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Integração

Módulo 3
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ESPIRITUALIDADE CRISTÃ

Seja Bem-vindo (a)!


É com muita alegria que recebemos você em nossa comunidade! Tê-lo (a) em nosso meio
significa muito para nós, e principalmente para Deus, que te ama e quer te ver crescendo e dando
frutos para seu Reino. Dessa forma, queremos que conheça mais sobre a nossa filosofia
ministerial bem como aquilo que cremos e buscamos viver. Portanto, sinta-se a vontade entre
nós! Este breve curso terá por finalidade integrá-lo (a) melhor à Comunidade Evangélica Vida
Nova. Aproveite tudo ao máximo; pergunte o quanto quiser; se relacione e cresça junto conosco!
Esse é o sincero desejo do nosso coração!

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Sumário
1. Oração .................................................................................................................................4
1.1.O Significado da Oração.................................................................................................4
Níveis de Oração..........................................................................................................4
1.2.1. Renúncia...............................................................................................................4
1.2.2. Adoração...............................................................................................................5
1.2.3. Confissão...............................................................................................................5
1.2.4. Agradecimento......................................................................................................5
1.2.5. Súplica...................................................................................................................5

2. Santidade..............................................................................................................................7
2.1. Objetivos da Santificação.............................................................................................7
2.2. Propósitos da Santificação...........................................................................................7
2.3. Aspectos da Santificação..............................................................................................8
2.4. Meios da Santificação...................................................................................................8
2.5. Sinais da verdadeira santidade.....................................................................................9
2.6.
3. Missão Integral.....................................................................................................................11
3.1 O que é missão? Ou qual é a Missão da Igreja?.............................................................11
3.2 O Desafio da Evangelização e do Discipulado...............................................................11
3.3 O Desafio da Inegociável Unidade.................................................................................11
3.4 O Desafio do Desenvolvimento e da Justiça..................................................................12
3.5 O Desafio da Espiritualidade.........................................................................................13

4. Direção, Vocação e Ministério..............................................................................................14


4.1. Direção........................................................................................................................14
4.2. Vocação .......................................................................................................................15
4.3. Ministério.....................................................................................................................15

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1. Oração
Texto Básico: Mt 6:9-13

A oração é comunicar-se com Deus. É expressar a nossa devoção ao nosso Pai celestial,
convidando-o a falar conosco enquanto falamos com Ele.

1.1. O Significado da Oração


Oração, mais que tudo, é a comunicação íntima entre duas pessoas que se amam, Deus e você. É
um relacionamento que transcende palavras. Muitas vezes pensamos em oração em termos de
fórmulas religiosas, palavras rebuscadas, maneiras afetadas, ritual vazio, destituído de vida e
calor humano. Uma mera formalidade religiosa. Portanto, falando de oração, não pensamos em
fórmulas, mas em relacionamento. Deus é uma pessoa! Lembre-se sempre que Deus é uma
pessoa acessível, que ouve, que vê e que fala e que deseja relacionar-se conosco.

A oração não é um monólogo, mas, sim, um diálogo. Não nos relacionamos com Deus através da
oração para que ele satisfaça os nossos desejos, que mude as circunstâncias a nosso favor, nos
acumule de bênçãos e nos dê soluções instantâneas através das nossas petições manipulativas. O
maior objetivo da nossa oração deve ser, ter comunhão com Deus e dele receber encorajamento
para viver uma vida que seja um testemunho vibrante para os que nos cercam. “O melhor de
Deus é Ele mesmo”.

Para quem devemos orar? Nós oramos ao Pai em nome do Senhor Jesus Cristo e com o auxilio do
Espírito Santo (Rm 8:26, 27,28).

Quando devemos orar? A Palavra de Deus nos ensina a “orar sem cessar” (I Tess. 5:17). Nós
podemos estar orando durante todo o dia, expressando e demonstrando a nossa devoção a Deus,
enquanto realizamos as nossas tarefas diárias.
Não é necessário, somente estar ajoelhado ou mesmo num quarto tranqüilo para orar. Deus quer
que estejamos em comunhão com Ele constantemente, independente do lugar em que estamos.
Podemos orar no carro, no ônibus, enquanto lavamos a louça ou enquanto caminhamos na rua.

1.2. Níveis de Oração

Embora a oração não deva ser reduzida à fórmula, certos elementos servem como linguagem
para nos comunicamos com Deus: Renúncia, adoração, confissão, agradecimento, súplica, etc.

