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Material para estudo

Encontro do Sr. Masaaki Okada

com seminaristas do exterior

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Explicação do Encontro – Reverendo Keizo Miura

Boa tarde a todos. Agradeço de todo meu coração o precioso tempo que o Sr. Masaaki,
filho do Líder Espiritual, disponibilizou para realizarmos hoje este encontro com os
seminaristas do exterior.

O Sr. Masaaki Okada tem se esforçado nos estudos e dedicações próximo a Kyoshu-
Sama, podendo ter contato direto com o sentimento do Líder Espiritual como seu assessor.
A permissão de realizar este encontro, também serve para podermos compartilhar o
sentimento de Kyoshu-Sama que será transmitido para todos nós.

Devido ao longo período em que viveu no exterior, além das experiências adquiridas
neste período, ele está sempre atuando com seu pensamento voltado para os membros do
exterior. O número de messiânicos no exterior ultrapassa em grande escala o número total
de membros no Japão. Neste sentido, temos nos empenhado para encontrar a melhor
maneira de transmitir a essência do sentimento de Meishu-Sama, expressado nas palavras
de Kyoshu-Sama, tanto para os messiânicos no Japão como no resto do mundo, sendo que
o Sr. Masaaki Okada tem se empenhado conosco neste propósito.

Caminhamos nesta jornada trazendo conosco o desejo de “nascer de novo” como filhos
de Deus. Através da conversa com o Sr. Masaaki Okada, que busca diariamente aprofundar
a compreensão do sentimento e pensamento de Kyoshu-Sama, espero que todos possam
receber muita força para darmos continuidade às nossas dedicações, agarrando com firmeza
este sentimento do Líder Espiritual.

Dessa forma, desejo agradecer esta oportunidade extremamente significativa de


realizar este encontro entre os seminaristas do exterior com o Sr. Masaaki Okada como algo
que Meishu-Sama preparou para cada um de nós.

Gostaria agora de ler a mensagem que recebemos de Kyoshu-Sama sobre a realização


deste evento.

Estou enviando Masaaki como meu representante, pela difícil situação em que nos
encontramos, onde não tenho condições de me reunir frequentemente com jovens ministros e
membros, que são o futuro da Igreja Messiânica Mundial, Igreja Izunome. Espero que todos
estejam cientes disto ao participar deste encontro.

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Acredito que não existem diferenças na postura de todos os seres humanos quando
servimos a Deus. Creio que existam fatores praticamente iguais nesta nossa postura,
independente das diferenças de idade; sexo; grau de sabedoria; campo de atuação, tanto nas
atividades de difusão como nos trabalhos realizados nos escritórios da sede, apesar de
consideramos desigualdades perceptíveis aos olhos humanos no seu conteúdo.

Por assim ser, não devemos diferenciar os jovens messiânicos da juventude na sociedade
ou entre ministros e funcionários dos escritórios da sede. Creio que a nossa postura no servir
a Deus como seres que precisam ser educados, voltando nossos próprios sentimentos a Ele, é
fundamental.

Conto com a colaboração de todos os participantes destes encontros no sentido de


transmitir o que cada um pensa e, além disso, escutar o que eu penso através das palavras de
Masaaki.

Atami, 8 de janeiro de 2016


Líder Espiritual - Yoichi Okada

Muito obrigado. Esta foi a mensagem de Kyoshu-Sama. Através deste encontro, espero
que cada um de nós possa compartilhar o mesmo aprendizado e oro também para que o
sentimento de Meishu-Sama se concretize em cada um de nós. Muito obrigado.

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Saudação de Masaaki Okada

Assim como foi mencionado agora pelo Reverendo Miura, este encontro foi preparado
por Meishu-Sama. Sua realização só foi possível graças a ele. Ao mesmo tempo que a
realização deste encontro é uma benção de Meishu-Sama, acredito que estamos tendo a
permissão de nos encontrarmos aqui hoje graças aos alicerces formados pelos pioneiros que
serviram na difusão mundial. Por isso, dando muita importância a cada um destes alicerces,
estas bases, espero poder caminhar junto com todos vocês pela jornada da fé que seguiremos
nas próximas décadas, já que temos praticamente a mesma faixa etária. Creio que nosso
encontro não se limita ao dia de hoje. Espero termos a oportunidade de nos encontrarmos
novamente de agora em diante. Sendo assim, desejo que todos conversem franca e
abertamente, criando assim laços de confiança entre nós. Conto com a colaboração de todos.

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Perguntas dos participantes:

Antecipadamente, os participantes elaboraram perguntas relacionadas aos textos


apresentados na 23ª Edição do Acampamento Mundial de Escoteiros (World Scout
Jamboree, em inglês), “O que é a Igreja Messiânica Mundial?”, “O Símbolo da Igreja
Messiânica Mundial” e “Palavras de Oração”.

Cada um apresentou sua pergunta durante o encontro, relatando também suas


impressões.

Perguntas relacionadas ao tema “O que é a Igreja Messiânica Mundial”:

- O que precisamos fazer para conseguir praticar o “precisamos nos esforçar conscientemente
para direcionar nossos corações a Deus”, que está escrito no texto?

- O texto “O que é a Igreja Messiânica Mundial” é muito diferente das explicações que
recebemos até hoje e possivelmente muitas pessoas terão dificuldade de aceita-las. Como
podemos nos preparar para uma situação como esta?

- Para não termos uma natureza dupla no cotidiano, o que podemos fazer para atribuir a
Deus tudo o que acontece na nossa vida? Tudo no nosso cotidiano será naturalmente
colocado em ordem, já que objetivamos nascer de novo como filhos de Deus? Mantendo este
objetivo constante, será possível compreendermos se estamos agindo corretamente, dentro
das circunstâncias que surgem à nossa frente (assim como Meishu-Sama aceitou tudo como
a vontade de Deus)?

- Nascemos neste mundo para regressar ao Paraíso e nascermos de novo como um Messias,
tendo Meishu-Sama como um modelo. Objetivamente falando, o que precisamos fazer, qual
é o primeiro passo a ser feito dentro do nosso cotidiano?

- Por que é que devemos nascer de novo como um Messias? Qual é o objetivo é regressar ao
Paraíso?

- Objetivamos nascer de novo tendo Meishu-Sama como um modelo. Além disso, quando
nasceu de novo, Meishu-Sama disse que se sentia como um bebê recém-nascido e teve a
sensação física de que havia nascido novamente. Sendo assim, isto significa que nós também
teremos alguma sensação semelhante ao nascer de novo, ou seja, poderemos perceber este
acontecimento?

- A palavra “cura” é utilizada no trecho que explica o Johrei. Até hoje, fui orientado a não

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usar frequentemente esta palavra no Brasil. Isto porque existem casos onde não há cura, o
que pode causar algum problema. Gostaria de receber orientações mais detalhadas a este
respeito.

Perguntas relacionadas ao tema “O Símbolo da Igreja Messiânica Mundial”:

- Gostaria de receber explicações mais detalhadas sobre o trecho “Tudo parte de Deus, e tudo
retorna a Ele. Essa é a obra de Criação de Deus”.

- Gostaria de receber explicações mais detalhadas com relação ao trecho “Acreditamos que
Deus vive dentro de nós, e Sua obra de Criação se desenvolve no interior de cada um de nós, sem
interrupção”, principalmente no que diz respeito a “Sua obra de Criação se desenvolve no interior
de cada um de nós, sem interrupção”.

- Já que o Paraíso existe no interior de cada um de nós, o que precisamos fazer para
conseguirmos regressar a ele no nosso cotidiano?

- Lendo a versão em português, existe a expressão “tentando nos acolher” na 5 linha de


baixo para cima. A palavra “tentando” deixa implícita a possibilidade de “não conseguir”.
A humanidade, independentemente do que acontecer, será acolhida no Paraíso? Gostaria
de receber orientações mais detalhadas sobre este ponto.

- “Nós recebemos a vida como Messias, por isso, estamos reconhecendo a existência de Deus
ao praticar a Agricultura Natural e, tendo a grande natureza como um modelo, regressar à
origem de Deus. Ou seja, poderemos assim nascer de novo”. Posso explicar desta maneira,
simples e objetiva, a ligação entre o símbolo da Igreja Messiânica Mundial e a Agricultura
Natural?

Perguntas relacionadas ao tema “Palavras de Oração”:

- Como podemos praticar as “Palavras de Oração”?

Outras perguntas:

- Como devemos proceder ao questionarem o seguinte: “Já que tudo está sendo perdoado
por Deus, isso significa que todos aqueles que cometem o mal, como terroristas ou políticos
mal-intencionados, também já foram perdoados? ”

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Palavras de Masaaki Okada

Antes de mais nada, desejo agradecer o relato de todos. Também quero agradecer por
terem preparado antecipadamente suas perguntas. Muito obrigado. Fiquei realmente
maravilhado com cada questão e pude sentir através delas o interesse sincero de todos vocês.
Desejo refletir junto com vocês sobre cada uma delas.

Pois bem, foi questionado sobre a possibilidade de nós também sentirmos alguma
sensação física ao nascer de novo, assim como Meishu-Sama sentiu, correto? Eu sempre falo
sobre isso dando o exemplo de quando eu tinha um cachorro de estimação. Este cachorro já
morreu há alguns anos, mas foi durante o período que eu o criei que reparei no fato de
nunca ter prestado muita atenção em cachorros. Eu sequer percebia como existem tantos
cachorros na cidade de Atami. Foi então que passei a pensar: “Puxa, como existem cachorros
em Atami”. Ou seja, este sentimento surgiu em mim somente depois que eu comecei a criar
um cachorro de estimação.

Hoje, somos incapazes de compreender ou sentir o que é este “nascer de novo”. Seria
algo semelhante ao fato de não reparar que existem cachorros na cidade. Mas, Meishu-Sama
sentiu isto. Sendo assim, também somos capazes de sentir o mesmo que ele, já que
consideramos que ele está vivo no nosso interior, pois isto faz com que esta sensação se faça
presente dentro de nós. Por isso, devemos mergulhar de cabeça nisso, mergulhar de cabeça
em Meishu-Sama. Creio que, agindo dessa maneira, possivelmente seremos capazes de
sentir algo neste sentido. Por assim dizer, seria algo semelhante a ação de criar um animal
de estimação, ou seja, precisamos acreditar que esta sensação que Meishu-Sama teve já
existe dentro de nós. Talvez seja possível perceber alguma sensação semelhante à saboreada
por Meishu-Sama, assim como é possível passar a perceber que existem muitos cachorros
na cidade.

Talvez este não seja um exemplo adequado. Mas, acabamos deixando de mergulhar de
cabeça em Meishu-Sama quando pensamos que cachorros não existem ou que não é
necessário criá-los como animal de estimação. Com esta postura, estamos negando o “nascer
de novo” logo de início. Isto significa que somos capazes de encontrar inúmeras razões para
não sentir a sensação de “nascer de novo”. Somos especialistas em negar algo. Acabamos
construindo dentro de nós mesmos inúmeras razões para negar isto, como, por exemplo,
falar: “Meishu-Sama é especial e diferente de nós” ou “Somente Meishu-Sama é o Messias”.
Entretanto, não consideramos que esta forma de pensamento seja uma negação, o que torna
tudo ainda mais difícil. Isto porque cometemos o equívoco de considerá-los como a postura
de um ser humilde ou que tem fé. Sendo assim, ao invés de pensar dessa maneira, creio que

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seja mais importante termos convicção de que esta sensação de nascer de novo já existe
dentro de nós.

Gostaria de citar outro exemplo. Copérnico desenvolveu a teoria heliocêntrica em uma


época onde todos aceitavam apenas na teoria geocêntrica. Teoria esta que coloca a Terra
como um corpo imóvel no centro do universo e considera o Sol como um astro que gira ao
seu redor.

Entretanto, ele afirmou através da teoria heliocêntrica que o Sol ocupava o centro, sendo
que a Terra orbitava ao seu redor. Mas, mesmo escutando isso, nossa sensação real é
geocêntrica, não é verdade? Afinal, não temos a sensação de estar em movimentos giratórios,
achando que a Terra não tem rotação. É por isso que não sentimos a rotação da Terra. Mesmo
assim, hoje todos acreditam incondicionalmente na teoria heliocêntrica. Todos creem nela,
apesar de não a perceber, porque ela foi comprovada cientificamente. Nossa percepção se
limita a teoria geocêntrica. Sendo assim, não existe uma sensação que comprove a crença na
teoria heliocêntrica. Nós apenas a aceitamos por causa da sua comprovação científica.

