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Sumário

3. Noções de Economia e Finanças................................................................3


3.1 Conceitos Básicos de Economia............................................................3
3.1.1 Indicadores Econômicos..................................................................3
3.1.2 COPOM: finalidade e atribuições.....................................................8
3.2 Conceitos Básicos de Finanças..............................................................9
3.2.1 Taxa de Juros Nominal e Real..........................................................9
3.2.2 Taxa de Juros Proporcional X Equivalente....................................11
Exercícios:................................................................................................. 12
3.2.3 Capitalização simples x Capitalização composta..........................13
Capitalização simples............................................................................ 13
3.2.4 Índice de referência (benchmark) aplicado a produtos de
investimento.......................................................................................... 14
3.2.5 Volatilidade - conceito...................................................................15
3.2.6 Prazo Médio Ponderado de uma carteira de títulos - Duration......15
3.2.7 Marcação a Mercado como valor presente de um fluxo de
pagamentos........................................................................................... 17
3.2.8 Mercado Primário e Mercado Secundário......................................17

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3. NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS

3.1 Conceitos Básicos de Economia

3.1.1 Indicadores Econômicos


Indicadores econômicos são medidas de desempenho utilizadas para
medir o desenvolvimento de uma economia. Os indicadores mais utilizados
são aqueles que medem:
 O crescimento da produção de uma economia (PIB);
 As taxas que medem o aumento de preços e a desvalorização da
moeda (índices de inflação, destacando-se o IPCA e o IGP-M);
 As taxas de conversão de moedas entre si (taxa de câmbio – PTAX);
 As taxas básicas de remuneração do capital utilizadas no mercado
financeiro - taxas Selic (over e meta), taxa DI e TR.

3.1.1.1 PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador que procura expressar


em um único número o valor da produção de todos os bens finais e serviços
produzidos dentro das fronteiras de um país num determinado ano.
Quando falamos em bens, nos referimos aos bens finais pois já incluem os
bens intermediários. Exemplo: o carro é um bem final, que inclui os pneus
que é um bem intermediário. O importante é não haver dupla contagem. Da
mesma forma, contamos o valor do pão, que já inclui o valor do trigo que foi
usado em sua produção.
Na prática essa dupla contagem é evitada quando usamos o conceito de
valor adicionado: a cada estágio de produção somente o valor adicionado ao
bem é considerado no cálculo do PIB. Seguindo esse processo, no final
veremos que a soma dos valores adicionados a cada estágio de produção
será igual ao valor do produto final.

Quadro 1 – PIB (valor adicionado)

3
Terminada a conta descrita acima, teremos um valor em reais, que é
chamado de PIB nominal. No entanto, a avaliação deve ser realizada pelo
PIB real, que é o PIB nominal menos a inflação.
O PIB também pode ser medido pela ótica da produção ou do
dispêndio.
Pela ótica da produção temos três setores: o setor agropecuário (que
engloba a produção agrícola e pecuária), o setor da industrial e o setor de
serviços (que engloba o governo, transportes, comercio etc.).

Pela ótica do dispêndio, o PIB é C+I+G+X-M


formado por:

Ou seja:
Consumo + investimentos + gastos do governo + (exportações –
importações)

O crescimento real do PIB, quadro 3, desconta a inflação medida pelo


IPCA. O PIB, um dos principias indicadores econômicos, sinaliza, mediante
sua evolução, o nível da economia de um país. O Brasil, por exemplo, está
em torno da 8ª. colocação entre os maiores PIB do mundo em US$.

3.1.1.2 ÍNDICES DE INFLAÇÃO (IPCA E IGP-M)

Inflação é o aumento consistente e indiscriminado de preços,


acompanhado de consequente perda do poder aquisitivo da moeda. Mede o
acréscimo percentual médio nos preços dos bens e serviços produzidos pela
economia.

