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Igreja Luterana
SEMINÁRIO
CONCÓRDIA
Diretor
Gerson Luis Linden
Professores
Acir Raymann, Anselmo Ernesto Graff, Clóvis Jair Prunzel, Gerson Luis Linden, Leo-
poldo Heimann, Paulo Proske Weirich, Paulo Wille Buss, Raul Blum, Vilson Scholz
Professores Eméritos
Donaldo Schüler, Paulo F. Flor
Norberto Heine
IGREJA LUTERANA
ISSN 0103-779X
Revista semestral de Teologia publicada em junho e novembro pela Faculdade de
Teologia do Seminário Concórdia, da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB),
São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil.
Conselho Editorial
Paulo P. Weirich (Editor), Gerson L. Linden e Acir Raymann.
Assistência Administrativa
Ivete Terezinha Schwantes e Ademir de Lima Plep.
Solicita-se permuta
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Correspondência
Revista Igreja Luterana
Seminário Concórdia
Caixa Postal 202
93001-970 – São Leopoldo/RS
Telefone: (0xx)51 3037 8000
e-mail: revista@seminarioconcordia.com.br
www.seminarioconcordia.com.br
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Índice
ARTIGOS
Aliança dO SanGUE (final) 5
Paul G. Bretscher
AUXÍLIOS HOMILÉTICOS 43
LIVROS 187
Igreja Luterana
Volume 70 – Novembro 2011 – Número 2
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Artigos
Paul G. Bretscher
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Igreja Luterana
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A aliança do sangue
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Igreja Luterana
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A aliança do sangue
Dos que confiam nos seus bens e na sua muita riqueza se gloriam?
Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir [padah], nem
pagar por ele a Deus o resgate [kopher] (pois a redenção da alma
(vida) deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre), para
que continuasse a viver perpetuamente, e não visse a cova.
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Igreja Luterana
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A aliança do sangue
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novo, com brilhante clareza, o fato de que a nossa redenção custa alguma
coisa e que somente Deus, em Cristo, pode pagar esse preço. O preço é
o sangue e a morte do Filho de Deus.
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A aliança do sangue
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Igreja Luterana
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A aliança do sangue
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Igreja Luterana
lhe diz que Deus realizou em favor dele uma libertação maravilhosamente
misericordiosa. Esta é a beleza da aliança e do seu sinal.
O próprio sinal é distintivo e inconfundível. Nenhum outro corte da
carne humana, nenhuma outra perda de sangue humano poderia deixar
um sinal tão claro e permanente, sem, no entanto, prejudicar qualquer
função do corpo. A circuncisão não exige testemunhas nem registros em
papel, nem certificados. A aliança está na carne do homem por aliança
perpétua. Embora seja circuncidado ao oitavo dia, e ainda que não se lem-
bre pessoalmente do ato, ainda assim ele saberá, através de sua própria
carne, que a circuncisão foi realizada. E se ele conhece o seu significado,
sua própria carne irá lembrar-lhe constantemente de que sua vida está
perdida pelo pecado; porém, está salva pela graça de Deus.
E quanto à mulher? Em relação a remissão do primogênito, observamos
que as leis de remissão se aplicam unicamente a crianças do sexo mas-
culino. Aqui, novamente, a circuncisão é apenas para o menino. Significa
isso que a mulher é desprezada e omitida da aliança de Deus? De jeito
nenhum! O sólido parecer da Escritura é que a mulher é a companheira
do homem; que no casamento os dois são uma só carne. Os sinais da
redenção e da circuncisão são dela através do marido. Ao mesmo tempo,
o próprio fato de a mulher não participar pessoalmente da circuncisão
sublinha o fato de que a circuncisão é sinal da graça de Deus, não mais
nem menos. Ela não é a aliança em si. Por sua própria natureza, sendo
sinal, possui valor somente se o homem compreende o que ela significa.
Se ela é símbolo, como Paulo o expressa, então ela tem valor somente
quando o homem está pessoalmente ciente do que ela significa. Se é um
selo, ela o é apenas quando o homem crê o que ela sela (cf. Rm 4.11,
acima). Assim, novamente, o sangue da sua expiação não é superior ao
sangue dos animais sacrificados sobre os altares do homem. É somente
selo, sinal e símbolo de um sangue mais precioso, por vir.
Na Escritura se evidenciam três abusos com a circuncisão, que lan-
çam ainda mais luz sobre a própria circuncisão. O primeiro é o pecado do
homem ante sua sanguinolência, representado por Zípora, que clama a
Moisés: “És para mim esposo sanguinário, por causa da circuncisão”. O
fato de Zípora se ofender dessa maneira indica que ela não percebeu o
significado espiritual do derramamento de sangue. Outrossim, ela não se
submete pela fé ao mandamento de Deus, nem confia na sua promessa
– o que ela devia ter feito, mesmo quando não entendia a plena intenção
do grande favor de Deus. Se alguém se escandaliza com a sanguinolência
da circuncisão, perceba, em contrapartida o valor extremamente grande
que o mesmo Deus, instituidor da circuncisão, coloca no sangue do ho-
mem em outros textos da Escritura. Lembrem, por exemplo, as palavras
da aliança de Deus com Noé: “Se alguém derramar o sangue do homem,
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A aliança do sangue
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Ou de Gl 6.12-17:
V. O SANGUE DA PÁSCOA
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A aliança do sangue
feito. Assim, Êx 12.5: “Vosso cordeiro será sem defeito.” No NT, vejam 1
Pe 1.19: “Sois (...) redimidos (...) pelo precioso sangue de Cristo, como
de cordeiro sem defeito e sem mácula.” Também Hb 4.15: “Embora sem
pecado.” O cordeiro da AT, sendo fisicamente perfeito, não tinha motivo
para ser morto. Cristo, nosso Cordeiro, é sem pecado e, portanto, não
sujeito à morte, pois a morte é o salário do pecado.
4. Em cada celebração não era quebrado nenhum osso do sacrifício.
Assim, Êx 12.46: “Nem lhe quebrareis osso nenhum.” No NT, vejam Jo
19.33-36: “Chegando-se, porém, como vissem que já estava morto, não
lhe quebraram as pernas (...) para se cumprir a Escritura: ‘Nenhum dos
seus ossos será quebrado’.” Aqui João vê, novamente, em Jesus “o Cordeiro
de Deus”, o cumprimento do sacrifício do cordeiro pascal do AT.
5. Em ambas as comemorações, é comendo a carne do sacrifício que
o indivíduo participa do sacrifício e recebe pessoalmente seus benefícios.
Assim, Êx 12.47: “Toda a congregação de Israel o fará.” Vejam também
1Co 10.18: “Considerai o Israel segundo a carne: não é certo que aqueles
que se alimentam dos sacrifícios são participantes do altar?” Na festa do
NT, vejam as palavras de Jesus: “Tomai, comei; isto é meu corpo, que é
dado em favor de vós.”
6. Em cada celebração o sangue derramado na morte é sumamente
importante. No AT, o sangue do cordeiro deve ser passado, com hisso-
po, nas ombreiras e nas vergas das casas em que se come a festa (Êx
12.7,22). A Lei do AT, como vimos, proíbe comer sangue (Gn 9.4; Lv
17.10-14). No NT, porém, o sangue se torna parte da celebração: “Tomai,
bebei todos deste; isto é meu sangue do Novo Testamento.” A própria
idéia de que o sangue deste novo sacrifício deve ser bebido indica, outra
vez, que a aliança do sangue chegou ao seu cumprimento. O respeito por
todo sangue, inculcado tão profundamente no AT, é agora substituído pela
reverência maior para com o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus. A
ordem do Concílio da Igreja de Jerusalém, para que as igrejas gentílicas
se abstivessem de carne de animais sufocados e de sangue, foi dada por
causa da consciência dos judeus, como é explicado em Atos 15.20,21:
“(...) que se abstenham (...) da carne de animais sufocados e do sangue.
Porque Moisés tem, em cada cidade desde tempos antigos, os que os
pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados.”
7. A cada celebração Deus une Sua promessa. Desta forma, Êx 12.13:
“Quando eu vir o sangue, quando eu ferir a terra do Egito” (vejam também
v. 23). Com a ordenança da Páscoa Deus une, portanto, a promessa de
poupar Seu povo da praga da morte dos primogênitos, que Ele lançaria
sobre os egípcios. Há certas implicações que não podemos perder de vista.
Está claro que no julgamento de Deus o povo de Israel merece a morte e
a destruição tanto quanto os egípcios. Por outro lado, por que é necessário
um sacrifício a fim de poupá-los? O próprio fluir da vida do cordeiro para
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O fato de a solenidade ter de ser celebrada ano após ano mostra, no-
vamente, que o significado do sacrifício do cordeiro vai muito além daquele
evento transitório da libertação do Egito. Este é o sangue da aliança da
graça de Deus com seu povo, por todas as suas gerações, pelo qual eles
podem estar sempre seguros da contínua misericórdia e do perdão de Deus,
bem como da Sua fidelidade; o sangue pelo qual Ele nunca os abandonará,
mesmo se eles se voltarem contra Ele. Ele, porém, certamente levará a
efeito o cumprimento da Sua aliança da redenção. É interessante observar
quantas vezes faz-se referência, no AT, à poderosa manifestação da graça
de Deus para com Seu povo no Êxodo. Do começo ao fim da história de
Israel, este é o grande acontecimento histórico sobre o qual se fundamenta
a fé em Javé, acontecimento ao qual a memória se volta para conforto e
garantia de contínuo perdão e livramento em toda tribulação.
A Páscoa do NT também é solenidade memorial – porém não mais da
libertação do Egito, mas de Jesus Cristo, que pelo Seu sangue é “o Cor-
deiro de Deus que leva embora o pecado do mundo.” Desta forma, 1Co
11.25,26: “Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue. Fazei isto
todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as
vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte
do Senhor até que Ele venha.”
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A aliança do sangue
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A aliança do sangue
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do que simples meio de suprir suas necessidades físicas. Ele tinha real
significado religioso. Certa vez, quando Arão e seus filhos queimavam o
bode de uma oferta pelo pecado em vez de comê-lo, Moisés os reprova
severamente, dizendo (Lv 10.17-20): “Por que não comestes a oferta pelo
pecado no lugar santo? Pois coisa santíssima é: e o SENHOR a deu a vós,
para levardes a iniquidade da congregação, para fazerdes expiação por
eles diante do Senhor” (vejam também Êx 29.33). Desta forma, o comer
da oferta pelos sacerdotes faz parte do ritual pelo qual é feita expiação
em favor do povo.
A única oferta, além da Páscoa, a ser comida pelo próprio povo era a
da oferta de paz. Esta era sempre um sacrifício de ação de graças e louvor
voluntários a Deus por Suas bênçãos (Lv 7.12,16; 19.5). Normalmente a
própria pessoa que trazia a oferta pacífica matava o animal; porém o sa-
cerdote queimava a gordura sobre o altar, e recebia a coxa e o peito como
porção sua (Lv 7.29-34). Depois o próprio ofertante comia a carne cozida
(2Cr 35.13; Zc 14.21); não assada, como acontecia com o cordeiro pascal.