1.2.1. Renuncia
Ela é feita numa libertação cheia de graça da nossa vontade para fluir para a vontade do Pai. É a
oração de renúncia que nos faz passar da luta à libertação.
A Escola do Getsêmani - (Lucas 22: 39-46). Temos aqui o Filho orando através de lágrimas e não
recebendo o que pede. Jesus como se vê através do texto, conheceu o fardo da oração não
respondida. Ele queria que o cálice passasse, e pediu que passasse, mas não havia outra forma
em que as pessoas fossem redimidas, por isso a sua oração não podia ser atendida pelo Pai.
Temos aqui a completa entrega da vontade humana. Ao orar Jesus não pede que “seja feita a
minha vontade”, mas ele diz “seja feita a tua vontade”. Aprendemos aqui que, sejam quais forem
os nossos pensamentos ou/e vontades, o Pai sempre tem um caminho mais excelente. Orar
pedindo a sua vontade é reconhecer a nossa impotência.

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1.2.2. Adoração
Há duas faces na oração de adoração: ações de graças e louvor. A distinção é que na ação de
graças, damos glória a Deus pelo que Ele tem feito por nós; no louvor, damos glória a Deus por
quem Ele é em si mesmo. Na experiência, portanto as duas se entrelaçam, simultaneamente,
ação de graças e louvor estão contidas em toda verdadeira adoração.

É difícil encontrar uma página do livro dos salmos que não contenha ação de graças: “Daí graças
ao senhor, pois Ele é bom; o seu amor dura para sempre” (Sl 106:1); “Eu te louvarei Senhor de
todo o meu coração” (Sl 9:1). “Senhor, Deus meu eu te louvarei para sempre” (Sl 103:12).
Jesus foi a pessoa mais agradecida que existiu. A assinatura que atravessou sua vida foi a oração
“graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra” (Lc 10:21). Paulo também conhecia o espírito de
gratidão: “dou graças ao meu Deus, por meio de Jesus Cristo, no tocante a todos vós” (Rm 1:8).
A Bíblia está repleta de louvor. Na antiga lei já somo surpreendidos com suas palavras incisivas:
“Ele é o teu louvor e o teu Deus (Dt 10:21). No livro dos salmos encontramos: “Louvai ao Senhor”.
Ó minha alma, louva ao Senhor. Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvor ao
meu Deus enquanto viver” (Sl 146:1-2).

O autor aos Hebreus insiste em que “ofereçamos sempre por meio dele à Deus sacrifício de
louvor, que é fruto de lábios que confessam seu nome” (Hb 13:15). E o autor do Apocalipse nos
garante que o louvor é o sério negócio do céu: “Então olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor
do trono, e de seres viventes, e dos anciãos; e o número deles era milhões de milhões e milhares
de milhares, proclamando com grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber poder,
e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5:11,12).
Deixe seu coração despertado, e “entre em suas portas com ação de graças, e em seus átrios com
louvor, rendei-lhe graças, e louvai o seu nome” (Sl 100:4).

1.2.3. Confissão
Todas as vezes que estamos em contato com Deus e desfrutando da sua intimidade, seremos
sempre confrontados com a sua santidade e veremos com facilidade as nossas mazelas. Nesse
momento o Espírito Santo nos convencerá dos nossos pecados e com o seu auxílio os
confessaremos a Deus Pai.

1.2.4. Agradecimento
Uma atitude de agradecimento a Deus, pelo que Ele é e pelas bênçãos que desfrutamos por
pertencermos a ele. A gratidão deve estar presente em toda forma de oração.

1.2.5 Súplica
A súplica inclui a petição pelas nossas próprias necessidades e intercessão pelos outros.
Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa como se fosse própria. Quando
estiver orando a oração de súplica, erga aos braços de Deus seus filhos, seu conjugue, seus
amigos. Coloque sob os cuidados do seu amoroso Pai seu futuro, suas esperanças, seus sonhos. E
não se esqueça de apresentar seus inimigos. Deposite tudo em suas mãos e então volte e se
afaste. Ele cuidará de tudo da melhor maneira.
A oração do Senhor é essencialmente peticionaria, ou seja, pedido. (Mt 6:9-13).

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A sós com Deus

“Tu porém, quando orares, entra no teu quarto, e fecha a porta, orarás a teu Pai que está em
secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6;6).
Esse momento deve ser desejado por todos aqueles que desejam um genuíno relacionamento
com Deus.
O texto fala de um momento específico em que você fica a sós com Deus. O lugar sugerido é o
quarto, indicando um lugar reservado e de intimidade, onde você certamente não será
incomodado e, portanto o seu momento de intimidade preservado.

