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UESC- UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DCAA- DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

JOÃO MARCOS CRISPIM DE CERQUEIRA

AVALIAÇÃO DE PLANTAS DE CACAUEIRO (Theobroma


cacao L.) PRODUZIDAS POR DIFERENTES MÉTODOS DE
PROPAGAÇÃO

Ilhéus - BA
Setembro – 2015
ii

JOÃO MARCOS CRISPIM DE CERQUEIRA


Graduando em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual de Santa Cruz

AVALIAÇÃO DE PLANTAS DE CACAUEIRO (Theobroma


cacao L.) PRODUZIDAS POR DIFERENTES MÉTODOS DE
PROPAGAÇÃO

Trabalho acadêmico apresentado, a fim de obter


aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso, da Universidade Estadual de Santa Cruz

Área de concentração: Agronomia

Orientador: George Andrade Sodré

Ilhéus - BA
Setembro – 2015
iii

JOÃO MARCOS CRISPIM DE CERQUEIRA

AVALIAÇÃO DE PLANTAS DE CACAUEIRO (Theobroma


cacao L.) PRODUZIDAS POR DIFERENTES MÉTODOS DE
PROPAGAÇÃO

Ilhéus, 08/09/2015

George Andrade Sodré - DS


CEPEC/CEPLAC
UESC/DCAA
(ORIENTADOR)

Eliandro Malta Rodrigues - MS


UESC/PPGPV

Robério Gama Pacheco - DS


CEPEC/CEPLAC
iv

À DEUS,
pelo amor incondicional dispensado a mim e por se fazer sempre presente em minha
vida em momentos bons e ruins, sendo o meu guia, minha fortaleza e o meu socorro
nas situações mais difíceis durante toda a minha existência.

À minha mãe Sandra, pelo cuidado e apoio, meu pai Marcos pelo carinho e todo o
incentivo à minha carreira profissional, aos meus irmãos e amigos.
À minha avó Margarida por todo apoio, cuidado, preocupação e amor.
À minha namorada Letícia por todo amor, apoio, ajuda e paciência

Dedico.
v

AGRADECIMENTOS

Ao professor e pesquisador Dr. George Andrade Sodré, pela orientação não só deste
trabalho, mas de outros que me agregaram muito conhecimento, além de seu apoio e
colaboração como professor que me enriqueceram muito profissionalmente.

Aos meus amigos e funcionários da CEPLAC Arnaldinho, Tao, Ariston, Barbosa, João,
Val, Wellington, Edmundo e demais pela ajuda nesta etapa.

À Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) que, através do Centro


de Pesquisa do Cacau (CEPEC) me proporcionou momentos de profundo aprendizado.

Ao meu amigo e parceiro de trabalho Ms. Daniel Ornelas Ribeiro, por sempre estar
disposto a ajudar.

Aos meus professores, que durante esta longa etapa de execução do curso me
disponibilizaram conhecimento que serviram como base para a minha formação
profissional.

À Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), pela oportunidade de me graduar.

Aos meus, colegas em especial, Jailson, Yan, Rosivaldo, Myrrara, Caique, Alessandro e
aos demais pela ajuda, companheirismo, apoio e momentos de descontração.

Aos meus amigos Jonatas, Frederick e Orlando pela verdadeira amizade que muito me
ajudou e me deu forças para finalizar mais esta etapa.
vi

AVALIAÇÃO DE PLANTAS DE CACAUEIRO (Theobroma


cacao L.) PRODUZIDAS POR DIFERENTES MÉTODOS DE
PROPAGAÇÃO

RESUMO

Com o avanço da cacauicultura no estado da Bahia, especialmente nos últimos anos,


