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TIAGO COELHO CAVALCANTE RIBEIRO

OAB/GO 35.477
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO

AUTOS Nº: 201304287020.

APELANTE: MINISTÉRIO PUBLICO

APELADO: JHONANTA FONSECA RODRIGUES

CLAUDIO

EGREGIO TIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS,

COLENDA CÂMARA.

Em que pese notório saber jurídico do meritíssimo juiz do 1º grau,


impõe-se a reforma da respeitável sentença proferida contra a Apelante, pelas razões
de fato e direito a seguir expostas.

I. DOS FATOS.

O Apelante foi denunciado e processado por suposta infração ao


art.157,§ 2º, II, do Código Penal, pois teria, teria roubado um celularda suposta vitima.

O Apelante fora condenado como incurso nas penas do art. 157, § 2º,
incisos II, ambos do Código Penal, a uma pena de 5 (cinco) anos, 8 (oito) meses de
reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime semiaberto.

A inobservância desse fato implicou na condenação injusta e


exacerbada do Apelante, uma vez que não houve individualização da pena,
generalizando-se as contundas dos acusados para, injustificadamente, majorar a pena
lhe aplicada.

Por esta e outras razões, que serão expostas nesta peça Recursal,
Data vênia, a reforma da respeitável Sentença ora fustigada se impõe, uma vez que o
quantum da pena fixado na sentença se mostra excessivo diante das peculiaridades do
caso concreto em análise.
1Fone: (62) 92853633.
E-mail: tiago_ccr@hotmail.com
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II. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE

Para o conhecimento da presente apelação, ressalte-se a mesma está


prevista no art. 593, inciso I, do Código de Processo Penal. O Ministério Público
Estadual é parte legítima para interpô-lo (vez que vencido no presente feito) e foi
apresentado dentro do prazo legal.

Assim, em vista de preencher todas as condições de admissibilidade


e também os pressupostos recursais, o Ministério Público pugna pelo seu
conhecimento.

III. DOS DIREITOS.

a) INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA.

Inicialmente, o juiz da sentença de forma clara ficou mais que intenso


que julgador impôs uma sanção padronizada e mecanizada, olvidando os aspectos
únicos do delito supostamente cometido.

Conforme manifestação do Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul:


“Nenhuma pena deverá ser quantitativamente superior àquela necessária à
reprovação e prevenção criminais nem ser executada de forma mais aflitiva do
que o exige a situação” (Acrim 28.701.369, JTARS, 65:381).

Instar salientar, que ficou evidenciado dentro do processo que o juiz


padronizou a pena, sendo que a lei declarar que caber a cada delinquente a exata
medida punitiva pelo o que fez. Não teria sentido igualar os desiguais, sabendo-se, por
certo, que a pratica de idêntica figura típica não e suficiente para nivelar dois seres
humanos. Assim, o justo é fixar a pena de maneira individualizada, seguindo-se os
parâmetros legais, mas estabelecendo a cada o que lhe é devido e também o que
prevê o art. 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal.

Com reforço de argumentação, o Apelante não praticou o núcleo do


tipo penal da norma, para receber uma sanção alta, em relação aos demais acusados
que praticou uma conduta violenta e perigosa no caso em tela ficou provado.

A lei deve regular a individualização da pena de acordo com a


culpabilidade e os méritos pessoais do acusado, isto é, cada pessoa tem o direito de
ver na pena que lhe foi imposta a medida de sua culpabilidade, de sua responsabilidade
na prática delitiva. O artigo 5º, inciso XLVI, da CF/ 88 estabelece que:
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Art. 5º, XLVI: a lei regulará a individualização da pena
e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou
restrição de liberdade; b) perda de bens; c) multa; d)
prestação social determinada; e) suspensão ou
interdição de direitos.

Frisa-se tal dispositivo constitucional com os dizeres da doutrina,


abordando:

O princípio da individualização da pena exige estreita


correspondência entre a responsabilização da
conduta do agente e a sanção a ser aplicada, de
maneira que a pena atinja suas finalidades de
prevenção e repressão. Assim, a imposição da pena
depende do juízo individualizado da culpabilidade do
agente.

