra-tui-to, for-tui-to, in-tui-to.
•• fa-ís-ca / ba-la-ús-tre / res-ti-tu-í-lo: notem que em todos esses casos, seguindo os passos
que demos, ao procurarmos a sílaba tônica, encontramos o “i” e o “u” na sílaba tônica das
três palavras analisadas e quando olhamos para a sílaba anterior, encontramos outra vogal
– nos dois primeiros casos, o “i” e o “u” aparecem seguidos de “s”, o que não faz diferença
para o acento ser empregado . Assim, verificamos caso de hiato em que o acento deve ser
empregado.
•• vê-em / vô-os / per-dô-o: a sequência de duas vogais idênticas sempre é formação de hiato
e, nesses casos, “eem” e “oo”estão no final das três palavras; assim, temos de reconhecer
a sílaba tônica. Reconhecendo-a, verificamos que o primeiro “o” e o primeiro “e” de cada
hiato estão na sílaba tônica, confirmando que temos de pôr o acento.
No segundo grupo de palavras, verificamos que muitas vezes há confusão no raciocínio, porque
tais palavras parecem ter a mesma formação do grupo de palavras anterior, mas não a têm e
reforçamos, ainda, o que foge às condições de emprego do acento, já que existe hiato em todas
elas.

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Afinal, turma, por que as palavras abaixo fogem às regras de hiato apresentadas?
•• mo-i-nho, ju-iz, ru-im: retomando o processo anterior, procuramos a sílaba tônica e
verificamos que os três vocábulos não deverão ser acentuados, pois em nenhum deles
o “i” ou o “u” precisam de acento para que tenham som forte, pois, em mo-i-nho, o “i”
está seguido de –nh e, em ju-iz e ru-im, o “i” não está sozinho nem seguido de –s, mas
acompanhado de –z e -m. A condição para se colocar acento é o “i” e o “u”, como segundas
vogais dos hiatos, serem acentuados se estiverem sozinhos na sílaba tônica, o que não
ocorre.
•• i-am: o “i” está na sílaba tônica e forma um hiato com o “a”, mas não tem acento, por quê?
Porque, seguindo a condição do acento, o “i” não é a segunda vogal do hiato.

Dica: se seguirem o roteiro de raciocínio que estamos dando, basta que vocês olhem para
trás, ou seja, para a sílaba anterior à do “i”, e vocês verificarão que não há outra vogal, logo
não há motivo para o acento ser empregado.

•• Mo-o-ca, me-ei-ro: já procuraram a sílaba tônica dessas palavras? Muitos devem ter
pensado que é o “Mo” da Mooca e o “ei” de meeiro. Erraram no primeiro caso, mas
acertaram no segundo. Pessoal, para quem errou na primeira palavra, temos de alertar, foi
a “fadiga” a causadora do erro, vamos chamar a palavra por vocês:

ô Moooo-ca , foi isso? Se foi, nós acertamos, foi mesmo a “fadiga” de pronunciar os dois

“os” que causou o seu erro; revejam a palavra ao ser chamada da forma certa:

ô Mo-ooooo-ca , viram? É o segundo “o” do hiato de Mooca que está na sílaba tônica,

assim como é o segundo “e” do hiato de meeiro, e não o primeiro “e” do hiato. Por esse motivo
não há acento pela formação de hiato nessas palavras. Já que não se encaixou na condição do
hiato acentuado, o que você deverá fazer agora é reconhecer qual é a sílaba tônica: a última, a
penúltima ou a antepenúltima? No caso, é a penúltima, portanto trata-se de duas paroxítonas
e paroxítonas terminadas em –a, –o não têm acento.
Mas, então, por que há acento nas palavras abaixo?
•• al-co-ó-la-tra: em verdade, não existe acento no segundo “o” devido à formação do hiato,
pois, pelo que vimos, só há acento neste caso, se o primeiro “o” estiver na sílaba tônica.
Vamos começar do começo: procurando a sílaba tônica, verificamos que é o segundo “o”
do hiato, logo foge à regra do hiato, já que não é o primeiro “o” do hiato que está na sílaba
forte, tônica; assim, lembrem-se: verifiquem qual é a tônica e observem que, neste caso, é
a antepenúltima, portanto trata-se de uma proparoxítona! E todas têm acento, certo?