tem sido cada vez mais necessário conhecer novas variedades genéticas e formas de
propagação, além da combinação destes fatores para elevação da produtividade da
cultura. O trabalho teve como objetivo avaliar plantas de diferentes variedades e formas
de propagação em período inicial de desenvolvimento. O experimento se encontra
montado em uma área do Centro de Pesquisa do Cacau (CEPEC), na Comissão
Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), com idade de implantação de 18
meses. O ensaio conta com um stand de 130 plantas, dispostas em delineamento
inteiramente casualizado, com espaçamento de 2,5 m por 2,5 m e os tratamentos
(quinze), obtidos da combinação de 10 variedades genéticas (CEPEC 2002, SIAL,
TSH1188, Eucalipto, CCN51, Cacau Comum, ESARM II, SCA, PS1319 e ESARM III) com
7 formas de propagação (borbulhia, estaquia de ortotrópico e plagiotrópico, garfagem de
plagiotrópico e ortotrópico, seminal, e embriogênese somática). Durante o período de
realização deste trabalho, a área foi manejada com práticas de roçagem mecânica e
química, adubação via solo e foliar, poda de condução, monitoramento de presença de
pragas e doenças e replantio. As variáveis avaliadas foram as seguintes: altura das
plantas, número de folhas, número de frutos e diâmetro do coleto. Os dados foram
submetidos a análises estatísticas descritivas a fim de determinar as médias, o máximo,
o mínimo e o desvio padrão. Não se verificou a presença de frutos nos tratamentos. As
plantas com maior diâmetro de coleto (Esnsial) e de maior altura (Seuc) foram
propagadas de forma seminal. Houve grande variação no número de folhas e o material
que mais se destacou foi o Esotsh.

Palavras-chave: genética, cacauicultura, desenvolvimento


vii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8
2 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 11
2.1 Condições gerais do experimento ................................................................. 11
2.2 Condições edafoclimáticas ............................................................................ 12
2.3 Material genético ............................................................................................. 13
2.4 Formas de propagação ................................................................................... 13
2.5 Manejo .............................................................................................................. 13
2.6 Tratamento estatístico .................................................................................... 13
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 14
3.1 Número de frutos ............................................................................................ 14
3.2 Número de folhas ............................................................................................ 14
3.3 Diâmetro de coleto .......................................................................................... 15
3.4 Altura ................................................................................................................ 16
4 CONCLUSÕES ....................................................................................................... 17
5 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 18
8

1 INTRODUÇÃO

Até 1960, durante o período da expansão da cacauicultura no sul do


estado da Bahia, mesmo com a tecnologia da enxertia sendo conhecida desde
a década de 1930, utilizava-se basicamente o plantio realizado através de
sementes (Leal, et al, 2008). A técnica utilizada era conhecida como “plantio no
bico do facão”, a qual como o próprio nome descreve, eram enterradas com o
bico do facão cerca de 3 sementes. Após a germinação e desenvolvimento das
plântulas, era realizado o desbaste deixando apenas a planta mais vigorosa. Em
meados dos anos 70 até os anos 90, iniciou-se a utilização de sementes hibridas,
disponibilizadas pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira
(CEPLAC), baseadas nos clones Sca – 06 e Sca – 12 (Pinto; Pires, 1998). As
sementes eram plantadas em viveiros a fim de produzir mudas mais vigorosas
que responderiam às necessidades do produtor de maneira mais rápida.

Na década de 1990 a cacauicultura foi marcada pelo surgimento e


disseminação de doenças como a podridão parda (Phytophthora spp.) e a
vassoura de bruxa do cacaueiro (Moniliophthora perniciosa), esta última, em
alguns casos, resultando em perca de até 100% da produção. Segundo Dantas
Neto, et al (2005), a alternativa para a convivência com a vassoura de bruxa é a
utilização de plantas resistentes à doença e de alta produtividade, tendo em vista
que, a utilização de químicos para reduzir a incidência da doença, é ainda
oneroso e pouco eficaz.

Outro problema observado na cacauicultura, no sul da Bahia, foi a


utilização de plantas com pouca resistência ao alagamento em cultivo em solos
com má drenagem, como ocorre em muitas situações em áreas onde existem
manchas de Gleissolos, fato este que resulta na morte de mudas, stand
inadequado, com média de 600 plantas por hectare e baixa produtividade.

Na etapa de plantio, quanto a escolha da muda, deve-se atentar para o


material escolhido, forma de propagação, idade e entre outros fatores. É uma
fase importante na implantação de novas áreas, pois o tipo de muda muito se
relaciona com precocidade e produtividade, tendo em vista que, depois de
9

plantada, esta tem que conservar características advindas da forma de


propagação e carga genética que possibilite uma resposta positiva aos tratos
culturais, possibilitando um desenvolvimento aceitável (Sodré, 2013).

