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VOLUME 1 E D I Ç ÃO 2

AGREGADOS

Definições:
Materiais granulares, geralmente inertes, sem tamanho e forma definidos, que
compõem argamassas e concretos.
Cerca de ¾ do volume do concreto são ocupados pelos agregados.
Sua qualidade é importante para a obtenção de um bom concreto.
Os agregados apresentam nítida influência não apenas na resistência mecânica,
mas também, na durabilidade e no desempenho estrutural de concretos.

Funções no concreto:
Resistir aos esforços (Mecânicos e de intemperismo);
Reduzir as variações volumétricas;
Reduzir o custo do concreto.

Classificação:

Quanto às dimensões das partículas:


AGREGADO MIÚDO: Grãos que passam pela peneira ABNT # 4 (peneira de malha
quadrada com abertura nominal de 4,8 mm) e ficam retidos na peneira ABNT # 200
(malha com abertura nominal de 0,075 mm).

AGREGADO GRAÚDO:
Grãos que passam pela peneira ABNT com abertura nominal de 152 mm e ficam
retidos na peneira ABNT # 4 (abertura de 4,8 mm).

Quanto às massas unitárias:


LEVES: ρ < 1000 kg/m³
MÉDIOS: 1000 < ρ < 2000 kg/m³
PESADOS: ρ > 2000 kg/m³

Quanto à origem ou obtenção:


NATURAIS: já são encontrados na natureza sob a forma definitiva de utilização
(areia de rios, seixos rolados, cascalhos, pedregulhos,...)
EXEMPLOS:
Areia natural: Originárias de rios, cavas (depósitos em fundos de vales cobertos por
capa de solo), praias e dunas, sendo que as areias das praias não devem ser
usadas no preparo de concreto armados por causa de seu teor de cloreto de sódio.
Utilizadas no preparo de argamassas e concretos de cimento, concretos
betuminosos e em filtros (devido à sua grande permeabilidade, têm a capacidade de
interceptar o fluxo de água de infiltração em barragens de terra e em muros de
arrimo).
Seixo rolado ou pedregulho:

PROFESSOR JAIR PALADINO – TECNÓLOGO EM CONSTRUÇÃO CIVIL


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Originários de leitos de rios e córregos.


Sedimento fluvial de rocha ígnea, inconsolidado, formado de grãos de diâmetro em
geral superior a 5 mm, podendo os grãos maiores alcançar diâmetros superiores a
cerca de 100 mm.
Formas arredondadas e superfície lisa.
Deve ser lavado antes do fornecimento e apresentar, preferencialmente, granulação
diversa, já que o ideal é que os miúdos ocupem os vãos entre os graúdos.
Utilizados em concretos, sendo que o concreto executado com pedregulho tem
resistência. mecânica cerca de 20% menor do que aquele fabricado com brita.

ARTIFICIAIS: são obtidos pelo britamento de rochas (pedrisco, pedra britada,...)


EXEMPLOS:

Pedra britada: Agregado obtido a partir de rochas compactas que ocorrem em


jazidas, pelo processo industrial da fragmentação controlada da rocha maciça.
Os produtos finais passam pelo processo de peneiramento e enquadram-se em
diversas categorias:
Brita 0 (pedrisco), brita 1, brita 2, brita 3, brita 4 e brita 5.

Areia de brita / Areia artificial: Agregado obtido dos finos resultantes da produção
da brita, dos quais se retira a fração inferior a 0,15 mm, sua graduação
granulométrica vai de 0,15 mm a 4,8 mm, apresenta absorção maior em relação à
areia natural (grande quantidade de material pulverulento).

Filler / fíler: Agregado de graduação 0,005/0,075mm, Seus grãos são da mesma


ordem de grandeza dos grãos de cimento e passam na peneira 200 (0,075 mm).
É também de chamado de pó de pedra. Utilizado na preparação de concretos (para
preencher vazios) e argamassas betuminosas (para evitar flexibilidade excessiva), e
como adição a cimentos.

Bica corrida: Material britado no estado em que se encontra à saída do britador,


sem nenhuma separação granulométrica.

Rachão / Pedra de mão: Agregado constituído do material que passa no britador


primário e é retido na peneira de 76 mm. É a fração acima de 76 mm da bica corrida
primária.

Restolho: Material granular, de grãos em geral friáveis (que se partem com


facilidade). Pode conter uma parcela de solo.

INDUSTRIALIZADOS: Aqueles que são obtidos por processos industriais


(argila, expandida, escória britada)

EXEMPLOS:

Argila expandida: Material originário a partir da piroexpansão de argilas especiais


(aquecimento acima de 1000ºC, levando à formação de gases internos).
Utilizadas como agregado leve para concretos (com resistência de até 30MPa), e na
fabricação de blocos e painéis pré-moldados, prestando-se bem como isolantes
térmicos ou acústicos.

Escória de alto-forno expandida: Sub-produto resultante da produção de ferro-


gusa em alto-fornos de indústrias siderúrgicas, e resfriado gradativamente.
Utilizado como agregado em concretos leves e em peças isolantes térmicas e
acústicas. Se o resfriamento do sub-produto por feito bruscamente, forma-se a
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escória de alto-forno granulada que, pela desorganização de suas moléculas, torna-


se extremamente reativa e é utilizada como adição mineral a cimentos.