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•• ál-co-ol: esta é mais fácil, ainda que já tenhamos visto muita gente errar a análise desta
palavra, pensando ser ela uma paroxítona. Colocamos esta palavrinha aqui, porque não é
para vocês verem a formação do “oo” e já irem pensando no acento. O primeiro passo deve
ser mantido: reconhecer a sílaba tônica e, o mais importante, sem “fadiga”:

ô aaaaal-co-ol

Pronto, trata-se de uma proparoxítona, e todas são acentuadas.

Alterações do Acordo de 1990:

1) As vogais “i” e “u”, componentes de um falso hiato, nas paroxítonas não serão mais
acentuadas, a não ser que façam parte das oxítonas.
Mas, afinal, o que é um falso hiato? Um falso hiato é a ocorrência de uma vogal antecedida de
um ditongo e não de outra vogal.
Vamos ver: era: fei- ú –ra, agora: fei-u-ra → observem que a vogal “u” é antecedida de ditongo
e não de outra vogal e o “u” tônico está na penúltima sílaba, que é a tônica, por isso não tem
mais acento.
Assim Pi-au-í continua com acento, pois o “i” tônico está na última sílaba, que é a tônica.
2) Não se usa mais o acento nas palavras terminadas em -êem e -ôo (s) – era: vêem, vôos,
agora: veem, voos.

3º) Ditongo = recebem acento os ditongos tônicos e de som aberto -éi(s), -ói(s), -éu (s).

Memorização: as terminações lembram uma frase dita assim: éi, ói éu! (ei, óia eu),
entenderam?
Exemplos:
1º.) pastéis, herói, troféus;
2º.) atéia, heróico, estréia, idéia;
3º.) ateu, camafeu, coisa, moita, chapeuzinho.

Completando nosso roteiro: primeiro, procure a sílaba tônica e, depois, analise se nela aparece
um hiato a ser acentuado. Se não aparecer, verifique se há uma dessas formações de ditongo
ditas acima, e, se houver, acentue o ditongo.

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•• pastéis, herói, troféus, atéia, heróico, estréia, idéia: em todas essas palavras, os ditongos
estão na sílaba tônica e têm som aberto, por isso são acentuados;
•• ateu, camafeu, coisa, moita: nessas palavras do terceiro grupo, entendemos por que ocorre
acento nos ditongos de som aberto. Comparem o som dos ditongos deste grupo com os
ditongos do primeiro e notem que o acento dos abertos distingue-os dos ditongos de som
fechado.
•• chapeuzinho: por que chapeuzinho não tem acento? Simples, pessoal, como já dissemos,
o primeiro passo é reconhecer a sílaba tônica e, nesta palavra, a tônica é –zi, não entra na
regra do ditongo, trata-se de uma paroxítona terminada em –o e, por isso, não é acentuada.
Assim, não basta reconhecer o ditongo de som aberto, antes, verifique a sílaba tônica.

Alterações do Acordo de 1990:

Retome apenas as palavras do segundo grupo para entender o que determinou o Acordo.
Nas paroxítonas em que há ditongos abertos -éi e –ói, o acento não será mais empregado –
era: a-téi-a, he-rói-co, es-tréi-a, i-déi-a; agora: a-tei-a, he-roi-co, es-trei-a, i-dei-a. As demais
– oxítonas ou monossílabas tônicas – continuam a ser acentuadas: pastéis, he-rói, tro-féus, céu
(Opa! Mas nós ainda não falamos sobre esta palavrinha. Não se preocupem, vamos falar já, na
regra das monossílabas).

Dica – Basta que você raciocine da seguinte forma: os ditongos de som aberto não são mais
acentuados nas paroxítonas.

4º.) Quanto à terminação, as palavras serão acentuadas quando:

Daqui para frente, não esqueça: o hiato e o ditongo prevalecem sobre todas as outras
condições de acento.

a) Monossílabas = são acentuadas as tônicas terminadas em –a (s), -e(s), -o (s).

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Memorização: esta é a regra do PÁ, PÉ, PÓ, seguidas ou não de –s.
Exemplos:
1º.) más, já, vês, pós, pôs;
2º.) mas, o, cru, nu, mar;
3º.) céu.

