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INSTITUTO DE APOIO À UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - IAUPE

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE


PROGRAMA PROJOVEM URBANO – RECIFE/PE

ELINILDO MARINHO DE LIMA

CURSO DE FORMAÇÃO INICIAL


Atividade I

Paper apresentado ao Curso de Formação Inicial como parte integrante do


processo seletivo.

RECIFE
12 DE JULHO DE 2018
Elevar a escolaridade de jovens com idade entre 18 e 29 anos, que saibam
ler e escrever e não tenham concluído o ensino fundamental, visando à
conclusão desta etapa por meio da modalidade de Educação de Jovens e
Adultos integrada à qualificação profissional e o desenvolvimento de ações
comunitárias com exercício da cidadania, na forma de curso.
Art. 81 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Ainda que não haja apenas uma juventude, mas várias, a ideia da juventude
relaciona-se às transformações, ela representa o futuro em uma perspectiva
de formação de valores e atitudes das novas gerações.
SPOSITO; CARRANO, 2003, p. 17.

O presente paper objetiva tecer algumas reflexões iniciais a cerca de três


perguntas que circundam as ideias e concepções sobre juventude, o educador e por fim
as contribuições do Projovem urbano – PJU.
Para dar início as colocações aqui objetivadas, tomou-se como empréstimo o que
diz o artigo Art. 81 da Lei n. 9.394 que tem como premissa elevar a escolaridade de
jovens. Aqui entendemos que esta ação se compromete a ampliar a esfera de presença
do ser e por sua vez ampliar seu repertório cognitivo, criativo, cultural e profissional já
que os processos formativos para a Educação de Jovens e Adultos integram à
qualificação profissional e o desenvolvimento de ações comunitárias com exercício da
cidadania. Outra consideração importante diz respeito à inferência de SPOSITO;
CARRANO, 2003, ao afirmar que não há apenas juventude, mas várias, e esta a ideia
está intimamente relaciona-se às transformações sociais, culturais, econômicas e
humanas, pois isto implica diretamente na representação do futuro já que as gerações
formam, criam, fundamentam e legitimam valores que atendem aos anseios e
necessidades de sua época.
Por fim, nos servimos da licença poética contida na charge acima em que um
jovem ao ser questionado quanto ao que vai ser quando crescer, prontamente responde.
Sobreviver. Está é uma trágica realidade no Brasil que mesmo implementando políticas
púbicas voltadas a juventude/juventudes, ainda não consegue dar conta das demandas
crescentes desta população que cresce a cada ano, sem ter muitas perspectivas de um
futuro melhor. Assim aposta-se na educação, na formação profissional e técnica como
um dos dispositivos sociais de desenvolvimento humano, para que se ampliem e
renovem –se a esperança e a crença num futuro de oportunidades, respeito e valorização
das juventudes.
Voltando ao ponto da questão de nosso objetivo em que se questiona, Como eu
posso caracterizar a juventude de hoje?
Entendo que o jovem é um sujeito com valores, comportamentos, crenças,
identidades e percepções de mundo bem diverso. Além de ter interesses e necessidades
muito singulares. Ser jovem é estar mergulhado em uma sociedade com processos
transitórios, pois ser jovem possibilita experiências variadas, já que a nova conjuntura
familiar, política e social estabelecida propicia um universo de experimentação antes
não possibilitado. No Brasil a definição de juventude é bem diferente da ideia aplicada
pela ONU, mas o consenso de fato é que se torna impossível tecer uma definição
universal do termo.
Ser jovem é, portanto, estar inserido em conceitos, formas e concepções de
mundo que abraça uma grande diversidade e pluralidade cultural. Para entendermos
melhor e, por sua vez, para construirmos de modo mais acertado políticas públicas
destinadas a está boa parcelas da população necessitam-se de novas descobertas, novas
pesquisas, novos olhares e novas formas de tratar e se relacionar com estes atores
sociais. Se postularmos que o mundo mudou e está em constante transformação devido
à globalização, a era da informação e do advento tecnológico precisamos ter em mente
que a atual conjectura mundial afeta diretamente as juventudes em grande escala. Diante
disso a importância de criar caminhos sólidos para que o futuro das juventudes seja de
fato promissor.
Percebo que as gerações cometem um erro grave em responsabilizar os jovens
pela obrigação de construir um futuro melhor, quando estes são negligenciados há
muitos anos por falta de um comprometimento com políticas públicas concretas e
perenes para nossos jovens. A formação cidadã do jovem deve se comprometer com o
seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Atualmente estamos imersos em um contexto em que tudo é licito em que se
pode em que tudo se sabe, Afirmamos com muita certeza que os jovens estão
mergulhados num mundo sem limites, sem regras, sem obrigações e sem
responsabilidades, mas isto depende de um universo de fatores, causas e efeitos, pois os
vetores sociais, culturais e econômicos implicam diretamente na formação e no
comportamento das pessoas sobre tudo os jovens. Assim temos jovens conscientes e
responsáveis, como também temos os que não são.
Consequentemente, em virtude dos avanços tecnológicos e frente às dificuldades
e falta de condições para acompanhar este movimento, nós, professores, nos tornamos
cada vez mais anacrônicos, fora do contexto destes mesmos jovens a quem atendemos;
privados de certos grupos e redes sociais vemo-nos, muitas vezes, incapazes de
acompanhá-los no processo de escuta, diálogo, acolhida, absorção, não só enquanto
educadores, mas enquanto família também.
Sendo assim, é preciso ajudá-los a identificar e reconhecer a importância dos
direitos, sim, mas também dos limites e das consequências. Como educadores, a partir
de nosso papel na vida acadêmica, incentivá-los a conhecer suas potencialidades,
auxiliando-os a traçar projetos para vida profissional, vida social e vida familiar. Desta
forma, poderão enfrentar os desafios que a vida moderna oferece, realizando seus
sonhos e dando continuidade à sociedade numa gestão cidadã responsável e de
qualidade humana.
No segundo ponto quanto a Como eu me vejo, enquanto educador, diante da
juventude de hoje? Repondo que me sinto confiante mesmo em meio a uma formulação
de distopias em nosso país. As juventudes de hoje tem seus valores modificados ao
longo do tempo e sua atuação é bem mais dinâmica que antes. Assim precisamos estar
atentos, a essa transformação para melhor entendê-los.
O papel do educador, também é transmitir conhecimentos específicos que cabe
às disciplinas, mas também temos uma missão bem maior, a social, ou seja, a de formar
cidadãos responsáveis por suas atitudes; questionadores e críticas diante da sociedade
em que vivem; fazendo emergir seres participativos e ativos na tomada de decisões,
respeitando diferenças e que possam contribuir com o processo democratização de seu
território ou comunidade.
Por fim sobre quais as contribuições que o PJU pode oferecer considerando a
diversidade social, inclusão e a garantia dos direitos humanos? Penso que na educação,
um dos maiores desafios da atualidade é saber como adaptar as práticas pedagógicas a
essas novas expressões, identidades e ritmos da cultura jovem. Para que uma educação
mais participativa e integral possa ser construída, é fundamental não só adequar
conteúdos, mas também envolver os próprios sujeitos na construção dos saberes,
considerando os que eles já trazem consigo, seus valores, crenças, saberes e cultura.
Considerando a seguinte afirmação:
Educação e cultura são áreas inseparáveis do conhecimento, mas não é essa a
convergência que se tem visto nos últimos anos. A educação é hoje entendida
como instrução profissional, reduzindo-se ao papel subalterno de preparação
de mão de obra e adestramento para a produção. É na confluência entre
educação e cultura, no entanto, que a educação ganha um significado mais
profundo, pois, além de promover a formação racional, passa também a
enriquecer a experiência humana, revelando a sensibilidade e a criatividade
por meio da fruição das artes. (Alcione Araújo, 2007, p.59).