Duas regras claras regiam este comer: (1) a carne devia ser comida no
dia em que era oferecida (ou no caso de um voto, no dia seguinte). Toda
carne deixada para depois do tempo estipulado, deveria ser queimada (Lv
7.15-17); (2) Ninguém moral ou cerimonialmente impuro poderia comer
a oferta pacífica (Lv 7.20,21). Em Lv 7.18 é dito, indiretamente, que esse
comer também possuía significado religioso: “Se da carne do seu sacrifício
se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não será aceito, nem lhe
será atribuído o sacrifício: coisa abominável será, e a pessoa que dela
comer levara a sua iniqüidade” (vejam também Dt 15.20).
Desta descrição podemos perfeitamente inferir que a oferta pacífica,
quando devidamente oferecida e comida em fé, é aceita por Deus, sen-
do imputado perdão a quem a ofereceu e dela come. O significado mais
completo deste comer é sintetizado nestas palavras do apóstolo Paulo,
em 1 Co 10.18: “Considerai o Israel segundo a carne; não é certo que
aqueles que se alimentam dos sacrifícios são participantes [comungantes]
do altar?”
Aqueles que comem dos sacrifícios são participantes do altar. Comer
a carne do cordeiro sacrificado é ter a garantia pessoal de que o cordeiro
sacrificado morreu vicariamente, em favor daquele que dele come. Assim,
a refeição pascal era a mensagem divina personalizada e individualizada da
graça para quem dela comia. E desta forma, no NT, o comer do sacrifício
dá a quem come a mais elevada garantia: “O sacrifício foi oferecido em
meu favor, por meu pecado; não apenas pelo pecado do mundo em geral,
mas por mim individualmente.”
Isso tem consequências importantíssimas para a doutrina da presença
real. Uma Ceia do Senhor em que não se come o corpo e nem se bebe
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A aliança do sangue
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A ESPECULAÇÃO FILOSÓFICA DA
EVOLUÇÃO DARWINIANA E A TDI
Alexsandro Martins Machado1
INTRODUÇÃO
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Alexsandro Martins Machado é Bacharel em Teologia (ULBRA), Licenciado em História
(ULBRA), Bacharelando em Genética e Biologia Molecular (ULBRA), Pós-graduado em
Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia (UNIASSELVI), Pós-graduando em Teologia
(Seminário Concórdia). É professor de Ensino Religioso e Filosofia no Colégio São Lucas
(ULBRA) de Sapucaia do Sul/RS desde 2009 e Colégio Luterano Concórdia de São Leopoldo
desde 2011.
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Igreja Luterana
DARWIN
Mas quem foi este homem que marcou a história da ciência e por que
tanto espanto causa aos religiosos? É a respeito disto que falaremos no
próximo ponto ao explanarmos um pouco da vida deste brilhante natura-
lista britânico do século XIX.
A VIDA DE DARWIN
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A ESPECULAÇÃO FILOSÓFICA DA EVOLUÇÃO DARWINIANA E A TDI
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revelava sua teoria, o fruto de suas pesquisas bem como suas conclusões.
Abria espaço para críticas, como também declarava que a mesma ainda
precisava de alguns complementos, mas mesmo sem expressar isto de
forma direta, deixava claro que seu posicionamento o colocava em rota
de colisão com o pensamento religioso. Darwin teria feito uma viagem de
longos cinco anos ao redor do mundo, pesquisando-o, talvez para mudar a
concepção que o homem tinha do mesmo. Seu livro A origem das espécies
por meio da seleção natural ainda hoje continua como uma grande obra.
A bíblia de todo naturalista e biólogo que visa entender o mundo pura e
simplesmente por meio de processos físico/químico/biológicos.
O LEGADO DE DARWIN
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A COMPLEXIDADE IRREDUTÍVEL
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O que ele quer dizer com isto é que, para que uma estrutura biológica
possa ser entendida como irredutivelmente complexa, ela não pode apre-
sentar possibilidades de ser fruto de pequenas mudanças graduais que
ocorreram em organismo mais simples cujo resultado foi a estrutura mais
especializada, por exemplo; ao analisar a estrutura do olho, não podemos
defini-lo como uma estrutura que apresente complexidade irredutível se
podemos observar estruturas mais simples que por mutações possíveis
viessem a dar a capacidade de visão a seres que a desenvolveram. E assim
definimos o conceito de precursor físico. Já o precursor conceitual parte
de um princípio diferente.
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A ESPECULAÇÃO FILOSÓFICA DA EVOLUÇÃO DARWINIANA E A TDI
A estrutura do motor do flagelo é tão complexa que Behe cita como este
já foi encarado e analisado por pesquisadores. Veja em poucas palavras o
que o livro Caixa preta de Darwin traz em maiores profundidades.
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Conclusão
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A ESPECULAÇÃO FILOSÓFICA DA EVOLUÇÃO DARWINIANA E A TDI
REFERÊNCIAS
DARWIN, Charles Robert. Origin of Species, 6. ed. Nova York: New York
University Press, 1988.
BEHE, Michael. Caixa preta de Darwin: o desafio da bioquímica à teoria
da evolução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., 1997.
JOHNSON, Phillip E. Darwin no banco de réus. São Paulo: Cultura
Cristã, 2008.
LOURENÇO, Adauto. Como tudo começou: uma introdução ao Criacio-
nismo. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007.
GEISLER, Norman; TUREK, Frank. Não tenho fé suficiente para ser
ateu.
FLEW, Antony. Deus existe: as provas incontestáveis de um filósofo que
não acreditava em nada. São Paulo: Ediouro, 2008.
MORRIS, Henry M. et al. O enigma das origens.
COLLINS, Francis. A linguagem de Deus: um cientista apresenta evi-
dências de que Ele existe.
DAWKINS, Richard. As evidências da Evolução: o maior dos espetá-
culos da terra.
THOMAS, Henry, THOMAS, Dana Lee. Vida de grandes cientistas. Porto
Alegre/ RS: Editora Globo, 1965.
Sites:
http://www.mackenzie.br/11549.html
http://www.mackenzie.br/2_darwinismo_videos.html
http://www.mackenzie.br/3_darwinismo_videos.html
http://www.fomosplanejados.com.br/
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AUXÍLIOS HOMILÉTICOS
O TEMPO
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Igreja Luterana
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Primeiro Domingo no Advento
SUGESTÃO DE TEMA
Acir Raymann
São Leopoldo/ RS
acir.raymann@gmail.com
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SEGUNDO DOMINGO NO ADVENTO
4 de dezembro de 2011
NOTA INTRODUTÓRIA
A segunda carta de Pedro tem como um dos seus alvos mais específi-
cos ensinar seus leitores a lidar com os falsos ensinos e com os que ficam
indiferentes, e até zombam da palavra de Deus (2 Pe 2.1; 3.3-4).
Uma palavra importante dessa epístola é conhecimento. O antídoto
para ensinos falsos e profetas infiéis é aperfeiçoar-se na habilidade em
discernir as coisas (2 Pe 1.3, 5, 8; 3.1, 18). Aquela situação particular
exigia uma ênfase tríplice no ensino apostólico de Pedro. 1º, estimular o
crescimento cristão a partir da capacitação dada por Deus (capítulo 1);
2º, combater veementemente falsos ensinos e falsos profetas (capítulo
2) e 3º, encorajar e animar à vigilância em função do iminente retorno
do Senhor Jesus (capítulo 3).
2 PEDRO 3.8-14
O TEXTO
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Segundo Domingo no Advento
olhar para si, reconhecer que somos pecadores e depois voltar nossos olhos
para Jesus Cristo, nosso Senhor. O segundo elemento do arrependimento
é deixar de olhar para si como fonte de segurança e autocontemplação e
olhar confiadamente para o Deus misericordioso revelado através de Jesus
Cristo. O grande desejo de Deus é que nossas esperanças e expectativas
de futuro, nesta vida e para a eternidade, sejam colocadas nas mãos
bondosas de Deus.
V.10: A promessa de Deus é essa: um dia Jesus volta. Só que a na-
tureza cronológica dessa volta é de completa imprevisibilidade. Não dá
para marcar no relógio ou numa agenda. Outra coisa que ele deixa claro
é que a partir do seu retorno não haverá mais nada a fazer.
Todo dia é o dia do Senhor. Porém, sua promessa é que haverá o
último dia do Senhor. Nesse dia ele mostrará todo o seu poder, sua dis-
posição para salvar e sua autoridade para julgar. Nesta “passagem final”
de Deus por esta terra o universo todo entrará em colapso, céus e terra
se desintegrarão. A mente humana não tem condições de imaginar esse
dia, senão esperá-lo em atitude de contrição e fé.
V.11: A vida santificada é uma resposta do pecador justificado pela
fé em Cristo Jesus. Não há como separar este pedido de Pedro de tantas
outras exortações à santidade nas outras epístolas.
É preciso lembrar que esses pedidos são endereçados em primeiro
lugar a cristãos batizados e regenerados pelo Espírito Santo. É muito curta
a nossa visão em perceber a dimensão real da participação humana no
processo de santificação. Porém, uma vez que o Espírito e Cristo habitam
no cristão, não é difícil compreender que, em última análise, Deus faz de
fato tudo em nossa vida, inclusive a vida santificada.
Todavia, é importante diferenciar a forma como tratamos desse tópico.
Ou falamos em vida santificada como fruto da fé e sinal de gratidão por
tudo o que Deus nos concede; ou falamos em santificação como obras que
mereçam alguma espécie de recompensa. É óbvio que a motivação à vida
santificada não pode ser carregada com nenhum tipo de compulsão legal.
Assim, o apelo a seguir a vontade de Deus em nossas vidas é fruto da
gratidão e isto por sua vez eliminará qualquer ideia de que “nos tornamos
bons fazendo coisas boas”. Nem fará com que se reivindique alguma honra
especial ou recompensa. Vida santificada com espírito de gratidão trans-
ferirá a glória somente a Deus. Por isso que Lutero considera a gratidão
como a mais excelente virtude e melhor forma de servir a Deus, pois ela
é uma obra exclusiva do cristão, ninguém outro a consegue praticar.
V.12: “Venha o teu reino” é uma petição ensinada por Jesus e orada
pelos cristãos de todos os tempos. Ela não deixa de ser um pedido para
que Jesus volte logo. Por esse versículo, a vida piedosa também poderia
“apressar” a chegada do dia do Senhor. Porém, isto ocorrerá desde que
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Igreja Luterana
REFLEXÃO HOMILÉTICA
Deus é um Deus que faz promessas. Ao longo das Escrituras ele não
só promete como mantém e honra o cumprimento delas. Ele garante
deixar aberta a porta da salvação (Ap 3.8). Ele promete nos proteger e
livrar do mal (Ap 3.9-10). Ele também assegura que um dia irá voltar e
que nenhum dos que creem em Jesus serão afastados da presença dEle
(Ap 3.11-12a).
Quando se sabe das promessas de Deus, não se faria de tudo para
obtê-las? Um dos maiores desejos do ser humano é viver e viver bem. Se
possível para sempre. O tema morte é seguramente um assunto que nem
gostamos de falar, ainda que seja uma realidade tão presente e real. O
mesmo quem sabe poderia ser dito em relação à volta do Senhor Jesus.