Este inciso, criado pelo legislador constituinte, possui substrato


constitucional, pois se encontra explícito no texto constitucional e assim sendo merece
uma aplicação sem contestação tanto do próprio criador-legislador, quanto pelo juiz.
Mas isso não aconteceu dentro do processo. E fácil constatar que a sentença exarada
pelo julgador singular careceu de fundamentos concretos e pautou-se na generalidade
para fins de condenar o Apelante.

E fácil constatar que magistrado não analisou de forma sucinta


individualização da conduta de cada réu em relação a cada conduta típica. Isso porque
o Apelante tem o direito público subjetivo de saber o porquê foi condenado e, mais ainda,
acompanhar todo raciocínio do juiz na fixação da sua pena.

Nas palavras do professor Guilherme de Souza Nucci (2005, p. 31):

Individualização da pena tem o significado de eleger a


justa e adequada sanção penal, quanto ao montante,
ao perfil e aos efeitos pendentes sobre o sentenciado,
tornando-o único e distinto dos demais infratores,
ainda que co-autores ou mesmo co-réus.

Só as leis podem determinar as penas fixadas para os crimes.


Portanto, o magistrado não pode, sob qualquer pretexto de zelo ou de bem comum,
aumentar a pena estabelecida para um delinqüente.

Nesse sentido Luiz Luisi (1991, p.38) retrata que:

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É de entender-se que na individualização judiciária da


sanção penal estamos frente a uma
“discricionariedade juridicamente vinculada”. O Juiz
está preso aos parâmetros que a lei estabelece. Dentro
deles oJuiz pode fazer as suas opções, para chegar a uma
aplicação justa dalei penal, atento às exigências da
espécie concreta, isto é, as suassingularidades, as suas
nuanças objetivas e principalmente à pessoa aque a
sanção se destina.

Com isso, busca-se a fuga de penas padronizadas, da aplicação de


sanção penal já pré-estabelecida, o que tornou a pena do Apelante de 5 anos de
reclusão 8 mês e muito injusto.

IV. O AUMENTO NÃO FUNDAMENTADO POR CONTA DAS CAUSAS


PREVISTAS NO ART. 157, §2º: VIOLAÇÃO À SÚMULA 443 DO STJ.

Na terceira fase do sistema dosimétrico ao elevar a pena na fração


intermediária de ½ (metade), em razão das causas especiais de aumento de pena
previstas nos incisos II do § 2º, do artigo 157, do Código Penal, o Magistrado empregou
critério progressivo o que não pode prosperar tendo em vista o entendimento sumulado
pelo Superior Tribunal de Justiça no sentido de que as causas de aumento do § 2º, do
artigo 157, do Código Penal somente podem se afastar do mínimo de 1/3 (um
terço) quando devidamente fundamentadas, veja-se:

“Súmula 443 - O aumento na terceira fase de aplicação da pena


de crime de roubo circunstanciado exige fundamentação
concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera
indicação do número de majorantes”.

O fato de a pena ter sido exasperada em patamar superior ao mínimo


não se justifica no presente caso, pois o ilícito penal foi praticado apenas por dois
agentes, sem nenhuma circunstância especial de grande relevo ou periculosidade.

Portanto, faz-se necessária a diminuição da exasperação da pena


para o mínimo legal, ou em patamar próximo a este, haja vista que as majorantes,
analisadas cada qual individualmente, não possuem caráter de elevada reprovabilidade.

Nesse sentido, oportuno anotar, mais uma vez, a manifestação


do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Que assim o fez:

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APELAÇÃO CRIMINAL Nº 153083-26.2013.8.09.0011
(201391530837) COMARCA DE APARECIDA DE GOIÂNIA
APELANTE: TANIEL SANTOS DA CONCEIÇÃO APELADO:
MINISTÉRIO PÚBLICO RELATORA: Desa. AVELIRDES
ALMEIDA P. DE LEMOS.

EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO.


INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. 1 - O prazo para
a interposição do recurso de Apelação é de 05 (cinco) dias,
contados da data da intimação da sentença em relação ao réu e
ao defensor por ele constituído, nos termos do artigo 593, caput,
do CPP. Constatado que o prazo recursal não transcorreu in albis,
não se opera a preclusão recursal, impondo-se o conhecimento
do apelo, por tempestivo. CONDENAÇÃO POR FALSA
IDENTIDADE. FATO NOVO APÓS O OFERECIMENTO DA
DENÚNCIA. INAPLICABILIDADE DA MUTATIO LIBELLI EM
SEGUNDO GRAU. 2 - É vedada a mutatio libelli em segundo grau
de jurisdição, sob pena de se afrontar os Princípios da ampla
defesa e da correlação, porquanto o réu tem direito de conhecer
e de se defender dos fatos pelos quais está sendo acusado, nos
moldes da Súmula 453 do STF, impondo-se, pois, a absolvição do
apelante das imputações concernentes ao crime de falsa
identidade. ABSOLVIÇÃO DO DELITO DE ROUBO.
INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO IN
DUBIO PRO REO. DESPROVIMENTO. 3 - Inadmissível o pleito
absolutório quando a autoria e materialidade delitiva encontram-
se devidamente comprovadas, diante das declarações das
vítimas, depoimento dos policiais, que efetuaram a prisão em
flagrante, além da confissão do processado. PARTICIPAÇÃO DE
MENOR IMPORTÂNCIA. DESPROVIMENTO. 4 - A participação
de menor importância não deve ser admitida quando o apelante
colabora de forma essencial para a execução do delito.
EXCLUSÃO DAS QUALIFICADORAS DO EMPREGO DE ARMA,
CONCURSO DE PESSOAS E RESTRIÇÃO DE LIBERDADE.
DESPROVIMENTO. 5 - Não procede ao pedido de exclusão das
majorantes do emprego de arma e concurso de pessoas, uma vez
que constata-se que as vítimas afirmaram que foram ameaçadas
com uma arma de fogo e que o apelante agira na companhia de
outra pessoa, restando devidamente comprovada a presença das
majorantes dos incisos I, II e V do § 2º, do artigo 157, do Código
Penal, sendo irrelevante o fato de arma não ter sido encontrada.
REDUÇÃO DA REPRIMENDA APLICADA. COMPENSAÇÃO
ENTRE A ATENUANTE DA MENORIDADE E A AGRAVANTE
PREVISTA NO ARTIGO 61, INCISO II, ALÍNEA H, DO CÓDIGO
PENAL. PROVIMENTO. 6 - Concorrendo, na segunda fase do

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processo dosimétrico, a atenuante da menoridade, disposta no
artigo 65, incisos I, do Código Penal, com a agravante descrita no
artigo 61, inciso II, alínea “h” (ter o agente cometido crime contra
maior de 60 anos), do Diploma Repressivo, devem ser
compensadas entre si, conforme precedentes deste Tribunal.
Ainda, na segunda fase do processo dosimétrico, deve-se
reconhecer a atenuante da confissão espontânea, prevista no
artigo 65, inciso III, alínea “d”, do Código Penal. Entretanto, tendo
em vista que a pena-base está fixada no mínimo legal, impossível
a redução nos termos da Súmula 231 do STJ. CAUSA DE
AUMENTO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO
PERCENTUAL ESCOLHIDO. PROVIMENTO. 7 - Não havendo
fundamentação concreta justificadora do aumento de pena
acima do percentual mínimo no crime de roubo
circunstanciado (súmula 443 do STJ), impõe-se a redução
para o patamar mais favorável ao apelante. REDUÇÃO DA
PENA DE MULTA. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE.
PROVIMENTO. 8 - A pena de multa deve guardar proporção com
a reprimenda privativa de liberdade. MODIFICAÇÃO DO REGIME
PRISIONAL. IMPOSSIBILIDADE. 9 - Estabelecida a pena
privativa de liberdade em patamar superior a 04 (quatro) e inferior
a 08 (oito) anos e, não se tratando de réu reincidente, correta a
fixação do regime prisional semiaberto, nos exatos termos do
artigo 33, § 2º, alínea “b”, do CP. SUBSTITUIÇÃO POR
RESTRITIVAS DE DIREITOS. DESPROVIMENTO. 10 - Por se
tratar de crime cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa, é impossível a substituição da pena privativa de liberdade
por medida diversa. Inteligência do artigo 44, inciso I, do Código
Penal. APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

