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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

CURSO TÉCNICO EM MINERAÇÃO

SISTEMA TRUCK-SHOVEL

Belém
2018
LEANDRO PINHEIRO

FULANO DE TAL

BELTRANO DE TAL

LOPRANO DE TAL

SISTEMA TRUCK-SHOVEL

Trabalho apresentado como complementação e


detalhamento do que fora abordado no
seminário sobre o tema xxxxxxx , como
componente avaliativo da disciplina xxxxxx do
Curso técnico em Mineração do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Pará (IFPA).

DOCENTE: M. Sc. LEANDRO A. L. PINHEIRO

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................4
2. SISTEMA TRUCK-SHOVEL..............................................................................5
3. HISTÓRICO.........................................................................................................5
4. IMPORTÂNCIA...................................................................................................7
5. FINALIDADE.......................................................................................................8
6. FUNCIONAMENTO............................................................................................8
7. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS.....................................................................12
7.1. Escavadeira.................................................................................................12
7.1.1. Shovel.................................................................................................13
7.1.2. Escavadeira de Arrasto- Dragline......................................................15
7.1.3. Retroescavadeira................................................................................16
7.2. Caminhão fora-de-estrada.........................................................................17
7.3. Pá Carregadeira..........................................................................................18
8. Minerações que Utilizam este Sistema de Produção no Pará, Brasil e no
contexto Internacional................................................................................................21
8.1. Mina de Amianto em Minaçu – Goiás (Brasil)......................................21
8.2. MRN – Mineração Rio do Norte (Pará).................................................21
8.3. Mina Chuquicamata (Chile)....................................................................22
9. CONCLUSÃO.......................................................................................................24
10. REFERENCIAS..................................................................................................25

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1. INTRODUÇÃO
Devido à competitividade global, que exige das empresas soluções eficientes
para seus processos produtivos, as técnicas de pesquisa operacional vêm sendo cada
vez mais aplicadas. Na mineração, em particular no planejamento de lavra, a realidade
não é diferente, sendo necessário o uso de sistemas e técnicas, que viabilizem uma
alta produtividade.

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2. SISTEMA TRUCK-SHOVEL
Entende-se por truck-shovel, sistema que integra unidades de equipamentos
de transporte e equipamentos que executam a operação de carregamento do material.
Estes equipamentos são dimensionados e alocados de forma a favorecer a produção
estabelecida para um dado período de tempo.

3. HISTÓRICO
Na Europa, a construção de ferrovias deu início a uma série de grandes obras,
que acabaram por estimular o desenvolvimento de novos equipamentos. Durante o
século XIX, diversos projetistas lutaram para desenvolver suas ideias, muitas vezes
com resultados pouco significativos devido à precariedade das tecnologias então
disponíveis para sua implementação. Entretanto, no decorrer do tempo muitas dessas
ideias voltaram a aparecer, chegando mesmo a ser implementadas em equipamentos
que foram lançados muitos anos depois de sua concepção original.
Em termos de tecnologia, o fator mais importante de mudança naquela época
foi, sem dúvida, a invenção do motor a vapor por James Watt em 1765, que iniciou
uma nova era em diversos segmentos da indústria. Com essa invenção, aliás, é que
se inicia a Revolução Industrial, um processo de aceleração tecnológica que moldaria
o mundo tal qual o conhecemos.
Inicialmente, os motores a vapor foram usados somente em aplicações
estacionárias, na indústria e na mineração, até que a invenção da locomotiva – já na
virada do século XVIII para o XIX e a construção do primeiro navio a vapor, em 1807,
mudaram esse cenário.
William Brunton, em 1833, patenteou uma máquina escavadora movido a
vapor que ele forneceu mais detalhes sobre 1839.

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Figura 01: Escavadeira mecânica a vapor, dotada de rodas de aço que correm por trilhos.
Fonte: Revista in the mine, 2015.