Por tanto, o fato de não percebermos esta sensação do “nascer de novo” é um fator
completamente diferente desta sensibilidade realmente existir, apesar da sua grandiosidade.
Sendo assim, possivelmente conseguimos perceber a sensação do “nascer de novo”, mas,
antes de mais nada, precisamos acreditar que ela existe. Além disso, creio que podemos
desejar sentir a mesma sensação de Meishu-Sama, mas, antes disso, o aceitar que ela existe
dentro de nós seria o nosso ponto de partida.

Vale lembrar que, expressamos o desejo de saborear a mesma sensação de Meishu-Sama


ou poder perceber que nós também nascemos de novo, mas devemos refletir sobre qual foi
a sensação física de Meishu-Sama quando ele nasceu de novo. A primeira delas certamente
foi uma forte dor de cabeça. Afinal, ele teve um derrame cerebral. Ele sentiu o Messias no
decorrer de uma tremenda dor de cabeça. Naturalmente, dentro da nossa maneira de pensar,
achamos que sua doença foi totalmente curada, quando falou que havia nascido de novo,
ou consideramos que ele havia se tornado um ser extraordinário com isso. Entretanto, tudo
isso ocorreu em meio a uma intensa dor de cabeça, causada pelo derrame cerebral, e ele veio
a ascender aos Céus no ano seguinte. É por isso que, temos que saber se estamos realmente
preparados para acetar isso, mesmo falando: “ Quero que Meishu-Sama se manifeste” ou
“Quero saborear a sensação do nascer de novo”. Isto porque, ao tomar realmente esta
decisão, certamente passaremos por situações severas.

Além disso, pode ser que, quando saborearmos a sensação do nascer de novo, ela não

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seja como nós desejamos. Seria muito bom se isto fosse algo maravilhoso, mas não é bem
assim. Por parte de Deus, existe a possibilidade d’Ele aceitar isto com muita severidade.
Neste caso, pode acontecer como Meishu-Sama, que correu risco de morte com isso. Sendo
assim, mesmo falando “Quero saborear esta sensação”, a verdadeira decisão de nascer de
novo é algo muito difícil para cada um de nós. Isto porque devemos ter temor a Deus.
Levando tudo isso em consideração, certamente não temos outra escolha a não ser aceitar
Meishu-Sama. Isto porque Meishu-Sama superou muitas adversidades por todos nós, seres
imperfeitos, vivendo uma vida para nos mostrar o verdadeiro significado do servir a Deus.
Por isso, antes de mais nada, precisamos relatar a Deus o nosso desejo de aceitar isso através
de Meishu-Sama. Agindo dessa maneira, acredito que certamente cada um de nós será
levado a sentir alguma coisa. Possivelmente será algo que, mesmo tentando explicar para
outras pessoas, seja incompreensível por meio de palavras. Por tanto, o importante, antes
de mais nada, é acreditar mesmo não tendo alguma sensação ainda e mergulhar de cabeça
nisso.

Muitas perguntas feitas hoje estão relacionadas ao tema: “Porque Deus é o nosso ponto
de partida e porque devemos regressar a Ele?”. O fato de Deus ser o nosso ponto de partida
está relacionado ao porque d’Ele ter criado os seres humanos e ter começado a obra da
criação.

Meishu-Sama nasceu em 23 de dezembro de 1882. Este é o seu primeiro nascimento.


Ele viveu toda sua vida e anunciou que havia “nascido de novo” em 5 de junho de 1954. Ou
seja, este é o seu segundo nascimento. Resumindo, Meishu-Sama nasceu duas vezes. São
dois nascimentos. Nascer significa a existência de genitores. Os pais de Meishu-Sama foram
os genitores do seu primeiro nascimento. Eles são os genitores físicos de Meishu-Sama.
Então, precisamos refletir sobre quem foi o genitor do seu segundo nascimento, correto?
Certamente não foram os genitores do seu primeiro nascimento, afinal, os pais físicos de
Meishu-Sama já não estavam mais neste mundo em 1954. Por isso temos que pensar sobre
quem foi o genitor deste seu segundo nascimento. Como ele nasceu de novo, existe um
genitor. Certamente, este genitor não seria outro a não ser Deus – o Pai espiritual.

Meishu-Sama nos ensinou sobre a “Lei de Precedência do Espírito sobre a Matéria”.


Pensando, antes de mais nada, no campo da “matéria”, todos nós possuímos pais físicos que
são existências materiais. Eu também tenho. Mas, como o “espírito precede a matéria” e os
pais físicos representam esta última. Isto significa que também existem genitores espirituais.
Então, quem seria este nosso genitor espiritual? A resposta para esta pergunta não é outra
senão Deus.

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Existem neste mundo as mais variadas formas de pensar, mas, uma grande parta das
nossas vidas, independentemente de sermos homens ou mulheres, certamente está
relacionada ao desejo de conhecer o amor da nossa vida, casar-se e ter filhos com esta pessoa.
Nós pensamos sobre isto apenas na dimensão material. Porém, para dizer a verdade, já que
o espírito precede a matéria, também existem pessoas que desejam pensar sobre isto no
âmbito espiritual. O fato de pensarmos assim na dimensão material, significa que existe o
mesmo pensamento e atitude na dimensão material. Todos nós queremos ter filhos e criá-
los para construirmos um lar feliz, não é verdade? Deus, nosso Pai espiritual, pensa de
mesma maneira. Recebemos d’Ele a vida espiritual e o Seu maior desejo é conviver conosco
como uma família. Foi Meishu-Sama quem percebeu isto e retornou para o Paraíso, onde o
Pai espiritual se encontra, enquanto estava vivo sobre a superfície da Terra e tornou-se um
Messias, ou seja, um filho de Deus. Este é o significado da palavra “Paraíso Terrestre”. Isto
porque Meishu-Sama regressou ao “Paraíso”, apesar de estar vivo na “superfície terrestre”.
Sendo assim, estaremos participando da “Construção do Paraíso Terrestre” ao
conseguirmos desejar ser como Meishu-Sama e nos tornarmos um filho de Deus – um
Messias. Afinal, a construção do Paraíso Terrestre consiste no fato de Deus construir um
mundo para morar nele junto conosco. Enfim, Ele se encontra no Paraíso. Por isso, creio que
devemos aceitar que isto é algo completamente diferente da compreensão que tivemos até
hoje sobre “Paraíso Terrestre”.

Voltando ao assunto da pergunta em questão, o nosso partir nada mais é do o próprio


amor de Deus. Recebemos d’Ele a vida como Seus filhos e, graças ao Seu amor paterno, Ele
deseja ser feliz habitando junto conosco em um lar chamado Paraíso. Este é o motivo do
nosso “partir”. Entretanto, nos esquecemos do nosso Pai espiritual. Afinal, não
compreendíamos até então o significado do “nascer de novo” mencionado por Meishu-
Sama. Desconsiderávamos a necessidade de ter um segundo nascimento. Além disso,
queremos até mesmo questionar Meishu-Sama o significado de nascer de novo. Porém,
Deus enviou Meishu-Sama como um modelo, apesar da nossa ignorância. Meishu-Sama foi
enviado por Ele para nos ensinar como devemos viver a vida. Por isso, precisamos ser
obedientes e reconhecer que havíamos esquecido de Deus, o nosso verdadeiro Pai e, sendo
assim, aprender com Meishu-Sama como regressar ao Paraíso, nosso lar espiritual a cada
instante.

Afinal, vivemos uma situação semelhante à daquele que se perdeu após sair de casa.
Mas, nós também agimos assim no campo material. Desobedecemos aos nossos pais e
brigamos com eles. Também agimos assim perante o Pai espiritual. Não percebemos isso,
mas desobedecemos a Deus, acabamos saindo do Paraíso e estamos perdidos até hoje.

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Entretanto, Deus está falando: “Olha, já está na hora de você voltar”. Foi para isso que ele
preparou o Messias. Isto porque a palavra Messias significa “senhor da salvação”. Ele está
dizendo que irá perdoar o pecado de termos nos afastado de Deus e nos acolherá. Por isso,
regressamos à origem de Deus pelo nome Messias.

Resumindo em poucas palavras, o porquê do nosso partir significa a partida para uma
vida na Terra através do amor do divino Pai. Sendo assim, creio que a razão do nosso
regresso significa retornar ao lar espiritual, para corresponder ao amor paterno como Seus
filhos. Meishu-Sama nos ensinou a palavra Messias para nos transmitir isto.

Deus não é uma existência fictícia. Ele está aqui (apontando o dedo para o centro da
testa). É aqui que também se encontra o Paraíso. Creio que seja este o motivo de vocês
questionarem durante seus relatos algo semelhante a Deus e Paraíso serem diferentes uns
dos outros. Eles são distintos e ao mesmo tempo similares. Isto porque Deus se encontra no
Paraíso e é nele que Ele espera por todos nós. Mesmo falando “Paraíso”, em outras palavras,
seria algo como o nosso lar. Isto pode ser represente por uma igreja.

Nos encontramos com o seu responsável ao visitar uma igreja. Neste plano material,
visitar uma igreja também significa ir ao encontro do seu responsável. Ou seja, adentrar no
Paraíso é o mesmo que ir ao encontro de Deus. Sendo assim, Deus e Paraíso são inseparáveis,
apesar de parecem distintos um do outro. Porém, não devemos nos esquecer que, mesmo
falando em Paraíso, ele também é algo que foi preparado por Deus.

Temos a igreja como o lado material da nossa organização. Ou seja, isto significa que
também existe uma igreja no plano espiritual. Por ser espiritual, ela é invisível aos nossos
olhos. Por tanto, existe uma igreja invisível aos nossos olhos. Ela seria o Paraíso. Por isso,
creio que seja melhor termos o seguinte pensamento quando adentramos pelas portas de
uma igreja: “O Paraíso, que é uma igreja invisível aos olhos, existe dentro de mim. Deus é o
responsável por esta igreja. Estou regressando a este local”.

Hoje também foi questionado sobre o que devemos fazer para regressar ao Paraíso, não
é verdade? Certamente a chave para isto é a nossa entrega total a Deus, mas gostaria de
mencionar algo mais sobre este assunto. Para dizer a verdade, eu li o currículo de todos
vocês. Nele, existem vários campos para serem preenchidos, como “Hobby”,
“Especialidades” e outros mais. Dentre eles, tinha um campo para “Pontos Fortes” e outro
para “Pontos Fracos”. Teve uma pessoa que, por exemplo, classificou um dos seus pontos

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fortes como “saber escutar bem os outros”. Dentre os pontos fracos, foram levantados
“teimosia”, “tendência em ficar bravo”, dentre outros. Nós consideramos todos estes pontos,
sejam fracos ou fortes como algo que nos pertence, mas tudo isso é expressado por Deus.
Para dizer a verdade, os pontos fracos também são expressados por Deus, mas achamos que
apenas os pontos fortes são expressados por Ele. Pontos como “pensar no próximo” ou
“amar outras pessoas”. Entretanto, pontos ligados às nossas imperfeições, como perder
facilmente a calma, também são expressados por Deus. Entretanto, consideramos que
nossos pontos fortes e fracos nos pertencem, independente deles serem bons ou ruins.
Estamos tomando posse de algo que pertence a Deus. Pode ser que muitos de nós falem:
“Esse é meu ponto forte e o meu ponto fraco é esse”, como que fazendo com que isto seja
sempre propriedade nossa. Não os devolvemos para Deus. Isto significa que a nossa real
situação é a de um ser que ainda não regressou ao Paraíso. Afinal, temos que devolvê-los
quando formos até o dono da casa (Paraíso), já que tudo isto é um pertence a Ele. No entanto,
o fato de sentirmos algo, seja isto um ponto positivo ou negativo, é uma prova de que Deus
está nos outorgando estes sentimentos. Isto é algo que Ele faz com que cada um de nós
venha a sentir. Mesmo assim, existem fatores dentro de nós que não queremos devolver,
apesar deles pertencerem a Deus.

Tenhamos um iPad como exemplo. Utilizamos este aparelho como se ele fosse nosso e,
caso alguém nos falasse em determinado momento que este iPad era dele, retrucaríamos
dizendo: “Não! Isto me pertence, viu”, não é verdade? Possivelmente esta pessoa também
falaria: “Não, isso e propriedade minha” e no final das contas falamos: “De jeito nenhum!
Isto é meu. Eu não vou te devolver”. Não aconteceria assim?

De fato, neste exato momento estamos vivendo uma situação semelhante com relação
ao nosso relacionamento com Deus. Recebemos tudo d’Ele. Nossos sentimentos,
pensamentos e até mesmo nossa mentalidade. Sequer somos capazes de criar uma folha,
muito menos gerar uma flor, não é verdade? Entretanto, Deus é capaz de criar isto
facilmente. Nossos sentimentos e pensamentos são criações realmente incríveis. Algo que
supera facilmente a criação de uma folha ou flor. Dentre tudo que foi criado por Deus, o
sentimento e o pensamento são absolutamente fantásticos. É por isso que algo
extremamente fantástico como os sentimentos, pensamentos e a mentalidade foram
outorgados por Deus aos seres humanos. Isto também acontece com os pontos fracos e fortes.
Por assim dizer, mesmo os pontos que consideramos serem fracos, como o sentimento de
teimosia, são na verdade elementos de nível superior.