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A inflação no Brasil é acompanhada por vários índices em função dos
diversos setores na economia, dos diferentes agentes econômicos e dos
momentos distintos de aquisição de bens e serviços, por exemplo, varejo e
atacado.
Os principais índices levantados são: IPCA e IPG-M. Qualquer que seja
o índice escolhido, a taxa resultante é apurada pela seguinte equação:

Inflação = [(índice na data 1/índice na data 0) – 1]*100

a) IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

O IPCA é a inflação oficial do Brasil, medida pelo IBGE. Consideras


famílias com rendimentos mensais entre 1 e 40 salários mínimos. Os preços
obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor para pagamento a
vista. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores
de serviços, domicílios e concessionárias de serviços públicos nas regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São
Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do
município de Goiânia.
O IPCA é o índice oficial do governo, funcionando como parâmetro
para o sistema de metas inflacionárias desde julho/99.

b) IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) reflete a evolução de


preços de atividades produtivas e o movimento das operações de
comercialização no atacado, no varejo e na construção civil. É a média
ponderada de três índices:
 Índice de Preços por atacado (IPA-DI) – peso 6 (todas as capitais)
 Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – peso 3 (famílias de 1 a 33 SM)
 Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – peso 1 (12 capitais)

O período de apuração vai do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do


mês de referência, divulgado no último dia útil de cada mês.

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3.1.1.3 TAXA DE CÂMBIO (PTAX)

O PTAX é a cotação oficial das moedas estrangeiras no Brasil e é


divulgado pelo Sisbacen. O Banco Central divulga o PTAX parcial a cada
meia hora e o PTAX final ao término das operações do dia. O cálculo é feito
levando-se em consideração a média ponderada das cotações da moeda
específica.

3.1.1.4 TAXA SELIC (OVER E META)

Para financiar as dívidas públicas federais, o Tesouro Nacional e o


Banco Central (atuando como banco do Tesouro) emitem e vendem títulos
(títulos públicos – TP), sobre os quais incidem juros, que são pagos aos
portadores (compradores) destes papéis. Todas as negociações (compra e
venda) de Títulos Públicos, realizadas de forma definitiva ou
compromissadas, no mercado monetário brasileiro, são controladas por um
sistema de custódia e liquidação, conhecido por Sistema Especial de
Liquidação e Custódia (SELIC).
a) Selic (meta) – taxa definida nas reuniões do COPOM, divulgadas em %
aa, base 252 dias úteis;
b) Selic (over) – taxa diária (overnight) praticada pelo mercado, apurada
e divulgada em % aa, base 252 dias úteis.

Conforme define o Banco Central:

“A taxa Selic over é apurada pelo Selic, obtida mediante o cálculo da


taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento
por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no
referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de
ativos, na forma de operações compromissadas”

A taxa Selic é aceita na economia brasileira como uma taxa livre de


risco (risk free), sendo importante referência para a formação das taxas de
juros a termo.

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As liquidações financeiras no Selic são efetuadas no ato da transação
(D0). Desde 01/01/98, a taxa Selic é divulgada em percentual ao ano,
considerando-se a base de 252 dias úteis no ano.

Quanto à taxa Selic over:

a) se origina das taxas de juros efetivamente observadas no mercado;


b) reflete, basicamente, as condições instantâneas de liquidez no mercado
monetário (oferta versus demanda de recursos);
c) não sofre influência do risco do tomador de recursos financeiros nas
operações compromissadas, uma vez que o lastro oferecido é
homogêneo;
d) como todas as taxas de juros nominais, por outro lado, a taxa Selic pode
ser decomposta, ex post, em duas parcelas: taxa de juros reais e taxa de
inflação no período considerado;
e) a taxa Selic, acumulada para determinados períodos de tempo,
correlaciona-se positivamente com a taxa de inflação apurada ex post.

3.1.1.5 TAXA DI

O CDI é um instrumento financeiro, escritural e nominativo, emitido


por uma instituição financeira, a favor de outra, destinado a possibilitar a
troca de recursos entre elas, normalmente de curtíssimo prazo (1 dia), que
embute uma taxa de juros pelo emitente (vendedor do CDI) ou comprador
do papel. As operações são controladas por um sistema de custódia e
liquidação, conhecido por Central de Custódia e de Liquidação Financeira de
Títulos (Cetip).