As primeiras máquinas eram conhecidas como “full-swing”, uma vez que o


boom não poderia girar em 360°. Eles foram construídos sobre um chassi de comboio,
em que a caldeira e os motores de movimento foram montados. Os motores de
condução do braço da pá, foram montadas numa extremidade do chassi, o que explica
o balanço limitado. Bogies com rodas flangeadas foram equipados, e poder foi levado
às rodas através de uma unidade de cadeia para os eixos. Carros temporários foram
colocados pelos trabalhadores, onde era esperado a pá para o trabalho, e
reposicionado conforme necessário.
Escavadeiras se tornaram mais popular na segunda metade do século XIX.
Originalmente configurado com talhas de corrente, o advento do cabo de aço na
década de 1870 permitiu a fácil manipulação aos guinchos.
Máquinas posteriores foram fornecidas com lagartas, evitando a necessidade
de trilhos. O full-swing, giram a 360°, a pá foi desenvolvida na Inglaterra em 1884 e
tornou-se o formato preferido para estas maquinas.
Redes em expansão de transportes ferroviários (em EUA e Reino Unido)
promoveu uma demanda por escavadeiras. A quilometragem extensa de ferrovias, e
volume correspondente de material a ser movido, forçou o salto tecnológico. Como
resultado, adequação na capacidade dos caminhões da época em função da
necessidade de movimentar grandes quantidades de material para longe das
instalações férreas. Fabricantes americanos inclui a Marion pá de vapor. Empresa,
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que foi fundada em 1884, Erie e Bucyrus-Erie empresas pá. As cidades em expansão
na América do Norte, usando pá para cavar fundações e cavas para os primeiros
arranhas-céus. Talvez a mais famosa aplicação de pá de vapor é a escavação do
canal do Panamá através do istmos panamá, 102 pás trabalhando nessa escavação
de década. Destes, 77 foram construídas por bucyrus; os restantes eram pás Marion.
Estas máquinas “montanhas” movidas em seus trabalhos.
Grandes pás de mineração multi-ton ainda usam o arranjo pá cabo-lift. Nos
anos 1950 e 1960 Marion Pá construiu enormes pás de decapagem para operações
de carvão no Leste dos Estados Unidos. Marion 6360 The Captain, maior pá já
construída com capacidade de 180 jardas cúbicas (140 m³ por caçamba) – enquanto
Bucyrus construiu um dos mais famosos monstros: o Big Brutus, o maior ainda em
existência o GEM do Egito (GEM pé para “gigante máquina de escavação” e Egito
referindo-se ao Vale do Egito em Belmont County, leste Ohio, onde ele foi colocado
primeiro a usar), que operava 1967-1988, era de tamanho comparável desde então
tem sido desmontado. Embora essas grandes maquinas ainda são chamadas de
escavadeiras, eles são mais corretamente conhecidas como pás mecânicas, uma vez
que usam a eletricidade para enrolar seus guinchos.

4. IMPORTÂNCIA
O sistema é uma forma de controle de produção, assegurando a execução do
que já foi planejado no tempo, na qualidade e na quantidade adequadas e com
recursos corretos. Diminuir os custos de operação e maximizar o tempo de atividade
e a produtividade da escavadeira hidráulica shovel é de grande importância. O
emprego do sistema truck-shovel é flexível podendo, conforme a necessidade de
produção serem empregados equipamentos de maior ou menor porte.
Alguns detalhes aparentemente pequenos dentro de determinadas operações
na mina podem parecer não impactar na produtividade, contudo, considerando o
cenário atual de preços moderados dos commodities minerais no mercado global, eles
significam a diferença entre lucro ou prejuízo ao final do ano. Como por exemplo,
posicionamento inadequado do caminhão quando entra de ré para se emparelhar com
a escavadeira, o tempo perdido nas trocas de turno e almoço, a demora provocada
pela sistemática de abastecimento da frota de maquinas e caminhões, a manutenção

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regular das estradas de serviço na mina, incluindo a aspersão de água por caminhão
pipa, enfim, são aspectos operacionais que envolvem planejamento e disciplina.

5. FINALIDADE
Mineradoras têm investido em novas tecnologias para otimizar suas
operações de lavra. Conseguir maior produtividade, ter mais segurança durante as
operações de lavra, diminuir os impactos ambientais, reduzir os custos com
manutenção e dilatar a vida útil dos equipamentos. O emprego do sistema truck-
shovel é mais flexível, podendo conforme as necessidades de produção serem
empregados equipamentos de maior ou menor porte. Também é mais fácil a utilização
de contratação de serviços de terceiros, o que é feito por várias empresas
mineradoras, para evitar investimentos.

