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Manuseio de
Aeronaves em
Solo
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
79 p. :il. – (EaD)
CDU 629.73:656.71
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 7
Glossário 19
Atividades 20
Referências 21
3
2 Equipamentos Contra o Fogo 28
Glossário 38
Atividades 39
Referências 40
1 Reboque de Aeronaves 42
2 Sinais de Táxi 43
3 Taxiando a Aeronave 44
Glossário 46
Atividades 47
Referências 48
3 Cabos de Ancoragem 51
4 Cordas de Amarração 51
5 Correntes de Amarração 52
4
6 Ancoragem de Aeronaves Leves 52
10 Segurança de Helicópteros 54
Glossário 57
Atividades 58
Referências 59
1 Risco na Manutenção 61
1.6 Soldagem 64
1.7 Máquinas/Ferramentas 65
2.5 Fogo 68
Glossário 69
5
Atividades 70
Referências 71
Glossário 75
Atividades 76
Referências 77
Gabarito 78
6
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
O curso possui carga horária total de 10 horas e foi organizado em 6 unidades, conforme
a tabela a seguir.
Bons estudos!
7
UNIDADE 1 | PARTIDA NO
MOTOR
8
Unidade 1 | Partida no Motor
Muitas vezes, ao cumprir tarefas de manutenção, será necessário dar partidas nos
motores, com o intuito de verificar se os parâmetros previstos pelos manuais estão
corretos.
9
1.1.1 Procedimentos de Partida nos Motores Convencionais
• Deixar a área livre de qualquer material que possa ser aspirado pelo motor ou
danificar a hélice; e
• Usar fonte elétrica externa para poupar a bateria e, no check de cabine, desligar
todos os equipamentos elétricos desnecessários até que o ciclo de partida se
complete e o gerador da aeronave supra eletricamente todos os sistemas da
aeronave.
Nos motores do tipo radial que estiveram parados por mais de trinta minutos, é
necessário verificar se a chave de ignição está desligada e dar três a quatro voltas
girando o motor pela hélice para verificar se há calço hidráulico. Qualquer esforço
anormal ao tentar girar o motor manualmente pela hélice é indício de acúmulo de óleo
na parte de baixo do cilindro. Isso ocasionará o calço hidráulico, o qual deverá ser
eliminado como prevenção de empeno da biela.
10
Ação corretiva: retirar as velas dianteira e traseira da parte inferior e girar a hélice.
Nunca se deve tentar eliminar o calço hidráulico girando o motor no sentido contrário
de seu giro, pois a tendência é levar óleo para o duto de admissão. E se for feito dessa
forma, esse mesmo óleo será aspirado pelo cilindro novamente na próxima partida,
persistindo o problema.
• Ligar o motor de partida e, depois que as hélices tiverem feito pelo menos duas
voltas completas, ligar o interruptor de ignição. Durante o acionamento do
motor de partida, não utilizá-lo por mais de um minuto para não superaquecê-lo.
Entre duas tentativas de partidas sucessivas, esperar de 3 a 5 minutos, tempo
necessário para o resfriamento do motor de partida, evitando queimá-lo devido
ao superaquecimento; e
11
1.1.3 Partida Manual
12
1.2 Partida nos Motores Turboélice
Também conhecidos como turbopropulsores, nos motores turboélice, assim como nos
convencionais, a partida cumpre uma sequência de procedimentos antes da partida no
motor de fato. Eles estão listados a seguir.
Ao iniciar a partida em motor à turbina, deve-se prover uma adequada fonte de força
para o motor de partida. No caso de motor de partida operado com ar da turbina, ele
poderá ser suprido com o ar obtido por meio de um compressor de turbina a gás (gas
turbine compressor – GTC), uma fonte de ar externa ou um motor operando.
No solo, deve-se ter cuidado com a temperatura na entrada da turbina. Se estiver acima
do especificado pelo fabricante, a partida é proibida.
13
• Colocar a chave do seletor de partida para o motor desejado;
As áreas de entrada de ar, indução, dos motores turbojatos, local onde ocorre forte
sucção de ar; bem como as áreas de saída, o escapamento e o ponto de descarga do
jato de ar em alta temperatura são as mais perigosas e, por isso, deve-se manter uma
distância segura delas.