Quando se olha para as promessas de Deus, especialmente àquelas que
nos prometem vida eterna, um novo céu e um novo lar, é difícil acreditar
que haja tantas pessoas que ainda não creem nas promessas de Jesus. É
sinistro. Não obstante, a maioria das pessoas procurarem por essa vida
e muita gente o fazem fora do cristianismo, quem sabe seja essa uma
prova muito convincente que o mal existe. Que o diabo cega as pessoas
com a incredulidade e o ser humano definitivamente não consegue por
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Segundo Domingo no Advento
si só mover uma palha para crer nas promessas que Deus faz. Crer em
Jesus e na vida eterna é um dom. Não confiar na promessa da vida eterna,
algo que o ser humano tanto sonha, é prova de que estamos mortos em
nossos pecados e cegados pelo mal.
Porém Deus não desiste de nos relembrar sempre de novo as suas
promessas. Hoje ele está nos certificando que além de tudo é paciencio-
so, que deseja que todos cheguem ao arrependimento [à contrição e à
confiança], antes de implodir o mundo todo e apresentar um novo céu e
uma nova terra, maquete desenhada no livro de Apocalipse e nos quais
habita justiça e que já podemos observar com os olhos da fé.
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TERCEIRO DOMINGO NO ADVENTO
11 de dezembro de 2011
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Terceiro Domingo no Advento
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Quarto Domingo no Advento
18 de dezembro de 2011
Contexto
Destaques do texto
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quarto Domingo no Advento
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Igreja Luterana
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quarto Domingo no Advento
fé percebe esse alvo e essa glória mesmo agora e canta louvores a Deus
por meio daquele em quem a glória de Deus se manifestou, por meio de
Jesus Cristo.” (Carta aos Romanos, Concórdia Editora, p.231).
Uma das possibilidades de organizar o material do sermão seria com
um tema exortativo, apontando para as razões dadas por Paulo para o
louvor a Deus:
Deus seja louvado para sempre, também entre nós:
- Pois age com poder para nos conservar firmes na fé, operando por
meio da proclamação sempre eficaz do evangelho de Jesus;
- Pois manifestou o que nenhuma pessoa poderia descobrir por si só,
e o fez a todos os povos, pelo anúncio de sua palavra.
- Pois agindo desta forma conosco e com os povos Deus mais uma
vez expressa sua fidelidade, a mesma revelada a Davi e concretizada no
“filho de Davi”, nascido em Belém.
Gerson L. Linden
São Leopoldo/RS
gerson.linden@gmail.com
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DIA DE NATAL
25 de dezembro de 2011
CONTEXTO
TEXTO
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Dia de Natal
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DISPOSIÇÃO
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Dia de Natal
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Igreja Luterana
CONCLUSÃO
Leopoldo Heimann
São Leopoldo/RS
pastorleopoldoheimann@yahoo.com.br
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VÉSPERA DE ANO NOVO
31 de dezembro de 2011
CONTEXTO
Salmo 90.1-12
O título apresenta Moisés como autor, sendo que os versículos 7-12
demonstram um fundo histórico definido: os últimos meses da caminha-
da do povo de Israel pelo deserto, quando a geração adulta que saíra do
Egito estava agora rapidamente desaparecendo. Por isso, os primeiros
versículos (1-6) mostram o Criador como sendo eterno e a vida terrena
efêmera. O primeiro versículo, como Dt 33.27, mostra que o povo de Deus
não tinha lugar de habitação desde os dias de Abraão e que o Senhor
sempre tinha sido, e continuava sendo, o lugar de descanso e refúgio
para seu povo (Sl 91.9). Nos versículos seguintes (7-12) as tristezas da
vida são constrastadas com a santidade de Deus, único onde é possível
encontrar a serenidade à alma e segurança de vida. Quem conhece...?
(v.11) destaca a importância do ser humano de buscar o arrependimen-
to e voltar os olhos e o coração para seguir o Senhor, o que demonstra
corações sábios (v.12)
Isaías 30.15-17
O texto está inserido dentro de um contexto onde o ponto eram as
negociações com o Egito, a fim de estabelecerem uma aliança. Isaías
chama à atenção da loucura de tal objetivo, por isso dirige a mensagem
ao povo, chamado de filhos rebeldes. Estes haviam demonstrado falta
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Véspera de ano novo
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PRIMEIRO DOMINGO APÓS NATAL
1 de janeiro de 2012
CONTEXTO
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Igreja Luterana
ouvida. Isabel, sua mulher, lhe dará um filho, e você lhe dará o nome de
João” (Lucas 1.13).
- Mas o anjo lhe disse: “Não tenha medo, Maria; você foi agraciada
por Deus!” (Lucas 1.30).
- Mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas
novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de
Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2.10,11).
ÊNFASES
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Primeiro domingo após natal
a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo:
Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-
lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te
envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de
nascer será chamado Filho de Deus.
Veio para cumprir a lei em forma de ordenanças
Cristo viveu no período da lei, durante sua vida ele viveu a lei e, na
sua morte, ele cumpriu toda a lei e as escrituras.
Gálatas 4:5: Para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que
recebêssemos a adoção de filhos.
Romanos 10.1-4: Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha
súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos.
Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém
não com entendimento.
Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer
a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.
Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.
Romanos 3.20: Visto que ninguém será justificado diante dele por obras
da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.
Agora a justiça de Deus é concedida a nós por meio da fé em
Jesus Cristo
Efésios 2.8,9: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não
vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.
Gálatas 2.16: Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por
obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido
em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não
por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.
Portanto, não queiramos ser justificados por guardar a lei em forma
de ordenanças, mas sim, confiando no que Cristo fez por nós na cruz.
Cristo na sua morte cumpriu a lei que não podíamos cumprir; sendo as-
sim podemos ser justificados pela sua graça, um favor que Deus oferece
a nós pecadores.
Eis aí a razão maravilhosa de Jesus Cristo vir a este mundo!
João 3.16: Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna.
Nos ama, veio nos buscar e quer nos salvar.
No texto de Gálatas 4.4,5 diz: “Vindo, porém, a plenitude do tempo,
Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, para resga-
tar os que estavam sob a Lei, a fim de que recebêssemos a adoção de
filhos”.
No tempo determinado por Deus, Ele enviou seu filho Jesus nascido
67
Igreja Luterana
Tema: O Natal veio lançar fora todo o medo, porque Cristo nos liber-
tou!
68
Primeiro domingo após natal
69
CIRCUNCISÃO E NOME DO SENHOR /
DIA DE ANO NOVO
1 de janeiro de 2012
PERÍCOPES DO DIA
70
Circuncisão e nome do senhor/dia de ano novo
71
Igreja Luterana
Cristo. Tendo chegado Cristo, chegou aquele que justifica por meio da fé
nele. A lei não justifica, contudo, na sua função de paidagogós, conduziu
a Cristo, que é o evangelho.
V. 25: Aparece agora a realidade que surge com a chegada da fé: “já
não permanecemos subordinados ao aio”. Por quê? Porque o aio em nada
justifica. Além disso, havia chegado Aquele para quem o aio conduzia.
Os apóstolos não foram enviados ao mundo por Cristo para oferecer o
antigo sistema legal judeu. A missão deles foi outra: anunciar a Cristo e
a justificação por meio da fé nele.
V. 26: Os judaizantes entre os gálatas queriam converter o aio, a lei,
em um dirigente tirano, quando Deus nunca assim quis que acontecesse.
Colocavam exigências diante dos gálatas, impondo-lhes a necessidade de
cumpri-las a fim de serem salvos. A verdade, todavia, era outra: “vocês
são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”. Não é a submissão ao
aio que torna alguém filho de Deus, porém a fé em Cristo Jesus. Importa
destacar aqui a função da fé não como uma boa obra, todavia tão somente
como meio receptor daquilo que nos vem de Cristo, ou seja, perdão dos
pecados e justiça diante de Deus.
V. 27: Um grande versículo a respeito do batismo! O batismo em Cristo
tem como resultado o revestir-se de Cristo. Toda a ação do batismo está
inteiramente conectada a Cristo. O batismo é a maravilha que é porque
está ligado a Cristo, sua pessoa e obra. Por isso dizemos que não é possível
separar os meios da graça, e o batismo como sacramento é um meio da
graça, da reconciliação objetiva em Cristo. Revestir-se de Cristo é estar
coberto pela justiça de Cristo, a qual basta por si própria, não havendo
necessidade de ação humana para preencher alguma falta na justiça de
Cristo recebida no batismo.
V. 28: Em Cristo existe unidade. É Cristo quem une não a raça, a
condição social ou o sexo. Unidos todos estão na condição de filhos de
Deus. Evidentemente que Paulo não está promulgando a chegada de uma
nova situação física. Homem permanecia sendo homem; mulher conti-
nuava sendo mulher; escravo permanecia escravo e liberto era liberto,
assim como judeu não deixava de ser judeu, nem grego deveria apagar
sua origem grega. Paulo está falando na situação na casa de Deus, onde
todos os crentes são por igual, filhos amados do Pai celestial. São muitos
e permanecem sendo muitos, todavia, em união com Cristo, são um, um
só corpo. Vindo Cristo, nada mais se exigia dos gálatas para estarem em
pé de igualdade com os judeus diante de Deus.
V. 29: Ser de Cristo tem como resultado mais duas coisas: ser des-
cendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa. Era a situação dos
cristãos gálatas. Espiritualmente eram também filhos de Abraão. O que
conta diante de Deus não é a filiação por meio da carne, porém através
72
Circuncisão e nome do senhor/dia de ano novo
SUGESTÃO HOMILÉTICA
73
EPIFANIA DO SENHOR
Salmo 72.1-11(12-15); Isaías 60.1-6; Efésios 3.1-12; Mateus 2.1-12
SALMO 72.1-11(12-15)
ISAÍAS 60.1-6
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epifania do senhor
MATEUS 2.1-12
EFÉSIOS 3.1-12
Era mais fácil falar mal do apóstolo Paulo do que falar bem. Maior
e mais bem qualificado era o número dos que o perseguiam do que o
número dos que o seguiam. Vinha de Jerusalém, do centro da igreja, o
questionamento contra Paulo. E tinham maior credibilidade do que ele.
Afinal, eram cumpridores da lei e pregavam aquilo que era mais coerente
com aquilo que tinham como herança do passado escriturístico.
75
Igreja Luterana
76
epifania do senhor
Ele acolhe na sua comunhão pessoal aqueles que já não tinham mais
honra e dignidade “espiritual”. Ele os dignificou com o seu acolhimento
a ponto de eles vislumbrarem nele a redenção de suas vidas moralmente
desperdiçadas.
A Epifania nos confronta com perguntas: Para que e para quem que-
remos ser igreja? Quem são os que acolhemos? Que tipo de pessoa se
sente bem e à vontade na igreja que somos?
Paulo tem somente uma resposta: repetir o movimento de Jesus
identificado com os perdidos, os de fora, os de longe e levar até eles a
comunhão de Deus. Não como exigência ou tarefa. Mas como a própria
natureza do ser igreja de Jesus Cristo.
A igreja é muito rápida e categórica em atribuir culpa e responsabili-
dade aos que se afastam e se mantêm à distância da igreja. Dificilmente
se percebe na igreja uma autorreflexão de corresponsabilidade pelo afas-
tamento daqueles que se mantêm à distância da igreja.
É exatamente aí que Paulo identifica a sua missão como consequência
e seguimento da missão do Filho de Deus. Este não brilhava sob as luzes
da elite religiosa de Jerusalém. Ele era luz na escuridão dos perdidos, dos
“pequeninos”, dos excluídos de Jerusalém e de seu templo. A estes Jesus
somente tinha duas palavras: “Hipócritas!” ou então: “Quem não nascer
de novo, não pode ver o reino de Deus.”
