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Em “Práticas Religiosas e cultura material á sombra da clandestinidade”,

Agostini (2011) estuda o sítio arqueológico São Francisco que, localizado em


encosta íngreme, é caracterizado por forte aspecto cerimonial e/ou religioso,
que associado às representações fálicas indicariam a realização de cerimônias
oficiosas “protegidas” pela implantação paisagística de difícil e cobertura da
vegetação. (sincretismo com culto português de São Gonçalo, repleto de
conotações sexuais). (Anais do XXVI Simpósio Nacional de História –
ANPUH, julho de 2011).

A importância desta variável locacional dos sítios cerimoniais parece em outro


trabalho de Agostini (2002) – “Entre senzalas e quilombos: comunidades do
mato” em Vassouras dos oitocentos”- onde destaca a importância das
“comunidades do mato” , especificamente o local de culto umbandista
conhecido como Pedra de João Moleque/Caboclo Pena Preta (fazenda Galo
Vermelho) como exemplo de espaços de liminaridade entre o cativeiro e
ilegalidade que contribuíram para a formação de um campesinato rural na
época do cativeiro e na integração entre população africana e
afrodescendente(majoritariamente cativa) e luso-brasileira(comunidades de
lavradores de roça livres e pobres). Apresenta vestígios arqueológicos sobre as
áreas de culto nas matas e seus significados, incluindo relatos orais e
informações botânicas sobre propriedades medicinais de espécies vegetais. A
mata é apresentada não apenas como espaço onde para provisão de recursos
naturais ou refúgio, mas como uma paisagem integrada à vida cotidiana e
associada à mitologia quilombola(formações rochosas).
Citado o estudo de Slenes sobre um plano de revolta dos escravos em
Vassouras no ano de 1848 e capitaneado por uma sociedade secreta chamada
Ubanda, Agostini insere o estudo de áreas culto da PJM num contexto mais
amplo de gestação da umbanda no sudeste, enquanto movimento religioso
ligado às mudanças pelo qual passavam africanos e afrodescendentes da
experiência do cativeiro e da liberdade.

Carvalho (2011) mantém o foco sobre a relação entre paisagem arqueológica e


religiosidade de matriz africana, destacando áreas remanescentes de quilombo
(quilombo do Boqueirão, Vila Bela- MT, Vale do Guaporé) mediante
interpretação de dados etnográficos e arqueológicos da paisagem
(etnoarqueologia). Relaciona a organização sócio espacial desta comunidade e
sua percepção da paisagem (por eles mesmos) com o universo simbólico do
passado africano tradicional. Através da análise da paisagem dos quintais
vilabelenses do passado e do presente disseca o papel de certas plantas com
significado simbólico similar às religiões de matriz africana( mangueira=
descarrego, etc) Anais XXVI Simpósio Nacional de História ANPUH. SP,
julho 2011.

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