Antes de voltarmos ao roteiro de estudo, temos de saber reconhecer a monossílaba tônica,


diferenciando-a da átona. Muitos dizem que a diferença está na pronúncia, mas se chamarmos
as monossílabas, todas ficam tônicas. Ai, gente, assim fica difícil, não é mesmo? ...Então, vamos
fazer isso ficar mais fácil:
Qual é a diferença entre de e dê?
Obviamente o primeiro é átono e o segundo é tônico, mas como diferenciá-los? Muitos me
responderiam: o primeiro é preposição e o segundo é verbo. Só que aí você teria de decorar
que os átonos são os artigos, as preposições, as conjunções e os pronomes oblíquos átonos;
as demais classes de palavras são as tônicas. Continuamos a não achar facilidade nisso. Agora,
e se dissermos para vocês que o ideal é você pensar assim: “dar” é palavra que tem sentido
próprio, digamos, pensando nela isoladamente, sozinha mesmo, continuamos a entender seu
sentido, sendo assim é tônica; enquanto “de” não tem sentido próprio, pensada isoladamente,
fica sem sentido, então é átona. Pronto, ficou mais fácil!
Sabendo isso, fica mais fácil saber por que a memorização é PÁ, PÉ, PÓ, afinal as três são tônicas
e têm terminação em –a, -e, -o. Outra coisa boa é que vamos levar esse mnemônico até o fim
da acentuação.
Seguindo esse raciocínio, voltemos ao roteiro para analisarmos os acentos das monossílabas
átonas. Primeiro, procurem a sílaba tônica, se a palavra for monossílaba e tônica, verifiquem
apenas se há um ditongo tônico e aberto – claro, hiato não haverá. Se houver o ditongo aberto
e tônico, acentuem-no. Se não houver um ditongo, verifiquem a terminação da palavra, se é
em “-a, -e, -o (s)”, sendo a terminação da palavra com uma delas, acentuem-na.
Analisemos as palavras dos exemplos.
No primeiro e no segundo grupo de palavras, confirmamos a regra das monossílabas.
Lembrem-se de que para vermos se a monossílaba é átona ou tônica, verificamos o sentido
próprio da palavra e não se ela tem som forte ou fraco:
•• más, já, vês, pós, pôs: observem que todas são tônicas → más, de meninas más, ruins, tem
sentido, é tônica e termina em –a (s); já, tem sentido de agora, é tônica e termina em –a;
vês, verbo ver, tem sentido, é tônica e termina em –e (s), de som fechado, por isso acento
circunflexo; pós, tem sentido de após, é tônica e termina em –o(s), de som aberto, acento
agudo; pôs, verbo pôr, tem sentido, é tônico e termina em –o (s), de som fechado, acento
circunflexo.

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•• mas, o, cru, nu, mar: mas, como no exemplo: Ele estudou bastante, mas não foi aprovado,
não tem sentido próprio, é átono, nem pensem em acento; o, não importa a classificação
ou o emprego, não tem sentido próprio, é átono, nem pensem em acento; cru e nu, são
palavras de sentido próprio, são tônicos, porém terminam em –u, não têm acento; mar,
tem sentido próprio, é tônico, mas termina em –r, não tem acento.
No terceiro grupo, vamos nos lembrar das condições de acento que prevalecem.
•• céu: tem sentido próprio, é monossílaba tônica, há ditongo de som aberto, que prevalece
sobre as demais condições (nem precisamos pensar nas terminações –a, -e, -o seguidas ou
não de –s), acentuamos a palavra.
Observação: Pra não recebe acento nem apóstrofo, ou seja, estão erradas as formas: prá e pr’a.

b) Oxítonas: acentuam-se as terminadas em –a (s), – e (s), – o (s), – em (ens).

Memorização: esta é a regra do PÁ, PÉ, PÓ, -EM seguidas ou não de –s, lembrando que a
terminação –em, quando seguida de –s, fica –ens.
Exemplos:
1º.) vatapá, café, cipós, refém, reféns, encontrá-la, fazê-lo, compô-lo;
2º.) talvez, urubu, tatu, saci, parti-lo, substituí-lo.

Completando nosso roteiro: primeiro, procurem a sílaba tônica e, depois, analisem se nela
aparece um hiato a ser acentuado. Se não aparecer, verifiquem se há um ditongo de som aberto.
Se não houver, analisem as terminações, começando pelas monossílabas, depois oxítonas.
Vamos novamente ver caso a caso:
•• vatapá, café, cipós, refém, reféns: observem que ao chamar por essas palavras, vocês
verificarão que todas têm a última sílaba forte e em nenhuma delas há caso de hiato ou de
ditongo a ser acentuado, assim o que resta é verificar a terminação pela regra das oxítonas.
Como todas têm terminação de oxítonas a serem acentuadas, todas têm acento. Observem,
ainda, que a terminação –em, quando seguida de –s, assume a forma –ens.
•• encontrá-la, fazê-lo, compô-lo: em cada uma das formas apresentadas, há um verbo e um
pronome, ou seja, duas palavras e, por esse motivo, devem ser analisadas separadamente.
Dessa forma, apesar de haver hífen e mencionarmos os pronomes ao procurar pela sílaba
tônica, devemos considerar que os verbos citados são palavras oxítonas terminadas em –a,
-e, -o; por isso são acentuadas.