A Cetip divulga as taxas de juros das negociações com CDI, que


representa a taxa DI over (Depósitos Interfinanceiros por 1 dia), que é a
taxa média ponderada das negociações diárias apuradas pela Cetip.

3.1.1.6 TR

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Taxa Referencial (TR) é calculada a partir da rentabilidade média
mensal da Taxa Básica de Financiamento (TBF) - rendimento médio dos
Certificados de Depósito Bancário (CDB) e dos Recibos de Depósito Bancário
(RDB), emitidos pelas 30 maiores instituições financeiras, sobre a qual é
aplicado um redutor definido pelo governo.
A Resolução Bacen 3354 de 31/03/2006 estabelece que, para fins de
cálculos da TBF e da TR, devem ser constituídas amostras das 30 maiores
instituições financeiras do País, assim consideradas em função do volume
de captação efetuado por meio de CDB e RDB, com prazo de 30 a 35
dias corridos, inclusive, e remunerados a taxas prefixadas, entre bancos
múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento e caixas
econômicas.

A fórmula de cálculo da TR e do redutor está discriminada a seguir,


conforme Resolução nº 3446 de 06/03/2007:

[ ]
1+ TBF
TR = 100 (em %)
100 ×{ −1}
R

O valor do redutor 'R' deve ser calculado para todos os dias, inclusive não-
úteis, de acordo com a seguinte fórmula:

R = (a + b .TBF/100), calculado diariamente, onde

TBF = TBF relativa ao dia de referência;

a = 1,005;

b = valor determinado de acordo com a tabela abaixo,


em função da TBF obtida, em termos percentuais ao ano:

TBF (% a.a.) b
TBF maior que 16 0,48
TBF entre 15 e 16 inclusive 0,44
TBF entre 14 e 15 inclusive 0,40

8
TBF entre 13 e 14 inclusive 0,36
TBF entre 11 e 13 inclusive 0,32
Outros Definidos pelo Bacen

3.1.2 COPOM: finalidade e atribuições

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) foi


instituído em 1996 e é responsável pelo estabelecimento da taxa de juros
básica do mercado, chamada taxa Selic (meta), que representa a taxa
básica de juros na economia nacional.

Este Comitê, que se reúne a cada 6 semanas, é formado pelo


Presidente do Banco Central, seus diretores e os chefes de alguns
departamentos específicos. Em suas reuniões, os membros do Copom
analisam os fatores relacionados com nível de atividade, estabilidade de
preços, a conjuntura internacional e outras variáveis econômicas de
relevância e decidem o nível da taxa básica de juros da economia.
Estabelece-se uma taxa meta para a taxa Selic e a mesa de operações do
Bacen procura atuar no dia a dia para que essa taxa meta seja atingida.

De modo a dar maior previsibilidade à evolução das taxas de juros no


futuro próximo, e com isso reduzir as incertezas e as volatilidades a elas
associadas, que é prejudicial para a economia como um todo, o Copom
também emite, a cada reunião, uma indicação em relação ao
comportamento dos juros no período que vai até a sua próxima reunião, que
é o chamado viés. Um viés de baixa permite que o presidente do Bacen
determine uma redução na taxa de juros básica se ele julgar necessário. Um
viés de alta, ao contrário, indica uma provável elevação na taxa de juros.
Finalmente, um viés neutro indica que o Bacen manterá as taxas inalteradas
até a próxima reunião do COPOM.

As reuniões ordinárias são realizadas em duas sessões: 1ª - terças-


feiras - apresentações técnicas de conjuntura, 2ª. - quartas-feiras - decisões
das diretrizes de política monetária.

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3.2 Conceitos Básicos de Finanças

3.2.1 Taxa de Juros Nominal e Real

3.2.1.1 TAXA DE JUROS NOMINAL

É a taxa de juros divulgada


É a taxa de juros na qual a unidade de referência temporal pode ou
não coincidir com a unidade de tempo de capitalização.