14
As áreas perigosas de entrada e as de escapamento são ilustradas na Figura 3.
A maior parte dos motores turbojato pode ser girado por outra turbina a ar ou por
motores de partida do tipo à combustão.
15
Se um motor de partida de turbina a ar for usado, o motor da aeronave deverá girar
ou acender dentro de aproximadamente 20 segundos após o combustível ter sido
ligado. Caso esse intervalo de tempo seja excedido, há a indicação de que um defeito
possivelmente tenha ocorrido e a partida deverá ser interrompida. Diante disso, outra
partida só poderá ser realizada após inspeção e reparo do defeito.
16
1.3.3 Partidas Problemáticas em Turbojato
a) Partida quente
Alguns parâmetros devem ser analisados como possíveis causas de um motor não
completar seu ciclo de partida dentro do tempo limite preestabelecido, como por
exemplo, carência de combustível para o motor, força elétrica insuficiente ou nenhuma,
ou mau funcionamento no sistema de ignição.
17
A ação de desligar a ignição e o combustível caso o motor de partida não opere
corretamente deve ser executada, como também continuar girando o compressor por
aproximadamente 15 segundos para retirar o acúmulo de combustível do motor. No
caso de incapacidade de giro do motor pelo motor de arranque, deve-se aguardar 30
segundos para o combustível ser drenado antes de tentar uma nova partida.
Resumindo
18
Glossário
Check: verificar, testar, ter a certeza que todos os sistemas da aeronave estão operando
corretamente.
Proa: frente.
19
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Na partida de motores
convencionais, deve-se tentar eliminar o calço hidráulico
girando o motor no sentido contrário de seu giro, pois a
tendência é levar óleo para o duto de admissão.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
20
Referências
SAINTIVE, Newton Soler. Teoria de Voo: Introdução à aerodinâmica. São Paulo: ASA,
2012.
21
UNIDADE 2 | OPERAÇÕES NO
SOLO
22
Unidade 2 | Operações no Solo
As operações e os serviços de manutenção no solo compreendem a utilização de
equipamentos de apoio externos às aeronaves. É fundamental estudar, portanto, as
atividades aeroportuárias utilizando unidades de solo. Dessa maneira, certamente
será possível entender como se prepara uma aeronave, iniciando os seus sistemas
até que se estabilizem e sejam checados pelo operador e pelo pessoal de serviço de
manutenção ou pelos tripulantes.
23
1.1 Unidades de Força Elétrica
A GPU é uma fonte externa, destinada a oferecer energia elétrica nas partidas de
aeronaves e serviços de manutenção. É uma unidade largamente usada na aviação
comercial e militar como medida para poupar bateria, tanto na pista quanto nos
hangares, durante a manutenção.
Como prevenção contra acidentes, a GPU deve ser bem posicionada para evitar uma
colisão com a aeronave que está acoplada, ou outras que estejam nas proximidades,
no caso de falha dos freios da fonte externa. Além disso, ela nunca deve ser removida
enquanto os cabos estiverem acoplados à aeronave ou o gerador do seu sistema estiver
fornecendo energia. Observam-se, a seguir, alguns tipos de unidade elétrica.
24
b) Unidade elétrica rebocada – essa unidade precisa de um veículo para o seu
deslocamento.
25
1.2 Unidades de Força Hidráulica
Esta unidade de apoio ao solo fornece energia e força (pressão) aos componentes,
sistemas e subsistemas da aeronave, para checá-los em teste durante as inspeções.
Também pode ser usada para abastecer os reservatórios hidráulicos. É geralmente
montada sobre quatro rodas para ser deslocada por tração própria, rebocada por um
veículo ou empurrada e manobrada manualmente.
26
1.4 Fonte de Partida Pneumática
Esse equipamento fornece pressão de ar para partida dos motores a jato com partida
pneumática. É de uso frequente nos aviões comerciais nos aeroportos.