Para o STJ, no crime de roubo, o aumento da pena em razão da


existência das causas especiais deve considerar o seu aspecto qualitativo, que revela
o grau de reprovabilidade da conduta do agente e a necessidade de rigorismo na
reprimenda.

Não se admite e exasperação da pena do crime de roubo acima do


limite mínimo em razão da simples existências de duas ou mais causas especiais de
aumento de pena.

Importante ressaltar, sendo que o Apelante tem duas atenuantes do


artigo 65, incisos I e III, alínea “d” do Código Penal, “sendo que o juiz singular atenuou
somente 6 meses, sendo muito pouco para duas atenuantes muito importante”.
Entretanto, prevalece o entendimento de que a circunstância atenuante inciso I e III
deveria ser aproximar a pena perto do mínimo legal. Isso não aconteceu na devida
sentença.

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Por outro lado, ficou mais que evidenciado que a sentença faltou
carência da fundamentação no aumento a uma majorante, posto que desnecessário um
exercício hermenêutico aprofundado para se constatar que o eminente juiz singular se
ateve a somente sintetizar os atos processuais praticados, não tendo lançado em sua
decisão qualquer fundamento para o aumento da pena.

Se antes do fato imputado ao Apelante, gozava ele de excelente


conceito, na sua vida pública e privada, não podia a Juíz, com devida vênia,
exacerbar lhe a pena-base. Tampouco elevar na terceira etapa da dosimetria àquela
enormidade. E antes do fato imputado ao Apelante, neste processo, nada,
absolutamente nada, deslustrava a sua vida pública ou privada. Assim, sem
antecedentes, e ausente outra condição autorizada de exasperação da pena, a
r.“sentença foi pesadamente injusta”.

V. INJUSTIÇA NO TOCANTE À APLICAÇÃO DA PENA E DOSEMETRIA DA


PENA.

Em relação sua culpabilidade ficou provada que sua conduta foi de


BAIXA reprovabilidade, sendo que o seu depoimento afirmou que em nenhum
momento sai da garupa da moto e nem chegou à fala nada para vitima só ficou
esperando o outro acusado, vejamos:

“ficou a todo o momento na garupa da moto e Fabio que deu


a voz de assalto e depois que saiu na prisão não ameaçou
ninguém”.(DVD á fl. 121).

“que não tinha nenhuma arma de fogo”.(DVD á fl. 121).

“nunca tinha sido preso e nem processado”.(DVD á fl. 121).

Em seguida os antecedentes do acusado e primário,


conformecertidão de antecedentes criminais e bons antecedentes, sua vida
sempre foi voltado para o trabalho e estudos conforme de depoimento de seu patrão
( VALDICIO) e sua professora ( FLAVIA), Vejamos:

“Comportamento adequado dentro da sala de aula”.(DVD á fl.


121).

“aluno frequente e exemplar”.(DVD á fl. 121).

“trabalha a 4 anos, chega no horário certo, nunca deve atos


indisciplina, nunca faltou ao serviço”.(DVD á fl. 121).

A aplicação da pena não respeitou os critérios legais e jurisprudenciais


reinantes.Em relação sua culpabilidade ficou provada que sua conduta foi de BAIXA
reprovabilidade, sendo que o seu depoimento afirmou que em nenhum momento
realizou o nucleo do tipo do artigo 157 do Código Penal.

