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June 6, 2018
Quando pensamos em teoria das decisões podemos distinguir ações
e consequências. Uma ação é escolhida que gera uma consequência.
Quando pensamos em teoria das decisões podemos distinguir ações
e consequências. Uma ação é escolhida que gera uma consequência.
A ideia é que um indivíduo racional tem preferências definidas sobre
consequências e deve escolher as ações que levam às consequências
preferíveis.
Quando pensamos em teoria das decisões podemos distinguir ações
e consequências. Uma ação é escolhida que gera uma consequência.
A ideia é que um indivíduo racional tem preferências definidas sobre
consequências e deve escolher as ações que levam às consequências
preferíveis.
Até agora a distinção entre ações e consequências foi irrelevante já
que cada ação levava a uma consequência de forma determinística.
O propósito desta aula é o de considerar situações em que a relação
é estocástica.
I Tentar utilizar a teoria do consumidor que já conhecemos
I Primeira pergunta: Qual o objeto de escolha?
I Preferências sobre distribuições de probabilidade de obter
cestas diferentes de bens
I Diferentes resultados de um evento aleatório como estados da
natureza
I Plano de consumo contingente como uma especificação do que
seria consumido para cada realização possível da natureza
I Pessoas têm preferências sobre esses planos de consumo
contingente exatamente como têm pelos consumos em si
I Podemos representar as preferências por planos de consumo
contingente por meio de u(c(s1 ), c(s2 ))
I No entanto, seria razoável supor que as preferências
dependessem da probabilidade de ocorrêcia de cada uma
dessas contingências, u(c(s1 ), c(s2 ), π1 , π2 )
I Uma forma particularmente conveniente é
A ≡ α ∈ [0, 1] : αL + (1 − α) L0 % L00
B ≡ α ∈ [0, 1] : αL + (1 − α) L0 - L00
A ≡ α ∈ [0, 1] : αL + (1 − α) L0 % L00
B ≡ α ∈ [0, 1] : αL + (1 − α) L0 - L00
U (L) = u1 π1 + u2 π2 + ... + uN πN
Teorema
Uma função utilidade U : £ → R é uma utilidade esperada se e
somente se é linear em probabilidades, i.e., se
P P
K K
U k=1 αk Lk = k=1 αk U (Lk )
n
X n
X
0
L L ⇐⇒ πn un ≥ πn0 un
n=1 n=1
Teorema
Seja uma função utilidade esperada U : £ → R que representa a
relação de preferências sobre £. Então, Ue (L) : £ → R é uma
outra função utilidade esperada que representa a mesma relação de
preferências se e somente se existem escalares β > 0 e γ tais que
U
e (L) = βU (L) + γ.
Note que se U e Ũ = βU + γ são representações de utilidade
esperada das preferências do indivíduo então,
´
então pelo fato de u (·) ser crescente ydF (y) ≥ c (F, u) , donde
(i) implica em (iii). Isto mostra a equivalência entre (i) e (ii).
Agora,
´ a desigualdade
´ de Jensen, garante que
u ydF (y) ≥ u (y) dF (y) ∀F se e só se u (·) fofrcôncava.
Portanto (ii) e (iii), (e, conseqüentemente, (i)) são equivalentes.
Quanto a (iv), note que
ˆ
P = ydF (y) − c (F, u) ,
1
0 < u (x) − [u (x + ε) + u (x − ε)] =
2
π (x, ε, u) [u (x + ε) − u (x − ε)] .
Como u (x + ε) − u (x − ε) > 0, temos que π (x, ε, u) > 0. Donde,
(i) implica em (v). Finalmente, suponha π (x, ε, u) > 0.
Defina y 0 = x + ε e y 00 = x − ε, então π (x, ε, u) > 0 implica em
1 1 1 0 1 00
u y 0 + u y 00 < u
y −ε + y +ε =
2 2 2 2
1 0 1 00
u y + y ,
2 2
e 2
u001 (x) = ψ 00 (u2 (x)) u02 (x) + ψ 0 (u2 (x)) u002 (x)
o que implica em
onde E [ε̃] = 0.
Usando uma expansão de Taylor em torno de k = 0, podemos,
reescrever g (k) como
1 u00 (x) 2 2
g (k) ' g (0) + g 0 (0) k + g 00 (0) k 2 = − 0 E ε̃ k , (3)
2 u (x)
E [u (x (1 + kε̃))] = u (x (1 − g (k))) ,
1 u00 (x) x 2 2
g (k) ' g (0) + g 0 (0) k + g 00 (0) k 2 = − 0 E ε̃ k ,
2 u (x)
u00 (xi ) 2 2
gi (k) ' − E ε̃ k .
u0 (xi )
Portanto, 00
u (x)
∂x − 0 ≤0
u (x)
se e somente se
u000 (x)
00
u (x)
− 00 − − 0 ≥0
u (x) u (x)
ou
℘ (x, u) ≥ rA (x, u) ,
onde ℘ (x, u) é o coeficiente de prudência.
Funções do tipo CARA (aversão absoluta ao risco costante) são
e−αx
u (x) = − .