Mas os perdidos da casa de Israel, os galileus, os samaritanos, os de
Tiro e de Sidon, os de fora, os ladrões, os doentes e endemoninhados, a
estes finalmente chegou o Reino de Deus na pessoa do Nazareno.
Paulo P. Weirich
São Leopoldo/RS
weirich.proskep@gmail.com
77
PRIMEIRO DOMINGO APÓS EPIFANIA -
O BATISMO DO SENHOR
8 de janeiro de 2012
78
primeiro domingo após epifania - o batismo do senhor
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Igreja Luterana
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SEGUNDO DOMINGO APÓS EPIFANIA
15 de janeiro de 2012
CONTEXTO
TEXTO
81
Igreja Luterana
82
segundo domingo após epifania
APLICAÇÕES HOMILÉTICAS
PROPOSTA HOMILÉTICA
Raul Blum
São Leopoldo/RS
raulblum@yahoo.com.br
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TERCEIRO DOMINGO APÓS EPIFANIA
22 de janeiro de 2012
CONTEXTO
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terceiro domingo após epifania
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Igreja Luterana
86
terceiro domingo após epifania
pado”. Por três vezes, ARA traduz isso por “cuidar”, mas na última, no v.
34, emprega a expressão “se preocupa com”. Este exemplo mostra que a
exegese sempre terá de ser feita a partir do original, pois, do contrário,
não será possível perceber certos padrões ou determinadas repetições.
(Cabe o registro de que, neste ponto, NTLH é mais coerente, pois utiliza
as formas “se interessa por” e “está interessado em”). Quanto ao tema
das “preocupações”, interessam os paralelos em Mt 6.25; 13.22; Fp 4.6;
1Tm 5.5; Lc 10.41.
Mais adiante, no v.34, nossas traduções (ARA e NTLH) não deixam
entrever a dificuldade exegética apresentada pelo texto grego. A Tradu-
ção Brasileira, de 1917, faz uma tradução bem literal: “Também a mulher
que não está casada e a virgem cuida (sic) das coisas do Senhor”. Qual
a diferença, neste caso, entre a mulher não casada e a virgem? A Bíblia
para Todos diz: “a mulher que não se casou, ou a jovem que está solteira”.
ARA e NTLH concordam na interpretação disso em termos de “viúvas” e
“solteiras” (embora ARA prefira, neste caso, o termo “virgem”), o que
parece ser a solução mais adequada.
Por fim, a segunda metade do v. 35 apresenta ainda outras comple-
xidades. Segundo ARA, Paulo diz que não tem a intenção de enredar os
cristãos. Aqui, “enredar” é usado no sentido de “emaranhar em rede”.
Acontece, porém, que, hoje, o verbo “enredar” aparece mais no sentido
de “iludir”, o que não é o caso neste versículo. A rigor, Paulo está dizendo
que não quer “pôr um cabresto” nos cristãos. Ele não quer “impor limi-
tações”, que é algo negativo, mas tem em vista algo positivo: “o que é
decoroso e vos facilite o consagrar-vos, desimpedidamente, ao Senhor”.
O uso do termo “decoroso” nos traz outro problema, pois significa “aquilo
que é decente”. Isso poderia levar à conclusão de que ignorar o conselho
de Paulo, casando-se, implicaria fazer algo “indecente”. Na verdade, o
termo grego denota algo como “boa ordem”. E o texto como um todo é,
sintaticamente, menos claro do que as traduções dão a entender: “mas
para a boa ordem e o devotamento ao Senhor sem distrações”. Como se
não bastasse esse caráter elíptico, caracterizado pela falta de um verbo,
o texto ainda nos apresenta dois hápax: “devotamento” (traduzido, em
ARA, por “consagrar-vos”) e “sem distrações” (traduzido, em ARA, por
“desimpedidamente”). NTLH expressa bem o significado: “Quero que
façam o que é direito e certo e que se entreguem ao serviço do Senhor
com toda a dedicação”.
A RECONTEXTUALIZAÇÃO DO TEXTO
87
Igreja Luterana
88
terceiro domingo após epifania
89
QUARTO DOMINGO APÓS EPIFANIA
29 de janeiro de 2012
90
quarto domingo após epifania
O TEXTO
91
Igreja Luterana
e, por isso, posso fazer o que quiser”. Viviam uma liberdade egoísta,
pois não possuíam “discernimento” (hnb). Sem discernimento, faltava-
lhes sabedoria (hmkx) para aplicar o conhecimento na vida cotidiana. Por
exemplo, na questão da comida sacrificada a ídolos (eivdwloqu,twn), parte
dos cristãos tomava decisões com base na seguinte lógica:
1. O ídolo nada é, pois há somente um Deus (v.4);
2. Se os ídolos não existem, então a comida em altares pagãos foi
oferecida ao “nada”;
3. Por essa razão, posso comer qualquer alimento oferecido a ído-
los.
Paulo concorda com as premissas dessa lógica: “sabemos que não
há Deus, exceto um. (...) existem os assim chamados deuses (...), mas
para nós há somente um Deus, o Pai, de quem são todas as coisas (...);
e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós tam-
bém, por ele” (v. 4ss - ARA). No entanto, Paulo discorda da conclusão a
que chegaram os coríntios: “Vede, porém, que esta vossa liberdade não
venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos. (...) É destruído,
pois, o fraco por causa do teu conhecimento, o irmão por quem Cristo
morreu” (v. 9; 11).
O apóstolo dos gentios quer mostrar que a liberdade cristã não deve
ser pautada por um individualismo irresponsável que nos leva a tomar
decisões com base em uma lógica fria e egoísta. Ser sábio é ter discer-
nimento para fazer escolhas com base no “temor de YHWH” e no “novo
ensino” de Cristo, o profeta prometido. Ser sábio é usar da liberdade para
tomar decisões visando a “edificação” (oikodomei) do próximo. Paulo su-
gere: “se a comida escandaliza o meu irmão, nunca mais comerei carne
a fim de não escandalizar meu irmão” (v.13).
No caso da Igreja de Corinto, a questão da comida sacrificada a ídolos
se refletia em duas situações distintas:
Comer em rituais pagãos de sacrifícios (v. 10):
1. Alguns cristãos não viam problema em comer nos banquetes de
cultos pagãos. Para eles, desde que não se tomasse parte no ritual
propriamente dito, não haveria problema em comer a comida, pois
os deuses não existiam e, por essa razão, a comida foi dedicada
ao “nada”.
2. Carne vendida nos mercados:
Conforme 1 Co 10, parte da carne vendida nos mercados de Corinto
provinha de altares pagãos. Muitos se sentiam receosos em comer
qualquer tipo de carne, pois era quase impossível estabelecer a
origem da carne.
A questão de comer ou não alimentos sacrificados a ídolos era uma
questão semiótica e, por essa razão, a pergunta a ser feita é “como meu
92
quarto domingo após epifania
COMENTÁRIOS HOMILÉTICOS
93
Igreja Luterana
REFERÊNCIAS
94
QUINTO DOMINGO APÓS EPIFANIA
5 de fevereiro de 2012
Os textos
Os textos para o culto apontam para o grande amor de Deus para com
o seu povo, bem como seu interesse e preocupação com o indivíduo, para
com toda a sua criação. Ao mesmo tempo enfocam a resposta do cristão
ao amor de Deus por meio do louvor, culto, serviço, gratidão, etc.
O salmista convida o povo de Israel a louvar a Deus das mais variadas
formas, pois o Senhor havia mudado a sorte de Israel. Jerusalém sen-
do reconstruída e o povo sendo trazido de volta. Na profecia de Isaías,
o Senhor fala de sua presença, consolo e força dados ao seu povo. O
evangelista Marcos se lembra da cura da sogra de Pedro, curas de outras
pessoas, a expulsão de demônios e a função de profeta do Salvador Jesus,
anunciando o evangelho por onde passava.
Merece destaque o fato de Deus conhecer e saber o nome de cada
estrela, também de cada pessoa do povo de Israel, de Jesus ter curado,
atendido e dado atenção às pessoas que estavam à sua volta, que vi-
nham procurá-lo. É o próprio “Deus conosco” que se faz Deus de toda a
humanidade, não somente dos descendentes de Israel. É Deus amando,
cuidando, fortalecendo e salvando o seu povo!
Contexto Litúrgico
95
Igreja Luterana
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quinto domingo após epifania
97
SEXTO DOMINGO APÓS EPIFANIA
12 de fevereiro de 2012
LEITURAS DO DIA
Salmos 30: O Salmo fala da gratidão do filho de Deus por ter rece-
bido a ajuda e o cuidado no desespero, angústia e medo. A alegria que
vem depois do sofrimento, e que é dada por Deus, é incomparavelmente
superior a qualquer dor ou angústia que podemos sentir ou viver. Isso
é uma promessa de Deus para nós para crermos no seu amor, bondade
e perdão. O Salmista Davi nos mostra que de fato Deus ajuda e nos livra
da angústia, do sofrimento, da doença e até do medo da morte.
2 Reis 5.1-14: A cura de Naamã indicada pela menina israelita levada
como prisioneira, que ficou sendo escrava da mulher de Naamã, aconteceu
diferentemente do esperado por Naamã, que imaginou ter um tratamento
e “atendimento” especial (10). O desconhecimento e por conseqüência a
incredulidade na palavra do profeta Eliseu fez Naamã murmurar (11-12).
Convencido por seus empregados (13) Naamã retrocede, se submente a
palavra do profeta Eliseu e pode viver as bênçãos da cura (14).
Marcos 1.40-45: Jesus demonstra compaixão para com o leproso
curando-o da enfermidade que o segregava socialmente. Jesus pede ao
leproso para que se submeta ao exame do sacerdote para garantir-lhe
o reingresso na sociedade local. Também pede o sacrifício que Moisés
ordenou para que seja reintroduzido na sua familia de fé.
98
sexto domingo após epifania
Nem sempre o que a liberdade nos garante, o bom senso nos autoriza
realizar. O foco deve ser sempre o testemunho claro e inequívoco da graça
de Deus.
1 Co 10.19-22. Nesta sessão o texto fala da prática dos sacrifícios
oferecidos pelos pagãos, os gentios (e;qnoj), um sacrifício a demônios
(daimoni,wn) e não a Deus (qeo,j). Paulo adverte os cristãos no sentido de
não se associarem, terem comunhão (koinwno,j) com os demônios. Não é
possível beber (pi,nw) o cálice do Senhor (poth,rion kuri,ou) e beber do
cálice dos demônios (poth,rion daimoni,wn). Beber precisa ser entendido
figurativamente, como receber na alma o que serve para refrescar, fortale-
cer e nutrir para a vida eterna. Não é possível compartilhar, ser ou tornar-
se participante (mete,cw) ao mesmo tempo da mesa do Senhor (tra,peza
kuri,ou) e da mesa dos demônios (tra,peza daimoni,wn). As expressões
Cálice do Senhor (poth,rion kuri,ou) e mesa do Senhor (tra,peza kuri,ou)
nos remetem a seção do capítulo 11.17 onde o apóstolo Paulo discorre
sobre a Santa Ceia, pois a Santa Ceia também é entendida, histórica e
culturalmente como mesa do Senhor e cálice do Senhor. Compartilhar
tornando-se participante da mesa do Senhor e da mesa dos demônios é
entendido como uma provocação (parazhlo,w) ao Senhor. Compartilhar
das duas mesas provocaria ciúme, rivalidade, ira no Senhor.