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•• talvez, urubu, tatu, saci: reconhecendo a sílaba tônica dessas palavras, verificamos que
todas são oxítonas, porém com terminações de oxítonas que não são acentuadas, como
determina a regra. Importante lembrar que talvez não termina em –e, mas em –e seguido
de -z e, mesmo assim, muita gente quer acentuar essa palavra, está errado.
•• parti-lo, substituí-lo: que dupla, hein, gente! Como elas “pegam” as pessoas em prova.
Mas se vocês nos obedecerem, tudo dará certo, do contrário não podemos garantir nada.
Analisem conosco as duas palavras, seguindo o roteiro: sílaba tônica de parti-lo é –ti, nela
não há hiato nem ditongo que recebem acento, assim devemos considerá-la uma oxítona
terminada em –i, não leva acento; sílaba tônica de substituí-lo é –i, ops!, achamos um –i
sozinho na sílaba tônica, assim, vocês devem pensar primeiro no caso do hiato, e não, no
caso das oxítonas. Portanto, olhem para a sílaba anterior, vocês encontrarão outra vogal e
detectarão um hiato a ser acentuado, por isso essa palavra é acentuada. Daí dizermos que
os casos do hiato e do ditongo prevalecem sobre os demais casos.

c) Paroxítonas: acentuam-se as terminadas em –i(s), -us, -l, -x, -r, -ps, um (uns), -ã (s), -ão
(s), -on (s), -en (só no singular) e ditongo.

Memorização: paroxítonas são acentuadas, exceto as que terminam em – a (s), –e (s), – o


(s), – em (ens), –am → PÁ(S), PÉ(S), PÓ(S), -EM(ENS), -AM.
Exemplos:
1º.) cebola, rubrica, rabanete, coco, item, itens, hifens, polens, iam, lembram;
2º.) biquíni, vírus, móvel, ônix, açúcar, fórceps, álbum, ímã, órfão, íon, íons, hífen, água.

Nossa! As paroxítonas têm muitas terminações para serem acentuadas! Pessoal, por isso é que
é melhor estudar essas palavras, usando a lei do menor esforço: memorizem as que não são
acentuadas, isso facilita muito. No começo, pode até causar estranheza, mas treinando, vocês
verão que ficará muito tranquilo.
Completando nosso roteiro: primeiro, procurem a sílaba tônica e, depois, analisem se nela
aparece um hiato a ser acentuado. Se não aparecer, verifiquem se há um ditongo de som
aberto. Se não houver, analisem as terminações, começando pelas monossílabas, depois
oxítonas, depois, paroxítonas.
•• cebola, rubrica, rabanete, coco, item, itens, hifens, polens, iam, lembram: nesse primeiro
grupo de palavras, encontramos paroxítonas com terminações que não as fazem ser
acentuadas. É importante observarmos alguns detalhes ainda:
1) em relação à memorização, deve-se gravar as formas –em e –am assim: e, eme / a, eme.
Senão vocês confundirão o som dessas formas com o som de –en e –ã, que fazem as
paroxítonas serem acentuadas. A forma –am não é terminação de palavra, na verdade, é
a forma que o verbo pode assumir no plural, por isso não aparece seguida de –s, como em
iam e lembram;