Os aparelhos de televisão atuais, como a TV 4K, são incríveis. Computadores também

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tiveram uma evolução surpreendente. Mas nenhum deles é superior aos nossos sentimentos.
É por isso que não queremos devolvê-los mesmo que nos obriguem a fazê-lo. Afinal, quem
não se opõe caso nos imponham a devolução de uma televisão caríssima recém comprada?

Não devemos ser inflexíveis. Temos que devolver nosso sentimento a Deus, assim como
alguém devolveria uma caneta ou um iPad, dizendo: “Puxa, meus pontos fracos e fortes,
meus sentimentos, pensamentos e minha mentalidade pertencem a Deus”. Mas, não somos
capazes de devolvê-los diretamente a Deus. A ação de devolver isto só pode ser realizada
através de um ser puro como Meishu-Sama. Com isso, pode ser que Deus venha a aceitá-
los.

Dificilmente conseguimos recupera objetos que foram roubados por um ladrão aqui no
mundo dos seres humanos. Mas, isto não acontece quando os devolvemos para Deus. Pelo
contrário, recebemos em troca algo ainda melhor.

Por exemplo, aparelhos smartphones evoluem constantemente. Digamos que nosso


primeiro smartphone seja iPhone 5s. Pode ser que Deus nos presenteie com um iPhone 6 ao
devolver-Lhe o iPhone 5s. Reconhecendo que isto também Lhe pertence e, evitando tomar
posse deste novo smartphone, talvez sejamos constantemente presenteados com um
aparelho novo, assim que forem lançados o iPhone 7 e o iPhone 8. Porém, nunca
evoluiremos ao continuar falando: “Não! Eu gosto do meu iPhone 5s. Estou muito bem com
ele. Não vejo a necessidade de devolvê-lo”. A sociedade está em constante processo de
evolução. Deus deseja esta constante evolução, por isso, Ele nos fala frequentemente: “Olha,
te dou este iPhone 7 quando você quiser”. Assim sendo, não devemos ficar presos a teimosia
de continuar dizendo: “Eu prefiro este iPhone 5s”. Creio que não haja outra saída a não ser
devolver o iPhone 5s, mas isto exige muita coragem. Afinal, normalmente não queremos
devolver o que é nosso para outra pessoa.

Mas isto é apenas um exemplo. Naturalmente, podemos continuar usando este iPhone
5s, ou até mesmo outros celulares mais simples como um flip phone comum, até o dia da
nossa morte. Porém, estou falando sobre a importância de devolvermos tudo aquilo que
tomamos posse.

Não devemos nos esquecer que a precedência do espírito sobre a matéria é um ponto
fundamental. Isto significa que o pensamento e o Sonen são essenciais. Com isso, temos que
devolver completamente os nossos pensamentos a Deus, assim como devolveríamos a Ele
um iPhone 5s, e afirmar o seguinte em nosso coração: “Tudo que eu considerei até hoje como
um pertence meu, o coração que me faz sentir algo, meus pensamentos e minha mentalidade

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pertencem a Deus”. Agindo dessa maneira, seremos contemplados por Ele com novos
sentimentos, pensamentos e mentalidade. O acúmulo desta prática fará com que aconteçam
mudanças na realidade perceptível no campo material, como a mudança de pessoas e
situações ao nosso redor.

Já que o espírito precede a matéria, todos os acontecimentos do mundo invisível são


primordiais. Os fatos do mundo visível são precedidos pelos do mundo invisível. A matéria
apenas acompanha o espírito. É por isso que temos a tendência de tomar posse da nossa
consciência, algo surpreendente que recebemos, pelo fato desta ser composta de
sentimentos, pensamentos e a nossa mentalidade. Porém, temos que ter coragem, afinal,
precisamos devolver tudo isso a Deus através de Meishu-Sama. Além disso, isto deve ser
transmitido pela fala. Utilizar nossos pensamentos e a palavra para agir assim. Com isso,
podemos falar ou até mesmo mentalizar em nossos corações: “Eu vou devolver”.

Este pensamento e palavras são a resposta para as perguntas: “O que devemos fazer
para regressar ao Paraíso?” e “Qual é o primeiro passo para nascermos de novo como um
Messias?”, feitas hoje por alguns de vocês.

Entretanto, isto só é possível quando estamos em condições emocionais, apesar de falar


que queremos devolver. Não conseguimos fazer isso quando estamos desempregados ou
brigados com alguém. Dentre as perguntas de hoje, foi questionado “o que podemos fazer
para voltar conscientemente nossos corações para Deus”, não é verdade? Também foram
feitas perguntas sobre a prática das “Palavras de Oração” e algumas pessoas relataram que
tomaram a decisão de orar desse jeito todas as manhãs perante o altar como forma de
pratica-las. Creio que podemos criar várias oportunidades para praticar esta oração no
cotidiano. Infelizmente, deixamos de praticar à medida que nosso estado emocional fica
mais estável. Assim sendo, talvez seja muito bom determinarmos um período do dia para
praticar esta oração.

Além do mais, sentimos ansiedade quando estamos prestes a participar de um encontro


como o de hoje, não é verdade? Pensamentos como “Deus, me ajude” surgem naturalmente
e creio que Ele nos faz pensar desta maneira. Por isso, creio que podemos falar: “Que eu seja
utilizado para que a vontade de Meishu-Sama se concretize”. Também podemos orar
utilizando as “Palavras de Oração”. Afinal, nervosismo e ansiedade são emoções
provocadas por Deus conforme Ele atua em nós.

É muito difícil para nós pensar em Deus nos momentos de nervosismo ou quando
estamos atarefados. Isto também acontece comigo. Podemos anteceder estes fatos e orar na

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noite anterior por todos os acontecimentos agendados para o dia seguinte. Afinal,
dificilmente conseguimos voltar nossos corações conscientemente a Deus durante as muitas
atividades do dia.

Também foi questionado o que significa o fato da Obra da Criação de Deus acontecer
constantemente dentro de cada um de nós. Possivelmente seja muito difícil compreender
isto apenas com a ação de ler estas palavras, mas para dizer a verdade não é algo tão difícil
como parece.

Por exemplo, existem momentos que sentimos ódio ou nos deparamos com situações
desfavoráveis. Sem contar que, em nosso cotidiano, sempre passamos por ocasiões onde nos
falam coisas horríveis ou sentimos raiva do nosso superior, não é verdade? Os momentos
em que nosso coração é invadido pelo sofrimento são chances verdadeiras. Nos
arrependemos quando algo ruim acontece por nossa causa e, nestes momentos, pensamos:
“Puxa vida! Tudo isso é culpa minha”. Mas, este arrependimento não serve para nada.

Afinal, para dizer a verdade, é neste momento que Deus está se manifestando. A Sua
manifestação não se limita a momentos e situações de alegria para os seres humanos.
Achamos que Deus só se manifesta nos bons momentos, como na vitória do nosso time de
futebol ou quando presenciamos uma cura com a ministração do Johrei. Entretanto, Deus
está realmente atuando em sofrimentos gerados pela raiva ou tristeza. Nestes momentos,
Deus está querendo nos dizer: “Me entregue este sentimento”. Estes sentimentos afloram
propositalmente para que possamos entregá-los a Deus. É por isso que estes momentos de
dor e sofrimento são na verdade chances para pensarmos na seguinte maneira: “Puxa, neste
exato momento a Sua Obra da Criação está acontecendo! Vós estais se manifestando em
mim. Devolvo-Lhe este sentimento em nome do Messias”. Afinal, o fato de algum
sentimento surgir em nosso coração significa que, sem qualquer margem de erro, Deus está
se manifestando em cada um de nós.

Somos educados por nossos pais aqui neste mundo, não é verdade? Os pais falam para
os filhos que eles devem agir de determinada maneira. É dessa mesma maneira que Deus,
com seu amor paterno, se manifesta nos nossos sentimentos. Sentimos algum tipo de
resistência ao perceber que estamos sendo doutrinados por Deus. Em nosso cotidiano,
acabamos julgando outras pessoas e a nós mesmos dizendo: “Nossa! Como aquela pessoa é
má”, “Esta pessoa não é boa” ou “Puxa vida, acabei agindo errado”. Agimos assim apesar
d’Ele estar vertendo seu amor em nós como um pai. Nestes momentos, precisamos ter

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coragem para dar um passo a diante e dizer: “É desta maneira que Sua Obra da Criação está
acontecendo. É assim que ela acontece a cada instante”. Certamente, Deus ficará muito
contente com esta nossa atitude.

Entretanto, depois de conseguirmos pensar dessa maneira, o próximo passo seria


considerar que, na verdade, a sensação de que estamos vivos é uma prova da atuação de
Deus. O fato de sermos seres com consciência, significa que a força e energia de Deus estão
se manifestando em nós. Sendo assim, para dizer a verdade, a própria sensação de que
estamos vivos é a representação de que a Obra da Criação de Deus está acontecendo dentro
de cada um de nós.

Entretanto, é muito difícil termos consciência disso de uma hora para outra. Por isso,
antes de mais nada, temos que pensar da seguinte maneira nos momentos que sentimos
algum sofrimento: “Puxa vida! A Obra da Criação de Deus está acontecendo dentro de mim!
Deus está olhando para mim com muito vigor”. Isto por que Deus deseja que cada um de
nós pensemos dessa maneira.

Com relação ao fato de voltarmos nosso pensamento a Deus, certamente nunca


consideramos isso algo tão importante. Pode ser que pensávamos nisso como algo
insignificante. Porém, este “pensar” está ligado diretamente à salvação de todos os seres
humanos.

Meishu-Sama nos ensina que somos a condensação de milhares de antepassados. Isto


possui dois significados, um deles é o desejo de Deus em querer que cada um de nós volte
seu coração para Ele, como mencionei agora há pouco. O outro significado é que Deus deseja
ver os seres humanos pensando da seguinte maneira: “Salve todas as pessoas que aparecem
agora neste seu sentimento”. Afinal, como somos a condensação de milhares de
antepassados, muitos deles se manifestam em nossos sentimentos com o desejo de serem
salvos.

Possivelmente não temos a sensação de ter cometido um delito grave, mas, para os
olhos de Deus, nossos ancestrais, antepassados e todos os seres humanos cometeram muitos
crimes até hoje. Existem muitas pessoas nestas condições dentro do nosso coração neste
exato momento. São milhares de pessoas dentro do coração de uma única pessoa. Nós
estamos aqui para salvar estes antepassados e a humanidade. Afinal, viemos à superfície
terrestre para servir na obra de salvação da humanidade.

Um de vocês relatou hoje que acredita estar recebendo testes de Meishu-Sama para que

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possa evoluir, não é verdade? Certamente, passamos por inúmeras provações enquanto
estamos vivos. Passamos por dificuldades e enfrentamos muitos sofrimentos. Não há
sombra de dúvidas de que todos estes sofrimentos são certamente provações. Mas, para
dizer a verdade, estas provações também são uma chance para salvarmos outras pessoas.
Por isso, não devemos tê-las apenas como algo que existe para o nosso próprio crescimento.

Todos os acontecimentos, sejam eles uma dificuldade ou algo que se torna um


problema perante nossos olhos, são provas de que estamos sendo utilizados por Deus para
salvação destas situações. Hoje foi questionado se estas dificuldades podem ser superadas
com a prática das três colunas da salvação. Isto está correto, mas creio que não seja apenas
isto. Uma dificuldade não existe apenas para ser superada, objetivando nosso próprio
crescimento. Estamos sendo utilizados na Obra de Salvação em todos os instantes das nossas
vidas. Ter consciência disto significa que crescemos até o nível de alguém que salva outras
pessoas. Por isso, todos nós já estamos participando da construção do Paraíso Terrestre a
cada momento. É dessa maneira que somos utilizados por Deus.

Todos nós realizaremos atividades de difusão e teremos um cotidiano familiar em


nossas vidas. Dentro de tudo isso, certamente enfrentaremos inúmeros problemas.
Naturalmente, teremos que superar estes problemas, mas, antes de mais nada, devemos
estar cientes de que estamos vivos aqui para salvar estes sentimentos. “Aqui” também faz
menção as nossas reações sentimentais. Nosso sentimento fica em pedaços quando nos
deparamos com um problema, não é verdade? Estamos vivos para salvar estes sentimentos.
Afinal, milhares de antepassados que querem ser salvos estão impregnados neles.