1 Co 10.23- 11.1. Nesta sessão o texto fala da postura diante de uma
prática, o testemunho que se dá pela opinião e o juízo que se faz dessa
prática. A expressão “tudo eu posso” traz duas advertências. “Tudo eu
posso” condiz em tese com a liberdade dada e garantida ao ser humano,
mas em síntese se restringe em virtude da necessidade de proteção que o
ser humano tem. “Tudo eu posso” mas nem tudo é bom, convém (sumfe,rw)
nem tudo pode contribuir a fim de ajudar, ser produtivo, ser útil, essa
é a primeira advertência. “Tudo eu posso” mas nem tudo é útil, edifica
(oivkodome,w), nem tudo vai promover crescimento em sabedoria cristã,
afeição, graça, virtude, santidade, bem-aventurança, nem tudo vai fazer
crescer em sabedoria e piedade. Em 1 Co 6.12 aparece mesma expressão
com um final mais enfático: “Mas eu não serei dominado” (evxousia,zw), o
verbo no passivo ali, remete a dependência da graça. Em outras palavras
poderia se dizer que quem está na graça, por fé e no poder do Espírito
Santo não permitirá que circunstâncias tenham poder ou autoridade sobre
o corpo, não permitirá seu corpo ser usado para desonra, mas o dominará
mantendo-o sujeito a própria vontade sob a graça. Como diz Lutero no
Catecismo Menor ao explicar o que significa o batizar com água: “Signi-
fica que o velho homem em nós, por contrição e arrependimento diários,
deve ser afogado e morrer com todos os pecados e maus desejos, e, por
sua vez, sair e ressurgir diariamente novo homem, que viva em justiça e
pureza diante de Deus eternamente. Como diz Paulo em Romanos, capí-
99
Igreja Luterana
tulo sexto: “Assim, quando fomos batizados, fomos sepultados com ele
por termos morrido junto com ele. E isso para que, assim como Cristo
foi ressuscitado pelo poder glorioso do Pai, assim também nós vivamos
uma vida nova.” (Romanos 6.4 NTLH) Buscar, requerer, exigir (zhte,w) o
próprio interesse deve ser preterido em favor o interesse alheio. Em Mt
6.33 Jesus diz que devemos colocar nosso interesse em primeiro lugar em
Deus. O conselho dado (25-27) para comer de tudo que for oferecido sem
perguntar quer proteger o sentimento das pessoas. O que não sabemos,
não conhecemos, não pode nos perturbar. Quando tomamos conheci-
mento (28) nos tornamos reféns da consciência (sunei,dhsij) (1Co 8.7).
Tomamos consciência de algo e temos ciência do que é moralmente bom
e mal sendo impulsionados para fazer o primeiro e evitar o último, glori-
ficando um, condenando o outro. A consciência do outro passa a ser juiz
da nossa liberdade (29), o que nos leva a abrir mão do interesse próprio
exigindo para si algo (30). Deus deseja que o testemunho dos seus filhos
quer, comendo (evsqi,w) ou bebendo (pi,nw) ou fazendo qualquer outra
coisa seja feito para a glória (do,xa) de Deus (qeo,j) (31). Nossas ações
podem converter-se em mau testemunho, mau exemplo (avpro,skopoj),
alguém que faz os outros tropeçar conduzindo-os ao pecado pelo modo
de vida que leva (32). Os outros citados aqui são de fato todos: Judeus
( vIoudai,oj); não judeus, gentios (e[llhn) povos que tinham uma práti-
ca religiosa e cúltica diferente dos judeus; a igreja (evkklhsi,a) de Deus
(qeo,j), a reunião dos cidadãos chamados para fora de seus lares para a
assembleia de Cristãos reunidos para adorar na esperança da salvação
eterna em Jesus Cristo e que observam seus próprios ritos religiosos. O
apóstolo Paulo se coloca como um modelo, um exemplo (1Co 4.6) alguém
que procura agradar a todos sem interesse próprio visando única e exclu-
sivamente a salvação. (33)
Essa sessão tem como foco central o exemplo, o testemunho dos
cristãos redimidos por Cristo. Paulo se coloca como um exemplo para
que Cristo seja o grande exemplo de humildade, do esvaziar-se (Fp 2.7)
em prol da salvação dos perdidos no pecado. Por outro lado chama a um
testemunho seguro e focado na verdade sem conchavo e parceria de con-
veniência com aquilo que afronta a fé verdadeira e autêntica na salvação.
Temos uma cura garantida, que não é física mas espiritual e que se dá
pelo perdão dos pecados que graciosamente pode se manifestar em cura
física (2 Rs e Mc).
Com um objetivo de vida o texto nos leva a testemunhar nossa fé com
segurança e autenticidade abrindo mão daquilo que não nos compromete
espiritualmente mas nos desafia missionariamente. Somos chamados a sair
da zona de conforto espiritual para testemunhar nossa fé sem abrir mão
da nossa convicção bíblica e doutrinária mas com tolerância e amor.
100
sexto domingo após epifania
PROPOSTA HOMILÉTICA
Horst Musskopf
Porto Alegre/RS
hsmusskopf@bol.com.br
101
Sexto Domingo após Epifania
12 de fevereiro de 2012
Contexto Litúrgico
Leituras do dia
Salmo 30
Um texto que expressa a dependência do salmista em relação ao
Senhor. É a constatação de que sem a mão de Deus de nada vale toda
expectativa humana. Nos 12 versículos em que foi dividido o salmo, o
décimo retrata em forma de súplica esta carência. Somente Deus é o au-
xílio, capaz de mudar cenários de dor e derrota em alegria e paz. E Deus
faz isso por pura compaixão, sendo este o grande motivo do louvor e das
ações de graças do povo.
2 Rs 5.1-14
Uma coletânea de situações e sentimentos desenha a linha melódica
desta história. A condição de Naamã: soldado valente, mas com uma do-
ença terrível; a esperança, diante da dica da escrava israelita. O medo do
rei de Israel diante do pedido por cura; a confiança do profeta Eliseu; a
indignação de Naamã diante da simplicidade do método de cura proposto;
a insistência dos oficiais a que seja aceita a palavra do profeta; e, enfim,
“carne firme e sadia como a de uma criança”.
Marcos 1. 40-45
Nos dois primeiros versículos, um diálogo emocionante. Um doente
impuro, de joelhos, pede: “Senhor, se quiseres, podes purificar-me” (RA);
Jesus, “movido de grande compaixão” (RC), encosta nele e diz: “Quero,
fica limpo!”. Uma conversa fantástica, com um desfecho fantástico! O
102
sexto domingo após epifania
restante da história é que parece não ter o mesmo tom porque, diante
de uma recomendação veemente, a não obediência e um ‘problema’ para
Jesus. Será que Jesus depois disso não pensou que melhor teria sido não
promover esta cura? Por que curar aquele ‘língua solta’, que agora causa
uma exposição não pretendida pelo mestre? Claro que são perguntas
apenas provocativas, pois Jesus quer curar e por isso ele cura. Jesus não
está sujeito a ‘reações adversas’ de seus atos. Jesus é dono da situação.
Mas este final é, no mínimo, interessante.
Ênfases gerais
103
Igreja Luterana
104
sexto domingo após epifania
ENCAMINHAMENTO HOMILÉTICO
Arnildo Münchow
Canguçu/RS
arnildomunchow@yahoo.com.br
105
A TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
19 de fevereiro de 2012
CONTEXTO LITÚRGICO
106
A transfiguração do senhor
sando com Jesus, é ainda mais verdade que o Messias é apresentado por
Moisés e Elias (Torah e profetas). Foram eles os mensageiros da aliança,
escolhidos e enviados por Deus que criaram a expectativa do nascimento
do Messias e agora confirmam que o menino nascido em Belém é verda-
deiramente o Messias. Consequentemente tudo o que vem acontecendo
com Jesus nestes dias apenas confirma que o Messias está indo para
Jerusalém para definitivamente ser consagrado no Gólgota.
TEXTOS BÍBLICOS
107
Igreja Luterana
APLICAÇÃO HOMILÉTICA
108
A transfiguração do senhor
“Cristo brilha”
Na Lei – apontando para a necessidade do Messias
No Evangelho – na boa notícia que encontramos o Messias na Escri-
tura (Moisés e Elias + apóstolos)
Em nós – quando olhamos para Cristo e confiamos nele. (Natal e
Epifania)
Para sempre – nos tornando espelhos e vencedores sobre a morte
(Quaresma e Páscoa).
OBRAS CONSULTADAS
109
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
22 de fevereiro de 2012
CONTEXTO
ÊNFASES
110
quarta-feira de cinzas
111
PRIMEIRO DOMINGO NA QUARESMA
26 de fevereiro de 2012
GÊNESIS 22.1-18
Deus põe Abraão à prova, assim ele também testa nossa confiança
e entrega incondicional a ele. Estar sob o cuidado de Deus não significa
estar livre de provações. Nossa humanidade julga como punição, castigo e
injustiça certas situações a que somos submetidos. O apelo é: pense que
isto faz parte da sua humanidade; não caia fora; não desista; não largue
tudo. Acompanhe o plano divino para sua vida com confiança. Abraão
foi até o fim. No final veio a intervenção divina providenciando a Abraão
exatamente aquilo que lhe faltava. Assim Deus continua a providenciar o
que os seus filhos necessitam.
TIAGO 1.12-18
“Feliz aquele que nas aflições continua fiel. Depois de sair aprovado,
receberá o prêmio que Deus tem prometido aos que o amam.” A quares-
ma nos lembra das tentações que Cristo passou. Mostra-nos que Cristo
passou por tudo. Mostra que Cristo foi até o fim. Cristo acompanhou o
plano divino. Foi fiel até o fim. Recebeu a aprovação de Deus. Recebeu
o prêmio final – ressurreição e volta para o céu. Nós também seremos
vencedores se permanecermos fiéis aos planos divinos, mesmo que por
vezes não os compreendamos.
112
primeiro domingo na quaresma
MARCOS 1.9-15
A primeira tentação
- Satanás investe diretamente na aparente vulnerabilidade de Jesus.
A fome – uma necessidade natural. Aqui pode surgir o pensamento
humano: Que mal há em ceder? “Todo mundo” precisa disso! O
motivo para aceitar e cair seria logicamente compreendido por
qualquer humano que viesse a julgar a situação.
- Na realidade, surge aqui a tentação para desconfiar das promessas
e da providência divina. O engano seria a fome – uma necessidade
humana.
- A resposta de Jesus é a resposta que Adão e Eva deveriam ter dado
a Satanás. Olhando para a Palavra e para as promessas de Deus,
assumir postura de confiança diante destas promessas.
- Jesus não nega a necessidade humana, mas a coloca diante das
promessas divinas de cuidado e proteção.
- Adão e Eva foram vencidos no Éden. Jesus vence Satanás no
deserto. As condições eram diferentes e a atitude diante de Deus
também. Em ambas as situações, os personagens eram livres e
foram tentados. Jesus, mesmo sendo o Filho de Deus, não parte
para o confronto e não aceita argumentar; ele cita a Palavra e
esta afugenta Satanás.