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2) para não restar dúvida, iam é paroxítona terminada em –am, por isso não é acentuada e
se alguém estiver pensando: por que o “i” sozinho na sílaba não leva acento? Confundindo
com a regra do hiato, volte para a explicação dos hiatos e encontrará a resposta lá, pois já
falamos sobre essa palavra;
3) essas terminações que não são acentuadas, não ficam assim por acaso. Isso ocorre porque,
no final, toda vez que usamos o agudo ou o circunflexo, fazemos isso para diferenciarmos a
pronúncia das palavras:
Por que todas as proparoxítonas são acentuadas? Para serem diferenciadas das paroxítonas e
das oxítonas.
Por que coco não tem acento e cocô tem? Ainda que já tenhamos visto muita gente vender
água de côco e também de cocô, compra quem quer, não é turma? Mas, vamos lá... Por que
sabia não tem acento e sabiá tem? E tantas outras? Porque, quando a oxítona tem acento,
a paroxítona não tem. Dessa maneira, ficam diferenciadas entre si. Por isso hifens, que é
paroxítona, não tem acento; mas reféns, que é oxítona, tem.
•• biquíni, vírus, móvel, ônix, açúcar, fórceps, álbum, ímã, órfão, elétron, elétrons, hífen, água:
todas elas têm terminação de paroxítona que é acentuada, mas é importante comentarmos
alguns casos em especial:
1) Não se pode confundir terminação em ditongo com as demais que não são acentuadas:
cebola termina em –a e água termina em ditongo, assim como coco e órfão,... por isso
ocorre a diferença de acentuação de uma palavra para a outra;
2) Não se pode comparar hífen com hifens, porque o plural da palavra faz a diferença. Compare
hífen com pólen e hifens com polens, para que vocês não façam confusão. Assim, vejam
se alguém pode ter esta dúvida depois: professores, por que hífen tem acento e hifens
não? Não entendi... Claro que não. Ninguém pode ter essa dúvida depois, justamente,
porque já estamos explicando como você deve fazer as comparações de forma adequada:
sempre entre palavras que tenham realmente a mesma estrutura. Hífen e hifens são coisas
diferentes, assim como raiz e raízes...;
3) ateia, heroico, estreia, ideia: notem como essas palavras, pelo Acordo, foram deslocadas
da regra dos ditongos tônicos e de som aberto, e passaram a fazer parte da regra das
paroxítonas;
4) Prefixos paroxítonos terminados em –r e –i, normalmente, não são acentuados,
independentemente da regra, como ocorre em super e semi. Porém são acentuados
quando usados como substantivos: A máxi do orçamento abalou o futuro de muita gente. /
Ela estava usando uma míni!

d) Proparoxítonas: todas são acentuadas.


Exemplos: matemática, ínterim, sílaba, alcoólatra*.

* Não se esqueçam de que esta palavra apresenta dois “os”, portanto, no momento em que
vocês forem pronunciá-la para reconhecer a sílaba tônica, deverão pronunciar os dois. Do
contrário, haverá diferença de raciocínio.

16
Cuidado com a pronúncia: pudico, e não púdico
rubrica, e não rúbrica
ibero, e não íbero
filantropo, e não filântropo...
Completando nosso roteiro: primeiro, procurem a sílaba tônica e, depois, analisem se nela
aparece um hiato a ser acentuado. Se não aparecer, verifiquem se há um ditongo de som
aberto. Se não houver, analisem as terminações, começando pelas monossílabas, depois
oxítonas, depois paroxítonas e, por último, proparoxítonas.

4) O acento em alguns verbos

a) Nota Ortográfica
Alguns verbos, quando vão para o plural, dobram o –e, observem:
crê dê lê vê provê → à 3ª pessoa do singular
↓ ↓ ↓ ↓ ↓
creem deem leem veem proveem → à 3ª pessoa do plural

Memorização: verbos que dobram o e no plural: CREDELEVEPROVÊ.

Dos quatro primeiros verbos acima, surgem os derivados que seguem as mesmas condições de
grafia.
Exemplo: reler (derivado de ler) – ele relê / eles releem → como o verbo ler, seu primitivo,
dobra o –e em terceira pessoa do plural, reler também faz isso.

17
b) Acentuação

verbos presente 3ª pessoa do singular 3ª pessoa do plural


tem – monossílaba tônica têm – acento diferencial: diferencia o plural
ter
terminada em –em. do singular.
vem – monossílaba tônica vêm – acento diferencial: diferencia o plural
vir
terminada em –em. do singular.
vê – monossílaba tônica
ver terminada em –e / som veem (Acordo)
fechado.
contêm – oxítona terminada em –em /plural
contém – oxítona terminada = acento diferencial.
conter
em -em / singular. Obs.: não dobra o –e, porque é derivado do
verbo ter, que não dobra o –e.
convêm – oxítona terminada em –em/ plural
convém – oxítona terminada = acento diferencial.
convir
em –em/singular. Obs.: não dobra o –e, porque é derivado do
verbo vir, que não dobra o –e.
revê – oxítona terminada reveem Obs.: dobra o –e, porque é derivado
rever
em –e/ som fechado. do verbo ver.