Mas, o que significa esta salvação. Significa a humanidade ter sido perdoada. Sendo
assim, devemos pensar da seguinte maneira nos momentos em que nosso coração fica em
pedaços por causa de um problema: “Vós perdoastes este meu sentimento”. Ao pensar
dessa maneira, devemos entregar nós mesmos a Deus. Pode ser que esta situação ainda não
tenha mudado nestes momentos. Materialmente falando, este problema ainda não foi
solucionado. Mesmo assim, precisamos ter a crença de que Deus já perdoou, salvou e
solucionou tudo ao entregar-Lhe todos os sentimentos que surgem através de problemas e
provações. Esta entrega deve ser feita através de Meishu-Sama, pelo nome Messias.

Assim sendo, certamente os problemas emergentes na superfície terrestre, que são de


natureza material, serão solucionados caso Deus receba o nosso pensamento, devido a
precedência do espírito sobre a matéria. Afinal, Meishu-Sama nos ensinou sobre esta Lei de
Precedência do Espírito sobre a Matéria. Por ser uma regra, certamente é um fenômeno que
acontecerá. Por isso, todas as provações podem ser consideradas elementos para o nosso

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próprio crescimento. Mas, creio que além disso, temos que estar convictos de que estamos
sendo utilizados no servir a Deus para salvação da humanidade.

Em um pensamento costumeiro, consideramos que alguém se torna um ser excepcional


ao superar uma provação. Entretanto, não damos importância ao grande número de pessoas
que se manifestam em nossos sentimentos objetivando serem salvas. Elas acabam ficando
presas em nossas emoções e, mesmo desejando voltar para a origem de Deus, não o
conseguem pelo fato de considerarmos que todas as provações e acontecimentos nas nossas
vidas são elementos para o nosso próprio crescimento. Ou seja, fazemos com que isto seja
apenas um alimento pessoal. Quando nos damos por conta, acabamos adoecendo ou nossos
corações acabam caindo na escuridão.

Sendo assim, devemos entregar a Deus diariamente todos aqueles que se reúnem em
nossos sentimentos querendo ser salvos antes disto acontecer. Neste momento, precisamos
avisá-los que iremos devolvê-los a Deus. Somente Ele tem o poder necessário para
solucionar estes problemas, por isso, certamente todos os inúmeros problemas serão
solucionados através da Sua força.

Naturalmente, existem problemas que necessitam de tempo para serem solucionados.


Devemos pensar da seguinte maneira quando nos depararmos com eles: “Existem situações
que até mesmo Deus necessita de tempo para solucionar”. Além disso, creio que seja
necessário acreditar que Deus já solucionou este problema, mesmo que ele ainda não tenha
sido solucionado aqui neste mundo. Afinal, a fé consiste em acreditar em algo que ainda
não aconteceu. Crer em um acontecimento que já ocorreu é algo fora dos parâmetros da fé.
Sendo assim, a fé também pode ser definida como a crença que tudo está solucionado,
mesmo que determinada situação ainda não tenha melhorado.

Acreditar em algo porque isto já foi comprovado é apenas o primeiro passo a ser
tomado. O segundo passo é acreditar em algo mesmo sem a existência de uma prova. Esta
é a segunda etapa da fé. Talvez seja esta a razão dos seres humanos exigirem uma prova
para acreditar em algo invisível, mas isto não é bom. Afinal, todos nós precisamos evoluir
constantemente.

Por assim ser, isto não é algo simples de acontecer porque estamos acostumados a
acreditar apenas naquilo que vemos. Sendo assim, precisamos ter paciência para conseguir
seguir por este caminho da segunda etapa da fé. Afinal, Meishu-Sama não se curou da
hemorragia cerebral, não é verdade? Apesar de ter falado que havia nascido de novo e que
um Messias tinha nascido, isto não significa a presença de uma comprovação, ou seja, a cura

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total da hemorragia cerebral em Meishu-Sama, não é verdade? Porém, creio que Meishu-
Sama acreditava piamente em Deus, independente da sua cura. Acredito que ele viveu com
muita alegria e total esperança em Deus até os últimos momentos que antecederam sua
ascensão. Ou seja, a própria vida de Meishu-Sama é uma mensagem fortíssima para todos
nós. Creio que Meishu-Sama está querendo nos transmitir a seguinte mensagem:
“Acreditem, mesmo que a situação não tenha mudado ainda. Acreditem, mesmo sem a
existência de uma prova”. Quero seguir este caminho da segunda etapa da fé junto com
Meishu-Sama.

Com relação à pergunta sobre a expressão “tentando nos acolher”, no texto sobre o
símbolo da Igreja Messiânica Mundial que foi divulgado na 23ª Edição do Acampamento
Mundial de Escoteiros, nele está escrito: “Deus nos concebeu no paraíso e está, agora, tentando
nos acolher de volta em Seu paraíso”. Foi questionado se a palavra “tentando” não deixa
implícita a possibilidade de Deus não conseguir acolher todos os seres humanos no Paraíso.
Acredito que temos esta impressão, ao analisar somente o significado desta palavra, pois
mesmo em japonês ela passa esta impressão. Entretanto, creio que Deus já está nos
acolhendo incondicionalmente neste exato instante, independente do fato de acreditarmos
Nele. Todos nós já fomos acolhidos por Ele no Paraíso. Deus está doutrinando toda
humanidade para podermos nascermos de novo no Paraíso. Isto está acontecendo neste
exato momento. Cremos ser existências que pertencem à superfície terrestre, mas, para dizer
a verdade, todos nós pertencemos ao Paraíso pelo fato do espírito ser primordial.

Entretanto, existe a possibilidade de nós negarmos isto. Assim sendo, creio que seja
melhor considerarmos que Deus não utiliza expressões precisas ou mandatórias.
Independentemente da nossa vontade, todos os seres humanos infalivelmente se tornarão
filhos de Deus um dia. Isto já foi determinado e um dia acontecerá. Por isso, não adianta
negar ou tentar fugir para os pontos mais longínquos deste planeta, pois Deus sempre nos
trará de volta à Sua origem. Nós já estamos habitando no Paraíso, mas realmente adoramos
a vida neste mundo. Deus está vertendo todo o Seu amor em nós, querendo nos dizer: “Olhe,
vocês já residem comigo aqui no Paraíso, que é o meu lar”. Entretanto, pode ser que Ele
esteja utilizando expressões mais brandas, como “tentando nos acolher”, por achar que
alguns seres humanos não aceitem o Seu convite. Para dizer a verdade, ao invés de achar
que a possibilidade de isto não acontecer está incumbida nesta palavra, devemos reconhecer,
com mais severidade, que estamos sendo criados e doutrinados por Deus e já fomos
acolhidos por Ele no Paraíso. Afinal, este é um caminho único.

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Assim sendo, não devemos ser arrogantes ao ponto de adentrarmos sozinhos quando
regressarmos ao Paraíso espiritual, à igreja espiritual. Devemos adentrar nesta igreja de
mãos dadas com muitas pessoas, levando junto conosco todos os antepassados que existem
dentro dos nossos sentimentos. Por isso, creio que seja necessário informá-los dizendo “Eu
regressei” e adentra nesta igreja espiritual junto com muitas pessoas como o sentimento de
estar representando e guiando milhares de antepassados. Existem muitos guias turísticos
que andam sempre na frente do grupo com uma bandeira na mão, não é verdade? É dessa
maneira que devemos guiar nossos antepassados dizendo: “Senhoras e senhores, venham
por aqui. O Paraíso fica por aqui”. Devemos desenvolver este papel de regressar junto com
muitas pessoas para a igreja espiritual que existe no nosso interior.

Assim sendo, em que momentos devemos agir dessa maneira? Devemos pensar dessa
maneira quando estamos sofrendo ou nos deparamos com alguma provação. O ideal seria
adentrar nesta igreja falando as seguintes palavras para todos aqueles que se reúnem em
nossos sentimentos: “Irei guiá-los! Venham junto comigo”. Com tamanha determinação,
poderíamos até mesmo agarrar pelo pescoço aqueles que ainda estão indecisos. Mas,
agarrem os antepassados com carinho, viu! (risos). Entretanto, para dizer a verdade, temos
que estar determinados ao ponto de ter que levar eles na marra. Isto porque, até mesmo o
sentimento de não querer dizer “vamos regressar ao Paraíso” é uma manifestação do medo
de se encontrar com o verdadeiro Deus. Entretanto, todos os antepassados querem regressar
ao Paraíso. Eles querem ser banhados pela Sua Luz. Por isso, temos que ter coragem para
atravessar a porta desta igreja junto com muitas pessoas. Cada um de nós é capaz de realizar
algo surpreendente como isto. Cada um de nós, viu! Isto não é realmente maravilhoso?

Para dizer a verdade, é possível que muitas pessoas venham à uma igreja no plano
material através do empenho diário para conduzir pessoas até à igreja espiritual. Isto
também pode estar relacionado a condução de pessoas, ou seja, o encaminhamento a uma
igreja no mundo material. Porém, até hoje nós sempre demos mais importância ao
encaminhamento que acontece no plano material. Mas, a matéria é precedida pelo espírito.
Ou seja, está mais do que claro qual deles deve ser o principal, qual deles devemos dar maior
importância. Naturalmente é o encaminhamento espiritual. Até hoje, priorizávamos apenas
o lado material, tratando-o com mais importância do que o espiritual. Agíamos assim ao
falar que os resultados de encaminhamentos não aumentavam. Creio que chegou o
momento em que precisamos mudar este pensamento.

Isto significa que, ao considerarmos que a atuação material deste mundo era mais

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importante, acabávamos considerando todos os encaminhamentos uma proeza pessoal.
Porém, seremos capazes de dizer as seguintes palavras no caso de darmos mais importância
ao encaminhamento à igreja espiritual: “Isto foi possível através da Lei de Precedência do
Espírito sobre a Matéria. Agradeço em louvor a Deus, responsável desta igreja espiritual”.
Será que não somos capazes de agir assim quando uma situação como esta acontecer aqui
neste mundo? Não adianta louvar a nós mesmos quando atingirmos um resultado concreto.
Temos que priorizar o louvar a Deus.

Antes de mais nada, passamos por muitas provações quando nos deparamos com
muitas situações ou problemas. Nestes momentos, muitos sentimentos surgem dentro de
nós. Sem contar o grande número de antepassados que se reúnem nestes sentimentos, pois
Deus faz com que eles atuem desta maneira. Por isso, creio que seja bom caminharmos com
a convicção de que temos a missão de conduzir todas estas pessoas e a humanidade para a
igreja espiritual no nosso interior.

Creio que, infalivelmente iremos presenciar uma mudança concreta e visível através do
empenho para que isso aconteça. Entretanto, pode ser que isto não aconteça precisamente
perante os nossos olhos. Naturalmente isto pode acontecer conosco, mas é possível que este
resultado apareça em outra igreja. Isto ocorre conforme a conveniência de Deus. Porém,
devemos tomar cuidado para não nos esquecermos qual encaminhamento é o mais
importante, o material ou o espiritual. Além do mais, existem pessoas que têm o costume
de fala: “Você não está dando importância ao lado espiritual, por isso não obtém resultados
materiais”. Estas palavras correspondem a precedência do espírito sobre a matéria, mas
estão centralizadas a um pensamento no qual a matéria está precedendo o espírito. Isto é
algo que merece atenção especial.

Hoje também foi questionado o porquê da necessidade de termos de nascer de novo


como um Messias. Isto acontece por que já foi programado por Deus, como mencionado
agora pouco. Isto acontecerá, independentemente da nossa aceitação. Afinal, o objetivo
principal da criação realizada por Deus é dar a vida aos Seus filhos e foi por isso que Ele
criou os Céus e a Terra.

Por isso, palavras como “Isto não é necessário” não influencia em nada. Deus é dono
de toda autoridade e poder, por isso, já fomos obrigatoriamente criados por Ele desta
maneira, fazendo com que isto aconteça neste exato momento. Sendo assim, para dizer a
verdade, o ideal seria aceitar com obediência que devemos nascer de novo como um Messias.

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Afinal, estamos sendo criados e doutrinados para isso. Creio que não devemos ficar sempre
falando: “Não, eu não quero ser criado por Vós”, já que Deus está querendo mostrar que
estamos sendo criados por Ele.

Também foi questionado sobre qual seria a prática concreta para darmos o primeiro
passo rumo a este objetivo de nascermos de novo. Para dizer a verdade, a resposta para esta
pergunta é tudo que eu estou falando agora. Entretanto, acredito que a intensão desta
pergunta seja saber o que podemos fazer para nascer de novo dentro da nossa posição atual.

Cada um de nós recebeu uma tarefa a ser cumprida, não é verdade? Por isso, creio que
não temos outra alternativa a não ser nos empenharmos ao máximo para isso. Entretanto,
cada caso deve ser analisado separadamente. Por isso, sinto ser muito difícil falar agora
sobre algo específico. Acho que precisaríamos conversar individualmente para ter ideia de
alguma opinião mais concreta.

