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Boa aula!
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Segundo a Resolução COFEN 453/2014, que dispõe sobre a atuação da equipe de Enfermagem em
Terapia Nutricional, a terapia nutricional parenteral (TNP) é um conjunto de procedimentos terapêuticos para
manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição parenteral (NP).
A NP é uma solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios,
vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à
administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas (COFEN, 2014). As metas dessa
modalidade nutricional são (SMELTZER et al., 2011):
Melhorar o estado nutricional;
Estabelecer um balanço nitrogenado positivo;
Manter a massa muscular;
Promover a manutenção ou ganho de peso;
Estimular o processo de cicatrização.
O volume de líquido necessário para fornecer as calorias proporcionadas pela NP perifericamente pode
ultrapassar a tolerância de líquidos devido à sua alta concentração de nutrientes. Comumente, uma veia
calibrosa e de alto fluxo, como a subclávia ou a cava superior, é o local preferido, haja vista ser uma via de
administração que dilui rapidamente os nutrientes (SMELTZER et al., 2011).
III O paciente não deseja ou não consegue ingerir nutrientes adequados VO ou enteral;
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO
A TNP pode ser administrada por via periférica ou central conforme a osmolaridade da solução (COFEN,
2014; SMELTZER et al., 2011).
Periférica: indicada para soluções com osmolaridade até 900 mOsm/L. As fórmulas da nutrição
parenteral periférica (NPP) não são nutricionalmente completas devido ao baixo teor de glicose.
Geralmente é prescrita para suplementar a ingesta oral e sua duração usual é de 5 a 7 dias.
Central: a nutrição parenteral total (NPT) é indicada para soluções que tem osmolaridade maior que
700 mOsm/L. Utiliza-se veia central de grosso calibre e alto fluxo sanguíneo, tais como: veias subclávias
e jugulares. Está contraindicada a femoral pelo risco de infecção.
As soluções de NP são iniciadas lentamente e avançadas gradualmente a cada dia até a velocidade
desejada, conforme permitido pela tolerância do paciente aos líquidos e à glicose.
Um total de 1 a 3 L de solução é administrado durante o período de 24h. Uma bomba de infusão sempre
é utilizada para administração de NP. Antes de a infusão ser administrada, a solução deve ser inspecionada
quanto à separação em camadas, aspecto oleoso ou qualquer precipitado. No caso de qualquer um desses
estar presente, ela não é utilizada (SMELTZER et al., 2011).
A solução de NP é descontinuada gradualmente para permitir ao paciente ajustar-se aos níveis
diminuídos de glicose. Os sintomas específicos da hipoglicemia de rebote incluem fraqueza, desmaio,
sudorese, tremores, sensação de frio, confusão mental e taquicardia (SMELTZER et al., 2011).
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Os principais diagnósticos de enfermagem que podem ser encontrados em pacientes com indicação ou
em uso de NP são (SMELTZER et al., 2011):
Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais;
Risco de desequilíbrio eletrolítico;
Risco de desequilíbrio do volume de líquidos;
Risco de glicemia instável;
Risco de infecção.
COMPLICAÇÕES DA TNP
As complicações mais comuns da TNP são pneumotórax, embolia gasosa, cateter obstruído ou
deslocado, sepse, hiperglicemia, hipoglicemia de rebote e sobrecarga de líquidos (SMELTZER et al., 2011).
QUESTÕES COMENTADAS
MEU AMIGO (A), VAMOS APROFUNDAR OS SEUS CONHECIMENTOS,
QUE O LEVARÃO À SUA APROVAÇÃO!
1. (HU-UFES/EBSERH/AOCP/2014) Para que haja sucesso na terapia nutricional é importante que, no mínimo,
o médico, o enfermeiro, o nutricionista e o farmacêutico trabalhem em equipe. Ao considerar as competências
do enfermeiro estabelecidas pela Portaria MS/SNVS nº 272/1998 e Resolução RDC ANVISA nº 63/2000, que
dispõem sobre os Regulamentos Técnicos para Terapia de Nutrição Parenteral (NP) e Nutrição Enteral (NE),
respectivamente, é correto afirmar que
a) ao enfermeiro, compete confrontar as informações do rótulo da NP e/ou NE com a prescrição médica e
assegurar a conservação de ambas até o horário de instalação destas.
b) a via de administração da NP pode ser estabelecida pelo enfermeiro.
c) a via de administração da NE é estabelecida apenas pelo enfermeiro.
d) ao enfermeiro, compete assegurar as vias de administração e de forma exclusiva para a NP e NE.
e) o preparo e a administração da NP e NE industrializadas são de responsabilidade do enfermeiro.
COMENTÁRIOS:
Primeiramente, veremos as atribuições do enfermeiro em relação ao processo de terapia nutricional
enteral (TNE).
Atribuições do Enfermeiro, segundo RCD N° 63/ 20001, para Terapia Nutricional Enteral (TNE)