A segunda tentação
- Aqui Satanás trabalha em outra dimensão – estimula a confiança.
“Deus cuidará de você”, pode fazer, você tem os anjos a seu ser-
viço. Confia nisso e se lança. A confiança que desconfia e que é
presunçosa, na verdade, é falsa. Seria mais um capricho humano,
uma demonstração humana. Do alto do templo – todos assistiriam
ao espetáculo, seria uma boa forma de se autopromover. Vaidade
e soberba poderiam facilmente empurrar na direção da aceitação
da proposta.
- Jesus está no caminho da confiança e obediência ao Pai e não dos
caprichos humanos. Satanás está de Bíblia na mão pregando para
Jesus, mas Jesus rapidamente identifica a Palavra que o protege
da queda e reage novamente com esta Palavra do Pai.
A terceira tentação
- A cobiça levou Adão e Eva a serem vencidos. O diabo conhece
as fraquezas humanas, seus desejos, suas inclinações naturais e
investe nestes pontos.
- “Se prostrado me adorares”. - Quero ser seu Deus. Não quero você
apenas para “uma” tentação. Aqui o diabo não mente, ele assume
seu papel com verdade e transparência total.
113
Igreja Luterana
- Uma vez só, que pode não significar um grande mal, não satisfaz
Satanás. Ele quer ser adorado, seguido. Ele quer ser senhor da
vida daquele que caiu em tentação.
114
SEGUNDO DOMINGO NA QUARESMA
4 de março de 2012
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Igreja Luterana
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segundo domingo na quaresma
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Igreja Luterana
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TERCEIRO DOMINGO NA QUARESMA
11 de março de 2012
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Igreja Luterana
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terceiro domingo na quaresma
lho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm
1.16).
Elmer E. Link
Canoas/RS
elmerlink@gmail.com
121
QUARTO DOMINGO NA QUARESMA
18 de março de 2012
REFLEXÃO HOMILÉTICA
122
quarto domingo na quaresma
que Deus providenciou a nossa salvação não por interesse, mas por graça
e infinito amor.
Agora quero chamar a atenção para outro fator que nos costuma pas-
sar despercebido. Jo 3.20,21 fala dos que praticam boas obras e dos que
não praticam boas obras: “quem pratica a verdade aproxima-se da luz,
a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus”.
Ef 2.10 afirma: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as
boas obras”.
Ofuscados pelo brilho do amor de Deus, impressionados com a forma
tão inesperada de salvação por graça e misericórdia, esquecemos de que
o verdadeiro cristão não é o que conhece a sua salvação e cruza os bra-
ços. Nós fomos trazidos à vida pelo amor do SENHOR, somos organismos
vivos em Cristo e não devemos, não podemos ficar parados com medo de
pregar sobre as obras por causa da pura doutrina.
Por isso os nossos ouvintes precisam ser levados a enxergar que
“aquele que não encontrar Cristo em meio aos pobres e necessitados
ainda não tem a fé verdadeira”, porque a fé se manifesta no amor, nunca
na omissão e na passividade.
Não somos salvos por obras, “para que ninguém se glorie”, mas somos
“criados para as boas obras”, que são feitas no mundo para o mundo – por
isso o cristão olha para a criação e se importa com ela. Com os pobres,
desabrigados, os que passam frio, com a poluição, o desmatamento, com
a corrupção.
A vida que temos em Cristo, conquistada por ele na cruz, precisa ser
vivida, já aqui, ainda que, não completamente como na nova terra.
OBJETIVOS
123
QUINTO DOMINGO NA QUARESMA
25 de março de 2012
CONTEXTO LITÚRGICO
124
quinto domingo na quaresma
TEXTO E CONTEXTO
125
Igreja Luterana
Vv. 5,6: Agora que o autor deixou claro quais são os requerimentos
necessários para alguém se qualificar ao sacerdócio levítico, a saber: ser
humano (v.1), empático (v.2) e humilde (v.4); ele passa a mostrar que
Cristo também tem essas qualificações e muito mais. Ele afirma que Cristo
não buscou o sacerdócio por sua própria iniciativa, pois ele não tinha ne-
nhuma ambição de glória pessoal. Ao contrário, Deus o consagrou para o
ofício sacerdotal, pois Jesus é Filho de Deus, cuja missão messiânica era
ser o supremo sacrifício pelos pecados da humanidade. Citando o Salmo
2.7 (anteriormente citado em Hebreus 1.5) o autor enfatiza que Cristo
foi divinamente nomeado, ele não teve um “chamado interno”, mas foi
designado por Deus para servir nessa função.
A segunda citação é o Salmo 110.4, um dos Salmos mais mencionados
no Novo Testamento (17 vezes) em referência a Cristo (cf. Hebreus 1.13)
e a razão é clara: Cristo é muito maior que Arão, pois ele é sacerdote
segundo a linhagem de Melquisedeque. Jesus é Rei-Sacerdote eterno;
Arão, o primeiro Sacerdote levítico, jamais pode fazer tal reivindicação.
Melquisedeque foi o sacerdote e rei que abençoou Abraão e dele recebeu
ofertas (Gênesis 14.18-20; Hebreus 7.2,4). Como Melquisedeque, Cristo
também é verdadeiro sacerdote, mas de um sacerdócio eterno, já que é
Filho de Deus.
Cristo é sacerdote para sempre. Que magnífico contraste entre Cris-
to e os demais sacerdotes do Antigo Testamento! Esses vinham e iam,
tinham um tempo determinado para atuar, mas não com Cristo! Ele não
tem sucessor, o seu sacerdócio é eterno, Cristo continuamente intercede
em nosso favor diante do Pai no céu (cf. 1 João 2.1).
Vv. 7,8: O leitor agora é lembrado que Cristo não era apenas sacerdote
dentre o seu povo, mas também era verdadeiro homem. Ele suplicou para
Deus em alta voz e lágrimas (certamente uma referência à sua agonia
no Getsêmani e também na cruz). Como homem, ele pediu ao Pai que o
livrasse daquilo que estava diante dele. Como homem, ele buscou a ajuda
de Deus, sabendo que ele poderia livrá-lo. Todavia, ao clamar por Deus,
Cristo submeteu-se à vontade do Pai. Deus respondeu a oração de Cristo,
enviando um anjo para confortá-lo e fortalecê-lo para poder suportar a
cruz (Lucas 22.39-46). A oração de Cristo também foi ouvida, no feliz
desfecho de sua ressurreição. A frase “e tendo sido ouvida por causa da
sua piedade” expressa a mais profunda humanidade de Cristo, pois ele
conquistou a atenção de Deus não por causa de sua filiação, mas sim,
devido à sua submissão como homem à vontade de Deus.
“Aprendeu a obediência...” Essa obediência não implica imperfeição ou
mesmo pecado por parte de Jesus. A palavra obediência é uma referência
à queda em pecado, quando, devido à desobediência de Adão, muitos se
tornaram pecadores; agora muitos se tornam justos, por meio da obedi-
ência de Cristo (cf. Romanos 5.19).
126
quinto domingo na quaresma
127
Igreja Luterana
I – Sacerdotes, Sacerdotes...
1. Escolhidos por Deus e nomeados para servir a Deus em favor do
povo (vv.1, 4)
2. Requerimentos necessários:
- Homem do povo (v. 1)
- Empático (v.2)
- Humilde (v.4)
3. Sua função:
- Ouvir o povo em suas necessidades (v.2)
- Confortar pecadores ignorantes e os que erram (v.2)
- Oferecer sacrifícios pelos pecados do povo (v.3)
- Problema: Sacerdotes eram imperfeitos e pecavam (v.3)
4. Sacerdotes eram transitórios
- Arão, Nadabe, Abiú, Eleazar, Itamar, etc., (Êxodo 28.1; Hebreus
7.23)
128
quinto domingo na quaresma
Ely Prieto
San Antonio, Texas/USA
elyp@lincsa.org
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Domingo de Ramos/
Domingo da Paixão
1 de abril de 2012
CONTEXTO HISTÓRICO/LITÚRGICO
130
domigo de ramos/domingo da paixão
O TEXTO
131
Igreja Luterana
1 DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. 3 ed. São Paulo: Vida Nova, 1995, p.
1277.
132
domigo de ramos/domingo da paixão
PONTO DE CONTATO
133
Igreja Luterana
134
QUINTA-FEIRA SANTA
5 de abril de 2012
CENÁRIO HISTÓRICO
CENÁRIO LITÚRGICO
ANÁLISE DO TEXTO
135
Igreja Luterana
PROPOSTA HOMILÉTICA
Moléstia: O orgulho do ser humano que muitas vezes pensa ter força
para manter-se na fé ou por si mesmo estar em Cristo. Esta arrogância
espiritual gera indiferença e consequentemente fraqueza diante das ten-
tações.
Meio: Unir e manter unido com Cristo são obras divinas em nós através
dos meios que Deus determinou. Em sua imensa graça Deus oferece o
sacramento da Santa Ceia para que, pelo pão e vinho, nos sejam dados
o corpo e sangue de Cristo que nos une a Ele e aos irmãos em um só
corpo.
Objetivo: Demonstrar ao povo de Deus a preciosa graça oferecida
no Sacramento do Altar, que sela e renova nossa união com Cristo e os
irmãos. Ao mesmo tempo lembrar que ceder às tentações, motivado por
sentimento de autossuficiência, é destrutivo para a fé.
136
quinta-feira santa
Fernando E. Garske
São Leopoldo/RS
pastorfernando@gmail.com
137
SEXTA-FEIRA SANTA
6 de abril de 2012
CONTEXTO
Por ocasião da morte de Jesus, rasgou-se pelo meio o véu do Santuário.
Era o véu que fazia separação entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos
(Êx 26.31). Ao Santo dos Santos apenas o sumo sacerdote tinha acesso.
Os adoradores permaneciam no átrio exterior. Agora temos Jesus como
nosso Sumo Sacerdote. Com ele podemos chegar até o Santo dos Santos
da presença de Deus.
O autor de Hebreus faz uso da antiga ordem sacerdotal para mostrar
a superioridade da nova ordem. Revela a excelência do Sumo Sacerdote
Jesus como superior àqueles da antiga. A ordem antiga era provisória e
imperfeita, apenas uma figura do verdadeiro ou sombra dos bens vin-
douros.
Em Cristo está a ordem perfeita, real e eterna. Ele tornou-se o autor da
salvação eterna. Salvação consumada na cruz na Sexta-Feira da Paixão.
O autor quer revelar esta salvação dada por Deus aos homens. Para
a obra redentora não foi utilizado o sacrifício de animais, como na antiga
ordem, mas o próprio Jesus foi sacrificado no altar da cruz. Isto faz dele
o grande Sumo Sacerdote. Podemos traçar alguns paralelos que revelam
esta verdade.
1. Ele, Jesus, ofereceu o verdadeiro sacrifício, sua vida. Os outros
ofereciam sacrifícios simbólicos, animais.
2. O sacrifício de Cristo foi derradeiro e eterno. Os outros eram sacri-
fícios passageiros, uma sombra dos bens vindouros.
3. Ele é Sumo Sacerdote Maior, pois é o próprio Filho de Deus.
4. Ele penetrou os céus para sempre. Os sumos sacerdotes da ordem
antiga penetravam apenas o Santo dos Santos.
5. Seu sacrifício é melhor porque é o fim de todos os outros. Em Cristo
temos acesso a Deus Pai e podemos a Ele chegar confiadamente.