O que não deve fazer parte da oração

*Barganha
*Exigências
*Pressa
*Inconstância

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2. Santidade
Texto básico: Hb 12.14; 1Ts 5.23

A santificação muitas vezes tem seu sentido confundido com ser santo, relativo a sem pecado,
coisa que nós não podemos ser (Rm 8:23-24).

Santificação significa:

 "tornar santo", "consagrar", "separar do mundo e do pecado", e é o Espírito Santo quem


nos conduz a santificação, sendo Cristo a adequada provisão (1 Co 1.30). Não há
santificação alguma, no sentido bíblico, sem o contato e a união com Cristo.

 Não é ser perfeito e sem pecado, não é perfeição incapaz de pecar, não é erradicação da
natureza pecaminosa. Mas é consagração, dedicação, separação do pecado, para Deus; é
ser santo, separado, consagrado, dedicado, piedoso; é viver santamente, piamente. É a
obra da graça divina através da qual o crente é separado do ego e da pecaminosidade
interior e, pela concepção do Espírito Santo, separado para o serviço de Deus. É um marco
subseqüente à experiência da conversão, quando o pecador é levado a ver sua
necessidade de santificar-se. O processo de santificação ocorre também com a nossa
cooperação (2Co 6.14-18).

2.1. OS OBJETIVOS DA SANTIFICAÇÃO

1) - A santificação não é para o mundo. Uma vez que o incrédulo não pode ver e nem conhece o
Espírito santificador (Jo 14.16,17), de igual modo não poderá experimentar a santificação. De
acordo com o ensino de Paulo em Ef 4.17-19, os "gentios" (tipo do pecador que ainda não é
convertido) acham-se presos "na vaidade do seu sentido, entenebrecidos no entendimento,
separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; os quais
havendo perdido o sentido, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda
impureza".

2) - A santificação é para a Igreja. A Igreja, a noiva e futuramente esposa de Cristo, é o recipiente


dessa obra do Espírito Santo (Ef 5.25-27). É, pois, apropriado e necessário que a esposa de Cristo,
o Cordeiro, seja santa em toda a sua maneira de viver, pois "a si mesma já se ataviou" (Ap 19.7).

3) - A santificação é para o membro da Igreja de Cristo. Um membro enfermo poderá afetar


todo o corpo, o qual só goza de saúde quando todos os seus órgãos são sadios. Cristo orou para
que, como indivíduos, nós, os seus discípulos, fôssemos santificados: "Santifica-os na verdade..."
(Jo 17.17). De igual modo orou o apóstolo Paulo para que o crente fosse santificado na totalidade
do seu ser (1Ts 5.23). Paulo discute a santificação individual do cristão como: despojar do velho
homem, renovar no espírito do entendimento, revestir do novo homem, deixar a mentira,
trabalhar e viver honestamente, só falar o que edifica, e não entristecer o Espírito Santo (Ef
4.22-30).

2.2. PROPÓSITOS DA SANTIFICAÇÃO


Dentre os principais propósitos da santificação cristã, destacam-se os seguintes:

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1) - A santificação tem por finalidade atender a necessidade mais profunda da criatura humana.
De acordo com Rm 7, existe um inimigo no interior do homem, chamado de "lei do pecado"
(v.23); por isso há necessidade da obra regeneradora do Espírito para que o pecador "tenha
prazer na lei de Deus" (v.22). Também é preciso que o Espírito Santo revele a pecaminosidade de
cada um de nós, de sorte que individualmente possamos dizer a respeito de nós mesmos: "em
mim... não habita bem nenhum" (v.18).

2) - A santificação é uma provisão feita por Deus. Mas, como podemos experimentar a
apropriação dessa provisão? Pela identificação com Cristo em sua morte. Devemos consentir em
morrer com Jesus em sua morte. Precisamos subir à cruz com Ele, e de toda a nossa vontade
renunciar o ego, que nos tem causado os maiores distúrbios. A nossa crucificação com Cristo é o
único meio de libertação. Só assim podemos dizer como o apóstolo Paulo: "Estou crucificado com
Cristo" (Gl 2.20).