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Verifica-se que a análise desta circunstância judicial não apresentou
fundamentação idônea para a exasperação da pena-base.

Em seguida os antecedentes do Apelante e primário,


conformecertidão de antecedentes criminais e bons antecedentes, sua vida
sempre foi voltado para o trabalho e estudos.

Já vimos que o Apelante não possui maus antencendentes, sua vida


sempre foi voltado para o trabalho e estudos. Esse seria um dado importante para o
aumento da pena base. Todos os fatos a ele imputados, neste e em outros processos,
foram comteporâneos.

Por sua vez, à sua conduta social chegamos à conclusão de que o


mesmo possui uma sociabilidade muito boa e não tem nada nos autos para afirma ao
contrario. Sobre a personalidade não tem elementos nos autos para levar á conclusão
que acusado esta voltado para o crime.

Além disso, os motivos não tem nada nos autos sobre razões que
levaram realiza o suposto crime e não deve em nenhum momento o intuito de obter
vantagem.

Ou seja, para considerar desfavoravelmente as modulantes


acima, utilizou-se de expressões genéricas e abstratas, desprovidas de qualquer
amparo na prova dos autos e, portanto, incapazes de conduzirem a um aumento da
pena-base.

Como se sabe as circunstâncias o Apelante não oferecem


peculiaridades que possa ser utilizada para maior reprovação.Não houve qualquer
fundamentação, tendo restado consignado, pura e simplesmente, que são
desfavoráveis ao ora apelante, sem qualquer consideração acerca dos elementos
circundantes ao delito.
Conforme manifestação do Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul:
“Nenhuma pena deverá ser quantitativamente superior àquela necessária à
reprovação e prevenção criminais nem ser executada de forma mais aflitiva do
que o exige a situação” (Acrim 28.701.369, JTARS, 65:381).

Considerando que a maioria das circunstancias judiciais


mostraram favoráveis ao acusado que seja fixado a pena base no mínimo legal.Ao
fixar a pena base o juiz deve, assim como em todas as decisões judiciais, fundamentar
os motivos de sua escolha.

Bitencourt preceitua que: “que se todas as circunstâncias forem


favoráveis ao réu deve esta permanecer em seu mínimo”.
Por fim, é de se notar que o apelante é primário; fato que faz com que
a pena não se afaste do mínimo legal. Esse o entendimento pacificado deste Tribunal
de Minas Gerais, inclusive já sumulado. Vejamos:

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Número do processo: 1.0647.04.044727-6/001(1) Relator: JOSÉ


ANTONINO BAÍA BORGES, Data do acordão: 24/11/2005, Data
da publicação: 10/12/2005, Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL -
TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES - ASSOCIAÇÃO -
CONDENAÇÃO MANTIDA - FIXAÇÃO DA PENA - CONDENADO
PRIMÁRIO E DE BONS ANTECEDENTES - REDUÇÃO -
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO - Comprovada a autoria
e tipicidade dos delitos pelos depoimentos e interceptações
telefônicas, com amparo judicial, imperiosa a condenação do
acusado; - Se houve exacerbação na fixação da pena, impõe-
se a sua redução, em atenção ao entendimento consolidado
pelo Grupo de Câmaras Criminais desta Corte, através da
Súmula 43: "Se o réu é primário e de bons antecedentes, a pena
deve tender para o mínimo legal." Súmula: DERAM
PROVIMENTO PARCIAL.”
“Não e possivel a utilização de argumentos genericos ou
circunstanciais elementares do proprio tipo penal para o aumento da pena-base com
fundamento nas consequências do delito”.

VI. CUMPRIMENTO DA PENA.

Desde logo, o Apelante tem todos os requisitos para cumprimento da


pena um regime menos rigoroso, sendo réu Apelante e possui bons antecedentes,
sua vida sempre foi pautada para o trabalho. A pena deve impor menor sofrimento
possível e permite reinserção social.