27
2 Equipamentos Contra o Fogo
28
a) Classe A – fogo que queima a superfície em profundidade. Ocorre em material
comum, como madeira, tecido, papel, material de revestimento, borracha e
plástico. A água é importante agente extintor.
29
2.2 Tipos de Incêndio versus Agente Extintor
• Bico desobstruído.
30
2.4 Identificação dos Agentes Extintores
Entende-se por agente extintor aquilo que pode ser utilizado para abafar ou resfriar
as chamas de incêndio, extinguindo-as. Portanto, é imprescindível fazer a identificação
precisa e correta dos agentes extintores.
hh
Na mesma capacidade, o halon mostra-se três vezes mais eficaz
que o CO2.
Pelo fato de poderem ser combinados com compostos que não congelam ou
substâncias que acelerem a penetração da água, extinguem o fogo resfriando o
elemento combustível e abaixando a temperatura de combustão.
31
d) Extintores de pó químico
ee
Vários tipos de extintores de pó químico têm ação corrosiva em
componentes eletrônicos e deixam resíduos de difícil remoção.
32
3 Abastecimento de Ar/Nitrogênio, Óleo e Fluidos
Nas execuções em que for utilizado nitrogênio de alta pressão, o regulador de pressão
deve ser utilizado de forma correta, a fim de reduzir a pressão no interior do cilindro a
uma faixa segura e necessária para o serviço. No caso de pneus, deve-se limpar a área
antes de conectar a mangueira e não encher a garrafa além do permitido.
33
4 Abastecimento de Sistema de Oxigênio
Nos abastecimentos de oxigênio gasoso, o trabalho precisa ser executado por duas
pessoas: uma irá controlar a válvula reguladora do carrinho de oxigênio e a outra
ficará observando a pressão no sistema da aeronave. Deve haver uma comunicação
coordenada entre as duas pessoas para o caso de emergência. Alguns procedimentos
são necessários para aumentar a segurança, tais quais:
• Não usar ferramentas sujas de óleo ou graxa – essa ação deve ser feita fora do
hangar.
ee
Para efetuar esse serviço, é indispensável consultar o manual de
manutenção da aeronave que será abastecida.
34
Em todo caso, seja no abastecimento do oxigênio líquido ou
• Não é permitido fumar na aeronave ou ao seu redor, pois pode provocar centelha
ou faísca;
35
• Isolar a área com cones;
No segundo caso, abastecimento por gravidade, isso não ocorre, pois há necessidade
de mais pessoas, e deve-se ter a certeza de que todos os aterramentos estão checados.
Uma especial atenção deve ser direcionada à remoção e à instalação da tampa dos
tanques, a fim de não danificar o revestimento da aeronave e prevenir transbordamento.
É preciso reduzir a razão do fluxo de saída quando o tanque estiver quase cheio.
36
Figura 17.A: Bocal de encaixe da mangueira de pressão do carro abastecedor de combustível
Figura 17.B: Janela de acesso ao bocal de encaixe da mangueira de pressão do carro abastecedor de
combustível
Fonte: FAA, 2008.
37
Entre as formas mais usadas no destanqueio, existe aquela que leva o combustível por
sucção do avião ao carro abastecedor após o teste de combustível quanto à impureza e
à densidade. Pode, também, ser enviado por gravidade para uma unidade de apoio em
solo, onde o cuidado com a contaminação não pode ser negligenciado.
Resumindo
Glossário
38
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Nos abastecimentos de
oxigênio gasoso, o trabalho precisa ser executado por duas
pessoas: uma irá controlar a válvula reguladora do carrinho
de oxigênio e a outra ficará observando a pressão no sistema
da aeronave.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
39
Referências
SAINTIVE, Newton Soler. Teoria de Voo: Introdução à aerodinâmica. São Paulo: ASA,
2012.
40
UNIDADE 3 | MOVIMENTAÇÃO
DE AERONAVES
41
Unidade 3 | Movimentação de Aeronaves
Nos aeroportos há grande complexidade operacional que eleva o risco de acidentes,
especificamente na área de movimento. Ou seja, parte do aeródromo destinado
ao pouso, à decolagem e ao táxi de aeronaves está integrado à área de manobras e
pátios, onde existem locais destinados a abrigar as aeronaves para fins de embarque
ou desembarque de passageiros ou carga, reabastecimento, estacionamento ou
manutenção.