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Exemplos:
Taxa Selic (meta) = 8,25% aa (taxa divulgada)
 Taxa de juros da poupança é TR + 6% a.a, capitalizada mensalmente.
6% aa é uma taxa nominal, mas não é efetiva. A taxa efetiva para o
investidor é TR + 6 / 12 = TR + 0,5% a.m.

3.2.1.2 Taxa de Juros Real

A taxa de juros real desconta o efeito da inflação, ou de outro


indexador utilizado.

Exercício Resolvido 1
Sabendo-se que o CDI em um determinado ano foi de 17,31%, e que
o IPCA foi de 6,0%, pergunta-se: qual a taxa de juros real da economia?
R:
(1 + iR) (1 + inflação) = (1 + iN)

(1 + iR) 1,06 = 1,1731

(1 + iR) = 1,1731 / 1,06 = 1,1067

iR = 10,67%

Exercício Resolvido 2
Qual a taxa de juros real esperada para o próximo ano, considerando-
se um taxa de juros de 10% a.a e uma inflação, medida pelo IPCA, de
4,10%?
R:

i r=
{[ ] }
( 1+ 0,10 )
( 1+ 0,041 )
−1 ×100

i r=5,67

Observação: Falamos: taxa real é a taxa nominal menos a inflação;


entretanto na hora de escrever: (1 + taxa real) = (1+ taxa nominal) / (1 +
taxa de inflação).

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3.2.2 Taxa de Juros Proporcional X Equivalente

3.2.2.1 TAXA DE JUROS PROPORCIONAL

São duas ou mais taxas que guardam, entre si, as mesmas


proporções que os prazos a que se referem, ou seja:

i1 t1
=
i2 t2

Podemos, portanto, dizer que duas ou mais taxas de juros, relativas a


períodos distintos, são ditas proporcionais quando, ao serem aplicadas ao
mesmo principal, durante um mesmo prazo, produzem um mesmo
montante acumulado no final daquele prazo, no regime de juros simples.
i a=2 i s=4 i t=12 i m=360 i d
 8% a.a = 4% a.s;
 12% a.a = 1% a.m;

Exercício Resolvido 3
Qual o montante acumulado ao final de 2 anos, a partir de um
principal de R$ 100,00:
a) Com uma taxa de juros de 120% a.a, no regime de juros simples.
b) Com taxa de juros simples igual a 60% ao semestre.
c) Com uma taxa de juros simples de 10% a.m.
R:
Obs: Note que, no regime de juros simples, 120%a.a = 60%a.s = 10%a.m
a)
S=100 × (1+2 ×1,20 )=R $ 340,00

b)
S=100 × (1+ 4 × 0,60 )=R $ 340,00

c)
S=100 × (1+24 ×0,10 ) =R $ 340,00

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Exercícios:

1) Quais as taxas, trimestral e anual, proporcionais à taxa de 10,5% a.m?


2) Qual é taxa mensal proporcional à taxa de 150% a.a?
3) Se a taxa para 30 dias (1 mês) é de 1,5%, qual a taxa proporcional para
18 dias?
R:
1) i t=31,5 %a.t e i a=126 %a.a .
2) i m=12,5 %a.m .
3) i=0,9 .

3.2.2.2 TAXA DE JUROS EQUIVALENTES

Duas taxas são equivalentes quando aplicadas ao mesmo capital


durante um mesmo prazo produzem o mesmo montante.

( 1+i a )=(1+i s)2 =(1+i t )4=(1+i m)12=(1+i d )360=(1+i du)252

Onde,
ia = taxa de juros efetiva anual
is = taxa de juros efetiva semestral
it = taxa de juros efetiva trimestral
im = taxa de juros efetiva mensal
id = taxa de juros efetiva diária
idu = taxas de juros efetiva por dia útil

Exemplo:
Qual a taxa mensal equivalente a uma taxa de juros anual de 18,25%?

(1 + im)12 = (1 + ia)

(1 + im)12 = (1 + 0,1825) = 1,1825


1 + im = (1,1825)1/12 = 1,0141
im = 0,0141 = 1,41% a.m

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Exercícios:
1) O PIB de um país dobrou em 10 anos. Qual foi a taxa de crescimento
anual média?
2) A taxa Selic está em 8,75% a.a. Qual a taxa mensal e diária
equivalente?
3) O rendimento em Bolsa de Valores é estimado em 20% a.a num
horizonte de longo prazo. Qual a taxa equivalente mensal?