A tarefa que recebemos varia de pessoa para pessoa. Assim sendo, cada um de nós se
empenha ao máximo concretiza-la. Além do mais, cada pessoa pensa no que ela própria
deve se empenhar para isso, ou melhor, para conseguir isso. Tendo a minha dedicação como
exemplo, atualmente sou responsável pela tradução das palestras de Kyoshu-Sama para o
idioma inglês. Por isso, tenho me esforçado para ler diariamente livros em inglês e, na
medida do possível, escutar algo em inglês. Em 1950, Meishu-Sama disse que a doutrina da
Igreja Messiânica Mundial se assemelharia bastante a do cristianismo e que este momento
já havia chego. Acredito que reconhecer isto seja a minha missão. Sendo assim, procuro ter
contato com a Bíblia, tanto em inglês como no idioma japonês, enquanto estudo e pratico os
Ensinamentos de Meishu-Sama através das palavras de Kyoshu-Sama. Por citar muitas
passagens bíblicas, é possível que Meishu-Sama deve ter estudado bastante ela. Mas, tudo
isso varia de pessoa para pessoa.

Por isso, creio que existem inúmeras práticas neste sentido. Elas variam conforme a
responsabilidade de cada um. Porém, não temos outra saída a não ser, antes de mais nada,
determinar se queremos ou não seguir o exemplo de Meishu-Sama e nascer de novo como
filhos de Deus, nos tornando herdeiros do Messias. Este é o primeiro passo a ser tomado,
além de ser também o primeiro passo objetivo rumo a isto.

Creio que muitas mudanças podem acontecer após tomarmos esta decisão e dizer:
“Agia assim até hoje, mas irei fazer de outra maneira a partir de agora”. Sendo assim, é
muito difícil para mim falar concretamente sobre cada uma das suas atividades. Isto porque
vocês viveram situações diferentes. Por isso, não vou entrar em detalhes sobre isso agora,

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mas creio ser importante e até mesmo natural que cada um de vocês se esforce ao máximo
dentro da sua própria posição. Temos que nos empenharmos ao máximo, seja no trabalho
de difusão como no escritório.

Entretanto, em um primeiro plano nós utilizamos expressões como real, concreto ou


objetivo. O que isto significaria? Naturalmente, falamos em algo concreto ou real quando
isto está relacionado a ações deste mundo e achamos que as palavras de Kyoshu-Sama não
são propriamente algo real ou concreto, não é verdade? Também existem pessoas que falam
o seguinte sobre as orientações de Kyoshu-Sama: “Ele pode falar muitas coisas sobre o
mundo do pensamento, mas é necessário pensar na nossa realidade ou em algo que possa
ser concretamente realizado”.

A propósito, isto não significa que tudo neste mundo seja real ou concreto. Afinal, o ser
humano morre com 70 ou 80 anos de idade. A extinção completa do Sol está prevista para
daqui a alguns bilhões de anos e o planeta Terra também se extinguirá com isso. Isto
significa que este mundo não é real. Tudo aquilo que possui forma desaparece facilmente.

Entretanto, isto não acontece com o Mundo Espiritual. Ele nunca perecerá por ser uma
existência imutável e perfeita. Sendo assim, este Mundo Espiritual invisível aos nossos olhos
é muito mais concreto, real e objetivo. O mundo em que vivemos não é concreto. Por mais
que consideremos que este mundo é concreto e objetivo, morremos ao levar um tiro de uma
arma de fogo. Por isso, a superfície terrestre é um mundo totalmente incerto. Ele não é nada
concreto.

Por isso, creio que ele seja extremamente importante por ser real, concreto e objetivo,
apesar do pensamento ser algo invisível aos nossos olhos. Entretanto, pensamos o contrário.
Consideramos que o mundo visível aos olhos é real, objetivo e concreto. Por isso, creio que
é muito difícil acreditar e praticar pelo menos um dos Ensinamentos de Meishu-Sama
relacionados a precedência do espírito sobre a matéria em nossas vidas, apesar de parecer
algo simples de ser praticado.

O fato de ser difícil diferenciar as atividades religiosas das sociais também foi
mencionado nos relatos feitos por vocês hoje. A maioria dos messiânicos aproveita seus
passatempos e momentos com a família. Entretanto, ficamos em dúvida se podemos
aproveitar este mundo já que temos uma vida religiosa. Antes de mais nada, creio que não
devemos negar as muitas alegrias e diversões que existem neste mundo. Existem pessoas
que dão outro sentido as diversões mundanas deste mundo e talvez seja melhor tomar

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cuidado com este tipo de pessoa. Porém, não é bem assim que acontece. Creio que Deus
permite a satisfação através das diversões deste mundo, caso estas tenham um significado
saudável como foi relatado hoje.

Podemos viver naturalmente momentos de descontração com nossos familiares,


mesmo que com certo exagero, quando desfrutamos juntos inúmeros passatempos. Também
podemos ser francos ao transmitir os nossos desejos a Deus. Acho que podemos dizer o
seguinte a Ele: “A melhor coisa é concretizar o Vosso desejo. Mas, eu tenho vontade de fazer
tal coisa. Este é o meu desejo. Peço permissão para agir dessa maneira”.

Certamente, cada um de nós tem uma vida religiosa. Por outro lado, também temos
uma vida na sociedade. Por isso, acabamos encontrando aqui uma certa diferença entre estas
duas maneiras de viver, mas esta desigualdade não existe por parte de Deus. Além do mais,
este caminho não é limitado apesar de ser único. Deus está envolvendo todas as atividades
dos seres humanos desenvolvidas pelos seres humanos atualmente. Todos os homens,
independente da crença ou descrença em Deus, estão sendo envolvidos pelo Seu amor, já
que pertencemos a Ele.

Além disso, o grandioso amor de Deus realmente existe dentro de cada ser humano.
Sendo assim, creio que podemos pensar da seguinte maneira ao nos deparamos com alguém
que não percorre o caminho de Deus: “Deus está unificando e perdoando tudo através do
Seu amor, criando e educando toda humanidade como Seus filhos”.

Assim sendo, não devemos limitar nossas vidas dizendo que estamos apenas seguindo
o caminho de Deus. Em outras palavras, creio que não precisamos ser somente “religiosos”.
Deus olha imparcialmente para todos os seres humanos, independente das nossas crenças,
práticas religiosas ou até mesmo se cometemos algum crime.

Por isso, devemos nos colocar como seres livres neste único caminho que leva a Deus,
ao invés de achar que existem duas naturezas dentro das nossas vidas. Não devemos limitar
o nosso próprio caminho.

Ao percorremos nosso caminho com este sentimento, certamente nos deparamos com
inúmeros problemas. Acho que precisamos relatar com franqueza a Deus através de
Meishu-Sama todos os sentimentos que afloram em cada uma destas situações. Afinal, são
os pais aqueles que mais desejam escutar francamente o pensamento de seus filhos. Da
mesma forma, Deus deseja saber o pensamento franco de Seus filhos. Mas isto não significa
que Ele irá corresponder a todos os nossos desejos. Por exemplo, não adianta desejar a
vitória do Brasil ou do Japão em uma partida de futebol, pois Deus não tem como atender

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ao desejo de ambas as torcidas, não é verdade? Bom, o Brasil leva certa vantagem quando
se trata de uma partida de futebol.

Talvez um jogo de futebol não seja o exemplo mais adequado, mas fazemos muitos
pedidos como querer casar ou conseguir um emprego. Pedimos isto e nos esforçamos do
nosso jeito. Mas, creio que devemos ter a convicção para dizer, mesmo que tudo não
aconteça conforme os nossos desejos: “Deus é o meu verdadeiro Pai. Sou amado e estou
sendo guiado por Ele pelo melhor caminho”. Não existe sombra de dúvidas que Ele está nos
guiando pelo caminho que levará a uma alegria ainda maior. Afinal, Ele é o nosso
verdadeiro Pai. Existem muitas situações em que nossos pais físicos agem com severidade,
mas Deus absolutamente não age dessa maneira.

Hoje também foi questionado sobre o porquê temos que objetivar nascer de novo como
filhos de Deus constantemente, não é verdade? Acabamos usando a expressão “objetivar”
apenas dentro do plano material. Mas, vermos que já fomos criados por Ele desta maneira
ao analisá-la pelo ponto de vista de Deus. Somos seres indecisos. Mesmo afirmando que o
nosso objetivo maior é nascer de novo, acabamos nos esquecendo imediatamente disso. Até
parece que somos existências que confundem quais são seus próprios objetivos. Entretanto,
Deus sempre carregou consigo o objetivo de fazer da humanidade Seus filhos, criando e
educando initerruptamente cada um de nós em nosso interior. Isto está acontecendo agora,
neste exato instante. Estamos reunidos hoje aqui neste lugar, falando sobre os mais variados
assuntos. Pode ser que não estamos compreendendo perfeitamente do que cada um deles
se trata, mas mesmo assim estamos sendo criados e educados por Deus. Por isso, creio que
seja apenas necessário reconhecê-Lo como o nosso verdadeiro Pai. Afinal, reconhecemos
quem são os nossos pais apesar deles serem severos conosco, considerando que estamos
sendo disciplinados por eles através desta severidade. Algumas pessoas acabam não
reconhecendo isto, não é verdade? Por isso, antes de mais nada precisamos reconhecer que
Deus é o nosso verdadeiro Pai. Acho que Ele sentirá a mesma alegria que um pai sente pelo
seu filho se agirmos dessa maneira.

Hoje, um de vocês também questionou sobre a palavra “cura”, utilizada em um trecho


do texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros, já que havia recebido no Brasil a
orientação de não utilizar esta palavra com frequência pelo fato de existirem casos onde não
há cura, fator este que pode ser a causa de muitos problemas.

Isto faz parte de um estudo morfossintático desta palavra. No original em japonês foi

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utilizada a palavra IYASU e em inglês foi usada a palavra “heal”. Ambas possuem um
significado amplo, que não consiste apenas na cura de uma doença. Em japonês também se
fala KOKORO GA IYASARERU (aliviar as dores sentimentais, em tradução livre). Assim
sendo, você pode ter levantado esta questão pelo fato da palavra “cura” em português ter
uma tendência mais forte de significar a cura de uma enfermidade, quando comparada ao
japonês ou o inglês. Infelizmente, tenho certeza disso, por não compreender perfeitamente
a língua portuguesa.

Ao pensarmos sobre o significado que existe por trás desta palavra, “cura” significa que
não existe outro lugar a não ser o Paraíso onde as dores de uma pessoa serão aliviadas. Para
dizer a verdade, aliviar as dores de uma pessoa consiste em um único ponto, que é regressar
para o Paraíso junto com muitas pessoas. Entretanto, também existem pessoa cujas quais
este caminho se abre quando sua enfermidade é curada, tomando assim conhecimento do
Paraíso. Por isso, creio que existem inúmeras etapas para isso.

Assim sendo, com relação ao fato de evitar o uso frequente da palavra “cura”, pois
existirem casos onde ela não acontece e isto pode gerar algum problema, acho bom isto estar
sendo orientado dessa maneira no Brasil.

Afinal, geralmente as experiências de fé relatam a cura de uma doença através do Johrei


ou a solução dos mais variados problemas. Os relatos do Brasil não são diferentes, correto?
Por isso, acho melhor mudar a maneira como são feitas as experiências de fé ou até mesmo
a forma de administração da Igreja caso isto esteja sendo realmente orientando dessa
maneira. Por isso, creio que a sua pergunta seja um assunto de extrema importância por ter
relação com toda a Igreja Messiânica Mundial.

Isto porque as experiências de fé divulgadas falam sobre a cura de uma doença com o
Johrei. Parece até mesmo uma propaganda publicitária, como “O Johrei cura doenças”. Ou
seja, é o mesmo que enviar constantemente uma mensagem contrária às pessoas que não
são curadas pelo Johrei ou portadores de uma doença incurável. Isto pode levar algumas
pessoas a ter sentimentos como “Não fui curada, mesmo recebendo Johrei” ou “Eu ainda
não estou sendo abençoado por Deus”.

No final das contas, precisamos refletir sobre o significado do Johrei. O que Kyoshu-
Sama tem nos orientado é que, na verdade, Deus está ministrando Johrei em cada um de
nós e que estamos sendo acolhidos por Ele no Paraíso pelas Suas grandiosas mãos. Além
disso, ele está nos orientando que levantamos nossas mãos para ministrar Johrei para
podermos nos recordar disto. Ou seja, antes de mais nada, temos que reconhecer que

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estamos recebendo Johrei de Deus.