1 Reboque de Aeronaves
Quando uma aeronave é rebocada, surgem alguns riscos, tais como falha no garfo
de reboque ou uma possível desconexão do garfo no trator. Diante disso, antes de
movimentar qualquer aeronave, é necessário que uma pessoa qualificada esteja na
cabine para operar os freios e evitar possíveis danos.
42
Durante o reboque da aeronave conduzido por um trator, este deverá manter uma
velocidade moderada e todas as pessoas envolvidas na operação deverão permanecer
alertas. Quando a aeronave estiver parada, além dos freios do trator, será necessário
fazer o uso do freio da aeronave também.
• Haverá uma pessoa em comando e dois membros controladores das asas, que
deverão permanecer um em cada ponta da asa; e
2 Sinais de Táxi
O sinaleiro deverá estar equipado com raquetes refletivas, no caso de ser de dia, e com
lanternas, no caso de ser de noite. Em ambos os casos, o sinaleiro deverá trajar uma
indumentária que o torne perfeitamente identificável e deverá se colocar de frente
para aeronave que irá orientar, na posição adequada:
• Numa aeronave de asa fixa, com bequilha, deve ficar adiante da extremidade
esquerda e à vista do piloto;
43
O SINALEIRO COM BANDEIRA DIRIGE O POSIÇÃO DOS SINALEIRO
PILOTO PARA O OUTRO SINALEIRO SINALEIROS ORIENTANDO A TRAJETÓRIA
• Nas aeronaves dotadas de roda de nariz, deve estar de frente para a aeronave, na
direção do eixo longitudinal, a uma distância tal que possa ser visto pelo piloto; e
PARE SIGA EM FRENTE PARADA DE CORTE OS MOTORES
• Nos helicópteros, deve posicionar-se na posição que melhorEMERGÊNCIA
possa ser avistado
pelo piloto.
Os movimentos dos braços para sinalização deverão ser feitos de modo gradual,
indicando o ritmo que deseja imprimir à rolagem,
DÊ PARTIDA
NOS MOTORES
abandonando
RETIRE OS CALÇOS
sua posiçãoDEVAGAR
COLOQUE OS CALÇOS
ou sua
tarefa de orientação após o corte dos motores na chegada, ou quando sair do pátio. Na
Figura 20.A, são apresentados os sinais padronizados para aeronaves no táxi, publicado
no manual de informação pela Federal Aviation Administration (FAA); na Figura 20.B,
para helicópteros. TUDO LIVRE (OK) GIRE PARA
A ESQUERDA
GIRE PARA
A DIREITA
OPERAÇÃO NOTURNA
O SINALEIRO COM BANDEIRA DIRIGE O POSIÇÃO DOS SINALEIRO DÊ PARTIDA ENGATAR O ROTOR PARAR O ROTOR PARE
PILOTO PARA O OUTRO SINALEIRO SINALEIROS ORIENTANDO A TRAJETÓRIA NOS MOTORES
PARE SIGA EM FRENTE PARADA DE CORTE OS MOTORES RECUE AVANCE MOVA-SE A DIREITA MOVA-SE A ESQUERDA
EMERGÊNCIA
DÊ PARTIDA RETIRE OS CALÇOS COLOQUE OS CALÇOS DEVAGAR DECOLE DIREÇÃO DO POUSO SUBA DESÇA
NOS MOTORES
TUDO LIVRE (OK) GIRE PARA GIRE PARA OPERAÇÃO NOTURNA GIRE A CAUDA GIRE A CAUDA
A ESQUERDA A DIREITA PARA A DIREITA PARA A ESQUERDA
3 Taxiando a Aeronave
RECUE AVANCE MOVA-SE A DIREITA MOVA-SE A ESQUERDA
44
o controle da continuidade da operação passa para a torre de controle. Na chegada,
é responsabilidade também da torre de controle a movimentação da aeronave até o
início do alinhamento para a posição de estacionamento, quando o comandante da
aeronave passa a receber orientação do sinaleiro.