6. FUNCIONAMENTO
O funcionamento do sistema Truck-shovel está condicionado em alocar todos
os equipamentos de formar sistemática, levando em consideração suas capacidades
de produção, compatibilidade entre eles, condição de sincronismo, tempo de ciclo etc.
O sistema é bastante flexível. A possibilidade de se carregar dois caminhões
ao mesmo tempo, as condições do piso, a qualidade do desmonte e da fragmentação,
a altura e o ângulo da face, espaço de manobra dos equipamentos e a necessidade
de maquinas auxiliares na área de carregamento. Se a opção for a utilização de
carregadeiras de rodas, a altura da bancada deve ser a mesma do pino da caçamba
quando levantada ao máximo.
O tempo do ciclo pode variar entre 28 a 42 numa média de 35, já a rocha,
sendo bem desmontada, permiti fator de enchimento da caçamba entre 90 a 110%, e
ciclos de 4 a 6 passadas. As condições favoráveis se caracterizam por piso nivelado,
seco e firme; boa drenagem em épocas de chuva para reduzir desgaste de pneu;
material bem fragmentado para diminuir o tempo de enchimento da caçamba frentes
múltiplas para carregar.
As condições se tornam negativas quando o piso é molhado e irregular, ou
quando a espaço físico restrito na área de carregamento e fragmentação e insuficiente
do material. No caso de carregadeira de rodas, fornecedores sugere algumas dicas
para melhorar o ciclo como: a carregadeira entra reta na pilha, com o fundo da

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caçamba paralelo ao piso, em primeira macha e aceleração total; deslocamento
limitado a 1,5 volta do pneu; manter o piso limpo e suave; segurar o tempo ciclo abaixo
de 12”; deixa bem ajustado o que kickout da caçamba e do levantamento; manter o
movimento de carregamento em V e a frente escavada igual a 1,5 a largura da
caçamba; a justar a tração (rim pull control).
Realizando o comparativo de uma escavadeira hidráulica tipo front shovel
comparada a escavadeira tipo backhoe. No caso de utilização de escavadeira
hidráulica tipo front shovel, considera-se a altura ideal da bancada equivalente a 75%
do alcance vertical da shovel e ciclos de 23” a 30”. Um material bem detonado permite
o enchimento de 90 a 100% na caçamba e carregar um caminhão de 3 a 6 passadas,
dentre as condições favorecem esse tipo de equipamento, estão a escavação seletiva,
a alturas variadas na face, carregamento numa única fase e em espaço apertado,
esforço severo de escavação e piso ruim as condições prejudiciais ao trabalho de front
shovel começam o deslocamentos excessivos, passam por bancadas baixas, falta de
limpeza no piso e diversas fases para carregar. Alguns pontos que auxiliam no
aumento da produtividade são: encher a primeira caçamba na base do material
empilhado, em ângulo largo de giro, enquanto caminhão ainda está manobrando; com
ele parado, manter ângulos de gira pequenos e cavar mais alto possível para obter
ciclos menores.

Figura 02: Escavadeira hidráulica tipo front shovel.


Fonte: Macedo, 2016.
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Já a escavadeira hidráulica tipo backhoe opera melhor quando a bancada tem
a mesma altura do comprimento da lança, podendo fazer ciclos de 21” a 31”,
dependendo do modelo. O desmonte adequado permite encher 90% a 100% da
caçamba em ciclos de 3 a 5 passadas. As condições ideais para esse modelo são
bancadas de altura média a baixa, caminhões posicionados no toppo ou no piso,
espaço restrito, giro abaixo de 60° e desmonte eficiente. As condições adversas
começam por bancada alta, deslocamento frequente, bancadas múltiplas e instáveis,
e falta de equipamento de apoio para arrumação da pilha e limpeza.

Figura 03: Escavadeira tipo backhoe.


Fonte: Lucena, 2017.

