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A questão óbvia a se fazer à análise de Craddock é essa: se não temos qualquer mensagem
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autoritativa, por que pregar? Sem autoridade, o pregador e a congregação estão envolvidos em
uma perda de tempo massiva. A própria ideia de que a pregação pode ser transformada em um
diálogo entre o púlpito e os bancos indica a confusão de nossa era.
Em contraste com isso está o tom de autoridade encontrado em qualquer pregação expositiva.
Como Martyn Lloyd-Jones nota:
O pregador se atreve a falar em nome de Deus. Ele sobe ao púlpito como um mordomo “dos
mistérios de Deus” (1 Coríntios 4.1) e declara a verdade da palavra de Deus, proclama o poder
dessa palavra, e aplica a palavra à vida. Esse é certamente um ato audacioso. Ninguém deveria
sequer contemplar tal empreitada sem ter confiança absoluta em um chamado divino para pregar
e na autoridade imaculada das Escrituras.
Permanecendo na autoridade da Escritura, o pregador declara uma verdade recebida, não uma
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mensagem inventada. O ofício do ensino não é um papel de aconselhamento baseado em
experiência religiosa, mas uma função profética na qual Deus fala com seu povo.
A pregação expositiva também é marcada pela reverência. A congregação reunida perante Esdras
e os outros pregadores demonstravam amor e reverência pela palavra de Deus (Neemias 8).
Quando o livro era lido, o povo se levantava. Esse ato de se levantar revela o coração do povo e seu
senso de expectativa conforme a palavra era lida e pregada.
A pregação expositiva requer uma atitude de reverência por parte da congregação. Pregação não é
um diálogo, mas envolve pelo menos duas partes – o pregador e a congregação. O papel da
congregação na pregação é de ouvir, receber e obedecer a palavra de Deus. Ao fazê-lo, a igreja
demonstra reverência pela pregação e ensino da Bíblia e entende que o sermão traz a palavra de
Cristo para perto da congregação. Isso é verdadeira adoração.
Por falta de reverência pela palavra de Deus, muitas congregações se veem em uma busca
frenética por significado em sua adoração. Cristãos saem do culto perguntando uns aos outros:
“você entendeu alguma coisa daquilo?”. Igrejas realizam pesquisas para medir as expectativas:
vocês gostariam de mais música? De que tipo? E teatro? Nosso pregador é criativo o suficiente?
A pregação expositiva requer um conjunto de questões bem diferente. Eu vou obedecer a palavra
de Deus? Como eu preciso moldar meu pensamento à Escritura? Como eu devo mudar meu
comportamento para ser plenamente obediente à palavra? Essas questões revelam submissão à
autoridade de Deus e reverência pela Bíblia como sua palavra.
De forma semelhante, o pregador deve demonstrar sua própria reverência pela palavra de Deus
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ao lidar de forma fiel e responsável com o texto. Ele não deve ser irreverente ou casual, muito
menos desrespeitoso ou arrogante. Disso estamos certos, nenhuma congregação reverencia mais
a Bíblia do que seu pregador.
Se a pregação expositiva é autoritativa, e se demanda reverência, ela também deve estar no centro
da adoração cristã. Um culto propriamente direcionado para a honra e glória de Deus encontrará
seu centro na leitura e pregação da palavra de Deus. A pregação expositiva não pode receber um
papel secundário no ato da adoração – ela deve ser central.
Durante a Reforma, o propósito que movia Lutero era o de restaurar a pregação ao lugar
apropriado na adoração cristã. Se referindo ao incidente entre Maria e Marta em Lucas 10, Lutero
lembrou sua congregação e os estudantes sob ele que Jesus Cristo declarou que “mesmo uma só
coisa” é necessária, a pregação da palavra (Lucas 10.42). Assim, a preocupação central de Lutero
era de reformar a adoração nas igrejas ao reestabelecer nelas a centralidade da leitura e pregação
da palavra. RELACIONADOS
Assim como na Reforma, o corretivo mais importante para nossa deturpação da adoração (e
defesa contra as demandas consumistas correntes) é o retorno correto da pregação expositiva e
da leitura pública da palavra de Deus à primazia e centralidade na adoração. Apenas assim a “joia
perdida” será verdadeiramente redescoberta.
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