α
Funções do tipo CRRA (aversão relativa ao risco constante) são
x1−γ − 1
u (x) = para γ 6= 1 e u (x) = log x para γ = 1.
1−γ
Mais geralmente definimos as funções do tipo HARA (aversão
absoluta ao risco harmônica) como aquelas que exibem tolerância
ao risco linear na renda.
x 1−γ
u (x) = ζ η +
γ
De fato,
x −γ x −γ−1
0 1−γ 00 1−γ
u (x) = ζ η+ e u (x) = −ζ η+ ,
γ γ γ γ
donde,
−1
x x
rA (x, u) = η+ =⇒ τ (x, u) = η + .
γ γ
Tolerância ao risco está associada à repartição ótima de risco entre
os agentes.
Funções do tipo HARA definem regras de repartição ótima de risco
relativamente simples.
Tem-se ainda
x −1
rR (x, u) = η + x
γ
Portanto, é possível ver que se η = 0, rR (x, u) = γ. A classe de
funções CRRA está contida na classe HARA. Similarmente, se
fizermos γ −→ ∞, rA (x, u) = 1/η, e a função converge para uma
CARA
Preferências sobre Renda ou sobre Cestas de Consumo?
u λx1 + (1 − λ) x2 ≥ λu x1 + (1 − λ) u x2 ∀x1 , x2 ∈ X
maxx u (x)
ũ (y) = v (p, y) ≡
s.t. p · x ≤ y
Tome, então a cesta xλ = λx1 + (1 − λ) x2 e note que
ũ y λ ≥ u xλ ≥ λu x1 + (1 − λ) u x2 =
λũ y 1 + (1 − λ) λũ y 2 ,
onde y λ = λy 1 + (1 − λ) y 2 .
A primeira desigualdade, resulta do fato de
λpx1 + (1 − λ) px2 ≤ λy 1 + (1 − λ) y 2 , o que implica em xλ ser
viável aos preços p e renda y λ . A segunda desigualdade vem da
concavidade de u e a última igualdade vem do fato de x1 e x2
serem escolhas maximizadoras de utilidade.
Dominância Estocástica
U (G) ≡
ˆ ˆ ˆ
u (x + zx ) dG (x + zx ) u (x + zx ) dHx (zx ) dF (x) ≤
ˆ ˆ
≤ u (x + zx ) dHx (zx ) dF (x)
ˆ
= u (x) dF (x) ≡ U (F )
Teorema: Considere duas distribuições F e G que têm a mesma
média. As seguintes afirmações são equivalentes:
i) F domina estocasticamente em segunda ordem G.
ii) G é um mean-preserving spread de F.
iii) ˆ ˆ
x x
G (t) dt ≥ F (t) dt, para todo x.
0 0
Demonstração: Já havíamos visto que 1 ⇐⇒ 2. Agora defina
ˆ x
F 1
A (x) ≡ ´ x F (t) dt,
x F (x) dx x
ˆ x
G 1
A (x) ≡ ´ x G (t) dt e
x G (x) dx x
φ (x) ≡ −u0 (x)
e ˆ x ´x
G (t) dt ≥ x F (t) dt ∀x
x
Se u é côncava,
ˆ x
u0 (x) [G (x) − F (x)] dx =
x
ˆ x∗ ˆ x
0
u (x) [G (x) − F (x)] dx + u0 (x) [G (x) − F (x)] dx ≥
x x∗
ˆ x∗ ˆ x
u0 (x∗ ) [G (x) − F (x)] dx + u0 (x∗ ) [G (x) − F (x)] dx =
x x∗
ˆ x
0 ∗
u (x ) [G (x) − F (x)] dx = 0.
x
Paradoxo de Rabin
Considere um agente que tenha função utilidade crescente e
(fracamente) côncava. Perguntamos: você aceita uma loteria com
50% de chance de ganhar 11 e 50% de chance de perder 10?
Suponha que o agente rejeite essa loteria para todos os níveis de
renda, i.e.,
Isto implica em
u (w + 11) − u (w)
u0 (w + 11) ≤
11
10 u (w) − u (w − 10) 10
< ≤ u0 (w − 10) ,
11 10 11
as propriedades de uma função côncava implicam as desigualdades
fracas.
Posso repretir a relação para uma loteria onde o nível inicial de
renda, w0 é w + 21 e mostrar que
10 0 10 10 0
u0 (w + 32) < u (w + 11) < × u (w − 10) ,
11 11 11
Ou seja, repetindo o procedimento n vezes, temos
n
0 10
u (w − 10 + n × 21) < u0 (w − 10) .
11
Posso repretir a relação para uma loteria onde o nível inicial de
renda, w0 é w + 21 e mostrar que
10 0 10 10 0
u0 (w + 32) < u (w + 11) < × u (w − 10) ,
11 11 11
Ou seja, repetindo o procedimento n vezes, temos
n
0 10
u (w − 10 + n × 21) < u0 (w − 10) .
11
x1 = 0; x2 = 50; x3 = 250,