Segundo estudos profissionais, algumas ações conferem mais eficiência na


produção na ordem de 10% a 15%, quando as bancadas são da altura correta de 15%
a 20% na medida em que os caminhões estão no piso abaixo da backhoe, mais de
5% se a da borda, dentro do limite seguro, também gera aumento na produtividade.
As condições ótimas para escavadeira elétrica a cabo, seria operar em uma
única face da bancada, com altura adequada, piso sólido e plano, largura suficiente

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nas bancadas para facilitar as manobras do caminhão, material bem fragmentado,
equipamento auxiliar para limpeza e apoio, e manuseio correto do cabo elétrico de
alimentação.
A sobre carga nos caminhões tem alto custo na sua vida útil, a empresa CAT
elaborou uma regra batizada de “Política Cat 10-10-20”, representada pela curva dos
gráficos. Segundo o estudo, 90 % das cargas devem incidir na zona verde da curva,
tendo no máximo 50 % das cargas acima de 100 % da carga-alvo. As cargas
excederem 110 % da carga-alvo devem se limitar a 10 % dos ciclos. Nenhuma carga
deve ultrapassar 120 % de seu alvo, sob risco de causar danos estruturais ao
caminhão.
As estradas de serviço na mina tem peso enorme nesta equação, podendo vir
afetar todos os fatores que compõem os custos do transporte. Há três pontos chaves
nesta questão: projeto da estrada (que pode ser permanecer, semi ou provisório,
material utilizado e sua manutenção). Os tópicos a seguir determinam a resistência
ao rolamento “RR” oferecido pela estrada que preferivelmente deveria ter um greide
constante.
Um estudo comparou o melhor cenário com greide constante e RR de 3 %,
com a pior situação quando o greide não é constante e RR de 6%, e os tempos de
ciclo e consumo de diesel resultantes. Um graide constante na estrada – que precisa
ser previsto na fase de projeto – pode diminuir o tempo de transporte em 8,2 % e o
consumo de diesel de 3 % a 4 %, além de reduzir as mudanças de marcha em 50%,
lembrando que a vida do motor depende da queima do combustível e a da transmissão
é propriamente à frequência de trocas.
No projeto da estrada, em termos de elevação vertical, é necessário
dimensionar as curvas e cristas das rampas de modo em que o operador do caminhão
tenha ampla visibilidade à velocidade média de trafego, considerando sempre os
piores cenários, ou seja, chuva, neblina, etc.
As curvas devem ter o raio maior possível (no limite prático); largura suficiente
para dar amplo campo de visão; a superelevação pode ser adotada para permitir maior
velocidade do caminhão - limitando-se a 10 % e considerando ambos os fluxos –
caminhão vazio no sentido e carregado no outro. O ideal que este possam trafegar a
velocidade constantes. Em termos de largura, quando o fluxo é um só sentido, a
estrada deve ter de duas e duas vezes e meia de largura do caminhão. Se houver

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tráfego nos dois sentidos, a largura deve ser de três a três vezes e meia nos trechos
retos de três vezes e meia a quatro vezes nas curvas.
Para combater a deterioração das estradas de serviço é necessário manter
as valetas e canaletas limpas para o escoamento da água, reduzindo assim a erosão;
controlar a poeira com as aspersão de água, usando caminhões pipa e aspersores
fixos; ter equipamentos de apoio suficientes para remover material derramado pelos
caminhões, corrigir o greide das rampas e sobre-elevação, preencher/ nivelar/
compactar as depressões do piso.
A shovel a cabo de acionamento elétrico 7495, foi a primeira dessa linha a ser
integrada no modelo de produção originário de peoria. Um teste pratico sobre o estado
da estrada de serviço é passar com o veículo leve a 60 km/h para que o motorista
possa sentir como está o terreno, no caso, sem solavancos é confortável para a
direção. As estradas de serviços começam na fase de carregamento e seguem até a
borda da área de descarga, sendo que nestas duas áreas o piso deve ser mantido
limpo nivelado. É comum a necessidade requente de manutenção das estradas,
porque uma vez deterioradas por danos graves, os reparos podem ser demorados e
de custos significativos. Enquanto isso, o tempo do ciclo da frota irá aumentar.

7. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
7.1 Escavadeira
É um equipamento que trabalha estacionado, com sua estrutura destinada
apenas para lhe permitir seu deslocamento, sem, contudo participar de ciclo de
trabalho. Pode ser montada sobre esteiras, pneumáticos e sobre trilhos, sendo que a
montagem sobre esteiras é a mais usada.
A escavação é feita diretamente pela caçamba que é acionada pelo seguintes
elementos móvel: cabo de aço; cilindros hidráulicos e motores elétricos
independentes. Possui mecanismo que permiti o giro de 360° através de uma coroa
de giro. O deslocamento é obtido através das esteiras acionadas por um sistema de
transmissão ligado ao eixo motriz.
A velocidade do deslocamento é muito baixa, cerca de 1,5 km/h devido ao
grande porte da máquina e ao seu balanceamento. O seu deslocamento deve ser
efetuado somente em pequenas distancias, dentro do local de trabalho e em
distancias maiores deve ser feitos em carretas especiais.