As palavras forma/fôrma têm acento diferencial, mas é faultativo o seu emprego; a


Academia explica que isso serve para evitar ambiguidade, quando as duas palavras forem
empregadas em uma mesma frase: A forma da fôrma é oval.

É bom saber:
Devemos considerar a tonicidade da última palavra para fazermos a classificação dos nomes
compostos. As demais palavras que constituem o nome são consideradas átonas: guarda-civil
→ oxítona / amor-perfeito → paroxítona.
O til das palavras primitivas é mantido apenas nas derivadas que apresentam o sufixo –mente
ou antes do sufixo iniciado pelo –z: irmãmente, leõezinhos, oraçõezinhas.

18
Resumindo

Agudo e circunflexo: somente nas sílabas tônicas, nos casos de:


a) Hiatos → acentuam-se -i, -u (exceto se seguidos –nh);
b) Ditongos → tônicos e de som aberto -éi, -ói, -éu (s)somente em oxítonas e monossílabas.
c) Monossílabas → PÁ, PÉ, PÓ (s);
d) Oxítonas → PÁ, PÉ, PÓ (s), -EM (ens);
e) Paroxítonas → não são acentuadas: PÁ, PÉ, PÓ (s), -EM (ens), -AM;
f) Proparoxítonas → todas são acentuadas.

Alguns verbos e a acentuação

verbos presente 3ª pessoa do singular 3ª pessoa do plural


ter tem têm
vir vem vêm
ver vê veem
conter contém contêm
convir convém convêm
rever revê reveem

Vamos pôr o conhecimento à prova? Como isso é pedido em prova e como resolver a questão?
Vocês devem ler a questão, respondê-la e somente DEPOIS conferir se o seu raciocínio deu
certo e bateu com o gabarito. As resoluções das questões estão logo depois delas e não vale
colar.

19
QUESTÕES

1. Inédita / Adaptada
No texto abaixo, de autoria de Mário Quintana e reproduzido com adaptações, os itens em
algarismos romanos referem-se aos termos em negrito que os antecedem. Julgue-os com
relação ao emprego dos vocábulos e das expressões quanto à sintaxe de construção do período
e à grafia.
O milagre
Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia
e do lábio amigo brotam palavras de eterno encanto.
Dias mágicos em que os burgueses espiam,
através das vidraças dos escritórios,
a graça gratuíta das nuvens.
O vocábulo gratuíta está corretamente acentuado, pois trata-se da formação de um hiato, cuja
segunda vogal é o “i”.
( ) Certo   ( ) Errado

2. CESPE – SEBRAE – Trainee – 2009


Em “reúne” (l.14), o sinal gráfico marca a ocorrência da vogal como sílaba tônica, separada da
vogal anterior; mas palavras da mesma família, como reunião e reunir, não precisam de acento
gráfico, pois, nestes casos, a vogal u não ocorre como sílaba tônica.
( ) Certo   ( ) Errado

3. (INÉDITA / ADAPTADA)
Na linha 6, a forma “rastreá-lo” tem acento, pois trata-se de uma oxítona terminada em a, e
isso ocorre devido ao fato de o verbo terminar em “r”, rastrear, que, para poder ser seguido do
pronome oblíquo átono o, fica sem o “r” final e o pronome tem o acréscimo de “l” graças aos
efeitos fonéticos dessa relação entre o pronome e o verbo.
( ) Certo   ( ) Errado

20
5. UnB/CESPE – TRE/BA – todos os cargos de nível superior – 2010
Nas palavras “referência” e “espécie”, o emprego do acento atende à mesma regra de
acentuação gráfica.
( ) Certo   ( ) Errado

5. (Técnico Administrativo – TRE / MG-2009 - CESPE) Adaptada


Obedecem à mesma regra de acentuação gráfica os vocábulos “pérola”, “derruída” e “visível”.
( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE / TRE / AP - 2007) - ADAPTADA


Considerando o texto, julgue os itens abaixo com referência ao emprego das classes de palavras
e à acentuação gráfica.
C) Os vocábulos a seguir são acentuados porque são palavras proparoxítonas: “números”,
“créditos”, “públicas”, “elétrica” e “técnica”.
( ) Certo   ( ) Errado
D) No texto, são acentuados por serem paroxítonos terminados em ditongo os seguintes
substantivos abstratos: “órgão”,“área”, “agrária”, “famílias” e “período”.
( ) Certo   ( ) Errado