3) - A santificação capacita e aparelha o crente para o serviço cristão. Neste particular a


santificação identifica-se com a obra do Espírito Santo, a fim de capacitar o crente para
testemunhar do Evangelho. Jesus ordenou a seus discípulos que permanecessem em Jerusalém,
até que do alto fossem revestidos do poder do Espírito para testemunhar de Cristo (Lc 24.49; At
1.8).

2.3. ASPECTOS DA SANTIFICAÇÃO

Quanto à sua natureza doutrinária, devemos estudar a santificação sob os seguintes aspectos:

1) - Aspectos ritualísticos e morais. O lugar em que Moisés esteve junto à sarça era
ritualisticamente santo porque Deus estava lá. Da mesma forma o tabernáculo e os artigos e
objetos que o ornamentavam, e posteriormente o templo, eram santos. Hoje somos o templo,
onde habita o Espírito Santo de Deus, portanto chamados a ser santos.

2) - Aspectos negativos e positivos. Negativamente, analisada santificação é “separação de”, ao


colocar-se o recipiente à parte. Isso se relaciona intimamente com o lado positivo da santificação,
que é “dedicação a”, ou “para algo”. O propósito da separação de é fazer com que a dedicação
tenha lugar. Essa separação é do pecado e do ego, para a dedicação ou consagração a Deus.

3) - Aspectos objetivos e subjetivos. O não perceber esta distinção de aspectos, muitas vezes
confunde certas pessoas que deixam de compreender a obra da santificação. Objetivamente,
toda essa obra é em Cristo e completa. "Cristo foi feito santificação para nós" (1Co 1.30). Mas
subjetivamente essa obra completa torna-se real para nós mediante nossa apropriação pessoal.
Objetivamente, vemos o que Cristo fez por nós (Hb 10.10). Mas, subjetivamente isso deve tornar-
se experiência em nós; daí a necessidade constante de nos rendermos a Ele, negando a cada dia
nosso ego.

2.4. MEIOS DA SANTIFICAÇÃO

1) - Pela Palavra de Deus. Jesus assim orou: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade"
(Jo 17.17). A Palavra de Deus tem efeito purificador, e lava (Ef 5.26). A Palavra de Deus tem efeito

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penetrante (Hb 4.14). Desse modo nenhuma parte do crente (espírito, alma e corpo) foge ao
alcance e ação da Palavra sondadora de Deus.

2) - Pelo sangue de Jesus. "E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio
sangue, padeceu fora da porta" (Hb 13.12). O sangue de Jesus é à base de toda a nossa pureza e
vitória. Sempre que o Espírito Santo lida conosco, seja por causa dos nossos atos pecaminosos ou
devido à nossa natureza transgressora, Ele nos faz voltar à cruz donde o sangue purificador jorra
para todos quantos buscam a purificação.

3) - Pela Santíssima Trindade. Somos santificados por Deus, o Pai: "E o mesmo Deus de paz vos
santifica em tudo..." (2 Ts 5.23). Somos santificados por Jesus Cristo: "Porque, assim o que
santifica [o contexto refere-se a Jesus], como os que santificados, são todos um" (Hb 2.11). Somos
santificados pelo Espírito Santo: "Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela
santificação do Espírito e fé na verdade" (2 Ts 2.13).

2.5. SINAIS DA VERDADEIRA SANTIDADE

Em Cl 3.1-3, Paulo faz uma afirmação condicional. Ele diz que se as pessoas morreram em Cristo e
com ele ressuscitaram, então necessariamente uma mudança se operou na vida delas. E essa
mudança as leva a viver um novo estilo de vida, a que podemos chamar de santidade.

O primeiro sinal da verdadeira santidade é o anseio pelas coisas celestiais. Aquele que nasceu
de novo, que vive em santidade, anseia por Deus mais do que por todas as outras coisas.
Contudo, o anseio por Deus é um aspecto subjetivo, que não pode ser medido muito facilmente.
Por outro lado, o anseio por Deus leva a pessoa a tomar naturalmente duas atitudes práticas, que
facilmente podem ser medidas (Cl 3.2).

A verdadeira santidade, além do anseio por Deus, se expressa por meio da morte do velho
homem. “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva,
desejo maligno e a avareza, que é idolatria” (Cl 3.5).

Paulo enumera cinco vícios da carne, que são destruídos pelo que é santo:

 A prostituição, que se refere a toda relação sexual ilegal e ilícita, e, portanto envolve o
adultério, a fornicação (o sexo antes do casamento), a bestialidade e outras formas de
relação sexual que são antinaturais e antibíblicas. Aquele que vive em santidade vai
matando progressivamente esse vício em sua vida.