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7.1.1 Shovel
É a escavadeira com caçamba frontal (figura 4), equipada com implemento
frontal constituído de lança e braço transversal articulado, tendo na extremidade
caçamba com fundo móvel para descarga do material. É o tipo mais utilizado em
mineração. Destina-se escavar taludes situados acima do nível em que a máquina se
encontra. Pela combinação do movimento da lança e do braço articulado, escava de
baixo para cima elevando a carga, deslocando-a no sentido horizontal e efetuando a
sua descarga.

Figura 04: Escavadeira shovel operando. Fonte: Cat.


Fonte: Martins, 2016.

Suas partes principais são: lança que é sustentada por cabos, havendo
possibilidade de variar seu ângulo de inclinação de 35° a 65° aproximadamente. O
braço móvel pode ficar na parte intermediaria da lança e pode girar em torno de uma
articulação, executando em um movimento de baixo para cima o corte do talude.
A caçamba fica acoplada ao braço móvel e é provida de dentes que facilitam
abertura móvel. Sua capacidade é dada pelo volume de sua caçamba (jardas
cúbicos), podendo a máquina trabalhar com diferentes caçambas, dependendo com
o tipo de material em que se trabalha.

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O equipamento possui movimentos básicos como: deslocamento para frente
ou para ré, pelas esteiras; levantamento da caçamba; avanço ou recuo do braço
móvel, giro da superestrutura; variação do ângulo da lança; abertura da tampa de
fundo da caçamba. Vale ressaltar a altura ótima de corte. É a altura ideal do banco na
qual trabalhará a máquina. É uma fração da capacidade da caçamba, sendo
determinada por tabelas, o ideal seria que após o giro do braço móvel para permitir o
carregamento do material. Se o banco é muito baixo, o enchimento da caçamba não
será completo, diminuindo a produção da máquina. Se a altura for excessiva, haverá
problemas para a escavação do material situado ao topo do banco.
Para a otimização do rendimento da escavadeira, o ideal seria que ela
trabalhe tendo sempre ao seu lado dois caminhões estacionados e prontos para
serem carregados. (Figura 5)

Figura 05: Escavadeira shovel trabalhando com dois caminhos.


Fonte: Ribeiro, 2018

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7.1.2 Escavadeira de Arrasto – Dragline
É também conhecida por draga de arrasto. Destina-se a escavar em níveis
abaixo do terreno em que a máquina se apoia. Sua lança é constituída por uma
estrutura em treliça metálica, cuja extremidade passa o cabo de elevação da
caçamba. É sustentada por cabos que permite variação do ângulo de 25° a 40°.
As draglines efetuam em níveis inferiores à praça em que se apoiam, por
meio de uma caçamba que arrasta por cabos em materiais pouco consolidados (ou
mesmo previamente detonados), em taludes inclinados junto à sua base, sendo
posteriormente içada por esses cabos, e efetuando-se o descarregamento geralmente
em caminhões.

Figura 06: Escavadeira dragline operando.


Fonte: Revista Brasil Mineral, 2014.

A escavadeira é feita pelo arrasto da caçamba através da utilização de um


cabo de arrasto. É um equipamento aplicado em escavações de material pouco
compactado, podendo escavar material dentro da água (como mostra a figura 7) e o
que possui maior raio de alcance. Todavia, se o alcance é muito grande, as condições

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de balanceamento são ruins, o que limita a capacidade da caçamba da máquina.
Basicamente, é usada em trabalhos de dragagem e em lavra de pláceres.

Figura 07: Dragline operando dentro da água.


Fonte: Sennebogen, 2012.

A caçamba deste equipamento não é fixa, a operação de descarga em


caminhões torna-se difícil refletindo pelo aumento do tempo de ciclo de uma redução
considerável na produção. Neste caso, é recomendável a descarga em montes com
carregamento dos caminhões sendo feito com o emprego de carregadeiras frontais.
Quando empregada em locais de material de baixo suporte, o equipamento é apoiado
sobre plataforma de madeira ou outro dispositivo auxiliar, esta operação tem como
objetivo reduzir a pressão do equipamento sobre o terreno.