A torre, por meio de seu controlador de voo, quando sob sua responsabilidade, passará
orientações que serão seguidas pelo piloto com o uso da carta do aeródromo, que
contêm regulamentos locais previstos somados aos sinais luminosos padrões de táxi.
Na Tabela 2 são descritos os sinais luminosos que devem ser rigorosamente seguidos.
Tabela 2: Sinais luminosos padrão de táxi para aeronave
LUZES SIGNIFICADO
Verde piscando Livre para o táxi
Vermelha fixa Pare
Vermelha piscando Livre para o táxi da pista em uso
Branca piscando Retorne ao ponto de partida
Vermelha alternado com verde Tenha extremo cuidado
Resumindo
45
Glossário
Garfo de reboque: acessório usado para unir a aeronave ao trator para deslocamentos.
46
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os garfos de reboque devem
ser projetados com suficiente resistência à tensão prevista
para puxar as aeronaves.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
47
Referências
SAINTIVE, Newton Soler. Teoria de Voo: Introdução à aerodinâmica. São Paulo: ASA,
2012.
48
UNIDADE 4 | SERVIÇO DE
AMARRAÇÃO DE AERONAVE
49
Unidade 4 | Serviço de Amarração de Aeronave
A ancoragem é o método de amarração de aeronaves feito por intermédio da utilização
de equipamentos adequados, o qual deve seguir as normas de segurança previstas nos
manuais técnicos dos aviões e helicópteros.
Após o voo, a aeronave é estacionada de proa para o vento predominante, com boa
folga entre as pontas de asa (Figura 21). Em seguida, ela deve ser ancorada com o
intuito de evitar avarias materiais caso ocorra uma tempestade súbita. Além disso, a
roda do nariz ou a bequilha deve ser calçada à frente e atrás da(s) roda(s).
50
2 Pontos para Amarração
Na maioria dos casos, a localização dos pontos é indicada por marcas pintadas com as
cores branca ou amarela ou, ainda, o ponto de ancoragem pode ser circundado com
pedra moída.
3 Cabos de Ancoragem
4 Cordas de Amarração
Para o uso de aeronaves pequenas, são usadas cordas capazes de suportar pelo menos
3000 libras de tração, e cabos de aço ou correntes para ancorar aeronaves de grande
porte.
51
5 Correntes de Amarração
Em alguns casos, um esticador e uma corrente com ganchos nas extremidades fornecem
uma amarração mais satisfatória e forte para prender aeronaves com peso elevado.
Geralmente as aeronaves leves são ancoradas com cordas, amarradas somente numa
argola localizada no dorso da asa e num ponto no solo. Em nenhuma hipótese, as
cordas devem ser amarradas de maneira a levantar a estrutura, pois, na prática, pode
danificá-la. O correto é ter aproximadamente 2 cm de soltura para o movimento da
asa. Braceletes de amarração evitam que a corda encolha quando molhada. Pequenas
oscilações são permitidas, pois acarretarão trancos suaves no ponto fixo do solo.
52
7 Segurança de Aeronaves Pesadas
As aeronaves de grande porte podem ser equipadas com travas para as superfícies de
controle, as quais deverão ser instaladas quando a aeronave estiver estacionada.
Devem ser analisadas as previsões quanto a ventos fortes, pois, se ocorrerem, poderão
danificar as superfícies de controle ou os mecanismos de travamento. Nesse caso,
outros tipos de trava podem ser instalados nas superfícies de comando para evitar
danos.
Danos durante uma tempestade ou vento forte podem estar relacionados a uma
ancoragem inadequada ou não totalmente amarrada.
Dentre as opções contra danos causados por tempestades, a melhor alternativa é retirar
a aeronave do local. Caso não haja tempo suficiente, outra possibilidade é a proteção
em um hangar à prova de tempestades e, em último caso, uma perfeita ancoragem.
