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APOSTILA
1. PSICOLOGIA JURÍDICA
A psicologia como profissão é regulamentada em 1962 pela lei 4.119. A
psicologia passa atuar nas áreas de psicologia judiciária, criminal e legal.
A psicologia jurídica começa na área criminal de avaliação. Avaliava-se
se os criminosos tinham condições de responder mentalmente pelos seus
crimes. A interface da psicologia com o direito se deu através da psicologia do
testemunho. A resolução 013/2007, reconhece a psicologia jurídica como uma
especialização dentro da psicologia.
Para o direito o sujeito de direito é aquele consciente de seus direitos e
deveres. Já para a psicologia o sujeito está sujeitado pelas leis rígidas do
inconsciente.
O trabalho do psicólogo clínico no âmbito da justiça se difere da
abordagem clínica. Na clínica visa-se a redução do sofrimento do paciente. Ele
vem de forma voluntária visando o seu tratamento. No judiciário o psicólogo
representa a presença do juiz e não é visto como aquele que está para ajudar o
cliente.
Em algumas questões judiciais é de suma importância a atuação do
psicólogo, principalmente em relação a perícia. Ao ser nomeado, o perito deve
confeccionar o laudo pericial. O prazo de entrega desse documento é de 90 dias,
poderá ser prorrogado apenas uma vez
No que se refere ao campo da Psicologia Jurídica, mais especificamente
a atuação do psicólogo em Varas de Família, e de acordo com as referências
técnicas para atuação do psicólogo em Varas de Família (CFP, 2010).
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2. FAMÍLIA
d) Dão poder
e) Estabelece deveres de proteção e assistência.
f) Possui filtros retributivos de bem-estar, trabalho e recursos.
3. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
filhos serem vistos pelos pais como causadores de conflitos pode estar
associado ao comportamento desafiador da criança e do adolescente.
O abuso sexual praticado contra crianças e adolescentes se caracteriza
por ações de conteúdo sexualizado impostas às vítimas. pode ser um abuso
sexual extrafamiliar, quando envolve pessoas estranhas ao núcleo familiar, ou
intrafamiliar, quando é perpetrado por alguém com laços significativos com a
vítima.
O Estatuto da Criança e do Adolescente teve uma alteração em 4 de abril
de 2017 em que, a partir da Lei N. 13.431, estabelece o sistema de garantia de
direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência. Para
CARVALHO (2011): “A violência presente na vida desses adolescentes pode ser
analisada como uma moeda de duas faces: a primeira face apresenta o
adolescente como agente. (...) A outra face da moeda coloca o adolescente
como vítima de um fenômeno social bem mais amplo. Vai muito além dos maus-
tratos, cenas de violência familiar e ambientes violentos enfrentados por esses
jovens. Trata-se de uma violência urbana, que pode ser classificada como social,
por expressar conflitos sociais e econômicos. A alienação parental, não pode ser
entendida como violência psicológica na Lei 13.431 pois ela está inserida na Lei
de Dissolução da Sociedade Conjugal.
Maus-tratos e violência na infância e na adolescência Eventos estressores
traumáticos ocorridos na infância constituem fatores de risco para o
desenvolvimento, pois podem provocar prejuízos físicos, sociais,
comportamentais, cognitivos e emocionais.
Aline, 8 anos, costumava frequentar a casa de seu vizinho, a quem dava
o tratamento de avô. O homem de 59 anos dava dinheiro e presentes à menina
e a fotografava em poses sensuais com pouca ou nenhuma roupa. Quando a
mãe de Aline descobriu o que acontecia, procurou a Delegacia de Polícia para
lavrar um Boletim de Ocorrência. Considerando a situação descrita e a garantia
de direitos de Aline, a oitiva de Aline perante a autoridade judicial será realizada
em local apropriado e acolhedor através do procedimento do depoimento
especial;
No que se refere ao abuso sexual intrafamiliar vivido por crianças. O
transtorno do estresse pós-traumático é a psicopatologia mais mencionada como
decorrente do abuso sexual. É estimado que mais da metade das crianças
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4. CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
O crescente número de divórcios e rupturas conjugais, nas últimas
décadas, aumentou a procura por meios alternativos de resolução de conflitos.
Nesse contexto, a mediação familiar é usada, basicamente, para:
a. ajudar casais em vias de separação, a chegarem a um acordo
mutuamente aceitável.
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6. Busca do consenso
7. Confidencialidade
8. Boa fé.
lado da outra e com isso procura uma solução justa e solidária através da
aplicação de técnicas para que as partes cheguem a um resultado sozinhas, o
que se chama de solução ideal. A mediação é aplicada quando não diz respeito
a direitos indisponíveis e quando já existe uma relação pré-existente. A mediação
procura restaurar relacionamentos. A conciliação apenas procura chegar a um
consenso entre pessoas que buscam seus interesses e não irão se relacionar
mais.
Na conciliação chega-se a um resultado por meio de um acordo por via
dos interesses individuais. A resolução de conflitos por meio de métodos
consensuais é chamada de mediação. O Brasil deixa de ter a cultura da
judicialização e passa a ter a possibilidade de resolver os conflitos fora da justiça
através da mediação.
A mediação garante melhor e maior acesso a justiça. Também é uma
forma de economizar gastos com processos judiciais. Ela também otimiza o
tempo de resolução das causas e dos conflitos. A mediação tem um prazo de
noventa dias para solução do problema, enquanto na justiça pode durar anos.
Os meios de resolução de conflitos são na justiça: a) Autotutela; b)
Autocomposição; c) Arbitragem; d) Mediação; e) Conciliação.
A lei da mediação não atua em questões de direitos indisponíveis, mas
apenas naquilo que pode transigir. Ela também não se aplica a causas
trabalhistas, nem a causas criminais ou violência doméstica.