O método mais comum de formação de mudas de cacaueiro é o de uso


de sementes. Segundo Valle et al. (2012), para mudas seminais utilizadas para
porta enxerto, a melhor opção seria as sementes de progênies resistentes ao C.
cacaofunesta.

Além da forma sexuada (seminal), existem técnicas de propagação


assexuadas que usam partes viáveis de plantas, para formar novos indivíduos
(Sodré & Marrocos, 2009). Após o aparecimento de problemas como a vassoura
de bruxa, a propagação vegetativa, através da enxertia e estaquia, tornou-se
uma alternativa de substituição de plantas susceptíveis utilizadas na região
(Faria & Sacramento, 2003).

Segundo Leite et al (2007), por meio da estaquia é possível multiplicar


progênies idênticas à planta mãe. Além da vantagem de conseguir duplicar a
carga genética de determinado clone, a técnica ainda propicia um início de
produção mais rápido e um stand mais uniforme quanto a produtividade,
morfologia e qualidade. Na estaquia realizada para a propagação do cacaueiro
ainda são utilizados ramos plagiotrópicos, os quais não originam plantas com
arquitetura de copa natural, porém segundo Sodré (2007), a utilização de ramos
ortotrópicos é um novo desafio à produção e comercialização de mudas de
cacaueiro.

Segundo Sodré (2013), a enxertia por garfagem em cacaueiro consiste


em uma forma vegetativa de propagação, por meio da qual, um pedaço de ramo,
denominado garfo, se tornará a copa da futura planta após inserção deste
fragmento, previamente preparado, em um portaenxerto, que consiste em uma
planta, geralmente seminal, que ao atingir o ponto ideal é decapitada na altura
de 20 a 30 cm para receber o garfo. Esse processo pode ser realizado em plantas
jovens, já encontradas no campo, mudas em viveiro ou em ramos basais e em
caules ou ramos altos de plantas velhas. Vale ressaltar que, assim como a
estaquia, a enxertia por garfagem também pode ser realizada com ramos
10

plagiotrópicos e ortotrópicos, sendo este último, menos utilizado devido à falta


de estudos conclusivos sobre o resultado em plantas de diferentes clones e de
uma metodologia de produção viável de ramos em quantidade, a qual vem sendo
estudada também pelo Centro de Pesquisa do Cacau (CEPEC).

Assim como a garfagem, a borbulhia também é um método de enxertia e


o seu sucesso está diretamente ligado ao contato íntimo dos tecidos cambiais e
a proteção contra a perca de água dos tecidos para o meio externo. Segundo
Erig et al, (2005) este processo, também conhecido como enxertia de gema,
consiste na justaposição de um tecido, de aproximadamente 3 cm (Sodré, 2013),
contendo apenas uma gema, no tecido de outra planta, esta última denominada
de portaenxerto.

No processo de enxertia, independentemente do método utilizado, deve-


se atentar para o contato dos tecidos justapostos, visando o desenvolvimento
das ligações do xilema e tecidos do floema do enxerto e do portaenxerto. Além
desse fator, os processos de diferenciação dos tecidos vasculares e parênquima,
formação de calo, reconhecimento de células, entre outros processos fisiológicos
são de suma importância para a soldadura das partes enxertadas e posterior
sucesso do processo como todo (Hartmann et al., 2002).

Segundo Sodré (2013), o método de embriogenese somática é baseado


num sistema de cultura de tecidos, estes geralmente de estaminódios ou pétalas,
o qual tem como resultado final, plantas com carga genética idêntica. Ainda
segundo o autor, as plantas resultantes deste processo, apresentam
características morfológicas idênticas a plantas obtidas via seminal. Apesar de
ser um método promissor, por clonar plantas mantendo a sua estrutura física
original, Quinga (2013), relata em seu trabalho que ainda não existe um
programa de produção comercial consistente de mudas de cacaueiro obtidas por
embriogenese somática.