Por motivo de segurança, as portas e janelas deverão ser trancadas adequadamente
para proteger o interior da aeronave. As aberturas dos motores, tanto convencionais
quanto à turbina, deverão ser cobertos para evitar a entrada de material estranho e os
tubos pitot-estático também deverão ser cobertos para evitar danos.
53
Algumas sugestões podem ser levadas em conta para minimizar danos materiais das
aeronaves durante ventos fortes:
10 Segurança de Helicópteros
Sempre que possível, os helicópteros devem ser evacuados para uma área segura,
guardados no hangar, ou ainda, amarrados, desde que estejam com condições de
suportar ventos de até aproximadamente 65 mph (milhas por hora, ou 104 km/h) em
uma área limpa para que não sejam danificados por objetos voadores.
54
O manual de manutenção relativo às aeronaves dará instruções
Como forma de minimizar os riscos, são usados calços nas rodas, travas nos comandos,
cordas para ancoragem, capas, amarrações de pás, conjuntos de ancoragem, freios de
estacionamento e freios do rotor.
• Fixar as cordas ou os cabos de ancoragem, para frente e para trás, nos tubos
atravessados do trem de pouso, prendendo-os ao solo em estacas ou argolas de
amarração.
55
Caso não seja possível voar com a aeronave para fora da área de perigo, alguns
compartimentos do hidroavião poderão ser inundados, de forma a aumentar seu
peso. Nos hidroaviões estacionados no solo, a possibilidade de danos será menor se
os flutuadores forem abastecidos com água, além da amarração usual. Nas aeronaves
equipadas com esquis, os operadores acumulam blocos de neve macia em torno dos
esquis para congelá-los, prendendo-os ao solo. Esse procedimento, associado ao da
amarração usual, auxilia na prevenção de danos em tempestades.
Resumindo
Foi visto também que, além da ancoragem das aeronaves com cordas ou
correntes, podem ser usados sacos de areia em cima das asas caso a
velocidade dos ventos esteja acima da velocidade de decolagem da
aeronave estacionada. A colocação de âncora ou pesos submersos na água
ou no gelo nos hidroaviões e o travamento das superfícies de comando de
voo, como proteção de suas patentes limitadoras, também são métodos
eficazes para proteção das aeronaves.
56
Glossário
57
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. As aeronaves leves são
ancoradas com cordas, amarradas somente numa argola
localizada no dorso da asa e num ponto no solo.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
58
Referências
SAINTIVE, Newton Soler. Teoria de Voo: Introdução à aerodinâmica. São Paulo: ASA,
2012.
59
UNIDADE 5 | IDENTIFICAÇÃO
DOS RISCOS TÍPICOS DURANTE
AS OPERAÇÕES NO SOLO
60
Unidade 5 | Identificação dos Riscos Típicos
Durante as Operações no Solo
A negligência ou falta de conhecimento durante as operações no solo dos aeroportos
ou nos interiores dos hangares de manutenção eleva seriamente os riscos de acidentes
causados pelos equipamentos de apoio ou pela própria aeronave.
1 Risco na Manutenção
O fio de força deve ser de material pesado tipo industrial, resistente à corrosão e ao
impacto. Durante sua utilização, não se deve passá-lo sobre qualquer equipamento e,
após seu uso, ele deve ser esticado, enrolado e estocado de forma apropriada.
61
Antes de conectar ou desconectar o fio de força, é necessário desligar as luzes e os
equipamentos.
ee
O não cumprimento dessas orientações pode causar explosões
ou incêndios.
62
1.4 Poças de Óleo e Graxa
63
1.6 Soldagem
Largamente usada no avião por ser um método prático de unir metais, a soldagem
deve ser realizada em área destinada sob condições ambientais controladas.
Equipamentos tais como mesa, ferramental e extintores de incêndio são indispensáveis
para compor a oficina, que deve ser bem ventilada.
Caso seja necessário realizar uma soldagem dentro do hangar, não poderá haver
contato com combustível e vapores provenientes dos sistemas e dos tanques abertos.