R:
1)
i m = (21/10 – 1) x 100 = 7,18% a.a
2)
i m = (1,08751/12 – 1) x 100 = 0,70% a.m
i m = (1,08751/252 – 1) x 100 = 0,03% a.d
3)
im = (1,201/12 – 1 ) x 100) = 1,53% a.m

3.2.3 Capitalização simples x Capitalização composta

Capitalização simples

Exercício Resolvido 1
Suponha a quantia de R$ 10.000,00 aplicados por 10 meses à taxa de 15%
a.a. Determine o montante, no final do período, utilizando os regimes de
juros simples e compostos.
R:
10
(
Juros simples :FV =10.000× 1+0,15 ×
12 )
=R $ 11.250,00

10
Juros compostos : FV =10.000 ×(1+ 0,15) 12 =R $ 11.235,22

Exercício Resolvido 2
Suponha a quantia de R$ 10.000,00 aplicados por 14 meses a uma taxa de
15% a.a. Determine o montante no final do período, utilizando os regimes
de juros simples e compostos.

14
15
R:
14
(
Juros simples :FV =10.000× 1+0,15 ×
12)=R $ 11.750,00

14
12
Juros compostos : FV =10.000 ×(1+ 0,15) =R $ 11.771,02

Conclusão:

Dada uma taxa de juros expressa para um período, por exemplo, 15%
a.a:
a) Para um prazo inferior ao período de capitalização, por exemplo, 10
meses, a taxa de juros simples produz um montante maior do
que o montante produzido pela taxa de juros composta.
b) Para um prazo acima do período de capitalização, por exemplo, 14
meses, a taxa de juros simples produz um montante menor do
que o montante produzido pela taxa de juros composto.

Capitalização composta
No Brasil a taxa base para investimentos em renda fixa considera 252
dias úteis para o ano comercial e 21 dias úteis para o mês comercial, nos
cálculos de investimento em renda fixa.

3.2.4 Índice de referência (benchmark) aplicado a produtos de


investimento

3.2.4.1 CONCEITO

Benchmark são indicadores calculados pelo mercado, com o objetivo


de servir de parâmetro para avaliação dos diferentes tipos de
investimentos.

3.2.4.2 FINALIDADE

Avaliar a rentabilidade de um investimento.

Principais índices de referência:

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 CDI
 IGP-M
 PTAX-800
 Índices de Ações
- Ibovespa
- IBrX – Índice Brasil

Nas operações de renda fixa no Brasil, o benchmark utilizado é o CDI.


Exemplo:

Rentabilidade Acumulada
12 24 36
2006 2007
meses meses meses
Fundo Alfa DI 10,69 5,66 7,9 20,95 38,12
CDI 15,05 8,96 12,37 30,76 55,11
% CDI 71,06 63,18 63,84 68,11 69,17

3.2.5 Volatilidade - conceito


É uma medida estatística (desvio padrão) calculada a partir das
oscilações diárias na rentabilidade de um título ou de uma carteira,
considerando o valor de mercado (marcação a mercado). A volatilidade está
associada ao risco de mercado. Quanto maior a volatilidade maior o risco.
Podemos afirmar que os rendimentos apurados numa carteira de
renda variável têm volatilidade maior que os rendimentos de uma carteira
de renda fixa.

3.2.6 Prazo Médio Ponderado de uma carteira de títulos -


Duration

3.2.6.1 CONCEITO

17
Duração de um título representa o prazo médio a decorrer dos seus
fluxos de pagamento. Se o título só apresenta um único pagamento no
resgate, a duração é o prazo que falta para o seu vencimento.
Quanto maior a duração (prazo médio), maior será a perda de um
título quando houver alta na taxa de juros. O oposto também é verdadeiro.
Se a taxa de juros cair, os títulos mais longos apresentarão um ganho maior
que os títulos mais curtos.