Tendo em vista a importância da cacauicultura no Brasil, principalmente


no Sul da Bahia, o trabalho objetiva, avaliar o comportamento de plantas de
clones e formas de propagação diferentes, para as características: precocidade
e desenvolvimento.
11

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Condições gerais do experimento

O experimento encontra-se montado nas dependências do Centro de


Pesquisa do Cacau (CEPEC) da Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira (CEPLAC), localizada em Ilhéus – BA, km 22 da rodovia Ilhéus –
Itabuna, na região Sul do Estado, sob a latitude de 14° 47' S e longitude de 39°
16' W.

O ensaio conta com um stand de 130 plantas cultivadas a pleno sol, com
18 meses de idade, em espaçamento de 2,5 m por 2,5 m, dispostas em
delineamento inteiramente casualizado (DIC), das quais são formados 15
tratamentos, e estes constituídos por 10 variedades e 7 formas de propagação
(Tabela 1).

Tabela 1. Formação dos tratamentos


Tratamento Material Número de repetições
ENXERTIA
Enxerto/Portaenxerto
Bocepec CEPEC 2002 (plagiotrópico)/Cacau comum 7
Ensial CCN 51 (plagiotrópico)/Cacau comum 7
Eocepec CEPEC 2002 (ortotrópico)/Cacau comum 14
CepecFh CEPEC 2002 (plagiotrópico)/Cacau comum 1
ESARM III Esarm III (plagiotrópico)/Cacau comum 6
ESARM II Esarm II (plagiotrópico)/Cacau comum 1

ESTAQUIA
Estaca
Esocepec CEPEC 2002 (plagiotrópico) 5
Esotsh TSH 1188 (ortotrópico) 7
Espeuc Cacau eucalipto (plagiotrópico) 4
Escccn CCN 51 (plagiotrópico) 35
EO Ps1319 PS 13.19 (ortotrópico) 1

SEMINAL
Semente
Seuc Cacau eucalipto 4
Ccomum Cacau comum 9
Stsh TSH 1188 3
12

EMBRIOGÊNESE SOMÁTICA
Tecido
Embrio Pétala de SCA 26

2.2 Condições edafoclimáticas

A área experimental está situada em uma região cercada por cultivos de


cacau e seringueira e possui como solo uma associação de solos classificados
segundo Embrapa, (2013) como Argissolo Vermelho amarelo, ocupando
aproximadamente (80%), e Gleissolo (20%). Vale ressaltar ainda que, parte da
área apresenta problemas de drenagem fazendo com que em períodos de chuva
intensa, um leve alagamento ocorra, mesmo contando com um sistema de
valetamento local que auxilia no processo de drenagem.

Essa dificuldade no escoamento da água é comum em solos regionais e


é uma situação muito encontrada na região cacaueira do Sul da Bahia. Ressalta-
se que, problemas de drenagem, causam diversos prejuízos ao cacauicultores,
devido ao fato de que, na época da expansão da cacauicultura, na região,
utilizou-se de métodos rústicos para a seleção de variedades e produção de
mudas e isso acarretou na morte de plantas devido a inexistência de fatores
genéticos de tolerância ao encharcamento do solo, resultando em stands com
média de 600 plantas por hectare, enquanto o recomendado é de 1111 plantas.

Foi realizada uma análise do solo (Tabela 2) para determinar a


necessidade de correção e verificou-se que o solo é apropriado para cultivo do
cacaueiro, segundo Chepote et al, (2013).

Tabela 2 - Características químicas do solo antes do plantio.


pH Al H+Al Ca Mg K P Fe Zn Cu Mn
(H2O) 3
------------- cmolc / dm ------------- 3
--------------- mg / dm ---------------
5,3 0,1 5,2 6,1 3,7 0,11 24,5 163,8 4 5,2 72
Solo analisado quimicamente conforme metodologia descrita por Embrapa (1999). pH H 2O, Al
(KCl 1 mol L-1), P e K (Mehlich -1), Ca e Mg (KCl 1 mol L-1), Fe, Zn, Cu e Mn (Mehlich -1). (Adaptada
de Miranda Filho, 2013)
13

O clima também é adequado, com chuvas bem distribuídas durante o ano,


temperatura ideal e média de pluviosidade anual em torno de 1800 mm/ano.