Vale lembrar que as circunstancias judicial são favoráveis ao Apelante


e dosada a pena-base no mínimo legal. Em outras palavras seja fixação do regime
aberto, conforme a previsão do artigo 33 § 2, letra,“C”, do Código Penal.

Na determinação do regime inicial do cumprimento da pena privativa


de liberdade, deve-se ter com consideração, além da quantidade de pena aplicada (§ 2º
do art. 33 do CP), também as condições pessoais do Apelante (§ 3º do art. 33 c/c
art. 59 do CP).

Desta forma, como não há uma motivação idônea a justificar o


estabelecimento do regime mais gravoso, não há como estabelecê-lo. Neste sentido, o
teor da Súmula nº 719 do STF:

SÚMULA Nº 719: “A IMPOSIÇÃO DO REGIME DE


CUMPRIMENTO MAIS SEVERO DO QUE A PENA
APLICADA PERMITIR EXIGE MOTIVAÇÃO IDÔNEA”.

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De outra parte, o simples fato de o Apelante ter sido condenado pelo


cometimento de roubo não enseja o estabelecimento do regime fechado pela sua
gravidade, não podendo ser suscitada tal circunstância pelo juízo para a fixação de
regime mais gravoso. Tal procedimento contraria inclusive enunciado sumular do STF:

SÚMULA Nº 718: “A OPINIÃO DO JULGADOR SOBRE


A GRAVIDADE EM ABSTRATO DO CRIME NÃO
CONSTITUI MOTIVAÇÃO IDÔNEA PARA A IMPOSIÇÃO
DE REGIME MAIS SEVERO DO QUE O PERMITIDO
SEGUNDO A PENA APLICADA”.

VII. DOS PEDIDOS.

Por todo o exposto, requer a VOSSA EXCELÊNCIA, espera o espírito


humanitário e de tolerância que é atributo inseparável da consciência lúcida de
Vossa Excelência, possa emergir como um clarão fúlgido, quando da síntese
processual requer seja:

a) Requer ainda,seja reconhecido e provido o presente Recurso;

b) Requer, igualmente, seja analisada de forma sucinta

INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA, do Apelante de acordo com sua

culpabilidade e os méritos pessoais;

c) Requer que seja reconhecido que a maioria das circunstancias

judiciais mostraram favoráveis ao Apelante que seja fixado a pena

base no mínimo patamar legal;

d) Requer também, em caso de condenação sejam consideradas, para

efeitos de dosimetria da pena, as atenuantes do artigo 65, inciso I

e III e letra “d”, do Código Penal, dosada no máximo grau, em

ambos os caos, como medida mais lídima justiça;

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e) Requer que seja, reduz-se o patamar das majorantes para 1/3 (um

terço). Por violação à Súmula 443 do STJ;

f) Requer tambémnova fixação da pena aplicada na 2ª fase e 3ª fase,

acolhendo a atenuante em detrimento da causa de aumento de pena,

fixando-a no mínimo, estabelecido na pena-base;

g) Requer também, seja a aplicação das circunstancias atenuantes

previstas no artigo I, III e letra “d”, do Código Penal, pois além de

confessar espontaneamente a autoria do crime, o acusado era

menor de 21 anos na época do fato;

h) Requer, igualmente, FIXAÇÃO DO REGIME ABERTO, conforme a

previsão do artigo 33 § 2, letra, “c”, do Código Penal, visto

quecircunstâncias judiciais são favoráveis ao Apelante;

i) Requer ainda, seja facultado recorrer em liberdade, nos termos do

art.387, paragrafo único do Código de Processo Penal;

j) Requer que seja isento de pagamento das custas processuais;

k) Requer também, aplicadas às demais garantias legais a que faz jus o

Apelante;

l) Requer por fim, deduzido o tempo de prisão provisória para os fins

de regime de cumprimento de pena.

Termos em que,

Pede deferimento.

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Goiânia-GO, 2 de fevereiro de 2015.

____________________________

Tiago Coelho Cavalcante Ribeiro

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____________________________

Thiago Aguinaldo Moreira Silva

OAB/GO 35.900

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