Entendendo que o arco formativo do PJU é bem diversificado e que se integra a


outras áreas do desenvolvimento humano e social, corroboramos com a ideia de que
cultura é um elemento fundamental na formação de sujeitos conscientes e
multifacetados já que a cultura suscita o surgimento de pertencimento, valorização das
identidades e por sua vez faz com que atribuímos significados a tudo aquilo que nos
representa enquanto seres humanos.
O direito universal do homem fundamenta suas prerrogativas voltadas ao
coletivo e diz que todos têm direitos a usufruir da educação e da vida cultural. Diz
também que todos somos iguais perante a lei, assim no contexto dos direitos humanos
temos a ideia de coletividade que, por sua vez, emerge uma sobreposição das dimensões
individuais para uma garantia do usufruto, da participação das dinâmicas sociais,
culturais, políticas, econômicas. Além de garantir a participação na criação e produção
intelectual, artística e tecnológica.
Na tentativa de congregar a importância da cultura junção com a formação dos
sujeitos, trazemos o seguinte:
Os direitos culturais são parte integrante dos direitos humanos, que são
universais, indissociáveis e interdependentes. O desenvolvimento de uma
diversidade criativa exige a plena realização dos direitos culturais, tal como
os define o Artigo 27 da Declaração Universal de Direitos Humanos e os
artigos 13 e 15 do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais. Toda pessoa deve, assim, poder expressar-se, criar e difundir suas
obras na língua que deseje e, em particular, na sua língua materna; toda
pessoa tem direito a uma educação e uma formação de qualidade que respeite
plenamente sua identidade cultural; toda pessoa deve poder participar na vida
cultural que escolha e exercer suas próprias práticas culturais, dentro dos
limites que impõe o respeito aos direitos humanos e às liberdades
fundamentais. Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural da
UNESCO (2002).

Sem do assim o PJU tem um papel impar na formação dos sujeitos diante da sua
formulação e Projeto Político Intrigado que aglutina diversos saberes e áreas do
conhecimento.

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