 A impureza - Aquele que vive em verdadeira santidade se esforça para deixar de lado os
maus intentos do coração, os maus pensamentos e as inclinações da carne: a pornografia,
os atos libidinosos e a masturbação.

 Paulo continua a lista daquilo que o santo faz morrer. Ele faz morrer a paixão lasciva, o
desejo maligno e a avareza.

 Paixão lasciva e desejo maligno têm praticamente o mesmo sentido, e significam todo
tipo de desejo que não é voltado para Deus. Assim, aquele que tem os olhos voltados para
as coisas materiais está alimentando desejos malignos no coração. Essa busca por
admiração pode se dar até mesmo em relação a coisas espirituais. Há pessoas que oram

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não porque amam a Deus, mas sim porque desejam receber a admiração de outras
pessoas, que as chamam de espirituais. O mesmo pode acontecer no tocante à leitura da
Bíblia e ao jejum.

 O último vício enumerado por Paulo é a avareza, que não se restringe ao amor ao
dinheiro; antes, abrange todo tipo de busca do bem pessoal por egoísmo. Portanto, tudo
o que a pessoa faz pensando em si mesma e não em Deus é uma forma de egoísmo. Em
outras palavras, ela se coloca no lugar de Deus e, portanto, promove a idolatria. Paulo diz
que aquele que vive a verdadeira santidade dia após dia mata todos esses vícios. Ele não
permanece na passividade, mas sempre busca a força que Jesus lhe pode dar.

Por fim, Paulo apresenta outro sinal que comprova a verdadeira santidade.

Cl 3.12: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de
misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”.

A verdadeira santidade se expressa por meio do revestimento de Cristo. Aquele que é santo se
torna, a cada dia, mais parecido com Jesus. Paulo enumera algumas das expressões da vida de
Jesus. Ele diz que a verdadeira santidade se revela na misericórdia, na bondade, na humildade, na
mansidão e na longanimidade.

 A misericórdia aponta para a compaixão de um ser humano para com outro. Aquele que
é misericordioso nunca é acusador e nem crítico; antes, ele se oferece para ajudar e
auxiliar aquele que está em situação de miséria. Por isso, ele é também bondoso.

 Sem dúvida, a bondade é um reflexo da humildade que existe no coração daquele que é
santo. Ele sabe que o seu coração é enganoso, e que ele não é melhor do que qualquer
outra pessoa. Antes, ele reconhece que é Deus quem o sustenta; por isso, ele também é
uma pessoa mansa.

 A mansidão é uma característica na vida daqueles que reconhecem que suas vidas estão
inteiramente nas mãos de Deus. Eles sabem que se algo não aconteceu do modo como
eles esperavam, eles não devem se desanimar ou murmurar; antes, devem confiar em
Deus, que faz todas as coisas de modo perfeito. Naturalmente, a mansidão conduz à
longanimidade.

 Aquele que é verdadeiramente santo é paciente. Ele sabe que Deus vai fazer as coisas no
tempo certo; por isso, ele descansa em Deus.

 Todas essas expressões existiam na vida de Jesus. Aquele que anda na verdadeira
santidade as possui na sua vida, e a cada dia ele se torna mais parecido com Jesus.

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3. Missão Integral
Texto Básico: Jo 17:18

3.1. O que é missão? Ou, qual é a missão da Igreja?

Nas últimas décadas temos presenciado uma variedade de opiniões em relação ao termo
“missão”. Uns tendem a sustentar que o termo diz respeito exclusivamente à
evangelização verbal, negligenciando as necessidades sociais das pessoas. Outros vão
para o extremo oposto, tendendo a negar a evangelização ou tentado reinterpretá-la em
termos de ação sociopolítica, como sendo unilateralmente a libertação dos oprimidos,
por exemplo.

O fato é que a igreja existe para glorificar o nome de Jesus. E enquanto ela exerce
a missão, isso se concretiza. Assim, Emil Brunner disse que “a igreja existe para a missão
como o fogo existe para queimar”. Nesta perspectiva, passamos a entender que o grande
desafio da igreja hoje é o de exercer a missão integral. E mesmo sabendo da dificuldade
de se conceituar missão, podemos levantar quatro pilares, baseados nos ensinos de Jesus
e dos apóstolos, que tentem expressar da melhor maneira o caráter integral dessa
missão.