É importante, também, evitar o processo de pintura. Outras aeronaves deverão
estar a uma distância de 10 metros; a área ao redor da soldagem deverá estar limpa,
devidamente identificada e demarcada. No local do serviço, deverão estar somente
o soldador qualificado, o pessoal com equipamentos de extinção de incêndio, os
tratoristas a postos com reboque acoplado à aeronave, mantendo os calços da roda
retirados da posição, e o hangar deve estar com as portas abertas.
64
1.7 Máquinas/Ferramentas
65
2.1 Proteção Auricular
Áreas como pátio de estacionamento, linha de voo e ponto de check dos motores estão
sujeitas a ruídos produzidos por motores APU, equipamentos de apoio ao solo,
caminhões e tratores. Cada unidade tem a sua frequência específica cuja combinação e
cujo tempo de exposição podem causar perda auditiva, situação essa que pode ser
minimizada com o uso de EPI compatível – o protetor auricular.
66
2.3 Atendimentos a Aeronaves de Asa Fixa
a) Em motores à hélice:
• Nas aeronaves com motores ao lado da fuselagem, está escrito perigo hélice,
portanto, não passar entre o motor e a fuselagem com a hélice funcionando;
• Não empurrar ou puxar o avião pela hélice. Ela não foi projetada para esse fim.
b) Em motores a jato:
67
2.4 Atendimento a Aeronaves de Asa Rotativa
2.5 Fogo
68
Resumindo
Glossário
Motores APU: motor que auxilia a partida dos motores da aeronave e também fornece
energia elétrica.
69
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Durante sua utilização, o fio de
força elétrico, não deve passar sobre qualquer equipamento
e, após seu uso, ele deve ser esticado, enrolado e estocado
de forma apropriada.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
70
Referências
SAINTIVE, Newton Soler. Teoria de Voo: Introdução à aerodinâmica. São Paulo: ASA,
2012.
71
UNIDADE 6 | IDENTIFICAÇÃO E
SELEÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS
72
Unidade 6 | Identificação e Seleção dos Combustíveis
Combustível é uma substância que, ao entrar em contato com o oxigênio, queima e
produz calor. Portanto, o combustível para aviação possui muitas propriedades como,
por exemplo, aditivos com o propósito de reduzir o risco de congelar ou explodir
quando exposto a altas temperaturas, dentre outras. Dessa forma, é imprescindível
fazer uma identificação e seleção dos combustíveis a serem utilizados.
Os dois tipos de combustíveis de aviação mais usados são a gasolina de aviação ou, em
inglês, aviation gasoline (AVGAS), e o combustível para turbina (JET A).
Denominações: GAV 100, GAV 130, GAV 100/130, Gasolina de Aviação 100/130, AVGAS.
73
Já a querosene de aviação é utilizada nas aeronaves com motores à turbina, seja jato
puro, turboélices ou turbofans. O JET A e o JET A-1 são querosenes de aviação e o JET
B é uma mistura de querosene e gasolina de aviação. Sua coloração é clara ou cor de
palha. Também pode ser denominada querosene de aviação QAV-1.
a) Mistura
b) Aditivos
c) Anticongelante
d) Fungicida e bactericida
A formação de água dentro dos tanques cria um ambiente favorável para proliferação
de bactérias e fungos. Caso não seja verificada essa proliferação pela equipe de
manutenção, a aeronave pode ter sérios danos. Esse aditivo combate a proliferação
e os danos decorrentes dela e é muito importante para aeronaves que operam em
condições úmidas.
e) Antiestático
Nos voos ou no solo, as cargas de eletricidade estática podem ser produzidas com o
simples movimento do combustível nos tanques e nas linhas de suprimento. Esse aditivo
foi criado para dissipar a carga eletroestática antes que ela atinja níveis perigosos.
74
Resumindo
Glossário
75
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A gasolina de aviação é usada
exclusivamente em aviões de pequeno porte que possuem
motores com ignição por centelha (motor convencional).
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
76
Referências
SAINTIVE, Newton Soler. Teoria de Voo: Introdução à aerodinâmica. São Paulo: ASA,
2012.
77
Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F V
Unidade 2 V F
Unidade 3 V V
Unidade 4 V V
Unidade 5 V V
Unidade 6 V V
78