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Retrospectiva 2011
Elegemos os principais eventos que marcaram o mundo dos games em 2011, um ano
marcante para a indústria
Relembramos os 10 principais eventos que balançaram a indústria dos videogames neste ano
Parece que foi ontem que a edição de 2011 da E3 acabou e os grandes títulos começaram a aquecer os
motores para os excelentes lançamentos de 2011. Parece que foi ontem que o Project Café virou Wii U,
parece que foi ontem que a Microsoft não produzia seus consoles no Brasil.
Mas não foi. Tudo isso se espalhou por 2011, um ano que teve alguns dos maiores lançamentos da
história dos games, alguns clássicos, novos portáteis, novos consoles anunciados, e toda uma gama de
marcos históricos e fracassos. Relembramos os 10 principais eventos que balançaram a indústria dos
A PlayStation Network tem uma diferença crucial quando comparada à Xbox Live, da Microsoft: é gratuita.
Mesmo assim, o serviço causou uma grande dor de cabeça para os jogadores em abril de 2011, com uma
invasão de um grupo de hackers, chamados de Anonymous, que derrubou a rede da Sony por mais de
um mês.
A situação voltou relativamente ao normal apenas no começo de junho, quando a gigante japonesa
conseguiu restaurar o serviço em quase todos os territórios e trouxe aos jogadores afetados pela queda
na PSN alguns jogos para download, entre outros benefícios. Desde então, hackers já chegaram a
ameaçar a Xbox Live e a roubar algumas informações privadas no Steam, mas nada se compara ao
Parece inacreditável, mas 2011 foi o ano no qual “Duke Nukem Forever”, o “Chinese Democracy” dos
assim, a lenda que dava sentido a termos como vaporware finalmente se tornou realidade.
Anúncio do Wii U
Quando o mundo soube dos primeiros rumores envolvendo o Project Café, em abril, os boatos
envolvendo uma espécie de reboot HD do Wii não eram novidades. O papo que circulava ainda em 2010
era de que a Big N relançaria o Wii com uma saída HDMI e um drive de Blu-Ray. Reggie Fils-Aimé e
Em junho, durante a conferência da Nintendo na E3, o Project Café desapareceu e, em seu lugar, surgiu o
Wii U, um console HD que utiliza um controle que mistura o design tradicional dos joysticks com tablets. O
Wii U foi recebido de forma cautelosa, mas é inegável que a Nintendo deu um golpe severo no conceito
compreensivelmente, tinha altas expectativas para o 3DS, um portátil com duas telas e tecnologia 3D sem
a necessidade de óculos. O 3D, surpreendendo os céticos, até funciona bem (ainda que, dependendo do
jogo, seja um pouco sensível demais aos movimentos do jogador), mas mesmo assim, o portátil não
decolou.
O lançamento, em fevereiro, bateu recordes e tudo parecia brilhante para a Nintendo, mas nos meses
seguintes, a procura foi diminuindo e as vendas começaram a não bater as metas. A fraca biblioteca
inicial de títulos não conseguiu atrair jogadores menos ávidos por novidades e a situação só começou a
melhorar quando remakes de peso, como “Star Fox 64” e “The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D”
chegaram às lojas, e quando a Big N cortou o preço do portátil. O 3DS tem o desafio de ter um 2012 mais
Essa notícia é fresca das manchetes, mas parece que 2011 não foi o ano de sorte para quem ama
portáteis. Relatos de que o PS Vita está com diversos problemas de firmware no Japão estão pipocando
em todos os cantos, o que pode atrasar ou prejudicar o lançamento ocidental do novo portátil da Sony.
Os jogadores estão experimentando telas de toque que não funcionam, telas que travam e outros
Ninguém duvidava que “Modern Warfare 3” seria um game excelente para os bolsos da Activision, mas
não era todo mundo que acreditava que a série bateria o recorde de vendas da indústria de games pelo
terceiro ano consecutivo. “MW3” é, agora, o produto de entretenimento que gerou US$ 1 bilhão mais
rápido.
Com isso, veio o inevitável chororô dos detratores da franquia, que se uniram nos fóruns de sites de
notícias e no Metacritic e atacavam a mesmice do game, quando comparado aos outros da série. Mesmo
com milhões de compradores e jogadores ávidos, “MW3” pode ser o jogo mais odiado da geração.
Xbox 360 passa a ser fabricado no Brasil
Notícia boa para quem ainda torce pelo Brasil se tornar um gigantesco pólo de games, um público que
provavelmente inclui todos os jogadores brasileiros. A Microsoft deu mais um passo na sua estratégia
O que isso significa para o brasileiro? De cara, um corte significativo dos preços, mas mais facilidades na
assistência técnica e certa garantia de que a empresa está investindo de forma constante no país e que
não deve ser uma moda passageira. Ainda falta muito, incluindo a mesma atitude da Sony.
World of Warcraft em português
O massivo colosso da Blizzard não é novidade para os brasileiros, mas a empresa, mostrando interesse
no mercado local, trouxe oficialmente o jogo para o Brasil, totalmente traduzido e com modos de
pagamento diferenciados, como boleto bancário. O game, que conta com mais de dez milhões de
jogadores no mundo todo, ganhou servidores próprios no Brasil, que lotaram rapidamente.
Skyrim entra na cultura pop
“The Elder Scrolls V: Skyrim” é um jogo gigantesco, cheio de nuances, profundamente calcado em RPGs
fantásticos. Era de se esperar que a crítica se ajoelhasse diante do game e que ele se tornasse um
clássico contido.
O que não estava nos planos é que o jogo fosse tomar de assalto a cultura pop e dominar a lista de mais
vendidos em alguns territórios, mesmo encarando a brutal competição de novembro. “Skyrim” se tornou o
game mais vendido no Steam e ainda criou um “meme” de internet, envolvendo a frase “Eu costumava
ser um aventureiro... até tomar uma flechada no joelho”, um trecho repetido aleatoriamente por diversos
É cada vez menos raro um game entrar de cabeça no mundo pop, mas é ainda mais raro um RPG tão de
Mesmo com “Call of Duty” vendendo oito cópias até para a sua vó e Skyrim se tornando um banco de
referências cômicas questionáveis na internet, 2011 pode ser lembrado como o ano de “Minecraft”, o
queridinho indie que é parte survival horror, parte Lego e parte devaneio artístico.
O USG, ou User Generated Content está ganhando força, com suporte dos estúdios, em jogos como
“inFamous 2” e “LittleBigPlanet”, mas “Minecraft” faz disso sua mecânica central e sua fronteira final.
fortalezas rapidamente se alternando com a necessidade de construir, de bloco em bloco, um Link estilo 8
bits do tamanho de uma montanha. O estilo pixel art e a jogabilidade que depende de certa obsessão
tornam o game difícil de recomendar para todos, mas “Minecraft” é um dos games mais revolucionários
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