Entretanto, até hoje nós ministramos Johrei objetivando a cura de uma doença. Creio
que já estamos vivendo uma época onde não seja possível progredir da maneira como foi
questionado nas perguntas de hoje. Afinal, Meishu-Sama não conseguiu curar sua própria
enfermidade. Ele também falou em viver até os 120 anos de idade, mas ascendeu aos Mundo
Divino com 72 anos. Mas, consideramos isto algo misterioso que aconteceu apenas com
Meishu-Sama e, por outro lado, não seria incorreto afirmar que progredimos até hoje
ministrando Johrei apenas para curar doenças. Além do mais, ignoramos pessoas que não
obtiveram a cura ao agir dessa maneira. Afinal, não existem experiências de fé de pessoas
que não foram curadas. Creio que vivemos em uma época onde devemos pensar seriamente
sobre o significado do Johrei.

Apesar de ser um texto voltado para o Acampamento Mundial de Escoteiros, Kyoshu-


Sama aprovou o seu conteúdo. Nada melhor do que uma explicação simples para as pessoas
que estão tendo seu primeiro contato com a nossa igreja. Independente de sermos um
ministro ou funcionário dos escritórios, cada um de nós não pode apenas achar que o Johrei
é a melhor forma para cura de uma doença. Apesar disso, tivemos esta consciência nas
últimas décadas. Apesar disso, podemos fazer a seguinte explicação caso venha a ser uma
ótima oportunidade para que determinada pessoa conheça a fé messiânica: “Sua doença foi
curada para que você conheça Deus! Ele é o nosso verdadeiro Pai”. Também podemos
afirmar isso da seguinte maneira: “Não sou eu quem está levantando a mão perante você.
Para dizer a verdade, é Deus quem está estendendo Sua mão dizendo: ‘Regresse ao Meu
Paraíso’. Certamente é Deus quem está levantando esta mão”. Ao menos os ministros e
funcionários precisam conseguir explicar dessa maneira.

Assim sendo, creio que devemos pensar sobre o verdadeiro significado do Johrei. Ao
falarmos sobre Sonen, existem pessoas extremistas que infalivelmente falam: “Então isto
significa que não precisa mais ministrar Johrei”, negando o Sonen e até mesmo o conteúdo
das orientações de Kyoshu-Sama. Entretanto, até hoje ninguém nunca falou algo como “o
Johrei não é mais necessário”.

Eu acredito que Kyoshu-Sama está enfatizando o que vem a ser o significado do Johrei
dentro de uma compreensão ampla dos Ensinamentos de Meishu-Sama.

Mas, este conteúdo é completamente diferente da compreensão que tivemos até hoje.
Certamente, Kyoshu-Sama está explicando que nós não tínhamos até hoje a perfeita
compreensão sobre o Johrei e os Ensinamentos. Por isso, creio que aceitar o que Kyoshu-

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Sama nos orienta sobre o significado do Johrei, por menor que seja esta aceitação, significa
quebrar completamente a compreensão que tivemos até hoje dos Ensinamentos, sobre
Meishu-Sama e sobre como compreender o Johrei. Por assim ser, desejo que todos os
seminaristas aceitem que existe algo diferente com relação ao passado, buscando
compreender o que era antiquado e o que é inédito.

Creio que tudo isto pode ser resumido na aceitação ou não disto tudo. Afinal,
sentimentos como “Este é o verdadeiro significado do Johrei nos Ensinamentos de Meishu-
Sama. Isto é diferente do que Kyoshu-Sama está falando” podem aflorar dentro de cada um
de nós.

É por não aceitar isto que existem pessoas extremistas que falam: “Então isto significa
que não precisa mais ministrar Johrei? Todo o caminho que traçamos até hoje e o empenho
dos pioneiros foram em vão”. Elas agem dessa maneira porque estão burlando sua rejeição.
Isto porque, caso venham a aceitar isso, é possível que elas sintam receio de que algumas
dúvidas com relação as práticas desenvolvidas atualmente venham a surgir. O sentimento
de querer evitar completamente isto é algo natural. Por isso, como mencionei agora pouco,
tudo depende da nossa aceitação. Ou seja, o fato de cada um de nós aceitar o sentimento ao
ministrar Johrei que Kyoshu-Sama está nos orientando, o método de ministração do Johrei
que Meishu-Sama realmente queria transmitir.

Por isso creio que a questão levantada hoje dentro das perguntas e relatórios é algo de
grande significado.

Hoje também perguntaram sobre como devemos responder a seguinte pergunta: “Já
que tudo está sendo perdoado por Deus, isso significa que todos aqueles que cometem o
mal, como terroristas ou políticos mal-intencionados, também já foram perdoados?”.
Respondendo isto de uma maneira simples e direta, a resposta seria “Sim”. Deus deseja
salvar toda humanidade. Isto significa que Ele não delineou um limite para classificar os
seres humanos, determinado quem será salvo e aqueles que não serão. No entanto, existem
pessoas que falam: “Aquela pessoa me tratou de tal maneira. Não vou perdoar ela até o dia
da minha morte”. Antes de mais nada, temos alguma relação com atitudes como o
terrorismo ou uma péssima administração política. Afinal, somos a condensação de
milhares de antepassados e a nossa formação física depende deles. Por isso, corremos o risco
de não recebermos o perdão de Deus caso estas pessoas não sejam perdoadas.

Entretanto, esta situação é um problema distinto a maneira com que devemos tratá-la.

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Não adianta falar para pessoas que ainda estão sofrendo ou entristecidas por terem passado
situações realmente dolorosas que aqueles que a fizeram sofrer já foram perdoados. Temos
que saber nos colocar no lugar destas pessoas, pensando sobre o que elas devem estar
sentindo.

A “Cerimônia Provisória da Comemoração do Nascimento do Messias” aconteceu em


15 de junho de 1954. Nesta ocasião, o então presidente da nossa igreja pediu para Meishu-
Sama perdoar todos os pecados da humanidade. Ao ouvir este pedido, Meishu-Sama
afirmou acenando com a cabeça. Isto significa que ele suplicou pela salvação de toda
humanidade, todos os seres humanos. Não existem exceções. Sendo assim, naturalmente
todo e qualquer malfeitor também foi perdoado.

Entretanto, como nós ainda não havíamos nascido em 1954, isto significa que não
participamos fisicamente desta cerimônia. Ao pensarmos desta maneira, isto significa que
este pedido de perdão precisa ser renovado todos os anos. Ou seja, alguém teria que pedir
para Meishu-Sama perdoar todos os pecados da humanidade todos os anos, todos os dias
ou até mesmo a cada instante. Mas, certamente estivemos presentes nesta cerimônia, apesar
de não termos nascido ainda quando ela aconteceu.

O fato de Meishu-Sama ter agido assim apenas uma única vez, significa que este perdão
tem efeito até o presente momento. Por isso, o fato de Meishu-Sama ter dito que havia
perdoado os pecados de toda humanidade, significa que tanto os pecados cometidos pela
humanidade antes do ano de 1954, como aqueles cometidos na época de Meishu-Sama e
pelas gerações seguintes foram todos perdoados. Por isso, devemos tratar com seriedade
tudo o que aconteceu após a Cerimônia Provisória da Comemoração do Nascimento do
Messias.

Somos a condensação de milhares de antepassados. Assim sendo, todos os noticiários


são o reflexo da nossa própria postura, sejam eles notícias relacionadas a atos terroristas ou
crimes violentos. Esta é a nossa própria postura. Cada um de nós é o reflexo da postura de
cada um destes criminosos.

Nascemos em uma época de paz. Uma época onde todos pensam pacificamente, por
isso, pensamos que não cometemos nenhum tipo de crime. Entretanto, devemos pensar que
Deus está querendo que cada um de nós perceba o seguinte quando assistimos noticiários
envolvendo os atentados do estado islâmico ou até mesmo quando nos deparamos com
muitas pessoas: “Olha, não é bem assim. Você também já foi um criminoso”.

Afinal, não sabemos quais foram as atitudes dos nossos antepassados, apesar de

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afirmar que somos a condensação deles. Assim sendo, Deus está querendo nos ensinar qual
foi a postura destes antepassados, que estão ligados a nós, e a nossa verdadeira postura
quando assistimos noticiários como estes. Ele age assim para nos mostrar que estamos sendo
perdoados.

Meishu-Sama compôs um poema, em estilo tanka, que diz:

“Incessantes lágrimas correm pelo meu rosto toda vez que me curvo perante Vós
e me recordo que fui salvo por Ti.”

Este poema significa que lágrimas escorriam dos olhos de Meishu-Sama todas as vezes
ele se ajoelhava perante Deus e refletia sobre sua própria salvação. Ou seja, Meishu-Sama
reconheceu que havia sido um pecador, sentindo profundamente em seu coração que todos
estes pecados cometidos por ele foram perdoados. Ele reconheceu que tudo isso foi
perdoado, apesar de ser uma existência com muitas imperfeições. É por que ele chorava
todas as vezes que orava a Deus.

Será que conseguimos atingir este mesmo estado sentimental de Meishu-Sama? Talvez
consigamos chorar quando algo especial acontece e pensamos: “Puxa vida! Eu fui
perdoado”. Entretanto, isto vai se enfraquecendo com o passar do tempo. Certamente isto
porque não temos a total sensação de que nossos pecados foram totalmente perdoados. Por
isso, creio que antes de mais nada devemos reconhecer e receber o sentimento expressado
por Meishu-Sama neste poema.

Creio que isto seja algo que emana do nosso interior. Por isso, não é necessário falar
insistentemente para outras pessoas, mesmo certos de que a humanidade já foi perdoada.
Podemos dizer as seguintes palavras para alguém que abre seu coração, contando para nós
o que ela sentiu ao enfrentar uma situação difícil: “Nossa! Como deve ter sido difícil para
você. Que atitude terrível tiveram contigo”. Entretanto, também existe a possibilidade de
podermos falar o verdadeiro significado desta situação para elas com o passar dos anos ou
caso esta pessoa mostre algum tipo de interesse. Pode ser que ela seja realmente salva ao
tomar conhecimento desta verdade. Afinal, toda e qualquer pessoa acaba sofrendo por ter
que viver em um mundo onde todos julgam eternamente uns aos outros. Entretanto, temos
que ter cuidado com o momento correto para transmitir isto.

Agora, com relação ao fato dos criminosos já terem sido perdoados, isto já aconteceu.
Eles já foram perdoados. Por mais terrível que sejam os nossos atos, Deus já perdoou todas
as nossas atitudes, sejam elas passadas, atuais ou futuras. Certamente, alguns de nós devem
pensar se isso é realmente verdade, mas o fato de presenciamos notícias ou nos encontramos

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com malfeitores e criminosos existe justamente para que os seres humanos possam tomar
conhecimento de que tudo já foi perdoado. Tudo isso é o reflexo do que realmente somos.

Afinal, estamos vivos no momento presente, não é verdade? Isto significa que mortes
foram necessárias para nossa sobrevivência. Basicamente, todos aqueles que foram
assassinados nos milhares de anos de história não deixaram descendentes, não é verdade?
Mas, nós somos sobreviventes da história da humanidade. Ou sejam, matamos para nossa
sobrevivência. Sobrevivemos e matamos novamente para estarmos vivos aqui hoje. Por isso,
para dizer a verdade, todos nós somos assassinos. É nisto que consiste a nossa existência.
Deus deseja que cada um de nós perceba isso. Apesar de nos mostrar isto através de
inúmeros noticiários, pensamos que isto não tem relação conosco e colocamos a culpa em
outras pessoas. Entretanto, pode ser Deus nos utilize dessa maneira algum dia. Existe a
possibilidade de acabarmos matando alguém, mesmo que esta pessoa tenha feito algo
insignificante, por causa de uma raiva intensa e incontrolável. Assim sendo, creio que o mais
importante seja, antes de mais nada, reconhecer que a postura destes malfeitores, por piores
que sejam, são o do que realmente somos e ao mesmo tempo receber o perdão de Deus como
representantes da humanidade.

Comentário de um dos seminaristas:

Gostaria de acrescentar mais uma pergunta relacionada as palavras que acabamos de receber.
Compreendi que é desta maneira que somos levados a refletir sobre nossa própria postura, mas, isto
acaba dependendo da decisão própria de aceitar isto ou não. Ou seja, isto acabaria dependendo do
sentimento desta pessoa. Por exemplo, alguém pode pensar que não precisa fazer a tarefa escolar,
mesmo sabendo que será repreendido pelo professor, por achar que um dia será perdoado por isso.
Outra pessoa pode pensar que pode roubar uma bala no supermercado porque, no final das contas,
será perdoado. Seguindo a linha de pensamento que nos foi apresentada agora, creio que este tipo de
pensamento pode vir à tona em algumas pessoas. Como todas as pessoas serão perdoadas e o
mecanismo para regressarmos ao Paraíso já existe, é possível que este sentimento brote em nossos
corações, ou seja, o sentimento que considera possível cometermos pequenos crimes ou deslizes. O que
podemos fazer com relação a isto?