3.2. O Desafio da Evangelização e do Discipulado (Mt. 28. 19-20)

Quando se leva em consideração que o surpreendente crescimento da igreja em várias


áreas do mundo hoje tem ao seu lado uma também estrondosa multiplicação das
religiões místicas e esotéricas, e um também assustador crescimento dos que se
declaram “sem religião”, fica evidente que este tipo de crescimento de igreja deve ser
avaliado à luz do propósito de Deus para a vida e a missão da igreja. Mais cedo ou mais
tarde será necessário se fazer a pergunta sobre o que é aquilo que está crescendo, a fim
de ver se as igrejas que se multiplicam são expressões genuínas do evangelho. Quando se
faz isto, fica claro que o crescimento numérico da igreja no Terceiro Mundo é somente o
lado luminoso de um quadro que também tem um lado obscuro, representado pelos
problemas que colocam a igreja frente a um grande desafio.

Nesse contexto tão pluralista e preocupante, um dos grandes desafios da igreja


está na prática da evangelização e do discipulado. Não há maior contribuição da igreja de
Jesus para com o mundo do que o compartilhar do evangelho das boas novas e do que
uma mentoria bíblica e coerente com a realidade contemporânea. A ordem clássica de
Jesus indica que a nossa missão começa com a evangelização e o discipulado.

3.3. O Desafio da inegociável Unidade (Jo. 19. 20-23)

Um evangelho universal exige uma igreja universal, na qual todos os cristãos participem
efetivamente na missão como membros iguais do corpo de Cristo. A unidade na missão não é
meramente uma questão de conveniência prática, mas a conseqüência necessária do propósito
de Deus para a igreja e para toda a humanidade, revelado em Cristo Jesus. Quando os cristãos
fracassam como colaboradores na missão, também fracassam na manifestação concreta da nova
realidade que o evangelho proclama. Porque há um mundo, uma igreja e um evangelho, a missão
cristã não pode ser outra coisa que missão realizada em unidade.

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A missão em unidade não parte do pressuposto que devemos ser iguais e que qualquer
diferença que compartilharmos deva ser extinta. Não, as diferenças existem e devem ser tratadas
como tais. Sempre que uma comunidade parte para uma ação em conjunto com outra
comunidade que possui formas diferentes de exercer a missão, encontra-se ai uma tensão. No
entanto, ambas têm algo suficientemente em comum: o senhorio de Cristo sobre suas vidas e
estruturas. Isso as credencia à unidade e parceria na missão.

A missão em unidade se torna impossível ou insuportável quando não há uma auto-crítica


em relação aos próprios métodos e princípios. Fazer missão em unidade tem a ver com ser
transformado enquanto se transforma. Na diversidade se descobre que se pode ser melhor;
servir ao Senhor de uma maneira mais rica, mas comprometida e apaixonada. Assim, a unidade
não é negociável, facultativa ou alternativa, ela faz parte da nossa missão na terra, como igreja
do Senhor Jesus Cristo.

3.4. O Desafio do desenvolvimento e da justiça (Is. 1. 17 – 18)

A nossa mensagem e a nossa unidade não podem ser divorciadas da prática concreta e efetiva do
amor ao próximo concretizado na prática da justiça. A Justiça é um dos temas centrais da bíblia.
Tanto no Novo como no Antigo Testamento podemos ver a axaustiva tentativa de Deus de
conscientizar seu povo da importância da justiça no relacionamento dos seres humanos uns com
os outros.

Num mundo de tantas desigualdades e sofrimento humano, a igreja tem à sua frente e em
sua missão, um novo e grande desafio: a Justiça Social. O desafio tanto para os cristãos no
Ocidente como para cristãos nos países subdesenvolvidos é criar modelos de missão centrados
num estilo de vida realmente profético, modelos que apontem para Jesus Cristo como o Senhor
da totalidade da vida, à universalidade da igreja e à interdependência dos seres humanos no
mundo.

Segundo o missiólogo sul africano David Bosch “a evangelização, embora jamais se possa
simplesmente equipará-la ao trabalho pela justiça, tampouco pode ser divorciada dele”. No Pacto
de Lausanne, em 1974 um grupo afirmou que o principal na missão era a evangelização verbal, e
que a responsabilidade social se constituía num elemento secundário da missão. Num novo
congresso em Lausanne foi redigido um documento intitulado Uma resposta a Lausanne em que
se criticou o PL nesse item. A resposta afirma entre outras coisas que

Não há dicotomia bíblica entre a palavra falada e a palavra que se faz visível na vida do
povo de Deus. Os homens olharão ao escutarem, e o que eles virem deve estar em
consonância com que ouvem (...) Há tempos em que nossa comunicação pode dar-se
apenas por atitudes e ações, e há outros em que a palavra falada estará só: mas
precisamos repudiar como demoníaca a tentativa de meter uma cunha entre a
evangelização e a preocupação social.