7.1.3 Retroescavadeira
A escavadeira com caçamba investida, também denominada de
retroescavadeira (figura 8), é equipada com implemento frontal, constituído de lança
segmentada e um braço articulado em sua extremidade livre que sustenta a caçamba.
É semelhante a shovel, com diferença de que a caçamba é voltada para baixo, de
modo que a escavação é realizada abaixo do nível onde se apoia a máquina. A medida
que a escavação prossegue, a máquina se desloca em marcha ré. São máquinas de
capacidade de caçamba relativamente pequena de raio de alcance limitado, podem
executar escavação em terrenos mais compactos.
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Figura 08: Retroescavadeira operando.
Fonte: Transportekeppler, 2017.

Atualmente, as retroescavadeiras são dotadas de acionamento hidráulico,


dispensando desta forma os cabos de comando permitindo a máquina maior precisão
e maior rapidez de operação.
O ciclo de carregamento é composto pelos tempos necessários as
seguintes operações: escavação (ou carga da caçamba); giro sem carga;
posicionamento; esperas.

7.2 Caminhão-fora-de-estrada
Os caminhões chamados fora de estrada (figura 10) são veículos
construídos e dimensionados para os serviços pesados de construção. Por essa
razão, são de grande tonelagem e com dimensões que fogem do normal, impedindo
seu uso em estradas de tráfego normal e restringindo sua a sua utilização aos
canteiros de obras.
Apresentam certas características mecânicas de fabricação que os tornam
resistentes e especialmente pesados, tais como: diferencial travante, transmissão
automática, direção com acionamento hidráulico.
Os volumes das caçambas são superiores a 10 m³ e atingem velocidades
máximas da ordem de 60 km/h. são unidades de custo de aquisição bastante elevada,
do que resulta o seu emprego, apenas em trabalhos de movimento de terra com

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grandes volumes. Há caminhões bastante pesados que podem transportar mais de
400 toneladas.

Figura 09: Caminhão-fora-de-estrada.


Fonte: São Paulo allbiz, 2017.

7.3 Pá Carregadeira
As pás carregadeiras são também denominadas de carregadeiras e podem
ser montadas sobre esteiras ou sobre rodas com pneumáticos. Trabalham na grande
maioria dos casos com caçamba frontal, isto é, instalada na parte dianteira da unidade.
Sobre um trator convencional de esteira, ligeiramente modificado, são
adaptados dois braços laterais de levantamento da caçamba, acionados por dois
pistões de elevação de duplo efeito. A caçamba é articulada em relação aos braços e
pode ocupar diversas posições, comandada por dois pistões de acionamento da
caçamba.
Quanto ao carregamento das unidades de transporte, as carregadeiras é
que se deslocam, movimentando-se entre o talude de terra e o veículo, sendo que
num ciclo completo de carga haverá dois movimentos à frente e dois à ré.

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As carregadeiras montadas sobre esteiras tem maior eficiência de
escavação em terrenos úmidos (figura 10), devido ao maior esforço trator, sua boa
capacidade de flutuação e maior dificuldade de patinamento.

Figura 10: Pá carregadeira com esteira operando em terro úmido.


Fonte: Caterpillar, 2017.

As carregadeiras montadas sobre pneus (figura 11) apresentam certas


vantagens e certas vantagens e certas deficiências de operação, se comparadas ás
de esteira. A maior vantagem reside na velocidade de deslocamento da máquina, o
que resulta em grandes mobilidade, bem como na possibilidade de o equipamento se
deslocar a grandes distancias pelas suas próprias forças, eliminando-se o custo
elevado e as dificuldades inerentes ao transporte em carretas, exigido pelas máquinas
de esteira.
Por outro lado, a tração sobre pneus revela-se deficiente, especialmente
na fase da escavação, pois, em consequência dos elevados esforços a serem
vencidos pelas rodas motrizes, há o risco permanente do seu patinamento.
Além disso, os terrenos fracos, de baixa capacidade de suporte, ou
excessivamente úmidos, devido às chuvas, causam ainda maiores problemas,

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chegando, mesmo a impedir o trabalho das máquinas de pneus. Nesse sentido, as
máquinas de esteireiras são muito menos afetadas que as de pneus.

Figura 11: Pá carregadeira montada sobre pneus.