7. (CESPE / ADAGRICE / Fiscal Est. / 2009)


Com relação ao texto acima, julgue os itens a seguir.
Nas palavras “fitoterápico” (l.2), “líquido” (l.3) e “álcool” (l.5), foi empregada a mesma regra de
acentuação gráfica.
( ) Certo   ( ) Errado

8. (UnB/CESPE – IBAMA – Analista ambiental – 2009)


As palavras “amazônico” e “viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
( ) Certo   ( ) Errado

21
9. (CESPE / TER / MT – 2004)
1  A Semana de 22 marcou o início da afirmação cultural brasileira. N os anos 30 há um intenso
processo de construção do imaginário nacional, mesmo com um certo viés autoritário.
 A importância histórica dessa construção fica clara no pós-guerra até o período JK , quando a
exaltação do país passa ser feita por todos, de músicos a esportistas.
 O subdesenvolvimento é como a miséria. Mais do que a falta d e recursos, é um estado de
espírito, uma baixa auto-estima que impede pessoas e nações de terem vontade da superação.
7  A parcela internacional-provinciana do país é restrita, sem expressão política e econômica e
sobreviverá por mais algum tempo, enquanto tiver serventia para os efetivamente poderosos.
Haverá erro gramatical no texto III, caso se substitua “sem expressão” (l.7) por não têm
expressão.
( ) Certo   ( ) Errado

10. UnB/CESPE – TCU Analista de Controle Externo – 2008


(...) é totalmente coerente com as premissas da ideologia econômica que têm se afirmado
como a forma dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos,
aproximadamente. (...)
Na linha 24, a forma verbal “têm”, em “têm se afirmado”, estabelece relação de concordância
com o termo antecedente “ideologia”.
( ) Certo   ( ) Errado

GABARITO
1. E 2. C 3. C 4. C 5. E 6. C E 7. C 8. E 9. C 10. E

22
RESOLUÇÕES:

I – ERRADO – Aparentemente, a questão está correta; entretanto, o acento não está


devidamente empregado, pois na sílaba “tui” de gratuita não há a formação de hiato, mas
sim de ditongo, como vimos no decorrer da aula. Dessa forma, a grafia correta seria gratuita.
Neste caso, você teria de saber a correta pronúncia da palavra para reconhecer a sílaba tônica
verdadeira. O item está, portanto, errado.
II – CERTO – Observem como, nesta questão, o CESPE trabalhou com o conceito do hiato
acentuado, pois vimos que esta condição de acento só ocorre para diferenciar o “u” tônico
(vogal) do “u” átono (semivogal) – bem como diferenciar o “i” -, distinguindo, ao mesmo tempo,
o ditongo do hiato nas sílabas tônicas. Assim, se tais formações não estão na sílaba tônica, não
serão acentuadas.
Para resolver a questão com praticidade, façam apenas o reconhecimento do que o examinador
falou:

Ô re-úúúúú-ne Ô reu-ni-ãããão Ô re-u-niiiiiir

   

Observem que, de fato, em “reúne” o “u” está na sílaba tônica e, na sílaba anterior há uma outra
vogal, sendo assim ocorreu a formação de um hiato que é condição para o emprego do acento.
Em “reunião”, a sílaba tônica é “ão”, logo o “u” não está na sílaba tônica e não há motivo, então,
para ele ser acentuado. E, finalmente, em “reunir”, a tônica é “nir”, portanto o “u” também não
está na sílaba tônica e não há motivo para ele ser acentuado. Item correto.
III – CERTO – “Rastreá-lo”, como vimos agora há pouco, apresenta um verbo e um pronome,
logo duas palavras, uma trissílaba e uma monossílaba respectivamente. Quando os verbos
terminam em –r, -s ou –z e são seguidos dos pronomes “o” ou “a”, no singular ou no plural,
perdem essas consoantes e os pronomes recebem o “l” para a formação da eufonia (bom som)
da palavra. Nesse caso, a forma “rastrear” perdeu o “r” e tornou-se uma oxítona terminada em
“a”, portanto deve ser acentuada. Item correto.
Obs.: É bom lembrar que o CESPE adora “misturar” conhecimento em um item apenas, como
nessa questão, em que foi cobrada a acentuação gráfica, bem como o emprego dos oblíquos
“a” e “o” junto dos verbos.
IV – CERTO – Quando esse tipo de questão aparecer, pensem “Que fácil! Ponto ganho!”, pois
mesmo que vocês não se lembrem das regras, tenham apenas uma vaga Lembrança, ainda
assim é possível acertar sem medo. Comparem as palavras postas na questão, reconhecendo
nelas a sílaba tônica, como estamos fazendo no decorrer de toda a aula, e observem se nela há
algum caso de hiato ou ditongo:

Ô re-fe-rêêêêên-cia Ô es-péééé-cie

23
Não há nenhum dos dois casos?! E as palavras não são monossílabas? Então só resta pensar:
são paroxítonas e as duas terminam com encontro vocálico, terminam em ditongo. Portanto,
são acentuadas pelo mesmo motivo; o item está correto.
V – ERRADO – Vamos proceder da mesma forma para resolver esta questão:

Ô péééé-ro-la Ô der-ru – ííííí - da Ô der-ru – ííííí - da

   

Vamos lá! Pessoal, é visual: “pérola” é proparoxítona, sem caso de hiato ou de ditongo a ser
acentuado, bem diferente das outras duas. O item está errado, não é mesmo?
Em “derruída”, há um caso de hiato, vejam o “i” sozinho na sílaba tônica antecedido de outra
vogal. E “visível” é uma paroxítona terminada em –l; notem que na sílaba tônica não há caso de
hiato nem de ditongo.
VI – C) CERTO – Vocês ainda se lembram de como se resolve questão desse tipo? Primeiro, vocês
devem reconhecer a sílaba tônica de cada uma e comparar suas características. Já sabem como
fazer isso, basta chamar pela palavra e verão que “números”, “créditos”, “públicas”, “elétrica” e
“técnica” são proparoxítonas. Item correto.
D) ERRADO – Este item é para ser resolvido em um segundo: notem que “órgão”,“área”,
“agrária” e “famílias” terminam em ditongo, mas “período” não. Além disso, o item diz que tais
palavras são substantivos abstratos, mas “agrária” é adjetivo. Já sabemos, então, que o item
está incorreto.
As quatro primeiras palavras são paroxítonas terminadas em ditongo e, como vimos, todas elas
são acentuadas, já “período” é uma proparoxítona. “Órgão” (no texto da prova, tratava-se do
INCRA) e “período” são substantivos abstratos; “agrária” é um adjetivo; “área” e “famílias” são
concretos.
VII – CERTO – Pessoal, como dissemos, este tipo de questão é bem típico do CESPE e vocês já
sabem como resolver: as palavras “fi-to-te-rá-pi-co”, “lí-qui-do” e “ál-co-ol” são proparoxítonas.
Item correto. Já perceberam como a Banca gosta de proparoxítonas e de palavras que têm
ditongos? Fiquem atentos.
VIII – ERRADO – Já chamaram pelas palavras a serem analisadas? “A-ma-zô-ni-co” é uma
proparoxítona, mas “vi-ú-va”, se vocês não percebessem que se trata de um caso de hiato
(observem o “u” sozinho na sílaba tônica, precedido de outra vogal), ainda assim, daria para
vocês acertarem a questão, pois é uma palavra paroxítona, diferente da primeira. Item errado.
IX – CERTO – Quando se trata de analisar o comportamento de um verbo, não se esqueçam,
procurem primeiramente o sujeito, afinal quem manda é ele. O Nélson discorda, mas acredito
ser natural isso acontecer, pois o verbo é como um marido, ou seja, é quem obedece, e o sujeito
é como esposa, portanto quem manda, não é verdade, meninas?!
Assim, o primeiro passo para resolver esta questão é reconhecer o sujeito, pois a questão pede-
nos para que avaliemos a inserção do verbo “ter” no texto, flexionado no plural. Sendo assim,
perguntemos ao verbo: quem é que não tem expressão? De acordo com o texto é A parcela
internacional-provinciana do país. Se o sujeito está no singular, parcela, então haverá erro se o
verbo “ter” for flexionado no plural neste contexto. Item correto.

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X – ERRADO – Pessoal, essa estava fácil! Notem que a forma verbal “têm” está acentuada para
evidenciar sua flexão no plural, logo não pode ter como sujeito o termo ideologia, que está no
singular. A concordância do verbo foi feita com premissas. Item errado.

Acentuação não é uma coisa fácil, gente?!


Até a próxima aula, pessoal!

Tchau!!

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