Exercício Resolvido 1
Uma carteira formada hoje: título A, no valor de R$ 100.000,00,
comprado a 15% a.a na abertura do mercado com vencimento em 30 dias.
No final do dia, o título B foi comprado a 20% a.a pelo prazo de 60 dias, no
valor de R$ 50.000,00. Calcular a duração:
R:
( Preço A × Prazo+ Preço B × Prazo)
D=
( Preço A + Preço B )

(100.000,00 ×30+ 50.000× 60)


D= =40 dias
( 100.000,00+ 50.000,00)

3.2.6.2 RISCOS ASSOCIADOS

O risco está diretamente ligado às oscilações dos preços dos títulos.


Exemplo 1: João adquiriu um título público a 10% a.a com
vencimento em 1 ano. Se a taxa subir para 11% a.a e João quiser vender o
seu titulo, ninguém vai querer, pois ele só rende 10% e o mercado está
oferecendo títulos a 11% a.a. Para vender João terá que reduzir o seu preço
em aproximadamente 1%.
Exemplo 2: Carlos adquiriu um título público a 10% a.a com
vencimento em 5 anos. Se a taxa subir para 11% a.a e Carlos quiser vender
o seu título, ninguém vai querer, pois ele só rende 10% e o mercado está
oferecendo títulos a 11% a.a. Para vender Carlos terá que reduzir o seu
preço em aproximadamente 5%, ou seja 1% para cada ano que falta até o
vencimento.

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Conclusão: Carteiras com prazo médio (duração) maiores, sofrem
maior impacto em função das oscilações das taxas de juros.

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3.2.7 Marcação a Mercado como valor presente de um fluxo
de pagamentos
Reconhecer o valor do ativo no momento presente,
independentemente de seu valor de aquisição.

3.2.7.1 PRECIFICAÇÃO E VOLATILIDADE: IMPACTOS DE PRAZOS E TAXAS

 Quando a taxa de juros sobe, o Valor Presente (PU) do título


__________
 Quando a taxa de juros cai, o Valor Presente (PU) do título _________
 Para uma mesma variação de taxa, os ganhos e perdas são
___________ (maiores/menores) no curto prazo do que no longo prazo.
 Gestores _____________ (compram/ vendem) papel pré-fixados quando
acreditam que a taxa de juros vai cair e ______________
(compram/vendem) papéis pós-fixados quando apostam na elevação
das taxas de juros.

Resposta: cai, sobe, menores, compram, compram.

3.2.8 Mercado Primário e Mercado Secundário

3.2.8.1 MERCADO PRIMÁRIO

Caracteriza-se pela venda direta de títulos, ações e outros valores aos


investidores, gerando recursos para o emissor.

Objetivo: obter recursos financeiros para os emissores.

3.2.8.2 MERCADO SECUNDÁRIO

Conceito: É o local onde os investidores negociam e transferem entre si os


valores mobiliários emitidos pelas companhias. Nesse mercado ocorre

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apenas a transferência de propriedade e de recursos entre investidores. A
companhia não tem participação.

Finalidade: Proporcionar a liquidez dos títulos para os investidores,


permitindo compras e vendas a qualquer momento, durante o período de
vigência do titulo.

Relevância para o Investidor: a possibilidade de adquirir um título já em


circulação e a possibilidade de vender um título caso não o deseje mais ou
necessite de recursos.

Relevância para a Empresa Emissora: possibilidade de fazer, com


sucesso, novas emissões de títulos e/ou de ações, uma vez que os
investidores sabem que é possível negociar o título, a qualquer momento,
antes do vencimento, num ambiente organizado e transparente.

Exercícios:
Com relação aos itens abaixo, indique se é mercado primário ou secundário

a) Emissão de ações da empresa ABC, aumentando seu capital social.


______________________
b) O investidor A compra do investidor B ações da empresa ABC.
______________________
c) Colocação (venda) de títulos públicos federais para as necessidades
de financiamento do governo.
______________________
d) Banco X vende ao banco Y títulos públicos federais.
______________________

Respostas: a) primário, b) secundário, c) primário e d) secundário

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