2.3 Material genético

O material genético foi escolhido para conhecer o comportamento de


variedades comerciais como CEPEC2002, SIAL, CCN51, PS13.19, TSH1188,
SCA e Cacau comum, além de variedades pouco utilizadas, mas que podem
apresentar características desejáveis no futuro como o cacau Eucalipto, ESARM
II e ESARM III.

2.4 Formas de propagação

As formas de propagação usadas no ensaio já foram experimentadas no


cultivo do cacaueiro em muitos países e foram escolhidas para testar a interação
destas com os clones e para conhecer e ampliar a utilização de métodos mais
novos como a utilização de ramo ortotrópico em garfagem e estaquia e
embriogênese somática.

2.5 Manejo

Dentre as atividades desenvolvidas, foram realizadas: adubações com 100g


de NPK (20 – 20 – 30) por planta, adubação foliar com Albatroz® (10 – 52 – 10
+ Micro) na dose de 5g/L e adubação orgânica com um litro de húmus de
minhoca por planta, lançado a 20 cm do tronco. Além das adubações, foram
realizadas atividades como roçagem química e manual da área, com a utilização
de roçadeiras, substituição de plantas mortas, e retirada de vassouras verdes.

2.6 Tratamento estatístico


14

Foi realizado a tomada dos seguintes dados: diâmetro médio do coleto,


altura, medindo da base da planta até o final do maior ramo e número de frutos
e folhas. Depois de coletados, esses dados foram processados para análise
descritiva das variáveis analisadas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Número de frutos

Não se verificou a ocorrência de frutos nas plantas. Entretanto, algumas


flores foram observadas. Isso se deve a pouca idade das plantas, fazendo com
que ainda não se encontrem em um estádio de frutificação, apesar de algumas
terem sido propagadas a partir de material vegetal já maduro (ramos
plagiotrópicos).

3.2 Número de folhas

Quanto ao número de folhas, pôde-se verificar grande variação das médias,


tendo como máximo de 112,7 folhas e mínimo de 6 folhas, resultando em um
desvio padrão de 32,1 (Tabela 3).

Tabela 3. Análise estatística descritiva

Tratamento Altura Diâmetro N° folhas N° fruto


Desvio padrão 18,6 5,2 32,1 0,0
Máximo 96,5 28,0 112,7 0,0
Mínimo 30,9 8,5 6 0,0
15

Essa variação pode ser atribuída à diferença de vigor do material genético e


pela forma de propagação. Como exemplo cita-se o tratamento Esotsh onde se
verificou maior número de folhas, (Figura 1). Deve-se destacar que esse tipo de
propagação resulta em plantas com arquitetura de copa muito semelhante à
muda propagada de forma sexuada e desenvolvimento de um número maior de
folhas. Segundo Silva et al, (2012), os ramos ortotrópicos, quando comparados
com os plagiotrópicos em condições de enraizamento, conferem à muda maior
vigor. Além disso deve-se atentar também para o fato de que o material genético
TSH 1188 apresenta naturalmente alto vigor.

Figura 1. Número médio de folhas

Bocepec – Borbulhia de CEPEC 2002 em Cacau comum; Eocepec – Enxertia de ramo ortotrópico
de CEPEC 2002 em Cacau comum; Esocepec – Estaquia de ramo ortotrópico de CEPEC 2002;
Ensial – Enxertia de ramo plagiotrópico de Sial em Cacau comum; Esotsh – Estaquia de ramo
ortotrópico de TSH 1188; Espeuc – Estaquia de ramo plagiotrópico de Cacau eucalipto; Escccn
– Estaquia de ramo plagiotrópico de CCN 51; Seuc – Seminal de Cacau eucalipto; CepecFh –
Enxertia por fenda cheia de CEPEC 2002 em Cacau comum; Ccomum – Seminal de Cacau
comum; Esarm III – Enxertia de ramo plagiotrópico de ESARM III em Cacau comum; Embrio –
Mudas da variedade SCA obtidas por embriogenese somática de pétala; EO Ps1319 – Estaquia
de ramo ortotrópico de PS 1319; Stsh – Seminal de TSH 1188; Esarm II – Enxertia de ramo
plagiotrópico de ESARM II em Cacau comum.