Vejamos alguns dados recentes da ONU que devem provocar em nós uma reflexão a cerca do
nosso papel profético na luta contra a injustiça e a destruição causada pelo pecado na
humanidade:

A) Violência sexual atinge 20% das mulheres diz Thoraya Ahmed Obaid, diretora-executiva do
UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas).

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B) A cada ano, mundo tem mais 4 milhões de famintos. A Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação, FAO, afirmou que o número dos que passam fome no mundo
aumenta a cada ano em 4 milhões de pessoas. Segundo a FAO, cerca de 820 milhões não têm o
que comer apesar da promessa de líderes mundiais de erradicar a fome pela metade até 2015.

C) Falta água potável para 1,1 bilhão no mundo. Um quinto da população do planeta não possui
acesso à água potável e 40% não dispõe de condições sanitárias básicas.

D) Dificilmente o mundo conseguirá atingir a meta de desenvolvimento do milênio de reduzir a


fome em 50% até 2015 diz Jean Ziegler, o relator especial das Nações Unidas sobre o Direito à
Alimentação. A produção agrícola disponível, por outro lado, seria suficiente para alimentar o
dobro da população mundial, caso fosse devidamente distribuída.

E) Para vencer o desafio de chegar a 2025 com índice zero de fome no mundo, seria necessário
investimento entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões por ano, diz o representante da Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, José Tubino. “É um valor
infinitamente menor do que o que se gasta com guerras”, comenta Tubino, em entrevista à
Agência Brasil.

3.5. O Desafio da Espiritualidade (At. 1. 8)

Não existe missão integral sem espiritualidade integral. Não podemos crer que a missão pode ser
exercida por algum grupo ou organismo que não seja a igreja de Jesus. Muitos dos elementos que
compõem a missão podem ser exercidos por qualquer pessoa ou grupo, no entanto, uma das
coisas que caracteriza a missão integral é que ela é vivenciada por pessoas adoradoras de Jesus
Cristo.

Assim como a justiça, a evangelização ou a unidade, a espiritualidade não tem sua presença na
missão como algo negociável. O nosso melhor exemplo disso é o próprio Senhor Jesus. O seu
relacionamento íntimo com o Pai estava intrinsecamente ligado à sua missão. Dessa maneira,
podemos entender a espiritualidade como sendo a motivadora da missão. O nosso
relacionamento no Espírito com Deus é que nos torna missionários. Passamos a ter uma missão a
partir do momento que nos unimos ao Pai em Jesus, no Espírito Santo, e fomos inseridos nos
propósitos da missão de Deus (missio Dei).

Não existirá missão integral, portanto, sem a ação direta do Espírito sobre sua igreja. Ele é quem
a capacita, ungi e envia ao mundo, e no nosso relacionamento íntimo com Ele somos levados a
agir para sua glória, a favor da salvação no mundo e da restauração da dignidade humana. O livro
de Atos deixa bem claro isso quando afirma inúmeras vezes a participação e o senhorio do
Espírito Santo na ação missionária dos primeiros cristãos.

4 - 31 E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do
ESPÍRITO Santo, e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus.

13 - 4 Estes, pois, enviados pelo ESPÍRITO Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para
Chipre.

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16 - 6 Atravessaram a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo ESPÍRITO Santo de anunciar
a palavra na Ásia;

21 - 4 Havendo achado os discípulos, demoramo-nos ali sete dias; e eles pelo ESPÍRITO diziam a
Paulo que não subisse a Jerusalém.