TEXTO
138
sexta-feira santa
a José: “E lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos
pecados deles” (Mt 1.21). Jesus é Salvador e foi na sua morte que ele
trouxe a salvação. Com o “está consumado” da Sexta-Feira da Paixão a
obra redentora foi concluída e em Cristo temos a salvação.
O Filho de Deus. Não é um Filho de Deus, mas o Filho. Ele é o Unigênito
que Deus, em seu amor, nos presenteou. Este título destaca a Majestade
de Cristo como Sumo Sacerdote. Combina a natureza humana e divina
com qualificações perfeitas para o sumo sacerdócio. Ele é superior a anjos,
Moisés, Arão, Melquisedeque, porque é o Filho de Deus. Apesar de ser o
Filho de Deus, humilhou-se a fim de cumprir sua missão terrena.
“Ele é o grande Sumo Sacerdote”. Grande não apenas porque é o
maior, mas porque é o último. Não há mais necessidade de sumos sacer-
dotes, como na antiga ordem, após Cristo. Jesus foi o cumprimento das
sucessões. Nele o conceito sumo sacerdotal acha plena concretização. Ele
é grande não somente quanto ao seu caráter, mas também quanto a sua
obra. Ele “penetrou os céus”. Chegou até a presença do próprio Deus,
onde está à direita do Todo-Poderoso. Intercede por nós.
“Conservemos firmes a nossa confissão”. Firmemo-nos na confissão
de fé e desfrutemos dos benefícios de sua obra sacerdotal. Ele, com seu
sacrifício, derrubou por terra a barreira final entre Deus e os homens. O
véu rasgou-se e temos livre acesso. É importante e vital conservar firme
esta confissão.
V. 15: “Um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas”. Jesus é o Filho de Deus, mas ele também se identificou conosco,
sofrendo tudo que sofremos. O compadecer tem o sentido de simpatizar.
Ele simpatiza com nossos problemas, fraquezas e conflitos. Ele sente e
compreende estas fraquezas. Ele sabe o que sofremos e sob que condições
vivemos. O objeto da simpatia são nossas fraquezas. “Há simpatia para
com os necessitados, mas não para os autossuficientes”.
“Em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Ele aprendeu a usar o poder
do Espírito, que está à disposição de todos os cristãos. Ele foi tentado em
sua natureza humana, mas sem pecado. Agora ele pode ajudar em nossas
tentações. A tentação de Jesus se equipara à nossa e ele não pecou. Isto
é fonte de consolo e encorajamento.
O “sem pecado” de Cristo qualifica-o para o sumo sacerdócio. Ele
não precisa oferecer sacrifício por si mesmo. Todo seu sacrifício pode ser
devotado aos homens. Mediante o sacrifício de si mesmo ele eliminou o
pecado para sempre e, agora, temos acesso a Deus Pai.
Portanto
139
Igreja Luterana
140
sexta-feira santa
SUGESTÃO DE TEMAS
141
SÁBADO DE ALELUIA
7 de abril de 2012
LEITURAS DO DIA
142
sábado de aleluia
CONTEXTO
TEXTO
143
Igreja Luterana
COMENTÁRIOS HOMILÉTICOS
SUGESTÕES DE TEMA
144
sábado de aleluia
145
RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR
8 de abril de 2012
146
resurreição de nosso senhor
absoluta, não podemos pregar o Cristo, que morreu e ressuscitou para ser
o nosso Redentor. O apóstolo Paulo não nos deixa esquecer que a fé em
Cristo tem base firme na ressurreição do corpo para a vida eterna. Essa
fé recebemos pelos meios da graça – Batismo, Palavra e Santa Ceia. Em
Cristo somos libertos do pecado, do diabo e da morte, para esperarmos
pela nova vida e a eternidade. Paulo expõe um perigo que corremos ao
negarmos a ressurreição, o de negarmos o próprio Cristo. Se não há res-
surreição, Jesus é mentiroso e sua obra não teve valor algum. É preciso
crer na ressurreição para que a fé continue viva e ativa. É importante orar
para que não venhamos a duvidar da ressurreição. O diabo quer destruir
a nossa fé causando dúvidas sobre a ressurreição.
Um destaque inicial que precisa ser dado é para uma fraqueza humana:
o esquecimento. Facilmente esquecemos nomes, coisas, tarefas a serem
feitas, e em relação a Deus muito mais. Os coríntios tinham esquecido
o verdadeiro evangelho sobre a ressurreição. Isso fica evidente quando
Paulo diz que desejava lembrar o evangelho que já tinha pregado. Não
era algo novo. Era o verdadeiro ensinamento sobre Cristo que não deveria
ter saído do coração dos cristãos, mesmo diante de falsas pregações. Por
causa dos nossos pecados sempre de novo precisamos ser lembrados do
amor de Deus, e de seus ensinamentos que nos levam a Cristo.
Outro destaque é a importância do evangelho na vida cristã. O evange-
lho é a garantia da nossa salvação, pois é a mensagem do amor de Deus
através de seu Filho que se tornou o nosso Redentor pela sua morte e
ressurreição. Assim, o evangelho nos revela a riqueza da graça de Deus,
anunciando ao pecador perdido que ele é aceito pelos méritos de Jesus. A
mensagem do evangelho é clara e pura. É colocado em nosso coração pela
obra de Deus Espírito Santo. Este puro e doce evangelho será pregado e
por ele os cristãos viverão. O evangelho é essencial para o cristão porque
Jesus é o seu autor e consumador.
Também não podemos esquecer os pilares da fé cristã que são: Cristo
morreu para pagar nossos pecados e ressuscitou como havia dito. O após-
tolo Paulo mostra que a obra de Cristo, morrendo e ressuscitando, é um
fato que garante a nossa salvação e ressurreição. É oportuno lembrar que,
ao mesmo tempo em que lembramos a obra de Cristo, é fundamental que
valorizemos todo o seu trabalho por nós. Esta é a mensagem do domingo
da Páscoa. Negar a ressurreição significa negar a própria fé.
O apóstolo Paulo não deixa de mencionar, em seu sermão, a impor-
tância do testemunho. Fica evidente que ele fala da ressurreição de Jesus
com base também em testemunhos de irmãos que viram o Senhor vivo,
147
Igreja Luterana
O pastor Paulo, com certeza, ficou muito triste quando soube que
um falso ensinamento, sobre a ressurreição, estava sendo difundido em
148
resurreição de nosso senhor
149
Igreja Luterana
150
resurreição de nosso senhor
Iderval Strelhow
Porto Alegre/RS
strelhow@yahoo.com.br
151
SEGUNDO DOMINGO DE PÁSCOA
15 de abril de 2012
152
segundo domingo de páscoa
V.1: “O que era desde o princípio” (}O h=n avpV avrch/j). O que era desde o
princípio era Ele, o Logos da Vida, o Filho de Deus, Jesus Cristo, o que temos
ouvido, visto, contemplado, tocado “era Ele”. O neutro (}O) transmite mais
do que o masculino seria capaz de fazer, ou seja, para além da pessoa, tudo
o que esta pessoa era, é, e sempre será para nós. Jesus Cristo não pode
ser separado do que era e é para nós. O tema desta carta é o mesmo que
o do Evangelho: o Filho encarnado eterno para a nossa vida e salvação, e
ao mesmo tempo para a confusão de todos os anticristos.
Este “princípio” é o mesmo mencionado em Gênesis 1.1. Em Gênesis
1.1 “no princípio” marca o momento em que o tempo começou para os
atos da Criação que se seguiram. Em João 1.1 “o princípio” marca o mesmo
momento, mas para nos dizer que já naquela época o Logos “era”. “Desde
o princípio” deixa toda a eternidade em aberto para “o que” já naquele
tempo “era”. João olha para a frente “desde o princípio” porque ele iria
chamar a atenção para o ponto que o Logos da Vida existia muito, muito
tempo antes de sua manifestação na plenitude dos tempos.
“... o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios
olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam …” A manifes-
tação da Palavra da Vida é percebida através dos sentidos, indo do mais
abstrato ao concreto. O Deus Eterno, aquele que trouxe à existência to-
das as coisas, se fez presente no tempo e na condição humana. O Deus
revelado nas Sagradas Escrituras não é apenas uma energia cósmica; ao
contrário, Deus se fez ser humano, de carne, osso e sangue. A encarnação
de Jesus Cristo é a manifestação da vida de Deus, e é em forma humana,
com corpo como nós.
V.3: “o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros,
para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco.” A mensagem
sobre Jesus, apresentada por João, não é uma obra literária que resultou
153
Igreja Luterana
154
segundo domingo de páscoa
SUGESTÃO DE ESBOÇO
155
Igreja Luterana
BIBLIOGRAFIA
Geomar Martins
Bela Vista/MS
geomarmsro@yahoo.com.br
156
TERCEIRO DOMINGO DE PÁSCOA
22 de abril de 2012
DESTAQUES
157
Igreja Luterana
- “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos
chamados filhos de Deus”. Aqui está um dos pontos centrais da fé e da vida
cristã: o amor de Deus. Esse amor se manifesta de uma forma sublime
quando o Deus eterno, santo e justo, vem ao encontro dos seres humanos
mortais, pecadores e falhos e os chama de “filhos”. Ou seja, Deus não
ama e aceita somente a nossa alma ou espírito que são bons e destrói o
corpo que é mau, ao contrário, ele chama de filhos pessoas de carne e
osso. Aqui reside o maior consolo para nós, pecadores. Será que alguém
nos aceitaria conhecendo-nos tão profundamente como Deus? O Senhor
conhece o mais íntimo dos nossos sentimentos, mas, por amor, nos aceita
como filhos. Podemos, aqui, concordar com João: “Que grande amor!”
- “Ainda não se manifestou o que haveremos de ser”. Esse é um alerta
para todos os filhos de Deus. Somos seus filhos, mas ainda não estamos
livres do pecado. Ainda não somos “semelhantes a ele”. Aqui encontramos
o conhecido “já, mas ainda não”. Por isso, os filhos de Deus não podem
relaxar em nossa luta contra o pecado que habita em nós, não apenas
na carne, mas em todo o nosso ser. O fato de sermos filhos de Deus,
libertados da lei e da morte, não nos permite vivermos no pecado. Ao
contrário, a esperança da vida eterna nos leva a viver aqui na perspectiva
da nova vida.
- “... a si mesmo se purifica todo aquele que tem esperança”. É essa
esperança da vida eterna quando “seremos semelhantes a ele” que nos
impulsiona para vida de luta contra o pecado. Logicamente, não temos
forças para vencer o pecado e nos purificar, por isso nossa esperança está
em Cristo. Essa esperança é um apegar-se continuamente à promessa de
Deus que diz que “quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16.16).
- “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei”. Nossa
esperança precisa estar em Cristo, porque estamos inseridos nessa afir-
mação. Diariamente pecamos, transgredindo a lei de Deus.
- “Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados”. No seu
imenso amor Deus concedeu aos seus filhos, através o seu Filho unigênito,
a purificação de nossos pecados. Jesus veio e vem a nós para tirar nossos
pecados. Veio na cruz do calvário para pagar cada um deles, pagando o
resgate por nós. Também continua vindo a nós através da Palavra, da
Absolvição, do Batismo e da Santa Ceia. Aliás, essa é uma ênfase que
precisa ser dada constantemente na vida da igreja. Não é raro ouvirmos
afirmações do tipo “não preciso da igreja para ser cristão” ou, mais espe-
cificamente entre jovens e adolescentes, “por que temos de ir à igreja?”