Fonte: Jhon Deere, 2018.

A caçamba ou concha é uma das principais características da máquina.


Consta de uma caixa de aço que tem em um de seus bordos uma lâmina cortante (lisa
ou dentada), que é aparafusada na carcaça da caçamba.
É de observar que as carregadeiras não são máquinas para realizar
escavação em rochas a menos que o material seja muito friável. O ideal seria trabalhar
em material já solto (desmontado e preferencialmente, bem fragmentado) para que o
carregamento se efetue com a melhor eficiência possível.
O emprego mais comum das carregadeiras de esteiras consiste na
escavação de cortes e aterros em que a distância de transporte seja longa, exigindo
o emprego de unidades transportadoras. A altura das bancadas é limitada pelo
alcance máximo da caçamba na posição mais elevada.
As carregadeiras com pneus, devido à falta de tração e à baixa flutuação,
só podem ser usadas, em terrenos firmes, com pouca umidade, velocidade maior que
as de esteiras e facilidade nas manobras com direção articulada, é um equipamento
extraordinariamente útil na carga de materiais, quando trabalhando na carga de um
veículo transportador.
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8. MINERAÇÕES QUE UTILIZAM ESTE SISTEMA DE PRODUÇÃO NO PARÁ,
BRASIL E NO CONTEXTO INTERNACIONAL

8.1 Mina de Amianto em Minaçu – Goiás (Brasil)


A SAMA extrai e beneficia, na mina de Cana Brava, no município de
Minaçu-Goiás o Crisotila. Um mineral único, encontrado em forma fibrosa nos veios
das rochas. É a terceira maior produtora de Crisotila no mundo (13% do mercado
mundial) e concorre com os seguintes mercados: Rússia (48%), China (20%),
Casaquistão (11%), Canadá (7%) e Zimbáue (1%).
Na atividade, os equipamentos da empresa incluem, no momento, 28
caminhões Volvo FMX-460 de 32 t (com apenas um ano de utilização), oito
escavadeiras hidráulicas, sendo três Liebherr 964, uma Liebherr 944 e quatro Volvo
L220. Já a prestadora de serviços utiliza 16 caminhões rodoviários Volvo de 32 t,
sendo sete operados por mão de obra da Sama e o restante terceirizado, e duas
escavadeiras Komatsu de 70 t.

8.2 MRN – Mineração Rio do Norte (Pará)


A MRN, é a maior produtora brasileira de bauxita, matéria-prima do
alumínio. Uma empresa constituída por uma associação de empresas nacionais e
estrangeiras que desde 1979 opera em plena Amazônia, no oeste do estado do Pará.
A empresa extrai, faz o beneficiamento e comercializa a bauxita.
Com operação nas minas Saracá V, Saracá W e Bela Cruz. Nelas, o
minério encontra-se a uma profundidade média de 8m, coberto por uma vegetação
densa e uma camada estéril composta de solo orgânico, argila, bauxita nodular e
laterita ferruginosa.
Para ser lavrada, a bauxita tem que ser decapeada. Esta operação se faz
de forma sequencial, em faixas regulares, onde o estéril de cobertura escavado é
depositado na faixa adjacente, na qual o minério fora anteriormente lavrado.
As operações da Mineração Rio do Norte no Pará, possuindo draglines de
26jc e 17jc para remoção do estéril e retroescavadeiras hidráulicas de 14m3 ,
carregando a bauxita em caminhões fora de estrada mecânicos de 100t. Por razões
econômicas, a expansão deu-se com a aplicação de tratores tipo D-11 de grande

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capacidade que fazem o descapeamento, evitando-se com isso a compra de novas
draglines de custo elevado. Utiliza-se, naturalmente, mais mão de obra, mas a solução
torna-se mais econômica no seu todo. Essa tendência também está sendo
incorporada nas minas de fatias americanas. A principal inovação foi a utilização do
equipamento calibrador “MMD siser” próximo da frente, diminuindo o transporte por
caminhões, do minério escavado e descarregando em correias transportadoras. Este
equipamento foi considerado como o mais importante desenvolvimento dos anos
1980, mas só foi introduzido no Brasil cerca de 18 anos depois! A mina de Candiota
da CRM, no Rio Grande do Sul é a que opera, atualmente, com a maior dragline BE
de 38 cj. Uma vez que as draglines são equipamentos de custo muito alto, há uma
tendência mundial de se utilizarem unidades paradas de menor custo, reformando-as
e modernizando-as com resultados econômicos positivos.