4. Direção, Vocação e Ministério


Texto Básico: Ef. 5.15-17

“Tenham cuidado com maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como
sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não
sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor” (Ef. 5.15-17)

4.1.Direção
Uma das maiores crises que vivemos hoje é a de saber qual a vontade de Deus para nossas vidas.
Isso nos inquieta, angustia e fazemos quase tudo para descobri-la. No entanto, antes de
chegarmos ao ponto de descobrir a vontade de Deus é essencial que estabeleçamos uma
distinção entre a sua vontade “universal” e a sua vontade “específica”. A vontade universal de
Deus é assim chamada porque é a sua vontade para todo o seu povo; ela é a mesma para todos
nós, em todos os lugares e em todos os tempos. Mas a vontade específica de Deus é assim
chamada porque é a sua vontade para pessoas específicas, em lugares específicos e em tempos
específicos. Sua vontade universal é que sejamos parecidos com Jesus (LER ROMANOS 8.29). Já a
vontade específica é algo que tem a ver com as particularidades de cada pessoa, como a escolha
de uma profissão ou de um companheiro(a) para a nossa vida, ou como deveríamos gastar nosso
tempo, nossas energias, nosso dinheiro. Tudo isso difere de uma pessoa para a outra e por isso
deve ser também descoberto de maneira particular. Diante disso...

A pergunta: Como saber a vontade de Deus específica para as nossas vidas?


Cinco princípios que nos ajudarão:

1.1.Ceder a vontade universal de Deus


Precisamos ceder ou dar lugar aos propósitos de Deus. Quando não renunciamos às
nossas vontades em favor da vontade universal de Deus, revelada na Bíblia, provavelmente não
descobrimos quais as vontades específicas d’Ele para nós.

1.2.Orar
É preciso buscar em oração e ser sustentado por ela. Tiago disse “Nada tendes, porque
não pedis”1. A perseverança em oração mostra para Deus o nosso real desejo de descobrir sua
vontade específica para nossas vidas.

1.3.Falar
Devemos ser humildes o suficiente para falar uns com os outros e buscar conselhos sábios
que nos ajudem na busca pela direção de Deus para nós, pois “com os que se aconselham se acha
a sabedoria”.2

1
Ver Tg 4.2
2
Ver Pv 13.10

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1.4. Pensar
Refletir sobre nossas decisões e pesá-las à luz da Palavra de Deus é também um
importante principio para descobrirmos sua vontade.

1.5. Esperar
Muitas vezes na bíblia vemos Deus ordenar ao seu povo que o espere, ou que esperem
novas instruções de sua parte. O que Ele disse a José e Maria ao envia-los ao Egito com o menino
Jesus também se aplica a nós: “Permanece lá até que eu te avise”.3

4.2.Vocação
Na Bíblia, vocação tem uma conotação muito mais ampla e mais nobre. Sua ênfase não é no
aspecto humano (o que nós fazemos), mas sim no divino (o que Deus nos chamou a fazer).
Vocação é uma palavra latina que significa “chamamento”.

A pergunta: Qual é a nossa vocação?

A resposta correta a essa pergunta seria: “Eu sou chamado para pertencer a Jesus”. No entanto,
tal afirmação implicará que eu também fui chamado para:

2.1.Somos chamados para ter comunhão com Jesus


Deus nos chama para a comunhão com seu filho (LER I CORINTIOS. 1.9).

2.2.Somos chamados para a liberdade


Somos chamados para sermos livres. Livres para vivermos segundo a vontade de Deus.
(LER GÁLATAS 5.13)

2.3.Somos chamados para a santidade


Essa é um dos atributos mais característicos de Deus. Da mesma forma, ele nos chama
para sermos santos. (LER I PEDRO 1.15).

2.4.Somos chamados para testemunhar


O nosso chamado é também para anunciar ao mundo as virtudes de Deus e compartilhar
com outros aquilo que Ele fez em nossas vidas. (LER I PEDRO 2.9).

4.3. Ministério

Se queremos saber para onde Deus vai nos levar (direção) e para que ele vai nos chamar
(vocação), podemos ter certeza de que isto tem relação com a melhor maneira em que podemos
servi-lo (ministério). A palavra ministério, como “direção” e “vocação” necessita de uma distinção
quanto ao seu significado mais amplo e o outro, mais limitado. Por isso, vamos pontuar algumas
afirmações acerca do ministério

3.1. Todos os cristãos, sem exceção, são chamados a ministrar


Ministrar não é um privilégio de alguns poucos, mas de todos os discípulos de Jesus.
Ministrar significa servir, e este é chamado para todos os crentes.
3.2. Existe uma ampla variedade de ministérios cristãos
É por isso que “ministério” significa “serviço”, e há muitas e diferentes maneiras pelas
quais nós podemos servir a Deus e as pessoas. Deus usa tudo aquilo que aprendemos.
3
Ver Mt 2.13

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3.3. O ministério específico é provavelmente determinado pelos nossos dons
Devemos levar em consideração os nossos dons e talentos na hora de decidirmos o que
vamos fazer para Deus.

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