Características das rochas de origem:


Resistência Mecânica:
À compressão: Varia conforme o esforço de compressão se exerça
paralela ou perpendicularmente ao veio da pedra. O ensaio se faz em CPs
cúbicos de 4 cm de lado. Sob o aspecto de resistência à compressão, a
maioria das rochas naturais não apresentam restrições quanto ao emprego
como agregados no preparo de concretos convencionais, pois têm
resistências superiores às máximas de concretos normais.
Resistências típicas à compressão:
Granito: ~ 180 MPa
Micaxisto: ~ 85 MPa
Calcário: ~ 190 MPa
Granulito: ~ 200 Mpa

À abrasão superficial:
Abrasão, Desgaste superficial dos grãos ao sofrerem “atrição”.
Capacidade que tem o agregado de não se alterar quando manuseado
(carregamento, basculamento, estocagem). Característica importante em
algumas aplicações do concreto:
Pistas rodoviárias
Estacionamentos
Vertedouros de barragens
Pontes
Aeroportos
Ensaio realizado na máquina de abrasão “Los Angeles”, regido pela norma
NBR 6465 – Abrasão Los Angeles, que estabelece características da
máquina e das cargas de agregado e esferas de ferro, tempo de giro, etc.
A amostra é colocada para girar juntamente com esferas de ferro fundido.
Depois de retirada, a amostra é peneirada na peneira de 1,7mm, e mede-se
o peso de material que passa, expresso em porcentagem do peso inicial.

Durabilidade:
• A rocha que será utilizada como agregado deve apresentar uma boa
resistência ao ataque de elementos agressivos.
• O ensaio consiste em submeter o agregado à ação de uma solução
de sulfato de magnésio, determinando-se a perda de peso após 5
ciclos de imersão por 20 horas, seguidas de 4 horas de secagem em
estufa a 105°C (NBR).
• Perdas máximas admissíveis:
• Agregados miúdos: 15%
• Agregados graúdos: 18%

ENSAIOS DE CONTROLE DE QUALIDADE EM AGREGADOS


A) Amostragem de agregados

1. Norma específica: NM 26:2009 – Agregados – Amostragem (elaborada pelo


comitê brasileiro da AMN em substituição à norma ABNT NBR 7216:1987).
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2. Referências normativas: NM 27:2000 - Agregados - Redução da amostra de


campo para ensaios de laboratório.
3. Escopo: procedimentos para a amostragem de agregados, desde a sua
extração e redução até o armazenamento e transporte das amostras
representativas de agregados para concreto, destinadas a ensaios de
laboratório.
4. Definições: Amostra de campo: Porção representativa de um lote de
agregados, coletada nas condições prescritas na norma, seja na fonte de
produção, armazenamento ou transporte. A amostra de campo é formada
reunindo-se várias amostras parciais em número suficiente para os ensaios de
laboratório. Lote de agregado: Quantidade definida de agregado produzido,
armazenado ou transportado sob condições presumidamente uniformes. Sua
dimensão não deve ultrapassar a 300 m³ de agregados de mesma origem ou,
nos processos contínuos, a quantidade corresponde a 12 h ininterruptas de
produção.
Amostra parcial: Parcela de agregado obtida de uma só vez do lote, em um
determinado tempo ou local, obedecendo a um plano de amostragem.
Amostra de ensaio: Porção obtida por redução da amostra de campo, conforme
a NM 27, utilizada em ensaios de laboratório.

5. Considerações gerais: A amostragem é tão importante quanto o ensaio, por


isso, devem ser tomadas todas as precauções necessárias para que se obtenha
amostras representativas quanto às suas natureza e características.
As amostras parciais, tomadas em diferentes pontos do lote, devem representar
todas as possíveis variações do material, podendo assim resultar na porção mais
representativa do material.
Deve-se efetuar a amostragem quando o material estiver úmido e, caso essa
condição não se verifique, cabe umedecer levemente o material para evitar a
segregação da parte pulverulenta.
6. Procedimentos de amostragem:
a) Jazidas e depósitos naturais: Inicialmente, deve ser realizada
uma inspeção visual completa na região da jazida, para analisar as
características e as possíveis variações no material. Em seguida
devem ser extraídas amostras de diferentes locais. O número e a
profundidade das perfurações é estipulado em função da natureza do
depósito, da topografia da área, das características do material, da
possibilidade de aproveitamento da jazida e da quantidade de
material necessário para a execução da obra. As perfurações a serem
realizadas devem ter, no mínimo, a profundidade necessária a ser
alcançada na exploração da jazida.

b) Depósitos comerciais e obra:


O material pode ser encontrado em pilhas, silos, ou sobre veículos de
transporte ou correias transportadoras. Sempre que for possível, a
amostra deverá ser coletada durante o carregamento de agregados
em veículos ou correias, para evitar que ocorra influência de
segregação nos resultados obtidos.

7. Número e dimensão das amostras:


O número de amostras parciais é definido em função do volume de material e da
maior ou menor variação de suas características. O número deve ser suficiente para
abranger todas as possíveis variações e assegurar representatividade da amostra.
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Tabela 1 – Quantidades de amostras a serem coletadas para ensaios químicos/físicos em


agregados

Em estudos de agregados para dosagem de concretos, devem ser consideradas


também as quantidades especificadas na tabela:

Tabela 2 – Massas totais mínimas de amostras de campo para agregados usados em concreto

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