Basta experimentarmos roubar uma bala. Pode ser que isto já tenha sido perdoado. Mas
isto não podemos reclamar caso o dono da confeitaria fique bravo e nos esfaqueie, afinal
isto também já foi perdoado. Tudo já foi perdoado, por isso, não adianta querermos reclamar
depois de sermos ser esfaqueado.

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O mesmo acontece com a tarefa escolar. Isto também já foi perdoado. Mas, certamente
perderemos a confiança das pessoas a nossa volta ao agir desta maneira. Nossos amigos se
afastarão de nós e acabaremos ficando sozinhos.

Entretanto, nos apegamos a Deus quando isto acontece. Muitas vezes acabamos falando
algo como: “Puxa vida, eu cometi um erro ao roubar aquela bala. Perdi a confiança de muitas
pessoas ao achar que não teria problema deixar de fazer a tarefa escolar. Cometi um grande
erro. Deus, me perdoe, por favor”. É assim que agimos após um roubo ou perdemos a
confiança das pessoas ao nosso redor. Também é possível que o perdão seja concedido no
momento que este arrependimento brota em nosso coração.

Assim sendo, perdão e arrependimento formam um conjunto. Creio que sofreremos


sérias consequências ao usar a palavra perdão em um critério pessoal que nos favoreça, ao
considerar que tudo já foi perdoado. O verdadeiro perdão é algo extremamente severo, pois
consiste não apenas na nossa remissão, como também no redimir de outras pessoas.

Creio que as lágrimas derramadas por Meishu-Sama, como no poema que mencionei
agora pouco, são frutos do seu arrependido. Quem não se arrependeu ainda usa a palavra
perdão apenas como uma forma de se desculpar ou arranjar uma justificativa. Isto acaba
sendo apenas uma atitude superficial, mesmo que esta pessoa afirme que já foi perdoada.
Existem muitas pessoas que usam astuciosamente a palavra perdão. Por isso, acho melhor
não ficar atônitos com relação a isto. Certamente, existem punições para os roubos causados
em nosso mundo. Existem protocolos neste mundo que foram criados por Deus para
preservação da ordem. Assim sendo, naturalmente passaremos por sérios problemas se
desrespeitarmos eles.

Arrepender-se é o mesmo que sentir vontade de ser perdoado. Temos que ter coragem
para sentar na cadeira dos réus com este sentimento e receber nossa sentença. Seria o mesmo
que pensar: “Será que uma pessoa como eu será absolvida. Pode ser que eu pegue pena de
morte”. Sendo assim, o fato de Deus – juiz do nosso julgamento – declarar o nosso perdão é
algo muito sério. Para dizer a verdade, isto é algo tão sério que mesmo agradecendo a Ele
por toda nossa vida, apenas a nossa gratidão seria insuficiente.

Sendo assim, antes de mais nada temos que aceitar o perdão que nos foi concedido por
Deus. Este é o nosso primeiro passo. Ainda não estamos reconhecendo que fomos
perdoados, enquanto continuarmos pensando da seguinte maneira: “Nossa, aquela pessoa
também foi perdoada?” ou “Até mesmo atitudes como esta são perdoadas?”. Temos que
pensar apenas no que se refere a nós mesmos. Apenas acharmos que nós somos existências

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que precisam ser realmente perdoadas, não temos mais tempo livre para ficar pensando na
atitude das pessoas ao nosso redor. Afinal, todas elas estão sendo utilizadas por Deus desta
maneira e o porquê disto acontecer é algo que não interessa a nós.

Nos Ensinamentos “Não Julgueis” e “Não Julgue”, Meishu-Sama nos ensina que
devemos ser indiferentes ao que se refere aos outros, julgando apenas nossas próprias ações.
Isto significa que, antes de mais nada, devemos realmente assistir aos noticiários e observar
as pessoas ao nosso redor com o seguinte sentimento: “Puxa vida! Eu cometi um crime
terrível! Será que serei perdoado deste pecado? Por favor, me perdoe”.

Pode ser que algumas pessoas pensem que seja fácil desejar o perdão, mas o julgamento
de Deus é extremamente severo. Não conseguiremos mais viver perante o peso dos nossos
próprios pecados, caso eles sejam julgados conforme a verdade pregada por Deus.

Nós não temos mais tempo livre para ficar apenas dando importância ao que é feito por
outras pessoas. Existem muitos seres humanos ao nosso redor. Pessoas que cometem roubos
ou assassinatos. Vivemos em um mundo onde os mais espertos prevalecem, um mundo
onde temos que proteger desesperadamente tudo que nos diz respeito. Por isso, antes de
mais nada, temos que aceitar o fato de termos sido perdoados e viver nossos dias com
intensidade.

Com relação a agricultura natural, agora pouco um dos seminaristas mencionou que
Meishu-Sama não criou este método agrícola apenas para proporcionar uma alimentação
natural. Certamente isto está correto, mas, em primeiro lugar, temos que compreender que
Meishu-Sama começou a agricultura natural em uma época de escassez alimentar aqui no
Japão. A princípio, Meishu-Sama começou a pratica da agricultura para garantir seu próprio
alimento e a comida de seus familiares. Além disso, no começo das suas atividades, Meishu-
Sama também experimentou o uso de fertilizantes químicos. Entretanto, com o decorrer
destas atividades, ele adotou a produção sem adubos e o método da agricultura natural,
afirmando que seria possível obter uma produção cerca de 50% maior com este método de
plantio.

Existem casos onde este resultado foi alcançado, mas também existem outros onde este
objetivo não foi alcançado. Ele chegou a falar que seria possível dobrar ou até mesmo
triplicar a produção final de alimentos. Mas, mesmo praticando isto nos dias de hoje,
existem casos onde este resultado não é atingido. Ouvi falar sobre resultados melhores que
a produção pelo método convencional, mesmo praticando a agricultura natural.

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Assim sendo, existe a possibilidade de questionarem se Meishu-Sama não foi um
mentiroso. Podemos encerrar o assunto desta maneira, mas não é bem assim. Nossa tarefa
como fiéis de Meishu-Sama é procurar saber o significado dele ter falado com tanta
convicção que é possível aumentar a produção de alimentos. Certamente, é muito
importante pensarmos no que precisa ser feito ou como devemos nos esforçar para
aumentar a colheita. Entretanto, não podemos nos esquecer que devemos compreender o
porquê Meishu-Sama obteve esta convicção.

Ao refletir sobre isso, acredito que Meishu-Sama teve esta convicção por acreditar que,
certamente, existia em seu interior um mundo repleto de alimentos. Um mundo onde todos
os seres humanos não precisam se preocupar com a falta de comida. Assim sendo, creio que
ele afirmou isto por acreditar na constituição primordial deste mundo, onde o aumento da
produção é infalível. Isto porque sua vida era alicerçada na precedência do espírito sobre a
matéria. Dentre as muitas caligrafias escritas por Meishu-Sama, ele expressa isto de forma
abundante e maravilhosa. Uma delas é “Imensuráveis bênçãos do Céu”. Mesmo assim, isto
não significa que tudo corria bem ao redor de Meishu-Sama quando ele caligrafou estes
ideogramas. Afinal, sua vida foi uma sequência de dificuldades. Mesmo assim, ele escreveu
“Imensuráveis bênçãos do Céu”, uma caligrafia composta por ideogramas que expressam
palavras de repleta abundância.

Entretanto, nosso pensamento é voltado para precedência da matéria sobre o espírito,


fator que nos faz observar apenas os resultados deste mundo. Isto acaba fazendo com que o
ideal de Meishu-Sama nunca se concretize ou acabemos usando expressões como: “O
Paraíso pelo qual Meishu-Sama ansiou fervorosamente”. Fala-se na formação de lares com
felicidade e prosperidade abundantes, mas acabam deixando isto para depois. Isto
certamente é importante. Entretanto, caso não reconheçamos que, antes de mais nada, existe
dentro de nós mesmos um mundo felicidade e prosperidade abundantes chamado Paraíso,
acabamos perdendo totalmente esta consciência. Meishu-Sama não ansiou fervorosamente
pelo Paraíso Terrestre. Ele se sentiu aliviado por ter convicção absoluta em Deus e na
existência deste mundo.

Sendo assim, o ponto inicial da prática da agricultura natural é acreditar que este
mundo abundante já existe dentro de nós. Acreditar nisso por ter sido este o motivo pelo
qual Meishu-Sama teve convicção de que um mundo perfeito e maravilhoso, onde tudo é
farto, já existia dentro de si. Temos que agir assim, ao invés de alimentar um pensamento
alicerçado na precedência da matéria sobre o espírito, que nos leva a falar que o ideal de
Meishu-Sama não foi concretizado ou que vamos nos empenhar intensamente para

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concretização do Paraíso Terrestre.

Hoje também foi feita a seguinte pergunta durante os relatórios de vocês: “Podemos
dizer que, reconhecemos Deus através da agricultura natural e que somos capazes de nascer
de novo, retornando a origem de Deus, já que recebemos a vida como Messias, tendo a
grande natureza como modelo?”. Não consigo compreender perfeitamente o significado
desta questão, por isso, não posso afirmar que podemos falar desta maneira.

No entanto, nossa consciência é constituída por todas as existências. Não conseguimos


nascer de novo sem elas. Por isso, creio que podemos afirmar que adentramos pelo caminho
que nos leva a nascer de novo, quando conseguirmos pensar repetidas vezes, dentro as
atividades relacionadas a agricultura natural, da seguinte maneira: “Regressarei para o
Paraíso junto com todas as existências que constituem meu sentimento, pensamento,
mentalidade e consciência”. Creio que estaremos assim, praticando a agricultura natural da
salvação, que alegra tudo o que existe, quando conseguirmos pensar desta maneira, pois
assim estaremos levando a salvação para todas elas também.

Hoje também foi questionado sobre a possibilidade do texto “O que é a Igreja


Messiânica Mundial” não ser aceito com facilidade, já que este diferente muito das
explicações feitas até hoje. Por isso, questionaram como podemos nos preparar para
perguntas feitas neste sentido.

Antes de mais nada, mesmo sendo feito em uma linguagem simples, o conteúdo do
texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros é realmente muito sério. A palavra
Messias possui um poder muito grande. Isto porque, geralmente, esta palavra já possui uma
definição preestabelecida nos países cristãos. Ela é relacionada a Jesus Cristo. Isto significa
que os países cristãos, ou seja, a maior parte do planeta, possuem esta cognição. Mesmo
assim, para dizer a verdade, a palavra Messias pertence a Deus e, por isso, não é uma
expressão que pode ser limitada a um determinado grupo de pessoas.

Ao afirmar que havia nascido de novo, Meishu-Sama disse que um Messias havia
nascido. Como mencionei agora pouco, nascemos porque certamente existe um genitor e,
por mais pensemos nisso, este não seria outro a não ser Deus. Isto porque não somos capazes
de outorgar a própria vida para nós mesmos. Por isso, Deus concedeu a vida ao Seu filho
dentro de Meishu-Sama, dando-lhe o nome “Messias”. É por isso que o nome do filho de
Deus, assim como foi escrito no texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros, é
“Messias”. Messias significa ser o filho de Deus.

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Ou seja, estamos declarando que Deus é o nosso Pai ao utilizar a palavra Messias.
Declarar que somos seus filhos é o mesmo que esclarecer a existência deste Pai. Sendo assim,
o texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros é uma declaração de que Deus é o nosso
Pai. Meishu-Sama disse que havia nascido de novo e o fato dele enfatizar isso com a palavra
“nascer”, significa que ele está destacando a existência deste genitor. Vendo por este
significado, isto também vale para o texto voltado para o Acampamento Mundial de
Escoteiros.

É por isso que existem movimentos para impedir a divulgação deste texto. Ou seja,
mesmo falando abertamente sobre Deus, geralmente vivemos conforme a conveniência
humana. Afinal, sentimos incomodo quando nosso superior está presente e temos que
prestar relatórios constantemente. Até parece que a presença do superior é uma espécie de
empecilho ou até mesmo um obstáculo (risos). Mas, no final das contas é melhor que o
superior não esteja mesmo presente em determinadas ocasiões. Ficamos felizes quando eles
fazem uma viagem de negócios, não é verdade? Pelo visto, vocês concordam com isso, já
que estão olhando uns para os outros (risos). Entretanto, isto não acontece quando nosso
superior é uma pessoa atenciosa. Porém, quando ele é uma pessoa severa, basta o superior
sair do nosso campo de visão para nos sentirmos livres, não é verdade?