A razão está nessa afirmação de João: Jesus “se manifestou para tirar
pecados” e continua se manifestando nos meios da graça. A vida daquele
que tem esperança é um constante voltar ao Pai para receber a remissão
e a purificação dos pecados.
158
terceiro domingo de páscoa
- “Todo aquele que permanece nele não vive pecando”. Essa afirmação
nos incomoda porque pecamos diariamente. No entanto, essa afirmação
precisa ser lida no contexto da epístola. Aqui é um alerta contra a liberti-
nagem que se acentuava na igreja e continua a rondar a vida de todos os
cristãos. Especialmente em nosso tempo, em que o pecado foi relativizado
e muitas correntes do cristianismo defendem a liberdade total. A vida
daqueles que vivem o “já, mas ainda não” é uma vida de arrependimento
constante. Não é um apenas repetir com os lábios “creio”, mas uma vida
norteada pela vontade do Senhor. Embora ainda não tenha se manifestado
o que haveremos de ser, pelo Espírito Santo, somos guiados a uma vida
de santificação constante no amor a Deus e ao próximo.
A importância desse texto para esse período de Páscoa está no fato de
ele apresentar um resumo de todo o plano da salvação. Temos, claramente,
uma apresentação da razão pela qual Jesus viveu, sofreu e morreu 22 de
abril de 2012 – que é o amor de Deus por seus filhos. Também encon-
tramos a lei clara de que o pecado é algo muito sério e que não pode ser
negligenciado pelo povo de Deus. O texto nos leva à paixão de Cristo, a
consequência de nosso pecado. Precisamos contemplar, constantemente,
o Calvário para não cairmos na tentação de relativizar o pecado. Por outro
lado, encontramos o consolo do evangelho que nos diz o porquê do so-
frimento de Jesus, “para tirar pecados”. Além disso, temos a garantia da
ressurreição de que seremos “semelhantes a ele, porque haveremos de
vê-lo como ele é”. Assim, ao percebermos nosso pecado, somos levados
pelo amor do Pai à esperança da vida eterna.
PROPOSTA HOMILÉTICA
159
Igreja Luterana
160
QUARTO DOMINGO DE PÁSCOA
29 de abril de 2012
LEITURAS
CONTEXTO
TEXTO
Vv. 16,17,18: Amor em ação (en ergo), não apenas da boca para fora.
A situação mencionada no v.17 é lembrada também por Tg 2.15-17 e é
preparatória para o v. 23 (base para esta mensagem). O lema “Servindo
como povo de Deus” enfoca a diaconia, o serviço social, o amor ao pró-
ximo. Pode ser bem mencionado aqui. Cf. tb.: Tg 1.22.
161
Igreja Luterana
Vv. 19,20: Nosso coração nos acusa, pois sabemos que ainda não so-
mos perfeitos. Mas Deus, que conhece nossas fraquezas, quer tranquilizar
o nosso coração pelo perdão de Cristo. - Cf.: O filho pródigo: Lc 15.21 e
22: o arrependimento do filho e o amor do pai; e: A negação de Pedro,
Mt 26.75, e o amor de Jesus, Lc 24.34, Jo 21.15ss.
Vv. 21,22: Perdoados, tranquilos, podemos chegar ao Pai como “seus
verdadeiros filhos e lhe rogar sem temor, com toda a confiança, como filhos
amados ao querido Pai” (M. Lutero, Explicação da Introdução do Pai Nosso,
Catecismo Menor). Cf.: Rm 5.1; Hb 4.16; Rm 8.1,33,34; 1 Jo 5.14,15.
V. 23: Lutero comenta sobre fé e amor: “Com exceção da fé, nós de-
vemos direcionar todas as nossas obras ao nosso próximo; porque Deus
não requer de nós obra nenhuma, a não ser que creiamos em Cristo Jesus”
(Sl 11.95). Assim como a fé é dirigida a Deus através de Cristo, assim as
nossas obras são dirigidas ao próximo movidas pelo amor de Cristo. Cf.: O
julgamento final, Mt 25.40; cf. tb.: Jo 6.29; Jo 13.34,35; Jo 15.12,17.
V. 24: “permanecer”: cf. o Evangelho deste domingo.
“O Espírito”: aponta para o Pentecostes. Cf. 1 Jo 4.13; Rm 8.9; Jo
14.16,17.
PROPOSTA HOMILÉTICA
Tema: Fé e ação!
Objetivo: Estimular a uma coerência maior entre a fé e a vida cristã,
baseada no amor de Cristo.
Problemas que impedem uma maior coerência:
- falsa compreensão do “sola fide”.
- medo de praticar obras “para a salvação”.
- ser cristão só na igreja, não no dia a dia.
- falta de amor ao próximo.
A solução de Deus: O mesmo Espírito que nos chama à fé em Cristo
nos capacita para as obras através dos meios da graça.
Introdução: Ler no Livro de Concórdia, p.509ss. ”Das Boas Obras;
Fórmula de Concórdia, Declaração Sólida, IV e levantar a questão. I - Crer
em Jesus Cristo
A fé salvadora: Dom de Deus (Explicação do Terceiro Artigo do Cre-
do). II - Amar uns aos outros
Fruto da fé: (exemplos concretos locais - ou do FAPI - de oportuni-
dades de serviço).
162
quarto domingo de páscoa
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QUINTO DOMINGO DE PÁSCOA
6 de maio de 2012
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quinto domingo de páscoa
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Igreja Luterana
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quinto domingo de páscoa
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Igreja Luterana
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quinto domingo de páscoa
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SEXTO DOMINGO DE PÁSCOA
13 de maio de 2012
170
sexto domingo de páscoa
(aoristo) o mundo e todo o desamor que ele, mundo, prega e vive. Nos
versículos seguintes (9-12), João falará do conteúdo desta fé: crer em
Cristo significa ter a vida eterna (parte do texto da mensagem para o
próximo domingo).
Na leitura do evangelho (João 15.9-17), o Salvador Jesus Cristo fala
aos seus discípulos no cenáculo que, assim como o Pai o amou e ele veio
ao mundo dar a sua vida por nós, temos todas as condições para amar
ao próximo. Esse fruto da fé não é produção que se origina em nosso
coração, por nossa própria força, mas é obra de Cristo em nós. Ele nos
escolheu (nesta palavra se inclui tudo o que fez por nós na sua Obra da
Redenção) e, uma vez que fez tudo isso por nós, agora nos envia para
que produzamos frutos de amor.
TRADUÇÃO DO TEXTO
V. 1: Todo aquele que está crendo que Jesus é o Cristo, de Deus foi
nascido, e todo aquele que está amando o que o gerou (Deus), ama o
que foi nascido dele (Cristo).
gege,nnhtai – Perfeito indicativo passivo, terceira pessoa do singular
de genna,w – gerar, nascer.
ennh,santa – Particípio aoristo ativo, acusativo masculino singular
de genna,w
gegennhme,non – Particípio perfeito passive, acusativo masculino sin-
gular de genna,w
João usa o verbo genna,w três vezes nesse versículo: a primeira vez
para referir-se a nós, que fomos nascidos de Deus; a segunda vez para
referir-se ao próprio Deus, que gerou a Cristo (Cristo foi gerado, não
criado); a terceira vez, para referir-se ao próprio Cristo, que foi nascido
de Deus, e os que creem em Cristo e estão unidos a ele.
V. 2: Nestas coisas (nisto) conhecemos (sabemos) que amamos os
filhos de Deus, sempre que (quando) a Deus amamos e cumprimos seus
mandamentos (poiw/men – Presente subjuntivo ativo: cumprimos, prati-
camos).
V. 3: Este, pois, é o amor de Deus, para que os mandamentos dele
guardemos (thrw/men – Presente subjuntivo ativo: guardar, cumprir,
obedecer. Os dois presentes – poiw/men e thrw/men – indicam ação diária,
contínua, do dia a dia), e os mandamentos dele pesados não são.
barei/ai – Pesados, difíceis. Em Mt 23.4 a mesma palavra é usada para
descrever os preceitos criados pelos fariseus para que as pessoas obser-
vassem. Aqueles eram difíceis, pesadíssimos; ao mandamento de Jesus,
para os que foram nascidos de Deus não são pesados, nem difíceis – são
todo o seu prazer, é o desejo do seu coração perdoado e salvo.
171
Igreja Luterana
EXPOSIÇÃO DO TEXTO
172
sexto domingo de páscoa
173
Igreja Luterana
ESBOÇO
174
sexto domingo de páscoa
175
Igreja Luterana
176
A ASCENSÃO DO SENHOR
17 de maio de 2012
CONTEXTO
TEXTO
177
Igreja Luterana
178
a ascenção do senhor
PROPOSTA HOMILÉTICA
179
SÉTIMO DOMINGO DE PÁSCOA
20 de maio de 2012
180
sétimo domingo de páscoa
Waldyr Hoffmann
Joinville/SC
waldyr.h@uol.com.br
181
DOMINGO DE PENTECOSTES
27 de maio de 2012
CONTEXTO
O assunto para nós não é estranho – vivemos uma das grandes festas
milenares da cristandade. Pentecostes quer dizer 50 dias. A comemora-
ção da qual nos fala esta história, no mínimo maravilhosa, fazia parte do
calendário do povo de Deus, era uma das três festas (a segunda) orde-
nadas por Deus. A tradição judaica diz que a Lei tinha sido dada neste
dia. O Pentecostes foi originalmente o festival das primícias da colheita
(Lv 23 e Dt 16), garantias da colheita completa por vir. Por isso também
era conhecido como a Festa da Colheita ou o Dia das Primícias, porque
a colheita dos frutos era celebrada pela apresentação ao Senhor de dois
pães de farinha recentemente colhida. Isto deveria ensinar ao povo que
todos os produtos da terra são dons de Deus, pelos quais deveriam dar
ações de graça.
“Cinquenta dias” pressupõe um ponto de partida. No momento histórico
da celebração do primeiro Pentecostes da era cristã, a festa confrontava
os seguidores com o grande momento – o momento da ressurreição do
Mestre Jesus, morto na cruz, mas ressuscitado de forma gloriosa, fato
que várias aparições dele já haviam confirmado, inclusive no momento
de sua Ascensão. Era neste momento de festa que eles estavam reuni-
dos, possivelmente numa casa particular, por volta da terceira hora, ou
seja, 9 horas, num local que pode ter sido no cenáculo onde Jesus havia
instituído a Santa Ceia.
ÊNFASES
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domingo de pentecostes
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Igreja Luterana
PARALELOS
A presença do Espírito
Objetivo: Fazer com que o povo de Deus se sinta seguro da presença
do Espírito de Deus, e da suficiência dEle.
Tema: Manifestação de poder.
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domingo de pentecostes
BIBLIOGRAFIA
Erni Krebs
Sorocaba/SP
ernikrebs@gmail.com
185
LivrOS
187
Igreja Luterana
A leitura de O Totem da Paz é uma boa pedida para ler e refletir sobre
questões como as acima colocadas, enquanto se lê e se espera o fim das
histórias de Don, contadas em matizes cinematográficas e de suspense.
188
Anotações
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