8.3 Mina de Chuquicamata (Chile)


A Mina de Chuquicamata pertence à Corporación del Cobre (Codelco),
principal empresa chilena na mineira metálica, e é a maior do mundo com uma forma
elíptica que compreende enormes dimensões de 4,3 quilômetros de comprimento, 3
quilômetros de largo e 800 metros de profundidade. A jazida tem um terraço para os
visitantes, quem também podem ter acesso a observar os procedimentos de fundição
do cobre.
Esta mina aberta, é reconhecida em todo o mundo por sua importante
produção na extração do cobre, labor que é anterior à dominação do Imperio Inca no
território. Sua tarefa industrial data de 1882, mas foi em 1911 quando se refina a
construção do mineral produto de investimentos norte-americanos, atingindo
atualmente 630 mil toneladas de cobre fino por ano.
O sistema foi implantado em SHE 200 E 230, ambos os quais são P &
H4100 pás de corda e forneceram valiosos dados de produção e operação da máquina
para o pessoal da mina. Isto permite que a mina melhora a produtividade da máquina
através de programas de treinamento direcionados aos operadores. Os dados de
produção também complementaram as estratégias de planejamento de minas.

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Figura 12: Mina de chuquicamata.
Fonte: Tripadvisor, 2016.

Figura 13: Sistema truck-shovel, mina chuquicatama.


Fonte: OEM offhighway, 2018.
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9. CONCLUSÃO
O sistema truck-shovel consolida o transporte de materiais contendo
minerais de interesse ou estéril através do carregamento de caminhões fora de
estrada, dumpers, ou mesmo rodoviários por escavadeiras e carregadeiras que
evoluíram desde os primórdios, quando eram movimentadas por combustão de vapor
gerado por carvão e atualmente por combustão interna e diesel como propulsores dos
motores mais robusto encontrados no mercado. Foi através desta evolução que
grande parte do planejamento de minas a céu aberto e subterrâneas ganhou
celeridade nas operações e continua a evoluir, tendendo a superar o gasto monetário
com energia (combustível) e suprimentos através de tecnologias que tragam a
eficiência operacional ao setor minerário.

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10. REFERÊNCIAS

Revista in the mine. Série de escavadeiras mais eficientes. 2015. Disponível em:
http://inthemine.com.br/site/escavadeiras-a-vapor-mais-eficientes. Acesso em: 21
Fev. 2018.

Macedo, Francisco de Assis. Front Shovel. Dissertação de Mestrado. UFPE, 2016.

Lucena, Marcos Andrade. Backhoe scaving machine. Artigo publicado. UFRGS. 2016.

Lucena, Rafael Coimbra. Operação de escavadeira Shovel. USP, 2016.

Ribeiro, Francisco Machado. Operação de Shovel. UFMG, 2018.

Revista Brasil Mineral. Operações com dragline. 2014. Disponível em:


www.revistabrasilmineral.com.br/operacoes-com-drgline. Acesso em: 21 Jan. 2018.

Sonnebogen, Mark (2012). Operação de mina e planejamento com máquinas pesadas. Ohio
university, 2012.

Revista transportekeppler (2017). Operação em retroescavadeira. 2017. Disponível em:


www.transportekeppler.com/Retrroescavadeira. Acesso em: 31 Jan. 2018.

Allbiz, Marcelo (2017). Despacho de Material por meio de Off Roads. 2017. Publicado em: CBMINA.
21 Ago. 2017.

Caterpillar. Manual de planejamento de acessos. 2017. Disponível em:


www.caterpillar.com.br/planejamento-de-vias-de-acesso. Acesso em: 12 Fev. 2018.

Jhon Deere. Pá carregadeira. Ábaco impresso de mineração. 2018. Jhon Deere LTD.

Tripadvisor. Imagem de Mina Chuquicamata. 2016. Disponível em: www.tripadvisor.com/mina-


chuquicamata. Acesso em: 09 Fev. 2018.

OEM Offhighway. Sistema Truck-shovel da Mina de Chuquicamata.2012. Disponível em:


www.oemoffhighway.com/mina-de-chuquicamata. Acesso em: 07 Jan. 2018.

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