Agimos da mesma maneira perante Deus. Afinal, passamos apuros com a sua presença,
já que Ele possui toda autoridade, poder e conhece tudo sobre cada um de nós. Queremos
que Ele esteja sempre fora, como numa viagem de negócios, para que possamos ficar sempre
livres. Está é a postura atual da humanidade.

Sentimos certa inconveniência quando nossos superiores retornam mais cedo de uma
viagem de negócios. Chegamos até a pedir para que eles descansem um pouco, falando que
precisamos de tempo para fazer os preparativos necessários antes do seu regresso. Com o
passar do tempo, chegamos a petulância de falar que nosso superior pode descansar
tranquilamente por mais tempo, pois o trabalho está sendo produtivo graças as orientações
recebidas até então.

Deus é o nosso verdadeiro superior. Por isso, nós passamos apuros com a sua presença.
Afinal, não conseguiremos mais dar continuidade aos mais variados assuntos ao nosso bem
entender. A palavra Messias possui o poder que colocar um ponto final nesta atividade
centralizada na conveniência dos seres humanos.

É por isso que surgem inúmeros movimentos para evitar a divulgação deste texto do
Acampamento Mundial de Escoteiros. Alguns deles são pequenos, como apenas falar: “Será

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que isto não vai causar algum problema? Não seria melhor evitar a sua divulgação”, ou até
dizer: “Acho melhor não o divulgar em países cristãos”. Acabamos pensando que isto
realmente faz sentido, porque, dentro dos nossos corações, achamos ser melhor continuar
vivendo uma vida centralizada em nós mesmos, como fizemos até hoje. Chegamos até
mesmo a pensar que este questionamento é coerente.

Mesmo assim, continuarei divulgando este texto, independente do que aconteça,


porque acredito que estamos ocultando Deus ao esconder o seu conteúdo. Para dizer a
verdade, tenho vontade de viver com este texto colado aqui (apontando para própria testa).
Quero continuar declarando que Deus é o nosso Pai. Não me importo em ser atacado ou
insultado. Eu não tenho medo disso. Podem falar o que quiserem. Fico ainda mais
entusiasmado com críticas ou tentativas de impedir a divulgação deste texto. Meishu-Sama
também enfrentou muitas dificuldades, por isso, acho que por outro lado não teria
motivação para isto sem algumas perseguições como estas.

Além do mais, afirmar que apenas Meishu-Sama é o Messias seria o mesmo que
comprar uma briga contra o resto do mundo. Afinal, grande parte dos seres humanos
considera que Jesus é o Messias. Assim sendo, todos acabariam questionado qual deles seria
o Messias. Com isso, acabaremos criando uma briga constante com os cristãos. Não
podemos agir dessa maneira. Não devemos gerar este tipo de conflito. Afinal, Meishu-Sama
disse que a Igreja Messiânica Mundial teria que agir em concordância com o cristianismo
para salvar a humanidade. Perceberemos que o texto para o Acampamento Mundial de
Escoteiros não objetiva uma briga com o resto do mundo ao lermos atentamente o seu
conteúdo, já que ele afirma que “Messias” é um nome dado a alma que existe dentro de cada
um de nós.

Existem pessoas que consideram este texto insolente, justamente por falar que qualquer
pessoa pode ser um Messias. Elas também dizem que isto não existe nos Ensinamentos. Mas,
Meishu-Sama afirmou que qualquer pessoa pode se tornar Cristo ao adentrar na Igreja
Messiânica Mundial. Ele tentou divulgar isto em periódicos de circulação nacional naquela
época. Ele chegou a dizer que o fato de qualquer pessoa se tornar um Cristo era um dos
atrativos da Igreja Messiânica Mundial. Assim como Meishu-Sama afirmou, Cristo e
Messias significam a mesma coisa. Por isso, creio que não seja correto falar que isto não
existe nos Ensinamentos.

Muitos alertaram Meishu-Sama dizendo que muitos periódicos da época questionaram


o conteúdo de suas palavras, já que a humanidade sempre fez o maior alarde por causa do
aparecimento de um único Cristo e a nossa Igreja estava sendo apontada com louca afirmar

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o surgimento de muitos deles. Acho interessante o fato deste texto para o Acampamento
Mundial de Escoteiros estar passando agora por uma situação semelhante a enfrentada por
Meishu-sama. Assim como ele foi atacado ao afirmar que qualquer ser humano pode se
tornar Cristo, estamos sendo atacados agora por falar que qualquer pessoa pode se tornar
um Messias. Por isso, creio que devemos sentir alegria por estar traçando um caminho
semelhante ao percorrido por Meishu-Sama, quando somos criticados sobre o conteúdo do
texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros. Nestes momentos, devemos seguir em
frente, tendo Meishu-Sama como nosso escudo protetor.

Quem mais criticou Meishu-Sama foram os jornalistas do Jornal Asahi, um dos maiores
periódicos do Japão. Eles o tarjaram como louco e insolente. Não devemos sentir medo das
críticas feitas por jornais de grande porte e procurar agir como Meishu-Sama. Não seria
nada bonito ficar vacilando por ficarmos preocupados com o que a sociedade venha pensar
ou falar disso.

Falando sobre isso como está nos Ensinamentos, ou seja, cada um pode se tornar Cristo,
faria nossa Igreja ficar com a aparência de uma dissidência do cristianismo e eu creio ser
melhor utilizar a palavra “Messias”, já que Meishu-Sama deu tanta importância a ela.

Todas as expressões utilizadas por Meishu-Sama em 5 de junho de 1954, como “nascer


de novo”, “Rei dos Reis” e “Messias”, são provenientes do cristianismo. Palavras que
surgiram dentro da crença judaica e cristã.

A expressão “nascer de novo” está explicitamente escrita no evangelho de João 3:3,


“Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. Mas, pouquíssimas pessoas fazem
caso sobre o “nascer de novo”. Elas sequer dão importância a isto mesmo sendo cristãs. É
por isso que somo capazes de falar sobre o “nascer de novo” para os cristãos sem maiores
problemas. Talvez este também seja o motivo de Meishu-Sama ter falado que os católicos
poderiam fazer parte da Igreja Messiânica Mundial. Para dizer a verdade, acho que não seja
impossível isto acontecer. Somos capazes de guiar os cristãos, levando-os a compreender o
verdadeiro significado do “nascer de novo”.

Vocês estão prestes a partir para o mundo. Isto significa que todos vão dedicar junto
com todos os seres humanos para nascermos de novo. Este é um ponto único.

O texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros para ser útil nessa tarefa de
informar a humanidade que recebemos um nome chamado “Messias”. Assim como falamos
“Messias Meishu-Sama”, podemos chamar uns aos outros de “Messias Fulano”, “Messias

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Beltrano”, “Messias Sicrano”. Porém, não podemos sair por aí falando dessa maneira. Mas,
isto pode vir a acontecer no caso de Deus passar a nos chamar dessa forma. Naturalmente,
isto não tão fácil de acontecer.

Sendo assim, o nascer de novo como filhos de Deus é a verdadeira salvação para os
seres humanos. Além disso, este também é o objetivo final e essencial de todas as religiões.
Isto já foi determinado, mesmo que muitas religiões ainda não clamem por isso. Acredito
que toda a humanidade irá adentrar pelo caminho que a levará a salvação, através da
divulgação do texto para o Acampamento Mundial de Escoteiros.

Possivelmente, vocês ainda não saborearam a sensação de resistência com relação a


divulgação deste texto, mas certamente presenciarão a reluta de muitas pessoas contra o seu
conteúdo, quando este texto for realmente divulgado. Isto vem à tona porque fomos
iluminados pela Luz. Superficialmente, falar: “Não é melhor parar com isso?” ou “Não seria
melhor mudar a forma de se expressar? Acho melhor tirar a palavra Messias”, talvez seja
uma maneira branda disso acontecer. Mas, certamente acontecerá. Por isso, a divulgação
deste texto é algo seríssimo.

Por isso, certamente vocês também serão criticados, caso este texto seja divulgado no
futuro e, mesmo que todos venham a enfrentar situações de sofrimento, quero que saibam
que eu estou decidido a superar estas circunstancias junto com todos vocês, independente
do que venha a acontecer comigo. Assim sendo, por mais que vocês venham a ser
contrariados, quero que todos se lembrem que eu acredito nisto e estarei percorrendo este
caminho junto com todos vocês.

Gostaria de voltar à pergunta que estamos debatendo agora, mas, antes de mais nada,
temos que estar decididos a continuar divulgando o conteúdo deste texto. Mas, como
explanei agora pouco, existe a possiblidade de sermos contrariados com a sua divulgação.
Entretanto, devemos aceitar isso como o reflexo da nossa própria postura que recusa Deus
e ofertar este sentimento a Ele. Isto porque o aparecimento da verdade é inconveniente para
cada um de nós. Assim sendo, muitos métodos serão utilizados para repelir este texto.
Porém, este tipo de postura que foi iluminada pela Luz também é um reflexo da nossa
própria postura. Naturalmente, aparecerão pessoas que repelem este texto, mas, antes de
mais nada, devemos reconhece esta atitude como a manifestação da nossa própria postura
e oferecê-la a Deus. Entretanto, devemos estar determinados a divulgá-lo.

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Apesar disso, tudo começa dentro de nós mesmos. Facilmente abolirão o seu conteúdo
quando fizerem qualquer tipo de crítica ou resistência, caso a nossa decisão seja superficial.
Afinal, o conteúdo deste texto já está sendo muito debatido. Por isso, acho melhor sequer
começar a sua divulgação enquanto não tivermos uma decisão total e verdadeira.

“Messias” é um assunto seríssimo para toda a humanidade. Isto porque o significado


desta palavra é muito forte. Sendo assim, devemos ter total consciência da importância e
gravidade da divulgação do conteúdo deste texto. Acho melhor não o divulgar enquanto
ainda existir pessoas com a crença de que ele será retirado logo em seguida. Mas, caso
contrário, temos que seguir em frente com convicção pois, desta forma, acredito que as
portas para um novo mundo certamente se abrirão.

Possivelmente, as próximas décadas serão repletas de muitas situações realmente


severas, conforme passarmos a caminhar centralizados na palavra “Messias”. Apesar disso,
não existe sombra de dúvidas de que estamos sendo protegidos pelo amor de Deus. Sendo
assim, eu quero seguir em frente junto com todos vocês, alicerçado neste divino amor.

Justamente por querer caminha junto com todos vocês, espero que todos se sintam à
vontade para fazer qualquer tipo de pergunta através do Departamento Internacional.
Espero que possamos caminhar juntos dessa maneira por muito tempo.

40
Agradecimentos do Reverendo Masahiro Kawatani

Muito obrigado Sr. Masaaki Okada, pelo tempo concedido hoje a todos nós. O Sr.
Masaaki Okada conviveu por um longo período no exterior e hoje ele nos transmitiu a
essência dos Ensinamentos de Meishu-Sama e pontos importantíssimos da difusão mundial.
Fiquei impressionado com tudo que ouvi hoje e senti que, certamente, Meishu-Sama está
nos informando que devemos superar tudo isso.

Em sua saudação inicial, o Sr. Masaaki Okada falou sobre a importância de


agradecermos pelos alicerces da difusão mundial edificados pelos pioneiros. O saudoso
Reverendíssimo Testuo Watanabe falou repetidas e repetidas vezes sobre as palavras do seu
pai, Reverendíssimo Katsuichi Watanabe, quando visitou as áreas de difusão aqui no Japão.
“Eu servirei de todo meu coração a Meishu-Sama e à Segunda Líder Espiritual. Por isso quero que
você, Tetsuo, sirva a Terceira e o Quarto Líderes Espirituais”. Sempre que escutava estas palavras,
tinha a impressão de que o Reverendíssimo Tetsuo Watanabe possuía uma fé extremamente
nobre. Além disso, sentia que ele estava semeando em nós o sentimento de servir o Quarto
e Quinto Líderes Espirituais. Também cheguei a pensar se nós seriamos capazes de realizar
respeitosa e sublime tarefa.

Entretanto, hoje todos vocês seminaristas tiveram esta grandiosa oportunidade de


desde jovens passar momentos de muita alegria com o Sr. Masaaki Okada, que se prepara
para se tornar o Quinto Líder Espiritual. Além disso, fomos agraciados com a grandiosa
alegria de poder ter contato com as orientações de Kyoshu-Sama e pontos essenciais dos
Ensinamentos de Meishu-Sama para salvação do mundo, através de dele. Também acredito
que recebemos esta permissão para verdadeira concretização das nossas próprias missões.

Sendo assim, espero que todos tenham o dia de hoje como uma nova largada, relatando
suas atividades e dificuldades a Kyoshu-Sama e o Sr. Masaaki Okada através do
Departamento Internacional. Espero que todos possam adentrar no ritmo de salvação da
Era do Dia para salvação deste mundo.

Muito obrigado a todos pelo dia de hoje.

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