3.3 Diâmetro de coleto

O tratamento que obteve maior diâmetro foi o Ensial (Figura 2), devido ao
fato de se tratar de uma muda enxertada em portaenxerto seminal. Deve-se
16

destacar que, o diâmetro coletado foi na porção do coleto, e neste caso, está
ligado ao portaenxerto pelo qual a muda foi produzida.

Um fator que deve ser levado em conta neste caso é o vigor apresentado
quando se propaga o cacaueiro por semente, influenciando não só no momento
de germinação, mas também na fase vegetativa, com ramos mais vigorosos e
maior número de folhas.

Vale também destacar que, os maiores valores encontrados para


diâmetro, foram de mudas de portaenxertos seminais de Cacau comum. Além
disso, as plantas que apresentaram maiores diâmetros foram Stsh e Esotsh que
são plantas originadas de clone de grande vigor, o TSH 1188.

Figura 2. Diâmetro médio de coleto (mm)

Bocepec – Borbulhia de CEPEC 2002 em Cacau comum; Eocepec – Enxertia de ramo ortotrópico
de CEPEC 2002 em Cacau comum; Esocepec – Estaquia de ramo ortotrópico de CEPEC 2002;
Ensial – Enxertia de ramo plagiotrópico de Sial em Cacau comum; Esotsh – Estaquia de ramo
ortotrópico de TSH 1188; Espeuc – Estaquia de ramo plagiotrópico de Cacau eucalipto; Escccn
– Estaquia de ramo plagiotrópico de CCN 51; Seuc – Seminal de Cacau eucalipto; CepecFh –
Enxertia por fenda cheia de CEPEC 2002 em Cacau comum; Ccomum – Seminal de Cacau
comum; Esarm III – Enxertia de ramo plagiotrópico de ESARM III em Cacau comum; Embrio –
Mudas da variedade SCA obtidas por embriogenese somática de pétala; EO Ps1319 – Estaquia
de ramo ortotrópico de PS 1319; Stsh – Seminal de TSH 1188; Esarm II – Enxertia de ramo
plagiotrópico de ESARM II em Cacau comum.

3.4 Altura
17

As plantas que apresentaram maior altura foram Seuc e Stsh, ambas de


origem seminal (Figura 3). Esse resultado corrobora mais uma vez com os
argumentos de que, o vigor de semente influencia na velocidade de emergência,
quantidade de matéria seca e altura das plantas no campo.

Figura 3. Altura média das plantas

Bocepec – Borbulhia de CEPEC 2002 em Cacau comum; Eocepec – Enxertia de ramo ortotrópico
de CEPEC 2002 em Cacau comum; Esocepec – Estaquia de ramo ortotrópico de CEPEC 2002;
Ensial – Enxertia de ramo plagiotrópico de Sial em Cacau comum; Esotsh – Estaquia de ramo
ortotrópico de TSH 1188; Espeuc – Estaquia de ramo plagiotrópico de Cacau eucalipto; Escccn
– Estaquia de ramo plagiotrópico de CCN 51; Seuc – Seminal de Cacau eucalipto; CepecFh –
Enxertia por fenda cheia de CEPEC 2002 em Cacau comum; Ccomum – Seminal de Cacau
comum; Esarm III – Enxertia de ramo plagiotrópico de ESARM III em Cacau comum; Embrio –
Mudas da variedade SCA obtidas por embriogenese somática de pétala; EO Ps1319 – Estaquia
de ramo ortotrópico de PS 1319; Stsh – Seminal de TSH 1188; Esarm II – Enxertia de ramo
plagiotrópico de ESARM II em Cacau comum.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Plantas formadas por mudas de estaquia de ramo ortotrópico de PS 13.19


apresentaram os menores valores para todas as variáveis, podendo-se concluir
então que, tratar-se de uma interação, entre forma de propagação e material
genético, que não possui características ideais se cultivada nas condições em
que o ensaio está sendo conduzido.
18

Os maiores valores encontrados para as variáveis diâmetro médio e altura


também foram de plantas seminais, evidenciando o vigor da propagação por
semente.

Para a variável número de folhas, verificou-se que o maior valor


encontrado foi em uma planta oriunda de estaquia de ramo ortotrópico.

5 REFERÊNCIAS

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